História Da Tipografia

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História da tipografia JACQUELINE DE CASTRO . Introdução . Conceitos . Resultados . Contexto histórico . Atividades

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  • Histria da tipografia JACQUELINE DE CASTRO

    . Introduo . Conceitos . Resultados . Contexto histrico . Atividades

  • conceito

    Ofcio que trata dos atributos visuais da linguagem escrita, Envolve a seleo e aplicao dos TIPOS, A definio dos formatos de pginas, A composio do texto e sua hierarquia

  • conceito No Design de Produto - o conhecimento de seus conceitos auxiliar na concepo, apresentao e defesas dos projetos.

    TIPOGRAFIA compe o projeto grfico, mesmo no caso do desenvolvimento de produtos, influenciando na construo de sistemas de informao eficientes (teclados, painis de veculos, mostradores, botes e displays em geral)

  • conceito

  • conceito Em software

  • conceito Em produto

  • Devemos dar boas-vindas variedade tipogrfica como uma consequncia natural da criatividade humana Sebastian Carter

  • FONTE TIPO MEIO FSICO UTILIZADO PARA CRIAR O TIPO SEJA ELE DIGITAL, SEJA ELE FSICO.

    UM CONJUNTO DE CARACTERES , LETRAS , NMEROS, SMBOLOS, PONTUAO (E ASSIM POR DIANTE) QUE TEM UM DESIGN COMUM E DISTINTO

  • HISTRIA

  • A letra um smbolo visual, com representao grfica, utilizada na comunicao humana para fixar um pensamento, e que vem naturalmente evoluindo.

  • fencio

  • Muitos pesquisadores concordam que por volta de 1500 a.C. a antiga Fencia tinha estabelecido um alfabeto de 22 caracteres baseado na fontica. Acredita-se que este antigo alfabeto fencio foi a base dos alfabetos grego e romano e, por esse motivo, do alfabeto hoje utilizado em grande parte do mundo ocidental (CLAIR e BUSIC-SNYDER, 2009).

  • grego

  • Os gregos simplesmente tomaram emprestados os 22 caracteres originais e os adaptaram para suas prprias necessidades. Cinco consoantes foram mudadas para vogais para corresponderem ao idioma grego. Entre 200 a.C. e 100 d.C., os romanos tomaram o alfabeto emprestado dos gregos, assim como os gregos dos fencios. As letras dos romanos eram uma arte de qualidade, com rigor nas formas e na reproduo. Composto por grandes letras regulares em caixa-alta. No mundo ocidental, o alfabeto de origem fencia, que passou Grcia e Roma, por sua simplicidade e se tornou veculo de transmisso do conhecimento humano. Assim, a evoluo da escrita pode ser resumida em:

  • Pictografia - do latim .pictus. (pintado) e do grego .grafe. (descrio), usada pelo homem primitivo para fixar nas paredes das cavernas seus feitos. Ideografia - fixao das idias atravs dos smbolos. Signos que sugerem idias. Cada desenho isolado tem um significado. Por exemplo, o desenho de um sol no designava somente o astro, e sim, o tempo de luz solar entre duas noites, ou seja, o dia.

  • Fonetismo - as figuras lidas evocavam seu primitivo sentido, acrescido da expresso sonora. Por exemplo, um desenho de um sol seguido de um dado representa a palavra soldado. Silbica - o fonetismo sugeriu a decomposio da palavra em slabas, em um conjunto de sons. Quando o escriba tinha dificuldades em encontrar uma representao para eterminada palavra, separava-a em duas, trs ou mais slabas, com um desenho para cada uma. Desenhos ou caracteres representativos das slabas em formas de cunhas. Alfabeto - criado pelos fencios, com aperfeioamento lento. Divulgado atravs dos comerciantes fencios, atravs do Mediterrneo. Os gregos foram modificando esse alfabeto, para atender s suas necessidades de linguagem. Finalmente o povo romano (os latinos), baseados no alfabeto grego, nos legaram o alfabeto e o estilo de letra, que conhecemos e utilizamos atualmente. Naturalmente, foram sculos de evoluo at

  • Sculo XII d.C. , a reproduo dos livros e documentos era ocupao dos monges, chamados de copistas. Produziam obras manuscritas com iniciais ricas de desenhos coloridos, solicitados pelo clero e principalmente pela nobreza da poca. Novo meio de reproduo foi introduzido, a xilografia, isto , pranchas de madeira com letras gravadas em relevo, depois prensadas sobre o papel. Processo que os chineses j conheciam e utilizavam antes de Cristo para suas reprodues.

  • Tipos mveis - as letras mveis no seriam uma novidade. Em 1041 d. C. os chineses j conheciam e empregavam tal processo, moldado em forma de ferro a porcelana em forma de letras, usavam tambm madeira, e na Coria em 1043, o rei Tsai-Tung mandou fundir os tipos em bronze. Loureno Janszoon - cognominado Coster, holands. Alguns historiadores atribuem a ele a impresso do primeiro livro (Horarium), impresso em tipo mvel, em 1437.

  • Gutenberg - nascido na Alemanha, provavelmente em 1400, faleceu em 1468. Em 1434, fugindo da revoluo da Maiana, foi para Strasburg, onde permaneceu at 1444. De volta sua cidade natal, criou seus tipos mveis, comps e imprimiu uma Bblia em latim.

    Aps Gutenberg, cada tipgrafo, em diferentes regies, imprimia textos, construindo seus prelos. Sem nenhuma padronizao dos tamanhos e estilos do desenho das letras. Com o aparecimento de dois grficos, Fournier e Didot, o tamanho das letras foi estabelecido dentro das leis seguidas at os dias de hoje.

    No Sistema Fournier, ou anglo-americano, um ponto equivale a 0,351 mm, exatamente 1/72 de uma polegada.

    No Sistema Didot, adotado pelos italianos, holandeses e franceses, um ponto equivale, hoje no sistema mtrico, a 0,376 mm. Doze pontos Didot constituem a medida denominada Ccero, ou seja, 4,511 mm, e doze pontos Fournier ou anglo-americanos, formam uma Paica, com 4,212 mm.

  • O conflito social na Tipografia A Tipografia nasceu em conflito, pois Gutenberg enfrentou os

    copistas, que ao verem a sua arte manual substituda pela prensa, a apelidaram de coisa do demnio. Um conflito reduzido sua dimenso, sem significado e sem termos comparativos ao grandioso invento de Gutenberg, que viria a dar luz Humanidade, pois que at ento os livros copiados estavam acessveis a minorias privilegiadas: clero, nobreza e alguns ricos mercadores.

    Com a inveno da Tipografia para alguns, a Inveno do Milnio , nasceu a Imprensa. Os livros passam a ser acessveis a muita mais gente, a sabedoria e a cultura expandem-se pelo mundo, tornando os povos mais cultos, democratizados e ricos. A Arte da Tipografia torna-se num ofcio nobre, com privilgios papais e reais. De salientar, o nosso rei Venturoso, D. Manuel I, que concede privilgios aos impressores.

  • Foram cerca de quatrocentos anos de esplendor, desde os meados do sculo xv (1445, ano da inveno da Tipografia) at aos incios do sculo xix (1814, ano em que inventada a primeira mquina de impresso cilndrica), pois at a todo o trabalho tipogrfico tinha sido manual, quer na composio, quer na impresso. A Tipografia foi, assim, uma profisso muito reservada, mas que absorvia grupos de artfices de vrias especialidades, desde o gravador de punes, o fundidor de caracteres, passando pelo compositor, impressor, encadernador, mais tarde o fotogravador, etc.

  • Ainda nos finais do sculo XIX se podia ver tipgrafos de espada--cinta, descendo das suas caleches, a entrar na Imprensa Nacional de Lisboa. Da inveno da Tipografia at Revoluo Industrial, os mtodos de trabalho pouco evoluram. Ao contrrio da sua componente artstica e arquitectnica, que acompanhou toda uma evoluo esttica, quer no desenho dos caracteres e ornatos, quer no aspecto construtivo da pgina, mais saliente nos frontispcios, completando os volumes dos livros com luxuosas e artsticas encadernaes, muito ao gosto de cada poca.

  • Com a Revoluo Industrial, aparece vrias profisses como a Tipografia, divulgadora de progresso.

    A inveno da mquina cilndrica impressora seguiu-se, passadas trs dcadas, a rotativa, que veio dar um significativo incremento impresso de livros e jornais. O problema da impresso estava resolvido, mas a composio continuava a ser como Gutenberg a tinha inventado quatrocentos anos atrs, morosa e mobilizando cada vez mais trabalhadores, especialmente para a tarefa dos textos, ou composio de cheio, aos quais lhes chamavam de caixistas, devido ao seu trabalho de compor.

    A necessidade de inventar uma mquina que substitusse este nmero crescente de trabalhadores era imperiosa. O proprietrio do New York Tribune, confrontado com este problema, sugere a Ottmar Mergenthaler, alemo radicado como relojoeiro, a inveno de uma mquina de compor. Depois de vrias tentativas, Mergenthaler apresentou ao seu cliente e ao mundo, no ano de 1884, a mquina de composio Linotype aquela que Thomas Edison considerou ser a oitava maravilha do Mundo. A Portugal, as lintipos chegam com o advento da Repblica, ainda que muitas tipografias mantivessem a composio manual at chegada da Fotocomposio, isto passado quase um sculo aps a sua inveno.

  • Mecanizao. - A chamada grande Imprensa, com a linotipo, crescia em todo o mundo, os compositores manuais transferiram-se, gradualmente, para as mquinas. Nascia, assim, a especialidade de compositor mecnico, ou linotipista.

    Os compositores caixistas de grandes empresas, caso de jornais, quando no transferidos eram afastados da sua atividade. Ao mesmo tempo, numa Europa perante grandes conflitos blicos, ocorreu um grande incremento na Imprensa e em que todos os profissionais eram indispensveis ao crescente desenvolvimento de informao editorial.

    Computorizao. - Em pleno sculo XX a mecanizao chega exausto no seu desenvolvimento com a juno da computao. A mquina comea a ser comandada pelo ordenador. Os linotipistas vm a sua mquina a trabalhar sozinha com as teclas a movimentarem-se, sem os seus dedos, mas atravs de fita perfurada pelo ordenador, que assim comanda a mquina a fazer a composio.

    Passados doze anos da mecanizao computorizada e das suas influncias sociais na Tipografia, o salto para a computao total estava a ser rpido. A computao viria a modificar radicalmente a Tipografia convencional, do chumbo e seus mtodos de trabalho, pela automatizao das salas de composio, atravs da Fotocomposio.

    Mquina compositora comandada por fita perfurada

  • O til ~ Os copistas da Idade Mdia simplificavam o seu penoso

    trabalho abreviando palavras e nomes, ou substituindo-os por determinados glifos. Para a cpia ser mais rpida e porque a tinta e o papel eram valiosos e deviam ser poupados. Alguns desses glifos continuam em uso dirio. Foi assim que surgiu o til (~), para substituir um m ou n que nasalizava a vogal anterior. O til (palavra derivada do latim titulus) era uma abreviatura, em pequeno n sobre a letra. Hoje, o til um sinal diacrtico que serve para nasalar vogais (em portugus) e consoantes (noutras culturas). A referncia mais antiga definio do til do sculo XVI na GRAMTICA de Joo de Barros. O plural de til tiles. Para a representao do til na norma Unicode, consulte unicode.e-workers.de/tilde.php

  • O & e o ampersand @ Para substituir a palavra latina et (e), criou-se

    um glifo que a ligatura das letras E+t= &. Este glifo the and sign, com dizem os ingleses conhecido em portugus como comercial e em ingls tipogrfico chama-se ampersand. Ampersand a corrupo da frase and per se and, ou seja: and + per se (do latim por si) + and.

  • A @

    Com o mesmo recurso do entrelaamento das letras, os copistas tero criado o smbolo @ para substituir a preposio latina ad. Na Inglaterra, o @ era usado na contabilidade comercial; aparecia entre o nmero de unidades da mercadoria e o preo. O registo contabilstico 10 @ 3 significava 10 unidades ao preo de 3 libras cada uma. Nessa poca, o glifo @ em ingls j ficou conhecido como at.

    A unidade de peso comum para os espanhis era a arroba, cujo a inicial lembra a forma do smbolo @; os carregamentos de mercadoria vinham frequentemente em fardos de uma arroba. O glifo @ passou a ser usado pelos espanhis para significar arroba. Arroba veio do rabe arruba, que significa a quarta parte: Arroba (15 kg, em nmeros redondos) correspondia a 1/4 de outra medida rabe (quintar), o quintal (58,75 kg).

  • As mquinas de escrever comearam a ser comercializadas nos EUA. O @ j estava presente na Lambert, uma mquina posta no mercado em 1902 pela Lambert Typewriter Company of New York. Visto que o glifo integra o set de 1963 dos ASCII Characters, cremos que o @ era um standard character em todas as mquinas de escrever. Em 1972, ao desenvolver o correio eletrnico SMTP, o primeiro servio baseado nos protocolos da Internet, Roy Tomlinson aproveitou o @ disponvel no teclado, e utilizou-o entre o nome do utilizador e o nome do provedor: [email protected].

    Em alguns idiomas, o @ ficou com o nome de algo parecido com a sua forma: em alemo Klammeraffe (macaco), fazendo referncia mo de um macaco pendurado num galho. Em italiano chiocciola (caracol), em sueco snabel (bico), em holands, apestaart (rabo de macaco). Em catalo, chama-se arrova ou ensamada, como o brioche tpico de Maiorca...

    Se tudo isto ainda no lhe chega, ento leia A Natural History of the @ Sign em www.herodios.com/atsign.htm.

  • referncias

    CLAIR, Kate; BUSIC-SNYDER, Cynthia. Manual de Tipografia: A Histria, a Tcnica e a Arte. Porto Alegre: Bookman, 2009.

    LUPTON, Ellen. Pensar com tipos. So Paulo: Cosac Naify, 2006.

    ROCHA, Cludio. Projeto Tipogrfico - anlise e apresentao de fontes digitais. So Paulo: Rosari, 2005.

    WILLBERG, Hans Peter; FORSSMAN, Friedrich. Primeiros socorros em tipografia. So Paulo: Rosari, 2007.

    Somente Imagens:

    Godfrey, J. Bibliogrfico: 100 livros clssicos sobre design

    Marshall, L; Meachem, L. Como usar imagens.

    Histria da tipografiaconceitoconceitoconceitoconceitoconceitoSlide Number 7Devemos dar boas-vindas variedade tipogrfica como uma consequncia natural da criatividade humana Sebastian CarterFONTE TIPOHISTRIASlide Number 11fencioSlide Number 13gregoSlide Number 15Slide Number 16Slide Number 17Slide Number 18Slide Number 19Slide Number 20Slide Number 21Slide Number 22Slide Number 23Slide Number 24Slide Number 25Slide Number 26Slide Number 27Slide Number 28Slide Number 29Slide Number 30Slide Number 31Slide Number 32Slide Number 33referncias