I Seminário de Atenção Primária à Saúde: A Universidade e o Serviço de Saúde São Paulo-SP...
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I Seminário de Atenção Primária à Saúde: A Universidade e o
Serviço de Saúde
São Paulo-SPMarço - 2006
Caracteriza-se por um conjunto de ações promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, desenvolvida no individual e nos coletivos, por meio de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas.No SUS, se constitui-se como um nível hierárquico da atenção, que deve estar organizado em todos os
municípios do país.
Atenção Básica ou APS
Ser baseada na realidade local
Considerar os sujeitos em sua singularidade, complexidade, integridade e inserção sócio-cultural
Orientar-se:
Pelos princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, hierarquização
Pelos princípios próprios: acessibilidade, vínculo, coordenação, continuidade do cuidado, territorialização e adscrição de clientela, responsabilização, humanização.
Atenção Básica ou APS
Deve:
Elementos fundamentais dos Serviços de Atenção Básica
• Capacidade para organizar os serviços e a rede de atenção
• Prestação de serviços
• Desempenho clínico
• Resultados da atenção
Atenção Primária à Saúde no mundo
• Tendência dos sistemas de saúde no mundo – Europa, Canadá, América Latina
• Consenso – sistemas de saúde orientados pelos princípios da APS alcançam melhores indicadores de saúde, tem menores custos e maior satisfação dos usuários
• Dissenso – mecanismos operacionais para implantação dos princípios
Evidências para gestão
Um sistema de saúde com forte base em Atenção Primária é mais eficiente e mais eqüanime, mesmo em situações de grande iniqüidade social (Macinko,2004, Perrin, 1997; Halfon, 1996; Bindman,1995;Casanova e Starfield,
1995; Parchman e Culler, 1994; Billings, 1993; Weissman, 1992; Billings e Teicholz,1990, Billings,1989, Starfield, 1985).
O número de médicos generalistas na atenção primária por habitante tem efeito positivo sobre indicadores vitais como mortalidade global, mortalidade por cardiopatia isquêmica, mortalidade por câncer, mortalidade neonatal, expectativa de vida ao nascer e baixo peso ao nascer.
(Shi,1994).
Saúde da Família
Constitui uma estratégia para o fortalecimento e organização da APS
no Brasil
Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos essenciais de qualidade na APS mantendo o foco da atenção nas famílias da comunidade
Busca o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde no modelo de Promoção da Saúde
Pró-atividade perante indivíduos, famílias e comunidade
Foco na Família – produção social do processo saúde-doença
Humanização, Acolhimento, Vínculo e Cuidado ao longo do tempo – Ações de prevenção, promoção, tratamento, recuperação e manutenção da saúde
A estratégia Saúde da Família na APS
Integralidade, planejamento e coordenação do cuidado
Território e comunidade adstrita Trabalho em equipe Co-responsabilidade entre profissionais e famílias assistidas
Estímulo à participação social
Intersetorialidade das ações
A estratégia Saúde da Família na APS
ObjetivaA Reorganização do Modelo de Atenção à
Saúde - SUSA Reorientação das Práticas Profissionais
Com base no conceito ampliado do processo saúde-doença
A estratégia Saúde da Família na APS
A estratégia Saúde da Família na APS
Princípios gerais
Caráter substitutivo Atuação no território – cadastramento, diagnóstico situacional, ações pactuadas comunidade, postura pró-ativa Planejamento e programação Integração com instituições e organizações sociais Construção de cidadania
1. Pró-Atividade na comunidade e Acolhimento
2. Vinculação das famílias à uma equipe3. Responsabilização de cada membro da
equipe4. Vínculo (afetivo e solidário)
planejamento de ações (respeitando os modos do usuário-família)
5. Plano Terapêutico (medicamentoso, cirúrgico, de promoção e prevenção)
6. Cuidado longitudinal e Auto-cuidado
A Produção do Cuidado na SF
1. Atenção centrada na doença
2. Atua sobre a demanda espontânea
3. Ênfase na medicina curativa
4. Trata o indivíduo como objeto da ação
de para
1. Atenção centrada na saúde
2. Responde à demanda de forma continuada e racional.
3. Ênfase na integralidade da assistência - Cuidado
4. O indivíduo é sujeito, integrado a família, ao domicílio, à comunidade.
A Produção do Cuidado na SF
de para
A Produção do Cuidado na SF
5. Baixa capacidade de resolver problemas
6. Saber e poder centrado no profissional de saúde
7. Desvinculado da comunidade
8. Relação custo/benefício desvantajosa
5. Otimização da capacidade de resolver problemas
6. Saber e poder centrados na equipe e comunidade
7. Vinculado à comunidade
8. Relação custo benefício otimizada
FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
1998 1999 2000 2001
2003 2004 2005*
0% 0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% 75 a 100%
20022002
Evolução da Implantação de Equipes de Saúde da Família - BRASIL, 1998/2005
Distribuição per capita dos Recursos Financeiros da Atenção Básica em reais/hab/ano - BRASIL –
1998 e 2005
FONTE: DATASUS
até 20de 20 a 40de 40 a 60de 60 a 80mais de 80
1998 2005
FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e ACS
BRASIL - JANEIRO/2006
Nº ESF – 24.872Nº MUNICÍPIOS - 5.005
Nº ACS – 209.446Nº MUNICÍPIOS - 5.249
Nº ESB – 12.847Nº MUNICÍPIOS – 3.945
ESF/ACS/SB
ACS
SEM ESF, ACS E ESB
ESF
ESF/ACS
Política Nacional da Atenção Básica
Conteúdo
• princípios gerais
• responsabilidades de cada esfera de governo
• infra-estrutura e recursos necessários
• características do processo de trabalho
• atribuições dos profissionais
• diretrizes para educação permanente
• regras de financiamento
Política Nacional da Atenção Básica
Revisão de toda a regulamentação da Atenção Básica
Revogação de 27 Portarias, reunindo em um único documento quase toda a regulamentação em vigor
Principais Mudanças
Política Nacional da Atenção Básica
Principais Mudanças
• Saúde da Família definida como estratégia de organização da AB
• Caráter substitutivo da SF em relação à AB
• Parâmetro de pessoas por ESF: até 4.000
• Integração SB e ESF: responsabilidade pela mesma população e território
• Definição de carga horária de 40 horas semanais
Política Nacional da Atenção Básica
Principais Mudanças
• Definição de Infra estrutura e recursos necessários
• Educação permanente: responsabilidade conjunta SES e SMS, com recursos das 3 esferas
Política Nacional da Atenção Básica
Principais Mudanças - Financiamento
• Definição do Teto Financeiro do Bloco AB e diminuição das rubricas de transferência
• Atualização da base populacional IBGE 2005 - PAB
• Fim do financiamento por faixa de cobertura: duas modalidades de incentivo para ESF
• ESF mod 1:R$ 8.100,00 e ESF mod 2 R$ 5.400,00
Política Nacional da Atenção Básica
Principais Mudanças - Financiamento
• Compensação de Especificidades Regionais
• Definição de irregularidades e fluxos para suas adequações e suspensão de recursos
• Incentivo implantação: ampliação do recurso e uso para investimento e realização do Curso Introdutório
Política Nacional da Atenção Básica
Principais Mudanças - Financiamento
• Definição de recursos em estruturação das UBSpara municípios que:
• em suas UBS, recebam alunos de graduação contemplados no PROSAÚDE – R$ 100.000,00/curso
• tiverem médicos cursando residência em medicina de família e comunidade, credenciada pela CNRM – R$30.000,00/aluno residente
Política Nacional da Atenção Básica
Antonio Dercy Silveira Filho
Departamento de Atenção BásicaDAB/SAS/MS
telefones: (61) 3315-2497 ou [email protected]