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INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
Prof. Eduardo Calsan
Polímeros/Engenharias
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II – Medição Temperatura – parte II
Por que se mede temperatura?
Cromatógrafo de Gás
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II – Medição Temperatura – parte II
Termômetros de haste de vidro:
- muito utilizado tanto na indústria quanto em
laboratórios;
- faixa de temperatura entre -200ºC e 510ºC,
dependendo do material expansível;
- composto por um bulbo, em geral de vidro,
ligado a um tubo capilar, preenchido por um
líquido expansível (mercúrio ou álcool etílico
com corante);
- pela ação do calor, o líquido interno ao capilar
se expande, indicando numa escala o valor da
temperatura do bulbo;
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II – Medição Temperatura – parte II
- podem ser fornecidos para:
• imersão total – instrumentos de maior precisão;
• imersão parcial – a temperatura ambiente pode influenciar a
medida, dependendo da calibração;
• tipo capela – possui proteção mecânica e escala que evita o
erro de paralaxe.
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II – Medição Temperatura – parte II
Termômetros bimetálicos:
- medem temperaturas entre -40ºC e 500ºC;
- utilizam o princípio da dilatação. Dois metais de coeficientes de
dilatação diferentes são soldados um no outro e presos a um apoio
fixo em uma das extremidades.
- o aumento da temperatura faz com que o metal com maior
coeficiente de dilatação se dilate mais que o outro. A deflexão
resultante pode ser utilizada para a medição de temperatura;
- metal de coeficiente baixo: invar (liga de ferro e níquel);
- metal de coeficiente alto: latão.
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II – Medição Temperatura – parte II
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II – Medição Temperatura – parte II
Termômetros de sistema termal:
- conjunto selado composto de:
a) Um bulbo metálico, exposto ao meio cuja temperatura se deseja
determinar;
b) Um tubo capilar, servindo como elemento de ligação;
c) Uma espiral ou hélice, chamado de tubo de Bourdon, que
converte variações de pressão ou volume em movimentos
mecânicos.
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II – Medição Temperatura – parte II
- podem ser:
• sistema termal de líquido: tubo capilar preenchido com líquido,
geralmente mercúrio, cujas variações de temperatura causam uma
variação volumétrica no líquido, provocando o movimento mecânico
no Bourdon;
• sistema termal de gás: tubo capilar é preenchido com gás,
mantendo o volume constante. Variações de temperatura
provocam variações de pressão no gás, sentidas pelo Bourdon;
• sistema termal de vapor: tubo capilar é preenchido
parcialmente com líquido de tal maneira que a superfície livre
do mesmo se encontre no bulbo. O volume restante é
preenchido com vapor deste mesmo líquido. No equilíbrio, a
pressão do vapor é relacionada com a temperatura da
interface. O Bourdon sente a pressão, fornecendo a
temperatura final do sistema.
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II – Medição Temperatura – parte II
Termopares:
- faixa de trabalho variando entre -200ºC e 1.700ºC;
- medição de temperatura se baseia no efeito Seebeck,
consequência dos efeitos Peltier e Thomson.
- efeito Seebeck: toma-se dois condutores
metálicos, de diferente materiais; faz-se
uma junta entre eles; aquece-se uma das
juntas, mantendo a outra em temperatura
ambiente; a diferença de temperatura é
proporcional a d.d.p. gerada no “circuito
fechado”.
ΔT = kmV
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II – Medição Temperatura – parte II
- tipos de termopares:
TIPO POSITIVO NEGATIVO Tmín
(ºC)
Tmáx
(ºC)
T cobre cobre-níquel
(constantan)
-200 350
J ferro cobre-níquel
(constantan)
-40 750
E níquel-cromo
(cromel)
cobre-níquel
(constantan)
-200 900
K níquel-cromo
(cromel)
níquel-alumínio
(alumel)
-200 900
S/R platina-ródio platina 0 1.600
B Platina ródio 0 1.700
N níquel-cromo-
silício
níquel-silício -200 1.200
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II – Medição Temperatura – parte II
junta de
referência
junta de
medição
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II – Medição Temperatura – parte II
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II – Medição Temperatura – parte II
Termoresistências:
- faixa de trabalho variando entre -273ºC e 850ºC;
- elemento primário que converte temperatura em resistência
elétrica;
- pode assumir duas formas:
• bulbo de resistência – elemento sensível é um resistor metálico,
cuja resistência elétrica aumenta com a temperatura;
• termistor – constituído de material semicondutor cuja
resistência elétrica diminui com o aumento de temperatura.
As termoresistências com bulbo de resistência apresentam as
seguintes características:
- relativamente alto coeficiente de variação de resistividade com a
temperatura, ajudando na facilidade da medição;
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II – Medição Temperatura – parte II
- alta resistividade, para uma determinada dimensão de fio, a
resistência será maior quanto maior a resistividade;
- estabilidade, o metal deve manter suas características por um
longo tempo, mesmo que sujeito a grandes variações de
temperatura;
- linearidade da relação resistência e temperatura;
- resistência à corrosão.
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II – Medição Temperatura – parte II
As termoresistências conhecidas como termistores (thermally
sensitive resistor) apresentam as seguintes características:
- coeficiente positivo de temperatura (PTC), isto é, a resistência
aumenta com a temperatura;
- coeficiente negativo de temperatura (NTC), isto é, a resistência
diminui com o aumento da temperatura.
Utilização: química (calorimetria,
medição de condutividade), física
(radiometria), regulação (congelador,
máquina de lavar, forno), veículos
(medição de temperatura de água,
óleo e monitoração de gases de
exaustão), projetos elétricos
(operação de atraso em relés).
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Referências:
1- COSTA, Augusto Diniz da. Instrumentação. Vol. 1. São Bernardo do Campo:
Editora da ETE Lauro Gomes, 1.995.
2- Cursos Piping. Instrumentação Elétrica e Pneumática. Santo André, 1.996.
3- THOMAZINE, Daniel & ALBUQUERQUE, Pedro Urbano Braga de. Sensores
industriais. Fundamentos e aplicações. 7. ed.. São Paulo: Editora Érica, 2.010.
4- www.solostock.com.br, acessado em 06/03/11.
5- www.alibaba.com, acessado em 06/03/11.
6- www.feiradeciencias.com.br, acessado em 06/03/11.
7- www.cvvapor.com.br, acessado em 06/03/11.
8- http://www.amperesautomation.hpg.ig.com.br/Image603.gif, acessado em
06/03/11.
9- Fotos: Técnico Felipe Manhas.
II – Medição Temperatura – parte II