I. Relatório de Gestão - Início - APDLAssumir o papel de agente facilitador, integrador e...

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  • I. Relatório de Gestão

    0. Indicadores

    indicadoresSETORES Unidade 2014 2013

    Tráfego Portuário

    Escalas de Navios ao Porto nº 2 622 2 580

    Movimento de Contentores nº 417 044 391 928

    Movimento de Contentores TEU 666 680 626 195

    Total de Carga Movimentada 1000 ton 18 091 17 186

    Quota de Mercadorias no Mercado Nacional (Continente)      

    Carga Total % 21,9 21,7

    Carga Contentorizada % 23,9 25,6

    Outras Cargas % 20,9 19,9

    Pessoal      

    Trabalhadores (1) nº 200 208

           Trabalhadores Serviço de Reboque nº 35 35

    Taxa de Absentismo % 2,39 3,22

    Investimento      

    Capital Investido 1000 euros 29 369 24 390

    Fundos Próprios + Banco Europeu de Investimento 1000 euros 25 845 11 948

    Outros Fundos 1000 euros 3 524 12 442

    Finanças      

    Volume de Negócios (Prestação de Serviços) 1000 euros 46 903 47 653

    EBITDA 1000 euros 30 951 31 942

    Resultados Operacionais 1000 euros 14 330 14 293

    Resultados Líquidos 1000 euros 11 837 9 589

    Margem EBITDA (2) % 66,0 67,0

    Autonomia Financeira (3) - 0,78 0,77

    Rentabilidade dos Capitais Próprios (4) % 3,5 2,9

    (1) Inclui os trabalhadores afetos ao serviço de reboque

    (2) EBITDA / Volume de Negócios

    (3) Capital Próprio / Ativo Total

    (4) Resultados Líquidos / Capitais Próprios

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Este é o último relatório de atividades da APDL enquanto somente Administração dos Portos do Douro e Leixões, já

    que, com efeitos a 1 de janeiro de 2015 ocorreu a fusão por incorporação da APVC – Administração do Porto de Viana

    do Castelo na APDL, passando esta a designar-se APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do

    Castelo, S.A..

    O ano 2014, a nível nacional, apesar de ainda ter lugar numa conjuntura económico-financeira e social pouco favorável,

    volta a ser beneficiado pelo comportamento positivo das empresas portuguesas que investem e continuam a recorrer

    aos mercados externos para colocar os seus produtos e serviços.

    O setor portuário nacional em geral apresentou um contributo positivo para a economia portuguesa, com um

    crescimento do tráfego portuário nacional de 4,3% relativamente ao ano anterior, ultrapassando-se pela primeira vez o

    patamar dos 80 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas pelos portos nacionais. No segmento da carga

    contentorizada, esse crescimento é ainda mais significativo, permitindo aumentar a quota de Portugal no mercado

    ibérico de contentores (medidos em TEU) para 15%.

    O Porto de Leixões renovou o seu máximo histórico, com um movimento superior a 18 milhões de toneladas. O

    movimento de contentores ultrapassou a fasquia dos 650 mil TEU, reafirmando o Porto de Leixões como o primeiro

    porto nacional nos fluxos de importação e de exportação neste segmento de mercado.

    Durante o ano 2014, destacou-se em Leixões a evolução da carga Ro-Ro, com um movimento superior a 400 mil

    toneladas. Leixões é já o porto nacional que mais movimenta neste segmento de carga. Este desempenho positivo está

    associado ao serviço semanal entre Leixões e Roterdão promovido pela CLdN Cobelfret, que em meados do ano reforçou

    a oferta de capacidade. Trata-se de um promissor serviço de autoestrada do mar entre o Porto de Leixões e o porto de

    Roterdão. Os navios associados a este serviço são atualmente operados pelo TCL – Terminal de Contentores de Leixões,

    S.A. no Terminal Multiusos do Porto de Leixões.

    As exportações por Leixões, depois de terem crescido 34,7% em 2011 e mais 23,3% em 2012, mantiveram-se

    praticamente idênticas em 2013 e voltaram a crescer 6,7% em 2014, ultrapassando as 5,8 milhões de toneladas, o que

    traduz a importância do Porto de Leixões no seu hinterland, com uma oferta de serviços caracterizada por elevados

    níveis de performance, suportada em mais 50 transportadores marítimos e numa rede de ligações a portos de 180

    países diferentes.

    O desempenho económico e financeiro da APDL manteve-se elevado com um EBITDA de cerca de 31 milhões de euros e

    um Resultado Líquido superior a 11,8 milhões de euros.

    O investimento do ano foi superior a 29,38 milhões de euros e incidiu essencialmente nos dois grandes projetos em

    curso no Porto de Leixões: a Plataforma Multimodal Logística do Porto de Leixões e o Novo Terminal de Cruzeiros do

    Porto de Leixões, dois projetos de investimento que extravasam largamente as principais atividades tradicionais

    portuárias de movimentação dos navios e cargas, potenciando e integrando o seu desenvolvimento.

    Na sequência da orientação política do Governo, no ano 2014, deu-se início às renegociações dos contratos de

    concessão estabelecidos com o TCL – Terminal de Contentores de Leixões, SA e com o TCGL – Terminal de Carga Geral

    e de Granéis de Leixões, SA, dois importantes parceiros de negócio do Porto de Leixões, que muito têm contribuído para

    a eficiência e eficácia do Porto de Leixões nos respetivos segmentos de mercado, para o desenvolvimento do crescente

    espírito colaborativo ao nível da comunidade portuária de Leixões e para o desenvolvimento de projetos e atividades

    comuns.

    I. Relatório de Gestão

    1. Introdução

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Entre os projetos comuns, com envolvimento de stakeholders vários da cadeia logística das mercadorias que passam

    pelo Porto de Leixões e participação de entidades de I&D reconhecidas pelo Sistema Científico e Tecnológico Nacional,

    destacamos os avanços promovidos no âmbito do projeto WiderMoS – Wide Interoperability and new governance

    moDels for freight Exchange linking Regions through Multimodal maritime based cOrridorS, com apoio do Programa das

    RTE-T, no âmbito do Programa para as Autoestradas do Mar, no sentido da criação de uma JUL – Janela Única

    Logística.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • A prossecução da estratégia de desenvolvimento da APDL continua comprometida com a sua Missão, Visão, Valores e

    Objetivos Estratégicos, a seguir apresentados:

    Missão:

    Prestar serviços de reconhecido valor para os utilizadores do Porto de Leixões, através de uma adequada oferta de

    infraestruturas, de uma elevada eficiência operacional, de recursos humanos qualificados e motivados, de uma prática

    de sustentabilidade e de segurança, ordenando e desenvolvendo o espaço portuário, assegurando a adequada

    integração urbana e envolvendo a comunidade portuária de Leixões.

    Visão:

    Fazer do Porto de Leixões uma referência para os sistemas logísticos que utilizam a fachada atlântica da Península

    Ibérica.

    Valores:

    Ser líder do Porto de Leixões

    Assumir o papel de agente facilitador, integrador e dinamizador do negócio global do porto nas suas vertentes

    económica, ambiental e social, investindo na inovação e promovendo a ambição coletiva de atingir os melhores

    resultados.

    Orientação para o cliente e procura sistemática da excelência

    Auscultar as necessidades e expectativas dos clientes do porto e impulsionar a excelência na resposta aos requisitos

    dos clientes, colaboradores, acionistas, fornecedores e coletividade envolvente.

    Ética, lealdade e orgulho de pertença à APDL

    Atuar com padrões de respeito, integridade, honestidade e transparência nas relações dos colaboradores com os

    interlocutores mais diretos e partes interessadas (stakeholders) no âmbito das suas funções, com um sentimento de

    orgulho em fazer parte da empresa.

    Motivação e reconhecimento do mérito dos colaboradores

    Fomentar e inspirar comportamento honesto e íntegro que motive a confiança dos colaboradores e reconheça o mérito

    e a realização profissional e pessoal dos colaboradores.

    Segurança, integração e sustentabilidade ambiental das operações

    Fazer cumprir as normas legais de segurança e ambientais e integrar o porto no seu espaço urbano, de forma a

    garantir o seu crescimento sustentável no futuro.

    Criação de valor e sustentabilidade financeira

    Criar valor para os utilizadores do porto, operadores portuários, empregados, comunidade envolvente e acionista e

    manter uma estrutura financeira equilibrada e autosuficiente.

    I. Relatório de Gestão

    2. Estratégia de desenvolvimento

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Exercício pleno de autoridade portuária orientado para o interesse público

    Zelar pelo cumprimento da legislação e a regulamentação em vigor, em especial as de responsabilidades de natureza

    fiscal, de concorrência, de proteção do consumidor, de proteção do trabalhador e do local de trabalho, de natureza

    ambiental e de segurança, tendo como orientação a procura das melhores soluções para o interesse público.

    Os Objetivos estratégicos que compõem o Mapa Estratégico 2014 constituem as áreas que APDL elegeu comodeterminantes e que merecem um maior acompanhamento e controlo:

    Criação de valor e sustentabilidade financeira

    Criar valor, crescer, diversificar o negócio e manter uma estrutura financeira equilibrada;

    Maximizar a eficiência e a rentabilidade no uso das infraestruturas;

    Aumentar os níveis de produtividade e reduzir custos unitários;

    Orientação para o cliente e para o mercado

    Satisfazer os utilizadores de infraestruturas e serviços;

    Conseguir uma maior proximidade com os clientes;

    Desenvolver as novas áreas de negócio: logística, cruzeiros e marinas;

    Aumentar a notoriedade e reforçar as relações institucionais ao nível internacional;

    Assegurar a adequada integração na comunidade e na Região;

    Competitividade portuária e logística

    Assegurar maior eficiência e controlo de custos nos processos críticos;

    Monitorizar e promover melhorias ambientais das operações nas concessões portuárias;

    Ser eficiente no modelo de gestão dominial;

    Melhorar a eficiência e a gestão do risco dos SI e alargar o âmbito da JUP;

    Ser excelente na oferta, na gestão, no desenvolvimento e na manutenção de infraestruturas e

    instalações;

    Sustentabilidade e envolvente

    Melhorar os níveis de qualidade ambiental;

    Desenvolver uma cultura e práticas de Sustentabilidade;

    Planear e desenvolver o espaço portuário;

    Aumentar os níveis de segurança;

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  • Desenvolvimento dos colaboradores

    Desenvolver os níveis de competências funcionais, de liderança e estratégicas;

    Aumentar os níveis de motivação, de liderança e de alinhamento organizacional;

    Adquirir novos saberes e procurar exemplos internacionais nas áreas chave do negócio.

    Com este posicionamento estratégico, a APDL procura responder aos interesses de todos os seus stakeholders, quer na

    vertente empresarial de criação de valor e rentabilização dos recursos, quer na defesa do interesse público dos

    utilizadores do porto e das populações vizinhas, quer na promoção da região pela participação em projetos de interesse

    económico e social.

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  • Em 2014 foram estabelecidos no Porto de Leixões novos máximos anuais na arqueação bruta dos navios, no total de

    mercadorias movimentadas e no movimento de contentores.

    O crescimento em GT dos navios que escalaram Leixões em 2014 foi significativo (acima de 11%), com um registo no ano

    de quase 32 milhões de GT, tendo o GT médio crescido quase 10%, colocando-se acima dos 12 mil GT por navio.

    Ao nível do movimento de mercadorias, o Porto de Leixões ultrapassou pela primeira vez as 18 milhões de toneladas e

    cresceu 5,3% relativamente ao ano de 2013. Os granéis líquidos registaram um movimento de 7,8 milhões de toneladas,

    em linha com o movimento verificado no ano anterior e todos os outros segmentos de mercado apresentaram

    crescimentos relativamente a 2013: movimentou-se 1 milhão de toneladas de carga geral fracionada, 2,3 milhões de

    toneladas de granéis sólidos, das quais cerca de 800 mil toneladas de agroalimentares, 400 mil toneladas de Ro-Ro e

    6,5 milhões de toneladas de carga contentorizada.

    Este ano, no dia 16 de dezembro, comemorou-se um novo recorde de movimentação de contentores em Leixões, desta

    vez os 650.000 TEU.

    O movimento do comércio externo de Leixões apresentou um crescimento relevante, com as exportações a superarem

    as 5,8 milhões de toneladas (+6,7%) e as importações as 9,1 milhões de toneladas (+8,6%).

    O sucesso que se reflete nestes números não pode ser dissociado da performance operacional dos principais

    concessionários com maior movimentação de cargas, nomeadamente o TCL – Terminal de Contentores de Leixões, o

    TCGL – Terminal de Carga Geral e Granéis de Leixões e a Petrogal – Petróleos de Portugal (GALP Energia), que têm

    contribuído de forma decisiva para os sucessivos recordes atingidos no movimento do porto.

    O movimento de passageiros em Leixões também esteve em alta com um movimento superior a 64 mil passageiros, que

    representa um crescimento de quase 40% relativamente a 2013.

    Na procura sistemática de aumentos de eficiência, com a Administração do Porto de Viana do Castelo, SA (APVC) detida

    a 100% pela Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA (APDL) e a partilhar o mesmo Conselho de

    Administração, durante o ano 2014 promoveram-se avanços significativos no processo de integração do Porto de Viana

    do Castelo, que culminaram na fusão por incorporação da APVC na APDL, passando a denominar-se APDL –

    Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A., com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015. Os

    avanços de integração verificaram-se essencialmente ao nível organizacional e de investimento, na harmonização dos

    sistemas de informação nos dois portos, perspetivando-se economias de custos e vantagens relativas decorrentes do

    desenvolvimento de sinergias e estratégias de complementaridade.

    O ano 2014 ficou marcado ainda pela assinatura do protocolo para a criação de um grupo de interesse para promover o

    Corredor Atlântico (Corredor Prioritário Europeu n.º 7, de que o Porto de Leixões faz parte) no âmbito da Península

    Ibérica nos troços Leixões-Aveiro-Castela e Leão. Na mesma linha orientativa, criaram-se as condições para a

    participação de Leixões na candidatura da Plataforma Intermodal de Salamanca ao CEF – Connecting Europe Facility,

    nas atividades de gestão e promoção, na sequência da parceria estabelecida com a Zaldesa, entidade que gere a

    Plataforma Logística de Salamanca, posicionando Leixões como uma relevante porta de entrada e saída das

    mercadorias com origem e destino na região espanhola de Castela-Leão.

    No ano 2014 intensificou-se a reflexão conjunta sobre a melhoria da intermodalidade ferroviária do Porto de Leixões, na

    sequência da participação da APDL no Conselho Consultivo do Corredor Ferroviário de Mercadorias nº. 4 (Corredor

    Atlântico), conforme Anexo do Regulamento UE nº 913/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho de 22 de setembro

    de 2010, que culminou na participação da REFER na candidatura da 2ª Fase das obras da Plataforma Multimodal

    Logística do Porto de Leixões ao CEF. O valor de investimento global elegível é superior a 54 milhões de euros, dos quais

    aproximadamente 1 milhão de euros se destina a estudos e projetos a realizar pela REFER para a criação do Terminal

    Ferroviário da Plataforma Logística de Leixões.

    I. Relatório de Gestão

    3. Ano 2014: Principais Acontecimentos

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • No desenvolvimento da Plataforma Multimodal Logística do Porto de Leixões, foi concluído em 2014 o armazém

    localizado nos lotes 10 e 11 do Pólo 2 da Plataforma Logística de Leixões, o qual entrou em exploração através de um

    grande operador logístico ibérico, a empresa Luís Simões.

    Depois dos acessos rodoviários à Plataforma terem sido comparticipados pelo POVT, no âmbito das candidaturas dos

    projetos Integração do Porto de Leixões nas Autoestradas do Mar (1ª. e 2ª. Fases) foram apresentadas e submetidas em

    candidatura ao CEF as obras de infraestruturação dos pólos 1 e 2, as obras de construção de armazéns modelares e

    integrais, as infraestruturas informáticas e os estudos necessários para a intermodalidade ferroviária.

    O investimento na área de negócio do turismo de cruzeiros também foi muito significativo em 2014 tendo ocorrido em

    dezembro a receção provisória da obra do Edifício do Novo Terminal de Cruzeiros de Leixões, edifício de elevado valor

    arquitetónico e inovadora multifuncionalidade, que para além de estação de passageiros também albergará, entre

    outras valências, o Centro de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto, o qual permitirá promover a I&D

    entre a Universidade e a Economia do Mar.

    No âmbito das infoestruturas de apoio ao negócio merecem destaque a participação da APDL no projeto WiderMoS –

    Wide Interoperability and new governance moDels for freight Exchange linking Regions through Multimodal maritime

    based cOrridorS e no projeto AnNa – Advanced National Networks for Administrations.

    Na área da I&D realça-se a participação da APDL em projetos em parceria com a FEUP – Faculdade de Engenharia da

    Universidade do Porto nomeadamente o NETMAR - Networked systems for situational awareness and intervention in

    maritime incidents, o NECSAVE -Network Enabled Cooperation System of Autonomous Vehicles e o NOPTILUS –

    Autonomous, Self-learning, Optimal and complete Underwater System.

    Em setembro celebrou-se pelo sexto ano consecutivo o “Dia do Porto de Leixões”, abrindo o porto à cidade e convidando

    toda a população a participar neste evento festivo, que contou com uma programação diversificada e com mais de 15

    mil visitantes.

    No âmbito das iniciativas de cooperação e consultadoria destaca-se também a organização de um curso em Gestão

    Portuária direcionado especificamente para as necessidades do Porto de Luanda.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • O ano 2014 caracterizou-se por uma recuperação moderada da atividade económica, continuando o país o seu processo

    de ajustamento gradual dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados.

    De acordo com as projeções do Boletim Económico de dezembro de 2014 do Banco de Portugal (BdP) o Produto Interno

    Bruto terá crescido 0,9%, beneficiando da recuperação do Consumo Privado (+2,2%), da Formação Bruta de Capital Fixo

    (+2,2%) e da continuação do bom desempenho das Exportações (+2,6%). A penalizar este desempenho positivo continua

    o Consumo Público que recuou 0,5%.

    Ao nível da procura externa, as exportações líquidas deverão registar uma redução em 2014, já que se estima que as

    importações tenham crescido 6,3%, fruto do comportamento positivo da FBCF, nomeadamente o investimento

    empresarial, cujos bens têm, em grande parte dos casos, origem externa. Esta situação dever-se-á, no entanto, inverter

    já nos anos de 2015 e 2016.

    Os preços mantiveram-se estáveis em 2014, com a inflação a registar uma variação de -0,1%, refletindo a evolução

    moderada da procura interna e a redução dos preços das importações, excluindo bens energéticos.

    A gradual recuperação da economia portuguesa deverá conhecer uma ligeira aceleração em 2015 e 2016, esperando-se

    que o PIB venha a crescer 1,5% e 1,6%, respetivamente, assente num crescimento robusto das exportações (+4,2% em

    2015 e +5,0% em 2016) e na recuperação da procura interna.

    Neste cenário de crescimento ainda ténue registado em 2014, o Porto de Leixões voltou a atingir um novo recorde de

    movimentação, ultrapassando as 18 milhões de toneladas, mais 5,3% do que o alcançado no ano anterior. Os segmentos

    de carga que mais decisivamente contribuíram para este aumento de tráfego face a 2013 foram o Ro-Ro (+442%), os

    Granéis Sólidos (+11%) e a Carga Contentorizada (+3%).

    Neste capítulo todos os dados estatísticos respeitantes aos restantes portos do Continente foram disponibilizados pelas

    respetivas autoridades portuárias e pelo Instituto de Mobilidade e Transportes.

    Por razões de arredondamento os totais dos quadros seguintes podem não corresponder à soma das parcelas

    indicadas.

    I. Relatório de Gestão 4. Atividade Portuária

    4.1. Enquadramento

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Em 2014 o número de navios que escalaram os portos do Douro e Leixões ascendeu a 2 622, representando um

    crescimento de 1,6% em relação ao ano anterior. A arqueação bruta (GT) registou um aumento 11,4%. Os dados do

    movimento de navios de 2014 confirmam a tendência registada nos últimos anos de crescimento da arqueação bruta.

    Relativamente ao número de navios a tendência de diminuição do tráfego é contrariada em 2014.

    O quadro seguinte mostra a evolução do tráfego de navios nos portos do continente, em número e em arqueação bruta,

    assim como a respetiva quota de mercado:

    I. Relatório de Gestão 4. Atividade Portuária

    4.2. Movimento de Navios

    navios entrados e arqueação bruta

    NACIONAIS 207 1 691 176 951 17,61% 77,80%

    ESTRANGEIROS 2 415 30 139 2 404 27 613 0,46% 9,15%

    TOTAL 2 622 31 829 2 580 28 564 1,63% 11,43%

    NAVIOS2014 2013 VAR. % 14/13

    N.º 1000 GT N.º 1000 GT N.º 1000 GT

    navios/escalas nos portos do continente

    LEIXÕES 2 622 25,01% 2 580 25,14% 1,63%

    AVEIRO 1 017 9,70% 866 8,44% 17,44%

    FIGUEIRA DA FOZ 534 5,09% 530 5,16% 0,75%

    LISBOA 2 713 25,88% 2 824 27,52% -3,93%

    SETÚBAL 1 414 13,49% 1 253 12,21% 12,85%

    SINES 2 003 19,10% 2 010 19,59% -0,35%

    VIANA DO CASTELO 182 1,74% 199 1,94% -8,54%

    TOTAL 10 485 100,00% 10 262 100,00% 2,17%

    PORTOS2014 2013

    VAR. % 14/13NAVIOS % NAVIOS %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • O movimento global de navios do conjunto dos portos do continente registou uma evolução positiva, tanto em número

    de navios como em arqueação bruta (GT).

    Em termos globais, escalaram os portos do continente 10 485 navios, representando um crescimento de 2,2%. Na

    arqueação bruta (GT) o crescimento foi de 5,3%, marcando uma evolução positiva, mas a uma taxa de crescimento

    bastante inferior à verificada no ano anterior.

    Os contributos mais significativos para o aumento do movimento de navios nos portos nacionais vieram de Aveiro,

    Setúbal e Leixões. Sines e Viana do Castelo, apesar de uma pequena diminuição no número de navios, registaram

    evolução positiva na arqueação bruta (GT). Lisboa registou uma evolução negativa tanto em número de navios como em

    arqueação bruta (GT).

    As alterações das quotas de mercado divergem consoante a análise é feita pelo número de navios ou pela arqueação

    bruta (GT). Pela evolução do número de navios apenas Aveiro e Setúbal conquistam quota. Pela análise da arqueação

    bruta (GT) verifica-se que apenas Lisboa perdeu peso no movimento global nacional (-2,8 p.p.). Entre os restantes que

    ganharam quota de mercado, destacam-se Leixões e Sines.

    O Porto de Leixões, escalado por mais 42 navios que no ano anterior, manteve praticamente inalterada a sua quota na

    análise por número de navios, obtendo 25,0%. Na avaliação por arqueação bruta (GT) Leixões registou o maior aumento

    de quota (+1 p.p.). Mantem-se como o segundo porto mais importante em número de navios e o terceiro em arqueação

    bruta (GT).

    arqueação bruta nos portos do continente

    LEIXÕES 31 829 18,42% 28 564 17,41% 11,43%

    AVEIRO 4 444 2,57% 3 576 2,18% 24,30%

    FIGUEIRA DA FOZ 1 754 1,02% 1 631 0,99% 7,54%

    LISBOA 47 026 27,22% 49 257 30,03% -4,53%

    SETÚBAL 16 657 9,64% 15 051 9,18% 10,67%

    SINES 70 234 40,65% 65 188 39,74% 7,74%

    VIANA DO CASTELO 815 0,47% 753 0,46% 8,17%

    TOTAL 172 760 100,00% 164 020 100,00% 5,33%

    PORTOS2014 2013

    VAR. % 14/131000 GT % 1000 GT %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • O Porto de Leixões obtém recordes sucessivos de movimento de mercadorias desde 2011. O novo máximo de carga

    obtido em 2014 atingiu o movimento de 18,1 milhões de toneladas. Representa um incremento 905 mil toneladas face ao

    movimento de 2013.

    O movimento de mercadorias nos portos do continente manteve a tendência de crescimento iniciada em 2009. Essa

    tendência acentuou-se nos últimos dois anos, permitindo que em 2014 se ultrapassasse pela primeira vez 80 milhões

    de toneladas de movimento. O crescimento registado foi de 4,27%, traduzindo um aumento 3,4 milhões de toneladas por

    comparação com ano anterior.

    À exceção dos portos de Lisboa e de Viana do Castelo todos restantes portos do continente tiveram evolução positiva.

    Os principais contribuintes para o aumento da carga nos portos do continente foram os portos de Sines, Setúbal e

    Leixões.

    Os portos de Setúbal (+14,97%) e Aveiro (+13,53%) registaram, em termos relativos, o crescimento mais acentuado.

    Lisboa e Viana do Castelo terminaram 2014 com evolução desfavorável, posicionando-se 1,46% e 7,90% abaixo do

    movimento de 2013.

    O Porto de Leixões aumentou em 5,27% o movimento de mercadorias, crescendo a uma taxa superior à do conjunto dos

    portos do continente. Este desempenho permitiu a Leixões um pequeno aumento de quota de mercado, posicionando-se

    em 21,9% (+0,2 p.p.).

    O Porto de Lisboa voltou a sofrer uma redução do seu peso relativo, desta vez acompanhado pelo Porto de Sines. O

    primeiro registou uma quebra de 0,8 p.p. para uma quota de 14,3%, enquanto Sines, que perdeu 0,6 p.p., continuou como

    o primeiro porto nacional com 45,4% do movimento total. Setúbal e Aveiro detêm 9,7% (+0,9 p.p.) e 5,4% (+0,4 p.p.),

    respetivamente. Os portos da Figueira da Foz e Viana do Castelo representam, neste contexto, 2,6% e 0,6% do total.

    I. Relatório de Gestão 4. Atividade Portuária

    4.3. Movimento de Mercadorias

      movimento de mercadorias nos portos do continente unid. 1000 ton

    LEIXÕES 18 091 17 186 5,27%

    AVEIRO 4 491 3 956 13,53%

    FIGUEIRA DA FOZ 2 160 2 120 1,90%

    LISBOA 11 854 12 030 -1,46%

    SETÚBAL 8 058 7 009 14,97%

    SINES 37 583 36 514 2,93%

    VIANA DO CASTELO 457 496 -7,90%

    TOTAL 82 695 79 311 4,27%

    PORTOS 2014 2013 VAR. % 14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Em termos globais, o movimento de mercadorias nos portos do continente totalizou 82,7 milhões de toneladas.

    O comércio internacional no Porto de Leixões aproximou-se das 15 milhões de toneladas em 2014, com uma evolução de

    +7,82% face ao ano anterior.

    O peso do tráfego internacional no movimento total do porto registou um crescimento de 2,0 p.p., fixando-se em 82,7%.

    Esta evolução é determinada por uma pequena diminuição no tráfego interno e pelo aumento superior a 1 milhão de

    toneladas no movimento relativo ao tráfego internacional.

    As importações e exportações apresentaram uma evolução semelhante, ainda que mais acentuada no caso das

    importações. Em 2014 as exportações registaram um crescimento de 6,68%, enquanto as importações aumentaram

    8,56%.

    Nos gráficos que se seguem apresenta-se a evolução dos tráfegos intra e extra comunitários no Porto de Leixões por

    tipo de carga:

    comércio externo do porto de leixões unid. 1000 ton

    IMPORTAÇÃO 9 118 8 400 8,56%

    EXPORTAÇÃO 5 834 5 469 6,68%

    TOTAL 14 953 13 869 7,82%

    2014 2013 VAR. % 14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Contrariamente à evolução do ano anterior, o peso dos mercados extracomunitários no total do tráfego internacional

    decresceu para 57,3%, cedendo 2 p.p. para os mercados intracomunitários. Estes viram a sua importância relativa subir

    de 40,7% em 2013 para 42,7% em 2014.

    Tanto o tráfego com os países da União Europeia como o com os países Extra-UE registaram crescimentos. O tráfego

    com os países da União Europeia (U.E.) cresceu para 6,4 milhões de toneladas, +13,1% em relação ao ano anterior. Por

    segmentos de carga verificou-se um crescimento excecional da carga Ro-Ro. À exceção da carga contentorizada, que

    sofreu um pequeno decréscimo, todos os restantes segmentos tiveram evoluções positivas significativas. A carga

    fracionada cresceu 18,1% e os granéis sólidos e líquidos tiveram uma evolução de +12,9% e +20,7%, respetivamente.

    O tráfego com países não pertencentes à U.E. somou 8,6 milhões de toneladas, crescendo 4,2% face a 2013. Os

    segmentos da carga Ro-Ro e granel líquido sofreram quebras de movimento de 67,7% e 3,8%. Os restantes segmentos

    tiveram evoluções positivas. A evolução da carga fracionada, da carga contentorizada e dos graneis sólidos foi +12,7%,

    +17,4% e 12,6%, respetivamente.

    De seguida, apresenta-se um quadro com os principais países de origem / destino das mercadorias movimentadas em

    Leixões:

    movimento de mercadorias unid. 1000 ton

    ANGOLA 2 337 3 350 -30,23%

    PAÍSES BAIXOS 2 240 1 799 24,53%

    ESPANHA 1 078 1 091 -1,18%

    REINO UNIDO 1 033 1 133 -8,84%

    EGITO 709 837 -15,34%

    BÉLGICA 658 514 28,08%

    NIGÉRIA 555 138 302,55%

    CONGO 519 46 1027,69%

    FRANÇA 503 518 -2,89%

    ARGÉLIA 419 355 18,13%

    MARROCOS 398 503 -20,88%

    CAMARÕES 379 541 -29,87%

    URUGUAI 363 242 49,80%

    BRASIL 354 314 12,89%

    ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 302 397 -24,09%

    TURQUIA 253 105 141,99%

    ARÁBIA SAUDITA 233 46 409,65%

    CHINA 169 167 1,17%

    CANADÁ 159 28 474,94%

    GIBRALTAR 157 123 28,07%

    ALEMANHA 156 111 40,48%

    IRLANDA 143 136 4,95%

    CABO VERDE 141 146 -3,77%

    CHILE 133 24 451,02%

    UCRÂNIA 108 173 -37,39%

    SUÉCIA 102 67 52,34%

    ITÁLIA 99 77 28,85%

    ROMÉNIA 88 6 1481,14%

    MALTA 81 3 2938,38%

    GRÉCIA 80 38 109,45%

    ORIGEM E DESTINO DO TRÁFEGO PORTUÁRIO 2014 2013VAR. %

    2014/2013

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Apesar da quebra significativa relativamente ao ano anterior, Angola manteve o primeiro lugar no ranking de países

    com maior movimento de mercadorias com origem e destino no Porto de Leixões.

    A evolução do tráfego de mercadorias com os portos de Angola registou um decréscimo de 30,23%. A quebra de

    movimento com Angola é quase totalmente devida à grande diminuição de importação de petróleo por Leixões. Em 2014

    a descarga de petróleo proveniente de Angola foi inferior à do ano anterior em mais de um milhão de toneladas. Esta

    diminuição provocou uma quebra de 45,36% nas descargas provenientes de portos de Angola.

    As cargas, por seu lado, tiveram uma evolução positiva de 7,99%, significando que Angola se mantém como um dos

    principais destinos das exportações realizadas através de Leixões.

    O movimento de mercadorias com origem ou destino nos Países Baixos totalizaram 2,2 milhões de toneladas, um valor

    próximo do de Angola. Neste caso a evolução do movimento foi muito favorável, crescendo 24,53%, por comparação ao

    ano anterior.

    No grupo dos países mais importantes a Espanha, o Reino Unido e o Egito registaram evoluções desfavoráveis,

    enquanto a Bélgica, a Nigéria e o Congo registaram um crescimento significativo. No caso do Egito, da Nigéria e do

    Congo as variações estão associadas a alterações da origem do petróleo importado.

    No ranking dos principais países destacam-se a subida de Espanha ao terceiro lugar por troca com o Reino Unido, da

    Bélgica ao sexto lugar, e da Nigéria e do Congo ao sétimo e oitavo lugares, respetivamente. A França perdeu dois

    lugares, sobressaindo também pela negativa Marrocos e Camarões com quebras de movimento de 20,88% e 29,87%,

    respetivamente.

    Entre os principais países de destino das mercadorias carregadas em Leixões os Países Baixos e Angola posicionaram-

    se no topo. Ambos receberam um pouco mais de um milhão de toneladas de carga e registaram uma evolução de

    +6,04% e de +7,99%, respetivamente. Nas posições seguintes ficaram o Reino Unido, a Argélia, Marrocos e a Bélgica

    com variações de -18,84%, +17,42%, -24,28% e +67,46%, respetivamente.

    Na análise da origem das mercadorias descarregadas em Leixões, Angola e Países Baixos foram também os países mais

    importantes. Apresentaram, no entanto, evoluções muito diferentes. O primeiro apresentou em 2014 uma quebra de

    45,36%, para 1,3 milhões de toneladas, enquanto o movimento dos Países Baixos totalizou 1,2 milhões de toneladas,

    crescendo 46,14%. Nas posições seguintes ficaram a Espanha, o Egito, o Reino Unido e os Camarões com variações de

    3,32%, -16,84%, 2,27% e -31%, respetivamente.

    O tráfego portuário entre Leixões e os restantes portos nacionais em 2014 registou um decréscimo de 5,39%, face ao

    ano anterior. As cargas para portos nacionais caíram quase 10% e totalizaram 1,6 milhões de toneladas. As descargas

    provenientes dos mesmos atingiram um total de 1,5 milhões de toneladas (-0,19%), semelhante ao do ano precedente.

    Por segmentos de carga registaram-se decréscimos de movimento em todos os segmentos, à exceção da carga geral

    fracionada. Os dois segmentos mais importantes no tráfego nacional, a carga contentorizada e os graneis líquidos,

    tiveram quebras de 9,24% e 2,25%, respetivamente.

    OUTROS 1 003 841 19,19%

    COMÉRCIO EXTERNO 14 953 13 869 7,82%

    CONTINENTE E REGIÕES AUTÓNOMAS 3 138 3 317 -5,39%

    TOTAL 18 091 17 186 5,27%

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Em 2014 o Porto de Leixões atingiu novo máximo na quantidade de mercadorias movimentadas. Ao máximo de 17,2

    milhões de toneladas movimentadas no ano anterior, Leixões somou um acréscimo de 905 mil toneladas.

    A tendência de crescimento da relevância da mercadoria carregada no total do tráfego foi interrompida em 2014,

    regressando aos 41% do total da carga. Perdeu 1 p.p. para a descarga, relativamente ao ano anterior.

    O movimento total atingiu as 18,1 milhões de toneladas, significando um crescimento de 5,27% face a 2013, tendo os

    movimentos à carga e à descarga crescido 2,6% e 7,2% respetivamente.

    Por setores operacionais, verificou-se crescimento de tráfego tanto nos Terminais Petroleiro e Oceânico como nos Cais

    Comerciais. No primeiro caso o crescimento foi pequeno (+0,29%) mas nos cais comerciais movimentaram-se mais 883

    mil toneladas, uma evolução de +9,36% no tráfego, face a 2013.

    O segmento dos granéis líquidos registou um movimento de 7,8 milhões de toneladas, praticamente igual ao do ano

    anterior. A evolução de todos os restantes segmentos foi positiva. A carga Ro-Ro teve um movimento superior a 400

    mil toneladas e um crescimento excecional de 442%. Foi o segmento que registou maior crescimento, mesmo em termos

    absolutos. A carga fracionada, o granel sólido e a carga contentorizada movimentaram mais 14,07%, 10,87% e 3,43% do

    que no ano anterior, respetivamente.

    Analisando o movimento de mercadorias por tipo de acondicionamento da carga verifica-se que, comparativamente com

    o ano anterior, a carga contentorizada diminuiu o seu peso relativo (-0,6 p.p.), passando a representar 36% da carga

    total. Os granéis líquidos continuam ser a carga mais relevante em Leixões com um peso relativo de 43,3% (-2,3 p.p.). O

    peso da carga fracionada posicionou-se nos 5,6% (+0,4 p.p.) e os graneis sólidos nos 12,8% (+0,6 p.p.). A carga Ro-Ro que

    tinha apenas um peso relativo de 0,4% subiu 1,8 p.p. e representa agora 2,3%.

    I. Relatório de Gestão 4. Atividade Portuária

    4.4. Movimento Global no Porto de Leixões

    repartição por setores operacionais unid. 1000 ton

    CAIS COMERCIAIS 10 317 9 434 9,36%

      CARGA GERAL FRACIONADA 1 021 895 14,07%

      CARGA CONTENTORIZADA 6 512 6 296 3,43%

      CARGA RO-RO 407 75 442,06%

      GRANÉIS SÓLIDOS 2 323 2 095 10,87%

      GRANÉIS LÍQUIDOS 53 72 -26,48%

    TERMINAIS PETROLEIRO E OCEÂNICO 7 774 7 752 0,29%

    TOTAL 18 091 17 186 5,27%

    SETORES 2014 2013VAR. %

    14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Carga Geral Fracionada

    De seguida apresenta-se a evolução das mercadorias mais relevantes em termos de movimentação no segmento de

    carga fracionada.

    Em 2014, o total da carga fracionada registou um movimento ligeiramente superior a um milhão de toneladas. O total da

    carga fracionada teve um acréscimo de 126 mil toneladas, significando uma evolução de +14,07%, face ao ano anterior.

    O ferro/aço n.d. que já era a mercadoria mais movimentada deste segmento foi a que teve maior crescimento absoluto,

    movimentando mais 88 mil toneladas que em 2013. Esta mercadoria representa 72% do movimento total. O movimento

    de ferro/aço (chapa, arco) cresceu 33 mil toneladas (+30,49%) e o movimento de Paralelepípedos cresceu 41,88%. As

    máquinas, aparelhos e suas partes registaram uma quebra de 41,75%.

    carga geral fracionada unid. 1000 ton

    FERRO/AÇO N. D. 738 651 13,46%

    FERRO/AÇO (CHAPA E ARCO) 142 109 30,49%

    PARALELEPÍPEDOS 65 46 41,88%

    MÁQUINAS, APARELHOS E SUAS PARTES 34 59 -41,75%

    PEDRAS DE GRANITO 24 16 45,74%

    AUTOMÓVEIS 6 7 -13,69%

    MADEIRA (BRUTO) 3 0 _

    MERCADORIAS DIVERSAS 10 8 20,73%

    TOTAL 1 021 895 14,07%

    MERCADORIAS 2014 2013VAR. %

    14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Carga Contentorizada

    Este segmento mantém uma elevada dependência de um número reduzido de mercadorias. O movimento de ferro/aço

    n.d. e ferro/aço (chapa, arco) soma 86,2% do movimento total, +1,4 p.p. que em 2013.

    No conjunto dos portos do continente o movimento deste tipo de carga registou um crescimento de quase 6%. Entre os

    principais portos deste segmento apenas a Figueira da Foz registou uma evolução negativa, perdendo um pouco mais

    de 2 p.p. de quota.

    Setúbal e Aveiro cresceram 10,28% e 9,62%, respetivamente. Leixões foi o porto que mais cresceu em termos relativos

    (+14,07%) reconquistando quase 1 p.p. de quota no segmento. Setúbal ultrapassou as 3 milhões de toneladas e mantém

    a liderança no movimento de carga fracionada.

    A carga movimentada em contentores no Porto de Leixões teve um acréscimo de 216 mil toneladas, mais 3,43%

    relativamente a 2013. O novo máximo neste segmento é agora de 6,5 milhões de toneladas. Este valor poderia ter sido

    superior, considerando o efeito de transferência de carga para o segmento Ro-Ro. De fato parte significativa da carga

    Ro-Ro foi movimentada em contentores.

    A análise por tipo de mercadorias na carga contentorizada mostra que a maior parte das principais mercadorias

    registaram crescimento. As que tiveram crescimento mais relevante foram o papel e cartão (+39 mil toneladas) e as

    bebidas, n.d. (+34 mil toneladas), crescendo 8,71% e 11,99%, respetivamente.

    As matérias plásticas (bruto e obra) e os produtos químicos foram, entre as dez mercadorias mais movimentadas, as

    únicas que tiveram evolução negativa de 6,23% (-22 mil toneladas) e 11,65% (-15 mil toneladas), respetivamente.

    carga geral fracionada nos portos do continente

    LEIXÕES 1 021 13,49% 895 12,53% 14,07%

    AVEIRO 1 733 22,89% 1 581 22,12% 9,62%

    FIGUEIRA DA FOZ 1 140 15,06% 1 240 17,34% -8,02%

    LISBOA 82 1,08% 96 1,34% -14,60%

    SETÚBAL 3 196 42,22% 2 898 40,55% 10,28%

    SINES 137 1,81% 154 2,15% -10,81%

    VIANA DO CASTELO 261 3,44% 284 3,98% -8,37%

    TOTAL 7 569 100,00% 7 147 100,00% 5,91%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Da análise da evolução dos portos do continente destaca-se o crescimento dos portos de Sines e de Setúbal. O

    movimento de Sines aproximou-se das 14,5 milhões de toneladas, crescendo 20,23% por comparação com 2013. O Porto

    de Setúbal registou um crescimento 64,96% e atingiu 1 milhão de toneladas de carga neste segmento. Lisboa, que havia

    recuperado algum movimento no ano anterior, voltou a sofrer uma quebra de 7,13%.

    O conjunto dos portos do continente movimentou 27,3 milhões de toneladas, mais 2,7 milhões que em 2013,

    representando um crescimento de 10,91%.

    Em 2014, verificaram-se alterações relevantes no que respeita às quotas no segmento. Sines obteve uma quota de

    53,11%, mais 4,1 p.p. que em 2013, enquanto Setúbal ganhou 1,2 p.p., atingindo uma quota de 3,8%. Lisboa foi o porto que

    mais perdeu, descendo 3,6 p.p. e fixando-se nos 18,59% de quota no segmento. Leixões, apesar de ter aumentado o

    movimento, teve uma evolução desfavorável, caindo de uma quota de 25,6% para 23,9% (-1,7 p.p.)

    carga geral contentorizada unid. 1000 ton

    PAPEL E CARTÃO 484 445 8,71%

    MATÉRIAS PLÁSTICAS (BRUTO E OBRA) 334 356 -6,23%

    BEBIDAS, N.D. 321 286 11,99%

    FIOS, TECIDOS E ARTIGOS TÊXTEIS 284 283 0,62%

    FERRO/AÇO N. D. 260 255 2,28%

    AZULEJOS, MOSAICOS E OUTROS 228 216 5,62%

    MÁQUINAS, APARELHOS E SUAS PARTES 200 186 7,68%

    PRODUTOS QUÍMICOS 110 125 -11,65%

    MADEIRA PRENSADA 96 93 2,83%

    FERRO/AÇO (CHAPA E ARCO) 91 75 20,45%

    VINHO COMUM 82 87 -5,74%

    ALUMÍNIO, COBRE, CHUMBO E OUTROS 77 80 -3,44%

    CORTIÇA (BRUTO E OBRA) 68 86 -20,53%

    MADEIRA SERRADA 66 63 5,15%

    BORRACHA NATURAL E SINTÉTICA (BRUTO) 59 60 -1,62%

    CHASSIS E PEÇAS PARA VEÍCULOS 52 46 12,88%

    ESTILHA 34 27 24,74%

    SAL 32 26 20,93%

    MADEIRA EM OBRA 29 30 -6,06%

    PARALELEPÍPEDOS 28 24 14,20%

    MERCADORIAS DIVERSAS 2 271 2 155 5,40%

    TARAS 1 306 1 292 1,10%

    TOTAL 6 512 6 296 3,43%

    MERCADORIAS 2014 2013VAR. %

    14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Roll-on/Roll-off

    Os portos de Leixões, Lisboa e Sines em conjunto somam 96% do movimento global dos portos do continente.

    O tráfego Roll-on/Roll-off ganhou relevância no Porto de Leixões em 2014, totalizando um movimento superior a 400

    mil toneladas. Por comparação ao ano anterior este tráfego registou um crescimento de 442%. O elevado crescimento

    deste tráfego resultou do serviço regular, iniciado no final do ano anterior, que operou pela primeira vez durante um ano

    completo.

    A generalidade das mercadorias movimentadas neste segmento registou taxas de crescimento muito elevadas. O novo

    serviço permitiu que várias mercadorias tradicionalmente movimentadas em contentores ganhassem importância neste

    tipo de tráfego.

    carga geral contentorizada nos portos do continente

    LEIXÕES 6 512 23,89% 6 296 25,62% 3,43%

    FIGUEIRA DA FOZ 166 0,61% 154 0,63% 7,55%

    LISBOA 5 066 18,59% 5 455 22,20% -7,13%

    SETÚBAL 1 035 3,80% 628 2,55% 64,96%

    SINES 14 474 53,11% 12 039 48,99% 20,23%

    VIANA DO CASTELO 1 0,00% 2 0,01% -70,89%

    TOTAL 27 254 100,00% 24 574 100,00% 10,91%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    tráfego roll-on/ roll-off unid. 1000 ton

    MATÉRIAS PLÁSTICAS (BRUTO E OBRA) 45 6 651,99%

    PRODUTOS QUÍMICOS 36 3 946,99%

    ALUMÍNIO, COBRE, CHUMBO E OUTROS 16 1 2011,71%

    CORTIÇA (BRUTO E OBRA) 13 3 386,71%

    FERRO/AÇO N. D. 11 3 233,21%

    MÁQUINAS, APARELHOS E SUAS PARTES 10 9 8,70%

    VINHO COMUM 9 2 364,82%

    AUTOMÓVEIS 7 8 -8,38%

    FIOS, TECIDOS E ARTIGOS TÊXTEIS 6 1 876,68%

    ESTILHA 5 0 1719,64%

    MERCADORIAS DIVERSAS 170 27 524,47%

    TARAS 79 12 544,86%

    TOTAL 407 75 442,06%

    MERCADORIAS 2014 2013VAR. %

    14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Granéis Sólidos

    Os outros dois portos continentais com tráfego Ro-Ro, Lisboa e Setúbal, registaram evoluções diversas. Lisboa teve

    uma diminuição de tráfego de 38,0%, caindo para as 12 mil toneladas. Setúbal, que era o maior porto neste tipo de

    carga, movimentou mais 37 mil toneladas, representando uma variação de +18,33%, relativamente ao anterior.

    O grande aumento de carga em Leixões proporcionou que o conjunto dos portos do continente registasse, neste

    segmento, um total de 656 mil toneladas, aumentando em 123% o movimento total de 2013.

    Leixões teve um movimento superior ao de Setúbal e tornou-se o porto mais importante neste segmento de carga.

    Atingiu uma quota de 62%, subindo 37 p.p.. Os portos de Lisboa e Setúbal perderam 4,83 p.p. e 31,85 p.p. de quota,

    respetivamente.

    O movimento de granéis sólidos no Porto de Leixões totalizou, em 2014, 2,3 milhões de toneladas, mais 227 mil

    toneladas que no ano anterior, correspondendo a um crescimento de 10,87%.

    tráfego roll-on/ roll-off nos portos do continente

    LEIXÕES 407 62,15% 75 25,47% 444,25%

    LISBOA 12 1,86% 20 6,69% -38,00%

    SETÚBAL 236 35,99% 199 67,84% 18,33%

    TOTAL 656 100,00% 294 100,00% 123,04%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    granéis sólidos unid. 1000 ton

    ESTILHA 585 366 59,83%

    TRIGO 431 446 -3,36%

    SUCATA 428 466 -8,22%

    MILHO 280 186 50,85%

    PARALELEPÍPEDOS 217 187 16,24%

    AÇÚCAR 94 157 -39,81%

    CIMENTO 40 63 -36,97%

    FORRAGENS 39 44 -10,95%

    SAL 16 19 -13,30%

    MINÉRIOS 5 9 -48,99%

    PEDRAS DE GRANITO 4 7 -35,19%

    SOJA E FARINHAS DE OLEAGINOSAS 3 26 -88,68%

    MERCADORIAS DIVERSAS 181 121 49,84%

    TOTAL 2 323 2 095 10,87%

    MERCADORIAS 2014 2013VAR. %

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  • Granéis Líquidos

    Em 2014 a estilha tornou-se a mercadoria mais importante, tendo-se movimentando mais 219 mil toneladas do que em

    2013 (+59,83%). Entre as mercadorias mais movimentadas também merecem destaque o milho com uma evolução de

    +50,85% (+94 mil toneladas) e os paralelepípedos que cresceram 16,24% (+30 mil toneladas). Pela negativa há que

    ressaltar a quebra de movimento do trigo (-3,36%), da sucata (-8,22%), do açúcar (-39,81%) e do cimento (-36,97%).

    No conjunto os portos do continente movimentaram mais 1,7 milhões de toneladas que no ano anterior. Viana do

    Castelo registou uma diminuição de movimento de 11,41%. Todos os restantes portos cresceram nos granéis sólidos.

    O movimento global registou um crescimento de 10,35%, totalizando 18,3 milhões de toneladas.

    Relativamente a variações de quotas de mercado regista-se a perda de 0,5 p.p. e 1,1 p.p. de Lisboa e Sines,

    respetivamente. Aveiro, Figueira da Foz e Setúbal melhoraram a sua quota em 0,9 p.p., 0,3 p.p. e 0,5 p.p., respetivamente.

    O Porto de Leixões manteve praticamente inalterado o seu peso, representando 12,69% do movimento total.

    No ano 2014 o movimento de granéis líquidos no Porto de Leixões totalizou 7,8 milhões de toneladas. Trata-se de um

    volume de carga praticamente igual ao do ano anterior. A diferença de movimento foi de apenas 3 mil toneladas,

    significando um crescimento de 0,04%.

    Tanto o Terminal Oceânico como o Terminal Petroleiro, tiveram desempenho positivo ainda que praticamente

    insignificante. No Terminal Oceânico registou-se um movimento próximo das 4 milhões de toneladas, com um

    crescimento de 0,1%, e nos postos do Terminal Petroleiro um movimento de 3,8 milhões de toneladas e um crescimento

    de 0,5%. Nos cais comerciais o movimento teve uma descida de 19 mil toneladas que significou uma evolução de

    -26,48%.

    granéis sólidos nos portos do continente

    LEIXÕES 2 323 12,69% 2 095 12,64% 10,87%

    AVEIRO 1 634 8,93% 1 333 8,04% 22,62%

    FIGUEIRA DA FOZ 854 4,67% 726 4,38% 17,63%

    LISBOA 5 227 28,56% 4 817 29,06% 8,52%

    SETÚBAL 3 207 17,52% 2 817 16,99% 13,86%

    SINES 4 895 26,74% 4 615 27,84% 6,06%

    VIANA DO CASTELO 163 0,89% 184 1,11% -11,41%

    TOTAL 18 303 100,00% 16 587 100,00% 10,35%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    granéis líquidos unid. 1000 ton

    TERMINAIS PETROLEIRO E OCEÂNICO 7 774 7 752 0,29%

    CAIS COMERCIAIS 53 72 -26,48%

    TOTAL 7 828 7 825 0,04%

    LOCAIS 2014 2013VAR. %

    14/13

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  • Nos postos do Terminal Petroleiro registou-se uma diminuição do movimento de produtos refinados de 73 mil

    toneladas. O movimento de gases liquefeitos teve um incremento de 9 mil toneladas. Em 2014 movimentaram-se 84 mil

    toneladas de petróleo em bruto no Posto A.

    No Terminal Oceânico, o movimento de petróleo em bruto teve um incremento de 4 mil toneladas, relativamente ao

    registo de 2013.

    O movimento de granéis líquidos nos portos do continente decresceu 1,8 milhões de toneladas, sofrendo uma diminuição

    de 5,8%. Sines registou a maior quebra neste tipo de tráfego, movimentando menos 1,6 milhões de toneladas (-8,3%).

    Lisboa e Setúbal tiveram também diminuição de tráfego de -10,7% e -17,8%, por comparação com o ano anterior.

    Na análise das variações de quota de mercado constata-se que Leixões foi o porto que mais ganhou. Aumentou o seu

    peso no segmento para 27,1% (+1,6 p.p.). Sines perdeu quota do segmento em percentagem idêntica à que Leixões

    conquistou. Aveiro, Lisboa e Setúbal tiveram pequenas variações de quota nos granéis líquidos, positiva no caso de

    Aveiro e negativa nos outros dois portos.

    unid. 1000 ton

    POSTO A 1 675 21,5% 1 890 24,4% -11,4%

    POSTO B 1 824 23,5% 1 566 20,2% 16,5%

    POSTO C 297 3,8% 321 4,1% -7,5%

    TOGL 3 979 50,8% 3 975 50,8% 0,1%

    TOTAL 7 774 100,0% 7 752 100,0% 0,3%

    TERMINAL

    PETROLEIRO

    2014 2013VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    TERMINAL

    OCEÂNICO

    2014 2013VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

    granéis líquidos nos portos do continente

    LEIXÕES 7 828 27,1% 7 825 25,5% 0,0%

    AVEIRO 1 124 3,9% 1 043 3,4% 7,8%

    LISBOA 1 467 5,1% 1 642 5,3% -10,7%

    SETÚBAL 384 1,3% 467 1,5% -17,8%

    SINES 18 077 62,5% 19 706 64,2% -8,3%

    VIANA DO CASTELO 33 0,1% 26 0,1% 27,1%

    TOTAL 28 912 100,0% 30 709 100,0% -5,8%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TON % 1000 TON %

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  • Movimento de contentores

    Em 2014 movimentaram-se no Porto de Leixões 667 mil TEU, mais 40 mil que no ano anterior. O crescimento foi de

    6,5%.

    Em número de contentores o acréscimo foi de 25 mil (+6,4%) por comparação a 2013, atingindo um total de 417 mil.

    Os quadros seguintes permitem analisar a evolução anual dos contentores cheios e vazios e por dimensão.

    Tanto os contentores cheios como os contentores vazios registaram crescimentos, mais acentuado no caso dos

    contentores cheios. Verificou-se uma pequena melhoria no rácio cheios/vazios, que apresenta agora o valor de 2,7 em

    TEU e 2,6 em número.

    Por dimensão, os contentores de 20 pés tiveram uma evolução de +7,4%, bastante superior à dos de 40 pés que ficou

    nos +2,0%. Os contentores de outras dimensões registaram um crescimento de 39,1% devido, essencialmente, ao

    aumento do tráfego de contentores de 45 pés.

    Na composição por dimensões, os contentores de 20 pés aumentaram o seu peso relativo no total do movimento em

    0,4 p.p. para 41,8%. Os contentores de 40 pés são maioritários, representando 50,5% (-2,2 p.p.). Os contentores de outras

    dimensões passaram a representar 7,7% (+1,8 p.p.).

    O próximo gráfico permite observar a repartição do movimento de contentores pelos diferentes terminais.

    contentores

    CHEIOS 301 869 486 268 72,4% 280 479 451 873 71,6% 7,6% 7,6%

    VAZIOS 115 175 180 411 27,6% 111 449 174 322 28,4% 3,3% 3,5%

    TOTAL 417 044 666 680 100,0% 391 928 626 195 100,0% 6,4% 6,5%

     

    2014 2013VAR. %

    14/13 (Nº)

    VAR. %

    14/13 (TEU)N.º TEU % N.º TEU %

    dimensão dos contentores

    CONTENTORES DE 20' 174 120 41,8% 162 102 41,4% 7,4%

    CONTENTORES DE 40' 210 762 50,5% 206 699 52,7% 2,0%

    CONTENTORES COM OUTRAS DIMENSÕES 32 162 7,7% 23 127 5,9% 39,1%

    TOTAL 417 044 100,0% 391 928 100,0% 6,4%

     

    2014 2013VAR. %

    14/13N.º % N.º %

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  • O Terminal de Contentores Sul (TCS) registou um incremento no movimento de 15 357 contentores, correspondendo a

    uma variação de +5,20%. No Terminal de Contentores Norte (TCN) movimentaram-se menos 6 861 contentores do que

    em 2013, significando uma quebra no movimento de quase 7,40%.

    O Terminal de Contentores Sul continua a deter aproximadamente 75% do movimento total, apesar de ter quebrado 0,8

    p.p.. No Terminal de Contentores Norte o movimento de contentores caiu 3,0 p.p., em termos relativos, fixando-se nos

    20,6%.

    Em 2014 movimentaram-se no Terminal Multiusos quase 20 mil contentores em tráfego Ro-Ro. Assim o movimento de

    contentores nos Terminais Convencionais teve um incremento 442%. O movimento nos Cais Convencionais passou a

    representar 4,9% do movimento de contentores, quase mais 4 p.p. do que em 2013.

    Os portos do continente voltaram a apresentar um bom desempenho em 2014. O tráfego de contentores apresentou um

    crescimento de 14,89%, somando ao total de 2013 um movimento adicional de 327 mil TEU. O movimento global do

    conjunto dos portos do continente atingiu 2,5 milhões de TEU.

    Nos principais portos que movimentam contentores, só Lisboa teve desempenho negativo. Movimentou menos 47 mil

    TEU (-8,58%) do que em 2013. Em termos absolutos Sines deu o maior contributo para o crescimento do total de

    contentores. Setúbal cresceu 47% e ultrapassou os 100 mil TEU.

    movimento de contentores nos portos do continente

    LEIXÕES 667 26,46% 626 28,55% 6,47%

    FIGUEIRA DA FOZ 20 0,78% 16 0,72% 24,10%

    LISBOA 502 19,93% 549 25,04% -8,58%

    SETÚBAL 104 4,11% 71 3,22% 46,76%

    SINES 1 228 48,72% 931 42,45% 31,86%

    VIANA DO CASTELO 0 0,01% 0 0,02% -61,78%

    TOTAL 2 520 100,00% 2 193 100,00% 14,89%

    PORTOS2014 2013

    VAR. %

    14/131000 TEU % 1000 TEU %

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  • Porto de Pesca

    Em consequência do grande crescimento do Porto de Sines verificaram-se de novo alterações significativas de quota

    nos principais portos que movimentam contentores. Sines aumentou em 6,3 p.p. a sua quota de mercado, atingindo os

    48,72%. Leixões perdeu 2,1 p.p. e Lisboa 5,1 p.p.. Leixões e Lisboa detêm agora 26,46% e 19,93% do movimento total.

    Setúbal, com uma subida de 0,9 p.p., atingiu 4,11% de quota.

    No movimento de passageiros, o ano de 2014 fica marcado pela recuperação da maior parte da diminuição de

    movimento registada no ano anterior.

    O movimento total de passageiros foi de 64 440 passageiros, um crescimento de 38,22%, por comparação com o ano

    anterior.

    Em 2014, escalaram Leixões um total de 78 navios de passageiros, mais 11 que no ano anterior.

    Na análise do tráfego de passageiros dos mais diretos concorrentes, constata-se uma quebra de 10,37% em Lisboa e

    um crescimento de 2,46% em Vigo.

    A descarga de pescado no porto de pesca de Leixões totalizou, em 2014, 11 446 toneladas, que por comparação com as

    20 062 toneladas do ano anterior, representa uma variação de -43%.

    movimento de passageiros nº passageiros

     

    DESEMBARQUE 381 426 -10,56%

    EMBARQUE 487 601 -18,97%

    TRÂNSITO 63 572 45 593 39,43%

    TOTAL GLOBAL 64 440 46 620 38,22%

    Nº DE NAVIOS 78 67 16,42%

    2014 2013VAR. %

    14/13

    LEIXÕES 64 440 46 620 38,22%

    LISBOA 501 433 559 434 -10,37%

    VIGO 176 019 171 800 2,46%

    PORTOS 2014 2013VAR. %

    14/13

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Vetor de IT Governance

    Vetor de Sistemas de Negócio

    Este exercício foi especialmente dedicado à consolidação dos sistemas e da tecnologia adquirida, com vista à

    potenciação dos serviços prestados.

    O último trimestre foi praticamente inteiramente dedicado aos trabalhos relativos à fusão com o Porto de Viana do

    Castelo.

    As principais linhas estratégicas e ações prosseguidas foram:

    Deu-se continuidade ao plano de implementação do projeto Centro de Serviços, através da aplicação dos novos

    processos de gestão, com o objetivo de atingir a certificação ISO 20000. Todos os colaboradores da DI fizeram

    formação e obtiveram certificação em ITIL Foundation, garantindo assim a compreensão da metodologia ITIL –

    Information Technology Infrastructure Library e a harmonização de procedimentos.

    No final do terceiro trimestre concluiu-se o processo da aquisição de uma ferramenta de ITSM – Information

    Technology Service Management e deu-se início ao processo de implementação dos processos ITIL.

    Consolidou-se a gestão matricial dos recursos TIC.

    Ao nível da JUP2, a iniciativa de maior destaque foi o início da reflexão e a preparação das alterações na plataforma

    para o uso de trailers como equipamento de transporte, em sintonia com o concessionário, o que permitiu a

    consolidação de uma carreira regular RO-RO para o Norte da Europa.

    Foram igualmente desenvolvidos os processos de gestão de reclamações sobre serviços de negócio, para consolidação

    da eficiência externa e interna da faturação de serviços.

    No terceiro trimestre foram iniciados os trabalhos de incorporação do Porto de Viana, que ao nível da JUP2 significaram

    a parametrização de novos sistemas, a expansão do conceito de multiporto e a fusão de todos os dados-mestre do

    sistema.

    O sistema de informação geográfica 3Port continuou em desenvolvimento, estando prevista a sua entrada em produção

    no final do primeiro semestre de 2015. Dos trabalhos desenvolvidos em 2014, conclui-se a franca melhoria deste

    subsistema nas vertentes já terminadas, a saber: cadastro, planeamento de navios e gestão dominial.

    Durante este ano procedeu-se à aquisição do software de previsão de ondulação e de marés Aquasafe da Hidromod,

    com o objetivo de efetuar a previsão atualizada e à escala necessária de várias componentes meteorológicas:

    ondulação, vento, marés, pressão, etc. Este sistema complementa a informação meteorológica existente e pode permitir

    um melhor planeamento das operações marítimas.

    Ao nível do sistema de controlo de acessos foram efetuadas múltiplas intervenções com vista a concluir a

    implementação do sistema e/ou a garantir as condições normais de operação, incluindo: novos intercomunicadores,

    contratos de assistência a sistemas auxiliares (torniquetes, portas, etc.), reforço segurança da rede.

    I. Relatório de Gestão

    5. Sistemas de Informação

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Vetor de Infraestruturas e continuidade de negócio

    Vetor de Sistemas Internos

    Projetos Comunitários

    Deu-se início ao processo de atualização tecnológica dos equipamentos de OCR - Optical Character Recognition da

    Portaria Principal do Porto de Leixões, visando a manutenção e elevação dos níveis precisão do sistema.

    Iniciou-se o processo gradual de substituição dos quadros elétricos de data-centre. O primeiro elemento a ser

    substituído foi o quadro geral socorrido, que passou a ser também um elemento redundante. Esta operação foi efetuada

    em simultâneo com a substituição do grupo gerador do data-centre.

    Foi elaborado o projeto de execução das várias especialidades para o data-centre no Edifício da Portaria Principal de

    Leixões, à luz do referencial TIER III para este tipo de instalações do Uptime Institute.

    Em 2014, procedeu-se à aquisição de um sistema inovador de comunicações wireless que organiza redes de veículos

    ad-hoc e que permite expansão da rede WiFi corporativa da APDL dentro da área da doca e a bordo de várias

    embarcações. Este sistema desenvolvido e fornecido pela startup Portuguesa Veniam Works, permite que os

    utilizadores tenham acesso via WiFi aos sistemas internos da APDL, de forma direta e transparente, como se o

    utilizador estivesse no escritório. O Porto de Leixões tornou-se assim no primeiro porto a nível mundial a disponibilizar

    uma rede WiFi corporativa, assente numa rede veicular em mesh.

    Procedeu-se à atualização tecnológica dos sistemas Windows e Office, mantendo as práticas vigentes de padronização

    do software instalado nos computadores e de rigor no licenciamento do software.

    Ao nível de servidores, procedeu-se à atualização tecnológica para as versões mais recentes e à fusão dos domínios

    Ative Directory de Leixões e de Viana, com a consequente consolidação de utilizadores necessária à operacionalização

    da fusão das duas empresas.

    Iniciou-se o processo de atualização tecnológica das centrais telefónicas da APDL, com vista à futura fusão da

    numeração entre Leixões e Viana.

    Ao nível do ERP SAP preparou-se e efetivou-se a fusão com o Porto de Viana do Castelo, procurando otimizar os

    processos e minimizar as alterações ao standard implementado. As práticas de gestão e os respetivos processos

    vertidos no ERP SAP foram estendidos e aplicados à nova realidade decorrente da fusão, com extensão do número de

    utilizadores e de funções.

    O Projeto WiderMoS ( Wide Interoperability and new governance moDels for freight Exchange linking Regions through

    Multimodal maritime based cOrridorS) surgiu com o objetivo de construir uma implementação de referência da

    estratégia definida no âmbito do Projeto MIELE para a JUL (Janela Única Logística).

    O projeto é liderado pela Autoridade Portuária de La Spezia (IT) e conta com parceiros alemães, espanhóis, italianos e

    portugueses.

    O Estado Português é representado através da Direção Geral das Atividades Económicas (applicant) e a Administração

    do Porto do Douro e Leixões é o implementing body.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • No âmbito do projeto WiderMoS será desenvolvido um demonstrador, sendo as metas do projeto a implementação de

    referência (software em execução real) e a sistematização das questões de governo / alinhando orientações, de forma a

    regular / catalisar posteriores iniciativas de mercado deste tipo de plataformas de negócios em ambiente produtivo. A

    produção deste software ficará dependente do estudo de governance e das decisões que venham a ser tomadas.

    A APDL, em 2014 esteve envolvida em todas as atividades definidas pelo projeto, às quais foi chamada a colaborar e

    que assenta nos seguintes pressupostos:

    Fornecer toda a informação e inputs> pedidos pela coordenação do projeto;

    Participar nas atividades de disseminação do projeto;

    Trabalhar conjuntamente com os diferentes Stakeholders> angariados, no levantamento de

    necessidades e espectativas, bem como na construção de cenários reais a serem implementados e

    testados. Estes resultados deverão ser do domínio público de forma a promover e potenciar outras

    iniciativas que possam vir a surgir.

    Iniciou-se o desenvolvimento da especificação da plataforma, uma LSW, que para além de permitir a

    colaboração entre diferentes prestadores de serviços logísticos irá também possibilitar a oferta

    destes mesmos serviços a clientes que acedam à plataforma com o intuito de contratar serviços

    porta a porta.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • A política de gestão de recursos humanos foi pautada no ano de 2014 por dois vetores essenciais:

    · as linhas de orientação do Governo aplicáveis às empresas públicas e de que se destaca a necessidade de redução do

    quadro de pessoal e do número de chefias, e

    · o processo de fusão da APDL, SA com a APVC, SA, por incorporação desta;

    Neste sentido, concluiu-se o processo de rescisão de contratos de trabalho com vários trabalhadores,

    fundamentalmente pela via da aposentação antecipada, sendo de destacar que no âmbito deste processo nos últimos 3

    anos rescindiram o seu contrato de trabalho 18 trabalhadores.

    Por outro lado, tendo presente o anunciado projeto de fusão da APDL com a APVC a partir e 1 de janeiro de 2015,

    desenvolveu-se ao longo de 2014 um estudo sobre a realidade socio laboral da APVC e os processos de gestão

    inerentes à sua atividade, de que resultou a reanálise das atividades “core” a manter no Porto de Viana do Castelo e a

    reestruturação de todos os serviços de apoio, não operacionais, que iriam passar a ser assegurados a partir da sede da

    nova empresa, no Porto de Leixões.

    O trabalho desenvolvido possibilitou assegurar que a fusão das duas empresas se tenha operado num quadro de bom

    clima laboral e de elevada motivação, apesar das profundas alterações introduzidas em termos de processos de gestão

    operacional e de gestão de pessoal.

    Para o sucesso deste projeto muito contribuíram as políticas de comunicação e formação profissional já implementadas

    e que serão desenvolvidas durante o ano de 2015, por forma a garantir o comprometimento e a motivação de todos/as

    colaboradores/as nos objetivos estratégicos da empresa e no elevado grau de eficiência do Porto de Leixões em todas

    as suas valências.

    O conjunto destas iniciativas e a manutenção de uma política de transparência, proximidade e diálogo com todos os

    colaboradores, e suas estruturas sindicais, fortalecem a cultura empresarial da APDL.

    I. Relatório de Gestão 6. Recursos Humanos

    6.1. Políticas e principais indicadores

    quadro de pessoal – 31 de dezembro

    Efetivos 193 207

    H 124 132 -6,76%

    M 69 75

    Ativos 200 208

    H 130 133 -3,85%

    M 70 75

    2014 2013 %

    Efetivos – Trabalhadores com vínculo permanente à Empresa.

    Ativos – Totalidade dos recursos humanos disponíveis.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • A redução dos efetivos/ativos de pessoal resultam, exclusivamente das iniciativas de incentivo a aposentação

    antecipada, tendo nos últimos 3 anos sido aposentados 18 trabalhadores.

    Na sequência na aposta na valorização pessoal e profissional dos colaboradores de que resultou a conclusão de vários

    processos de licenciatura ao abrigo do estatuto trabalhador-estudante, verifica-se que cerca de 45% do quadro de

    pessoal detém uma habilitação ao nível do ensino superior.

    níveis de habilitações

    ENSINO BÁSICO 52 59 -11,86%

    H 45 48

    M 7 11

    ENSINO SECUNDÁRIO 55 55 0,00%

    H 24 22

    M 31 33

    ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO 9 11 -18,18%

    H 8 10

    M 1 1

    ENSINO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO 84 83 1,20%

    H 53 53

    M 31 30

    2014 2013 VAR. %

    ativos por áreas operacionais

    OPERAÇÕES PORTUÁRIAS, SEGURANÇA E AMBIENTE 87 91 -4,40%

    H 76 78

    M 11 13

    OBRAS E INFRAESTRUTURAS 31 29 6,90%

    H 24 22

    M 7 7

    LOGÍSTICA E INFORMÁTICA 14 14 0,00%

    H 9 9

    M 5 5

    COMERCIAL E GESTÃO DOMÍNIO PÚBLICO 6 7 -14,29%

    H 3 3

    M 6 7

    GESTÃO E SERVIÇOS DE APOIO 59 64 -7,81%

    H 18 21

    M 41 43

    TOTAL 200 208 -3,85%

    H 130 133

    2014 2013 VAR. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • A redução do quadro de pessoal foi praticamente transversal a todos os serviços, com maior impacte no setor da

    gestão e serviços de apoio.

    Os serviços operacionais da APDL garantem a plena operacionalidade do Porto de Leixões durante 24 horas/dia e 365

    dias/ano, o que implica a afetação, em regime de permanência, de trabalhadores a vários serviços, de que se destaca o

    setor das Operações Marítimo – Portuárias e de Segurança da Navegação, que incluiu o serviço de Pilotagem e do

    Vessel Traffic Services - “VTS”.

    A plena operacionalidade dos serviços implica, face ao reduzido número de pessoal, que todos os trabalhadores dos

    serviços marítimos e apoio à segurança e controlo da navegação estejam integrados em regimes de trabalho de turno

    e/ou IHT.

    A consagração destes regimes de trabalho permite uma prestação de serviço contínua, minimizando o número de

    trabalhadores, ajustando-se os seus horários de trabalho às efetivas necessidades operacionais.

    Manteve-se a redução da taxa de absentismo já verificada em 2013, essencialmente por se ter verificado uma redução

    do número de dias de ausência ao abrigo do regime de proteção da parentalidade.

    É de considerar que a redução do número de trabalhadores só tem um maior impacto no ano seguinte, pois foram

    pagos em 2014 vários encargos com a cessação dos contractos de trabalho e algumas dessas cessações só se

    verificaram em dezembro de 2014.

    M 70 75

    regime de trabalho

    HORÁRIO NORMAL FIXO 54 54 0,00%

    HORÁRIO DE TURNO 14 15 -6.67%

    ISENÇÃO DE HORÁRIO DE TRABALHO 132 139 -5,04%

    2014 2013 VAR. %

    taxa de absentismo

    2,39% 3,22% -25,78%

    2014 2013 VAR.%

    (Total horas ausência/potencial máximo trabalho*100)

    gastos com o pessoal unid: euros

    10 901 570 11 062 310 -1,45

    2014 2013 VAR. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Os gastos com o pessoal decompõem-se em dois segmentos – remunerações certas e permanentes e prestações

    sociais.

    A Politica de Responsabilidade Social da empresa no que concerne à proteção na doença e apoio à educação dos

    trabalhadores e aposentados, e seus filhos em idade escolar, sempre pautada pelo rigor e contenção dos custos

    associados, tem-se demonstrado essencial para a captação e fidelização de quadros técnicos de reconhecida

    competência e a implementação de modelos de gestão de pessoal plenamente adequados às necessidades operacionais

    do Porto de Leixões e elevados padrões de motivação e envolvimento nos desafios de sustentabilidade económica,

    social e ambiental que se colocam.

    Os gastos com pessoal apresentam uma estrutura global equilibrada, com pequenas variações em encargos específicos.

    Por deliberação do acionista único, o Estado, tomada em Assembleia Geral realizada em 16 de junho de 2014, foi

    nomeado o novo Conselho de Administração e fixada a sua remuneração mensal, do que resultou em 2014 um

    agravamento da remuneração dos corpos sociais de 7,30%.

    A LOE 2015 alterou a taxa de desconto das entidades patronais para a CGA de 20% para 23,75%, o que foi o fator

    determinante para o agravamento destes custos em 4,18%.

    I. Relatório de Gestão 6. Recursos Humanos

    6.2. Estrutura de Gastos com Pessoal

     

    REMUNERAÇÕES E ENCARGOS (1) 10 346 792 10 342 831 0,04%

    REMUNERAÇÕES DOS CORPOS SOCIAIS 271 264 252 806 7,30%

    REMUNERAÇÕES CERTAS E PERMANENTES 5 639 887 5 751 112 -1,93%

    TRABALHO EXTRAORDINÁRIO 80 173 86 692 -7,52%

    SUBSÍDIO DE TURNO 379 454 376 574 0,76%

    SUBSÍDIO I.H.T. 1 074 927 1 133 385 -5,16%

    OUTRAS REMUNERAÇÕES 499 621 501 894 -0,45%

    PENSÕES 140 267 23 061 508,24%

    OUTROS CUSTOS COM PESSOAL 404 732 435 353 -7,03%

    ENCARGOS S/ REMUNERAÇÕES 1 856 467 1 781 953 4,18%

    APOIO NA DOENÇA (2) 462 918 624 659 -25,89%

    DESPESA NO EXERCÍCIO (ATIVOS) 168 238 181 602 -7,36%

    RESPONSABILIDADES FUTURAS 294 680 443 057 -33,49%

    PRESTAÇÕES SOCIAIS (3) 91 860 94 820 -3,12%

    DESPESA NO EXERCÍCIO (ATIVOS) 90 316 93 042 -2,93%

    RESPONSABILIDADES FUTURAS 1 544 1 778 -13,16%

    TOTAL=(1)+(2)+(3) 10 901 570 11 062 310 -1,45%

    2014 2013 VAR. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Em 2014 não foram aplicadas as reduções remuneratórias previstas na Lei do Orçamento de Estado (LOE), em virtude

    do regime de exceção aplicado pelos Despachos do Secretário de estado das Infra-Estruturas, Transportes e

    Comunicações, de 7 de junho de 2013, e do Secretário de Estado da Administração Pública, de 5 de junho de 2013,

    proferidos nos seguintes termos “O disposto no artigo 27º da LOE 2013 não se aplica aos trabalhadores das

    administrações portuárias, em razão de regulamentação internacional específica – e das condicionantes materiais

    relevantes do trabalho nas administrações portuárias – segundo a qual a aplicação daquele artigo resultaria num

    decréscimo de receitas, nos termos do artigo 27º, nº 13, da LOE 2013.” Em virtude de não se ter alterado as regras

    estabelecidas desde então, tem-se mantido o regime de exceção da aplicação das reduções remuneratórias às

    administrações portuárias, do qual se tem dado conhecimento ao Secretário de Estado dos Transportes e

    Comunicações.

    Refira-se que o aumento no gasto com pensões resulta dos pagamentos efetuados no exercício de 2014 aos

    funcionários da Empresa que, no exercício de 2012, aderiram ao plano de incentivos à aposentação. Entre o momento

    em que a aposentação é aprovada pela Caixa Geral de Aposentações e o momento em que esta passa a ser processada

    pela referida Entidade, o gasto é suportado pela APDL.

    A massa salarial agrega a totalidades das rubricas remuneratórias dos trabalhadores e membros dos órgãos sociais,

    refletindo a estabilidade remuneratória na empresa e o facto do ciclo de aposentações verificado em 2014 ser idêntico

    ao de 2013.

    massa salarial unid: euros

    8 121 584 8 166 891 -0,55%

    2014 2013 VAR. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Manteve-se o princípio de obrigatoriedade de exame médico anual para todos os trabalhadores, bem como os exames

    ocasionais prévios à mudança de funções ou a seguir a situações de ausência prolongada.

    Apesar de a atividade operacional, designadamente serviços marítimos, significar pela sua natureza e regime de

    trabalho (24h/dia e 365/ano), um grau de perigosidade de significativa relevância, foi possível através de medidas de

    formação e informação e da melhoria das condições de trabalho, diminuir o número de acidentes registados em 2014.

    Face à escassa sinistralidade, apesar de se assegurar uma alargada atividade operacional, a redução do número de

    acidentes com baixa, teve reflexo direto no valor do índice de frequência em 2014.

    I. Relatório de Gestão 6. Recursos Humanos

    6.3. Saúde Ocupacional

    exames médicos

    EXAMES PERIÓDICOS OBRIGATÓRIOS 195 205 -4,9%

    EXAMES DE ADMISSÃO E OCASIONAIS 22 34 -35,3%

    2014 2013 VAR. %

    sinistralidade

    COM INCAPACIDADE TEMPORÁRIA 5 6 -16,7%

    SEM INCAPACIDADE 1 1 0,0%

    TOTAL 6 7 -14,3%

    2014 2013 VAR. %

    índice de frequência

    15,93% 16,89% -5,7%

    2014 2013 VAR. %

    Nota: Quantifica o número de acidentes com baixa por cada milhão de horas de trabalho de exposição ao risco

    índice de gravidade

    0,87 0,53 64,2%

    2014 2013 VAR. %

    Nota: Quantifica o número de dias perdidos por cada mil horas de trabalho de exposição ao risco

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Em 2014 o número de dias de baixa por acidente em serviço no próprio ano foi de 273, contra 187 em 2013, de que

    resultou um agravamento do índice de gravidade da sinistralidade, apesar de ter sido menor o número de acidentes

    verificado.

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • O Centro de Formação do Porto de Leixões realiza uma vasta atividade de formação profissional a nível nacional e

    internacional, com especial enfoque nos países que integram a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

    A sua atividade desenvolve-se nas seguintes dimensões:

    · Garantir a prossecução de uma política ativa de gestão de recursos humanos dos portos de Leixões e Viana do

    Castelo, efetuando todo o processo de levantamento de necessidades de formação dos trabalhadores/as e promovendo

    a sua realização no Centro de Formação;

    · Conceção e realização de ações de formação profissional para empresas do setor marítimo portuário ou que

    desenvolvam atividades económicas com ele conexas;

    · Disponibilização de meios e espaços para a realização de formação profissional a todas as empresas que desenvolvem

    a sua atividade no Porto de Leixões;

    · Formação para trabalhadores dos portos dos países da CPLP e outras entidades, ao abrigo de Protocolos de

    Cooperação já celebrados ou a celebrar.

    No âmbito interno, e face às políticas de mobilidade e polivalência funcional permanentemente implementadas por forma

    a adequar as competências de todos/as trabalhadores/as às necessidades da empresa, houve um aumento de 29% nas

    horas de formação proporcionadas, tendo-se atingido o valor de 2 252 horas.

    Apesar deste incremento de 29% em horas formação, o investimento apenas se traduziu num acréscimo de 10%.

    Do ponto de vista externo, há a destacar a realização de três projetos de formação para o mercado nacional e

    internacional, para as empresas:

    · Bolivariana de Portos (Bolipuertos) da Venezuela – Curso de Gestão de Terminais

    · Porto de Luanda, Angola – Curso de Gestão Portuária

    · Terminal Contentores de Leixões, SA – Curso de Atendimento (2 ações)

    I. Relatório de Gestão

    7. Centro de Formação

     

    Formandos (nº)102 101 1% 651 443 -32% 753 544 -28%

    Horas formação1 253

    1 809

    31% 589 443 -25% 1 842 2 252 29%

    Volume Formação (h*nº alunos)1 488 1 912 23% 5 565 2 987 -47% 7 053 4 900 -31%

    Custos (euros)27 624 24 216 -13% 24 177 32 773 27% 51 801 56 990 10%

    Ações externas Ações internas Total

    2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • A formação a terceiros sofreu um excecional acréscimo resultante da aposta na internacionalização do Centro de

    Formação que desenvolveu um Projeto de Gestão para o Puerto de La Guaira (Venezuela), que incluiu um vasto

    programa de formação realizada no Centro de Formação de Leixões e na Venezuela.

    O Porto de Luanda e o TCL foram, embora com menor impacto, dois clientes com projetos desenvolvidos à medida,

    também em 2014.

    Destes projetos resultou o incremento das receitas em 1 395%

    Na “Cooperação” estão incluídas todas as ações desenvolvidas graciosamente com quadros e trabalhadores dos portos

    dos PALOP´s, que, realizadas no âmbito de protocolos de colaboração firmados entre os respetivos portos, são

    essenciais para a afirmação do Porto de Leixões e de Portugal junto daqueles países e comunidades de língua

    portuguesa.

     

    Formandos (nº) 187 177 - 5% 90 150 67% 277 327 18%

    Horas formação395 510 29% 239 158 -34% 634 668 5%

    Volume Formação (h*nº alunos)3 612 6 902 91% 679 480 29% 4 291 7 382 72%

    Custos (euros)10 566 45 574 331% 1 838 3 033 65% 12 405 48 607 292%

    Receitas (euros)17 028 254 501 1395% n.a. n.a. n.a. 17 028 254 501 1395%

    Formação a terceiros Cooperação Total

    2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. %

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Ao longo do ano de 2014 o Porto de Leixões prosseguiu com a estratégia de orientação para o cliente dando

    continuidade à sua política de marketing relacional e fortalecendo a reputação junto dos seus stakeholders. É uma

    prioridade fomentar a relação sólida e de longo prazo já existente com os nossos parceiros incluindo, entre outros,

    armadores, agentes de navegação, carregadores, companhias de cruzeiros, transitários e operadores logísticos.

    Um elemento fundamental na definição da estratégia de comunicação é o Grupo de Promoção do Porto de Leixões,

    constituído pela APDL e pelos principais concessionários, que têm desenvolvido um conjunto de iniciativas com vista à

    promoção do porto. Por outro lado, a Comunidade Portuária de Leixões tem sido o motor aglutinador de todos os

    intervenientes no negócio portuário e tem tido igualmente uma ação preponderante na promoção e desenvolvimento do

    porto.

    Enquadrado na sua estratégia comercial definida pelo Grupo de Promoção, o Porto de Leixões esteve presente em abril,

    em conjunto com membros da Comunidade Portuária e pela sétima vez consecutiva, na Intermodal de São Paulo, o

    segundo maior evento de transporte e logística que se organiza a nível mundial, onde teve oportunidade de estabelecer

    contactos com vista à captação de novos negócios. Em maio, o Porto de Leixões participou pela quarta vez consecutiva

    no “FÓRUM DO MAR” que integrou uma Exposição/mostra de produtos, serviços e de tecnologias com aplicação ao mar,

    encontros de negócio e Conferências Internacionais e Workshops sobre segurança marítima, internacionalização e

    desenvolvimento da Economia do Mar.

    Para além das habituais visitas a clientes, a APDL organizou apresentações comerciais em contexto mais alargado

    criando uma relação de maior proximidade com atuais e potenciais clientes. Destaca-se a apresentação à Câmara de

    Comércio e Indústria Luso-Alemã na qual participaram várias empresas associadas e à COTECNA.

    O segmento dos cruzeiros continua a ser uma forte aposta da APDL na afirmação internacional do Porto de Leixões

    como um porto de cruzeiros. O potencial turístico e ambiental que o Porto e o Norte apresentam favorece o

    desenvolvimento de produtos diversificados e diferenciadores como por exemplo os cruzeiros temáticos baseados nos

    vinhos e que têm em Leixões, porto de escala privilegiado.

    Fruto desta aposta, o Porto de Leixões terminou 2014 com um novo máximo histórico, recebendo a visita de 78 navios

    de cruzeiro. Isto significa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O destaque do último ano vai para a

    escala do novíssimo navio Mein Schiff 3 (com 264 metros de comprimento e 2 506 passageiros) da Tui Cruises que

    escolheu o Porto de Leixões como uma das escalas na sua viagem inaugural. Ao todo, o Porto de Leixões recebeu 7

    escalas inaugurais em 2014. Para além do Mein Schiff 3, visitaram-nos pela primeira vez o navio Aida Luna da Aida

    Cruises (com 252 metros de comprimento e 2 050 passageiros), o Adonia da P&O Cruises (com 181 metros de

    comprimento e 702 passageiros), o Louis Aura da Louis Cruises Lines (com 160 metros de comprimento e 766

    passageiros), o Horizon da Croisieres de France (com 208 metros de comprimento e 1 354 passageiros), o Costa

    Luminosa da Costa Crociere (com 292 metros e 2 826 passageiros) e ainda o Mein Schiff 1 (com 260 metros e 2 681

    passageiros) da Tui Cruises. A Aida Cruises e a Tui Cruises são duas importantes companhias de cruzeiro que iniciaram

    operações em Leixões durante o último ano.

    Em 2014, o Porto de Leixões recebeu 64 440 passageiros, na sua maioria ingleses, alemães e norte americanos, o que

    representa um crescimento de 39% face ao ano anterior. Recebeu ainda 32 448 tripulantes, mais 36% do que em 2013.

    Desta forma, 2014 reforça a curva de crescimento que se tem vindo a registar desde a abertura do novo cais para

    navios de cruzeiro em 2011, concorrendo esta nova valência para a consolidação do movimento de cruzeiros em Leixões.

    Comparando com 2011, o crescimento foi de 39% no número de navios de cruzeiro e de 54% no número de passageiros.

    Ao nível internacional, o Porto de Leixões liderou o Projeto Cruise Atlantic Europe, no qual participaram oito portos

    atlânticos (Lisboa, Leixões, Corunha, Bilbau, St. Malo, Brest, Dover e Cork) e que visou a promoção da Costa Atlântica da

    Europa como destino de Cruzeiros, o qual permitiu criar uma rede que perdura para além do horizonte temporal do

    projeto. O Porto de Leixões é também membro do Cruise Europe, que permite uma maior proximidade aos atores de

    negócio, tendo o Porto de Leixões assumido a sua respetiva liderança. Nacionalmente, Leixões tem uma parceria com os

    portos portugueses de Lisboa, Madeira, Açores e Portimão, na promoção de Portugal, como destino de Cruzeiros.

    I. Relatório de Gestão

    8. Área Comercial, Marketing e Cooperação

    APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA

  • Leixões marcou ainda presença nos principais eventos internacionais dedicados à indústria de cruzeiros, nomeadamente

    no Cruise Shipping Miami que de