Hoje Macau 30 ABR 2013 #2841

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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ TERÇA-FEIRA 30 DE ABRIL DE 2013 ANO XII Nº 2841 PUB PUB DADOS PESSOAIS PME’s lideram pedidos de videovigilância PÁGINA 6 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Melinda Chan escreve carta à população PÁGINA 3 VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler MOP$10 TROVOADAS MIN 22 MAX 26 HUM 80-98% EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.2 PUB CASO LA SCALA SAÚDE DE LAU CONTINUA A ADIAR JULGAMENTO PÁGINA 2 COSTA NUNES Pais contentes mas de pé atrás Relatório manco SIN FONG GARDEN Proprietários das fracções pedem reconstrução agora PÁGINA 7 LÍNGUA COMO ELO AMIGO DOS NEGÓCIOS CENTRAIS Saúda-se a iniciativa “independente e externa” mas também não se percebe porque é que a ava- liação não foi mais fundo. A Associação de Pais do Jardim de Infância Dom José da Costa Nunes, na voz da sua presidente, falou ontem sobre a nota de “Muito Bom” dada àquela instituição de ensino infantil. Para Cristina Ferreira, ainda há um longo caminho a percorrer que pode passar, entre outras coisas, “pelo aumento das propinas dos alunos” e “pela implementação a curto-prazo das recomendações” veiculadas pelo documento da autoria de dois académicos da área da pedagogia, e outras que os pais também apregoam. Este relatório, defende a presidente da APCN, é, apesar de tudo, um “voto de confiança” para o futuro. PÁGINA 5 ESTUDO DE MANDARIM

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2841 de 30 de Abril de 2013

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AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • terça-feira 30 de abril de 2013 • Ano Xii • nº 2841

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dados pessoais

PME’s lideram pedidos de videovigilância

página 6

violência doméstica

Melinda Chan escreve cartaà população

página 3

Venham mais cinco (séculos)

Ter para lermop$10

trovoadas min 22 max 26 hum 80-98% • euro 10.1 baht 0.2 yuan 1.2

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caso la scala

saúde de lau continua

a adiar julgamento

página 2

cosTa nunes pais contentes mas de pé atrás

Relatório manco

sin fong garden

Proprietários das fracções pedem reconstrução agora

página 7

língua como elo amigo dos negócios centrais

Saúda-se a iniciativa “independente e externa” mas também não se percebe porque é que a ava-liação não foi mais fundo. A Associação de Pais do Jardim de Infância Dom José da Costa Nunes, na voz da sua presidente, falou ontem sobre a nota de “Muito Bom” dada àquela instituição de ensino infantil. Para Cristina Ferreira, ainda há um longo caminho a percorrer que pode

passar, entre outras coisas, “pelo aumento das propinas dos alunos” e “pela implementação a curto-prazo das recomendações” veiculadas pelo documento da autoria de dois académicos da área da pedagogia, e outras que os pais também apregoam. Este relatório, defende a presidente da APCN, é, apesar de tudo, um “voto de confiança” para o futuro. página 5

esTudo de mandaRim

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terça-feira 30.4.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

E à terceira não foi de vez. O julgamento do caso La Sca-la foi novamente

adiado pelo colectivo de juízes do Tribunal Judicial de Base (TJB): a ausência de Joseph Lau “por motivo de doença” foi a justificação primordial para a marcação de uma nova data para o início do quarto processo conexo ao escândalo de corrupção Ao Man Long.

Esta é já a segunda vez que a defesa do empresário

É mais um adiamento no processo que tem Joseph Lau e Steven Lo como principais arguidos. O julgamento dos dois empresários de Hong Kong responsáveis pelo La Scala só deverá acontecer em Junho. A apresentação de um novo atestado médico para justificar a ausência de Lau não satisfez o tribunal, que vai agora mandar uma junta médica examinar o arguido

Caso La Scala Novo atestado médico de Joseph Lau leva tribunal a enviar junta médica a Hong Kong

De que sofre o arguido número seis?

de Hong Kong responsável pela Chinese Estates Hol-dings – que vem acusado de corrupção activa – apresenta um atestado médico para jus-tificar a ausência do arguido número seis em tribunal. Por isso mesmo, o Ministério Público (MP) sugeriu ontem que os Serviços de Saúde enviem uma junta médica a Hong Kong para examinar Joseph Lau. A acusação assegura que o empresário é sempre visto em forma em gravações e fotografias da imprensa. “Depois da audiência [de 7 de Janeiro], o MP recolheu dados da

imprensa de Hong Kong que mostram o arguido número seis numa vida social muito activa, sendo que há vídeos de ele a deslocar-se à sua empresa, o que mostrou que ele estava de boa saúde e a andar de forma saudável. Isto são provas de que não se pode aceitar a acusação.”

O MP alega que o ates-tado ontem apresentado tem um conteúdo semelhante ao primeiro, que levou ao segundo adiamento do julgamento, e não indica sequer uma data em que seja possível a Joseph Lau comparecer no TJB. “Fala--se apenas numa doença qualquer, sem explicar qual. Pode ser uma doença que qualquer homem da sua idade pode ter.” A acusação diz mesmo que não percebe como é que possa ser “in-conveniente” não revelar a doença, como fez a defesa de Lau evocando a privaci-dade do arguido.

RigoR na avaliaçãoA audiência de ontem de manhã voltou a encher o TJB de jornalistas e advogados. Dos oito constituídos argui-

dos, apenas dois estavam em tribunal: Steven Lo – o outro dos empresários de Hong Kong, director da Moon Ocean – e Fong Chun Yun.

Mário Silvestre, presi-dente do colectivo de juízes, aceitou as recomendações do MP, que pediram que fosse ordenado ao arguido

ir a um hospital público para ser diagnosticado. “O arguido número seis provi-denciou documentos para justificar a ausência, mas o mais justo é perceber porque é que ele não pode compa-recer. É melhor enviar uma junta médica a Hong Kong, para sabermos realmente o

motivo e termos um relatório pormenorizado.”

Esta, diz Mário Silvestre, é a melhor forma para que o empresário de Hong Kong se possa defender perante o tribunal. É que, segundo Lee Kam Iut, o advogado de defesa de Joseph Lau, “o arguido gostaria muito de estar presente e estava pre-parado para vir a [Macau], mas o médico é que achou aconselhável que ele não o fizesse”. Resta, por isso, saber o que diz a equipa dos Serviços de Saúde que ava-liará o director da Chinese Estates Holdings.

Joseph Lau vem acusado de subornar Ao Man Long para que o ex-secretário das obras públicas lhe adjudicas-se os terrenos em frente ao aeroporto de Macau, onde estava a ser construído o La Scala. Lau e Steven Lo terão dado 20 milhões de dólares de Hong Kong a Ao Man Long para obterem informação privilegiada para vencerem o concurso para a concessão das terras, supostamente público. O julgamento foi adiado para 17 de Junho.Joseph Lau

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3políticaterça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo

A experiência das últimas elei-ções legislativas, há quatro

anos, leva a que a Comissão para os Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) pondere me-lhor os locais para as assembleias de voto que poderão acolher mais de 277 mil eleitores. Isto porque, refere, houve problemas a nível de desmontagem, reconstrução ou reparação de equipamentos logo estes locais já não são uma alternativa viável.

Até ao momento, a CAEAL indica que foram visitados vários espaços públicos, assim como es-colas oficiais e particulares, cujas condições serão devidamente

Andreia Sofia [email protected]

“EmEndAr o Có-digo Penal (CP) ao mesmo tempo que o Governo

entrega a lei da violência doméstica na Assembleia Legislativa (AL).” É esta a solução apontada pela depu-tada melinda Chan para que a violência doméstica passe a ser considerada um crime pú-blico. Esta tem sido a posição assumida desde o inicio do debate pela deputada directa, mas agora foi reforçada com uma carta enviada a diversos meios de comunicação social.

nela lê-se que a única forma encontrada para atin-

Joana [email protected]

O problema da múltipla admi-nistração dos edifícios pode

estar a chegar ao fim. Começa hoje uma consulta pública destinada à revisão do regime Jurídico da Administração das Partes Co-muns do Condomínio, cuja ideia principal é evitar conflitos na administração dos prédios, como acontece quando há mais do que uma pessoa envolvida na gestão.

Agora, a direcção dos Serviços de reforma Jurídica e do direito Internacional (dSrJdI) apresenta uma revisão que visa implemen-tar normas padrão, para que haja mais regras no âmbito da gestão de condomínios.

Uma das mudanças principais é no contexto da composição da administração, convocação de reuniões e a criação de um fundo de reserva. O intuito é, ainda, sim-plificar o que o regime agora prevê.

As empresas de administra-ção de cada edifício vão passar a ser “obrigadas” a convocarem uma primeira reunião geral de condomínio, “assim que cerca

de metade das fracções estejam alienadas”. reunião que, de acordo com Chou Kam Chou, subdirector da dSrJdI, também tem uma agenda necessária. “São questões de índole fundamental para a administração do condo-mínio”, e a ideia é consagrar expressamente a obrigatorieda-de de eleição da administração e a aprovação do orçamento do ano em causa.

À falta desta reunião ini-cial, o Instituto de Habitação (IH) pode sancionar a empresa administradora do prédio. As reuniões são ainda alvo de um certificado emitido pelo IH, que não permite, desta forma, que se repitam conteúdos das reuniões. Uma forma de controlar que a gestão é assegurada por apenas um grupo.

na conferência de imprensa, ontem, ainda foi deixada a suges-tão de que o fundo de reserva do prédio – cujo dinheiro serve para eventuais despesas de reparação – não ultrapasse o dobro do valor das despesas do ano anterior. “Pretende-se, por esta via, evitar o excesso de fundos, o qual pode

ser fonte de irregularidades do sistema”.

no ar, e a aguardar a con-clusão da consulta pública que decorre até 31 de Julho, ficam duas questões deixadas para discussão sobre a composição dos membros da administração: será adequado reduzir para 10% a quota necessária para a tomada da generalidade das de-liberações? Que assuntos devem contar com mais ou menos 10% para a discussão?

Segundo o subdirector da dSrJdI, podem fazer parte do grupo da administração do con-domínio o proprietário do imóvel ou o promitente-comprador, mas não o arrendatário. Este último, por sua vez, também não pode herdar do proprietário do imóvel despesas com o condomínio, a menos que um contrato entre os dois o estipule.

A consulta pública começa hoje e o documento da revisão do regime pode ser descarregado www.dsrjdi.ccrj.gov.mo. desde 2006, contabilizaram-se 13 casos de conflito de administração do condomínio.

Caso La Scala novo atestado médico de Joseph Lau leva tribunal a enviar junta médica a Hong Kong

De que sofre o arguido número seis?

Numa carta dirigida à população, Melinda Chan exige que o Executivo proceda à revisão do Código Penal tendo em vista a lei de violência doméstica, para que seja considerada um crime público

Código Penal melinda Chan exige ao Governo que reveja “lacunas”

Carta aberta contra a violência doméstica

gir esse fim é corrigir “as lacunas” existentes no CP e que, na sua opinião, são entraves a que se faça justiça junto dos que cometem essa prática. “Tornar a violência doméstica num crime públi-co vai efectivamente resol-ver o problema e proteger os básicos direitos humanos das vítimas. O Governo não atrasar e evitar a revisão do actual CP e deixar que os violadores continuem a usar estas lacunas para co-meter o crime de violência doméstica.”

Como tal, “o Governo de-veria imediatamente iniciar o trabalho de emendar o CP e pôr um fim às suas lacunas. Só fazendo isto o Gover-

Condomínios Instituto de Habitaçãoquer criar regras simples para a gestão

Só um é que mandaComissão Eleitoral Postos de votação

serão meticulosamente pensados

Preencher o boletim no sítio certo

no se torna num Governo responsável, os direitos humanos dos cidadãos serão protegidos e uma sociedade harmoniosa pode ser criada”, acrescenta a deputada. Isto porque, “no CP os crimes ligados à violência doméstica são encarados como sendo semi-públicos, o que não traz verdadeiros efeitos”.

na carta, melinda Chan pede “à população de macau para unir esforços que levem o Governo a realizar estas medidas”.

OlHAr PArA CASOS COm “mEnOr grAvIDADE”A deputada pede ainda que situações de penas suspen-sas e liberdade provisória

por bom comportamento sejam utilizadas “de forma apropriada no âmbito dos crimes públicos tendo em conta os casos de violência doméstica”. devem ainda ser “reforçadas” as medidas de protecção às vitimas. “A lei de violência doméstica deve estipular que menos os responsáveis com menor gravidade devem ser inseri-dos em grupos de trabalho cívico. Esta constitui uma das medidas para garantir o apoio à vitima.” É ainda exigida a regulação dos “casos negligentes”.

na sua missiva, a depu-tada explica que “o crime público implica que o res-ponsável fique envolvido num processo criminal em tribunal sem que a vitima tenha de fazer uma recla-mação”. “Enfatiza” ainda que “o crime público não significa que o responsável seja preso”.

avaliadas e comparadas com as anteriores assembleias, tendo em consideração a consulta e análise das opiniões sobre localização e instalações.

E, dada esta procura nas últi-mas semanas, onde se observaram todos os lugares e instalações, a Comissão disse sentir a elevada consciência cívica e colaboração activa dos cidadãos do território, nomeadamente das escolas ofi-ciais e particulares.

A CAEAL assegura que irá ponderar os factores de facilidade, espaço e segurança, sem esque-cer as necessidades dos idosos e pessoas portadoras de defici-ência física, a fim de assegurar a maior facilidade de acesso para o exercício do direito do voto dos cidadãos e o desempenho da sua responsabilidade cívica.

Até ao décimo quinto dia anterior ao da eleição, de acordo com o expresso na Lei Eleitoral, a CAEAL anunciará o dia, horá-rio e local de funcionamento das assembleias de voto.

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terça-feira 30.4.2013www.hojemacau.com.mo4 política

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O Pedido do Projecto de Apoio Financeiro do FDCTpara à 2ª vez do ano 2013

(1) Fins O FDCT foi estabelecido por Regulamento Administrativo

nº14/2004 da RAEM, publicado no B. O. N° 19 de 10 de Maio, e está sujeito a tutela do Chefe do Executivo. O FDCT visa a concessão de apoio financeiro ao ensino, investigação e a realização de projectos no quadro dos objectivos da política das ciências e da tecnologia da RAEM.

(2) Alvos de Patrocínio(i) Universidades, instituições de ensino superior locais, seus

institutos e centros de investigação e desenvolvimento (I&D);(ii) Laboratórios e outras entidades da RAEM vocacionados para

actividades de I&D científico e tecnológico;(iii) Instituições privadas locais, sem fins lucrativos;(iv) Empresários e empresas comerciais, registadas na RAEM,

com actividades de I&D;(v) Investigadores que desenvolvem actividades de I&D na

RAEM.

(3) Projecto de Apoio Financeiro(i) Que contribuam para a generalização e o aprofundamento do

conhecimento científico e tecnológico;(ii) Que contribuam para elevar a produtividade e reforçar a

competitividade das empresas;(iii) Que sejam inovadores no âmbito do desenvolvimento

industrial;(iv) Que contribuam para fomentar uma cultura e um ambiente

propícios à inovação e ao desenvolvimento das ciências e da tecnologia;

(v) Que promovam a transferência de ciências e da tecnologia, considerados prioritários para o desenvolvimento social e económico;

(vi) Pedidos de patentes.

(4) Valor de Apoio Financeiro(1) Igual ou inferior quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00)(2) Superior a quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00)

(5) Data do PedidoAlínea (1) do número anterior Todo o anoAlínea (2) do número anterior A partir do dia 2 – Maio – 2013 até 2 – Julho – 2013 (O próximo pedido será realizado no dia 2 – Set. – 2013 ao 1 – Nov. – 2013)

(6) Forma do PedidoDevolvido o Boletim de Inscrição e os dados de

instrução mencionados no Art° 6 do Chefe do Executivo nº 273 /2004,《Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro》, publicado no B. O. N° 47 de 22 de Nov., para o FDCT. Endereço do escritória: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n° 411-417, Edf. “Dynasty Plaza” 9° andar, Macau. Para informações: tel. 28788777; website: www.fdct.gov.mo.

(7) Condições de AutorizaçõesPor despacho do Chefe do Executivo nº 273 /2004, processa o

《Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro》.

O Presidente do C. A. do FDCT,Tong Chi Kin29 / 4 / 2013

SeiS associações de Macau pediram autorização aos serviços da Admi-

nistração para a realização de manifestações a 1 de Maio, em mais um conjunto de protestos que termina com a entrega de petições na sede do Governo.

Com partida entre as 14 e as 15h na zona norte da cidade, as manifesta-ções percorrem parte das principais ruas da cidade e salientam o descontenta-mento popular em relação a diversas matérias como o impedimento à reunião familiar de pais e filhos, muitos dos quais maiores e já com família constitu-

O deputado José Pereira Coutinho quer saber se o executivo vai usar do seu

direito de autonomia, segundo a politica de “Um país, dois sistemas” para “expressar, por iniciativa própria”, a vontade de mudar os horários das fronteiras junto de Pequim.

A ideia é defendida numa interpelação escrita entregue ao executivo. “O Governo da RAeM deve, por iniciativa própria, ex-pressar junto do Governo Central não só para prolongar por mais uma hora a abertura e o fecho do período de funcionamento das fronteiras nos dias festivos, mas também prolongar o período de funcionamento das fronteiras a partir das seis horas da manhã até às quatro da madrugada.”

Coutinho exige ainda uma melhoria dos “softwares e hardwares das fronteiras de Gongbei e Flor de Lótus”, “abrir mais postos fronteiriços em diversas zonas” e ainda “autorizar os veículos de Macau a entrarem e saírem das fronteiras”. Tal serviria para “aumentar o relaciona-mento e o intercâmbio das pessoas das duas regiões, o conhecimento mútuo e a diminuição da pressão do trânsito em Macau”.

O deputado pede ainda que seja exigi-do junto de Pequim a abertura das fron-teiras por um período de 24 horas, “com vista a aumentar o fluxo de residentes e turistas” entre Guangdong e a RAeM.

Fronteiras Governo deve tomar “iniciativa” junto de Pequim

Coutinho evoca politica de “Um país,

dois sistemas”

1.º de Maio Seis associações saem à rua em Macau

Até amanhãída, mas que continuam na China continental sem autorização para se fixarem em Macau.

Recorde-se que apesar de parte integrante da Chi-na, Macau é uma Região Administrativa especial com autonomia administra-tiva, legislativa e judicial, mantendo postos fronteiri-ços com o resto da China.

Ao longo da tarde de quarta-feira saem para a rua a Macao Youth Dynamics, Associação de Auto-Ajuda dos Operários de Macau, Associação de Construção e Armação de Ferro e Aço de Macau-China, Associa-ção de Força do Operários de Macau, Associação da

Reunião Familiar e a As-sociação de Força do Povo de Macau.

Autorizados a mani-festarem-se estão também dois cidadãos que não são identificados numa nota oficial ontem divulgada.

A nota da Polícia de Segurança Pública dá conta que apenas um dos grupos, a Associação de Auto-Ajuda dos Operários de Macau, não concordou com as alterações de per-curso impostas pela polí-cia, que pretende evitar, por exemplo, a passagem na Avenida Almeida Ri-beiro, no centro da cidade, há muito reivindicada pelas associações, mas que as autoridades locais não aceitam.

A divergência de per-cursos pretendidos e au-torizados levou já a que em diversas ocasiões hou-vesse confrontos entre os agentes, que impedem a passagem numa determina rua, e os manifestantes que tentam forçar a passagem.

em mais um primeiro de Maio as diversas as-sociações que saem à rua reivindicam, habitualmen-te e entre outros aspectos, alterações políticas para travar a contratação de estrangeiros para traba-lharem em Macau ou a especulação imobiliária, melhores condições de tra-balho ou de remuneração e melhores condições para os jovens. - Lusa

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terça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo 5sociedade

Gonçalo Lobo [email protected]

A notícia foi avan-çada pela Agência Lusa na passada semana, depois de

um comunicado à imprensa feito pela direcção do Jardim de Infância Dom José da Costa Nunes (JIDJCN), e dava conta de uma avaliação externa com classificação final de “Muito Bom”, e só com coisas boas para dizer sobre aquele estabelecimen-to de ensino. Contudo, e apesar de muita coisa corres-ponder à verdade, a história parece não estar totalmente bem contada. Aparentemen-te, a directora da instituição, Vera Gonçalves, terá apenas dado a conhecer as coisas boas, só que perfeição não existe.

Em comunicado ontem enviado às redacções, a Associação de Pais do JID-JCN (APCN) dava conta da satisfação dos encarregados de educação pela “avaliação independente e externa efec-tuada pela Prof. Dra. Ana Maria Correia e pelo Prof. Dr. João Sampaio Maia” sempre longe do “está tudo muito bem” da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) que já havia habituado a escola. Mas nem tudo o que reluz é ouro. Mesmo saudando a iniciativa, que só peca por tardia, a APCN aponta ainda algumas situações menos boas no jardim de infância. Em conversa com o Hoje Macau, a presidente da APCN, Cristina Ferreira, re-feriu que o relatório prepara as crianças para um mundo multicultural e representa um “voto de confiança” para o futuro. E nesse sentido, Cristina Ferreira fala mesmo em “recomendações que te-rão de ter efeito já no início do próximo ano lectivo”. “Na verdade eu daria um Bom+ ao Costa Nunes, mas provavelmente o Muito Bom é um reconhecimento e um estímulo para o futuro. As-sociamo-nos às declarações da directora Vera Gonçalves mas achamos que há coisas a melhorar.”

Mas porquê apenas Bom+? Para Cristina Fer-reira isso explica-se facil-mente. “O que vou dizer não estava no relatório de catorze páginas que nos foi entregue mas posso afirmar que uma grande parte das coisas que contribuíram para uma boa avaliação foram feitas apenas este ano”, referiu a presidente da APCN, que

Costa Nunes Avaliação externa de “Muito Bom” não foi totalmente explicada

Relatório aquém das expectativas

APCN precisa de sangue novoDe acordo com dados entregues ao Hoje Macau pela presidente da APCN, Cristina Ferreira, entraram mais 50 alunos este ano no Costa Nunes mas apenas “10 ou 12 pais é que se inscreveram na associação”. “É importante que apareçam pessoas porque esta direcção não é, não quer e não pode ser eterna. Preocupa-nos a falta de sangue novo.” É que um decréscimo do número de associados representa um grau de representatividade menor. “Tenho pena de dizer isto, mas os pais não estão sensibilizados com estas questões do associativismo e naquilo que isto pode representar para o bem dos seus filhos.”

acrescenta a seguir: “Penso que o relatório que, repito, saudamos fortemente ficou aquém em alguns aspectos que, por acaso, foram refe-ridos aos dois académicos que o redigiram. Primeiro: existe pouca segurança no recreio da escola, onde existem sete adultos para 110 crianças, o que tem potenciado alguns acidentes. Segundo: é preciso, e nós já o transmitimos por diversas vezes à APIM - Associação Promotora da Instrução dos Macaenses -, que é preciso um subdirector para auxiliar a directora nas questões de gestão do jardim de infância. Terceiro: a natação deveria ser uma componente den-tro do currículo. Quarto: a escola deveria promover actividades nas férias esco-lares e isso não foi falado no relatório.”

Por outro lado, o re-latório agora conhecido também pode suscitar outras interrogações. Na verdade, a entidade que criou o pro-jecto educativo – encetado pelo professor Ivo Carneiro, enquanto membro da Uni-versidade de São José – é a mesma que avaliou. “Os

pais podem sempre levantar essa questão. Assim como podem achar estranho que a avaliação seja feita por duas pessoas e não por um grupo formado em número ímpar como é normal nestas ocasiões”, referiu Cristina Ferreira.

Mas há coisas boasCristina Ferreira, que consi-derou importante ter sido a APIM a custear a avaliação, não quer ser vista como a pessoa que diz mal de tudo. Não. Para a presidente da APCN, que durante a entre-vista referiu algumas vezes que está “contentíssima” com o documento, há três pontos que muito os pais “gostaram muito. “O facto de as professoras terem de trabalhar mais parece-me uma observação adequada, com fim das actividades lec-tivas às 16h. Por outro lado, pensamos – assim como o relatório concluiu - que os períodos de ausência dos do-centes terá de ser mais curto dentro do horário escolar”, explicou a porta-voz dos pais. “Na verdade, e embora a oferta seja interessante com diversas actividades

diárias, os pais acham que os seus filhos têm de estar mais tempo dentro da sala de aula e não com as assisten-tes. Com os professores. O facto de o relatório ter feito esse reparo vai ao encontro das ânsias da maioria dos pais. Sempre achámos que os professores leccionavam poucas horas.”

Uma das coisas apon-tadas no relatório externo prende-se com a melhoria “da confecção e qualidade da comida e diversidade das ementas ao longo do ano”. Os pais acham mesmo que esta observação ainda podia ir mais longe. “Tudo depende de até onde é que a APIM quer abrir os cordões

à bolsa. Para os pais é muito claro: o Costa Nunes tem uma cozinha fantástica que pede uma cozinheira a tempo inteiro.”

auMento de PRoPinas teM de avançaRContudo, as pretensões dos pais podem – admite Cristina Ferreira – chocar com questões de índole económico-financeira. A presidente da APCN suge-re mesmo que “sem ovos não se fazem omeletas”, o que mesmo dizer que se não houver dinheiro mui-tas destas recomendações podem cair em saco roto. “Primeiro é preciso aferir se a APIM tem disponibilidade

financeira para efectuar as mudanças. Depois é preciso que os pais se mentalizem que podem haver aumentos nas propinas.”

A propina anual, repar-tida em três tranches, é de 21900 patacas, mas cada residente de Macau – a maio-ria - obtêm uma ajuda de 14 mil dada pelo Governo mais 1500 para ajuda de material escolar. “Não há volta a dar. Se queremos um Costa Nunes melhor não se pode esperar que seja apenas a APIM a investir. Penso que os pais têm de compreender que é preciso aumentar o gasto anual na educação dos filhos que, na verdade, me parece muito pouco actualmente”, defendeu a presidente da APCN.

Seja como for, ainda existe algo que nunca foi devidamente explicado: as contas do Costa Nunes. “Existem algumas dúvidas em relação às actividades financeiras da escola. Con-tudo, atendendo aos gastos com pessoal e de acordo com a propina actual, é natural que não se vivam tempos de vacas gordas na escola. Não é obrigatório, mas seria de todo importante que a APIM apresentasse as contas do Costa Nunes aos pais.”

Os pais não têm dú-vidas: para a frente é que é caminho e o futuro “só pode ser risonho”. “Arrisco--me a dizer que o Costa Nunes é uma das melhores escolas de Macau. Tem infra-estruturas de causar inveja e as crianças são felizes naquela escola. Os professores são dedicados e bons profissionais. Nada disso está em causa com as nossas críticas e com aquilo que o relatório aponta.”

Cristina Ferreira refere ainda que “a avaliação anual é para ser mantida” pois “ou-tra coisa não faria sentido”. “Só credibiliza a escola.”

A APCN irá agora deba-ter o relatório com os seus as-sociados e identificar como prioritárias as medidas a adoptar. “Uma coisa é muito clara. A APCN quer ter uma boa relação com a APIM, que sempre mostrou mente aberta para nos ouvirem. Esperamos agora que estas e outras recomendações sejam postas em prática.”

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terça-feira 30.4.2013www.hojemacau.com.mo6 sociedade

Andreia Sofia [email protected]

EntrE as Pequenas e Médias Empre-sas (PME) e os grandes espaços

as diferenças são muitas no que diz respeito aos recur-sos para obter o sistema de videovigilância. Por essa razão, o Gabinete para a Protecção de Dados Pesso-ais (GPDP) resolveu criar o que chama de “declaração simplificada” para que as PME possam apresentar o seu pedido para a instalação de câmaras nos seus espaços.

Em conferência de im-prensa realizada ontem, Chan Hoi Fan, coordenado-ra do GPDP, explicou que

Cecília [email protected]

HojE quem passar pela rua do campo, no período entre

as 12h30 e as 19h30, pode ter contacto com uma iniciativa que pretende mudar os destinos de Coloane a preservar o meio ambiente. três cidadãos vão recolher assinaturas que de-fendem o fim da construção de

os serviços de saúde (ss) anun-ciaram a instalação em todos

os postos fronteiriços de aparelhos de medição da temperatura corpo-ral, uma medida preventiva face à propagação da gripe aviária H7n9 e à exposição de Macau ao turismo continental chinês.

Com 123 casos confirmados até do-mingo, dos quais 23 pessoas acabariam por morrer, as autoridades chinesas já identificaram infecções humanas da gripe H7n9 em Pequim, Xangai, jiangsu, Zhejiang, Anhui, Henan, shandong, jiangxi, Fujian e Hunan.

numa primeira fase, os ss me-diam apenas a temperatura às pessoas que chegavam através do aeroporto

Dados pessoais GPDP diz que já recebeu 66 pedidos do sector privado

Instalar câmaras nas PME será mais fácil

Coloane Iniciativaé protagonizada pelo designer Kenneth Ho

recolha de assinaturaspara mudar rumo da história

H7N9 Autoridades de Macaumedem temperatura nas fronteiras

Prevenirantes de remediar

Deputado critica processo de instalação de câmarasO deputado Chan Meng Kam considera que o regime jurídico de videovigilância nos espaços públicos não tem sido executado correctamente. Em interpelação escrita entregue ao Governo, o deputado considera que o papel das câmaras CCTV “é muito grande, e no caso dos atentados de Boston ajudou a capturar os suspeitos mais cedo. O regime jurídico entrou em vigor em Abril do ano passado, mas até agora ainda não vi a implementação do plano de instalação (das câmaras)”. - C.L.

O Gabinete de Protecção dos Dados Pessoais criou uma “declaração simplificada” a pensar nas Pequenas e Médias Empresas que queiram ter um sistema de videovigilância. Ainda não há um prazo limite para a entrega dos pedidos e a entidade espera que estes sejam feitos “pela iniciativa” das empresas

o processo é obrigatório mas que não há um prazo limite para as candidaturas, que deverão ser resultado da “iniciativa” das próprias PME.

“Muitas empresas de grande envergadura e es-tabelecimentos para fins comerciais vão instalar o sistema de videovigilância, mas pretendemos simplifi-car essas formalidades para as PME. Apenas necessitam de preencher uma declara-ção simplificada”, disse.

segundo Chongwei Yang, coordenador-adjunto, “as PME não têm recursos suficientes para a elabora-ção de orientações, e então foi criada esta declaração para prestar apoio. Podem

ser reduzidos os recursos administrativos e humanos com o preenchimento desta declaração.”

segundo dados divulga-dos pelo próprio gabinete, já foram entregues no GPDP 66 pedidos da parte de pri-vados para a instalação de câmaras. no total, foram feitas 154 notificações, 88 delas pertencentes ao Exe-cutivo, desde que o regime jurídico de videovigilância entrou em vigor.

REvISão dA LEI Não é PARA jána mesma ocasião os res-ponsáveis do gabinete ga-rantiram que há muitas situ-ações em que a instalação de câmaras de videovigilância

podem violar a lei de dados pessoais. Este diploma, as-sumem, carece de melhorias, mas estas não vão acontecer para já.

“Por enquanto ainda não ponderámos sobre a revisão da lei, e se for necessário faremos uma revisão inte-gral, e não apenas debruçada sobre a questão das multas a aplicar”, disse a coorde-nadora.

Desde a criação do GPDP, há seis anos, já fo-ram apresentadas 43 queixas relacionadas com o sistema de videovigilância, em casos relacionados com gravação de sons ou alargamento do espaço de filmagem. Dez casos ainda estão a ser ana-lisados pelo organismo.

prédios altos na ilha. o slogan da iniciativa é “rasgar os edifícios altos para mudar o destino da montanha”, e é promovida pelo designer Kenneth Ho.

Ao Hoje Macau, Kenneth Ho explicou que os participan-tes vão mostrar vários papeis com modelos de edifícios, onde vão escrever as suas opiniões os danos que podem ser causados à serra se forem promovidas

mais construções. “Já temos esta ideia há algum tempo, mas não realizamos nos últimos dias devido ao mau tempo. Prefiro esta forma para mostrar a nossa vontade de proteger o ambiente, porque sou um estudante de design na universidade. Penso que posso usar esta forma para chamar a atenção dos residentes para as questões de protecção ambiental”, aponta.

Afirmando que não tem qualquer ligação a associações locais, Kenneth garante que o Governo vai ter conhecimento desta iniciativa. “Mais tarde vamos entregar as assinaturas e as opiniões para o Executivo, para mostrar que os residentes estão preocupados com a liga-ção entre o desenvolvimento económico e a protecção am-biental”, acrescentou. Mesmo sem ligações a associações, alguns membros da juventude Dinâmica de Macau deverão estar presentes, por defenderem os mesmos objectivos.

internacional, mas agora a medida foi ampliada a todos os postos de fronteira.

Apesar de alguns casos suspeitos já terem sido detectados em Macau, após análises laboratoriais os resul-tados foram todos negativos, mas, à semelhança de outras doenças como a pneumonia atípica, Macau reforçou a vigilância como medida preventiva controlando a temperatura corporal de quem cruza as fronteiras da cidade.

Por outro lado, as autoridades de Macau mantêm contactos com as autoridades da China e outras regiões vizinhas e com a organização Mun-dial de saúde no sentido de promover a “prevenção e de preparação face ao eventual surgimento de qualquer caso de gripe aviária nas regiões vizinhas ou em Macau”.

Para os residentes que se deslo-cam ao exterior ou às zonas onde já foi detectado o vírus, os ss alertam para a necessidade de cuidados redobrados com a higiene e aconse-lham evitar contactos com aves ou o consumo de carne mal cozinhada destes animais. - Lusa

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7sociedadeterça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 121/AI/2013-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora 趙麗波(portadora do passaporte da RPC n.° G51467xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.º 89/DI-AI/2011 de 06.12.2011, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo, N°s 93-103, Centro Internacional de Macau, Bloco 2, 13° andar B, bem como por despacho da signatária de 22.04.2013, exarado no Relatório n.° 146/DI/2013, de 08.04.2013, foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° dos Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -----------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d'Assumpção n.°s 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 22 de Abril de 2013.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 122/AI/2013-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 王開紅(portador do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° W36345XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 89.2/DI-AI/2011 de 06.12.2011, levantado pela DST, por quem angariar pessoa com vista ao seu alojamento na fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo, N°s 93-103, Centro Internacional de Macau, Bloco 2, 13° andar B e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 22.04.2013, exarado no Relatório n.º 147/DI/2013, de 08.04.2013, foi determinada a aplicação de uma multa de $20.000,00 (vinte mil patacas), nos termos do n.°2 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010. ---------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° dos Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ---------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.°s 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 22 de Abril de 2013.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Cada vez menos se lêem jornais, no entanto nós cumprimos a nossa parte ao anunciar que o Restaurante Fernando, como nos 27 anos anteriores, está fechado no 1º de Maio. As nossas amplas desculpas para quem o não sabia, mas também precisamos de respirar!Agradecemos que repita a tentativa.

Amigavelmente,

Restaurante Fernando

P.S. Pedimos desculpa por sermos, um dia por ano, uma cambada de preguiçosos.

Cecília [email protected]

CerCa de 200 proprietá-rios de fracções do edifí-

cio Sin Fong Garden entrega-ram ontem durante a manhã uma carta com reclamações junto do Governo. Segundo o presidente da comissão de gestão do edifício e represen-tante dos moradores, Wong Man Sang, cerca de 98% dos proprietários estão dispostos a suportar parte das despesas com a reconstrução do pré-dio, mesmo que o Governo pague uma parte do projecto, para que o caso não se arraste até aos tribunais, o que iria prolongar a sua situação sem alojamento.

Contudo, exigem ter aces-so a todos os documentos referentes ao processo. “a comissão já pediu uma cópia dos documentos do caso, para que os pequenos proprietários possam entender o que acon-teceu durante este período. Não podemos esperar mais pelo processo judicial, porque perdemos as nossas próprias casas. Consideramos que se deve fazer a recuperação do edifício, mas que o Governo deve continuar a investigar

Assine-oTeLefone 28752401 | fax 28752405

e-maiL [email protected]

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Os donos dos apartamentos do edifício Sin Fong Garden apresentaram ontem uma carta no palácio do Governo. Não querem esperar que o caso seja decidido pelo juiz e mostram-se disponíveis a pagar parte das despesas de reconstrução, que entendem que deve ser feita o mais depressa possível

Sin fong Proprietários não querem esperar pelo processo judicial

reconstrução já, por favorquem são os culpados no caso”, apontou.

SeiS ProPrieTárioS deSConTenTeSentretanto, seis proprietários de fracções do Sin Fong Garden estiveram ontem presentes na entrega da carta no palácio do Governo. acusam o Instituto de acção Social (IaS) de lhes ter entregue um cheque assinado pela empresa responsável pela construção do edifício, a Weng Fok, como forma de compensação das perdas. “recusamos o cheque porque o Governo não pode fazer este tipo de representação de um suspeito de culpa do caso, para nos dar dinheiro.” estes proprietários, representados pelo senhor Hoi, são donos de lojas e não recebem subsídios.

ao Hoje Macau, o IaS garan-tiu que nem todos têm direito ao subsidio de apoio, e que aqueles que alugam as suas propriedades para fins comerciais não podem receber qualquer ajuda.

Quanto ao cheque, o IaS disse que “o senhor Hoi não aceitou o cheque na reunião do dia 20 de Novembro de 2012, pelo que foi devolvido à empresa. Confirma-mos aqui que o cheque não tem ligação ao plano de apoio do IaS”, frisou o organismo.

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terça-feira 30.4.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

O presidente chinês, Xi Jinping, qualificou os sindicatos como “um importante pilar do re-

gime socialista”, disse a imprensa oficial ontem, primeiro de três dias de folga proporcionados pelas celebrações do 1.º de Maio. “Os sindicatos devem ouvir os trabalha-dores e proteger os seus legítimos

O município de Pequim atri-buiu o título de “Excelente

Parceiro Internacional” à So-ciedade Portuguesa de Inova-ção (SPI) pelo seu papel na “promoção da cooperação entre empresas chinesas e europeias”, revelou ontem o representan-te local daquela consultora portuguesa, Richard Deng. “É um reconhecimento do nosso contributo para desenvolver a cooperação empresarial entre a Europa e a China e também para a internacionalização das em-presas chinesas”, disse Richard Deng à agência Lusa em Pequim.

A distinção foi atribuída pela Comissão Municipal de Ciência

O dono do clube de futebol in-glês Birmingham City, Carson

Yeung, acusado de branqueamento de capitais, declarou-se ontem inocente diante de um tribunal de Hong Kong.

O empresário, de 52 anos, detido em Junho de 2011, enfrenta cinco acu-sações de branqueamento de capitais, que envolvem um montante superior a cerca de 730 milhões de patacas.

A audiência decorreu num tribunal distrital da Região Administrativa Especial de Hong Kong, onde Carson Yeung se apresentou, envergando um fato escuro, e aparentemente calmo.

Em Novembro, o julgamento do empresário foi adiado, depois de o juiz ter aceitado um pedido da defesa, que argumentou necessitar de mais tempo para preparar o complexo processo.

Detidos quatro suspeitos da morte de alegado chefe de seita em Hong KongA polícia de Hong Kong informou ontem que deteve quatro pessoas suspeitas de envolvimento no homicídio de um alegado chefe de uma seita, que foi morto à facada, no domingo, em frente a um hospital público. De acordo com o jornal Standard, que cita testemunhas e uma fonte policial, o alegado chefe da seita Wo Shing Wo identificado como Tse, de 30 anos, foi atacado por homens vestidos de preto e com máscaras à saída de uma consulta médica no distrito de Sheung Shui. O homem foi encontrado pela polícia inconsciente no chão e foi levado para o hospital, onde foi declarado morto uma hora e meia depois. Os homens detidos têm entre 18 e 30 anos, de acordo com a polícia de Hong Kong.

1.º de Maio Presidente chinês qualifica sindicatos como “importante pilar do regime socialista”

A voz do operárioConsultadoria Portugueses distinguidos em Pequim

Parceiro excelente

Hong Kong Dono do Birmingham City nega acusações de lavagem de dinheiro

Branco mais branco não há

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AnúncioHM-30-4-13 2ª vez

AUToS DE inTERDiÇÃo cV3-13-0075-cPE 3º Juízo cível

REQUEREnTE: MiniSTÉRio PúBLico. ---------------REQUERiDo: SoU MAn LEonG.--------------------------

***

FAZ-SE SABER que, foi distribuído neste Tribunal, em 08 de Abril de 2013, um Processo de Interdição, com o número acima indicado, em que é Requerido, SoU MAn LEonG, residente em Macau, no Lar da Alegria da Secção de Serviço Social da Igreja Metodista de Macau, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

Macau, 15 de Abril de 2013.

direitos e interesses, incluindo os dos trabalhadores oriundos das aldeias”, disse Xi Jinping, numa cerimónia comemorativa do Dia Internacio-nal do Trabalhador realizada no domingo na sede da Federação dos Sindicatos Chineses, em Pequim.

Xi Jinping é também secretá-rio-geral do Partido Comunista Chinês, o mais importante cargo

político da China, e presidente da Comissão Militar Central.

O líder chinês descreveu os sindicatos como “uma ponte entre o Partido Comunista e os trabalha-dores”. “A classe operária é uma firme e segura base para o Partido Comunista Chinês, assim como a principal força na edificação de uma sociedade moderadamente próspera”, disse Xi Jinping, cita-do pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

No início da década de 1990, o PCC converteu-se à economia de mercado e desde há cerca de dez anos, os empresários privados já podem filar-se no Partido, mas, constitucionalmente, a China con-tinua a ser “um Estado socialista, liderado pela classe trabalhadora”.

Sábado e domingo passados foram dias normais de trabalho na China, permitindo juntar duas folgas de compensação ao feriado do 1.º de Maio, que ocorre, este ano, numa quarta-feira.

e Tecnologia do Governo de Pe-quim, sede de um município com mais de 20 milhões de habitantes e cerca de metade do tamanho da Bélgica. Com sede no Porto, a SPI tem um escritório em Pequim há 14 anos.

Segundo Richard Deng, para uma empresa ter sucesso na China “é preciso tempo, para conhecer o mercado e estabelecer relações de confiança”. “O mais importante é encontrar o parceiro certo e adop-tar uma estratégia de flexibilidade. Os chineses são muito flexíveis”, acrescentou.

Em Dezembro passado, a SPI foi seleccionada pela Comissão Europeia para liderar um estudo de ano e meio sobre a evolução da ciência, tecnologia e inovação na China.

É o primeiro estudo europeu e visa fornecer “recomendações para orientar a União Europeia e os seus países membros no desenvolvi-mento de uma estratégia de cola-boração”, explicou na altura Sara Medina, administradora da SPI.

As acusações de lavagem de di-nheiro envolvem transacções bancá-rias efectuadas entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2007.

Carson Yeung Ka-sing, que com-prou o clube de futebol inglês em

2009, foi detido e acusado em Junho de 2011. Apesar dos problemas legais, Carson Yeung garantiu que continuará a apoiar o clube financeiramente.

O empresário começou a trabalhar em Inglaterra aos 16 anos, em 1977, e regressou três anos depois à província chinesa de Guangdong, adjacente a Macau e a Hong Kong, mais propria-mente à cidade de Dongguan para trabalhar no sector imobiliário.

A origem da sua fortuna não é perfeitamente conhecida, mas sabe--se que em 1994 abriu um salão de cabeleireiro na zona de comércio e lazer de Hong Kong, em Tsim Sha-tsui, e que fez alguns investimentos em Macau, nomeadamente em projectos relacionados com casinos.

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terça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

Seul aguardava por uma autorização da Coreia do Norte para poder retirar

ontem os 50 funcionários que permanecem no com-plexo industrial de Kaesong, afirmou uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul, em declarações à efe. “Não obtivemos resposta da Coreia do Norte”, disse a porta-voz, após confirmar que o Ministério da uni-ficação enviou, logo pela manhã, às autoridades do país vizinho a respectiva notificação relativamente à saída dos trabalhadores sul-coreanos durante o dia.

Regra geral, o regi-me de Kim Jong-un não demora a responder, mas Seul diz não haver lugar para receios. “Não estamos preocupados”, garantiu, recordando que, no sába-do, Pyongyang abriu um precedente ao autorizar a saída de funcionários do Sul apenas meia hora antes do regresso previsto.

Seul acredita, por isso, que não deverá haver pro-blemas para desalojar por completo o complexo, cujas operações permanecem suspensas desde que Pyon-gyang decidiu, no dia 9,

uM tribunal da Tailândia adiou ontem o julgamento de de-

zenas de manifestantes ‘camisas amarelas’, que enfrentam acusa-ções relacionadas com os protestos de 2008 que paralisaram os princi-pais aeroportos de Banguecoque.

Cerca de 100 membros da Aliança do Povo para a Demo-cracia (PAD), conhecidos como ‘camisas amarelas’, apresentaram--se ontem diante do tribunal devido à onda de manifestações, ocorrida há cinco anos, contra os aliados do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.

O tribunal decidiu adiar o julga-mento até 29 de Julho, para ouvir os acusados, dado que alguns não têm representantes legais. “Os arguidos disseram que pretendem escolher os seus próprios advogados, por-que enfrentam graves acusações, passíveis de serem punidas com a pena de morte. A audiência não pode continuar se os arguidos não têm advogados”, afirmou o juiz presidente, em declarações citadas pela AFP.

Os ‘camisas amarelas’, que granjeiam o apoio das elites de Banguecoque e de membros

Pelo menos cinco mortos e 45 feridos em quedade ponte na TailândiaPelo menos cinco pessoas morreram e 45 outras ficaram feridas, na sequência da queda de uma ponte, este domingo, na província tailandesa de Ayutthaya, a cerca de 66 quilómetros a norte de Banguecoque, noticiou ontem a imprensa local. A ponte desabou no domingo à tarde, após se ter rompido um dos cabos que a suportam, reparado, no ano passado, por cerca de dois milhões de patacas, segundo o diário Bangkok Post. Duas das cinco vítimas mortais confirmadas eram crianças, de acordo com dados das autoridades que indicaram que sete dos 45 feridos se encontram em estado grave. A ponte foi reparada em 2012 depois das graves inundações que afectaram, no ano anterior, Ayutthaya e outras províncias da Tailândia.

Crise nas Coreias Seul aguarda por autorização do Norte para desalojar complexo de Kaesong

Sem pressasretirar todos os seus traba-lhadores – cerca de 53.000 – em mais um episódio da sua intensa campanha hostil, iniciada no mês passado.

A saída dos últimos

funcionários sul-coreanos do complexo estava prevista para as 17h.

Seul criou um grupo de trabalho para avaliar os prejuízos das empresas afec-

Tailândia Tribunal adia julgamento de dezenas de ‘camisas amarelas’

encontramo-nos a 29 de Julho

tadas pela crise em Kaesong e de “delinear medidas de apoio integral e prático”, segundo um comunicado do gabinete do primeiro--ministro.

Medidas como a retira-da dos trabalhadores sul--coreanos “têm elevado o risco de encerramento total do complexo e a Coreia do Sul não poderá fugir à sua culpa se tal ocorrer”, refe-ria ontem o diário estatal norte-coreano Rodong, com a Coreia do Norte a voltar a culpar Seul pela actual situação.

estabelecido em 2004, o complexo fica a dez quiló-metros da fronteira, em solo da Coreia do Norte, país que

continua tecnicamente em guerra com o Sul, dado que a guerra de 1950-53 acabou com um armistício, nunca substituído por e um tratado de paz definitivo.

Desde o congelamento das relações bilaterais em 2010, Kaesong manteve-se sempre aberto, com raras e breves excepções, mas a 3 de Abril o Norte proibiu aos sul-coreanos o acesso ao complexo e retirou os seus mais de 53.000 em-pregados.

do exército, planeiam negar as acusações que pendem contra si, disse o advogado Puangtip Bo-onsanong, que representa alguns dos acusados.

Os protestos dos ‘camisas amarelas’ surgiram da oposição ao antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, um mag-nata das telecomunicações cujo

Governo democraticamente eleito esteve no poder desde 2001 até ser derrubado por um golpe militar em 2006.

Sondhi limthongkul, um dos líderes do grupo, enfrenta acusa-ções por terrorismo relacionadas com o seu alegado papel na ocu-pação dos aeroportos.

um total de 114 pessoas

enfrenta acusações devido aos protestos antigovernamentais de 2008, os quais incluíram o bloqueio de dois aeroportos, en-cerramento do parlamento e uma invasão à sede do Governo.

A audiência de ontem incidia sobre 96 dos acusados, dado que os restantes processos não chegaram ainda ao tribunal.

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hoje

mac

au

terça-feira 30.4.201310 entrevista www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

Há um novo programa de ensino sino-português, a nível superior, que está a nascer com vista a for-mar intermediários nos negócios entre a China e os países lusófo-nos. Fale-nos um pouco desta sua visão...Raquel de Senna Fernandes (RSF) - Com o desenvolvimento da economia de Macau há uma procura pela diversificação, podendo Macau ser um pólo de educação não só do jogo mas de cultura e de educação. E com a relação entre a China e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) há aqui uma oportunidade de formar intermedi-ários, principalmente da China. Não só a nível linguístico como também técnicas de comunicação, comércio e área política. E que falem a lingua-gem dos negócios.

Qual a ideia inicial deste projecto?RSF - É um curso de especialização, durante um ano a tempo inteiro, que fornece um diploma. Estamos a trabalhar na questão de torná-lo uma licenciatura. Vai ter dois ramos de espe-cialização: comércio e ensino. Ou seja, neste último caso também formação de professores nos vários países.

Ruben Leitão (RL) - Tencionamos depois vir a apresentar um curso conferente de grau para tornar estes estudos de negócio sino-português numa licenciatura. Mas, para já, oferecemos de acordo com o que está na lei, que será uma especialização que confere - se a pessoa estiver a frequentar uma outra licenciatura - os créditos (ECTS) que vão para o suplemento ao diploma. Portanto, o estudante tem sempre essa formação acreditável no futuro para prosseguir estudos noutra área qualquer, outra escola, noutro país.

E quantos ECTS irá dar este curso?RL - Vai dar 180, exactamente como uma licenciatura. Quando a licenciatura for reconhecida, e de acordo com a lei em vigor em Portugal, as pessoas podem pedir equivalência do que já fizeram no

Estudo de Mandarim Especialização sino-chinesa vai nascer no ISEC

Elo cultural amigo dos negóciosA ideia partiu de um sonho de Raquel de Senna Fernandes, gerente do Centro de Cooperação em Educação Sino-Português (Cesipo), que pretende criar uma relação de “amizade” mais sólida entre a China e a lusofonia por meio da língua. Incansável, durante dois anos bateu à porta de instituições de ensino superior portuguesas e chinesas para vender a sua visão. O Universitas, cooperativa detentora do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC), presidida por Ruben Leitão, percebeu as vantagens da iniciativa. O Instituto será, para já, a entidade receptora dos alunos chineses que vão aprender a língua portuguesa, a cultura e a linguagem dos negócios para então servirem de intermediários comerciais

contexto desse plano de estudos e é concedida automaticamente. E, suponhamos que está a frequentar outra licenciatura, fica com duas licenciaturas em quatro anos.

RSF - Queremos que Portugal saiba que existe esta necessidade por parte de Macau. Enquanto macaenses e chi-neses, queremos aprender português porque o nosso país precisa de pessoas que podem falar bem português para que possamos ajudar os investidores chineses, contribuindo para ligar as duas regiões. E os chineses ajudam os portugueses ao contribuírem para

a comunidade portuguesa, através do ensino de mandarim para que a nova geração de portugueses conheça esta língua para haver relação com a China, que neste momento é mais governa-mental e política. A amizade precisa de ser uma experiência quotidiana.

O programa está aberto a estu-dantes do ensino superior e do secundário?RSF - Está aberto àqueles que acabarem o secundário e quiserem prosseguir o ensino superior. Não precisam de ter tido o português na escola. Temos um programa online

que permite preparar os estudantes do secundário no português que daqui a um mês estará pronta. Eu fiz um cur-rículo que envolve várias áreas, não só de línguas mas do ensino, como ensinar mandarim aos portugueses. Portanto, língua, ensino, comércio e desenvolvimento pessoal até porque funcionam como intermediários logo precisam de conhecer como as pes-soas trabalham, por exemplo.

RL - Qualquer pessoa, que esteja ou não na universidade, vai poder frequentar o curso online que a pre-para do ponto de vista do português

básico ou coloquial. E qualquer aluno pode estar a frequentar ou uma formação especializada, não conferente de grau, nestes estudos sino-portugueses de forma a que as pessoas possam eficazmente pôr em contacto chineses com projectos para a CPLP ou pessoas da CPLP com projectos para a China. E as pessoas podem fazer isso mais uma das nossas licenciaturas e portanto as várias opções vão estar disponíveis.

A ideia é canalizar estas pessoas para os cursos do ISEC? RL - Sim, porque achamos que é

Queremos que Portugal saiba que existe esta necessidade por parte de macau. enquanto macaenses e chineses, queremos aprender português porque o nosso país precisa de pessoas que podem falar bem português para que possamos ajudar os investidores chineses, contribuindo para ligar as duas regiõesRaquel de Senna FeRnandeS

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11terça-feira 30.4.2013 entrevistawww.hojemacau.com.mo

Nesta fase contactámos representantes do Governo de Macau em Lisboa para a parte económica, que manifestaram interesse em a ajudar a estabelecer contactos com a parte empresarial dando-lhes a conhecer esta intenção Ruben Leitão

uma mais-valia para um cidadão extra-comunitário. É importante ter uma licenciatura que é reconhecida em todo o espaço da União Euro-peia até porque pode vir a facilitar uma autorização de residência e de fixação para trabalhar. E estas licenciaturas são reconhecidas no espaço da CPLP.

Quando é que vai arrancar com o curso de especialização?RL - Queremos começar em Setem-bro mas vai levar um tempo para que a agência de Portugal, a AE3S (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior), que avalia os programas e dá os reconhecimentos.

E já apresentaram este projecto?RL - Já tivemos uma consulta prévia com a AE3S só que agora só no novo prazo, até 15 de Outubro, é que se pode apresentar as propostas.

Mas neste primeiro curso de espe-cialização, que abrirá em Setem-bro, querem contar com quantos alunos? E qual a sua duração?RSF - Pretendemos ter no primeiro ano entre 30 a 50 alunos. Vamos ter 10 professores mas depende da verba e vagas do ISEC.

RL - No fim do ano, quando se espera o resultado da AE3S, dar-se-ia o re-conhecimento de todas as unidades curriculares caso os alunos queiram prosseguir os estudos. A acreditação é feita para efeito de prosseguimento de estudos, além de um diploma no primeiro ano.

A ideia é depois expandir este projecto para outras instituições do ensino superior em Portugal? E, numa segunda fase, com uni-versidades deste lado do mundo?RSF - Primeiro quero fortalecer a parceria com o ISEC e depois en-tão “vender” o serviço para outras instituições do ensino superior em Portugal. Há universidades que mostraram interesse de promover o mandarim nas suas escolas mas queremos fundar primeiro este projecto-piloto. Macau também já tem projectos com instituições portuguesas por isso não queremos criar conflito mas vamos levar este projecto para a China. Claro que as entidades e universidades de Macau viram interesse em trabalhar neste projecto. Mas vejo que há um mer-cado muito grande na China. Vou--me encontrar com universidades de Pequim, e já contactei com duas universidades de Hainan, há dois anos, e também de Zhuhai.

Fizeram um estudo de mercado sobre empresas interessadas nes-tes intermediários? Ou já alguns empresários mostraram interesse?RSF - Claro que outras universidades vêem outras oportunidades. Mas esta visão que temos faz de nós pioneiros.

RL - Nesta fase contactámos repre-sentantes do Governo de Macau em

Lisboa para a parte económica, que manifestaram interesse em a ajudar a estabelecer contactos com a parte empresarial dando-lhes a conhecer esta intenção. E aqui também já tive-mos contactos com o cônsul-geral cá e com a Rita Santos (secretária-geral adjunta do Fórum de Macau).

De que forma os países da CPLP integram este programa?RL - As pessoas vão ter também conhecimento sobre a história e cultura dos países da CPLP, ou seja, não centramos isto em Portugal. Achamos antes demais que é uma vantagem aprender o português de Portugal. E isso é fácil de conseguir em Lisboa, onde há comunidades dos vários países da CPLP. E, por outro lado, os estudantes que embarcarem nesta actividade vão ter um programa de acolhimento de emersão total. Queremos que estejam num ambiente onde se fala português 24 horas, pois é a melhor maneira de se absorver os costumes, a língua, as amizades e obviamente ter a flexibilidade que é necessária para a vida de quem trata de negócios. E obviamente podem ter as suas próprias iniciativas de negócio.

Já existem então parcerias com empresas dos CPLP para fazer estágios?RL - Temos parcerias com empresas dos CPLP porque temos estudantes de Angola, Cabo Verde, e contamos até ao final do ano ter estudantes do Brasil, esperamos vir a recrutar mais empresas para ter a definição

dos estágios. Porque durante o curso supõe que haja estágios que contam ECTS, trabalho voluntário seja no centro comunitário da paróquia, seja a nível do ensino do mandarim. Os alunos também terão contacto com experiências culturais na capital - teatro, museus, excursões.

Numa próxima fase passará não só pela acreditação do grau de licen-

ciatura ao curso mas também por conseguir que alunos portugueses venham aprender português à China, certo?RL - Sim, tencionamos trazer estu-dantes de Portugal até cá. Para isso queremos estabelecer um intercâm-bio com uma universidade de Macau ou da China e o nosso objectivo final será termos uma licenciatura que dá dupla titulação, ou seja, que possa

ser feita parcialmente em Portugal e parcialmente cá.

Que tipo de apoios financeiros têm? RL - Em Portugal vamos trabalhar numa aproximação à CIP (Confede-ração das Indústrias Portuguesas), inclusive, apresentar este projecto à AICEP, que não foi possível antes da nossa vinda para tentar perceber que tipo de apoios poderíamos obter. Além disso, em Macau há outras possibilidades a explorar, inclusive a Fundação Oriente (por meio do IPOR), por exemplo, a nível de recursos humanos.

Para este curso já existe um corpo docente?RSF - O meu centro vai contactar com professores das universidades, como pessoas que cursaram na China na área de educação, política e em Portugal os que sabem como se deve ensinar o mandarim a portugueses. Já temos uma professora de Macau, que fala mandarim, cantonês e por-tuguês, que percebe deste método de ensinar mandarim a portugueses. Teremos uma nova reunião sobre o recrutamento, por parte da China e Portugal, e também sobre o desen-volvimento do currículo. Também queremos falar com as escolas para que eles ensinem os alunos, essa é parte integrante do curso.

RL - Para o curso de especialização já está definido o corpo docente. Já temos, contamos até com uma pro-fessora da escola chinesa em Lisboa e temos um conjunto de professores do próprio ISEC, ou seja, equipas para várias áreas.

O que distingue este novo projec-to de outros existentes no ensino superior português, no Politécni-co de Bragança e de Leiria, por exemplo?RL - Tanto quanto sabemos, essas iniciativas centram-se apenas na vertente do estudante frequentar um curso específico e o nível de por-tuguês que esse estudante aprende é o necessário a nível de fluência para frequentar o curso. E não têm como objectivo uma integração comunitária, como a Raquel propôs, nem um intercâmbio intercultural através da intenção na medida do possível acolher-se pessoas em ambientes onde se fale exclusiva-mente português. E finalmente, o contacto com as várias culturas do espaço lusófono, já que nos outros não há uma intenção clara de que essas oportunidades surjam.

Mas a nível comunitário têm o apoio de autarquias?RL - Toda a gente acha que é uma óptima ideia mas neste momento há pouco dinheiro. Mas temos contactos com várias autarquias da zona de Lisboa e sabemos já que é possível fazer estágios em vários pontos da periferia da capital, em vários ser-viços. Quanto ao sector privado, há trabalho a ser feito.

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terça-feira 30.4.2013publicidade12

A ApomAcdeseja a todos

os trabalhadores e, em particular, aos seus associados,

muitas felicidades, por ocasião do

1º de Maio, Dia do Trabalhador

O IACM

SAÚDA O

1º DE MAIODIA DOS

TRABALHADORES

A ATFPMSAÚDA O

1º DE MAIODIA DOS

TRABALHADORES

www.hojemacau.com.mo

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terça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo 13www.hojemacau.com.mo vida

Dezasseis pa-íses europeus – incluindo Portu-gal – já possuem

uma estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas, mas a sua apli-cação prática ainda está na primeira infância, conclui um relatório da agência europeia do ambiente di-vulgado esta segunda-feira.

O relatório traz alguns exemplos do que já está a ser feito por países, regi-ões ou cidades europeias para melhor enfrentar um mundo mais quente. Há três tipos de acções em prática. as medidas “cinzas” são soluções tecnológicas ou de engenharia, como obras no litoral para protegê-lo da subida do nível do mar já realizadas na Holanda, Bél-gica e França. as “verdes” fazem uso da própria natu-reza, como a plantação de vinhas em regiões mais altas ou com castas diferentes em

a questão é sobre pirâmi-des e cerimónias, mas é

principalmente sobre origens. Viaje-se no tempo e no espa-ço até à américa Central, na actual região da Guatemala, ao ano 1000 a.C.. estava-se então no início daquilo a que os arqueólogos chamam “período pré-clássico médio”. Naquela região existia uma constelação de povoações. as famílias, depois de séculos a viverem da agricultura, agregaram-se em grupos mais complexos onde as classes sociais começaram a germinar. No meio desta efervescência, nasceram as primeiras praças e pirâmides, que mais tarde seriam a marca de água das cidades-estado da cultura maia. Os arqueólogos

descobriram agora no local arqueológico maia de Ceibal que estas estruturas nasceram dois séculos mais cedo do que se conhecia, revela um artigo publicado na science.

estas praças e pirâmides fazem parte de um complexo construído em conjunto e são expressões arquitectónicas de uma mudança social que exis-tiu, por esta altura, desde o sul da Guatemala até ao golfo do México. Já se sabia que o apa-recimento da civilização maia como a conhecemos esteve ligada a este desenvolvimento, mas os autores defendem no artigo que os maias participa-ram nessa mudança regional. “Há esta ideia da origem da civilização maia como um

acontecimento interno e isola-do, e há esta outra ideia de que foi uma influência externa que desencadeou a complexidade social da civilização maia. ago-ra, estamos a pensar que o que se passou não é nem preto nem branco”, diz Victor Castillo, um dos autores do artigo que pertence à Faculdade de an-tropologia na Universidade de arizona, nos estados Unidos.

Foi no período clássico, entre 250 e 900 d.C., que as cidades mais espectaculares da civilização maia prosperaram, como Tikal, situada a norte de Ceibal, já no início da península de iucatão. Mas, durante os séculos anteriores, verificou-se a ascensão e a queda de cidades e de outras civilizações como

a olmeca, que é outra das per-sonagens desta história.

a civilização olmeca en-globava cidades situadas na costa do golfo do México, centenas de quilómetros a norte de Ceibal. Centros como o de san Lorenzo, no istmo de Tehuantepec, atingiram o auge antes de 1200 a.C.. Mas as pros-pecções arqueológicas feitas até hoje ainda não revelaram em san Lorenzo as estruturas arquitectónicas de praças e pirâmides que se tornaram depois presentes nos maias. Contudo, La Venta, o grande centro olmeca que floresceu por volta dos 800 anos a.C., após o esvaziamento de san Lorenzo, já apresentava estes complexos.

Alterações climáticas Dezasseis países europeus têm estratégia de adaptação

Ainda está a ser feito pouco

Arqueologia Descoberta trouxe uma nova tese

a origem dos Maias

apesar de já haver exemplos concretos, mesmo os países com estratégias aprovadas “não estão a pôr em prática um grande número de ac-ções”. segundo o relatório, o mais comum, por ora, são programas de investigação, mapas de vulnerabilidade e planeamento. O que a agência recomenda são abordagens integradas, que reúnam diferentes tipos de medidas. “a adaptação re-quer novas formas de pensar e de lidar com riscos, in-certezas e complexidade”, afirma a directora execu-tiva da agência europeia do ambiente, Jacqueline McGlade, num comunica-do. “Vai exigir aos europeus que cooperem entre si, que aprendam uns com os outros e que invistam nas trans-formações de longo prazo necessárias para manter o nosso bem estar perante as alterações climáticas”, completa McGlade.

Uma estratégia de adap-tação para todo o espaço da Ue foi adoptada este mês pela Comissão europeia e será alvo de uma apresen-tação esta segunda-feira, no instituto de Ciências sociais, em Lisboa.

espanha. e as “brandas” baseiam-se na organização administrativa, na governa-ção e no comportamento, como um sistema de alerta para doenças tropicais em itália. “Os exemplos de acções já implementadas mostram que a adaptação dos sistemas tanto naturais como humanos já está a acontecer na europa”, sus-tenta o relatório.

Portugal adoptou a sua estratégia Nacional de adaptação às alterações Climáticas em 2010. Outros 15 países também já o fize-ram: Áustria, Bélgica, suí-ça, alemanha, Dinamarca, espanha, Finlândia, França, Hungria, irlanda, Lituânia, Malta, Holanda, suécia e Reino Unido. Outros 12 países estão a desenvolver a sua estratégia, mas ainda não aprovaram.

a agência europeia do ambiente chama a atenção, porém, para o facto de que,

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terça-feira 30.4.2013cultura14 www.hojemacau.com.mo

Tiago [email protected]

A Conferência de Imprensa relativa à Exposição do Pavi-lhão Chinês para a

edição deste ano da Bienal de Veneza, decorreu no passado dia 23 de Abril, no Edifício Juran, em Pequim. Estiveram presentes Han Ziyong, Vice--Presidente da China Arts and Entertainment Group; Fan Di’an, Director do Museu de Arte Nacional da China; Xie Jinying, Secretário do Ministé-rio da Cultura para os Assuntos Externos; Wang Chunchen, Curador do Pavilhão Chinês da Bienal de Veneza; assim como sete artistas participantes: He Yunchang, Hu Yaolin, Miao Xiaochun, Shu Yong, Tong Hongsheng, Wang Qingsong e Zhang Xiaotao.

Wang Chunchen começou por fazer referência ao estado de preparação da apresen-tação Chinesa em Veneza, introduzindo, também, alguns dos conceitos curatoriais em causa, assim como os temas mais proeminentes e alguns detalhes acerca dos programas dos artistas participantes. O Curador da representação Chinesa em Veneza também revelou a importante mudança no Pavilhão Chinês, resultante da remoção de um conjunto de depósitos de combustível, realizada com a ajuda do Ministério Chinês da Cultura , Ministério Chinês dos Ne-gócios Estrangeiros que se mantiveram em permanente diálogo com a organização da Bienal. Com esta mudança, a limitação do espaço, bem

Património Professor Vítor Teixeira na Universidade de São JoséEsta tarde, pelas 18.30, terá lugar, na Universidade de São José, a comunicação Conservação e Promoção da Herança Portuguesa em Macau e no Sudeste Asiático. A sessão terá como orador o Professor Vítor Teixeira, sendo que principal intenção do evento é apresentar algumas ideias, conceitos e estratégias, destacando as linhas fundadoras para a promoção da Universidade de São José enquanto agente e interlocutor para a preservação, conservação e estudo da herança e legado Portugueses, não apenas em Portugal mas também no Sudeste Asiático. Segundo nota da Universidade de São José, é urgente pensar de modo crítico sobre os modos de conservação e protecção da identidade assim como das heranças históricas e artísticas em Macau. Vítor Teixeira é Professor Assistente na Escola das Artes, na Universidade Católica Portuguesa. A apresentação é organizada pela Faculdade de Humanidades da Universidade de São José e terá como moderadora a Professora Lucie Bernier. - T.Q.

Música Abaji em Hong KongO músico Abaji actua esta noite, pelas 20h, no Hong Kong Academy for Performing Arts. Um artista, cinco línguas: Francês, Arábico, Turco, Grego e Arménio, assim como um número considerável de instrumentos onde se incluem o oud e o bouzouki, um conjunto de percussões, flautas, harmónicas e um saxofone colombiano de bambu. ‘Origine Orient’ é uma viagem através de sons que exploram os contornos da região Mediterrânica. É essencialmente um trabalho instrumental que apresenta passagens maravilhosas (“Min Jouwwa” ou “desert to desert”) associadas à voz do Libanês Abaji. Abaji nasceu no Líbano de pai Grego mãe Síria. Chegou a França em 1976, tendo desenvolvido um interesse especial pela medicina tradicional Chinesa e artes marciais: Tai Chi Chuan e Do-in. Com fins terapêuticos, praticou Tai Chi durante sete anos. Abaji iniciou-se na guitarra aos 11 anos de idade, tendo depois estudado outros instrumentos como o oud, bouzouki, clarinete, percussões, bem como várias flautas. A música de Abaji nasce da Viagem, do contacto com diferentes culturas e povos. A esse propósito, Abaji actuou em países como a África do Sul, México, Marrocos, Paquistão e estará, agora, pela primeira vez em Hong Kong. O concerto desta noite acontece no âmbito da programação do Le French May. - T.Q.

Instalação ‘Portuguesa Monochrome’ censurada no Edifício AxaA instalação do artista plástico Paulo Mendes não resistiu muito tempo na Avenida dos Aliados, no Porto. Uma bandeira de Portugal gigante a preto e branco, colocada a meia haste no Edifício Axa, junto à Câmara Municipal do Porto no dia 25 de Abril, indignou os próprios programadores, convidando o artista plástico a retirar a instalação. “A ‘Portuguesa Monochrome’, hasteada a meia haste na Avenida dos Aliados no Porto. Contra o vento e contra certas vozes de ordens superiores. Sobre estas, a história continua dentro de minutos...”, escreveu Paulo Mendes na sua página de Facebook perante as primeiras pressões da Porto Lazer e dos responsáveis do projecto 1.ª Avenida. Numa primeira instância, o artista, ter-se-á recusado a retirar a bandeira (parte de uma instalação que também incluía seis vídeos), alegando censura sobre a obra. Durante o feriado, a bandeira manteve-se hasteada e foi fotografada pelas pessoas que passeavam pela Avenida dos Aliados. Manteve-se contra a vontade dos responsáveis por este projecto cultural da cidade do Porto que no dia seguinte voltaram à carga. Paulo Mendes, convidado a participar com a instalação “Portuguesa Monochrome”, resistiu ao braço de ferro até ao dia 26. “... a história continuou e hoje, 26 de Abril, retirei a minha instalação, que não vai poder inaugurar em conjunto com as outras exposições no projecto 1ª Avenida”, escreveu no seu mural. - T.Q.

Arte Wang Chunchen apresenta-se em Pequim

A China em Venezacomo uma certa falta de luz, verificadas no local destinado ao Pavilhão Chinês, deixaram de ser problema.

A 55ª Edição da Bienal de Veneza ocorre este ano, entre 1 de Junho e 24 de Novembro, e a China participará neste evento internacional dedicado à arte contemporânea com um Pavilhão Nacional. Com o título ‘Transfiguration’, a par-ticipação Chinesa em Veneza terá como principais respon-sáveis o Ministro Chinês da Cultura, a empresa China Arts and Entertainment Group e o Curador Wang Chunchen. A proposta ‘Transfiguration’ foi seleccionada por uma equipa nomeada pelo Ministério Chinês da Cultura, no passado mês de Fevereiro. ‘Transfigu-ration’ refere-se ao pensamen-to e processos de mudança contemporâneos, sobretudo nos territórios da arte, da vida, da transformação da arte em vida, dos lugares comuns da arte em actos performativos, ou ainda da não-arte em arte.

Cerca de sete artistas vão estar em destaque na exposição

do Pavilhão Chinês. Entre eles estará He Yunchang que, mais uma vez, abordará questões do foro existencialista, indagan-do-se a propósito do mundo e da natureza humana, usando para isso o seu corpo enquanto objecto expressivo. He Yun-chang apresentará ‘Seawater of Venice’, obra que procura afirmar a comunicação entre as pessoas enquanto com-portamento social contínuo; nos últimos anos, Hu Yaolin assumiu a tarefa de proteger, recuperar e reconstruir edi-fícios tradicionais chineses, estruturas que, no contexto do crescimento urbano que a China atravessa, estão em vias de desaparecimento. Em ‘Thing in Itself’, Hu Yaolin imita simbolicamente a forma do Panteão de Roma, reve-lando desse modo a natureza complexa do artista, enquanto herdeiro da cultura Chinesa; Miao Xiaochun é um pesqui-sador e artista experimental no campo dos novos media, e os seus trabalhos resultam da observação e interpretação da história e da cultura por um

artista contemporâneo chinês; Shu Yong procura focar-se na participação pública e interac-ção, nesse sentido a instalação ‘Ancient Song Bricks’ é uma colecção de vocabulário pro-veniente do fenómeno cultural, escrita por ele próprio com vista à recolha de informação dos novos quotidianos; Tong Hongsheng constrói a sua obra a partir de crenças e rotinas, com ‘Still Life Series’ o artista quer simbolizar a fé enquan-to ‘relíquia cultural’; Wang Qingsong parte da fotografia para apresentar um território em profunda transformação; por sua vez, Zhang Xiaotao é um artista que utiliza vários suportes, desde a pintura a óleo, até à arte digital, sempre com o objectivo de construir fábulas acerca das mudanças sociais e das expectativas em relação ao futuro.

A palavra ‘Transfiguration’ assume, no contexto da parti-cipação Chinesa em Veneza, o significado de transforma-ção, mudança e deformação, apontando, ao mesmo tempo, vários caminhos geográficos, espaciais, bem como conceitos gráficos como posição e loca-lização. Nesse sentido, Wang Chunchen refere a necessidade e importância do Pavilhão Chi-nês conseguir reflectir as mu-danças, os tempos, os sonhos, os homens e as imagens, isto porque, segundo o Curador, a mudança e o desenvolvimento da cultura visual é composta de todos estes elementos. A exposição no Pavilhão Chi-nês de Veneza procurará dar relevo à produção artística contemporânea Chinesa, reve-lando os caminhos que alguns dos artistas da nova geração chinesa têm trilhado. Nesse sentido, Wang Chunchen olha para esta oportunidade como uma plataforma de intercâm-bio entre artistas, linguagens, mas sobretudo pensamento contemporâneo.

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15culturaterça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo

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Enquanto o poeta Gas-tão Cruz e a escritora Inês Pedrosa falavam na uni-versidade de los andes,

em Bogotá, na Colômbia, sobre a sua vida e a sua obra, o comissário da representação portuguesa na Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), o académico e investigador Jerónimo Pizarro estranhamente saía da sala para atender telefonemas. No final da sessão foi resolvido o mistério: o especialista em Fernando Pessoa, colombiano com nacionalidade portuguesa, estava a receber tele-fonemas de Portugal a anunciar--lhe que lhe tinha sido atribuído o Prémio Eduardo Lourenço, que está na nona edição, tem o valor de cerca de 100 mil patacas e é atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).

Embora Jerónimo Pizarro, 36 anos, não soubesse muitos por-menores sobre o prémio e ainda estivesse a recuperar da surpresa quando o Público falou com ele em Bogotá, o reitor da universidade

o Centro Cultural de Macau apresenta este

Verão o grande sucesso da Broadway “a Família addams”, numa série ex-clusiva de 12 espectáculos que decorre de 23 de agosto a 5 de Setembro a terminar a estreia asiática da produção.

o mais célebre e assus-tador grupo de personagens de todos os tempos vai estar na cidade para um humorístico musical, pleno de humor negro. Passado na mansão dos addams, tão icónica como a pró-pria família, esta história hilariante e original foi descrita como “o pesadelo de qualquer pai”, diz o co-

Prémio Eduardo Lourenço Vence especialista em Fernando Pessoa

Jerónimo Pizarro premiado em Bogotá

Espectáculo CCM trazFamília Addams até Macau em Agosto

Humor negro

municado de imprensa da organização. tudo acon-tece quando Wednesday addams, a princesa das trevas, se apaixona por um jovem sofisticado de uma família respeitável e ‘normal, e pede segredo ao pai. tudo se precipita quando os pais do jovem são convidados para jan-tar, numa história contada através de uma vibrante banda sonora, excelentes fi-gurinos, fantásticos passos de dança e de um cenário espantoso, acrescenta a nota de imprensa.

a bizarra e diabólica família ganhou nova vida pelas mãos de uma equipa

galardoada pelos tony awards, depois de uma temporada de quase dois anos na Broadway, a que se seguiram digressões pela américa do norte e a montagem de duas novas produções, uma no Rio de Janeiro e outra em Sidney, levando esta criação a cente-nas de milhares de pessoas. a Família addams foi criada originalmente em 1964 para uma série de banda desenhada que mais tarde chegaria ao pequeno ecrã em diversas adaptações tele-visivas. Personagens como Morticia, Fester e Gomez, tornaram-se definitivamente populares, conquistando público em todo o mundo, com a estreia de uma longa--metragem que foi sucesso de bilheteira nos anos 90.

Pela primeira vez na Ásia, a Família addams faz uma digressão ao longo de dois meses entre Macau, Singapura e Cantão, reto-mando depois a sua agenda de espectáculos nos Eua.

o júri que decidiu na sexta-feira a atribuição do Prémio Eduardo Lourenço era formado, entre outros, pela vice-reitora da uni-versidade de Salamanca, Maria Serrano, pelo vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento, pelo físico Carlos Fiolhais e Si-monetta Luz afonso, a museóloga que já dirigiu o Instituto Camões.

a sessão de entrega do prémio terá lugar no dia 7 de Junho, na Guarda, inserido nas comemo-rações dos 90 anos de Eduardo Lourenço e no âmbito de uma conferência sobre “Portugal e o seu Destino”. o Prémio Eduardo Lou-renço teve a sua primeira edição em 2004 e já distinguiu Maria Helena da Rocha Pereira, catedrática jubi-lada da universidade de Coimbra na área da Cultura Greco-Latina, o jornalista espanhol agustín Re-mesal, a pianista Maria João Pires, o poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, o penalista Jorge Fi-gueiredo Dias, os escritores César antónio Molina e Mia Couto, e o teólogo José María Martín Patino.

de Coimbra, João Gabriel Silva, justificou à agência Lusa que o co-missário da presença portuguesa na FILBo, tem sido “um incansável investigador, trabalhador e divul-gador de Portugal na Colômbia” e “da cultura de Portugal no espaço ibero-americano”, justificou.

Jerónimo Pizarro é professor da universidade dos andes, titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e doutor pelas universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Lin-guística Portuguesa. “também tem este aspecto interessante de estar muito ligado à obra de Fernando Pessoa, que é manifestamente uma das inspirações principais do pro-fessor Eduardo Lourenço e, além disso, representa uma abertura à américa Latina, que ainda não tinha havido oportunidade de fazer aqui, nos Prémios Eduardo Lou-renço”, concluiu o reitor à Lusa. “Considero o Eduardo Lourenço o maior ensaísta da língua portu-guesa e a figura que representa o

pensamento português no século XX. um prémio que homenageia a figura do Eduardo Lourenço só pode ser uma máxima distinção”, disse Jerónimo Pizarro algumas horas depois.

o prémio anual, que tem o nome do ensaísta Eduardo

Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI, foi instituído em 2004, para distinguir perso-nalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, diz a Lusa. além do rei-tor da universidade de Coimbra,

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terça-feira 30.4.2013desporto16 www.hojemacau.com.mo

www. iacm.gov.mo

AVISO

Faz-se público que a seguinte Piscina, afecta ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, estará aberta ao público com o seguinte horário de funcionamento e tabela de preços:

Piscina Dr. Sun Iat Sen

Aberta entre 1 de Maio e 31 de Outubro de 20132a feira : das 13h00 às 20h00

3a feira a Domingo : das 7h00 às 12h00 e das 13h00 às 20h00

* Às 2as feiras, a piscina estará encerrada durante o período da manhã para efeitos de limpeza e manutenção periódica, reabrindo às 13h00. Caso uma 2ª feira coincida com um feriado, a piscina permanecerá aberta e o encerramento para a devida limpeza passará para o período da manhã de 3ª feira.

Preços, em patacas, dos Bilhetes de Ingressoe Passes da Piscina Dr. Sun Iat Sen

Tipo Bilhetes Simples

Passe Mensal

Passe Trimestral

Passe por época balnear

Adultos $15.00 $260.00 $610.00 $1,230.00Portadores de cartão de estudante $7.00 $150.00 $440.00 $880.00

Crianças com idade inferior a 12 anos $5.00 $90.00 $210.00 $440.00Senióres com idade superior a 65 anos $7.00 $150.00 $440.00 $880.00

* A aquisição de passes é efectuada na bilheteira da piscina, mediante a apresentação de 2 (duas) fotografias de 1.5” (uma polegada e meia) e uma fotocópia do documento de identificação válido.

Macau, aos 18 de Abril de 2013.

O Presidente do Conselho de AdministraçãoTam Vai Man

O brasileiro Emerson Al-cântara, seleccionador de futebol de Timor--Leste, quer colocar o

grupo de trabalho que orienta entre os mais combativos do Sudeste Asiático num período de cinco anos e para tal conta com uma mão cheia de jovens talentos. O técnico “canarinho”, que representou o Belenenses por uma temporada enquanto jogador, deu a semana passada o pontapé de saída nos trabalhos de preparação do torneio de futebol dos Jogos do Sudeste Asiático. Para a competição, que se realiza no Myanmar em meados de Dezembro, Alcântara pré-convocou vários atletas que evoluem fora das fronteiras de Timor Loro Sae.

Entre os alvos prioritários do técnico brasileiro estão jogadores como Jesse Pinto (que veste a camisola dos birmaneses do Yada-narbon FC), Diogo Santos Rangel (dos indonésios do Sriwijaya) ou Tomas de Lani, jovem guarda--redes de 20 anos alegadamente vinculado à Casa do Futebol Clube do Porto de Macau. A ligação é comprovada por vários portais da Internet - entre os quais o portal português zerozero.pt - mas nun-ca existiu. Os responsáveis pelo futebol sénior dos dragões do ter-ritório, inactivo desde o início da

Futebol Timor-Leste conta com falso guarda-redes do Porto de Macau

Quem é Tomas de Lani?

corrente temporada, reconhecem que seria um factor de orgulho ter um antigo jogador do Porto de Macau a actuar aos mais alto nível com a camisola da selec-ção maubere, mas apressam-se a desmentir qualquer vínculo: “Nos

anos em que estive no FC Porto, primeiro como jogador e depois como treinador nunca trabalhei como nenhum jogador timorense e posso garantir que durante esse tempo o Porto nunca teve atleta nenhum com esse nome”, escla-

rece, peremptório, o ex-treinador Daniel Pinto.

O mesmo desmentido foi feito ao Hoje Macau por Adelino Cor-reia. O director desportivo da Casa do Futebol Clube do Porto em Ma-cau desconhece quem seja Tomas de Lani e diz que pelas redes da baliza do Porto de Macau passaram vários atletas, mas nenhum com o perfil do alegado jovem talento ti-morense: “Durante os anos em que a equipa esteve activa, a baliza do Porto foi defendida por dois atletas chineses, pelo Jonathan Caunt, pelo Bruno Capitulé, pelo Lino Mourato Lopes, pelo João Guedes e pelo Juninho. Nunca tivemos, nem em treinos, nem à experiência, um jogador timorense”, atesta Adelino Correia.

De acordo com a informação referenciada por vários portais da Internet, Tomas de Lani terá estado ao serviço dos dragões de Macau durante duas temporadas e a ligação ao emblema azul e branco é atestado pela própria entrada da Wikipedia referente à selecção na-

cional de futebol de Timor-Leste, ainda que a informação existente sobre o atleta seja escassa. Para o assalto ao torneio de futebol da edi-ção de 2013 dos Jogos do Sudeste Asiático, Emerson Alcântara conta ainda Paulo Helber e Wellington Ramalho, atletas brasileiros com raízes em Timor-Leste, que ali-nham em clubes de topo das ligas regionais do Brasil.

Antes de Alcântara ter assumi-do o cargo no ano passado, Timor--Leste ocupava o lugar número 206 no ranking da FIFA. Foi pela mão do brasileiro que o onze do Sol Nascente alcançou a sua primeira vitória em termos competitivos, ao derrotar o Camboja por cinco bolas a uma em partida a contar para a fase de qualificação para a Taça Suzuki. O desempenho permitiu que Timor-Leste galgasse lugares a tabela da FIFA. A formação timorense ocupa actualmente o centésimo octogésimo sexto posto da classificação do organismo que chama a si a tutela do futebol a nível mundial.

Emerson Alcântara

Page 17: Hoje Macau 30 ABR 2013  #2841

17terça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SiSTemA de SurdoS-mudoS nA ASSembleiA e no Governoo debate sobre a lei de violência doméstica continua a girar sobre o facto dessa acção ser ou não um crime público. eu, que sou um gato, não entendo muito bem como é que é possível que exista um sistema de surdos-mudos na Assembleia legislativa (Al) sobre esta questão. Será assim tão difícil decidir este ponto na criação da lei? uma das maneiras mais antigas para se utilizar quando não se chega a um consenso é a votação por parte das pessoas. Se um grupo não chega a acordo, vota-se. os participantes devem pertencer a todas as áreas relacionadas, sem faltar ninguém.mas acredito que, aqui em macau, para diversas áreas, isso não acontece. Parece que, de facto, não acontece uma consulta pública para toda a população. nem no caso do mercado nocturno em Sai van. A população de macau não é muito grande, por isso calculo que fazer uma consulta realmente pública não seja assim tão difícil. Poderia falar apenas da violência doméstica, ou do caso do edifício Sin Fong, mas no fundo a maioria das grandes questões em macau carece de uma decisão a sério. o Governo recusa-se a assumir uma posição de determinada forma e deixa sempre a decisão e discussão para o Conselho executivo... duvido, até, que todos os seus membros sejam totalmente qualificados para tomar essas decisões, apenas mantém boas ligações com o Chefe do executivo. Tanto os deputados como os membros do Governo parecem surdos e mudos, onde o diálogo e um debate politica verdadeiro é praticamente impossível de existir. voltando à questão da lei da violência doméstica, não acredito como é que uma deputada está contra a implementação do crime público nesses casos. na rede social Facebook, há comentários que dizem que ainda bem que essa deputada nunca foi vitima de tal situação. Concordo. olhemos para as vítimas reais, que vivem situações complicadas. Pensem no lado humano que uma lei pode e deve tomar, e deixem-se desses diálogos onde ninguém fala, ninguém ouve, ninguém responde. Quebrem o sistema.

TDM 13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360º (Diferido)14:40 Juntos Pela Música16:20 Prémios Autores19:00 TDM Entrevista (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 Montra do Lilau21:30 A Páginas Tantas22:00 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Mistérios de Lisboa00:30 Telejornal (Repetição)01:00 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 A Hora de Baco15:05 Geografia das Amizades15:30 Best of Portugal16:00 Bom Dia Portugal 17:00 AntiCrise17:20 Portugal Aqui Tão Perto18:20 O Teu Olhar (Telenovela)19:10 Madredeus – “Essência”20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:05 Em Reportagem (Madeira)22:30 Surf Total22:50 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 Intelligent Sport UK Challenge 201213:30 Russian Premier Liga 2012/13 FK Rubin Kazan vs. CSKA Moscow15:30 MLB Regular Season 2013 Houston Astros vs. New York Yankees18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 Vietnam Triathlon 201321:00 Cardiff Half Marathon 201221:30 The Football Review 2012-201322:00 FOX SPORTS Central

22:30 Vietnam Triathlon 201323:30 Cardiff Half Marathon 2012

31 - STAR Sports13:00 FIA World Rally Championship 201314:00 International Motorsport News 201315:00 Achilles Formula Drift Australia 201317:00 Planet Speed 2012/1317:25 The Verdict17:55 (LIVE) AFC Champions League 2013 Central Coast Mariners vs. Kashiwa Reysol20:00 SBK Superbike World Championship 2013 - Race 121:00 Golf Focus 201321:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Laureus Spirit Of Sport22:30 Golf Focus 201323:00 Singha Pattaya Open

40 - FOX Movies12:35 Tooth Fairy 214:10 The Hunger Games16:40 Spider-Man18:40 Spider-Man 321:00 Kung Fu Hustle (Mand)22:40 Da Vinci’S Demons

41 - HBO12:00 Game Of Thrones13:10 The Girl15:00 The Maiden Heist16:30 Totally Awesome18:00 Arthur19:40 Clear And Present Danger22:00 Underworld: Awakening23:30 Sucker Punch

42 - Cinemax13:00 Dragon Dynasty14:30 Population/43616:00 Journey To The Far Side Of The Sun17:45 Epad On Max18:00 Hollywood On Set18:30 Twins20:15 John Carpenter’s Escape From L.A22:00 Xiii23:00 Morlocks

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS:1-PAVEIA; LI. 2-AMENO; AéREO. 3-Pé; ADOCICAR. 4-AIS; OL. 5-Lá; GRASSO. 6-CAVADOR. 7-OCARINA; AR. 8-AM; NORA; áS. 9-OLARIA; LOTA. 10-VARAL; FOLAR. 11-ORA; ONERARA.VERTICAIS:1-PAPALVO; OVO. 2-AMEIA; CALAR. 3-Vê; CâMARA. 4-ENA; PAR; RÃ. 5-IODO; VINILO. 6-CANOA. 7-ACORDAR; Fé. 8-LEILÃO; ALOR. 9-IRC; SRA; OLA. 10-EA; RATAR. 11-HORROR; SARA.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-Feixe de feno; Medida itinerária do Japão. 2-Suave; Distraído (fig.). 3-Haste de planta; Adoçar um pouco. 4- Suspiros; Suflixo desigantivo de aumento. 5-Sexta nota da escala musical; Grosseiro. 6-Trabalhador de enxada. 7-Instrumento musical de sopro de forma ovóide, feito de barro cozido; Atmosfera. 8-Antes do meio dia; Aparelho para tirar água dos poços ou cisternas; Pessoa notável na sua especialidade. 9-Fábrica de louça de barro; Leilão da pescaria em primeira mão. 10-Vara comprida e grossa dos andores; Bolo que se dá de presente pela Páscoa. 11-Agora; Sujeitara a ónus.VERTICAIS: 1-Indivíduo que se deixa enganar facilmente; Origem. 2-Cada um dos pequenos parapeitos intervalados no cimo dos castelos; Guardar segredo. 3-Observa; Edifício onde se reúne a vereação. 4-Interjeição que exprime admiração; Macho e fêmea; Batráquio. 5-Metalóide pardo-azulado com propriedades anti-sépticas; Radical químico que entra na composição das matérias plásticas. 6-Barco pequeno. 7-Despertar; Uma das virtudes teologais. 8-Hasta pública; Impulso. 9-Imposto sobre o Rendimento das pessoas Colectivas; Senhora (abrev.); Carta numa só folha. 1-Ilha onde vivia a feiticeira (mit.); Roer. 11-Aversão; Deserto do Norte de Africa.

IRON MAN 3

Sala 1iron man 3 [c]Um filme de: Shane BlackCom: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle14.30, 19.15

evangelion 3.9: you can (not) redo [c](FALADO EM JAPONêS E LEGENDADO EM CHINêS)Um filme de: Hideaki Anno17.00, 21.55

Sala 2 iron man 3 [3d] [c]Um filme de: Shane BlackCom: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle14.15, 16.45, 19.15, 21.45

Sala 3the hoSt [b]Um filme de: Andrew NiccolCom: Saoise Ronan, Max Irons, Jake Abel, Diane Kruger, William Hurt14.30, 16.45, 19.15

oblivion [b]Um filme de: Joseph KosinskiCom: Tom Cruise, Morgan Freeman, Olga Kurylenko21.30

Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

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Dublinesca • Enrique Vila-MatasSamuel riba considera-se o último editor literário e sente-se perdido desde que se retirou. um dia tem um sonho premonitório que lhe indica claramente que o sentido da sua vida passa por dublin. Convence então uns amigos para irem ao bloomsday e percorrerem juntos o próprio coração do ulisses de James Joyce. neblina e mistério. Fantasmas e um humor surpreendente. enrique vila-matas regressa com um romance que parodia o apocalíptico ao mesmo tempo que reflecte sobre o fim de uma época da literatura. um romance deslumbrante, aberto às mais diversas leituras, uma verdadeira prenda povoada de surpresas. Simplesmente genial.

cartas Do Meu Magrebe • Ernesto de Sousaernesto de Sousa (1921-1988) foi um artista de vários domínios, nomeadamente nas artes visuais e no cinema. Foi personagem central da cultura portuguesa. Fizeram parte do seu círculo de relações Almada Negreiros, Alves Redol, Lopes Graça, entre muitos outros. O seu filme dom roberto (1963), precursor do «cinema novo», foi premiado em Cannes. A caminho da Alemanha para apresentar dom roberto, ernesto de Sousa fez um longo desvio pelo magrebe (marrocos, Argélia, Tunísia), de onde se corresponderia com o Jornal de notícias. os textos que escreveu mostram uma região muito para além dos tumultos políticos da conquista das independências. mostram um escritor que nos cativa, procurando caminhos para entender a humanidade, para estabelecer laços com os outros.

(contém 20 casas negras)

Page 18: Hoje Macau 30 ABR 2013  #2841

António José Seguro tem tudo, incluindo ideias, para que o poder lhe caia no colo pela via democrática. Só mais tarde estará em condições de explicar aos eleitores como os credores internacionais, liderados pela patroa Merkel, o terão obrigado a bater pala e alinhar pela formatura geral dos necessitados

terça-feira 30.4.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

Fernando SantoSin Jornal de Notícias

stamos safos! a exclamação-desabafo tem tudo para ser proferida por uma parte dos portugueses após o tonitruante projecto ontem apresentado por antónio José se-guro.... sim, o secretário-geral foi zurzido uma e outra vez ao longo dos tempos por

decalcar apenas frases bem intencionadas mas sem substrato para safar o país do ciclo recessivo por que passa. E afinal também para Seguro o mundo pula e avança.

Como no sonho de uma criança, o XIX Congres-so do Partido socialista - esse, o da unidade pouco inclusiva, como verrinosamente o adjectivou o so-cratista José Lello - permitiu a ilusão do aproximar de um novo tempo.

antónio José seguro teve o condão de assinar essa felicidade a caminho. aliás, mete impressão como ideias tão sedimentadas estiveram tanto tempo guardadas numa espécie de baú e ninguém foi capaz de as ter ou pôr em prática.

Há, então, um Novo Rumo anunciado - só não se sabe para quando. a adesão antecipada a novas propostas começa em breve, através de uma conven-ção cópia dos Estados Gerais gizados por antónio Guterres e das Novas Fronteiras de José sócrates.

a formatação do modelo visa, no fundo, objectivos precisos: a conquista de uma maioria absoluta - em eleições antes de 2015, supõe-se, sonha-se, talvez as autárquicas de outubro ajudem...... - mas bem mais do que isso, pois o líder socialista está aberto a coligações.

Como se constrói essa aurora de esperança?antónio José seguro dispõe de uma agenda de

cujas páginas faz a convicção da infalibilidade.o receituário impressiona.12,5 mil milhões de euros para injectar na

economia saem de uma série de instrumentos financeiros atrelados ao Banco Europeu de Inves-

timento, à redução do rácio de capital da Banca e à massa da troika disponível para a respectiva recapitalização. Ninguém se tinha lembrado de tal. soma-se no cadinho da recuperação uma panóplia de decisões, desde um novo modelo de financiamento da segurança social a um tratamento fiscal favorável para reinvestimento na criação líquida de emprego, e eis-nos quase libertados dos tormentos.

o equilíbrio passa, de resto, pela mutualização de parte da dívida pública (acima dos 60%) com a competente gestão e transferência da responsabili-dade para a Zona Euro. simples.

Um desenho assim, bem mais perfeito do que o croquis a que Portugal deve obediência à troika e de cujos defeitos só recentemente Vítor Gaspar se lamuriou, embora continue discípulo, dispõe de uma vantagem-sossego para os credores: antónio José seguro não rasgará compromissos herdados do seu sucessor no cargo partidário.

Verdadeiramente, as propostas do secretário-ge-ral socialista são propensas à quadratura do círculo.

antónio José seguro tem tudo, incluindo ideias, para que o poder lhe caia no colo pela via democrática. só mais tarde estará em condições de explicar aos eleitores como os credores internacionais, liderados pela patroa merkel, o terão obrigado a bater pala e alinhar pela formatura geral dos necessitados.

merkel aceita croquis de seguro?

E

Page 19: Hoje Macau 30 ABR 2013  #2841

19opiniãoterça-feira 30.4.2013 www.hojemacau.com.mo

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à f lor da peleHelder Fernando

IAprecio assistir a um político que escolheu ou aceitou a missão de o ser, tentar publica-mente ter actividade intelectual no exercício da sua missão, seja governante ou não. Para que nos acrescente mais, para sabermos e entendermos mais. E, porque não, para os apreciarmos um pouquinho mais.

Em Macau é tudo, menos sedutor, o exercício visível da actividade política. Não existe réplica nas perguntas hipoteticamente respondidas, quase não existe contraditório, pedagogia é invisível, sedução, neste tipo de coisas e com tais protagonistas, nem se sabe o que isso é. Porque um político profissional não fala do mundo, das coisas que aconte-cem, não faz um contexto histórico, não admite ressonâncias locais do que acontece fora de portas, porque não mostra os seus conhecimentos?

Pertencem ao mundo empresarial os prin-cipais políticos da RAEM? Todos sabemos que sim. Não virá muito mal ao mundo e à região se não pensarem maioritariamente nos interesses do lobby a que pertencem. Sentir-se-ão mais confortáveis falando de economia? Então falem, expliquem-nos, desenvolvam o tema, espevitem-nos sobre o assunto, o que não lhes faltará são tempos de antena. Por certo ficaríamos todos muito mais esclarecidos.

Ciclicamente há governantes ou para--governantes que até falam em democracia. Merecem aplauso. Porventura boa parte da população, pelos motivos óbvios, não tem qualquer experiência nem teórica nem práti-ca sobre as virtudes do sistema democrático - ou dos sistemas se quisermos. Boa razão para esses políticos dizerem publicamente o que pensam d sistema democrático, como e quando desejariam que fosse implantado em Macau, ou não.

Lamentavelmente o que se sabe do pensa-mento de quem governa e de quem influencia na RAEM, é praticamente zero. Terá de ser assim? Ah, é a tal questão cultural oriental. Pois, não havendo melhor argumento, esse tem de colar.

Os velhos senhores - afinal semelhantes a alguns novos - também costumavam dizer que o povo não estava preparado... Desgraça-

Não há um modelo; busca-se, pretende-se ler, consultar discursos oficiais sobre que real estratégia o governo português se baseia para desgovernar, nada, para além de piruetas é um vazio de substância

O Direito é de todos nósdos povos que nunca estão preparados. Só os políticos e os que frequentam os corredores dos poderes recebem essa luz da inteligência e do conhecimento. As comunidades que se entretenham com os panchões, os fogos de artifício, as feiras, as espampanantes efemé-rides, os desfiles que pouco têm a ver com a região, os cheques igualitários.

E, de preferência, tenham muita saúde, não tentem ir ao hospital público, não tentem viver miseravelmente nas chamadas habita-ções sociais para formigas, de preferência não respirem o ambiente cada vez mais poluído, não se metam, sem batedores da polícia, por entre o caos do trânsito, não tentem passear sozinhos ou com a família pelo centro da cidade arriscando-se a serem esmagados, tenham muito cuidado com as bebidas que pedem, as águas que bebem, os medicamentos que compram. Não liguem à tensão visível, depois de certa hora, à porta de muitos casinos, não discutam muito os custos da vida que todos os dias sobem.

Portem-se bem, sejam simpáticos, sor-riam porque há mil câmaras a filmá-los.

Ainda dizem que a política é por ciclos. Estaremos no final de qual ou no princípio de qual?

IIPor vários motivos, todos eles fortes, admiro e, como se sabe, não estou sozinho, a coragem de uma fundação local, a Fundação Rui Cunha, em aberta e objectivamente, defender o Direito de Macau. Nessa defesa, reflexão e divulgação, esta instituição mostra planeamento, estratégia e ac-ção. Não fosse o Direito de Macau uma coisa tão séria, diria: que gente maravilhosa trabalha nesta obra do presente para o futuro.

Afinal, exactamente por o Direito de Macau ser mesmo assunto muito sério, repito: que pessoas maravilhosas, cultas, de peito aberto e ideias precisas, gostando a sério desta terra, trabalham na Fundação Rui Cunha! Devemos estar-lhe gratos, o Direito é de todos nós.

É a minha maneira pública de dar os Parabéns a esta instituição, na celebração

do seu primeiro de muitos e desejavelmente bons Aniversários.

IIIEm Portugal, prossegue acentuadamente a devastação da paz social; no mundo do trabalho dia a dia cresce assustadoramente o desemprego; há muito que importantes componentes do aparelho produtivo foram e continuam sendo destruídos, desindustria-lizados outros; vendidos ou quase vendidos a preços de saldo a estrangeiros sectores poderosos como a ANA - Aeroportos de Portugal, a GALP, a EDP, a REN, no campo da energia; infra-estruturas como Águas de Portugal ou nas comunicações como CTT - Correios de Portugal, ou RTP; até mesmo o sector financeiro está pelo menos sob ameaça de ficar em risco, como a Caixa Geral de Depósitos, etc., etc.. até nada restar.

A paz social definha, a crispação aumen-ta, a revolta é, para mim estupefactamente, todos os dias abafada, os partidos políticos da chamada oposição falam muito, entusiasma--se em circuito fechado, mas nem conseguem movimentar militantes, simpatizantes e a sociedade em geral, para além do povoa-mento das ruas e palavras de ordem, muitas vezes sem acentuada convicção. Ou seja: prossegue acentuadamente a destruição da democracia portuguesa como ideia e como prática. Até surge, apenas 2 anos depois, novo vendedor de promessas, ainda mais descarado do que o actual 1º ministro, e a promover alianças com aqueles e aquelas que mais destruíram Portugal nas últimas décadas.

Não há um modelo; busca-se, pretende-se ler, consultar discursos oficiais sobre que real estratégia o governo português se baseia para desgovernar, nada, para além de piruetas é um vazio de substância. Abandonaram-se modelos, ideias e estratégias a favor das pessoas; a doutrina existente e única visível é descaradamente a favor dos mercados in-ternacionais, os mesmos que transformaram Portugal em capacho, levando o País a des-truir grande parte da agricultura, das pescas e de outros sectores da denominada economia produtiva e de sectores públicos estratégicos. Ao que se chegou no País de Abril.

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terça-feira 30.4.2013

Cristiano Ronaldoé o sócio 100 mildo SportingLonge de Alvalade desde 2003, quando foi transferido para o Manchester United quando tinha apenas 17 anos, CR7 não esquece o clube do coração e mostra-se orgulhoso por fazer parte da família leonina. “É um orgulho ser o sócio 100 mil do nosso Sporting, clube onde me formei e pelo qual tenho grande carinho. Fazer parte desta família deixa-me muito contente. Estamos todos juntos. Espero que o Sporting possa ganhar muitos títulos”, disse o jogador do Real Madrid, em mensagem vídeo gravada que passou nos ecrãs do Estádio de Alvalade no intervalo do jogo com o Nacional.

Portuguesas atingidas por explosão em PragaDuas estudantes portuguesas estão entre os 40 atingidos pela explosão de um edifício em Praga, ontem de manhã, no centro da cidade, atribuída a uma explosão de gás. Em declarações à TSF, Miguel Calheiros Veloso, da embaixada de Portugal em Praga, disse ter conhecimento dos ferimentos de uma das raparigas. “As informações ainda são escassas. Houve uma explosão de gás pouco depois das 10 horas. Há notícia de duas estudantes portuguesas atingidas por essa explosão, uma delas com ferimentos ligeiros na mão; a outra não sabemos bem”, explicou.

Pena de mortepedida para o donodo prédio que ruiuOs trabalhadores do prédio que ruiu no Bangladesh, causando a morte a 381 dos seus colegas, voltaram esta segunda-feira a manifestar-se, pedindo pena de morte para o dono do edifício em questão. Recorde-se que tinham sido feitos avisos sobre o estado precário do prédio, mas o proprietário decidiu ignorar os alertas e mandou a fábrica abrir de qualquer modo, na manhã antes do desastre. O homem está agora detido, aguardando julgamento e os trabalhadores sobreviventes pedem pena máxima, em honra das vidas que foram perdidas. A manifestação tomou proporções tão drásticas que a polícia teve de ser chamada ao local para a dispersar, recorrendo a tiros de balas de borracha e ao uso de gás lacrimogéneo.

Fotógrafo foi expulso por ser “irresistível para as mulheres”Omar Borkan Al Gala é, segundo o próprio descreve no perfil de Facebook, “fotógrafo, modelo e poeta” e, segundo a polícia religiosa da Arábia Saudita, que o expulsaram do país, é “demasiado bonito” e, por isso, “irresistível para as mulheres”. Omar foi expulso da Arábia Saudita, juntamente com outros dois modelos, durante o festival cultural Jandriyah, onde estavam a trabalhar stand de promoção dos Emirados Árabes Unidos. A polícia religiosa saudita deteve os três homens, porque, segundo explicou um dos agentes da polícia à imprensa local, “os membros da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção de Vícios temiam que as visitantes se apaixonassem por eles”. Foram “deportados para Abu Dhabi”, disse a mesma fonte. A delegação dos Emirados Árabes Unidos emitiu um comunicado em que explicava que, na opinião da organização, a expulsão deveu-se à presença inesperada no stand de uma artista dos Emirados, algo que desafiou o costume de as mulheres não se relacionarem com homens que não sejam da sua família. Entretanto, o perfil de Omar foi invadido por pedidos de amizade, mensagens e apoio e... pedidos de casamento.

Fóssil de ovo deave-elefante leiloadoO fóssil de um ovo com cerca de 400 anos de idade, de uma espécie extinta conhecida como ave-elefante, foi leiloado em Londres por mais de 780 mil patacas. Também conhecida como aepyornis maximus, a espécie, que vivia em Madagáscar, desapareceu entre os séculos XVII e XVIII, e podia medir até três metros. O ovo, com 21 centímetros de diâmetro e 30 de altura, é cem vezes maior do que um ovo de galinha comum. No leilão, na casa Christie’s, o ovo foi comprado por uma pessoa anónima, através de uma ligação telefónica.

Descapotável de Tarantino encontrado 17 anos depoisO automóvel que John Travolta conduziu no filme “Pulp Fiction” e que tinha sido roubado à porta da casa de Quentin Tarantino há 17 anos, foi encontrado pela polícia da Califórnia este fim de semana. É o Chevelle Malibu vermelho que “Vince Vega” conduzia no filme realizado por Quentin Tarantino e que foi roubado ainda durante a produção do filme, há 17 anos. Agora, o carro foi encontrado, devolvido ao dono, e a polícia da Califórnia deteve o responsável pelo roubo, um ladrão de carros clássicos que o vendeu a alguém em Oakland. O ladrão não irá ser julgado por este crime, que já prescreveu, mas será julgado por outros roubos.

O antigo vice-reitor da Universidade Inde-pendente (UnI) Rui Verde encontra se-

melhanças entre os casos das licenciaturas de Miguel Relvas e José Sócrates e pediu a declaração de nulidade do curso do antigo primeiro-ministro, em nome do princípio da igualdade.

A participação tem por base questões formais envolvendo a avaliação de Sócrates, nomea-damente a disciplina de Inglês Técnico e a concessão de equi-valências.

A participação de Verde foi dirigida há uma semana ao procurador da República no Tri-bunal Administrativo do Círculo de Lisboa, o mesmo para o qual foram remetidas as conclusões do processo da Inspecção-Geral da Educação e Ciência que pro-pôs a nulidade da licenciatura de Miguel Relvas. O antigo responsável da UnI justifica que, da análise do relatório sobre o ex-ministro do actual Governo, resultaram semelhanças entre os dois processos que justificam esta intervenção. “Não há dados novos” no processo de Sócrates, explica Rui Verde ao Público, mas apenas a comparação entre as duas situações. “É o princípio da igualdade em movimento”, ilustra. Contactado pelo Público, José Sócrates não quis comentar.

O antigo vice-reitor da UnI já tinha sido o autor do pedido de reabertura do processo relativo à licenciatura de Sócrates, há um ano, pretensão que foi negada pela Procuradoria-Geral da Re-

Independente Rui Verde enviou participação ao tribunal

Pedida nulidade da licenciatura de Sócrates

pública. “Acho que as semelhan-ças são tantas que acredito que, desta vez, as autoridades vão ter que voltar a olhar para o caso”, defende Verde. Para o antigo vice-reitor da universidade em que José Sócrates se licenciou em Engenharia Civil, “é altura de o assunto ficar definitivamente resolvido” e não continuar “no ar, como tem estado”.

MP inveStigoue arquivou ProceSSoO documento enviado para o Tribunal Administrativo de Lisboa começa precisamente por comparar a situação de Sócrates com a de Miguel Relvas, que se licenciou pela Universidade Lusófona, também privada. O enquadramento jurídico-admi-nistrativo das duas universidades é “idêntico” e “rapidamente se vê que a factualidade descrita” no caso do ex-ministro é “demasia-do similar com a ocorrida” com José Sócrates na UnI, defende Verde.

O antigo vice-reitor pede, por isso, a declaração de nulidade da licenciatura em Engenharia Civil do ex-primeiro ministro “por incompetência e violação da lei”, apontando “três nulidades irratificáveis, irreformáveis e in-convertíveis”. Rui Verde defende que houve concessão “nula” de equivalências a Sócrates, uma vez que essa decisão não foi to-mada pelos conselhos científico e pedagógico como lhes competia.

Verde lembra também a avaliação na disciplina de In-glês Técnico, que foi feita por

um professor que não era o da disciplina e da qual não existe enunciado. Além disso, a pauta de Sócrates “é totalmente di-ferente das outras”. O terceiro motivo apontado prende-se com a inexistência do projecto final de curso, obrigatório para a conclusão de licenciatura. “A avaliação não foi feita de acordo com os parâmetros definidos pela universidade”, sustenta o antigo professor, em declarações ao Público.

Rui Verde foi vice-reitor da Independente e autor do livro “O Processo 95385: Como Sócrates e o poder político destruíram uma universidade”, onde reproduzia os documen-tos relativos à licenciatura do ex-primeiro-ministro. Essa situação valeu-lhe mesmo a ameaça, por parte do Departa-mento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), de que poderia ser investigado por ter na sua posse os dados originais pertencentes àquela instituição de ensino superior.

Há um ano, entregou os documentos no DCIAP, junta-mente com dois CD e uma lista de pessoas a ouvir, pedindo a reabertura do inquérito. A in-vestigação à licenciatura de Só-crates — obtida em 1996 — foi concluída em Agosto de 2007 e mandada arquivar por não haver indícios de falsificação nem de tratamento de favor ao aluno. No ano passado, a Procuradoria--Geral da República decidiu não reabrir o processo, apesar do pedido de Rui Verde.

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car toonpor Steff