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    HOBSBAWM, E. J.

    A Era das Revolues. 1789-1848 . 2 ed., Lisboa, Editorial Presena (col. Biblioteca de Textos Universitrios, n 21), 1982 (traduzido do Ingls por Antnio Cartaxo, The Age ofRevolution, 1962).

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    Prefcio

    Perspectiva franco-britnica das consequncias da Revoluo Francesa e da Revoluo Industrial britnica.

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    Introduo

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    A grande revoluo de 1789-1848 no foi triunfo da "indstria" como tal, mas sim da indstria capitalista; no da liberdade e da igualdade em geral, mas da classe mdia ousociedade liberal "burguesa"; no da "economia moderna" ou do "estado moderno", mas das economias e estados numa determinada regio geogrfica do mundo (parte daEuropa e algumas zonas da Amrica do Norte), com centro em estados vizinhos e rivais: a Gr-Bretanha e a Frana. A transformao de 1789-1848 , essencialmente, asublevao gmea ocorrida nestes dois pases e depois propagada pelo mundo inteiro.

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    Antecedentes da revoluo: Importncia do facto de que as foras econmicas e os instrumentos polticos e intelectuais desta transformao se encontravam j preparados, pelomenos numa parte da Europa suficientemente vasta para revolucionar o resto .

    Situar o momento em que surge uma classe suficientemente activa de empresrios privados ou sequer (em Inglaterra) um estado votado frmula de que a maximizao dolucro privado constitua o fundamento de uma poltica governamental. ...Podemos tomar como certa a existncia de todos estes elementos na dcada de 1780, embora elespudessem no ser suficientemente poderosos, nem estar largamente propagados.

    ...o nosso problema no explicar a existncia destes elementos de uma economia e de uma sociedade novas, mas sim o seu triunfo .

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    A consequncia mais espantosa para a histria do mundo foi ...estabelecer uma dominao do globo por uns escassos regimes ocidentais (e especialmente pelo ingls), semparalelo na histria.

    ...a histria da dupla revoluo no apenas a histria do triunfo da nova sociedade burguesa. tambm a histria do aparecimento das foras que, no espao de um sculoaps 1848, iam transformar a expanso em contraco. Mais ainda: em 1848 j era em certa medida visvel esta espantosa inverso de caminhos.

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    O perodo histrico que se inicia com a construo do primeiro sistema fabril do mundo moderno em Lancashire e com a Revoluo Francesa de 1789 termina com aconstruo da primeira rede de caminhos-de-ferro e com a publicao do Manifesto Comunista.

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    Primeira Parte - Os Acontecimentos

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    Captulo I. O mundo na dcada de 1780

    Descrio da Europa dos finais do sculo XVIII

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    Os europeus eram mais baixos e magros. A altura de um homem no ultrapassava, normalmente, o 1.5 m.

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    Predominncia da populao rural. Em Inglaterra, a populao urbana supera a rural em 1851.

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    O problema agrrio era, por conseguinte, o problema fundamental do mundo de 1789, sendo fcil compreender por que razo a primeira escola sistemtica de economistascontinentais, os Fisiocratas Franceses, aceitou como coisa natural que a terra, e a renda da terra, fosse a nica fonte de receita lquida. O cerne do problema agrrio era arelao entre aqueles que cultivavam a terra e aqueles que a possuam, aqueles que produziam a sua riqueza e os que a acumulavam.

    Do ponto de vista das relaes de propriedade agrria, podemos dividir a Europa - ou melhor, o complexo econmico com centro na Europa Ocidental - em trs grandessegmentos:

    Para ocidente da Europa ficavam as colnias ultramarinas. Nestas, com a notvel excepo dos Estados Unidos da Amrica do Norte e algumas parcelas menosimportantes de agricultura independente, o cultivador da terra tpico era um ndio, que trabalhava como servo ou assalariado forado, ou um negro trabalhando comoescravo; um pouco mais raramente, encontrava-se o rendeiro ou o co-plantador. ...Por outras palavras, o cultivador tpico no era livre ou ento encontrava-se sobpresso poltica. O agrrio tpico era o proprietrio da grande fazenda quase-feudal ou de uma plantao de escravos. Economia em grande parte voltada para aproduo de alguns bens para exportao: Esta economia constitua, (/26) portanto, parte integrante da economia europeia e, atravs do trfico de escravos, daeconomia africana. No perodo abarcado pela obra verifica-se o declnio da produo aucareira e a sua substituio pelo algodo.A oriente do Elba ficava a regio da servido agrria. Socialmente, a Itlia, para sul da Toscnia e da Umbria, e a Espanha meridional pertenciam a esta regio,embora a Escandinvia (com excepo parcial da Dinamarca e do Sul da Sucia) no pertencesse. O cultivador tpico desta vasta regio no um homem livre mas, aoinvs, envolvido pela onda de servido que se levantara desde os fins do sculo quinze, princpios do sculo dezasseis. (/27) ... Pode, por conseguinte, considerar-setambm a rea servil oriental como uma economia dependente da Europa Ocidental, produtora de alimentos e matrias-primas e anloga s colnias ultramarinas.As reas servis de Itlia e Espanha tinham caractersticas semelhantes, embora houvesse diferenas nos aspectos legais do estatuto dos camponeses. (/28) ... Ocaracterstico senhor da terra da rea servil era portanto um proprietrio nobre e bem assim o cultivador ou explorador de extensas terras.

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    ... O campons caracterstico [da Europa Ocidental] tinha perdido grande parte do estatuto servil de finais da Idade Mdia, embora retivesse ainda as marcas humilhantesda dependncia legal. A propriedade tpica h muito deixara de ser uma unidade de iniciativa econmica e transformara-se num sistema de cobrana de rendas e doutrasreceitas pecunirias. ... Se era rendeiro, pagava renda ... a um senhor da terra. Se tecnicamente (/30) fosse possuidor de uma propriedade livre e alodial, provavelmente deviaainda uma srie de obrigaes ao senhor local, que podiam ou no ser convertidas em dinheiro ..., como ainda impostos ao prncipe, sisa Igreja, e alguns deveres de trabalho

    forado, tudo em profundo contraste com a iseno relativa de que usufruam as camadas sociais superiores.

    Referncia s reas em que se d o desenvolvimento agrrio no sentido de uma agricultura puramente capitalista. Inglaterra era a principal. A, a propriedade de terras eraextremamente concentrada, mas o cultivador caracterstico era um rendeiro-comerciante mdio que alugava mo-de-obra. ... Mas quando a situao se modificou (entre 1760e 1830), o que surgiu no foi uma agricultura de camponeses, mas sim uma classe se empresrios agrcolas, os agricultores, e um vasto proletariado agrcola.

    ... Com excepo de algumas regies avanadas, tecnicamente a agricultura europeia era uma agricultura tradicional e espantosamente ineficiente.

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    Permanncia dos alimentos tradicionais e carcter de "raridade" dos produtos oriundos de outras regies. Lenta generalizao do acar, do ch.

    Progresso dos produtos americanos: milho, tabaco, arroz [das Amricas?], batata, seda [?].

    Fora de Inglaterra e dos Pases Baixos, o cultivo sistemtico de razes e forragens (alm do feno) era ainda uma excepo. Foram as Guerras Napolenicas queprovocaram a produo em massa de beterraba para acar.

    Sculo XVIII - desenvolvimento agrcola estimulado pelo crescimento demogrfico: A segunda metade do sculo assistiu ao incio do espectacular e, a partir de ento,ininterrupto crescimento populacional caracterstico do mundo moderno .

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    Grande desenvolvimento do comrcio martimo, intimamente ligado explorao colonial.

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    ... a forma principal de expandir a produo industrial era pelo chamado sistema domstico (ou deputting-out), em que o mercador comprava os produtos ao arteso ou mo-de-obra no agrcola e em regime parcial de campesinato, para depois os vender num mercado geral. O simples crescimento de um comrcio de tal tipo criou ascondies rudimentares para um capitalismo industrial incipiente.

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    ... o controlador principal destas formas descentralizadas de produo, aquele que era elemento de ligao entre as aldeias distantes ou as ruas obscuras e o mercado mundialera, invariavelmente, um mercador. Os industriais que iam surgindo das fileiras dos prprios produtores eram pequenos empresrios comparados com ele, mesmo quandodele no dependiam directamente.

    ... por alturas de 1780, todos os governos continentais com quaisquer pretenses a uma poltica racional promoviam o crescimento econmico e, especialmente, odesenvolvimento industrial, embora nem sempre com o mesmo xito. As cincias ... dedicavam-se soluo dos problemas da produo: os avanos mais impressionantesda dcada de oitenta verificaram-se no campo da qumica, que era por tradio a cincia mais estreitamente ligada prtica de oficina e s necessidades da indstria .

    Referncia ao pensamento iluminista e sua crena no progresso da Humanidade: Os seus grandes defensores eram as classes economicamente mais progressivas, as que seencontravam (/35) mais directamente envolvidas nos avanos tangveis da poca .

    Paralelismo entre os dois centros da ideologia e da dupla revoluo: Frana e Inglaterra.

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    Com excepo da Gr-Bretanha, que fizera a sua revoluo no sculo dezassete, e outros estados menos importantes, a monarquia absoluta governava todos os estados docontinente europeu. Aqueles onde tal no acontecia, caram na anarquia e foram absorvidos pelos seus vizinhos, como sucedeu Polnia.

    Incapacidade de estas sociedades tradicionais se renovarem a si prprias, em funo das novas foras e valores.

    V-se assim que havia um conflito latente, a breve trecho aberto, entre as foras da antiga e da nova sociedade burguesa, o qual no podia ser resolvido dentro daestrutura (/39) dos regimes polticos existentes, excepto onde nestes j se verificara o triunfo da burguesia, como fora o caso da Gr-Bretanha. O que tornava estes regimesainda mais vulnerveis era o facto de eles estarem sujeitos a presses de trs direces: das novas foras, da resistncia cimentada e cada vez mais firme dos interessesconstitudos mais tradicionais, e dos rivais estrangeiros.

    Importncia dos movimentos autonomistas nas colnias.

    Aguerrapunha prova como nenhum outro factor os recursos de um Estado. ... Uma grande rivalidade dominou a cena (/40) internacional europeia durante a maior partedo sculo XVIII, estando na raiz dos repetidos perodos de guerra geral: 1698-1713, 1740-8, 1756-63 [Guerra dos 7 anos], 1776-83 e ... 1792-1815. Referimo-nos ao conflitoentre a Gr-Bretanha e a Frana , que tambm era, de certa maneira, o conflito entre o antigo e o novo regime.

    ... A Gr-Bretanha no s ganhou todas estas guerras, excepo de uma, como apoiou com relativa facilidade o esforo de as organizar e fazer.

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    Captulo II. A Revoluo Industrial

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    Dcada de 1830: a literatura e as artes comearam a ser abertamente assoladas pela sociedade capitalista em formao .

    Dcada de 1840: jorra o fluxo da literatura oficial e no oficial sobre os efeitos sociais da Revoluo Industrial(ex: ENGELS, A situao da classe trabalhadora emInglaterra). ... o proletariado, esse filho da Revoluo Industrial, e o Comunismo, ligado aos seus movimentos sociais, ... surgiram no continente.

    O termo "Revoluo Industrial" surge nos anos de 1820, criado pelos socialistas ingleses e franceses.

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    Dcada de 1780 como momento de arranque decisivo da Revoluo Industrial.

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    ... este foi o acontecimento mais importante da histria mundial, pelo menos desde a inveno da agricultura e das cidades.

    ... Fosse qual fosse a razo do avano britnico, no era certamente uma questo de superioridade cientfica e tecnolgica. Nas cincias naturais os Franceses tinhamvantagem sobre a Gr-Bretanha .

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    ... Os Franceses produziram mais inventos, como o tear de Jacquard(1804) - uma mquina mais completa do que qualquer outra concebida na Inglaterra - e melhoresnavios. Os Alemes possuam instituies de ensino tcnico, ... e a Revoluo Francesa criou essa instituio nica e impressionante chamada cole Polytechnique.

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    Condies reunidas na Gr-Bretanha para o desenvolvimento.

    ... j fora encontrada a soluo revolucionria britnica para o problema agrrio. Um nmero relativamente pequeno de proprietrios de terras imbudos de espritocomercial j quase que monopolizava a terra, que era cultivada por rendeiros, os quais, por seu turno, empregavam trabalhadores sem terra ou pequenos agricultores. ... Aagricultura destinava-se j predominantemente ao mercado; as manufacturas h muito que estavam espalhadas por um campo que deixava de ser o feudal.

    A agricultura estava preparada para desempenhar as suas trs funes principais numa era de industrializao:

    aumentar a produo e a produtividade, de forma a alimentar uma populao no agrcola crescente;fornecer um excedente cada vez maior de pessoas para as cidades (/49)e para as indstrias;oferecer um mecanismo para a acumulao de capital a utilizar nos sectores mais modernos da economia.

    Criara-se j um volume aprecivel de capital social - o dispendioso equipamento geral necessrio para toda a economia poder progredir - nomeadamente com a construonaval, as facilidades porturias e a melhoria das estradas e dos canais. A poltica estava j orientada para o lucro.

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    Referncia ao desenvolvimento da indstria do algodo.

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    ... Em termos de vendas, com excepo dos primeiros anos da dcada de oitenta, a Revoluo Industrial pode descrever-se como o triunfo do mercado de exportao sobre omercado interno. Por alturas de 1814, a Gr-Bretanha exportava cerca de 4 metros de pano de algodo por cada 3 consumidos internamente. Em 1850, 12 por cada 7.

    A Amrica Latina na dependncia econmica britnica aps o fim do domnio espanhol e portugus.

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    A revoluo industrial britnica assentando sobretudo no algodo.

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    ... As consequncias mais graves foram de ordem social: a transio para a nova economia criou misria e descontentamento, ou seja, os ingredientes para a revoluosocial. E, na verdade, a revoluo social eclodiu, sob a forma de sublevaes espontneas dos explorados urbanos e da indstria, e esteve na base das revolues de 1848no continente e do vasto movimento cartista na Gr-Bretanha. ... Os trabalhadores reagiram ao novo sistema destruindo as mquinas, que eles consideravam responsveispelas suas preocupaes. Porm, um grupo surpreendentemente vasto de negociantes e agricultores (/59) locais estava profundamente solidrio com estas actividades dos seustrabalhadores, porquanto tambm eles se sentiam vtimas de uma diablica minoria de inovadores egostas. ... Foi esta situao que os uniu nos movimentos de massas doradicalismo, da democracia ou do republicanismo, dos quais se destacaram entre 1815 e 1848 os Radicais Britnicos, os Republicanos Franceses e os DemocratasJacksonianos Americanos.

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    Os trs pontos fracos [deste sistema capitalista] eram:

    o ciclo comercial da expanso e estagnao,a tendncia para a queda da taxa de lucro (o que vinha a dar na mesma coisa),a escassez de oportunidades lucrativas de investimento.

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    Contnua descida das taxas de juro necessidade de baixar os custos da produo: os custos mais fceis de descer so os salrios. A substituio dos operrios por mquinas uma das solues.

    ...No perodo ps-Napolenico, verificou-se um acentuado declnio dos salrios. Havia no entanto um limite fisiolgico para tais redues, se se queria evitar que ostrabalhadores passassem fome .... S se o custo de vida baixasse, podiam os salrios descer a um nvel inferior.

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    A indstria encontrava-se assim sob imensas presses que a foravam a empreender a mecanizao (isto , a baixar os custos poupando mo-de-obra) e a racionalizar eexpandir a sua produo de vendas, compensando assim a quebra da margem de lucro com o amontoar dos pequenos lucros por unidade. O seu xito no foi constante.

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    Importncia da gigantesca indstria inglesa do carvo (10 milhes de toneladas extradas em 1800 = 90% da produo mundial) na origem do desenvolvimento dos caminhosde ferro.

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    O primeiro factor, e talvez mais crucial, que tinha de ser desenvolvido era a mo-de-obra, porquanto uma economia industrial implica um acentuado declnio proporcional

    da produo agrcola (isto , rural) e um acentuado aumento da populao no-agrcola (isto , cada vez mais urbana) e, quase certamente, ... um rpido aumento geral dapopulao. Isto implica, portanto, para comear, um aumento notrio no abastecimento de alimentos, sobretudo a partir da agricultura interna ou seja, uma revoluoagrcola.

    O rpido crescimento das cidades e dos aglomerados no-agrcolas da Gr-Bretanha h muito que naturalmente (/71) estimulava a agricultura, a qual nas suas formaspr-industriais era to ineficiente que bastavam pequenas melhorias uma certa racionalizao da pecuria, da rotao de colheitas, dos adubos, do planeamento daspropriedades, ou a adopo de novos produtos para lograr resultados invulgares.

    ...O vasto aumento verificado na produo ... foi conseguido atravs da adopo geral de mtodos lanados na primeira parte do sculo XVIII, pela racionalizao e pelaextenso das reas de cultivo.

    Estes, por seu turno, tornaram-se possveis mais pela transformao social do que tecnolgica pela liquidao do cultivo comum medieval, com o seu campo aberto epastagens comuns (o chamado movimento de cercados) da agricultura camponesa auto-suficiente e das atitudes obsoletas e no comerciais em relao terra.

    a Gr-Bretanha torna-se um pas de poucos grandes proprietrios, de um nmero moderado de rendeiros comerciais e de um grande nmero de trabalhadoresassalariados.

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    ...Em termos de produtividade econmica, esta transformao social constituiu um autntico xito. Em termos de sofrimento humano, foi uma tragdia, agravada pela

    depresso agrcola ocorrida depois de 1815, que reduziu a populao rural pobre a um estatuto de verdadeira misria.

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    Esta crise vista como mola que conduziu uma grande parte da populao a abandonar o seu tradicional modo de vida para se transformar em mo-de-obra para a indstria. Seassim no fosse, o desenvolvimento industrial britnico poderia ter sido obstrudo, como foi o da Frana, pela estabilidade e relativo conforto da populao rural e da pequenaburguesia, que privaram a indstria da mo-de-obra necessria.

    Referncia inexistncia de mo-de-obra qualificada (habituada a lidar com horrios, mquinas, etc.)

    A resposta foi uma disciplina de trabalho draconiana ..., mas acima de tudo uma prtica de pagar fora de trabalho to parcos salrios que ela tivesse de trabalharsistematicamente durante toda a semana para obter um rendimento mnimo.

    O emprego de mulheres e crianas surge como forma de fugir aos problemas de disciplina e de pagar menores salrios.

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    Em comparao com os problemas de fornecimento de mo-de-obra, os fornecimentos de capital no eram importantes. (/75) Ao contrrio da maioria dos outros paseseuropeus, no havia na Gr-Bretanha falta de capital imediatamente investvel. A maior dificuldade residia no facto de aqueles que controlavam quase todo o capital do sculodezoito ... terem relutncia em investir nas novas indstrias ....

    Acresce que por finais do sculo XVIII a poltica governamental estava firmemente vinculada supremacia do negcio. Antigas disposies em contrrio ... tinham h muitocado em desuso, sendo finalmente abolidas em 1813-15, excepto no que dizia respeito agricultura.

    ateno: resumo incompleto

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    8/28/99

    Pginas de Histriahttp://www.geocities.com/rosapomar