I REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS · Prof. Laura Maria Saporski Cachuba 5 Produto Cartesiano: dados...
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I – REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS
1. Elementos Básicos de Matemática
1.1 Regras de Sinais
ADIÇÃO:
- quando os números tem o mesmo sinal, somam-se os módulos e atribui-se ao resultado o sinal
comum.
Ex: (+5)+(+9)=+14 ou 14
(-3)+(-5)= -8
- quando os números tem sinais contrários, subtraem-se seus módulos e atribui-se ao resultado o
sinal do maior número em módulo.
Ex: (+17)+(-12)=+5 ou 5
(+4)+(-16)= -12
SUBTRAÇÃO:
- na subtração ou diferença de dois números relativos, deve-se somar o primeiro número com o
simétrico do segundo.
Ex: (+5)-(+3)= (+5) + (-3) = +2 ou 2
Ex: (+5)-(-3)= (+5) + (+3) = +8 ou 8
Ex: (-5)-(-3)= (-5) + (+3) = -2
Ex: (-5)-(+3)= (-5) + (-3) = -8
Obs: quando se opera com diversos números relativos, primeiro somam-se todos os positivos entre
si e todos os negativos entre si. Por fim aplica-se a regra anterior.
Ex: 13+5-8+2 – 4 - 7 = +20 – 19 = +1 ou 1
-2+11-14-5+6-7+6-12+13 – 2 - 21 = +36 – 63 = -27
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
- Para a multiplicação (ou produto) de dois números relativos, multiplicam-se os módulos e
atribui-se ao resultado o sinal positivo (+), se os dois números possuírem sinais iguais; e o sinal
negativo ( -), se os dois números possuírem sinais contrários. A mesma regra é utilizada para a
divisão de dois números relativos.
Ex: (+13) . (+3) = +39 ou 39
(+5) . (-8) = -40
(+12) : (+2) = +6 ou 6
(-100) : (-25) = +4 ou 4
(-3) . (-2) . (-5) = -30
(-1) . (+6) . (-7) = +42 ou 42
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1.2. Teoria dos Conjuntos - Noções de Conjuntos
Símbolos
: pertence : existe
N : não pertence : não existe
: está contido : para todo (ou qualquer que seja)
: não está contido : conjunto vazio
: contém N: conjunto dos números naturais
N= ,,,3,2,1,0 n
: não contém Z: conjunto dos números inteiros
Z: ,4,3,2,1,0,1,2,3,4,
/ : tal que
Q: conjunto dos números racionais (conjunto dos
quocientes entre dois números inteiros, com p e q
inteiros e q 0)
Q:
,,,5
2;
3
2,2,,
3
1,
2
1,1,0
q
p
: implica que
Q'= I: conjunto dos números irracionais (não
admite representação por nº inteiro em forma de
fração; nº não exato cuja representação decimal
infinita não é periódica). Ex. 4142136,12
: se, e somente se R: conjunto dos números reais (engloba os nº reais
e irracionais)
1.2.1 Conceitos de conjuntos
Conjuntos são coleções de elementos de qualquer tipo (objetos, pessoas, animais, plantas,
fenômenos, números,...). São geralmente indicados por letra maiúsculas do alfabeto latino. Um
conjunto é bem definido quando está claro se um objeto pertence ou não a ele. A sua notação usual
é escrever seus elementos separados por vírgulas e entre chaves, por exemplo, cbaA ,, . Um
conjunto pode conter um número finito ou infinito de elementos.
Para expressar o fato de a ser elemento do conjunto A escrevemos Aa (Lê-se o
elemento a pertence ao conjunto A). De forma semelhante, se o elemento d não é elemento do
conjunto A, representamos: Ad (Lê-se o elemento d não pertence ao conjunto A).
Conjunto Universo: é um conjunto ao qual pertencem todos os elementos com a característica
definida. Geralmente é indicado por U. Conjuntos com apenas um elemento são denominados
unitários.
Conjunto vazio: é um conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio é representado por { }
ou .
Subconjuntos: quando todos os elementos de um conjunto A qualquer pertencem a um outro
conjunto B, diz-se, então, que A é um subconjunto de B, ou seja A B (lê-se A está contido em B).
Observações:
Todo o conjunto A é subconjunto dele próprio, ou seja ;
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O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja
União de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao
conjunto representado por , formado por todos os elementos pertencentes a A ou B, ou seja:
Intersecção de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos
A e B ao conjunto representado por , formado por todos os elementos pertencentes a A e
B, simultaneamente, ou seja:
Diferença de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B (nesta
ordem) ao conjunto representado por A-B, formado por todos os elementos pertencentes a A, mas
que não pertencem a B, ou seja
AB
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Produto Cartesiano: dados os conjuntos A e B não vazios, chama-se produto cartesiano A com
B, ao conjunto AxB, formado por todos os pares ordenados (x,y), onde x é elemento de A e y é
elemento de B, ou seja
Número de subconjuntos de um conjunto: se um conjunto A possuir n elementos, então existirão
2n subconjuntos de A.
Símbolos das operações
: A intersecção B
: A união B
a - b: diferença de A com B
a < b: a menor que b
: a menor ou igual a b
a > b: a maior que b
: a maior ou igual a b
: a e b
: a ou b
A - B
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:BA A está contido em B
BA : A contém B
1.3. Conjuntos Numéricos – Os conjuntos numéricos existentes são:
- Conjunto dos Números Naturais (N): representa os números positivos, juntamente com o zero,
podendo ser representado em uma reta orientada: ,6,5,4,3,2,1,0N .
- Conjunto dos Números Inteiros (Z): são os números naturais acrescidos dos números negativos.
Sua representação é: ,4,3,2,1,0,1,2,3,4, . Assim: ZN N . Os números que se
encontram à mesma distância do zero, em uma representação gráfica, são denominados números
opostos: +5 é o oposto de -5; +4 é o oposto de -4; +n é o oposto de –n. Módulo ou valor absoluto de
um número inteiro é a distância desse número até o valor2 zero em uma representação gráfica. Na
prática, basta usar o valor desprovido de seu sinal. A notação matemática para módulo é a
colocação do número entre duas barras verticais: |+5|=5 (Lê-se: módulo de +5 é igual a 5); |-4|=4
(lê-se: módulo de -4 é igual a 4).
- Conjunto dos Números Racionais (Q): é o conjunto dos números inteiros, acrescentadas as
frações positivas e negativas. Este conjunto admite números representados por meio de frações dos
seguintes tipos: I) todos os decimais exatos; II) todas as dízimas periódicas; III) todos os números
inteiros; IV) todos os números naturais. Sua representação é:
0,/ beZa com b
axxQ .
Assim, QZN
QNQZ
- Conjunto dos números irracionais (I): são números que não podem ser escritos sob a forma de
uma fração; são números decimais infinitos e não periódicos. Ex:
...4142135,12
...1415926535,3...7320508,13
...4142135,12
.
Podemos dizer que fazem parte do conjunto dos números irracionais, além do número , todas as
raízes não exatas e todos os decimais infinitos e não periódicos.
- Conjunto dos Números Reais (R): abrange todos os números racionais unidos com os
irracionais. Podemos representar o conjunto dos números reais por:
IxouQxxIQR / . Assim, são números reais: I) todos os números irracionais; II)
todos os números racionais; III) todos os números inteiros; IV) todos os números naturais. Assim:
RQZNRNRZRQRI
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- Conjunto dos Números Complexos (C): é constituído por todos os números que podem ser
representados da forma iba onde a e b são números reais e i é a unidade imaginária, ou seja,
1i . Assim, podemos dizer que CR .
1.4. Potências – Potência é um produto de fatores iguais à base, sendo tomados tantos
fatores quanto for o expoente.
expoentem
expoenten
basea
:onde fatores n
aaaaa n
a) 10 a
b|) aa 1
c) 256222. 853 Exaaa nmnm
d) 9333. 0a com 224 EXaaa nmnm
e) 015625,04
14
13
3 Ex. nn
aa
f) 768.3222 1553 Ex. nmnm aa
g) 16,05
2
5
2 Ex.0bpara
2
22
n
nn
b
a
b
a
h) 319508,125 25 2
2 Ex. n mnm
aa
i) 600.1542542 2222 Ex. nnnn cbacba
Observações:
- Quando a base é positiva a potência do número é positiva;
- Quando a base é negativa, o sinal da potência depende do expoente:
base negativa e expoente par potência do número positiva;
base negativa e expoente ímpar potência do número negativa.
quando o expoente é inteiro negativo, nn
aa
1 , quaisquer que sejam o número real a, não nulo,
e o inteiro n.
- Potências de 10: o uso de notação científica – as potências de 10 – tem grande aplicação em todas
as áreas.
Exemplos:
2401024104103102000.000.4003,002,0
105,410
5,4
000.1
5,40045,0
1010
1
000.1
1001,0
1010
11,0
108,3000.38000.5105
000.110
1632
3
3
3
3
1
4
3
3
1.5. Radicais: chama-se raiz enésima de um número real Y, ao número real A que elevado a n é
igual a Y. YYA nn A raiza é Ye raizda índice o é n e radicando o é A onde .
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Exemplos:
366 636 2
64446433
R16 (não existe número real que, elevado ao quadrado, resulte em -16).
- Analisando os exemplos anteriores, podemos deduzir que:
a) se o índice do radical é um número ímpar, a sua raiz é única e tem o mesmo sinal do radicando;
b) os números negativos não tem raiz de índice par no campo dos números reais;
c) se o índice do radical é par, os números positivos tem sempre duas raízes reais diferentes e
simétricas;
Ainda: é possível retirar um fator do radical; para isso, basta dividir o expoente do radicando
pelo índice do radical - nmn m aa .
Ex. 9333 2484 8
4424 48 245253253
56532532180 22
33 233 293 11 4822222
De forma recíproca, para introduzir um fator no radical, multiplica-se o expoente do fator
pelo índice do radical - n nn baba
Ex: 33 33 542323
44 842 280.15252
a) Adição e subtração de radicais semelhantes:
333 747377
5854553.
Ex
b) Multiplicação e Divisão de radicais de mesmo índice: 5555 15835423452. Ex
c) Redução dos radicais ao mesmo índice.
12 226 2
64
33
35.
e 55
radicando. do expoente como m.m.c. pelo divisãodavalor mesmo o se-acresenta índice; novo o determinarpara radical, do expoente do
valor pelo resultado dovalor o se-multiplica e radical dovalor pelo m.m.c o se-divide12(4,6) m.m.c e Ex
12 334 3
d) Multiplicação ou divisão do índice e do expoente do radicando pelo mesmo número:
2 336 396 9
1025 25
777
933.
Ex
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9
e) Potencialização de radicais:
4 963
4 32
3 223
4343
55.
Ex
De um modo geral, na divisão de radicais de mesmo índice, mantemos o índice e dividimos
os radicais.
Ex. =
Se os radicais forem diferentes, devemos reduzi-los ao mesmo índice e depois efetuar a
operação.
Ex.
f) Radiciação de Radicais: ZmnYYY mnn m ,0; e
63
4
55
55.
Ex
g) Expoente fracionário:
77 277 271
72
5 252
12323232
22.
Ex
h) Racionalização de denominadores:
- A racionalização de denominadores consiste em obter uma fração com denominador racional,
equivalente a uma anterior que possuía um ou mais radicais em seu denominador. Considere a
fração onde seu denominador é um número irracional. Multiplicando o numerador e o
denominador desta fração por , obtendo uma fração equivalente: . Agora a fração
equivalente possui um denominador racional.
Principais casos de racionalização:
1º caso: O denominador é um radical de índice 2.
é o fator racionalizante de , pois X = =a
2º caso: O denominador é um radical de índice diferente de 2.
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é o fator racionalizante de .
é o fator racionalizante de
é o fator racionalizante de
é o fator racionalizante de
1.6. Logaritmos: Logaritmo do número N real e positivo, em determinada base a real, positiva e
diferente de 1, é o expoente x que se deve elevar a base a de modo a se obter N.
logaritmo1
base0atmoantilogari ou dologaritman0
log
xa
N
NaxN x
a
N é o antilogaritmo - NaNxanti xa log
Ex.
2552log
322828log
222424log
25
32
22
xxxanti
xx
xxxx
xx
Note-se que: pois:
- O logaritmo de 1 em qualquer base a é igual a 0 (zero);
1
0101log
a
aa x
a , pois
10 a .
- O logaritmo da base, qualquer que seja ela, é igual a 1. aaaa 11log pois
.
- A potência de base a e expoente NNa log . Na Na log , pois o logaritmo de N na base a é
justamente o expoente que se deve dar à base a para que a potência fique igual a N.
- Se dois logaritmos em uma mesma base são iguais, então os logaritmandos também são iguais.
CBCB aa loglog , pois BCBaCB Caaa logloglog .
Exemplos:
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11
2
33222843log43loglog
8
123log
823log
2
33327327327log
3
155555log
8
1
2
123log
1642log
0151log
216416416log
3232232232log
32224
32
32
21
32
1
3
3
133
5
33
2
24
5
24
52
xxantixanti
xanti
xanti
xx
xx
xxxx
xxx
xx
xx
xx
xxx
xxx
xx
x
x
x
- Sistema decimal é aquele cuja base vale 10. Ex. 3log3log10 ; quando o logaritmo for decimal a
indicação é somente log.
- Sistema de logaritmos neperianos (ou natural) é aquele que possui base e (e é um número
irracional que vale 2,71828... e o nome deriva de John Napier); quando o logaritmo for neperiano a
indicação será somente ln.
Propriedades:
Produto: BABA aaa logloglog
Ex.
aa log3log3log
15log2log52log
Quociente: BABA
aaa logloglog
Ex.
3loglog3
log
176091,02log3log2
3log
aa
Potência: AmA am
a loglog
Ex.
523719,22log42log
log3log
505150,12log52log
34
3
3
5
aa
Raiz: m
AA
mA a
am
a
loglog
1log
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12
Ex.
2
loglog
068160,07
3log3log
732487,02
5log5log
55
7
33
xx
Mudança de Base:
Em algumas situações podemos encontrar no cálculo vários logaritmos em bases diferentes.
Como as propriedades logarítmicas só valem para logaritmos numa mesma base, é necessário fazer,
antes, a conversão dos logaritmos de bases diferentes para uma única base conveniente. Essa
conversão chama-se mudança de base. Para fazer a mudança de uma base a para uma outra base b
usa-se:
1.7 Produtos Notáveis É muito comum nas expressões algébrica o aparecimento de certos produtos. Para
simplificar o trabalho nos cálculos será muito útil a aplicação dos produtos notáveis. Veja o quadro
abaixo:
Produtos notáveis Exemplos
(a+b)2 = a
2+2ab+b
2 (x+3)
2 = x
2+6x+9
(a-b)2 = a
2-2ab+b
2 (x-3)
2 = x
2-6x+9
(a+b)(a-b) = a2-b
2 (x+3)(x-3) = x
2-9
(x+a)(x+b) = x2+(a+b)x+ab (x+2)(x+3) = x
2+5x+6
(a+b)3 = a
3+3a
2b+3ab
2+b
3 (x+2)
3 = x
3+6x
2+12x+8
(a-b)3 = a
3-3a
2b+3ab
2-b
3 (x-2)
3 = x
3-6x
2+12x-8
(a+b)(a2-ab+b
2) = a
3+b
3 (x+2)(x
2-2x+4) = x
3+8
(a-b)(a2+ab+b
2) = a
3-b
3 (x-2)(x
2+2x+4) = x
3-8
Exercícios:
1) Desenvolva:
a) (3x+y)2
(3x+y)2 = (3x)
2+2.3x.y+y
2 = 9x
2+6xy+y
2
b) ((1/2)+x2)2
((1/2)+x2)2 = (1/2)
2+2.(1/2).x
2+(x
2)2
= (1/4) +x2+x
4
c) ((2x/3)+4y3)2
((2x/3)+4y3)2 = (2x/3)
2-2.(2x/3).4y
3+(4y
3)2= (4/9)x
2-(16/3)xy
3+16y
6
d) (2x+3y)3
(2x+3y)3 = (2x)
3+3.(2x)
2.3y+3.2x.(3y)
2+(3y)
3 = 8x
3+36x
2y+54xy
2+27y
3
a
xx
b
ba
log
loglog
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e) (x4+(1/x
2))
3
(x4+(1/x
2))
3 = (x
4)3+3.(x
4)2.(1/x
2)+3.x
4.(1/x
2)2+(1/x
2)3 = x
12+3x
6+3+(1/x
6)
f) ((2x/3)+(4y/5)).((2x/3)-(4y/5))
((2x/3)+(4y/5)).((2x/3)-(4y/5)) = (2x/3)2-(4y/5)
2 = (4/9)x
2-(16/25)y
2
2) Efetue as multiplicações:
a) (x-2)(x-3)
(x-2)(x-3) = x2+((-2)+(-3))x+(-2).(-3) = x
2-5x+6
b) (x+5)(x-4)
(x+5)(x-4) = x2+(5+(-4))x+5.(-4) = x
2+x-20
3) Simplifique as expressões:
a) (x+y)2–x
2-y
2
(x+y)2–x
2-y
2 = x
2+2xy+y
2–x
2-y
2 = 2xy
b) (x+2)(x-7)+(x-5)(x+3)
(x+2)(x-7)+(x-5)(x+3) = x2+(2+(-7))x+2.(-7) + x
2+(-5+3)x+3.(-5) =
x2-5x-14+ x
2-2x-15 = 2x
2-7x-29
c) (2x-y)2-4x(x-y)
(2x-y)2-4x(x-y) = (2x)
2-2.2x.y+y
2-4x
2+4xy = 4x
2-4xy+y
2-4x
2+4xy = y
2
II – EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU (COM UMA VARIÁVEL)
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. Exemplo
de equações;
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0
Não são exemplos de equações:
4 + 8 = 7 + 5 (não é uma sentença aberta1)
x – 5 3 (não é uma igualdade)
5 -2 (não é sentença aberta, nem igualdade)
A equação geral do primeiro grau é dada por: 0bax onde a e b são os números
conhecidos (constantes) racionais e a 0. Para resolver, subtraímos b em ambos os lados, obtendo:
bax . Dividindo agora a (em ambos os lados): ab
x
Considere a equação 2x – 8 = 3x – 10. A incógnita da equação (elemento desconhecido) é x.
Tudo o que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º membro e o que o sucede, 2º membro:
membro 2ºmembro 1º
103x82x
. Qualquer parcela do 1º ou do 2º membro é um termo da equação.
1 Entende-se como sentença fechada aquela que não possui um elemento variável; por consequência, a sentença aberta é
aquela que possui pelo menos um elemento variável.
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14
Raízes de uma equação Os elementos do conjunto verdade de uma equação são chamados raízes da equação. Para
verificar se um número é raiz de uma equação, devemos obedecer à seguinte sequência:
- Substituir a incógnita por esse número.
- Determinar o valor de cada membro da equação.
- Verificar a igualdade; sendo uma sentença verdadeira, o número considerado é raiz da equação.
Exemplos:
- Verifique quais dos elementos do conjunto universo são raízes das equações abaixo, determinando
em cada caso o conjunto verdade.
Resolva a equação x - 2 = 0, sendo U = {0, 1, 2, 3}.
Para x = 0 na equação x - 2 = 0 temos: 0 - 2 = 0 => -2 = 0. (F)
Para x = 1 na equação x - 2 = 0 temos: 1 - 2 = 0 => -1 = 0. (F)
Para x = 2 na equação x - 2 = 0 temos: 2 - 2 = 0 => 0 = 0. (V)
Para x = 3 na equação x - 2 = 0 temos: 3 - 2 = 0 => 1 = 0. (F)
- Verificamos que 2 é raiz da equação x - 2 = 0, logo V = {2}.
Resolva a equação 2x - 5 = 1, sendo U = {-1, 0, 1, 2}.
Para x = -1 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . (-1) - 5 = 1 => -7 = 1. (F)
Para x = 0 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 0 - 5 = 1 => -5 = 1. (F)
Para x = 1 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 1 - 5 = 1 => -3 = 1. (F)
Para x = 2 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 2 - 5 = 1 => -1 = 1. (F)
- A equação 2x - 5 = 1 não possui raiz em U, logo V = Ø.
Resolução de uma equação
Resolver uma equação consiste em realizar uma espécie de operações de operações que nos
conduzem a equações equivalentes cada vez mais simples e que nos permitem, finalmente,
determinar os elementos do conjunto verdade ou as raízes da equação. Resumindo: Resolver uma
equação significa determinar o seu conjunto verdade, dentro do conjunto universo considerado.
Na resolução de uma equação do 1º grau com uma incógnita, devemos aplicar os princípios
de equivalência das igualdades (aditivo e multiplicativo). Exemplos:
Sendo , resolva a equação .
MMC (4, 6) = 12
-9x = 10 => Multiplicador por (-1)
9x = -10
Como , então .
Sendo , resolva a equação:
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2 . (x - 2) - 3 . (1 - x) = 2 . (x - 4).
- Iniciamos aplicando a propriedade distributiva da multiplicação:
2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8
2x + 3x -2x = - 8 + 4 + 3
3x = -1
Como Q3
1, então
3
1V
Equações impossíveis e identidades
Sendo , considere a seguinte equação: 2 . (6x - 4) = 3 . (4x - 1).
Observe, agora, a sua resolução:
2 . 6x - 2 . 4 = 3 . 4x - 3 . 1
12x - 8 = 12x - 3
12x - 12x = - 3 + 8
0 . x = 5
Como nenhum número multiplicado por zero é igual a 5, dizemos que a equação é
impossível e, portanto, não tem solução. Logo, V = Ø.
Assim, uma equação do tipo ax + b = 0 é impossível quando e
Sendo , considere a seguinte equação: 10 - 3x - 8 = 2 - 3x.
Observe a sua resolução:
-3x + 3x = 2 - 10 + 8
0 . x = 0
- Como todo número multiplicado por zero é igual a zero, dizemos que a equação possui infinitas
soluções.
Equações desse tipo, em que qualquer valor atribuído à variável torna a equação verdadeira,
são denominadas identidades.
Pares ordenados Muitas vezes, para localizar um ponto num plano, utilizamos dois números racionais, numa
certa ordem.
Denominamos esses números de par ordenado. Exemplos:
Assim: Indicamos por (x, y) o par ordenado formado pelos elementos x e y, onde x é o 1º
elemento e y é o 2º elemento.
Observações:
De um modo geral, sendo x e y dois números racionais quaisquer, temos: . Exemplos:
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16
Dois pares ordenados (x, y) e (r, s) são iguais somente se x = r e y = s.
Representação gráfica de um Par Ordenado:
Podemos representar um par ordenado através de um ponto num plano. Esse ponto é
chamado de imagem do par ordenado.
Coordenadas Cartesianas: Os números do par ordenados são chamados coordenadas cartesianas.
Exemplos:
A (3, 5) ==> 3 e 5 são as coordenadas do ponto A.
Denominamos de abscissa o 1º número do par ordenado, e ordenada, o 2º número desse par. Assim:
Plano Cartesiano
Representamos um par ordenado num
plano cartesiano.
Esse plano é formado por duas retas, x e y
perpendiculares entre si.
A reta horizontal é o eixo das abscissas (eixo x).
A reta vertical é o eixo das ordenadas (eixo y).
O ponto comum dessas duas retas é denominado
origem, que corresponde ao par ordenado (0, 0).
Localização de um Ponto
Para localizar um ponto num plano cartesiano, utilizamos a seqüência prática:
- O 1º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das abscissas.
- O 2º número do par ordenado deve ser localizado no eixo das ordenadas.
No encontro das perpendiculares aos eixos x e y, por esses pontos, determinamos o ponto
procurado. Exemplo:
Localize o ponto (4, 3).
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17
Produto Cartesiano
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {3, 4}. Com auxílio do
diagrama de flechas ao lado formaremos o conjunto de todos os
pares ordenados em que o 1º elemento pertença ao conjunto A e
o 2º pertença ao conjunto B.
Assim, obtemos o conjunto: {(1, 3), (1, 4), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4)}
Esse conjunto é denominado produto cartesiano de A por B, e é indicado por:
ByAx e
Logo:
- Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, denominamos produtos cartesiano A x B o conjunto de
todos os pares ordenados (x, y) onde ByAx e
ByAxyxAxB e /,
Lê-se: o produto cartesiano AxB é igual ao par ordenado x,y tal que (/) x pertence a A e Y pertence
a B.
2.1 Inequações de 1º grau
Inequação de 1º grau é uma desigualdade condicionada em que a incógnita é de 1º grau.
Símbolos de desigualdade: >, <, ≥; ≤.
Exemplos: 2x > 4
3x – 5 < -3
4x – 8 ≤ 8 – 2x
A veracidade da desigualdade está condicionada ao valor da variável. Para alguns valores da
variável, a inequação será verdadeira e, para outros, será falsa.
- Resolução de uma inequação de 1º grau: para determinar o conjunto-solução de uma inequação do
1º grau, deve-se isolar a variável no primeiro membro de forma análoga à solução de uma equação
do 1º grau.
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18
Observação: sempre que se multiplicar ou dividir a inequação por um número negativo, inverte-se
o sinal da desigualdade.
Exemplo:
4
17417
141742142144324144
23
121224
xx
xxxxxxxxx
xx
xxx
III. EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU (COM DUAS VARIÁVEIS)
Considere a equação: 2x - 6 = 5 - 3y
Trata-se de uma equação com duas variáveis, x e y, pode ser transformada numa
equação equivalente mais simples. Assim:
2x + 3y = 5 + 6
2x + 3y = 11 ==> Equação do 1º grau na forma ax + by = c .
Denominamos equação de 1º grau com duas variáveis, x e y, a toda equação que pode ser
reproduzida sob a forma ax + by = c, sendo a e b números diferentes de zero, simultaneamente.
Na equação ax + by = c, denominamos:
teindependen termo - cy de ecoeficient - bx de ecoeficient - a
incógnita ou variáveis -yx
Exemplos:
8
032
4873
104
1532
30
yx
yx
yx
yx
yx
yx
Solução de uma equação de 1º grau com duas variáveis Quais os valores de x e y que tornam a sentença x - 2y = 4 verdadeira? Observe os pares
abaixo:
x = 6, y = 1
x - 2y = 4
6 - 2 . 1 = 4
6 - 2 = 4
4 = 4 (V)
x = 8, y = 2
x - 2y = 4
8 - 2 . 2 = 4
8 - 4 = 4
4 = 4 (V)
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19
x = -2, y = -3
x - 2y = 4
-2 - 2 . (-3) = 4
-2 + 6 = 4
4 = 4 (V)
Verificamos que todos esses pares são soluções da equação x - 2y = 4.
Assim, os pares (6, 1); (8, 2); (-2, -3) são algumas das soluções dessa equação.
Uma equação do 1º grau com duas variáveis tem infinitas soluções - infinitos (x, y) - , sendo,
portanto, seu conjunto universo .
Podemos determinar essas soluções, atribuindo-se valores quaisquer para uma das variáveis,
calculando a seguir o valor da outra. Exemplo:
- Determine uma solução para a equação 3x - y = 8.
Atribuímos para o x o valor 1, e calculamos o valor de y. Assim:
3x - y = 8
3 . (1) - y = 8
3 - y = 8
-y = 5 ==> Multiplicamos por -1
y = -5
O par (1, -5) é uma das soluções dessa equação. V = {(1, -5)}
Resumindo:
Um par ordenado (r, s) é solução de uma equação ax + by = c (a e b valores não-nulos
simultaneamente), se para x = r e y = s a sentença é verdadeira.
Gráfico de uma equação de 1º grau com duas variáveis:
Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas soluções. Cada
uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).
Dispondo de dois pares ordenados de uma equação, podemos representá-los graficamente
num plano cartesiano, determinando, através da reta que os une, o conjunto das solução dessa
equação. Exemplo:
Construir um gráfico da equação x + y = 4.
Inicialmente, escolhemos dois pares ordenados que solucionam essa equação.
1º par: A (4, 0)
2º par: B (0, 4)
A seguir, representamos esses pontos num plano cartesiano.
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20
x y
4 0
0 4
Finalmente, unimos os pontos A e B, determinando a reta r, que contém todos os pontos
soluções da equação.
A reta r é chamada reta suporte do gráfico da equação.
Sistemas de Equações Considere o seguinte problema:
Um jogador, em sua última partida, acertou x arremessos de 2 pontos e y arremessos de 3
pontos. Ele acertou 25 arremessos e marcou 55 pontos. Quantos arremessos de 3 pontos ele
acertou?
Podemos traduzir essa situação através de duas equações, a saber:
x + y = 25 (total de arremessos certos)
2x + 3y = 55 (total de pontos obtidos)
Essas equações contém um sistema de equações. Costuma-se indicar o sistema usando
chave.
5532
25
yx
yx
O par ordenado (20, 5), que torna ambas as sentenças verdadeiras, é chamado solução do
sistema.
Um sistema de duas equações com duas variáveis possui uma única solução.
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21
Resolução de Sistemas
A resolução de um sistema de duas equações com duas variáveis consiste em determinar um
par ordenado que torne verdadeiras, ao mesmo tempo, essas equações.
Estudaremos a seguir alguns métodos:
Método da substituição
332
4
yx
yx
Solução:
- Determinamos o valor de x na 1ª equação.
x = 4 - y
- Substituímos esse valor na 2ª equação.
2 . (4 - y) -3y = 3
- Resolvemos a equação formada.
8 - 2y -3y = 3
-5y = -5 => Multiplicamos por -1
5y = 5
15
5y
- Substituímos o valor encontrado de y, em qualquer das equações, determinando x.
x + 1 = 4
x = 4 - 1
x = 3
- A solução do sistema é o par ordenado (3, 1) - V = {(3, 1)}
Método da adição
Sendo U = , observe a solução de cada um dos sistemas a seguir, pelo método da
adição.
Resolva o sistema abaixo:
6
10
yx
yx
Solução:
- Adicionamos membro a membro as equações:
2x = 16
x = 8
- Substituímos o valor encontrado de x, em qualquer das equações, determinado y:
8 + y = 10
y = 10 - 8
y = 2
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22
- A solução do sistema é o par ordenado (8, 2)
V = {(8, 2)}
IV – FUNÇÕES
Função é uma relação R de A em B que associa a cada elemento x A um único elemento y
B, tal que (x,y) R, denominada função de A em B e é indicada por:
xfxxfy
yxfBAf
ou
ou ::
Ou seja, de um modo geral, dados dois conjuntos A e B, e uma relação entre eles, dizemos
que essa relação é uma função de A em B se e somente se, para todo x A existe um único y
B de modo que x se relacione com y.
O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico
de função é: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça
corresponder a todo elemento do primeiro conjunto um único elemento do segundo, ocorre uma
função.
O uso de funções pode ser encontrado em diversos assuntos. Por exemplo, na tabela de
preços de uma loja, a cada produto corresponde um determinado preço. Outro exemplo seria o
preço a ser pago numa conta de luz, que depende da quantidade de energia consumida.
Domínio e Imagem de uma Função:
O domínio de uma função é sempre o próprio conjunto de partida, ou seja, D=A. Se um
elemento x A estiver associado a um elemento y B, dizemos que y é a imagem de x (indica-se
y=f(x) e lê-se “y é igual a f de x”).
Exemplo: se f é uma função de N em N (isto significa que o domínio e o contradomínio são os
números naturais) definida por y=x+2. Então temos que:
A imagem de 1 através de f é 3, ou seja, f(1)=1+2=3;
A imagem de 2 através de f é 4, ou seja, f(2)=2+2=4;
De modo geral, a imagem de x através de f é x+2, ou seja: f(x)=x+2.
Numa função f de A em B, os elementos de B que são imagens dos elementos de A através
da aplicação de f formam o conjunto imagem de f.
Existem duas condições para que uma relação f seja uma função:
1ª) O domínio deve sempre coincidir com o conjunto de partida, ou seja, todo elemento de A deve
ter um correspondente valor em B; se tivermos um elemento de A sem elemento em B, a relação
não é função.
2ª) Cada elemento de A deve ter uma única correspondência em B; se um elemento de A tiver mais
de um valor de correspondência, a relação não é função.
Observações:
Como x e y têm seus valores variando nos conjuntos A e B, recebem o nome de variáveis (ou
incógnitas).
A variável x é chamada variável independente e a variável y, variável dependente, pois para
obter o valor de y dependemos de um valor de x.
Uma função f fica definida quando são dados seu domínio (conjunto A), seu contradomínio
(conjunto B) e a lei de associação y=f(x).
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23
EXERCÍCIOS:
1) Considere a função f: A B representada pelo diagrama a seguir:
Determine:
a) o domínio (D) de f;
b) f(1), f(-3), f(3) e f(2);
c) o conjunto imagem (Im) de f;
d) a lei de associação
Resolução:
a) O domínio é igual ao conjunto de partida, ou seja, D=A.
b) f(1)=1, f(-3)=9, f(3)=9 e f(2)=4.
c) O conjunto imagem é formado por todas imagens dos elementos do domínio, portanto: Im =
{1,4,9}.
d) Como 12=1, (-3)
2=9, 3
2=9 e 2
2=4, temos y=x
2.
2) Dada a função f:R R (ou seja, o domínio e a contradomínio são os números reais) definida por
f(x)=x2-5x+6, calcule:
a) f(2), f(3) e f(0);
b) o valor de x cuja imagem vale 2.
Resolução: a) f(2)= 2
2-5(2)+6 = 4-10+6 = 0
f(3)= 32-5(3)+6 = 9-15+6 = 0
f(0)= 02-5(0)+6 = 0-0+6 = 6
b) Calcular o valor de x cuja imagem vale 2 equivale a resolver a equação f(x)=2, ou seja, x2-
5x+6=2. Utilizando a fórmula de Bháskara encontramos as raízes 1 e 4. Portanto os valores
de x que têm imagem 2 são 1 e 4.
Obtenção do Domínio de uma Função:
O domínio é o subconjunto de R no qual todas as operações indicadas em y=f(x) são
possíveis.
Vamos ver alguns exemplos:
-1
-3
3
2
1
9
4
5
A B
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24
Agora o denominador: como 3 - x está dentro da raiz devemos ter 3 - x 0, mas além disso ele
também está no denominador, portanto devemos ter 3 - x 0. Juntando as duas condições devemos
ter: 3 - x > 0, ou seja, x < 3 (condição 2).
Resolvendo o sistema formado pelas condições 1 e 2 temos:
3232
3
2
xxx
x
x
Devemos considerar o intervalo que satisfaz as duas condições ao mesmo tempo.
Portanto, D={x R | 2 x < 3}.
Raízes de uma Função:
Dada uma função y=f(x), os valores, os valores de x para os quais f(x)=0 são chamados
raízes de uma função. No gráfico cartesiano da função, as raízes são abscissas dos pontos onde o
gráfico corta o eixo horizontal. Observe o gráfico abaixo:
x
y
x1 x2 x3
1) (condição 2 seja, ou ,02 terdevemos então raiz,da dentroestá 2-x como :numerador o primeiroanalisar Vamos
3
2)( )3
}1/{: Então.1 seja, ou ,01 Portanto
zero).por divisão existe não (pois nuloser poderá não ele r,denominado é 1 Como1
5)( )2
}2/{então, ,2 seja, ou ,042 se Rem possível é só 42 Como
42)( )1
xx
x
xxf
xRxDxx
xx
xf
xRxDxxx
xxf
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25
FUNÇÃO DE 1º GRAU
Definição: Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de R em
R dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado
termo constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua
aos eixos Ox e Oy.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x – 1. Como o gráfico é uma reta, basta obter dois
de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é .
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
3
1
0
Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta.
O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos diante, está
ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos
bbay 0 . Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.
Zero e Equação do 1º Grau Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x
tal que f(x) = 0.
Temos:
f(x) = 0 ax + b = 0
Vejamos alguns exemplos:
Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5:
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26
f(x) = 0 2x - 5 = 0
Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6:
g(x) = 0 3x + 6 = 0 x = -2
Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abscissas:
O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então:
h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x = 5
Crescimento e decrescimento Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e
observar o que ocorre com y:
X -3 -2 -1 0 1 2 3
Y -10 -7 -4 -1 2 5 8
Notamos que, quando aumentamos o valor de x, os correspondentes valores de y também
aumentam. Dizemos, então que a função y = 3x - 1 é crescente.
Observamos novamente seu gráfico:
Regra geral:
- A função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0);
- A função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);
Justificativa:
- Para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2).
- Para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).
Sinal Estudar o sinal de uma função qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é
positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b e vamos estudar seu sinal. Já vimos que
essa função se anula para raiz a
bx . Há dois casos possíveis:
1º) a > 0 (a função é crescente)
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27
y > 0 ax + b > 0 x >
y > 0 ax + b < 0 x <
Conclusão: y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores de x menores
que a raiz
2º) a < 0 (a função é decrescente)
y > 0 ax + b > 0 x <
y > 0 ax + b < 0 x <
Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x
maiores que a raiz.
FUNÇÃO QUADRÁTICA Definição: Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de R
em R dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1
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28
f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1
f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5
f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0
Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax
2 + bx + c, com a 0, é uma curva
chamada parábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
- Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em
seguida, ligamos os pontos assim obtidos.
x y
-3 6
-2 2
-1 0
2
1
4
1
0 0
1 2
2 6
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;
Zero e Equação do 2º Grau Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax
2 + bx + c , a 0, os
números reais x tais que f(x) = 0.
Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax
2 + bx
+ c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bháskara:
acabb
x
2
42
Temos:
Observação:
- A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o radicando
, chamado discriminante, a saber:
- quando é positivo, há duas raízes reais e distintas;
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- quando é zero, há só uma raiz real;
- quando é negativo, não há raiz real.
Coordenadas do vértice da parábola - Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V;
- Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Em qualquer caso, as coordenadas de V são . Veja os gráficos:
Imagem
O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a 0, é o conjunto dos valores que y
pode assumir. Há duas possibilidades:
1ª - quando a > 0,
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30
2ª quando a < 0,
Construção da Parábola É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares (x, y),
mas seguindo apenas o roteiro de observação seguinte:
- O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;
- Os zeros definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;
- O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
- A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
- Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo
dos y.
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Sinal Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax
2 + bx + c e determinemos os valores de x
para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos.
Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º - > 0 - Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola
intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
quando a > 0
y > 0 (x < x1 ou x > x2) y < 0 x1 < x < x2
quando a < 0
y > 0 x1 < x < x2 y < 0 (x < x1 ou x > x2)
2º - = 0