Histerectomia vaginal
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HISTERECTOMIA VAGINAL
DR. CARLOS FRANCO (MR1)FEVEREIRO DE 2016
ORIENTADOR: DR. EDUARDO BARI
Histórico da HVT1815: 1ª HVT
Prolapso urogenital
Séc. XX: AssepsiaAvanço das Laparatomias
1930: reabilitação da HVTGold-standard Benrubi GI. History of hysterectomy. Special article Florida MA, 1988, 75(8):533-538.
ACOG e FEBRASGO1ª escolha
HVT • Menor stress perioperatório
• Menor tempo de internação
• Retorno rápido às atividades diárias
• Menos episódios febris ou infecção inespecífica
• Ausência de cicatrizesCochrane Database Syst Rev. 2009 Jul 8;(3):CD003677. doi: 10.1002/14651858.CD003677.pub4.
COMO ESCOLHER
INCIDÊNCIA
INDICAÇÕES DE HISTERECTOMIA
CONTRA-INDICAÇÕES?
Doença Ginecológica Maligna
Radiação préviaMOBILIDADE E
VOLUME?
1. Volume uterino aumentado? Mocelamento
2. Aderências? Vídeo
3. Miomas? RNM/Hemissecção
4. Sem prolapso?
COMO ESCOLHER
CONTRA-INDICAÇÕES PARA HISTERECTOMIA VAGINAL 1- Cânceres
2-Massa anexial suspeita 3- Aderências pélvicas
4- O acesso às artérias uterinas é limitado pelo tamanho do útero em relação ao tamanho da pelve
5- Incapacidade para posicionar corretamente o paciente para o acesso vaginal
EndometrioseDoença inflamatória pélvica
Dor pélvica crônica
RESULTADOS: Início do estudo: 68% abdominal e 32% vaginalFinal do quinto ano: 5% abdominal 95% vaginal Conversão cirúrgica: dois casos Não houve aumento da morbidade ao paciente
CONCLUSÃO: Ausência de prolapso não indica abordagem abdominal, mesmo em mulheres nulíparas e aquelas com uma cesariana anterior
EXCLUÍDOS:Prolapso, doença anexial, útero maior que 16s e malignidade
Estudo prospectivo 204 mulheres com útero miomatoso e volume uterino: 280-
2000ml
Morcelamento vaginal foi realizada em todos os casos
Quatro pacientes foram submetidos a conversão cirúrgica
TAMANHO UTERINO
Laparoscopic assistance after vaginal hysterectomy and unsuccessful access to the ovaries or failed uterine mobilization: changing trends.Sizzi O, Paparella P, Bonito C, et al. JSLS 2004; 8:339
“Critérios tradicionais de tamanho uterino na exclusão da abordagem vaginal podem não ser válidos”
Mais rápido retorno às atividadeS (IC; 6,4-12,6)
Menos infecções ou febre (OR 0,42, IC; 0,21-0,83)
Resultados similares Maior tempo cirúrgico (41,5 min, 95% IC33,7-49,4)
Maior tempo cirúrgico(25,3 min, IC; 10-40,6)
HISTERECTOMIA LAPAROSCÓPICA X HVT
HISTERECTOMIA LAPAROSCÓPICA X HVT +LAPAROSCOPIA
HVT X HAT
TÉCNICA CIRÚRGICA1- Anestesia e posicionamento do paciente
2- Antissepsia 3- Sondagem Foley (intra-op)
HISTERECTOMIA VAGINAL
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA5- Injetar vasoconstritor6- Incisão na parede vaginal Pinça de Leahey
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA7- Dissecção das fibras8- Abertura do peritônio anterior PREGA VESICOUTERINA
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA9- Exposição da cúpula vaginal posterior10-Abertura do peritôneo posterior
Williams. Ginecologia de Williams 2011
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA11- Transecção dos ligamentos uterossaco e cardinal
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA12- Ligadura das artérias uterinas
Z Clamp Curvo
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA13- Inversão do corpo uterino14- Ligadura dos ligamentos útero-ováricos e redondos
* Morcelamento
Porta Agulha Heaney
Williams. Ginecologia de Williams 2011
HISTERECTOMIA VAGINAL TÉCNICA CIRÚRGICA16- Remoção do útero17- Fechamento do manguito vaginal
Williams. Ginecologia de Williams 2011
Morcelamento
Hemissecção uterina
IncontinênciaDanos ao nervo ou tecidos de suporte do assoalho pélvicoFístula:Histerectomia laparoscópica: 96% HAT: 28%Histerectomia abdominal subtotal:14% HVT: 20% *por 100.000 pessoas/anoProlapso de órgão pélvicoMaior associação com HVT (viéis de seleção/técnica?)Prolapso anterior
COMPLICAÇÕES
Danos aos órgãos adjacentes:
Lesão de bexiga ocorre 1%-2%: HVTLesão do intestino:<1%
Sumário de Recomendações:1. HVT deve ser a primeira escolha a a ser considerada para
histerectomia por causas benignas.
2. Exceto por malignidade e histórico de irradiação na pelve, todas as outras contraindicações são relativas (vol. uterino, aderências).
3. Úteros de tamaho aumentado pode-se usar mocelamento, ou remover o maior mioma por hemissecção uterina. Aderências podem ser desfeitas por videolaparoscopia associada.
4. RNM pode ser considerada no pre-op para observar detalhadamente as relações anatômicas entre as estruturas.
5. HVT é especialmente benéfica para obesas.
Sumário de Recomendações:6. Quadros infecciosos locais (vaginites e vaginoses) devem ser tratados no pré-op para reduzir risco de deiscência.
7. É possível que haja prolapso da parede anterior, gerando aparecimento de incontinência urinária de esforço que estava oculta.
8. Salpingectomia e ooforectomia podem ser feitos por esta via, caso haja indicação.
9. Os problemas mais comuns do pós operatório são: sangramento (hemostasia inadequada), deiscência de sutura, injúria inadvertida de trato urinário ou intestinal, abcessos, fístulas e TVP/TEP.
10. Não há padronização do tempo de acompanhamento pós-op.
Concluindo
“Um dos principais determinantes da via de histerectomia não é a situação clínica, mas a atitude do cirurgião”