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junho 2005 2
Junho 2005 3
Uma Nova Proposta
A revista Home Care Brasil que a 3D Edi-toração e Comunicação Integrada lança,
tem como propósito apresentar matérias técnico-
científicas voltadas especialmente para o setor de
atendimento médico domiciliar, que surge com o
objetivo de oferecer mais qualidade de vida às
pessoas, notadamente aos idosos.
Ao mesmo tempo, a Home Care Brasil publicará regularmente matérias de reconhecido
valor científico, que sirvam como fonte de con-
sulta para médicos, estudantes de medicina,
enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos,
psiquiatras, farmacêuticos e outros profissio-
nais voltados para a área da saúde em todo
o País.
A revista Home Care Brasil é dirigida
também às empresas de home care, hospitais
particulares e da Rede Pública, casas de saúde,
fornecedores de material médico-hospitalar,
laboratórios, consultórios médicos, às autorida-
des e formadores de opinião, com distribuição
ainda nas Faculdades de Medicina, Enfermagem,
Nutrição, nos Conselhos Federal e Regionais de
Medicina, Enfermagem, Fonoaudiológia e nas
Secretarias de Saúde, Comissão de Seguridade
Social e Família, que são áreas prioritárias de
sua circulação.Elizabeth Schlecht Gomes
é diretora da 3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda
é uma publicação registrada e editada pela
3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda.
Diretor:
Elizabeth Schlecht (DRT JP - 25.099-RJ)
Assessor da Diretoria:
Jorge Gallindo Gomes (DRT JP - 23.963-RJ)
Departamento Comercial:
Andrea Matiazzo
Tel: (11) 9950-2667
REDAÇÃO
Editor
Miro Lopes (MTb JP 24.004-RJ / ABI 1362)
Conselho Científico:
Andrea Kacurin (RJ), Ione Leandro Queiroga (SP),
Márcia Gomes Braz (RJ), Josier Marques Vilar (RJ).
Redação, Publicidade e Administração:
3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda
Rua da Conceição, 105 Sala 405 - Centro
Rio de Janeiro - RJ - Brasil - 20.051-011
Telefone/Fax: (21) 2233-2612
E-mail: [email protected]
Impressão: MCE Gráfica e Editora Ltda
Rua Paim Pamplona, 257 - Jacaré - RJ/RJ
Tel/Fax: (21) 2507-7371
A hOmE CARE BRAsIL é distribuida mensalmente por
mala-direta para empresas e profissionais de saúde. Os
conceitos emitidos em artigos assinados são de total
responsabilidade de seus autores.
Assinatura Anual: R$ 250,00
(12 edições)
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Atendimento Domiciliar - Home Care: uma nova modalidade de assistência
Oenvelhecimento da popu-
lação brasileira tem sido
responsável por uma série
de mudanças em nossa socieda-
de, especialmente as de natureza
econômica, já que, atualmente,
9% da população tem mais de
60 anos, representando cerca de
16 milhões de consumidores de
serviços de saúde.
Esses novos consumidores,
muitas vezes vorazes, de serviços
de saúde, devido a habitualidade
de procurarem assistência médi-
co - hospitalar e a hospitalização,
como fonte de solução para suas
demandas de saúde, passam,
com essa utilização descontro-
lada, a gerar dificuldades no
controle e financiamento dos
gastos com a assistência à saúde
de nossa população, principal-
mente quando consideramos a
estimativa de que a população
com mais de 60 anos, prevalen-
temente aposentada e inativa,
utilize 6 vezes mais os serviços
de saúde que a população eco-
nomicamente ativa.
Para se ter uma idéia, o custo
crescente da assistência gera-
do pela equivocada cultura da
hospitalização, como porta de
entrada do sistema de saúde, e
pelo incremento nos custos de in-
vestigação diagnóstica decorrentes
do surgimento continuado de novas
tecnologias, fez com que, nos últimos
anos, a inflação médica acumulada
no período de 1984 a 1990, medida
em dólar, atingisse 154% contra 53%
da inflação geral do mesmo período,
segundo trabalho do Profº Dr. André
César Médice, divulgado pela Escola
Paulista de Medicina.
Dessa forma, podemos constatar
que o segmento SAÚDE vem exigin-
do novos modelos de atenção, pois
o foco do atendimento está mais
intensamente voltado para a assis-
tência médico-hospitalar e não para
a promoção da saúde. Verificamos
que, os programas de prevenção e
controle, que poderiam gerar uma
redução nos custos assistenciais e
um incremento de qualidade na
atenção a nossa população, ainda
são muito inexpressivos em nosso
meio, gerando um aumento da de-
manda de atendimento hospitalar,
principalmente na faixa etária acima
de 60 anos.
É dentro dessa visão, que o mo-
delo de hospitalização como porta
de entrada do sistema de saúde no
Brasil vem sendo repensado, e nesse
sentido, há aproximadamente 15
anos, vem surgindo uma alternativa
que atende a estas necessidades – o
Atendimento Domiciliar – também
denominado “Home Health Care”.
Trata-se de um novo modelo de
assistência, direcionado ao domicílio,
que envolve profissionais especializa-
dos, e que vem se revelando como
uma tendência mundial de um modelo
alternativo e complementar ao mode-
lo hospitalar atualmente prevalente.
Através deste programa, é dire-
cionado para a residência do pacien-
te todo o aparato utilizado no trata-
mento clínico de um grande número
de doenças, que não necessitam
obrigatoriamente de hospitais para
seu acompanhamento, permitindo-
se assim, entre outras vantagens,
uma significativa redução nos custos
da assistência.
Além do benefício, freqüente-
mente observado, da diminuição
dos custos da assistência domiciliar, é
possível se observar que o ambiente
familiar melhora de forma indiscutí-
vel a capacidade de recuperação do
paciente, em especial as crianças
e os pacientes de faixa etária mais
avançada, que percebem o domi-
cílio como o seu ambiente natural
e muito se deprimem quando dele
se afastam para tratamento de suas
enfermidades.
Fica claro assim, que num país
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como o Brasil, de formação e forte
influência religiosa, o tratamento de
enfermidades em seu núcleo familiar,
independentemente dos benefícios de
natureza econômica, passa a ser um
fator extremamente benéfico e facil-
mente tangível para nossa população.
Estágio Atual do Home Care no Brasil
As diferenças culturais, o baixo
poder aquisitivo da população e a
necessidade de se quebrar paradig-
mas da hospitalização, provocando
mudanças de comportamento pro-
fissional, aliado a falta de norma-
tização específica desta atividade,
dificultam a implementação deste
modelo de atendimento em nosso
meio.
A prestação de serviços nesta
área é extremamente complexa,
pois além da já citada falta de nor-
matização específica, temos de um
lado, um usuário acostumado com
a cultura hospitalar, onde a assis-
tência tende a não se desenvolver
com vistas a relação custo versus
efetividade. E de outro lado, temos
as fontes pagadoras, que estão dian-
te de custos incrivelmente elevados
e com grandes dificuldades em ge-
renciá-los, principalmente após as
mudanças na regulamentação dos
planos de saúde.
Diante desse cenário, abriu-se um
grande nicho de mercado voltado
para a assistência domiciliar e, no
decorrer dos últimos anos, muitas
empresas privadas de home care
surgiram, bem como iniciativas iso-
ladas de alguns setores públicos, em
especial nos grandes centros, como
Rio de Janeiro e São Paulo.
Dessa forma, cada empresa ou
grupo de home care, adota as prá-
ticas ou rotinas que julgam as mais
adequadas no acompanhamento
de seus pacientes, algumas delas,
reproduzindo práticas de países cul-
turalmente e de hábitos diferentes
dos nossos, como os Estados Unidos
e países europeus e asiáticos, prin-
cipalmente pelo fato de ser o home
care uma atividade conceitualmente
muito simples de ser estabelecida,
embora saibamos todos que tra-
balham no setor, ser uma atividade
extremamente complexa em sua
operação.
Este progressivo e desordenado
crescimento é um fator de preocu-
pação no que se refere a qualidade
da assistência, em especial pela
inexistência de normatização e/ou
regulamentação própria para esta
atividade, tendo em vista que até o
momento os organismos públicos
responsáveis pela regulamentação
do setor da Saúde em nosso País
ainda não estabeleceram as regras
básicas de funcionamento do home
care.
Considerando que o atendi-
Márcia Gomes BrazEnfermeira - Membro da Equipe de Gerenciamento do Programa de Home Care da PRONEP RJ
[email protected](21) 2538.5563 / 2538.5562 /
2538.5555www.pronep.com.br
mento domiciliar demanda uma
logística de atenção que envolve
múltiplas atividades profissionais,
tais como enfermagem, farma-
cêuticos, médicos, nutricionistas,
assistentes sociais, fisioterapeu-
tas, psicólogos etc., além de con-
troles especiais com materiais,
medicamentos e equipamentos,
cabe pensar que o cuidado pres-
tado no domicílio não deve ser
uma atividade movida à impro-
visações e informalidades. Ao
contrário, a complexidade deste
processo e das novas tecnologias
que estão sendo transferidas para
o domicílio deve ser tratada de
forma criteriosa, sistematizada,
com meios de controles bem
definidos e com um especial foco
na segurança desta operação.
Estamos certos que, qualquer
proposta de estruturação da
atenção domiciliar, cuja única
preocupação seja a diminuição
dos custos, tenderá a ocasionar
uma redução da qualidade no
atendimento, colocando em risco
a segurança de todo o processo.
Sendo assim, apontamos
a regulamentação técnica e a
normatização deste segmento,
como a melhor forma de defen-
dermos a qualidade dessa nova
modalidade de assistência e
conseqüentemente a um eficaz
gerenciamento dos custos com
a saúde.
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Acostumeira dificuldade em se garantir um tratamento obje- tivo à saúde é certamente a
principal causa dos problemas en-frentados pelo setor no Brasil. Todos sabem – e repetem – que saúde não tem preço. Indiscutível. Mas poucos lembram que medicina tem custo.
O custo na saúde é alto, com índices crescentemente elevados, em função de uma série de fatores, que vão desde os avanços tecnológicos, incorporados de forma cada vez mais acelerada à medicina, ao aumento da longevidade das pessoas, uma con-quista que, com efeito, é resultado direto dos próprios avanços técnicos e científicos.
É bem verdade, que parte dos custos também se deve a equívocos no modelo assistencial em vigor, que prioriza a doença em detrimento da saúde, assim como às ineficiências próprias da gestão dos recursos exis-tentes por todos os atores envolvidos.
Pois bem, para que a saúde con-tinue a ser tratada como um “bem” intocável, é indispensável que se ob-serve os seus custos atuais, buscando mecanismos para financiá-los, ao mesmo tempo em que são adotadas ações que se traduzam na otimização dos recursos existentes, a partir da eliminação de ineficiências e des-perdícios.
Qualquer ação ou postura que contrarie essa lógica, ignorando a relação de causa e efeito entre financiamento adequado e serviços médico-hospitalares de qualidade, em benefício do cidadão, merece ser vista, sem exagero, como inconse-qüente e indevida – ou as duas coisas juntas, o que é pior.
Um reajuste,uma farsa
A discussão é oportuna uma vez que a Agência Nacional de Saúde (ANS) acaba de autorizar um reajuste de até 11,69% para os planos de saúde contratados a partir de 1999. O problema transcende o número em questão e deve ser analisado a partir da metodologia utilizada.
Mais uma vez, na definição do índice, ficou patente uma perigosa postura política, em detrimento de uma solução técnica, na medida em que a ANS insiste em manter uma me-todologia que leva em consideração a média de um setor, desconsiderando-se as planilhas individuais de custos por operadora.
Além da defasagem de tempo entre o fato ocorrido e a repercussão dos reajustes, apresenta-se como grave equívoco a premissa de com-pensação para uso de média como limite superior de reajuste. O conceito de compensação faria sentido dentro do universo de uma única operadora, mas não no universo do mercado onde não há intercâmbio entre as empresas que permita a compensa-ção de perdas e ganhos.
Ou seja, mais uma vez, é mantida a tão criticada metodologia de rea-justes que, tudo indica, contribuirá para o agravamento do desequilíbrio econômico-financeiro do segmento de saúde suplementar.
No processo de definição do re-ajuste, percebeu-se claramente uma dicotomia de discursos. De um lado, a Agência Nacional de Saúde (ANS) deixava transparecer que seria preci-so reconhecer os aspectos técnicos, verificando as perdas econômico-financeiras sofridas pelas empresas operadoras de planos.
De outro, o ministro da Saúde, Humberto Costa, adiantava que o índice decidido pela agência deveria ser submetido à “anuência do pre-sidente da República” – o que tudo indica prevaleceu.
Em todo caso, se o índice deve ser estabelecido com critérios efe-tivamente técnicos, a fim de que, na ponta final, o consumidor possa dispor de serviços de qualidade, a anuência ou autorização do presiden-te da República não somente seria desnecessária como indevida. Assim como foi inoportuna a advertência feita pelo ministro, ferindo, inclusive, o princípio de autonomia da agência reguladora.
Autorizar reajustes a partir de metodologias politicamente simpáti-cas, mas tecnicamente condenáveis – aliás, como tem ocorrido em anos anteriores – é uma forma inaceitável de contornar a questão, ao invés de enfrentá-la.
Para o cidadão menos esclarecido, no primeiro momento, pode até pa-recer que o governo, ao pressionar a ANS (que por sua natureza deve ou deveria ter uma atuação distanciada da política), procurou protegê-lo.
Mas, na verdade, ao usar critérios políticos para definir preços, o que o governo faz é forjar um engodo. Só falta agora se levar à mesa de Lula o reajuste do preço do feijão!
Adriano LondresPresidente do SiNdHRiO - Sindicato dos Hospitais, Clínicas
e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da ANAHP - Associação Nacional de
Hospitais Privados. Assessoria de Imprensa do Sindhrio:
Meta Consultoria e Comunicação Ltda.www.metaconsultoria.com.br
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RHCB - Quanto tempo tem a Intensive Care?Kacurin - A Intensive Care foi fun-dada há 7 anos, com o objetivo de ser uma empresa de Internação Do-miciliar com ênfase na qualidade dos serviços prestados; por isso desde o início investimos em uma equipe bem treinada e na capacitação de nossos serviços e processos, uma das provas disso é a Intensive Care ser a primeira empresa no Rio de Janeiro a receber o Termo de Licença de Funcionamento Sanitário, concedido pela Superin-tendência de Controle de Zoonoses, Vigilância e Fiscalização Sanitária. Eu mesma busco aperfeiçoamento constante. Atualmente curso o MBA de gestão em saúde do IBMEC-RJ.RHCB - Como foi este processo de certificação da Vigilância Sanitária?Kacurin - Foi muito demorado. No início, tão logo demos entrada ao processo inicial, a responsabilidade da Vigilância Sanitária era da esfera Estadual, nesse ínterim passou para responsabilidade Municipal. Essas mudanças prolongaram a duração do processo. Após alguns trâmites, tivemos praticamente que reiniciá-lo junto ao município. Nesta ocasião, também encontramos algumas di-ficuldades, pois se tratava de uma certificação inédita, já que eles
A psicóloga clínica Andréa Kacurin é diretora administrativa da Intensive Care e diretora regional RJ da ABEMID – Associação Brasileira das Empresas de Medicina Domiciliar. A Intensive Care foi a primeira empresa de home care do município
do Rio de Janeiro a receber o Certificado da Vigilância Sanitária.
nunca haviam dado autorização de funcionamento para empresas de home care. Uma das razões que im-plicaram nesta morosidade foi, sem dúvida, a necessidade de fazer uma adaptação da legislação já existente para farmácias e hospitais; mas valeu a pena. Atualmente o processo de autorização de funcionamento é mais rápido para as outras empresas. Posso dizer que nós ajudamos à Vigilância Sanitária a descobrir o caminho das pedras.RHCB - Além da licença de funcionamento concedido pela Vigilância Sanitária, a Intensive Care possui outras certificações pioneiras?Kacurin - Sim. O mesmo aconteceu no Conselho Regional de Farmácia. Eles ainda não possuíam conheci-mento suficiente para habilitar res-ponsáveis técnicos em home care. Mesmo assim, decidimos encarar o desafio. Fomos também a primeira empresa de home care cadastrada pelo Conselho Regional de Farmácia. Hoje, todo o nosso serviço tem um responsável técnico cadastrado no seu respectivo conselho.RHCB - A Senhora acha que ter a certificação da Vigilância Sanitá-ria agrega qualidade aos servi-ços de home care?Kacurin – Claro. Acredito que estar
dentro das normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária – normas estas que vão desde a simples adequação do espaço físico até a procedência e armazenamento adequados dos medicamentos e materiais – colocam a Intensive Care numa situação de segurança tanto para os contratan-tes e operadoras de planos de saú-de, quanto para nossos pacientes. Acreditamos que este processo de qualificação é tão importante que já estamos partindo para o processo de Acreditação.RHCB - A cada dia surgem mais empresas de home care, como a Senhora vê esse crescimento do mercado?Kacurin - Vejo com muita preocu-pação. Embora haja um crescimento do número de empresas de home care, nem todas estão capacitadas a atuar com um mínimo de controle de qualidade. Espero que as operadoras de planos de saúde e gestão, estejam atentos a isso, inclusive já vejo alguns movimentos no sentido de uma me-lhor seleção no credenciamento das empresas. Atualmente a ABEMID tem um selo para as empresas que seguem suas normas técnicas, o problema é que, infelizmente, apenas 30% das empresas de home care são credenciadas à ABEMID.
gestores de saúde
A primeira empresa cariocado setor reconhecidapela Vigilância Sanitária
Intensive Care
junho 2005 8
Os sistemas de saúde de todo
o mundo vivem uma encru-
zilhada.
Essa afirmação pode nos remeter
ao pensador e autor italiano Piran-
dello: Assim é se lhe parece...
Tenho tido a oportunidade de
estudar os sistemas de saúde de
alguns países e, em particular, tenho
me dedicado a tentar conhecer um
pouco mais sobre o sistema de saú-
de do Canadá. Estou seguro – até
este momento pelo menos – que o
problema não está unicamente em
ter mais ou menos dinheiro para
gerenciar os processos operacionais.
No nosso caso, acho que o problema
principal está principalmente em
nosso modelo de assistência à saúde,
que é equivocado, pois repete os
modelos intervencionistas e profun-
damente agregadores de novas e
caras tecnologias, sem se definir os
melhores controles de resultados,
buscando-se uma relação de efeti-
vidade com os gastos dispendidos.
Em recente trabalho publicado
pelo renomado médico canadense
Dr. Dennis Furlong, ex-ministro da
saúde do estado de New Brunswick
e presidente da associação medica
daquele estado, ele afirma que o
Sistema de Saúde Canadense está
atualmente em uma grande encru-
zilhada com custos crescendo três
vezes mais do que qualquer outro
programa de governo e os recursos
para isso sendo permanentemente
questionados por diversos segmen-
tos da sociedade que julgam que o
sistema de saúde daquele país pre-
cisa ser refeito com base no que os
canadenses necessitam e não aquilo
que eles querem.
Lá, da mesma forma que no Bra-
sil, discute-se o melhor controle dos
gastos com a saúde. Uma diferença
é que lá o sistema de saúde funciona
muito bem, e a outra é que o Canadá
é um país rico, e talvez essa seja uma
das razões da sua riqueza: eles não
admitem desperdício.
A questão principal que se dis-
cute é: Gestão. Boa governança
corporativa para os sistemas de
saúde do mundo e, no nosso caso
em particular, boa governança cor-
porativa com foco em RESULTADO.
No Brasil, vivemos uma encruzilhada
semelhante ao Canadá, com um
agravante, pois temos dois sistemas
de saúde paralelos: um privado e
outro público. Em comum o descon-
trole dos custos de ambos e o pouco
foco em resultados.
Estive pensando recentemente
ao andar pelas ruas de Teresópolis,
belíssima cidade serrana do Rio de
Janeiro, que, nos últimos 20 anos,
aquela pitoresca cidade apresentou
uma mudança muito curiosa em re-
lação a oferta de lojas comerciais. No
passado, Teresópolis era conhecida
como a cidade das padarias. Prati-
camente em cada esquina de suas
ruas, existia uma pequena padaria
com pães formidáveis e que nos agu-
çavam a gula e o prazer por aquele
consumo. Hoje, muitas daquelas
antigas padarias se transformaram
em farmácias, e não existe uma rua
sequer no centro da cidade que não
tenha pelos menos cinco farmácias.
É incrível o crescimento do número
de farmácias em Teresópolis. Quan-
do esse fato me chamou atenção,
observei que no Rio de Janeiro e em
São Paulo ocorreu o mesmo fenô-
meno. Em meu bairro, na pequena
Niterói, onde vivi a minha infância,
existia somente uma única farmácia
e eu conhecia o dono pelo seu nome.
Hoje, em qualquer bairro do Rio ou
de São Paulo, ou de qualquer outra
Estamos vivendoum dilemana saúde
“Assim é se lhe parece”.Luiggi Pirandello
Junho 2005 9
cidade brasileira, o comércio que
mais floresceu nos últimos anos foi o
relacionado à indústria farmacêutica,
e essas farmácias se transformaram
em verdadeiros shoppings de pro-
dutos os mais variados, com ênfase
obviamente nas drogas relacionadas
ao envelhecimento que tem sido
destaque nas manchetes das princi-
pais revistas brasileiras nos últimos
cinco anos.
Aí está o grande problema que
estamos vivendo. A medicalização de
nossa sociedade desde o nascimento
até a morte e o uso abusivo de tudo
que está relacionado à saúde; e,
independentemente de sua eficácia,
esses produtos e serviços tem sido
utilizados sem qualquer controle e
bom senso. Assim como as farmá-
cias cresceram de forma abusiva
e descontrolada, todos os demais
segmentos sistemas relacionados
ao atendimento à saúde sofreram o
mesmo desvio e seguramente isso
pode interessar a muitos, mas não
interessa à maioria esmagadora de
nossa população.
Isso leva-nos a pensar que algu-
ma coisa está errada em nosso siste-
ma de saúde. Um sistema de saúde
acessível à toda população pela via
pública e/ou privada, disponível para
todos, portável e a medida do possí-
vel universal é obviamente o desejo
de todos, mas essas bases estruturais
para o bom funcionamento do sis-
tema obriga-nos necessariamente a
criar um tripé de sustentação funcio-
nal sistema formado por: prestadores
de serviços, pagadores dos serviços e
pacientes. Para esse tripé funcionar e
ser eficiente precisa estar realmente
conectado em todas as suas vias.
Somente, com a implantação de um
sistema de conectividade eficiente
seremos capazes de vencer essa
gigantesca dificuldade de melhor
controlarmos os custos, gastos,
desperdícios e obviamente geren-
ciarmos os melhores resultados.
Então, estou cada dia mais con-
vencido que a primeira questão a ser
profundamente discutida por nós é
o modelo de gestão do sistema de
saúde brasileiro.
Se optarmos por uma mudança
de modelo gerencial, focado em RE-
SULTADOS quem faria a gestão desse
hipotético novo modelo? O modelo
atual, híbidro e com gestão pública
e privada se misturando em vários
pontos tem se mostrado incapaz de
vencer as dificuldades operacionais e
até agora tem gerado imensos con-
flitos entre as partes envolvidas, pela
própria velocidade com que cada um
independentemente estabelece para
seu ritmo, e portanto tem tudo para
dar errado - como aliás tem dado
até agora -, e como aparentemente
ninguém quer abrir mão desse poder
Josier Marques VilarMédico - Vice-presidente da ABEMid - diretor do SiN-
diHRiO - Sindicato dos Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro
(falso) que a atual gestão proporcio-
na, estamos diante de um grande
impasse, perfeitamente aplicável ao
pensador Pirandello, pois no final
das contas todos querem mudanças,
mas ninguém quer mudar.
Para vencer esse dilema, acho
que o primeiro passo deveria ser
o governo sair integralmente do
gerenciamento operacional dos
serviços de saúde, ficando com a res-
ponsabilidade da regulamentação e
do financiamento de todo o sistema
através do imposto do contribuinte,
cabendo ao setor privado ficar com
o GERENCIAMENTO e PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS.
Caberia ao governo cobrar sis-
tematicamente através dos seus or-
ganismos operacionais que incluem
a agencia nacional de saúde, que o
setor privado trabalhasse com ob-
jetivos bem definidos e resultados
mensuráveis, em TODOS os níveis
de atenção à saúde.
Foco em RESULTADOS – essa
provavelmente seria uma saída.
A nossa dificuldade está em que
nem o governo está preparado para
cobrar resultados nem o setor priva-
do está ainda totalmente organizado
para oferecer isso regularmente.
Esse é o nosso desafio. Esse é o
nosso dilema. Essa é a nossa apa-
rente saída.
O mundo inteiro está repen-
sando seus modelos e tentando
encontrar a melhor solução. So-
mente nós, com boa vontade e
desprendimento seremos capazes
de definir as melhores políticas
para nossa realidade.
Naassistência domiciliária, as úlceras de pressão são vilões bem conhecidos pelos pro-
fissionais de saúde, pois trazem consigo aumento significativo da morbidade, mortalidade e dos custos de tratamento. Segundo a revisão de Smith (1995), 17% a 35% dos pa-cientes já apresentam lesões no mo-mento da admissão no Home Care, e a prevalência das úlceras entre os pacientes sob assistência domiciliária varia entre 7 e 23%1. Outro aspecto notório é a necessidade da atuação da equipe multiprofissional para o sucesso na prevenção e tratamento das úlceras de pressão.
A reconhecida etiologia multifa-torial das úlceras não permite que
Suplemento Nutricional Especializado - a arma estratégica na batalhacontra as úlceras de pressão
apenas a pressão excessiva sobre a pele seja apontada como fator desencadeante das lesões. A des-nutrição está claramente envolvida neste processo2. De acordo com a revisão feita pelo ASPEN (2003), são vários os aspectos nutricionais asso-ciados com o aumento do risco de desenvolvimento de úlceras: redução do IMC, baixo peso, redução na capacidade de alimentar-se sozinho, redução na ingestão de alimentos, baixa ingestão de proteínas, hipoal-buminemia e redução na contagem total de linfócitos3.
O EPUAP, Grupo Europeu Con-sultivo sobre Úlceras de Pressão, desenvolveu recentemente um guia nutricional para a prevenção e tra-
tamento das úlceras de pressão. As recomendações mínimas do EPUAP envolvem a avaliação do estado nu-tricional com acompanhamento do peso, avaliação da pele e documen-tação da ingestão de alimentos e líquidos do paciente. O uso de suple-mentos nutricionais que permitam atender às necessidades específicas destes indivíduos é incentivado, as-sim como procedimentos adicionais na avaliação nutricional.
A experiência clínica com o uso de suplementos nutricionais especia-lizados no tratamento das úlceras de pressão tem colhido bons frutos. As pesquisas mostram resultados pro-missores, que ressaltam o importante papel da Nutrição na abordagem
nuTR
IçãO
nuTR
IçãO
multidisciplinar.
Benati e colaboradores (2001),
acompanharam 36 pacientes com
comprometimento cognitivo severo
e úlceras de pressão. Eles foram
divididos aleatoriamente em três
grupos, sendo que o A recebeu a
dieta normal do hospital, B a dieta
e um suplemento hiperprotéico e o
grupo C recebeu a dieta e um suple-
mento hiperprotéico, com arginina e
maior aporte zinco e antioxidantes.
Os resultados mostraram que os
pacientes do grupo C que usaram a
suplementação especializada, tive-
ram a cicatrização mais rápida que
os demais grupos4.
Na recente publicação de Frías
Soriano e colaboradores (2004),
39 pacientes com úlceras graus III
e IV foram admitidos num estudo
aberto para a avaliação da eficácia
de um suplemento nutricional rico
em proteínas, arginina, vitamina C
e zinco. Os pacientes receberam o
suplemento diariamente por três se-
manas, e as úlceras foram avaliadas
semanalmente. Ao final deste perí-
odo, houve uma redução média de
29% na área das úlceras (p<0,001),
ou seja, a cada dois dias havia a redu-
ção média de 1cm2 nas lesões. Além
disso, o montante de exudato e de
tecido necrótico também mostraram
redução significativa5.
A batalha contra as úlceras de
pressão só pode ser vencida se as
estratégias certas forem aplicadas. O
trabalho da equipe multiprofissional
é o ponto central desta estratégia.
Dessa forma, é possível reunir os cui-
dados de enfermagem com curativos
e técnicas para alívio da pressão, as
intervenções médicas com destaque
aos procedimentos cirúrgicos, e fi-
nalmente, a terapia nutricional. Hoje,
os nutricionistas podem contar com suplementos e dietas enterais espe-cíficos e de eficácia comprovada, capazes de derrotar os inimigos: a desnutrição e as úlceras de pressão.
Referências Bibliográficas
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Telma Theodoro de SouzaNutricionista e Assessora Científica da
Support Produtos Nutricionais Ltda
junho 2005 14
Setor público responsável pelo controle da prestação de serviços, que direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, conforme determina a Lei 8080/90, e, também pelo controle de
bens de consumo, compreendidas todas as etapas e processos da produção ao consumo, neste mesmo âmbito, a Vigilância Sanitária promove um “conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde”.
Farmacêutico, atuando há 20 anos como fiscal
da Vigilância Sanitária, Ubimar Velasco, 43 anos,
fala sobre a atuação desse setor junto ao segmento de
Internação Domiciliar. Inicialmente, Ubimar esclarece,
mais particularmente, qual é a área de atuação de
fiscalização da Vigilância Sanitária.
– A Vigilância Sanitária é responsável pela fiscali-
zação de alimentos e estabelecimentos – os chama-
dos estabelecimentos de interesse à saúde. – Quais
A fiscalização e as empresas de Home Care
seriam esses estabelecimentos? farmácias, drogarias,
farmácias com manipulação – independente de serem
homeopáticas ou não, as distribuidoras de medica-
mentos e de reposição, além de restaurantes, bares,
supermercado, abatedouros, etc.
Apoiado num roteiro de inspeção, o fiscal da Vigi-
lância Sanitária vistoria cada estabelecimento segundo
sua especialidade. Como, num primeiro momento, os
estabelecimentos prestadores de serviços de Internação
Domiciliar são considerados, para efeito de fiscalização,
como “farmácias”, Ubimar explica qual a origem desse
enquadramento e como é procedida a vistoria.
– O primeiro passo da fiscalização é verificar a
apresentação. Enquanto funcionários do segmento
– lembramos que somos da área Municipal,– natural-
mente, solicitamos a documentação, pois existe uma
norma, uma legislação específica para a solicitação da
documentação. Na realidade, a Anvisa que é a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, que legisla sobre o
segmento, não tem uma legislação específica para o
setor de home care, ainda. Parece que existem algumas
publicações que estão em andamento. O trabalho é
permitido com um apanhado de leis, e essas leis vão
ao encontro das nossas necessidades. Encontramos
aí, justamente, o que o home care faz. O quê o home
“A internação domiciliar é uma
tendência”, afirma Velasco
da redação
entrevista
Junho 2005 15
care faz? Trabalha especificamente com cuidados domi-
ciliares, utilização de medicamentos e correlatos; e é em
cima desse tipo de produto, que nós fazemos o controle.
Então, o controle é baseado em legislações que regem a
utilização de medicamentos e produtos farmacêuticos, e
também a atividade farmacêutica dentro deste segmen-
to. Em cima disso que nosso trabalho é feito.
No entender da Vigilância Sanitária, qual é o conceito que ela tem de home care? Ou para ficar mais claro, como ela entende a internação domiciliar?
– Posso colocar de uma forma pessoal, mas dentro
do ponto de vista profissional. Como eu vejo, profissio-
nalmente, mas não posso fazer uma grande ilustração
diferente da geral. dá para ter uma idéia de que comun-
gamos com o conceito de home care. Como nós enten-
demos? Vemos como um estabelecimento de interesse
para a saúde. Além de prestar serviço domiciliar, como o
próprio nome sugere, pelo que vimos, podemos tratar a
home care como uma farmácia, isso não quer dizer que
estou menosprezando ou diminuindo a construção do
trabalho e a capacidade profissional do segmento, não
é isso. Pelo fato de não haver uma legislação específica
para isso, nós vamos em cima do serviço que o seg-
mento oferece. Qual o serviço que mais aparece dentro
do trabalho da Internação domiciliar? A utilização de
medicamentos específicos para pacientes terminais – os
controlados como a morfina –, produtos como nutrições
parenterais e enterais, oncológicos, que são tratamentos
de extrema importância. Uma das coisas que nós faze-
mos é controlar a oscilação, o descarte desses produtos,
desde os dejetos do paciente até o descarte da embala-
gem. A Anvisa preconiza isso. Esse produto é aplicado
lá (no domicílio do paciente) e a embalagem vem até a
empresa de Assistência domiciliar (home care), que faz
o descarte final. É mais ou menos esse o trabalho que
é feito e é dessa forma que agimos neste segmento.
DOCumENtAçãO E INSpEçãO ESpECífICA
Ubimar Velasco explica quais são as exigências básicas
da Vigilância Sanitária para reconhecer uma empresa de
atendimento domiciliar.
– Bom, o primeiro passo é a questão documental.
Primeiramente, existe o requerimento padronizado que
é dado pela Prefeitura, lembrando que esse tipo de es-
tabelecimento é fiscalizado pela vigilância municipal. A
vigilância estadual atua no Estado e a federal também.
O requerimento é preenchido com os dados da empre-
sa, responsável técnico (e aí anexamos uma procuração
se for necessário), a cópia da carteira funcional desse
responsável técnico, porque obviamente deverá ser um
farmacêutico, a taxa de anuidade (do Conselho Regional
de farmácia), o contrato de trabalho e o documento da
titularidade dos proprietários, ou seja contrato social. Se
tiver estoque, o estabelecimento precisa ter local para
armazenamento dos produtos e deverá apresentar a
planta da área, que será vistoriada pela Vigilância no
setor de engenharia.
Para uma estrutura de média complexidade, como
os estabelecimentos de home care, a planta arquitetô-
nica tem que estar adequada às normas chamadas RdC
50, que é quem investiga toda essa parte de estruturas
sanitárias, que, além de toda a documentação básica
(contrato social, CNPJ), requer ainda a relação de me-
dicamentos e os produtos a serem utilizados, relação
dos funcionários, quais são os técnicos envolvidos, no
caso seriam os farmacêuticos, enfermeiras, talvez algum
auxiliar de enfermagem, e também alguns contratos au-
xiliares. São os contratos que vão garantir a manutenção
e boa qualidade dos serviços do setor de home care,
como, por exemplo, desratização, dedetização, contrato
de análise de água, caso seja feita alguma manipulação,
contrato de descarte de produtos (no caso, injetáveis,
seringas, os garrotes, os gelcos... Tudo isso tem um des-
carte apropriado). E o estabelecimento de home care tem
que provar que existe uma coleta seletiva, um contrato
com essa empresa, para que a empresa possa descartar
os rejeitos da casa do paciente.
”As empresas de internação domi-ciliar são conside-
radas farmácias, para efeito de
fiscalização”
junho 2005 16
Sobre o alcance da fiscalização, perguntamos
quando cessa a atuação da Vigilância Sanitária:
se no estabelecimento de home care ou cessa
com a Internação Domiciliar do paciente?
– Na realidade não cessa, por causa da própria de-
terminação de uma lei do SUS, a 8080, que é de 1999.
A lei é clara no artigo 19, item 1: “o acompanhamento
do paciente domiciliar, não somente pela questão mu-
nicipal (inclusive foi essa lei que deu condições de fazer
esse tipo de avaliação), é passível de acompanhamento
fiscal – no caso do interesse sanitário – do começo
até o final”. Por isso fazemos o quê? Nós fazemos o
acompanhamento da formação da empresa, desde a
abertura, montagem e concretização da empresa até o
descarte final das embalagens. Baseado nisso, pode-se
deduzir que acompanhamos todo o processo.
Isto é, a Vigilância Sanitária vai até a casa do
paciente fiscalizar?
– Não! A legislação não garante isso. Entretanto,
não seria impossível – desde que fosse feita por solici-
tação de outra instância. Não há um mecanismo para
justificar isso. Não é usual, mas numa situação especial,
por exemplo, que haja uma denúncia talvez tenhamos
acesso à casa do paciente. Podemos coletar o material
e até verificar o acompanhamento e o atendimento da
própria empresa, pelo fato da Vigilância Sanitária ter
uma equipe multidisciplinar. Nós temos farmacêuticos,
médicos, veterinários, psicólogos, químicos, biólogos,
nutricionistas, entre outros, e podemos verificar se
aquela situação está sendo tratada corretamente.
Se a home care é encarada como uma farmácia,
mas presta serviço de internação domiciliar,
essa fiscalização equivale a que é feita num
hospital comum, por exemplo?
– Seria o mesmo padrão, embora a fiscalização
hospitalar seja feita por uma outra instância que é a
Secretaria Estadual de Saúde. Nós até podemos checar
por uma questão de denúncia ou solicitação do próprio
estabelecimento, dar uma entrada lá para verificar uma
medicação alterada, que seja comunicada a nós pelo
Estado. Se for feito um comunicado do Estado pra nós.
A denúncia pode vir direto a nós, também, mas só o
Estado pode solicitar a inspeção.
Ainda não existe uma regulamentação definiti-
va para a internação domiciliar. No entendimen-
to da Vigilância Sanitária o que está faltando, o
que ela recomendaria para as empresas abrevia-
rem esta solução?
– Seria interessante que os profissionais ou os pro-
prietários – os responsáveis técnicos que são médicos,
enfermeiros, farmacêuticos, enfim profissionais envolvi-
dos nesse tipo de trabalho, profissionais de saúde,– se
reunissem para fazer uma avaliação das necessidades
reais deles, que fizessem um
Estudo Legal, pois leis existem!
Seria até interessante ter uma
consultoria jurídica, para apre-
sentar o segmento, os serviços
feitos por este segmento e tentar
tirar da legislação, onde eles se
enquadram, fazer um dossiê e
encaminhá-lo para a Anvisa a
título de sugestão. Eles estão
abertos para isso.
Como a Vigilância Sanitária
vê a internação domiciliar
no atual contexto social e
da saúde? para ubimar, os
benefícios são evidentes.
ele responde com total
convicção.
– A liberação de leitos hos-
pitalares, o quê é bem interessante. Obviamente, é
sabido que o atendimento hospitalar é muito caro.
Infelizmente não atinge a questão social, mas não é
a tônica. É um atendimento caro! Com os planos de
saúde envolvidos neste contexto, – aqui no Brasil,– a
relação com o dinheiro ainda é muito questionável. É
uma relação muito ruim. Então, posso dizer às pessoas,
não só em termos de legislação e Vigilância Sanitária, e
de estrutura municipal, que além da liberação de leitos
para que aqueles mais carentes possam ter acesso,
tem o conforto do próprio paciente, que é a questão
de saúde.
A Vigilância Sanitária enquanto entidade não
contempla somente a questão estrutural, a questão
técnica. Nós contemplamos a questão do paciente
entrevista
Junho 2005 17
como um todo. Psicologicamente, isso é muito bom! O
paciente em casa tem uma resposta muito melhor que
no hospital. Estou falando como sanitarista, a minha
pouca experiência nesses 20 anos de formado, me
garante que o tratamento domiciliar é muito eficiente.
A internação domiciliar é uma tendência. Uma prova é
que as empresas eram desse “tamanhinho” e agora são
grandes. Então, a demanda está sendo aceita. O tipo
está sendo aceito. Se pode ver que essas empresas já tem
nome. Elas vão se multiplicando em outras empresas,
como forma de gerar empregos.
Acredito que essa tendência seja
por causa de todas as coisas que
nós colocamos aqui.
CERtIfICADO é gARANtIA DE
QuE A EmpRESA é CONfIáVEl
Como é que as empresas
de home care podem ser
cadastradas pela Anvisa?
– Existe na verdade um licen-
ciamento inicial de funcionamento
que é dado pela vigilância munici-
pal, que corresponde a um alvará
sanitário que é o termo erronea-
mente utilizado pelos contadores.
Até ontem, não havia uma legisla-
ção que obrigasse essa notificação
para Brasília. fiquei quinze dias em
Brasília, em treinamento, por isso eu falo com muita
propriedade, eu os vi recebendo os processos e docu-
mentação de regulamentação de home care e serem
devolvidos. Acho que a coisa vai funcionar oficialmente
em nível municipal... o que acho é satisfatório. Na
realidade, a Anvisa não vai fiscalizar as empresas. O
Estado só fiscaliza em situações especiais. É claro que
isso é uma atividade que vai ficar sob a fiscalização do
Município. É uma situação um pouco delicada porque,
o segmento home care acaba se tornando uma em-
presa que não só oferece a medicação, mas também
um serviço multidisciplinar. Então, tem ainda o lado
social, o que é legal. Tem uma coisa importantíssima,
sem o licenciamento nenhuma empresa que fornece
medicamento, não vende àquela que não tiver licença
farmacêutica. Então, o segmento é obrigado a se en-
quadrar de forma correta para ter garantia do serviço.
A regulamentação, em caráter nacional, foi deixa-
da em segundo plano, com a certificação?
– Não, não. O certificado é dado mediante a verifica-
ção do roteiro de inspeção específico para este tipo de
estabelecimento. Em nível nacional não, mas municipal
sim! Nós temos respaldo para isso. A lei 8080, regula-
menta desde 1999 (foi atualizada agora em 2005)...
o problema é que pela dificuldade, acredito eu, dos
proprietários, do pequeno número de empresas, a coi-
sa passava meio assim... Hoje, não! Hoje o número de
empresas é significativo, em função disso a Vigilância
Sanitária age no sentido de regulamentar.
Segundo Ubimar Velasco, se uma empresa de home
care abrir um núcleo num local, uma filial noutro, ela
deve ter nova certificação. “Com certeza. Todo o pro-
cedimento é como se fosse uma nova empresa, mesmo
que tenha o mesmo nome (tipo franchising), porque
é um outro estabelecimento, uma outra área, outro
dispensário”.
Ele também explica a importância do certificado
para as empresas de home care: “Um – o certificado é
a garantia de que a empresa está com responsável téc-
nico, está estruturalmente adequada, adquiri material de
fonte fidedigna, que é a garantia de tudo isso. E garante
a qualidade do serviço na casa do paciente”. Ubimar
alerta “sem isso, nós teremos o quê? Aquisição de me-
dicamentos de origem duvidosa. Conseqüentemente, os
efeitos só deus sabe quais seriam”.
Finalizando, Ubimar Velasco orienta sobre a re-
novação da licença de funcionamento, deve ser feita
anualmente. “A lei 5991, de 1963, diz o seguinte: até
o dia 30 de abril de cada ano, pois o ano fiscal sanitário
começa em 1º de maio, a empresa tem que apresentar
uma solicitação de revalidação da licença, que é válida
por um ano. Todo ano é obrigatório para todos os
estabelecimentos de saúde, exceto para profissionais
como médicos, dentistas, autônomos, essas pessoas
não precisam revalidar anualmente... Para agilizar esse
processo, virou o ano, já pode dar entrada da revalida-
ção... entrou com a revalidação mais cedo, mais rápida
será feita a inspeção”.
“Um certificado é a garantia de que a empresa é confiável...”
junho 2005 18
Ohome care consiste em uma internação domici- liar que envolve o cuidado individualizado e es- pecializado ao paciente. Existe a atenção de uma
equipe multidisciplinar a fim de atender as necessidades de uma doença, seja em fase aguda, crônica ou terminal.
Quando o paciente se encontra em home care po-demos repensar o fato de que há uma interrelação de sistemas: o familiar e o da equipe de saúde. Isto se torna relevante a medida em que a forma com que ambos sis-temas se tocam, influenciará no cuidado, e diretamente, na reabilitação do indivíduo.
Equipe de saúde e a família compreende a rede de apoio social em home care. Esta rede deve possibilitar que um clima de acolhimento e segurança se estabeleça e forneça condições à recuperação ou mesmo de fecha-mento aos pacientes internados.
É preciso que se atente para o fato de que a família, – que assiste e é responsável por este paciente que se encontra em home care, – necessita de cuidados a fim de enfrentar qualquer situação de crise, seja pela adap-tação, reabilitação, ou mesmo pela própria instabilidade do paciente.
Deve-se levar em consideração, fundamentalmente, o paciente. Ele deve indicar o que é necessário para que se permita um maior conforto e dignidade em sua internação em casa, ou seja, é preciso estar aberto aos limites e possibilidades do paciente.
Veja o esquema abaixo que foca a interrelação do paciente, com a rede de apoio social e a família:
Este complexo que se estabelece entre díade paciente-rede de apoio social varia simplesmente com a mudança de uma das variáveis.
Isto indica a necessidade da intervenção de uma área que pode penetrar uma melhor interação e continuidade da assistência integral: a psicologia.
O psicólogo dentro de uma perspectiva de uma equi-pe multidisciplinar pode atuar como um facilitador em home care. Sua atuação pode envolver desde permitir uma melhor adaptação do paciente ao momento do adoecer com perdas possíveis ou reais através da res-significação de sua vivência até ampliar a expressão do que é vivido na fase de crise, gerando transformações no enfrentamento.
De alguma forma, o psicólogo propicia que o pacien-te, a medida que revê medos, angústias, insegurança e sofrimentos, assuma uma atitude ativa no seu trata-mento. O paciente vai se tornando ator do seu próprio desenvolvimento e reabilitação, apropriando-se de seus desejos e necessidades; isto, segundo a Organização Mundial de Saúde (2003), é fundamental para a ade-rência ao tratamento em doenças crônicas1.
Assim, percebe-se que no acompanhamento psicoló-gico o paciente tem a possibilidade de atingir uma certa harmonia no que sente, pensa e age e as conexões entre o estado emocional, físico e espiritual tornam-se mais equilibradas.
É indicado que o psicólogo esteja também ao lado da família e da equipe de saúde, a fim de acompanhar como eles vêm auxiliando a reabilitação e oferecer o suporte emocional para manter a rede de suporte social estruturada.
Na realidade, a psicologia em home care indica uma atenção à humanização do cuidado que se estende des-de o paciente até a família e a equipe de saúde que o atende. É preciso que cada um dos pontos que compõe o sistema de home care, sejam cuidados e isto se torne catalisado de um processo de crescimento humano.
Kelly Faria SimõesPsicóloga responsável pelo Serviço de Psicologia da iNTENSiVE CARE, doutoranda em Psicologia na área de desenvolvimento Psicossocial, Mestre em Psicologia na área de
Tanatologia; Formação de Psicologia Clínica na abordagem Centrada na Pessoa, Professora da disciplina de Bioética na Pós-graduação de Psicologia Hospitalar na Universidade
Veiga de Almeida-RJ . E-mail: [email protected]
Um diferencial do atendimento domiciliar
Referências Bibliográficas
World Health Organization. Adehence to long-term therapies: evidence for action. Genebra. Who Library Cataloguing-in-Publication data, 2003.
PSIC
OLO
GIA
PSIC
OLO
GIA
Rede de apoio social
Família
equipe de saúde
paciente
estado Físico
estado espiRitual estado
emocional
Junho 2005 19
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junho 2005 20
Como conseqüência dos avanços
científicos e de uma prática mé
dica cada vez mais voltada para a
especialização, vivenciamos hoje uma
medicina institucionalizada, onde o
paciente não mais se encontra sob a
responsabilidade de um médico, mas
sim de uma equipe, geralmente vincu-
lada a um hospital. Por outro lado, o
próprio paciente procura a instituição
hospitalar e o médico especialista para
resolver questões de saúde, mesmo que
simples. Esse cenário é bastante comum,
principalmente nas grandes cidades. Fica
o paciente peregrinando em ambulató-
rios, farmácias, hospitais, laboratórios e
com as peças de um “quebra cabeça”
totalmente desorganizado. Sabe-se que
esta estrutura é pouco resolutiva a longo
prazo, ficando o tratamento do paciente
descontinuado, fragmentado e inefetivo.
O hospital deve ser otimizado, em recur-
so humanos e tecnológicos, para atender
aos pacientes com doença aguda, cirúr-
gica ou clínica, para procedimentos de
maior complexidade e caracteriza uma
situação de exceção do paciente.
Um movimento de retorno do Médico
de Família à visita domiciliar é reflexo dos
anseios dos indivíduos em buscar orien-
tações lineares e decisões simples. Este
profissional, que passa a ser elemento
integrador entre a doença, o paciente, a
família e a sociedade, deve estar voltado
para lidar com um universo novo, com
recursos mais limitados e utilizar toda a
dimensão científica e humana implícita
em sua profissão.
A visita médico-domiciliar traz de
volta o conceito de que a doença não
deve ser a preocupação do doente e
sim do médico, afinal ele foi acionado
para resolver uma situação nova. Esse
exercício é pouco abordado no currículo
médico das faculdades de Medicina,
onde o treinamento é restrito às ativi-
dades e atitudes dentro das instituições
hospitalares. Na casa do paciente não
basta fazer o atendimento; é necessário
além da competência técnica, atender
às expectativas e ter consciência profis-
sional das situações diversas que deverá
enfrentar.
Uma série de eventos passa a se
repetir e pode ser sistematizadas para
o atendimento médico domiciliar. Isso
não quer dizer que as condutas devam
ser despersonalizadas e automáticas.
Por exemplo, toda a visita médica deve
ser precedida de informações prévias
que o médico deve obter com a família,
no caso de chamado domiciliar, ou com
o médico internista hospitalar, no caso
de visita domiciliar pós-alta hospitalar.
Cuidar da pontualidade é o início de ad-
ministrar uma expectativa que foi gerada
pela família. A visita surpresa deve ser
evitada porque a família gosta de estar
presente. Deve-se levar em consideração
que todos, além do médico, têm ocupa-
ções, e sem dúvida a família sempre é
complacente uma vez que sabe que os
médicos têm várias atribuições. Outro
aspecto é a empatia e confiança. A ex-
pectativa de que o médico é a autoridade
no assunto deve ser sustentada, logo as
atitudes do médico visitador devem ter
forte base científica e serem precisas. O
médico deve ser simpático à família sem
perder a autoridade. É importante ouvir
mais do que falar. As explicações muito
acadêmicas sobre a doença devem ser
evitadas pois fogem à compreensão da
família e do paciente e aumentam sua
ansiedade. As respostas são simples e
respeitam os limites de compreensão
do paciente. Finalmente, as decisões
não devem ser divididas com a famí-
lia, elas são atitudes médicas. Deve-se
compartilhar e orientar como viabilizar
as decisões, por exemplo, como realizar
um exame laboratorial, uma vez que
este aspecto foge do escopo do médico.
O médico de família cria laços afetivos.
No entanto, é fundamental que exista
uma fronteira profissional. O excesso de
familiaridade pode levar ao insucesso da
atividade do médico de família, explican-
do o freqüente insucesso do médico em
orientar o tratamento de indivíduos de
sua própria família.
O atendimento médico domiciliar é
um cartão de visitas da prática de me-
dicina de família. É campo extenso de
aprendizado que soma aos conhecimen-
tos científicos a prática de administração
da autoridade conferida, da confiança
depositada e das expectativas do pacien-
te e da família.
Rosane GoldwasserMestre em Medicina intensiva pela UFRJ Coordenadora
da Residência Médica do Hospital Universitário Clemetino Fraga Filho da UFRJ
A postura do médico na visita domiciliar
Junho 2005 21
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RA R
ECO
MEn
DAD
ALI
TERA
TuRA
REC
OM
EnD
ADA • BCg: ao nascer (obrigatória no primeiro ano de
vida). • Dt (Dupla): reforço a partir dos 15 anos, com validade por 10 anos.
• Dtp ou tríplice: a partir dos 2 meses, com reforços até os 6 anos.
• febre Amarela: a partir dos 9 meses. (7 a10 dias depois, a pessoa pode apresentar febre,dores no corpo e dor de cabeça, que duram de 1 a 2 dias)
• gripe: anualmente, a partir dos 6 meses (seguindo orientação médica).
• Haemophilus: a partir dos 2 meses.
• Hepatite A: a partir de 1 ou 2 anos.
• Hepatite B: ao nascer, com reforços um mês depois e aos 6 meses.
• poliomelite: aos 2, 4, 6 e 18 meses, e entre 4 e 6 anos.
• Sarampo: aos 9 e 15 meses e entre 6 e 10 anos, junto com as vacinas de rubéola e caxumba (SCR ou MMR). Depois de 7 a 10 dias, a criança pode ter febre ou manifestações do tipo “saram-pinho”.
• Varicela: a partir de 1ano.
Reações possíveis: pode haver leve mal-estar, com um pouco de febre e dor no corpo, no local da aplicação, pode ocorrer vermelhidão.
CALEnDáRIO
DE VACInAçãO
CALEnDáRIO
DE VACInAçãO
Faça o auto-exame uma semana
após a menstruação, seguindo as
instruções abaixo. Após a menopausa,
examine as mamas no primeiro
dia do mês.
O auto-exame pode ser feito durante
o banho, diante do espelho, deitada, em
pé. Com a mão esquerda e os dedos
indicador e médio esticados, pressio-
ne suavemente a mama direita com
movimentos circulares que vão desde a
periferia até o mamilo. Usando a mão
esquerda, repita o movimento no seio
direito. Procure cuidadosamente por
alterações de tamanho, forma e contorno
em cada seio, observando a existência
de rugosidade, entradas ou mudanças
na textura da pele. Aperte os mamilos
suavemente procurando secreções.
Encontrando alterações de qual-
Auto examedas mamas
quer natureza, procure imediatamente
um médico. Pode ou não ser doença
maligna. Quanto mais cedo o CÂNCER
dE MAMA for detectado, maiores são
as chances de se alcançar a cura.
O AutO-EXAmE NãO SuBStI-
tuI OS EXAmES pERIóDICOS
QuE VOCÊ DEVE fAZER COm
SEu gINECOlOgIStA.
Uma alimentação com me-
nos gordura, colesterol e
calorias é aprimeira atitude
para se ter um coração sau-
dável
Faça suas refeições em local
agradável. Coma com calma
e mastigue bem os alimen-
tos.
O excesso de sal pode causar
o aumento da pressão arte-
rial, aumentando o risco de
doenças do coração.
Crie atividades de lazer quan-
do possível (2 a 3 vezes por
semana) e procure planejar
melhor a sua vida.
Faça atividade física se diver-
tindo.
Alimentação saudável - seu
coração agradece
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Curso Especialista em Home CareCampus Pompéia
Informações: 0800-178585
COOPERSAUd01/06 - 09h
Emergência Home Care 07/06 - 14h
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Noções de Enfermagemem Home Care
Informações: (11) 5585-9200
17 de junhoCiclo de Atualização 2005 - Dermatologia
Pé DiabéticoInformações: (11) 3721 9333
18 de junhoCiclo de Atualização 2005 - Cuidados
Intensivos Ventilação Mecânica InvasivaInformações: (11) 3721 9333
18 de junhoHorário: das 8h às 18h
Curso Teórico Prático de Eletrocardiograma para
Profissionais de Enfermagem
DIC
AS D
E SA
úDE
DIC
AS D
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OS
CuRS
OS Como está a sua relação com a
balança? Amigável ou vocês estão sempre em guerra? Tire a dúvida
fazendo o teste que mede o Índice de Massa Corpórea (iMC), da Organização Mundial de Saúde.Pegue sua altura e multiplique por ela mesma. Por exemplo, se você mede 1,60m, multiplique 1,60 por 1,60. Anote o resultado. Em seguida, pegue o seu peso e divida por este valor que você acabou de encontrar, feito com sua altura.Seguindo o exemplo, se você pesa 53kg, divida 53 por 2,56 (que é o resultado de 1,60m × 1,60). Com o resultado final em mãos, vamos consultar o iMC.Se o número que você obteveficou entre:
20 e 25, seu peso é ideal.
Se está acima de 25, está acima do peso
Se está acima de 30, Você já é
considerado
obeso.
Se está acima de 40, muita atenção: seu
nível de obesidade
é preocupante.
Informações: (11) 3884-5445 ou(11) 5575-4251 com Simone.
18 e 19 de junhoBasic Life Support
Com certificação americana pela National Safety Council
Informações: (11) 3721 9333
19 de JunhoCurso Preparatório para prova do Título de Especialista e Jornada em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Mate-
rial e Esterilização e-mail: [email protected]
www.sobecc.org.br
25 de JunhoCurso Teórico-prático Cuidados com Sondas,
Drenos e Catéteres para Profissionais de Enfermagem
Telefone: (11) 3884-5445 ou (11) 5575-4251 com Simone.Turma I: 30/06/05 a 03/07/05
Formação Profissional Vital BrasilAtendimento Domiciliar (Home Care)
p/ Técnico de EnfermagemAtendimento Domiciliar (Home Care)
p/ Auxiliar de EnfermagemDuração: 6 meses.
Períodos: Manhã, Tarde e Noite.Informações: (11) 3815 0832
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junho 2005 24