IEFPinformação - N.º 1 2014

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Número 1 Maio / 2014 [email protected] “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.” Esopo

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Revista do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto - Número 1

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Número 1 Maio / 2014 [email protected]

“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.” Esopo

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Editorial

Agenda

Notícias

Vamos falar de…

Práticas

Nós

Ecos

Recortes

Investigação

Pedagogia

Recomendamos

Casos de Sucesso

Emprego

N.º 1 Maio de 2014 2

Revista: IEFPinformação Número: 1 - Maio de 2014 Grafismo e Edição: Marco Bento Filipe Castro Sónia Coelho Publicação Trimestral

Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Rua Peso da Régua – Bairro do Cerco 4300-409 PORTO Telefone: 225377053 / Fax: 225101018 Email Revista: [email protected] / CEFPPorto: [email protected]

A EQUIPA

Margarida Dias

Rodrigo Santos

Emília Moreira

Sandra Guimarães

Mário Coelho

Marta Venâncio

Paula Ramos

Marco Bento

Filipe Castro

Sónia Coelho

TEMA: As Profissões

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O primeiro número do IEFPInformação coincide com a realização do campeonato nacional das profissões 2014. Durante uma semana temos o privilégio de acolher os jovens concorrentes de cada uma das regiões do País naquele que é um momento ímpar para mostrar o que de melhor se faz em formação profissional em Portugal. Não são vaidades, nem tão pouco caprichos! O campeonato é o corolário do empenho, do esforço e da vontade de fazer bem, destes jovens que escolheram a formação profissional como a via para a sua formação e preparação futura para o mercado de trabalho. É o palco onde estes jovens mostram ao País que a formação profissional é um caminho sério, digno, ainda que por vezes essa escolha possa ter sido involuntária! Quando há cinco meses iniciamos a preparação desta competição, que já por si representava um grande desafio, alguns de nós sentíamos, no íntimo, que aquilo que estava a ser proposto parecia irrealizável em tão pouco tempo! Contudo a oportunidade de organizar o campeonato casava com a oportunidade de retomar um projeto de requalificação daquele que é o mais antigo centro de formação profissional do País. O desafio ganhava assim ainda maior dimensão, e com ela crescia também o entusiasmo e o envolvimento de toda a equipa! Nasce assim, no seio da equipa, a ideia de criar um meio de divulgação e de informação próprio do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, com caráter regular, tendo por objetivo não só promover e dar a conhecer a atividade do Centro, nas suas diversas áreas, do emprego, da formação e da reabilitação profissional, como ainda permitir a publicação de artigos especializados e de investigação em temas de atualidade respeitantes à área do emprego e da formação profissional em geral. Estamos, pois, hoje a comemorar o lançamento do IEFPInformação.

Porto, 25 de maio de 2014

Todo o começo é involuntário…

Rui Valente Diretor do CEFPP-IEFP

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Decorre entre os dias 26 e 30 de maio, no hall de entrada do Piso 3 da Escola Profissional de Gaia, uma recolha de roupa para Instituições de Solidariedade Social. Esta ação está inserida no projeto do tema de vida, denominado “Eu, nós e os outros”, do curso EFA B3 de Logística e Armazenagem.

Decorre no Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, na Escola de Hotelaria e Turismo e no Dolce Vita do Porto, entre os dias 25 e 30 de maio, o Campeonato Nacional das Profissões.

A Área da Saúde vai estar presente com diversas atividades de sensibilização ao longo da semana. A sensibilização para a recolha de Dádivas de Sangue e inscrição no Banco Nacional de Medula Óssea será uma delas. A Dádiva de Sangue é uma necessidade, uma vez que Portugal não é autónomo nas suas reservas de sangue. Desta forma e em colaboração com o Instituto do Sangue e da Transplantação, IP (www.ipst.pt), vai ser realizada uma recolha de sangue no dia27 de Maio entre as 14h00 e as 18h00 nas instalações do Cerco – Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Contamos com a vossa participação através das inscrições: envio de email com nome e data de nascimento para: [email protected] e [email protected]

A partir de hoje e trimestralmente é publicado o primeiro número da revista do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto.

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Os cursos de Educação e Formação para Adultos (EFA) visam elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da vida. DESTINATÁRIOS: Candidatos empregados, em risco de desemprego ou desempregados (m/f) com Idade igual ou superior a 18 anos ou 23 anos CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: inferiores ao 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade / Condições específicas exigidas para a respetiva saída profissional CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações / Equivalência escolar ao 6º, 9º ou 12º ano de escolaridade

DESIGNAÇÃO INÍCIO TIPOLOGIA CONDIÇÕES DE

ACESSO LOCAL

CANALIZADOR JUNHO B3 18 anos; 6º ano Serviço Formação - Cerco OPERADOR (A) DE JARDINAGEM JUNHO B3 18 anos; 6º ano Serviço Formação - Cerco OPERADOR (A) DE JARDINAGEM JUNHO B2 18 anos; 4º ano Serviço Formação - Cerco ELETRICISTA DE INSTALAÇÕES JUNHO B3 PRO 18 anos; 9º ano Serviço Formação - Cerco ELETRICISTA DE INSTALAÇÕES JUNHO B3 18 anos; 6º ano Serviço Formação - Cerco REPARADOR DE CARROÇARIAS JUNHO B3 18 anos; 6º ano Serviço Formação - Cerco CARPINTARIA JUNHO B2 18 anos; 4º ano Serviço Formação - Cerco CABELEIREIRO (A) JUNHO B3 PRO 18 anos; 9º ano Serviço Formação - Ciríaco TÉCNICO (A) AUXILIAR DE SAÚDE JUNHO NS 23 anos; 9º ano Serviço Formação - Ciríaco

Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - EFA

Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou : Centro de Emprego e Formação Profissional: Rua Peso da Régua, S/N, 4300-409 Porto Telefone: 225377053/4/5 Fax: 225101018

As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação.

E-mail: [email protected]

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Formação Profissional com Certificação Escolar e Profissional - Aprendizagem

Para qualquer esclarecimento contactar o Centro de Emprego da área de residência ou : Centro de Emprego e Formação Profissional: Rua Peso da Régua, S/N, 4300-409 Porto Telefone: 225377053/4/5 Fax: 225101018

As datas podem ser alteradas por motivo de planeamento e organização da formação.

E-mail: [email protected]

Os cursos de Aprendizagem são cursos de formação profissional inicial, em alternância, dirigidos a jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. DESTINATÁRIOS: Candidatos ao primeiro emprego (preferencialmente) e desempregados (m/f) com Idades compreendidas entre 15 e 24 anos CONDIÇÕES DE ACESSO: Habilitações escolares: 9º ano de escolaridade CERTIFICAÇÃO: Certificado de Qualificações / Equivalência escolar ao 12º ano de escolaridade

DESIGNAÇÃO INÍCIO LOCAL

TÉCNICO (A) AUXILIAR DE SAÚDE JUNHO A DESIGNAR

TÉCNICO (A) DE LOGÍSTICA JUNHO A DESIGNAR

TÉCNICO (A) DE INFORMÁTICA – REDES JUNHO Serviço Formação - Ciríaco

TÉCNICO (A) DE MECATRÓNICA SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO (A) DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO (A) DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO (A) DE VENDAS SETEMBRO A DESIGNAR

TÉCNICO (A) DE ESTÉTICA/COSMETOLOGIA SETEMBRO Serviço Formação - Ciríaco

TÉCNICO (A) DE MAN. INDUSTRIAL METALURGIA E METALOMECÂNICA SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO (A) DE ELETROTECNIA SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

TÉCNICO (A) DE MULTIMÉDIA SETEMBRO Serviço Formação - Ciríaco

TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO SETEMBRO Serviço Formação - Cerco

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Projeto da revista IEFPinformação

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A formação apresenta-se nos dias de hoje a atravessar uma nova dinâmica, na relação entre a instituição de formação e o mundo. O formando é colocado sobre novos desafios e interesses, aos quais as instituições formativas têm necessariamente que acompanhar e tentar enveredar por uma postura competitiva e motivadora. Deste modo, relacionando temas dos referenciais, dos quais nenhuma instituição de formação poderá descartar, temos o dever de interagir e proporcionar aos formandos novas formas de aprendizagem desses conteúdos, levando-os a explorar e construir esse mesmo conhecimento, através da construção de materiais, incentivando a pesquisa e orientando a dinamização de atividades enriquecedoras e aliciantes do ponto de vista tecnológico e prático. O emprego e a profissão são temas globalizantes, do qual o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto não se pode imiscuir.

Assim, assumimos preocupação com determinadas questões relacionados com o futuro dos nossos formandos, de modo a potenciar a empregabilidade fornecendo novas ferramentas para encarar o mercado de trabalho. Deste modo, fazemos da nossa política formativa a reeducação de toda a comunidade formativa, fornecendo conhecimento aos formandos, no que respeita às questões de reciclagem nas práticas profissionais, ao nível das competências práticas e teóricas de uma profissão, ao nível da cidadania e de noções de empregabilidade. Consideramos o processo de construção da revista IEFPinformação e as abordagens nela contidas, uma outra forma de potenciar essa reeducação formativa e profissional, como forma de ilustrar e dar a conhecer o processo formativo do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Temos em linha de conta os objetivos atingidos, os sucessos das práticas formativas, mas também o despertar da comunidade envolvente para outras formas de lidar com as questões da formação, como forma de a melhorar. A nova formação passa por esta envolvência na construção do próprio conhecimento e da valorização da e pela comunidade formativa, no todo dos seus agentes, instituição, formadores, formandos e técnicos. A participação com entusiasmo dos formandos e formadores em projetos concretos prova, que a formação da lousa e do giz ficou há muito pelo caminho e a adaptação ou não de uma nova realidade é que vai definir o nível sucesso formativo.

Marco Bento Filipe Castro Sónia Coelho

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Tertúlia – Aprender a Empreender

Os Bombeiros Voluntários de Ermesinde aceitaram o convite, disponibilizando-se gratuitamente para dar uma ação de formação em 1º Socorros a um grupo de formandos que estão a frequentar um percurso incompleto de Agente em Geriatria, no âmbito da modalidade de intervenção Vida Ativa – Formar e Integrar, promovida pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Tendo em conta que este tipo de formações são de relevante importância, pois salvar uma vida depende de uma resposta corajosa e rápida e de um desempenho adequado, principalmente quando trabalhamos no dia a dia com pessoas idosas. Com a presente formação os formandos tiveram a oportunidade de aprofundar o seu conhecimento em matéria de primeiros socorros mais comuns nos idosos, bem como efetuar a prevenção destes quanto possível. Podemos dizer que esta iniciativa teve uma avaliação muito positiva, pois os formandos foram surpreendidos com o que de melhor se faz nas formações do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Olga Cardoso Agente em Geriatria Ermesinde - Vida Ativa

No âmbito da modalidade de intervenção Vida Ativa – Formar e Integrar, promovida pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, e coordenado pela Engenheira Marta Venâncio, duas turmas de formandos que estão a frequentar formação na área do Empreendedorismo decidiram ultrapassar as barreiras da sala de formação e organizar uma Tertúlia com o objetivo de enriquecer a formação de uma forma proactiva e aprender a empreender com pessoas experientes na área do empreendedorismo.

De forma a tornar este evento mais polivalente foi pedido a todos os participantes que contribuíssem com um alimento que foram doados à “Plataforma Solidária”.

Carmina Lopes Araújo

Formação Modular Vida Ativa Técnico/a de Turismo Ambiental e Rural

Formação em Primeiros Socorros

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Projeto INOVA

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Considerando o projeto de ideias criativas e inovadoras, a turma de Técnicos de Mecatrónica Automóvel concorreu ao concurso INOVA. Este projeto pretendia dar a conhecer o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, desde os nossos serviços, a oferta formativa e instalações, já que, pela dimensão do Centro, é relativamente desconhecido. A proposta passou pela criação de um Guia Interativo, denominado de IEFPinterativo, sendo este bastante intuitivo e de fácil consulta, permitindo dar a conhecer o Centro e suas secções aos formandos e público em geral, assim como apresentar os nossos serviços e valências de uma forma integrada, promovendo as saídas profissionais nas áreas ligadas a eletrónica, mecânica automóvel, eletricidade e mecatrónica. O projeto estava inserido na categoria INOVA criatividade ensino secundário e foi dinamizado e orientado pelos formadores Marco Bento e Filipe Castro.

O projeto visou uma interatividade com o utilizador / visitante, através de um mapa geral interativo do Centro de formação, com uma legenda lateral, no qual o utilizador ao clicar na legenda ou ícone associado, visualizará no mapa a respetiva localização. O mapa geral é interativo também no que respeita aos pavilhões que o compõem, visto que quando o utilizador clica num qualquer espaço do Centro, esse mapa amplia e mostra as informações mais detalhadas que o utilizador pretendia, inclusivamente com uma breve descrição do local selecionado, juntamente com imagens e vídeos. O projeto visava o funcionamento num dispositivo tátil, de modo a que fosse mais fácil para os utilizadores a própria interatividade. Para o projeto criou-se um blogue de acompanhamento e discussão de ideias (www.iefpi.blogspot.pt).

Marco Bento

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Sabemos que a educação/formação é um fenómeno observado em qualquer sociedade e nos grupos que a constituem. Contudo, é a sociedade, no sentido mais lato, a grande responsável pela manutenção e perpetuação da Educação/Formação. Desde há muitos anos, que a sociedade educa e forma as gerações que se seguem, transpondo os modos culturais de ser, estar e agir, que são necessários à convivência e ao ajustamento de um cidadão à sua sociedade. Ao analisarmos esta sociedade, verificamos que, atualmente, esta se insere num novo paradigma, sendo cada vez mais tecnológica. Assim, e uma vez mais, terão de ser as entidades formativas a adaptar-se às novas realidades e aos novos contextos educativos e formativos. Hoje, a formação concorre diretamente com a MTV e/ou com a Playstation, pelo que deveremos usar novas ferramentas e novos métodos de abordar conteúdos. As novas gerações cresceram com um comando numa mão e com um rato na outra, como referem Lencastre & Chaves (2003) «(…) a nova geração nasceu num universo invadido pela imagem (…)». Notamos que, grande parte do uso de uma imagem é unicamente motivador e ilustrativo, conforme nos referem Lencastre & Chaves (2003) «(…) é um uso redutor no processo ensino / aprendizagem, e as suas potencialidades não estão a ser adequadamente usadas.» Desta forma, os formadores devem ter em conta novos sistemas de ensino e a forma como abordam este novo paradigma social. Verificamos que a imagem ilustrou o texto durante muitos anos, quando a imagem apenas acompanhava o texto. Porém, o papel do texto nos meios tecnológicos é elucidar sobre algo que primeiro foi experimentado como imagem, são exemplo os “smileys”, caracteres que tentam expressar emoções nos textos. Esta ideia é expressa por Lencastre & Chaves (2003) «O ensino pela imagem é importante porque marca o reconhecimento da imagem já não apenas como um auxiliar que pode servir outras linguagens, mas enquanto linguagem específica, com valor próprio.»

Ensinar pela imagem

Com efeito, o ensino pela imagem deve, além de motivar e ilustrar, servir de instrumento de comunicação e conhecimento, para que um formando possa obter a maior quantidade de informação possível. Para tal, o papel do formador é fulcral, visto que ajudará o formando no processo de descodificação de uma imagem, sempre com interações e diálogos com os formandos e estes com os seus pares, podendo traduzir a imagem em palavras e iniciar um processo que Lencastre & Chaves (2003) denominam de «alfabetismo visual». Assim, podemos referir que a leitura de uma imagem é um processo que pode ser simples, se esta leitura for denotativa, mas que deve ser mais complexo, com uma leitura conotativa, pois implica muito mais com a interpretação de cada formando, o que o torna parte central no processo de aprendizagem de um conteúdo. Apresentamos algumas metodologias de observação de documentos iconográficos (imagens):

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Cada uma destas metodologias são potenciais formas de motivar e desenvolver competências nos formandos, quer seja com um método formalista, em que usamos as imagens para ilustrar conceitos ou objetos (exemplificar um determinado componente de um automóvel), quer seja num método estruturalista que apela à interpretação de uma imagem e que varia de quem a observa, mas desenvolve capacidade de argumentação e de estruturação de conceitos. Em suma, cada formador é e será, cada vez mais, responsável por orientar os seus formandos na interpretação de imagens, nomeadamente, selecionando o nuclear do acessório e, sobretudo, tentando dar resposta a uma sociedade que anseia por uma formação digital, motivadora e integradora.

BIBLIOGRAFIA LENCASTRE, José Alberto & CHAVES, José Henrique (2003). Ensinar pela Imagem. Revista Galego-Portuguesa de Psicopedagoxía e Educación. N 8 (Vol. 10) Ano 7. 2100-2105. ISNN: 1138-1663

Marco Bento

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“Aprender” Singrar na vida

Há em minha existência infinitas estradas e direções olho, pr’a cada uma delas a ondular no mar de confusões!

Por descobrir o projeto que é de mim cercado de ideias nesse destino, trazem desafios sem fim.

Bem cedo, de sabedorias enchi a sacola e, continuei a aprender... para lá, das certezas da escola.

O que sei, já não é! tal a diferença, tal a mudança, Voo, por isso, voando feliz Sob infinitas estradas, voo porque sou eterno aprendiz.

A minha experiência como formadora, ao longo de onze anos, permitiu-me reconhecer que o ensino profissional não é uma alternativa, mas, isso sim, uma oportunidade. O Centro de Emprego e Formação Profissional tem vindo a apostar cada vez mais na formação profissional, porque entende que jovens e adultos precisam de uma motivação para dar um rumo diferente à sua vida. Esta é a possibilidade de poderem integrar-se no mercado de trabalho com conhecimento de causa, possuindo competências numa área específica. Como diria o escritor brasileiro Francisco Andrade “A vida é uma longa e árdua caminhada, onde enfrentamos desafios e dificuldades, que devem ser vencidos e superados, em busca de conquistas e realizações”. Com a crise que nos assola e o aumento de desemprego, esta nossa sociedade empobrecida necessita de um estímulo para a criatividade/inovação. Encaro a minha passagem pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto como uma viagem que tem vindo a acrescentar algo à minha bagagem cultural. Tenho desenvolvido vários trabalhos com os formandos, que despertam o seu sentido crítico e criativo, pois o espaço da formação é palco de várias aprendizagens. Recordo-me de ter proposto a redação de uma peça de teatro a uns formandos do Curso de Jardinagem, subordinada ao tema de vida, o que se tornou uma aventura saudável. Os formandos sentiram-se verdadeiros protagonistas de uma história que os próprios criaram, tendo vestido exemplarmente a pele das personagens, o que foi muito gratificante. A peça foi filmada na própria quinta onde decorria a formação. Numa turma de Massagista de Estética ajudei as formandas a elaborarem um anúncio publicitário, visando a promoção do seu “futuro” gabinete de estética, desenvolvendo assim, uma vez mais, a sua criatividade e apelando ao sentido de responsabilidade que a vida profissional exige de cada um de nós. Em jeito de conclusão, resta-me dizer que há muitos talentos escondidos e que cabe a cada um de nós, formadores, descobri-los e dar asas a quem pode voar. Temos que formar cidadãos para a vida e pela vida fora.

Olga Duarte

Isabel Gonçalves

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A paixão de formar

A primeira questão primordial na paixão de formar é, termos a noção da importância do papel da educação na formação. As pessoas poderão ser “educadas” a adquirir novos conhecimentos e, por outro lado, poderão adotar novas posturas e atitudes em função dos objetivos que lhes serão propostos num futuro próximo em sociedade e no campo profissional. A educação na formação profissional poderá possibilitar ao individuo a obtenção de uma série de informação (por este muitas vezes desconhecida) e uma transformação interior, que facilitará a sua integração enquanto cidadão e trabalhador. O individuo é dotado de uma série de experiências pessoais, sociais e profissionais que poderão, ser reconhecidas e desenvolvidas no sentido de lhe proporcionar a capacidade de aprender novos conceitos e tirar proveito deles. Essa “educação” está diretamente relacionada com o fato de a nossa sociedade estar voltada para a informação e para o conhecimento, o que levará o individuo em formação, a uma transformação e visão nova do mundo em que se encontra. Na paixão que detenho para formar, tanto na população jovem como na população adulta, sinto que ambas têm necessidades pessoais, sociais e profissionais bem distintas. A minha experiência na formação de jovens é mais limitada, no entanto, dessa experiência com jovens consigo perceber que a necessidade incide mais na aquisição de novos conceitos, ou seja, na necessidade de compreensão do mundo em que vivemos. Já na formação de adultos posso dizer que sentem muito mais a necessidade de serem ouvidos e, de poderem partilhar as suas experiências de vida, tanto pessoais, sociais como profissionais. Como se funcionasse como uma “pequena terapia”. Na minha opinião, mesmo com os mais resistentes à formação ou menos motivados, é uma experiência desafiante e muito compensadora quando comprovamos o resultado final. No trabalho com adultos, antes de me centrar nas metodologias como sistema, gostava de evidenciar a Daniela Guedes

necessidade que existe em incluir o individuo no grupo de formação, proporcionando a este, o sentimento de pertença e favorecendo a motivação da presença na formação. Outra questão pertinente, é o saber ouvir no sentido de proporcionar ao indivíduo a sensação de valorização das suas vivências e a integração, mesmo que as suas pretensões sejam a resistência e negação à participação. Fomentam-se e evidenciam-se as vantagens inerentes à formação. Num primeiro momento, proporciona-se o devido espaço à apresentação e à partilha de experiências de vida de cada um. Planificam-se as sessões com cuidado. Na minha opinião, não deverá ser expositiva numa primeira abordagem. Poder abrir portas aos conhecimentos e características de todos e de acordo com essas mesmas características, elaborar um plano mais sólido. A tentativa constante de uma abordagem motivacional deve estar sempre presente. No que diz respeito à avaliação da aprendizagem, na minha opinião, esta deve ter em conta não só aquilo que é escrito, mas também, aquilo que é dito e manifestado ao longo das sessões. Na minha opinião o formador deve ter a sensibilidade para perceber, que muitas da vezes, os adultos têm mais facilidade em demonstrar aquilo que sabem através da oralidade e não somente através de um teste escrito. Toda e qualquer forma de formar adultos é sem dúvida, uma grande paixão. Costumam dizer os sábios que “nunca é tarde para aprender”. Considero também muito compensador, as aprendizagens que o próprio formador consegue retirar de cada pessoa que forma. Possuo em mim, um saco cheio e rico de experiências de vida. E como nem tudo são rosas, a profissão de formar tem, para mim, um aspeto menos positivo. A última sessão. Conhecemos vidas, partilhamos experiências e no final de todo este envolvimento fugaz, dizemos um “Adeus”. Ficamos com a paixão de cada ser humano que passa nas nossas mãos.

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FORM-AÇÃO: Para (re) conhecer a profissão

(R)e conhecer o quadro mundial da profissão, é uma exigência na tomada de decisão e escolha do futuro, considerando que na sociedade de hoje, apenas uma visão global e interdisciplinar permitem uma avaliação alargada da ação humana e por conseguinte do seu re (equilíbrio). Na nossa memória ficará tão somente o cenário de uma região, cidade ou país, como espaço privilegiado no âmbito do desenvolvimento da profissão. O individuo descobre-se na sua reflexão sobre as coisas conhecidas, constrói a sua trajetória através de escolhas, que se desejam conscientes. Nesse pressuposto, a educação/formação é um processo libertador de cada pessoa, constituindo-se como um espaço de construção e de criação do conhecimento e não apenas de mera reprodução passiva do que é mais conhecido. Nesta linha conceptual, o processo formativo é um dos caminhos para conhecer a diversidade das alternativas promissoras no mercado de trabalho, cada vez mais inconstante, permitindo a re (descoberta) num contexto em que tudo muda e que a única certeza é o incerto. Neste paradigma, a formação conduz disciplinadamente o pensamento e a ação, constrói conhecimentos que permitem ao jovem despertar para a escolha consciente e responsável do seu caminho profissional. Questiona-se que sentimento assalta/se apodera de um jovem ao qual se impõe refletir “possuo conhecimentos e habilidades que potenciem e favoreçam a escolha de uma profissão”? Imaginar um adolescente com uma visão concreta do que o espera, mesmo quando a mudança se tornou um valor supremo e quiçá o próprio princípio de avaliação e essência das coisas, significa a escolha de modelos que espelhem as boas práticas erguidas sobre os pilares da incessante procura e fundamentação. É essa a missão da formação.

Ter presente fatores de decisão é fundamental para perceber que a escolha da profissão induz uma trajetória que no futuro in (determinará) o estilo de vida. O jovem, deve estar munido de várias ferramentas (transversais e técnicas) para que a sua decisão seja o mais informada e consciente possível. As iniciativas, as atividades em parceria com o tecido empresarial, as feiras, os campeonatos e outras demonstrações proporcionam a partilha quanto às tendências profissionais e outras esferas de oportunidades.

Isabel Gonçalves

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Pensar uma profissão não é apenas o reflexo de um sonho, mas um processo cognitivo mais complexo em que os fatores, psicológicos/comportamentais, sociais e culturais se assumem como agentes interativos das decisões. Relembro as expectativas dos jovens quanto ao seu futuro profissional cheias de afetos, esperanças, medos e insegurança, não somente as suas mas também as dos seus familiares e amigos. O medo de errar na escolha resulta da ilusão de que exista “a escolha certa” e imutável, e o que há, na verdade, são possibilidades e probabilidades. A formação é uma porta para o aprendiz das decisões, tal como se se tratasse do aprendiz da sabedoria, a quem António Sérgio () recomenda conhecer vários caminhos, para escolher, o que num momento, considera o mais certo. A escolha da profissão implica uma dimensão temporal que precisa ser integrada e percebida pelo jovem, optando não só por um curso ou por uma atividade que poderá desempenhar no seu futuro trabalho, mas também por um estilo de vida no qual a formação se integra e assume como uma constante necessária às novas possibilidades de trabalho que vão surgindo e que serão sem dúvida o filão dos próximos anos. É certo que a realidade sem garantias, é a realidade garantida dos tempos contemporâneos, o mercado de trabalho é cíclico, várias profissões deixam de existir e outras nascem, fruto da adaptação ao novo mundo. Mas, todas elas têm um pilar comum: a exigência e competitividade, é fulcral... apenas a constante preparação e conhecimento/formação ao longo da vida poderão potenciar e (re) descobrir o emprego. Vários pensadores dedicaram a sua reflexão às profissões do futuro, como Gilson Schwartz, que refere as potencialidades do designer, marketing, assistente social e engenharias; e Dulce Helena Soares que considera em ascensão as diversas prestações de serviços, nas mais diversas áreas.

Quaisquer que sejam os trilhos desenhados, é certo que a mudança cada vez mais rápida dos processos de trabalho, as invenções tecnológicas, as demandas dos mercados, tornam essencial a formação contínua ao longo da vida profissional, mas também pessoal, na missão do aperfeiçoamento ou aquisição de competências, mas também no desenvolvimento de comportamentos facilitadores da adaptabilidade, comunicação e trabalho de equipa. Numa sociedade globalizada em que as transformações se operam a ritmo veloz, pressionadas pela evolução dos mercados e das tecnologias, tanto os jovens que estão em processo de escolha como os que já re (escolheram), devem aplicar o hábito de aprender, apoiado em fortes valores como a paixão, criatividade, conhecimento, inovação e talento, de forma a contribuírem para o sucesso de novos caminhos. A formação/educação pretende orientar e estimular, de uma forma planeada, a reflexão sobre as várias dimensões implicitas na construção do futuro de uma pessoa. Formar para a ação é formar o individuo enquanto cidadão, nas suas inúmeras vertentes, ajudando-o na construção de diferentes projetos, tornando-o flexível e capaz para, em cada momento, enfrentar novos desafios.

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FORM-AÇÃO: Conhecer o risco para o desafio

Isabel Gonçalves

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Modelos de Urbanismo /Mobilidade

No âmbito da área de Sociedade, Tecnologia e Ciência 6, os formandos do curso de EFA NS de Mecatrónica, curso a decorrer nas instalações no Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, realizaram umas maquetas para representar os modelos de Urbanismo e Mobilidade tendo em contas as proporções e as escalas. Os modelos de urbanismo foram da inteira imaginação dos formandos do curso.

Sandrine Certal EFA NS de Mecatrónica

Tema de Vida EFA B2 de Jardinagem

A realização do projeto final do tema de vida do curso EFA B2 de Jardinagem que decorreu no Cerco consistiu no desenho, estruturação e construção de uma maqueta do espaço verde central do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Os formandos tiveram um empenho exemplar ao longo de todo o projeto, com uma motivação, interesse e participação que tornaram a concretização do projeto final muito mais ambicioso à medida que ia sendo construído, tendo resultado num trabalho muito bom. Neste artigo apresentamos as imagens de todo o processo de construção.

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Jardins Verticais e Sistema de Rega

A ação EFA B2 de Jardinagem CEFP Porto

Foi realizada pelos alunos da turma de jardinagem B3 (067) no mês de outubro, no centro de Formação Profissional do Cerco do Porto, a apresentação dos trabalhos práticos de jardins verticais por: Carlos Sousa n.º 6 e Abel Cardoso n.º 1, sob a supervisão da Eng.ª Paula Andrade. Este sistema tem como objetivo decorar um determinado local, tendo em conta o material reutilizado como aproveitamento de garrafas e paletes de madeira. Este tipo de jardim tem como função preencher locais tais como: varandas, pátios, átrios, e outros mais limitados em largura. Tem como vantagem na sua forma de rega, poupar água visto que foi utilizado um sistema de rega (gota...gota). As plantas que recomendamos para este tipo de jardins são plantas de raiz curta como: clorófitos, cravos-túnicos, espargos, afiopolos, etc.... A estrutura que suporta é formada por: canas de bambu, paletes de madeira, várias garrafas, terra formada de composto. Este trabalho está no âmbito da disciplina de jardinagem e é englobado no tema de vida.

A ação EFA B3 de Jardinagem CEFP Porto

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Podas de Inverno

A ação EFA B3 de Jardinagem CEFP Porto

Os formandos da turma de jardinagem EFA B3 fizeram a manutenção do roseiral das instalações do CEFP Porto a 15 de janeiro de 2014. Assim, começaram por fazer a poda de tratamento das roseiras, que é feita no inverno. Esta poda consiste em cortar os ramos velhos e aparar os ramos chamados ladrões para que os novos rebentos nasçam com força, o corte desses ramos deve sempre ser feito na diagonal, depois limpa-se o terreno, retirando todas as ervas daninhas, revira-se a terra que consiste em colocar a terra de baixo para cima coloca-se uma camada de composto necessário e finaliza-se com uma rega. A poda é um método muito utilizado para fins de melhoria na estética e no crescimento da planta. Favorece o vigor da planta e aumenta a sua floração. Este método consiste na remoção de certas plantas que precisam de ser podadas várias vezes por ano, outras só em algumas ocasiões ao longo da sua vida, enquanto que noutras ocasiões a poda é capaz de causar danos até mortais para a própria planta. No caso das roseiras, geralmente as podas devem ser feitas todos os anos nos meses mais frios, quando as roseiras entram em estado de dormência. Porém há bibliografias que dizem que, em regiões de clima frio deve-se evitar a poda nessas épocas, pois há grande risco de ocorrerem geadas, podendo danificar os brotos novos sendo, indicado, porém, o final do inverno para as podas. A poda é muito importante nas roseiras devido ao facto de contribuir com a regulação da quantidade e qualidade das flores. Porém essa técnica exige alguns cuidados. Assim, aqui ficam algumas recomendações: • Pode sempre na diagonal (45 graus) a 1,25cm acima da gema mais próxima; • Não corte muito rente à gema (pode lesioná-la), nem muito acima (pode haver apodrecimento do caule); • Procure escolher a gema que está voltada para a parte externa da roseira (favorecendo o crescimento para fora); • Faça a limpeza antes de efetuar a poda (galhos mortos, fracos, doentes ou cruzados no centro que impedem o sol de entrar no meio da planta); • Não corte as flores murchas, pois elas vão virar frutinhos cor de laranja ou vermelhos, onde vão estar as sementes.

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Campeonato Nacional das Profissões

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O conceito dos Campeonatos das Profissões remonta ao ano de 1950, quando se disputaram, em Madrid, os primeiros Campeonatos Internacionais das Profissões entre Portugal e Espanha, no qual participaram 24 concorrentes, 12 de cada país, distribuídos por 12 profissões.

A consolidação desta iniciativa conduziu, ainda na década de cinquenta, à criação de uma organização específica, atualmente designada por WorldSkills International (www.worldskills.org). Nas duas primeiras décadas o seu crescimento foi paulatino, assumindo, essencialmente, uma dimensão europeia. A partir de 1967, o número de países concorrentes começou a crescer e a expandir-se pelos restantes continentes, envolvendo atualmente 50 membros.

Em complemento a esta organização mundial, foi criada em 2007 a European Skills Promotion Organisation, actualmente designada de WorldSkills Europe (www.euroskills.org), que conta atualmente com 27 países europeus, e cuja primeira competição do EuroSkills decorreu em Setembro de 2008, na Holanda, na cidade de Roterdão.

Portugal, através do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP), é membro fundador da WorldSkills International e da WorldSkills Europe, estando representado nos Comités Estratégicos e Técnicos das referidas organizações. Portugal, por via do IEFP. I.P., organizou a 2ª edição do EuroSkills (www.euroskills2010.pt), na cidade de Lisboa, no período de 9 a 12 de Dezembro de 2010.Por este facto, sob a marca registada "SkillsPortugal", cabe ao IEFP, a promoção, organização e realização de todas as atividades relacionadas com os Campeonatos das Profissões. In http://skillsportugal.iefp.pt/Historia.aspx

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Programa do Campeonato Nacional das Profissões

Atividades e Animações Pedagógicas no Campeonato Nacional das Profissões

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Seminários e Debates no Campeonato Nacional das Profissões

Auditório do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Rua Peso da Régua – Bairro do Cerco – Porto

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Seminários e Debates no Campeonato Nacional das Profissões

Auditório do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto Rua Peso da Régua – Bairro do Cerco – Porto

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O Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto qualificou 9 candidatos na fase de pré-seleção do Skills Portugal - Campeonato Nacional das Profissões, que irão competir entre 26 e 30 de maio, com o objetivo de disputarem o título de campeão nacional. As áreas de formação em que o Centro será representado são 5, designadamente Cabeleireiro (1 candidato), Carpintaria de Limpos (3 Candidatos), Estética (1 candidato), Jardinagem e espaços verdes

(3 candidatos) e Tecnologias da informação (1 candidato). Na área de Cabeleireiro, o Centro será representado por Luís Sequeira, ex-formando de um curso EFA B3 de Cabeleireiro de Senhoras. O Luís tem 21 anos e encontra-se já integrado no mercado de trabalho como cabeleireiro. Na Carpintaria de limpos irão concorrer Bruno Pereira, Daniel Gonçalves e Óscar Silva, todos formandos do mesmo curso EFA B2 de Carpintaria de Limpos que decorre atualmente no serviço de formação do Cerco. Raquel Carneiro será a representante da área da Estética. Esta concorrente frequenta o 2º período do curso de Aprendizagem de Esteticismo/ Cosmetologia que decorre nas instalações do serviço de formação de Ciríaco Cardoso. Na Jardinagem, teremos, tal como na Carpintaria de Limpos, três candidatos. Mas neste caso todos têm percursos diferentes. Isabel Gonçalves e Sandra Costa

Campeonato Nacional das Profissões: Os nossos concorrentes

Bento Martins iniciou recentemente o curso EFA B2 de Jardinagem que decorre em Vila Nova de Gaia, e apesar de ter ainda frequentado muito poucas horas de formação, aceitou o desafio de participar no Campeonato. Flávio Azevedo concluiu o curso EFA B3 de Jardinagem no início deste ano e está atualmente a frequentar um curso de Aprendizagem com vista à conclusão do ensino secundário e à certificação profissional de nível IV. Hugo Monteiro frequentou o curso EFA B2 de Jardinagem e encontra-se atualmente a frequentar um EFA B3 de continuação, também de Jardinagem, que decorre nas instalações do Cerco. Finalmente, o concorrente de Tecnologias da Informação, Diogo Macedo, que é natural do Porto, tem 21 anos e concluiu um Curso de Especialização Tecnológica na área do Desenvolvimento de Produtos Multimédia, estando neste momento integrado no mercado de trabalho como Técnico de Multimédia/Web designer. Conhecidos já os candidatos que irão representar o Centro, e sabendo do seu empenho na preparação para a realização das provas, resta-nos desejar-lhes muito sucesso na execução das provas e esperar que em outubro, se não todos pelo menos alguns, estejam a representar Portugal no Campeonato Europeu das Profissões em Lille – França.

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Estamos na Terra há 2,5 milhões de anos, cultivamos, urbanizamos e industrializamos o espaço onde vivemos e transformamos o Mundo como fornecedor de recursos de que nos servimos largamente. Este progresso traduziu-se em mudanças no nosso Meio Ambiente com efeito, a nossa posição no Mundo Vivo distingue-nos das outras espécies e hoje conhecemos os estragos que infligimos à natureza, explorando-a e ignorando-a. A nossa sobrevivência depende da existência da biodiversidade e a sua conservação está nas nossas mãos. Para o desenvolvimento do roteiro foram definidas áreas simples de fácil acesso e de curta duração atendendo ser um percurso pedestre. Ponto de partida, a Escola Secundária de Lousada, onde se encontra um jardim que foi fundado no ano de 1987. Este jardim é composto por um espaço ajardinado com áreas temáticas, Jardins Exóticos com efeitos cromáticos, onde o Arquitecto paisagístico João Bicho planeou de forma a ser utilizado nas aulas de Biologia. Palmilhar a Avenida principal da Escola Secundária até às piscinas, para observar as diferentes espécies que se encontram nas transversais, abrangendo a paisagem e as diferentes espécies de fauna e flora. Seguindo até ao Monte do Senhor dos Aflitos, onde os olhares se deslumbram com os vários jardins e espécies autóctones.

Roteiro da Fauna e Flora da Região de Lousada

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No âmbito do Curso de Turismo Ambiental e Rural da UFCD 4301- Sistemática dos Seres Vivos os formandos elaboraram um Roteiro sobre a Fauna e Flora da região de Lousada. Tendo em conta a biodiversidade das espécies existentes nesta localidade e a falta de associação da sua classificação, à área em questão, para uma pesquisa académica, pessoal ou turística, o grupo decidiu elaborar este trabalho. No decorrer do mesmo foram recolhidas amostras e tiradas fotografias que, posteriormente, foram identificadas e catalogadas de acordo com os critérios de classificação, segundo Wittaker, em contexto de sala de formação. Aproveitando a abundância da oferta e a lacuna existente neste âmbito e como futuros Técnicos de Turismo Ambiental e Rural, sentimos necessidade de sermos os pioneiros na valorização da nossa riqueza local.

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Visita à cidade do Porto Prosseguindo pelas ruas da vila apreciando as espécies arbóreas muito interessantes até ao Parque de Casais, onde se pode visualizar as espécies do Rio Mésio. Sendo possível avistar pequenos seres vivos dentro dos troncos das árvores e nas zonas ribeirinhas alguns peixes e plantas aquáticas, como seus habitats naturais. O símbolo do curso, para este roteiro, surgiu de uma forma muito engraçada. Tendo em conta que é um Curso de Turismo Rural e Ambiental, e atendendo ao símbolo de Turismo Rural utilizado no nosso país, foi pensada qual a espécie arbórea que representa o Concelho de Lousada. De acordo com as festas realizadas na região, o Festival Internacional das Camélias é uma iniciativa que muito dignifica o concelho de Lousada e o turismo da região. As camélias, a história e o património são essenciais para o desenvolvimento do turismo, através da criação de produtos transversais às diversas áreas. O Festival de Camélias decorre num salão de eventos de uma das casas nobres ou de Turismo em Espaço Rural (é rotativo) e consiste na exposição e concurso das várias espécies de camélias, no mercado de camélias e outras atividades alusivas a esta flor, nomeadamente, provas de produtos locais com esta temática e sabor, e visita guiada pelos jardins de camélias do concelho. Decorre normalmente no último fim-de-semana de fevereiro. Assim, o curso escolheu a japoneira como árvore e no centro da sua copa o mapa do concelho de Lousada, identificando o nome do curso e a modalidade. Para representar cada elemento do curso escolheram as camélias em tons de rosa para as formandas e as brancas para os formandos. Ao longo do roteiro, no canto superior aparece o símbolo do curso de uma forma mais simples para os representar.

Rita Paupério Curso Técnico/a de Turismo Ambiental e Rural

No dia 30 de abril de 2014, fomos ao Porto. Iniciamos a nossa viagem pela manha, no autocarro de Paços de Ferreira via Porto. Como sempre, a boa disposição reinava. Ao chegar ao Porto, avistamos a nossa professora de Inglês, Salete Macieira, que nos esperava ansiosa. Para nos dar forças para o longo trajeto que tínhamos a percorrer, a professora levou-nos a uma pastelaria recheada de perdições calóricas. Começamos finalmente a nossa visita já com a companhia das formadoras Fátima e Cristela. Passamos pela livraria Lelo, fenomenal visita, aquela escadaria centenária nos proporcionava, tanta sabedoria naquelas estantes, todo o edifício tinha uma riqueza impar com as suas telas e vitrais. Seguimos para a Torre dos Clérigos. Um grande esforço fez para chegar ao topo, mas como não desistimos com facilidade, lá chegamos e a paisagem valeu o esforço. A vista que nos proporcionava aquela torre era digna de um postal, só que em real. Já cá em baixo, como já estávamos cansadas de subir, começamos a descer pelas ruas históricas rumo à Ribeira. A fome já apertava, decidimos por aí fazer a refeição.

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A nossa animação é constante e afortunadas com a nossa equipa de formadoras, podemos relatar que o nosso almoço foi uma paródia. No final do repasto, com uma vista tão linda, não podíamos resistir às fotografias. Prontas para a segunda etapa da nossa visita, caminhamos em direcção à Quinta da Macieirinha. Foi um longo percurso, mas chegamos. Lindos jardins ali moram, pequenos recantos cheios de romantismo. Entramos no Museu, eramos esperadas pela responsável, para nos dar a conhecer a história daquele espaço, como se vivia no seculo XIX, as roupas, a mobília, decoração e as tradições. Ficamos fascinadas com o ambiente que se criou em torno daquela história. Em jeito de regresso, paramos no jardim romântico a apreciar as vistas aproveitando para tirar mais umas fotos. O caminho foi feito calmamente e na amena cavaqueira, ate aos transportes públicos. Este dia foi uma simbiose perfeita de prazer e trabalho, repleto de culturas e de novas aprendizagens.

Salete Macieira e Cristela Mendes EFA B3 Costureira / Modista

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Caminhada

No dia 4 de maio de 2014, em Paços de Ferreira, o curso efa/b3 de costureira modista, do I.E.F.P. Porto, promoveu uma caminhada, cujo trajeto se baseou num percurso pelo património cultural existente na cidade e que assumiu também um cariz solidário. No âmbito do tema de vida (património local: da tradição à modernidade) e do módulo de cidadania e empregabilidade, o grupo de formandas elaborou um roteiro onde identificou um conjunto de elementos representativos do património cultural pacense e a partir desse mesmo roteiro nasceu a vontade de o percorrer. Assim cresceu a ideia da realização de uma caminhada que acabou por ter contornos solidários. Neste contexto, as formandas identificaram o Hugo, menino que aos quatro anos sofreu uma meningite fulminante que o prendeu a uma cadeira de rodas, ficando com 96% de invalidez. Menino do concelho de Paços de Ferreira, conhecido e acarinhado por todos. Para além da causa do Hugo, apoiaram também os bombeiros voluntários de Paços de Ferreira, que vivem em situação de dificuldade económica. Nesta iniciativa contaram com o aplauso da câmara municipal que apoiou na organização. No dia da caminhada, em troca das tampinhas para o Hugo e de um euro para a inscrição, as formandas ofereceram um kit, composto por flores e lenços elaborados por elas, aos participantes e todos tinham também direito a água, oferecida por vários estabelecimentos de comércio local do concelho. Muitas foram as pessoas que se juntaram nessa manhã de domingo, dia da mãe: formadores; familiares; amigos; população pacense e população oriunda de concelhos vizinhos. Tudo correu pelo melhor. No final, juntando o angariado, conseguiram 213 euros para os bombeiros, muitas tampinhas para ajudar na compra da cadeira do Hugo e a sensação de uma manhã muito bem passada, onde foi possível conhecer e reconhecer o valor do património cultural que identifica a comunidade de paços de ferreira e que importa, em todas as suas formas, ajudar a valorizar, preservar e transmitir às gerações futuras, como testemunho da experiência e das aspirações humanas.

Elsa Curado Curso EFA B3 Costureira/Modista

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O planeta Terra alberga uma multiplicidade de seres vivos que, para poderem sobreviver, desenvolveram diferentes formas de comunicação. Veja-se o caso das abelhas (quando encontram alimento, regressam à colmeia e executam uma dança que é interpretada pelos seus pares, sabendo assim onde se devem dirigir para recolhê-lo), ou de muitos mamíferos que emitem sinais sonoros para avisar em caso de perigo. De facto, a comunicação é essencial à sobrevivência das espécies e, de todas as formas de comunicação existentes, a do ser humano é a mais desenvolvida. Mais do que limitar-se a sinalizar quando há risco de ameaça física ou presença de comida, chamar a atenção do sexo oposto ou defender território, permite-nos partilhar ideias, valores e sentimentos; permite-nos não só falar sobre o presente, mas também sobre o tempo que passou e o que há de vir. Graças à linguagem humana evoluímos. À medida que fomos povoando o planeta, constituímos comunidades que desenvolveram conjuntos de palavras e expressões, ou línguas, diferentes devido a circunstâncias geográficas, históricas e sociológicas. Atualmente, segundo o Observatório das Línguas na Sociedade do Conhecimento, existem aproximadamente seis mil idiomas. Entre esses, o mais falado a seguir ao mandarim, se considerarmos o universo de falantes que o utilizam como língua materna e como segunda língua, é o inglês. Várias foram as razões para que isso acontecesse. Uma delas ficou a dever-se à revolução industrial, que teve origem no século XIX, em Inglaterra, catapultando a economia britânica e impulsionando o colonialismo deste país, o qual alcançou uma vasta abrangência geográfica com a consequente disseminação da língua inglesa. Já no século XX, após a segunda guerra mundial, o poderio político-militar dos Estados Unidos da América (antiga colónia britânica), com a forte influência económica e cultural, solidificou o inglês como língua padrão nas relações internacionais. Hoje, devido à integração económica, social, cultural e política, impulsionada pela acessibilidade dos meios de

A importância da comunicação

Fonte: http://ndla.no/sites/default/files/images/the_English_Speaking_World_0.png

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Testemunhos «Desde muito nova, com quinze anos, a minha mãe colocou-me a trabalhar. Só concluí a quarta classe e não tive oportunidade de estudar a língua inglesa. Quando ia a entrevistas de emprego, perguntavam-me se sabia falar inglês. Como não tinha conhecimentos, nunca tive a oportunidade de ter um trabalho de que gostasse. Entretanto, através do I.E.F.P. (Instituto de Emprego e Formação Profissional), surgiu a oportunidade de fazer um curso que inclui esse idioma, que era o que mais queria aprender. Aproveitei, já que para a minha empregabilidade é muito importante.» Fernanda Gomes, formanda do curso Empregado de Andares «É uma mais-valia dominar este idioma. Digo isto porque já trabalhei em vários países e foi o escasso conhecimento do inglês que me fez obter informações essenciais para viver o dia a dia. Como tal, tento aproveitar este curso ao máximo e aconselho todos os formandos a fazer o mesmo, pois é um trunfo muito importante para o nosso futuro.» Teófilo Garcês, formando do curso Empregado Comercial «Já fomos empregadas de balcão e sentimos imensa necessidade de falar a língua inglesa. Quando tínhamos que atender turistas, não conseguíamos percebê-los. Agora estamos a ter formação. É um suporte para as nossas vidas.» Filipa, Rute e Aurora, formandas do curso Agente em Geriatria «Andei a trabalhar por muitos países (França, Itália, Inglaterra, Holanda, …) e verifiquei que em todo o lado, independentemente da língua materna, o inglês é a língua que toda a gente utiliza. Como não sabia falar este idioma, não compreendia as pessoas com quem contactava. Estou muito contente por poder aprender inglês. Tem-me ajudado muito.» Sandra Martins, formanda do curso Empregado de Andares

Nuno Antunes Verne

transporte e a internet, a autoestrada da comunicação, o mundo tornou-se uma grande aldeia global, aproximando as pessoas, qualquer que seja o ponto do planeta onde se encontrem. No entanto, para poderem comunicar, necessitam de um idioma compreensível por todos. E aqui entra a língua inglesa. Existe uma frase de um autor anónimo que muito bem ilustra esta temática: não precisamos de braços longos para abraçar o mundo; precisamos de inglês (“You don’t need long arms to embrace the world; you need English”). Recorde-se que é o código padrão utilizado na sinalização de emergência, na aviação, no código rodoviário, na navegação… É a língua mais comum nas publicações científicas e a mais usada na internet. Seja na vertente lúdica (por exemplo, a maioria dos jogos “online” tem as instruções em inglês e os jogadores utilizam este idioma para comunicar), seja para interagirmos com estrangeiros, quando viajamos, ou em contexto de trabalho. Se queremos estar em rede com o mundo e com as novidades, saber comunicar em língua inglesa não é apenas uma mais-valia, mas uma ferramenta imprescindível para que nos consigamos integrar socialmente e ser bem-sucedidos a nível profissional. Há uns anos era considerado analfabeto quem não soubesse ler nem escrever. Com a globalização e as T.I.C. (Tecnologias da Informação e Comunicação), o conceito de analfabetismo tem vindo a mudar, encarando-se o analfabeto do tempo vindouro como alguém que não sabe manusear o computador, navegar na internet e falar pelo menos duas línguas; sendo uma delas, preferencialmente, a inglesa. No dia anterior à sua morte, Fernando Pessoa escreveu em inglês que não sabia o que o amanhã lhe traria (“I know not what tomorrow will bring”). Na verdade, nenhum de nós o sabe. Contudo, no mundo frenético em que vivemos, em que as mudanças sociais e profissionais acontecem a um ritmo alucinante, há que estar preparado para fazer face a todas as alterações daí decorrentes. E para isso também precisamos da língua inglesa.

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Missão Humanitária: Uma gota de luz na Guiné-Bissau

Ser voluntário internacional permite-nos compreender o quanto somos tão próximos uns dos outros, e perceber que o que muitas vezes nos separa é o acesso que temos a bens essenciais como água, comida, saúde e principalmente educação. A educação é o pilar fundamental para uma sociedade evoluir e encontrar formas de melhorar a sua condição de vida, e um País, seja ele qual for, não deve nunca limitar os sorrisos e sonhos das crianças que desejam aprender. Foi com este pressuposto que, no dia 1 de Junho de 2011, dia Mundial da Criança, nasce a associação humanitária EDUCAFRICA. Este foi um sonho concretizado de um grupo de pessoas, maioritariamente ligadas à educação e formação, que ao longo da sua vida sentiram que podiam fazer mais pelo desenvolvimento e melhoramento das condições de vida das populações dos Países de Língua Oficial portuguesa.

Em 2013 na primeira missão à Guiné – Bissau constatamos que um dos grandes problemas era a falta de energia elétrica. Nas tabancas (aldeias) do interior, os partos à noite são feitos à luz de vela. Verificamos ainda que muitos dos painéis fotovoltaicos que fomos encontrando pelo caminho, implementados por outras organizações, eram utilizados de uma forma pouco eficaz, isto porque muita da energia captada era utilizada durante o dia. Este facto ocorre porque os tetos, das habitações e escolas, são placas zincadas que não permitem a passagem de luminosidade e deixam os espaços bastante escuros. Assim surgiu a ideia de tentar minimizar os consumos de energia durante o dia através da utilização de garrafas incorporadas nas placas zincadas, permitindo a passagem de luz e maximizando a utilização da energia acumulada pelos painéis durante o dia para utilização à noite.

A ideia cresceu, efetuamos os primeiros testes tendo obtido excelentes resultados, uma média de 40 W por garrafa utilizada. Desta forma surgiu o projeto “Uma gota de luz” que em Abril de 2014 implementou as primeiras lâmpadas PET na Guiné – Bissau. Este projeto está assente na formação dos professores e alunos locais, que assistem a Workshops, onde são levados a construir a sua própria lâmpada PET.

De referir que a planificação do Workshop “uma gota de luz” foi todo estruturado por professores, formadores e formandos num projeto transdisciplinar em Portugal. Para a EDUCAFRICA é extremamente importante a ligação que pode ser feita entre a formação em Portugal e a aplicação dos conceitos e técnicas em África. Através de projetos transdisciplinares nos cursos do ensino profissional podemos juntos capacitar os formandos em Portugal com mais competências e melhorar ao mesmo tempo a qualidade de vida de populações em África com esse conhecimento.

Filipe Castro

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Para além de fatores de cariz eminentemente organizacional e cultural, como a resistência à mudança e a inércia própria das instituições de formação, aliás abundantemente estudados e normalmente referidos como justificação para “atrasos” de outra índole, este tipo de justificações desloca para os diferentes agentes de educação e formação em particular a responsabilidade do estado atual nomeadamente em termos da sua incapacidade de inovação e mudança. Segundo Peralta e Costa (2008) são, de facto, numerosas as razões para a resistência ao uso das tecnologias em contexto educativo por parte dos formadores. Nuns casos receiam o que isso trará de novo e as alterações que será necessário fazer nos modos como trabalham, noutros casos receiam não poder dispor das condições necessárias para implementar as mudanças pretendidas, ou pura e simplesmente não desejam participar nessa mudança. Os obstáculos que classifica de primeira ordem, são tipicamente de natureza extrínseca, porque são externos ao formador ou requerem uma determinada intervenção “tecnológica” para que a mudança possa ocorrer, como por exemplo, a falta de computadores ou a dificuldade de acesso a programas específicos. Inclui nesta primeira categoria o acesso ao hardware, o acesso ao software, o tempo necessário para a planificação, o apoio técnico e o apoio administrativo. Os obstáculos de segunda ordem, são “internos” ao formador e podem manifestar-se de formas diferenciadas. O receio dos computadores, ou o sentimento de insegurança que manifestam na sua presença são exemplo disso. O que Perrenoud (1999) sublinha é precisamente o facto de, muitas vezes, os obstáculos de primeira ordem esconderem os de segunda ordem. Inclui nestes, não apenas as teorias dos formadores (teorias implícitas, crenças) sobre a tecnologia, mas também as

suas conceções sobre a formação, o próprio contexto organizacional da instituição de formação, a falta de consistência dos modelos de ensino, a falta de vontade para mudar. O limitado uso das tecnologias é justificado por muitos pelas dificuldades inerentes à realidade cultural das próprias escolas, e pelas variáveis diretamente relacionadas com os próprios formadores (conhecimentos, competências, atitudes, crenças) (Dias, 2001), sendo estes aspetos mais difíceis de superar do que a falta de equipamento (computadores e programas), que constituía, pelo menos até há bem pouco tempo, um dos motivos mais alegados pelos formadores para justificarem o uso reduzido dos mesmos na sua prática pedagógica. Segundo Alarcão (2001), um formador tem mais facilidade em adaptar-se a uma determinada inovação se as suas expectativas encaixam bem na sua conceção de formador. À semelhança do que se passa noutras áreas, como, por exemplo, na Matemática ou nas Ciências, em que é visível a influência que têm as crenças dos formadores nas suas práticas, é possível que seja similar a relação entre o uso das TIC. Verifiquemos o estádio em que um formador se pode encontrar de acordo com as suas competências digitais (Figura 1).

As competências digitais dos formadores

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Estádio Exemplo do que os formadores fazem Entrada Aprende o essencial para usar novas tecnologias

Adoção Usa as novas tecnologias enquanto suporte de ensino tradicional de transmissão

Adaptação Integra as novas tecnologias nas práticas tradicionais como forma de aumentar a capacidade produtiva dos formandos através da utilização de processadores de texto, folhas de cálculo ou de apresentações eletrónicas

Apropriação Incorpora o potencial de cada tecnologia em projetos de trabalho interdisciplinar e colaborativos

Invenção Descobre novos contextos de uso das diferentes tecnologias disponíveis, combinando o seu potencial ao serviço do desenvolvimento dos formandos

Bibliografia Alarcão, I. (2001). Professor - investigador: Que sentido? Que formação? Cadernos de Formação de Professores. n.º1. p.21-30. Universidade de Aveiro. Dias, P. (2001). Comunidades de Conhecimento e Aprendizagem Colaborativa. Seminário Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento. Lisboa. Conselho Nacional de Educação. Peralta, H. & Costa, F. (2008). Competência e confiança dos professores no uso das TIC. Síntese de um estudo internacional. Sísifo. Revista de Ciências da Educação. n.º 03. p.77-86. Retirado de http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo03PT06.pdf Perrenoud, P. (1999). Formar professores em contextos sociais em mudança: prática reflexiva e participação critica. n.º 12. p.05-2. Revista Brasileira da Educação.

Figura 1 – Estádios de Competências Digitais (professores / formadores)

Marco Bento

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Estórias na história da educação… (parte 1)

Afinal que estórias se contam sobre educação? Educação: palavra que vamos utilizando no nosso quotidiano, inadvertidamente. Mas, na sua génese, o que é a educação? Qual a sua história? Em Portugal, fala-se de educação desde quando? Quando passou a ser uma preocupação governamental?

“No século passado, Portugal passou por quatro tipos de organizações políticas sendo que, no início do século XX, acaba o Constitucionalismo Monárquico e é instaurada a I República, a 5 de outubro de 1910. Um caso que nos pareceu pertinente assinalar foi a banda desenhada de Stuart de Carvalhais, iniciada em 1915, no virar da Monarquia para a República, e que era essencialmente escrita para adultos.

Considerado um excelente desenhador, utilizou o lápis para retratar o povo, as brincadeiras das crianças, a crítica social às desigualdades sociais e às convenções, assim como fez imensas sátiras políticas. Ainda que o livro revele uma diversidade de peripécias, o episódio da D. Escolástica mostra como era entendida a educação e, na ausência da mesma, como os meninos eram castigados. Esta era, sem dúvida, uma ótima maneira, ainda que coerciva, para corrigir os desrespeitos às regras instituídas de maneira a que não houvesse nenhum episódio reincidente; por outro lado, os que tivessem ideia de prevaricar ou então ousassem fugir da norma sabiam, à partida, da existência da D. Escolástica. Enfim, houve sempre uma figura atípica, um ser temível que tinha por missão não fazer esquecer as normas e regras estabelecidas. Ainda que o sentido de humor pudesse deliciar qualquer público infantil, até porque Quim e Manecas eram meninos que brincavam na rua e praticavam uma parafernália de tropelias capazes de divertir qualquer criança, por detrás deste humor, subtilmente, eram envolvidos em episódios que retratavam o país e o mundo, nomeadamente em confrontos com republicanos ou quando são os dois são feitos prisioneiros dos alemães, entre outros episódios simplesmente deliciosos.”

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“Com D. Escolástica (episódio II, p.49) temos umas das páginas mais emblemáticas do espírito «anarquista» da época e desta banda desenhada, claramente anticlerical e mesmo antiautoridade, incluindo até a referência às «formigas» .” CARVALHAIS, 2010:17

Sónia Coelho

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Para uma utilização segura do Facebook

Sabia que… - Pode “remover a identificação” da foto de

um amigo? Assim, já não fará ligação ao teu perfil;

- Que as “Denúncias” mantém sempre o seu anonimato?

- Quando clica no botão “Gosto” no anúncio de uma empresa está a criar uma ligação com essa empresa e passa a receber as suas atualizações?

- A visibilidade da informação de menores de 18 anos está limitada a amigos de amigos e redes!

Conselhos - O Facebook também dá

dicas de segurança. Saiba quais são em: www.facebook.com/help

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Um grupo de formandos que estão a frequentar um percurso incompleto de Técnico de Multimédia no âmbito da modalidade de intervenção Vida Ativa – Formar e Integrar, promovida pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, organizaram um WorkShop sobre Impressão 3D, que decorreu no dia 16 de Maio de 2014 na Junta de Freguesia de Valongo. O WorkShop foi apresentado por um ex-formando do Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto que frequentou uma ação de Técnico de Multimédia no âmbito da modalidade de intervenção Vida Ativa, que criou o seu próprio negócio na área de impressão em 3D.

Miguel Castro Vida Ativa

No âmbito do percurso de Empreendedorismo promovido pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto/Centro de Emprego de Valongo, foram desenvolvidas algumas ideias de negócios. Assim sendo, dois formandos apresentaram o seu negócio/ideias, no stand do Centro de Emprego de Valongo na mostra VALorizar - Mostra de Emprego e Formação do Concelho de Valongo, que decorreu nos dias 15 e 16 de Maio na Escola Secundária de Ermesinde. A formanda Isabel Gomes com o projeto "Is Doces" na área de doçaria artesanal saudável; O formando Flávio Silva com o projeto "natuaboca" na área dos licores artesanais.

Carmina Araújo Vida Ativa

A impressão 3D na formação Formandos Empreendedores

http://www.trilhopaleozoico.com

No espaço da modalidade de intervenção Vida Ativa – Formar e Integrar, promovida pelo Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto e em parceria com a Camara Municipal de Valongo, foi estabelecido o objetivo adicional elaborar um projeto/caso prático de acordo com as reais necessidades da comunidade em que se insere, no contexto de formação e desta forma promover o trabalho realizado, que foi superado com sucesso. A iniciativa teve como produto final um logótipo em 3D e a mascote oficial dos “Trilhos dos Pequeninos”.

Marta Venâncio

Vida Ativa – Formar e Integrar

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O Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, através do seu Serviço de Emprego está a promover, em estreita articulação com o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia e o Centro de Educação e Formação Profissional Integrada, um trabalho que permitirá avaliar a correta classificação da tipologia de deficiência dos candidatos inscritos nos serviços públicos de emprego, de modo a permitir encontrar uma resposta concreta e ajustada no âmbito das medidas ativas de emprego/formação (formação profissional, estágios emprego, contratos emprego inserção e apoio na colocação). Este trabalho, iniciado já no passado mês de março envolverá até ao final de junho cerca de 300 utentes inscritos no Serviço de Emprego do Porto.

Parcerias

No âmbito de Acordo de Cooperação celebrado entre o IEFP, I.P. e a ANTROP - Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros, para o desenvolvimento de ações de formação, no âmbito do programa Vida Ativa encontra-se o Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto, através do Serviço de Emprego do Porto, a promover o recrutamento e seleção para os seguintes grupos de formação: - Percurso formativo para atribuição do CAM (Certificado de Aptidão de

Motorista) e, de seguida, da CQM (Carta de Qualificação de Motorista).

- Percurso formativo para atribuição do Certificado TCC (Transporte Coletivo de Crianças).

Os candidatos deverão possuir 23 ou mais anos de idade e serem detentores da carta de condução da Categoria D. Os interessados em realizar uma pré-inscrição deverão dirigir-se presencialmente ao Serviço de Emprego do Porto ou enviar e-mail manifestando essa intenção para o endereço [email protected]

Rosário Morais

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Sites úteis para a aprendizagem da língua inglesa http://www.pearsonelt.com/ http://learnenglish.britishcouncil.org/en/ http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/ http://www.cambridgeenglish.org/pt/?gclid=coluklzxtb4cfa3ltaodibuaxw http://www.myenglishpages.com/ http://www.englishexercises.org/ http://www.learnenglishfeelgood.com/travelenglish/

ExplainEverthing aplicação que funciona como quadro interativo.

Stellarium aplicação que permite alargar os conhecimentos em astronomia.

9 Slide aplicação que permite conciliar apresentações com vídeo.

Linkedin aplicação que permite partilhar e consultar perfis numa perspectiva profissional.

TED aplicação onde podem ser visualizados os testemunhos de pessoas de referência em diversas áreas sociais.

Dropbox aplicação que permite o armazenamento e partilha de arquivos.

Skype aplicação que efectua chamadas grátis online.

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