Iluminismo

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ILUMINISMO

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Significados

• Os termos iluminismo, luzes, esclarecimento, tiveram diversos significados nos variados países da Europa, no século XVIII.

• O denominador comum era a consciência, para seus participantes, de que não se tratava de um acontecimento, nem apenas de um movimento intelectual, mas sim de um processo que estava apenas começando, o processo de esclarecimento do homem.

• Alcançava-se um ponto de auto-consciência no processo progressivo que ocorria desde o Renascimento, onde um número cada vez maior de homens passaram a “pensar por si mesmos”.

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Diderot Voltaire

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Iluminismo, temporalidades

• Genericamente, o apogeu do Iluminismo acompanha a publicação e a repercussão da Enciclopédia. Ou seja, inicia na década de 1740 e vai até a década de 1780.

• Suas raízes mais concretas podem ser buscadas diretamente na Revolução Científica do século XVII

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A geografia do Iluminismo

• A Europa das Luzes. Comunidade de letrados, atravessando particularismos regionais.

• Ideologia da unidade da Europa das Luzes.• Sua auto-imagem define o que é o mundo

esclarecido, racional, avançado. Em contraposição a ele, se cria a visão de mundos tradicionais, atrasados ou exóticos.

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Bases sociais das Luzes

• O debate em torno do caráter burguês do iluminismo: ideias e suas bases sociais;

• A questão da posição social agentes sociais do iluminismo: eram todos “homens de letras”: membros de profissões liberais (médicos, advogados, professores), oficiais ou funcionários civis do Estado Absolutista, alguns clérigos, artistas e alguns diletantes (nobres ou comerciantes). Assim, eram, majoritariamente, mas não apenas, membros da “média” burguesia, ainda que houvesse pessoas de outros estratos sociais.

• Questões sobre o significado político da ideologia iluminista e sua ligação com a burguesia.

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Montesquieu

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Secularização

• Busca da verdade na imanência da natureza, que pode ser compreendida pela razão, e não na transcendência, acessível pela revelação.

• Dá-se em vários campos, na política, economia, administração, cultura, práticas sociais.

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Secularização e crença em Deus

• A secularização assume, na França, um radical anti-clericalismo, mas nem sempre foi assim em outras partes da Europa.

• Na maioria dos casos, mesmo na França, não se desenvolve uma total antítese com relação à existência de Deus. Mas se considera que a razão é dada por Deus e que é através dela que se deve analisar o mundo e descobrir suas leis.

• Existe a defesa do LIVRE-PENSAMENTO. A crítica racional deve ser o único critério válido.

• Muitas vezes, esse pensamento desembocou no deísmo. Raramente houve franco ateísmo.

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A RAZÃO ILUMINISTA

• Crítica Racionalista: Ver pp. 36 e 37 F.Falcon• Através da razão e da livre crítica racionalista a TODOS os

campos, o homem pode conhecer a verdade e atingir a liberdade.

• E isso, em tese, se aplica indistintamente a TODOS os homens, já que são todos IGUAIS, pois possuem razão. Universalismo das Luzes.

• Caráter universal e imutável da natureza humana racional.• Busca de fundir o racionalismo e o empirismo

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OTIMISMO RACIONALISTA

• A auto-consciência iluminista: visão peculiar da história da humanidade. Aquele era o tempo e eles os sujeito da eliminação das trevas da ignorância, pelo princípio da razão.

• Paradigma físico-matemático: tal como demonstraram Newton e outros, a natureza é regida por leis que são identificáveis através da razão, pelo modelo físico-matemático. Assim, como o homem é provido de razão, ele pode conhecer essas leis e atuar de acordo com elas. Assim, encontrará a verdade e procederá corretamente. E não apenas a natureza, mas a sociedade, a cultura e o próprio homem também são regidos por leis racionais, o que abre seu estudo à razão e, depois, ao modelo das ciências da natureza.

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Atitudes associadas à concepção racionalista

• Elitismo e moralismo: criação de uma ética e uma sociabilidade próprias, baseada no cultivo da razão e no desprezo por quem não procede dessa forma.

• Neo-classicismo no campo da estética. Ponderação, geometria, equilíbrio, razão.

• Ceticismo religioso e/ou deísmo.• Cosmopolitismo: os

particularismos são ilusões.

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Homem e natureza no iluminismo

• Visões divergentes a partir da crença na inteligibilidade racional do humano

• De um lado, a aproximação dos homens em relação à natureza. Resulta em uma história natural do homem e em uma filosofia da natureza.

• De outro lado, uma visão de distância entre o homem e a natureza, pondo relevo no domínio do homem sobre a natureza. Acentua a visão de uma filosofia da história calcada no progresso, na civilização e a criação de uma filosofia da cultura.

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Temas e valores do iluminismo

• Humanidade• Civilização: como realidade e como ideal. Progresso, educação, civilidade,

política, polidez, policiamento, civilização. Igualdade e diferenças das civilizações.

• Progresso: caminho humano da barbárie à civilidade, da ignorância às luzes, filosofia da história, germe da noção de evolução. Compatível com a distinção entre homem/cultura e natureza. Rousseau e Hume são vozes dissonantes nesse contexto. No final do período, a crença no progresso levará à percepção do caráter mutável do humano, entrando em contradição com os princípio da imutabilidade da natureza humana.

• Pragmatismo: busca de ação no mundo.• Pedagogia e iluminismo: Helvetius e Rousseau. Educação e construção da

cidadania.

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HUMANITARISMO

• Otimismo jurídico: crença na capacidade das leis racionais transformarem para melhor a sociedade, assegurando a virtude e a felicidade dos homens. Proposta de reforma dos códigos, dos processos, dos tribunais, das prisões.

• Filantropia: amor a tudo que é humano. Empatia com os homens que sofrem e padecem de necessidades. Atitudes desinteressadas, para ajudá-los (beneficência). Difere da caridade cristã porque se baseia na igualdade racional do homem e no senso de necessidade de desenvolvimento coletivo da humanidade. E não tem como objetivo a salvação da alma.

• Cosmopolitismo: reunindo os cidadãos-patriotas, racionais e livres, de todas as nações.

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ENCICLOPÉDIA

• Auto-consciência dos progressos da razão e formulação de um instrumento racional para dinamizar ainda mais a expansão das Luzes.

• Fazer o balanço dos conhecimentos já existentes e ser um novo ponto de partida.

• V. pp. 80 a 83 do livro de F.Falcon