História de Silent Hill Origins PDF

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Este texto foi escrito por Leandro Salmagi Coutinho, por favor, não publique sem meu consentimento. Tive um trabalho duro pra fazer isso tudo, omitir o meu nome nos créditos do texto é uma enorme injustiça. Textos complementares: Para melhor entendimento deste texto e de seus semelhantes, é aconselhável ao leitor que já tenha jogado os jogos da série Silent Hill, e também tenha acesso ao livro Lost Memories, publicado pela Konami e encontrado para leitura nos sites: www.translatedmemories.com www.silenthillchronicle.net E que também tenha acesso aos documentos e diálogos contidos ao longo dos jogos. Facilmente se encontra diálogos e documentos muito bem organizados no site: www.gamefaqs.com Qualquer dúvida ou comentário. Envie um e-mail para [email protected] . Boa leitura! História principal de Silent Hill Origins Texto escrito em Julho de 2008 Silent Hill Origins conta a história de Travis, um caminhoneiro com um passado perturbador, que acaba indo para Silent Hill e acaba se envolvendo com o Culto no período do ritual chave de toda a trama, aquele que colocaria um demônio no corpo de Alessa, para que pudesse haver um paraíso na terra. Pessoalmente, não sei se chamo classifico a trama como “complexa” ou “desconexa”. Muitas das coisas são claras e explícitas, mas outras parecem simplesmente aleatórias, coisas acontecem “porque sim”. E tudo se agrava com a sugestão do final Bad de que Travis é o próprio Butcher, e com o comportamento “sempre conveniente” do Flauros. Pois bem, narrarei do ponto de vista primariamente cronológico, não do ponto de vista do jogador. Assumirei que aquilo que lemos e vemos no jogo é verdade, a menos

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Este texto foi escrito por Leandro Salmagi Coutinho, por favor, não publiquesem meu consentimento. Tive um trabalho duro pra fazer isso tudo, omitir o meu nomenos créditos do texto é uma enorme injustiça.

Textos complementares:

Para melhor entendimento deste texto e de seus semelhantes, é aconselhável aoleitor que já tenha jogado os jogos da série Silent Hill, e também tenha acesso ao livroLost Memories, publicado pela Konami e encontrado para leitura nos sites:

www.translatedmemories.comwww.silenthillchronicle.net

E que também tenha acesso aos documentos e diálogos contidos ao longo dosjogos. Facilmente se encontra diálogos e documentos muito bem organizados no site:

www.gamefaqs.com

Qualquer dúvida ou comentário. Envie um e-mail para [email protected].

Boa leitura!

História principal de Silent Hill OriginsTexto escrito em Julho de 2008

Silent Hill Origins conta a história de Travis, um caminhoneiro com um passadoperturbador, que acaba indo para Silent Hill e acaba se envolvendo com o Culto noperíodo do ritual chave de toda a trama, aquele que colocaria um demônio no corpo deAlessa, para que pudesse haver um paraíso na terra.

Pessoalmente, não sei se chamo classifico a trama como “complexa” ou“desconexa”. Muitas das coisas são claras e explícitas, mas outras parecemsimplesmente aleatórias, coisas acontecem “porque sim”. E tudo se agrava com asugestão do final Bad de que Travis é o próprio Butcher, e com o comportamento“sempre conveniente” do Flauros.

Pois bem, narrarei do ponto de vista primariamente cronológico, não do ponto devista do jogador. Assumirei que aquilo que lemos e vemos no jogo é verdade, a menos

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que o próprio jogo jogue dúvidas encima. Porém, como o fato do Butcher ser Travis põeem dúvida praticamente o jogo todo, só vou discutir isso e outras questões no final.

Pois bem. O fato mais antigo que se pode ter conhecimento é um problemafamiliar. Tudo começa com uma mãe tentando matar a si e ao próprio filho com umvazamento de gás na própria casa, alegando que ele era “the Devil’s Child”. Graças aovisinho Bryant, a polícia foi avisada, e tanto a mãe quanto o filho foram salvos.

A mãe, no entanto, foi internada no Cedar Grove Sanitarium (sanatório, nãosanitário, mas a idéia do trocadilho é engraçada, hehehe).

A princípio, ela parecia calma, e negava ter tentado matar seu filho. Mas com opassar do tempo ela foi se tornando agressiva, chegando a atacar o marido durante aseventuais visitas.

O marido não agüentou a vida sem a esposa, ter que cuidar do filho sozinho etudo mais. Até que um dia pediu que o menino ficasse no fliperama de um hotelesperando que ele voltasse. Mas ele voltou para seu quarto e se enforcou.

O filho, no entanto, não esperou muito, e acabou procurando pelo pai no quarto.Ao encontrá-lo morto, ficou ao lado do corpo por dez horas, até que a equipe do hotelpercebeu a situação.

Essa é a história de Travis, Richard e Helen Grady.

Travis se tornou um caminhoneiro. E o jogo começa quando Travis, durante umade suas viagens, passa por Silent Hill.

Um holograma de Alessa (vou chamar assim a Alessa saudável que a gente vê”)se põe à frente do caminhão e força Travis a parar. Vale notar que foi o mesmo que elafez, sete anos depois, com Harry Mason.

Ok. Cheryl é igual a Alessa, conforme fica claro ao longo de SH1 e SH3. EmSH1, Cheryl (a esquerda) tinha sete anos, que é a mesma idade de Alessa (à direita) emSH Origins. Desprezando o fato da original ser asiática, e da atual ser nitidamenteamericana de olhos azuis, não houveram erros sérios, hehehe.

Travis é induzido a ir até uma casa em chamas, casa que o culto incendiou comoparte do ritual de trazer o deus do culto à vida.

Recapitulando: O culto precisa de uma mulher com poderes mentais, que soframuito para gerar o deus. Alessa cumpria os requisitos, só faltava o sofrimento.

Na casa, ele vê Dahlia fugindo do local, mas ele entra no prédio, onde está ocorpo físico de Alessa.

Interessante ressaltar que essa casa já aparecia em Silent Hill 1, o jogo original,feito lá em 1999.

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Embora a casa tenha sido lembrada pela produção, esqueceram do fato de que acasa não ficava na frente de uma estrada, hehehe. Mas não podemos negar o caprichoem remeter ao jogo “pai” de toda a série.

Quando Travis alcança Alessa,dentro da casa, ela diz “Deixe-me queimar”.Pessoalmente, só posso comentar: “Do quediabos você ta falando, menina?”. Mas deboa. Discuto isso depois. O buraco é maisfundo.

Travis tira Alessa de lá e desmaiapela intoxicação, creio eu.

Porém, ele acorda nas ruas de Silent Hill, e resolve passar pelo hospitalAlchemilla, para que possa ter alguma notícia de Alessa.

No hospital, logo de cara, ele encontra Kaufmann, sete anos mais novo, etotalmente irreconhecível pra quem jogou a versão original. (Cara, visualmente é umagafe atrás da outra...)

A conversa não é importante, a não ser por mostrar que Kaufmann evita dialogarcom Travis.

No hospital, Travis enfrenta a primeira enfermeia do jogo, e encontra novamenteo holograma de Alessa. Ela o ensina a entrar no mundo alternativo através dos espelhos.

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Travis resolve um puzzle de anatomia e consegue entrar numa sala e achar umpedaço do “Futuro” do Flauros.

Isso é alguma insinuação? Futuro de quem? Da Alessa que passaria o futuro nohospital? Do Travis que passaria o futuro preso numa camisa de força como a criaturaque ele matou?

Ok. Após ele pegar o pedaço do Flauros. O holograma reaparece e o fazdesmaiar novamente. Ele é acordado no hospital pela Lisa, que conversa um pouco comele, e menciona o incêndio, que ninguém sabe a causa, e que foi uma pena Alessa termorrido desse jeito (não chore, ela não morreu).

Aí acontece uma coisa que, para mim, é meio confusa. Ela menciona que temque sair, porque o Dr. Kaufmann vai estar esperando-a no Cedar Grove Sanitarium(talvez pra levar o papel higiênico, hehehe, brincadeira), mas depois comenta: “Maybesee you around?”.

“See you around?” pode ser entendido como um simples “até logo”, ou tambémcomo um convite “Te vejo por lá?”.

O primeiro caso soa mais natural, mas não explica porque Travis iria para oSanatório. O segundo caso explica a questão, Travis vai para o Sanatório porque Lisaconvidou.

Mas porque Lisa convidaria? Você tem uma questão importante para falar comseu chefe do hospital, provavelmente sobre uma menina que foi totalmente queimadapor um culto piromaníaco, e você convida um estranho pra te fazer companhia? WTF?

Pois bem. Lisa parece mais velha em Origins... meu deus...

Travis então decide ir para o Sanatório (seja por ser convidado ou por ser xereta,tanto faz), mas encontra todas as rotas bloqueadas, e é obrigado a fazer um desvio pordentro do açougue.

É aí que aparece, pela primeira vez, a figura do açougueiro (Butcher).

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Ele simplesmente mata uma enfermeira, e vai embora, ignorando Travis.

Assim, Travis atravessa o açougue e vai para o Sanatório.No Sanatório, Travis encontra Dahlia, a reconhece, e, no dialógo, ela deixa

escapar que Alessa está viva, sob o cuidado “daqueles que se importam com ela”, e queo incêndio foi proposital.

O Sanatório é provavelmente o maior lugar a ser explorado em toda a sérieSilent Hill (com exceção das ruas, claro). Mas pouca coisa realmente acontece lá, excetoo fato de Travis descobrir (ou relembrar) o passado de sua mãe, através de váriosdocumentos.

No final deste trecho do sanatório, Travis encontra Lisa, que solta umas frasesirrelevantes, e enfrenta uma criatura, que representa sua mãe.

Após derrotar a criatura, umasegunda parte do Flauros aparece, como nome de “Passado”.

Quando Travis pega essasegunda parte, ele percebe asemelhança com o que aconteceu nohospital, e já percebe que é Alessa queestá guiando as coisas. O hologramaaparece novamente, e desaparece, àmedida que Travis faz perguntas emvão.

Travis acorda no hall do sanatório, e, a caminho da saída, encontra uma entradapara o teatro.

No teatro ele chega sem problemas, tem de atravessar um ferro velho e entrardentro de um apartamento, mas nada com grande importância agora.

No teatro ele encontra novamente Lisa. No diálogo ela parece não estarenxergando a cidade de modo tão estranho quando Travis, pois ele diz “O que você estáfazendo sozinha aqui? É perigoso”, e ela responde “Perigoso? Você está brincando?”.

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No teatro não acontece nada importante, somente algumas coisas curiosas, comoalguns documentos que relatam um teatro com personagem chamado “Caliban”. EsseCaliban é uma espécie de deus na tal peça teatral, que tem a aparência de um boi.

Os figurinistas elaboraram a figura desse tal caliban utilizando referências dos“mitos regionais”, e utilizaram o Valtiel como base. Valtiel, relembrando, é uma dasentidades adoradas pelo culto do qual Dahlia e Alessa fazem parte.

Acontece que Alessa, certo dia, conseguiu entrar no teatro e assistiu parte doensaio, e ficou muito assustada com o Caliban. Mas o ensaio foi interrompido devido aoator Tony ter tido dor de cabeça e sangramento no nariz.

Depois desse incidente, outro ator começou a sonhar com o Butcher, chegandoao ponto de alucinar (será alucinação mesmo?) com o Butcher durante o dia, jurandoque o mesmo estava no seu motel.

Após vagar pelo teatro, Travis enfrenta uma criatura, simbolizando o Caliban.Derrotando-a, novamente o ciclo se repete, uma parte do Flauros aparece, a parte“Falsidade”, o holograma da Alessa aparece novamente e dá um chute no defunto doCaliban (talvez algum tipo de vingança).

Travis já aparenta estar entendo melhor a situação, dizendo “Você precisa disso,não?”, logo após pegar o pedaço do Flauros. Mas Alessa, novamente, não responde e ofaz desmaiar.

Ele acorda na entrada, com o corpo de um dos bonecos animados inimigos aochão, junto com a chave do Riverside Motel (lá, motel é um hotel de beira de estrada, enão um hotel sexual como aqui no Brasil).

Para chegar no motel, ele tem que passar por uma livraria e uma loja deconveniências, mas nada importante acontece. Fora a curiosidade de você abrir a caixaregistradora da livraria usando o número do quarto que você atravessou quando ia parao Teatro.

No motel, Travis revira lembranças do seu pai, coisas do momento em quechegou ao motel, até o momento que seu pai o deixou no pinball e foi para o quarto sesuicidar.

Porém, no meio tempo, ele encontra o Butcher, e luta com ele na cozinha,derrotando-o, e prendendo seu facão na própria criatura.

Também, entrando em um dos quartos do motel, ele encontra Lisa e Kaufmannnuma hora bastante inoportuna, indicando que eles estavam tendo um caso. Drogastambém podem ser encontradas sobre uma mesa. Mas a conversa entre eles é rápida,artificial, e totalmente irrelevante para a história.

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Pois bem. Em certo ponto, Travisconsegue acessar o quarto em que seu pai sesuicidou, e consegue conversar com um“fantasma” do seu pai. Porém, uma criaturasurge, Travis destrói a criatura, e uma quartaparte do Flauros surge, chamada de“Verdade”.

Travis então provoca Alessa, dizendo “Apareça, eu peguei sua coisa pra você!”.Quando Alessa surge, Travis reclama por ela estar invadindo suas lembranças, equestiona se não seria interessante entrar também na mente perturbada da menina.Como sempre, ela não responde, e Travis desmaia novamente.

Dessa vez, ele acorda no porão do Alchemilla, onde Dahlia escondeu a últimaparte do Flauros.

Eu não havia mencionado até agora, mas ao longo dos jogos encontramos algunstextos que mostram que Dahlia estava preocupada com Alessa estar guiando Travis,então ela decide dividir o Flauros e esconder suas partes.

Travis pega a parte central do Flauros e o remonta. Logo o Flauros começa abrilhar, e, junto com um clarão se escuta barulho de vidro quebrando, então surgeAlessa olhando para as próprias mãos, dando a entender que o poder que o culto tinhasobre seus poderes se foi. Então ela sai andando, e Travis a segue.

Saindo do hospital, Travis encontra com Dahlia, que o critica por ter libertadoAlessa, mas diz que isso é irrelevante, pois logo ocorrerá o ritual, e ela dará a luz aodeus.

Então chega o holograma destruindo tudo ao seu redor. A influência do filme énítida nessa cena (assim como os olhos azuis da Alessa americanizada, aaaargh).

Travis foge do holograma, mas acaba sendo engolido pela destruição, e logo seencontra em ruas totalmente deformadas. Mas com a ajuda de um mapa ele chega até aAntique Shop, que era um lugar escondido onde o culto fazia as suas reuniões, etambém aparece no Silent Hill 1.

Nesse local, Travis encontra o culto reunido numa cerimônia em torno do corpofísico de Alessa.

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Quando ele entra na sala, o culto percebe, e Kaufmann libera um gás atordoantesobre ele. Travis começa a alucinar com uma conversa de Dahlia com Alessa, e entãosurge um último monstro, carregando a forma de um símbolo que ele via ao fundo dasala.

Pois bem, derrotando a criatura, o Flauros novamente se abre, e “aramesfarpados mágicos” atacam a criatura, a transformam em um pó, que é aprisionado peloFlauros.

Pessoalmente, considero muito “inoportuno” o aparecimento dessa criatura. Donada, ta-da, tem um monstro pra enfrentar. Não faz sentido. Esse monstro estava naAlessa? Estava no ambiente? Estava dentro do Flauros? Ele derrota um monstro dentrodo Flauros e o Flauros captura o que já estava dentro dele?

Então Travis acorda, e vê o Flauros rodopiando em sua frente. Algunsintegrantes do culto se assustam e fogem do locam (medo do Flauros?), então o Flauroslibera um raio e cria um bebê sobre o corpo carbonizado de Alessa.

Com o final bom, Travis volta para o seu caminhão, zera a quilometragem (vidanova, talvez? Começar do zero?) e o holograma de Alessa é deixado com o bebê criadono processo, Cheryl, que futuramente seria adotado por Harry Mason, e retornaria para acidade em Silent Hill 1.

No final ruim, Travis acorda se debatendo preso à uma cama, tendo flashbacksde injeções que recebeu e de vozes implorando por misericórdia, junto com várias cenasrelacionando-o, ou melhor, dizendo que ele e o Butcher são a mesma pessoa. Mas issoeu discuto à seguir.

O que muda e o que não muda com Silent Hill Origins?

Bem, de um modo geral, Origins veio confirmando muitas da teorias que jáexistiam, de que Cheryl era um “clone” de Alessa, feito numa tentativa voluntária deescapar do ritual. Confirmou a idéia de que ela havia sido queimada pelo culto parasofrer, e etc.

De um modo geral, Origins veio mostrar, visualmente, algo que nós jáconhecíamos na teoria. Nada estrutural muda com o Origins, tal que não tenho nenhumacoisa importante para mudar nos textos que já havia escrito sobre SH1 e SH3.

Porém, uma certeza veio com Origins: Samael é mesmo o demônio adorado peloculto. A única vez que esse nome aparece na série foi em Silent Hill 1, quando Dahliamente para Harry dizendo, sobre o selo de Metraton, “Aquela é a marca de Samael, nãodeixe ser completada”. Ou seja, a única vez que o nome aparece, é dentro de umamentira. Não havia, até então, nenhuma relação sólida da criatura adorada pelo culto, eo nome Samael. Os fãs chamavam a criatura por simples moda. Alguns preferiamchamar de “Incubus”, pois é o nome dado pelo Lost Memories.

Porém, em Silent Hill Origins, encontra-se um texto nitidamente associando onome ao deus.

...it is believed a being oftremendous mental energy maybecome a vessel capable of givingbirth to Samael, the God

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worshipped by this cult.

(Note on the Ritual)

Embora a produção tenha se dado ao cuidado de reproduzir a casa mostrada emSilent Hill 1, é interessante saber que ignoraram, por outro lado, a extensão dasqueimaduras sofridas por Alessa. Em SH1, Alessa aparece com o rosto intacto, sendoque as queimaduras atingiram somente os braços e o tórax. Mas em SHO, ela aparececompletamente carbonizada.

Mas isso é só um ponto estético e não afeta a história. De qualquer modo, ela foiqueimada, e apesar do dano absurdo, ela continuou viva de forma bizarra, conforme émostrado em Silent Hill 1 (com o relato de Lisa que não entende como ela continuaviva) e em Silent Hill Origins (com o relatório de um médico dizendo que “algumacoisa” impediu que o dano chegasse aos órgãos internos).

O problema que enxergo com Alessa é quando juntamos com Silent Hill 3. Nogeral, Cláudia, que era amiga de infância de Alessa, testemunhou o processo do ritual. ESilent Hill 3 acaba deixando a idéia de que Alessa era a favor do ritual, porém, mudoude idéia durante o tempo que ficou presa, queimada, no hospital.

Heather: My little Claudia. My dear, sweet sister.Claudia: Alessa? Is it you? Oh, how I’ve missed you!Heather: I don’t need another world. It’s fine the way it is.Claudia: But you said it yourself. The world must first be cleansed with fire.

Mas, em Silent Hill Origins, coisas levam a crer que Alessa já não gostava daidéia desde o inicio. Tanto documentos que mostram que Alessa era problemática, e queKaufmann e Dahlia tentavam acobertar sua vida, até o fato dela ter atraído Travis para acasa e Travis ter salvado-a.

Porém, isso não explica também porque ela pediu que Travis a deixassequeimar, mas logo em seguida sai abrindo caminho dentre as chamas.

Alessa nunca quis ser queimada, ou quis e depois mudou de idéia?

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O Flauros por outro lado, se tornou umacoisa muito confusa. Em Silent Hill 1, ele foisimplesmente uma arma que quebrou os poderes daAlessa, e permitiu que Dahlia se aproximasse e adominasse novamente.

Porém, em Silent Hill Origins, ele édeclarado com uma “caixa” capaz de aprisionardemônios, e no final aprisiona o demônio queaparece, e divide Alessa em duas, criando Cheryl.

Porque, em uma hora ele liberta Alessa, emoutra ele a agride, e porque ele a divide em duas? Eunão consigo enxergar padrão nisso, a não ser o fatodele “quebrar barreiras”. Ele quebrou o feitiço deDahlia sobre Alessa em Origins, e no Silent Hill 1

ele quebrou a barreira que impedia Dahlia de se aproximar de Alessa.Mas, o que tem de coerente em uma “armadilha para Demônios” quebrar

barreiras e dividir jovens paranormais em dois seres? Para mim não faz sentido. Acaboacreditando que o poder do Flauros é “fazer aquilo que os roteiristas quiserem”,infelizmente.

Agora o Butcher, que acho que é o problema maior da trama. Se relacionarmostudo que envolve o Butcher no jogo, teremos que:

-Encontramos ele duas vezes ao longo do jogo, uma no açougue, outra no motel.Em ambas ele está agredindo criaturas. Na primeira ele ignora Travis, mas na segundaele o enfrenta.

-O Butcher está sempre adiantado emrelação à Travis.

-O Butcher se parece com PiramidHead. Não somente do ponto de vista dojogador, mas dentro da própria trama.Segundo o texto encontrado no teatro:

Since what happened to Tony. I'vedreamt about HIM more and more!THE BUTCHER!

He looks just like that monster, theexecutioner!

Now I've seen him when I'mawake. He's at my motel! It's HIM Iswear it!

-E teremos, obviamente, o final, que mostra claramente que o Travis é oButcher, e escutamos vozes dizendo, especificamente:

(Voz de mulher)

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-Do que você está falando? Eu não sou sua mãe! Por favor, não! (E em seguidaum som de metal, igual o das facadas do Butcher).

(Voz de homem)-Desculpe, senhor. O motel está fechado durante a temporada. Espere! (E em

seguida um grito)

(Voz de outro homem)-O que você está fazendo, filho?(Voz mais jovem)-Cuidado, pai!

Nós também enxergamos um reflexo de Travis na parede, e o ombro de algumapessoa que o estaria observando.

Não precisamos ser paranóicos. O reflexo é o próprio Travis. Está tudo lá, acalça azul, o colete amarelo, a manga vermelha e o boné. E do vulto não se enxerganada mais que um ombro escuro, à medida que ocorre o “fade-out” do filme.

A princípio eu acreditei ser um simples médico. Mas agora, escrevendo essetexto, dei uma olhada nessa imagem.

E o ombro do final parece ter o tom avermelhado e a “ombreira” do robecerimonial do culto. Mas é muito pouco nítido para se ter certeza.

Se considerarmos que Travis era mesmo o Butcher, isso encaixaconvenientemente com um texto que fala de dupla personalidade em crianças quesofreram trauma. Texto encontrado no teatro, dentro da biblioteca do mundo alternativo.

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Throughout these case studies, wesee the victims' brains struggling tocope with the conflict caused byabuse at the hands of a loved one.In many of the cases, the abusedchild's self appears to split in two.

One personality continues to lovethe abuser and seeks theirapproval. The other personalitycontains all the rage and anger ofthe abused and in many waysbecomes a mirror of the abuser,seeking to inflict its pain onothers. Sadly, it is often this selfthat becomes dominant.

(An ID torn in two)

E teríamos a seguinte interpretação da história. Travis era um cara traumatizado,e Alessa usou esse seu trauma, fazendo-o pensar que estava andando por um mundobizarro, quando na verdade estaria andando por um mundo plenamente real, matandopessoas, e pegando os pedaços do Flauros para ela. Assim, ele teria matado uma mulherde verdade quando pensava estar matando a criatura que representava sua mãe, teriamatado outro homem quando pensava estar matando o monstro de seu pai, teria entradono Motel quando ele estava fechado, e várias outras coisas.

Não necessariamente isso implica que seus pais não tenham tido os problemasque tiveram (ou que ele mesmo matou os pais, como já vi dizerem por aí). Pelocontrário, só fortalece a idéia de um trauma violento na infância.

A mãe dele também teve acesso ao mundo dos espelhos, ainda quando ele erapequeno. Aí, podemos assumir que ou o mundo alternativo existe, e é algo independentede Alessa (que nem havia nascido ainda), ou então assumimos que o mundo alternativo(mundo alternativo do espelho, não aquele que observamos em SH1 e SH3) é uma farsa,uma alucinação, que foi herdada da Helen para o Travis.

Porém, se Travis é o Butcher, e o mundo alternativo não existe, foi umaalucinação dele, continua muito confuso o fato de um ator do teatro ter visto o Butcherpor aí, chegando até a dizer que o Butcher estava no mesmo motel que ele.

Oras. O ator começou a ver o Butcher logo depois do incidente do sangramentodo nariz do Tony. Esse foi o mesmo dia que Alessa entrou no teatro e se assustou com oCaliban, e, necessariamente, foi a vários dias antes do ritual que queimou Alessa, e bemantes de Travis chegar à cidade.

Ou seja, Travis estava lá em Silent Hill o tempo todo, e nem caminhoneiro é,porque a conversa do começo também deve ser uma farsa.

Hã? Isso pra mim já parece muita viagem. Isso tira a certeza do jogo todo. OndeTravis andou realmente? Quem ele encontrou? Ele falou com Lisa? Encontrou

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realmente Kaufmann? Ele estava vestido de Butcher ou de caminhoneiro? Ele trocavade roupa pra matar as pessoas?

Se acharmos que as visões de Travis no final ruim são algo induzido pelosremédios que alguém do culto deu a ele, nos livramos da questão do Butcher ser oTravis. Mas aí ficamos com o mesmo resultado do final bom, exceto pelo fato do Travisnão ter ido embora, mas sim sido capturado e torturado pelo culto.

Pessoalmente, gosto da idéia do Travis ter sofrido um trauma, e herdado aalucinação da mãe. E quando Travis adentra Silent Hill, Alessa resolve utilizar suadoença para pegar o Flauros e se livrar do culto. Mas, conforme já mostrei, issoencontra alguns problemas.

Para finalizar, outra questão interessante é o tempo que Travis dormia entre umaparte e outra do jogo. Ele salva Alessa do incêndio, acorda na rua e vai pro hospital.Nesse meio tempo, Alessa já foi levada pelo culto, e já foi examinada por médicos, quedeixaram um documento falando do nível do dano sofrido pela queimadura (jámencionei esse documento lá atrás).

Depois do hospital, ele já vai para o Cedar Grove, e em seguida para o teatro. Acaminho do teatro você já pode passar pelo Public Records. É um prédio não necessáriopara se terminar o jogo, mas lá você encontra um documento policial falando doincêndio na casa de Alessa, falando de como as investigações estavam indo, de como oincêndio foi suspeito. Mas o texto já havia sido mexido por alguém, que disse que umaquecedor do porão causou o incêndio, e que Alessa foi declarada morta peloKaufmann.

Ou seja, no tempinho de jogo que a gente vai do incêndio até o teatro (o que,duas horas de jogo?) A polícia já fez uma boa investigação no incêndio, e alguém doculto já foi capaz de meter o dedo e manipular a informação.

Mas como Travis pode ser o Butcher, o caminho que ele faz também é incerto.Talvez ele não tenha demorado tanto dentro de cada prédio, ele pode ter ido direto aoponto, e aquele enrola-enrola de abre porta, usa item, mata monstro, que a gente jogaseja só uma memória falsa. Então a gente fica totalmente sem noção de tempo, e semcerteza se aquilo que a gente testemunha no jogo realmente aconteceu, tanto as partesdentro do mundo alternativo quanto o na Silent Hill enevoada.