História que Eu conto no O Globo 2
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![Page 1: História que Eu conto no O Globo 2](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022073104/568c4e531a28ab4916a7791b/html5/thumbnails/1.jpg)
Binho,umdos diretores do CCHC, confere o projeto no computador do arquiteto Antonio Coutinho; alunos do curso de teatro passam o texto de uma peça; e o grafite, o começo de tudo
Após muitas visitas e trocasde ideias, em janeiro uma novaplanta para o terreno de quatromil metros quadrados foi apre-sentada aos moradores da VilaAliança pelo arquiteto AntonioCoutinho, encarregado de co-ordenar a execução do projeto.Crianças e adultos adoraram anotícia de ganhar um centro cul-tural em forma de parque.
— A ideia é que a comunidadeinteira use o platô, incremen-tado com pipódromo, poça paraa galera molhar o pé e até chu-
veirão para dar um refresco —detalha Antonio Coutinho.
Agora, o projeto está sendoorçado pela Prefeitura do Rio,que abraçou a causa. As obrasdevem começar até o final domês, depende apenas de umaassinatura de Eduardo Paes.
— Os caras são o máximo etudo que vier de lá eu aprovo —diz o prefeito, por email.
Diantes das boas perspecti-vas, Jeferson, o Jê, de 27 anos,começa a imaginar que o centrocultural possa ser o epicentro
do desenvolvimento da região:— Ficamos num canto da Zo-
na Oeste, numa comunidade nãopacificada e sem a intervençãodo PAC. Temos que trabalharmuito para transformar o CCHCem ponto turístico do Rio.
Irmão de Jê, George, de 31anos, conta que o grupo fazquestão de que a vizinhançasaia ganhando com as obras.
— A proposta é que os vi-zinhos trabalhem na construçãoe que o material seja compradopor aqui. Ao final, queremos fa-
zer um muro com o nome decada um que ajudou a levantar anova sede. Quando a comuni-dade participa, há uma sensaçãode pertencimento — avaliaGeorge, conhecido como Binho.
Samuel, de 43, completa:— O que tem hoje em Senador
Camará? Uma das quadrilhasmais violentas da cidade. Daquia um tempo, quando falarem daZona Oeste, podem lembrar docentro cultural. Queremos mu-dar o olhar da sociedade para olugar onde a gente nasceu.a