Historia Das Ideias Politicas e Sociais

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISFACULDADE DE FILOSOFIA E CINCIAS HUMANAS FAFICHDEPARTAMENTO DE HISTRIASEO DE ENSINO/COLEGIADO DE HISTRIAe-mail: [email protected]: http://www.fafich.ufmg.br/atendimentoDISCIPLINA: HISTRIA DAS IDIAS POLTICAS E SOCIAISCDIGO: HIS055_______________________________________________________________________________

    PROGRAMA

    EMENTA:Estabelecer pontos de articulao entre as perspectivas interpretativas proporcionadas peloconjunto das prticas historiogrficas atuais e as matrizes das grandes tradies que informam o

    pensamento poltico moderno e contemporneo.PROGRAMA:

    Unidade I: A tradio e a fundao do pensamento moderno: crise, ruptura e recriao.Objetivo: mapear, nos primrdios da era moderna, o nascimento de uma matriz humanista que, em seudilogo com a tradio poltica greco-romana, informar a inveno de uma idia moderna de poltica.Textos bsicos:SQUILO. Prometeu Acorrentado. In. BRUNA, Jaime (org.): Teatro Grego. So Paulo: Cultrix, s/d, pp.15-42.LEFORT, Claude. Humanismo e Anti-Humanismo: uma homenagem a Salman Ruschdie. In. : Desafiosda escrita poltica. So Paulo: Discurso Editorial, 1999.

    STARLING, Helosa M. M. . Tudo poltica e potentes chefias - A inveno da poltica. In.:Lembranasdo Brasil. Rio de Janeiro: Revan: UCAM, IUPERJ, 1999, pp. 40-66.Leituras complementares:ARENDT. Hannah. A Victa activa e a era moderna. In. : A condio humana. Rio de Janeiro: ForenseUniversitria, 1991.BORNHEIM. A descoberta do homem e do mundo. In. NOVAES.A descoberta do homem e do mundoBURCKHARDT, Jacob.A cultura do Renascimento na Itlia. Braslia: Editora Universidade de Braslia,1991.CAVALCANTE, Berenice. Ser moderno: a propsito de uma tradio. In. : BERARDINELLI,MARGATO, GOMES. (org.) Semear. Rio de Janeiro: NAU, 2000. pp. 115-126.LEFORT. O imaginrio da crise. In. : NOVAES.A crise da razo. So Paulo: Cia das Letras,Cronograma:

    Aula 1 e 2: Introduo.Aula 3 e 4: Humanismo e os tempos modernosAula 5 e 6: Como pensar o poltico. (Avaliao)

    Unidade II: A Liberdade e os tumultos da era modernaObjetivo:analisar a temtica da liberdade como elemento central na fundao de um pensamento polticomoderno.Textos bsicos:LA BOETIE.Discurso sobre a servido voluntriaMAQUIAVEL.O prncipe._____. Comentrios sobre a Primeira Dcada de Tito Lvio.Braslia: UnB, 1982. (Livro I)Leituras complementares:ARENDT. Que a Liberdade? In. :Entre o passado e o futuro. So Paulo: Perspectiva, 1992.CHAU. O mau encontro. In. : In. : NOVAES.A outra margem do Ocidente.So Paulo: Cia das Letras,1999.

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    LEFORT. Sedes do republicanismo In. :Desafios da escrita poltica. So Paulo: Discurso Editorial, 1999._____. Formao e autoridade: a educao humanista. In. : Desafios da escrita poltica. So Paulo:Discurso Editorial, 1999.BIGNOTTO.Maquiavel republicano. So Paulo: Loyola, 1991, pp. 57-171._____. Maquiavel e o novo continente da poltica. In. Novaes.A descoberta do homem e do mundo._____. O crculo e a linha. In. Novaes. Tempo e Histria.

    JASMIN, Marcelo. Maquiavel, a Histria e a crtica da razo humanista. In: Racionalidade e Histria naTeoria poltica.Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.REY, Jean-Michel. O princpio da tirania. In: NOVAES.A outra margem do ocidente.Cronograma:Aula 7: IntroduoAula 8 e 9: Maquiavel: Lies para o prncipe, ensinamento para os povosAula 10 e 11: La Botie e o inominvel do humano.Aula 12: Prova (valor 30 pontos)

    Unidade III: O contratualismo e o problema daboa ordempolticaObjetivo:Explorar o sentido da poltica desempenhando funes de mediao: impor, mediar e agregarinteresses sociais privados perante a comunidade poltica ou um aparato estatal especializado no emprego

    administrativo do poder poltico para garantir fins coletivos.Textos bsicos:HOBBES, Thomas. O Leviat ou Matria, Forma e Poder de um Estado Eclesistico e Civil. So Paulo:Abril, 1979. (Introduo, Primeira Parte: cap XVII, XVIII, XXI, XXV, XXVI)LOCKE, John. Segundo Tratado do Governo. So Paulo, Abril, 1973 (cap. III, V, XII, IX, XI, XIX)ROUSSEAU, Jean-Jacques.Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. So Paulo, Abril,1979.Leituras complementares:BONOME, Maria Anglica. Ch & Gin: uma conversa no alm, (mimeo).FORTES, Luiz Roberto Salinas. O mundo poltico como vontade e representao. In. : Paradoxo doespetculo: poltica e potica em Rousseau. So Paulo: Discurso Editorial, 1997.JASMIN, Marcelo. Contratualismo: Recusa e Negao da Histria. In. : Racionalidade e Histria naTeoria poltica.Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.KUNTZ. Rolf. Locke, Liberdade, Igualdade e Propriedade. In. : QUIRINO; SOUZA (org.) O PensamentoPoltico Clssico. So Paulo: T. A Queirs, 1980.LASLETT, P. A Teoria poltica e social dos Dois Tratados sobre o Governo. In. : QUIRINO; SOUZA(org.) O Pensamento Poltico Clssico. So Paulo: T. A Queirs, 1980.RIBEIRO, Renato Janine. Ao leitor sem medo: Hobbes escrevendo para alm de seu tempo. BeloHorizonte, Editora UFMG, 1999 (cap. 1, 3, 5, 7).STAROBINSKI, Jean.Jean-Jacques Rousseau: a transparncia e o obstculo.So Paulo: Cia das Letras,1991. (p. 34-45; 287-309)Cronograma:Aula 13 e 14: Leviat hobbesiano e a chave da esperana.Aula 15 e 16: Locke e o liberalismo.Aula 17 e 18: Rousseau e o problema da liberdade.Aula 19: Prova (Valor: 30 pontos)

    Unidade IV: A Histria e a inteligncia do presenteObjetivo: estudo sumrio de trs respostas distintas, cunhadas sob o prisma da Revoluo, que visamresponder ou ecoar o problema da liberdade e da democracia tendo em face os dilemas igualitriosentrepostos pela questo social.Textos bsicos:MARX. O 18 Brumrio.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.MICHELET. Histria da Revoluo Francesa. So Paulo: Cia das Letras, 1989. (Prefcio de 1847,Prefcio de 1868, Introduo)

    TOCQUEVILLE.Antigo regime e revoluo.Leituras complementares:ABENSOUR, Miguel. O herosmo e o enigma revolucionrio. In.: NOVAES. Tempo e Histria.

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    ____. A Democracia contra o Estado: Marx e o momento maquiaveliano. Belo Horizonte. Ed. UFMG,1998, pp. 13-32.ARENDT. O significado da Revoluo. In. :Da Revoluo. So Paulo: tica, 1989.BERMAN. Tudo que slido desmancha no ar. So Paulo: Cia das Letras, 1986. (cap. II)JASMIN.Alexis de Tocqueville: a historiografia como cincia poltica. Rio de Janeiro: ACCES, 1997,oo. 34-85.

    LEFORT. Permanncia do Teolgico-Poltico? In. : Pensando o poltico. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1991._____. Da Igualdade Liberdade. In. : Pensando o poltico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991._____. Releitura do Manifesto Comunista. In. : Pensando o poltico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.RIBEIRO, Renato Janine. O Novo e o Pathos (em torno do Dezoito Brumrio).In: A ltima razo dosReis. So Paulo: Cia das Letras, 1993.STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx. Belo Horizonte: Autntica,2000.WILSON.Rumo estao Finlndia. So Paulo: Cia das Letras, 1986, Parte I, Parte IICronograma:Aula 20: A liberdade e o pensamento da histriaAula 21: Michelet e o problema da revoluo.Aula 22: Marx e as fantasmagorias do presente

    Aula 23: Tocqueville e a histria da liberdadeAula 24: Trs modos de se ler o presente

    Unidade IV: Teorias da modernidade: o sujeito e seus cuidados.Objetivo: Mapear algumas matrizes do pensamento moderno as quais, diante da constatao de um mal-estar intrnseco ao mundo contemporneo, buscaram respostas que visassem compreender e/ou respondera esse sintoma do tempo.Textos bsicos:ARENDT. A definirBENJAMIN. O narrador. In. : Obras Escolhidas. So Paulo: Brasiliense, 1987, v. I.FREUD. Sobre a transitoriedade. In. Edio Standard brasileira das obras psicolgicas completas deSigmund Freud, v. XXI (1930). Rio de Janeiro: Imago, 1974.

    Leituras complementares:ARENDT, Hannah. Walter Benjamin. 1892-1940. In. :Homens em Tempos sombrios. So Paulo: Cia dasLetras, 1987.BLLE, Willi. Alegorias, Imagens, Tableau. In. : NOVAES (org). Artepensamento.So Paulo: Cia dasLetras, 1994.COURTINE-DENAMY. Por amor ao mundo. In. : O cuidado com o mundo. Belo Horizonte, 2002.FREUD. Sobre a transitoriedade. In. Edio Standard brasileiras das obras psicolgicas completas deSigmund Freud, v. XIV (1916). Rio de Janeiro: imago, 1974, pp. 345-348.KEHL, Maria Rita. A constituio da feminilidade no sculo XIX. In:Deslocamentos do feminino. Rio deJaneiro: Imago, 1998.MORAES; BIGNOTTO. Hannah Arendt: dilogos, reflexes, memrias. Belo Horizonte: Editora daUFMG, 2001.pp. 90-96, 111-135, 246-269.Cronograma:Aula 25: O indivduo moderno: o mal e os seus remdiosAula 26: Freud e o mal estarAula 27: Hannah ArendtAula 28: Walter Benjamin e as narrativas da esperana.Aula 29: Encerramento do cursoAula 30: prova final (valor 40 pontos)