Imflamaçao e Cicatrização

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Patologia

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PROCESSO INFLAMATRIO

A resposta inflamatria a reao vascular e celular frente presena de microrganismos invasores, irritantes inanimados, tais como o estilhao ou a injria. A inflamao um dos mecanismos de defesa mais efetivos. Evidncia da resposta inflamatria pode ser observada durante a reao do organismo a um simples espinho. Aps poucas horas, a rea torna-se avermelhada e a seguir intumescida e dolorosa. A rea afetada perceptivelmente mais quente que o tecido circundante. A vermelhido e o calor so causados por um aumento no fluxo sanguneo; os vasos sanguneos que transportam o sangue para a rea dilatam-se, enquanto aqueles que transportam o sangue da rea para outra regio se contraem. A permeabilidade capilar aumenta, permitindo o influxo de fluidos e clulas sanguneas no stio; isto causa o intumescimento e a dor (resultado do aumento da presso). A vasodilatao e o aumento da permeabilidade so induzidos por substncias qumicas, tais como a histamina, que so liberadas das clulas danificadas no stio lesado. Se a causa da inflamao so os microrganismos invasores, ento o processo mais importante que ocorre na resposta inflamatria a migrao de clulas fagocitrias dos capilares para o stio da infeco. As clulas fagocitrias englobam e destroem os micrbios. Assim, a resposta inflamatria conduz clulas de limpeza para o stio da infeco. Alm de destruir e remover um agente prejudicial (tal como um micrbio) ou o seu produto, a resposta inflamatria tambm limita os efeitos do agente (ou seu produto) por confin-lo ou isol-lo dos tecidos circundantes. Isto possvel porque os cogulos sanguneos ao redor do stio previnem a disseminao do micrbio ou de seus produtos nocivos para outras partes do corpo. Como conseqncia, h uma coleo de pus localizada na cavidade formada pela degradao de tecidos do corpo, resultando em um abscesso. O pus consiste em clulas inflamatrias e clulas teciduais mortas, bem como em microrganismos vivos e mortos. O estgio final da inflamao o reparo tecidual, quando todos os agentes ou substncias prejudiciais foram removidos ou neutralizados no stio lesado. A habilidade do tecido em reparar-se depende, em parte, do tecido envolvido. A pele, sendo um tecido relativamente simples, tem alta capacidade de regenerao. Contudo, o tecido nervoso do crebro, que altamente especializado e complexo, parece no sofrer regenerao.

REPARO

Um organismo vivo mantm a capacidade de reparar suas perdas. A capacidade do organismo para substituir as clulas mortas e reparar a leso induzida por danos locais decisiva para a sobrevida. Quando uma clula sofre leso focal, as organelas inviveis podem ser isoladas em um vacolo limitado por membrana, digeridas e eliminadas, enquanto as partes perdidas so reconstitudas, voltando a clula a sua estrutura normal. Quando, ao invs de atingir focalmente as clulas no seu citoplasma, a leso causa perda de muitas clulas, o reparo mais complexo e pode assumir uma das duas possibilidades:

a) Regenerao do tecido lesado por clulas parenquimatosas do mesmo tipo, algumas vezes no deixando marca residual da leso prvia;b) Substituio por tecido conjuntivo ou fibrose, que em seu estado permanente constitui uma cicatriz. Neste caso o estroma destrudo e o reparo se faz fundamentalmente a partir do tecido conjuntivo, em que quase sempre aparece combinado com certo grau de regenerao dos elementos epiteliais, os quais podem ou no reproduzir a estrutura que tinha anteriormente.

REGENERAO

a substituio do parnquima por outras da mesma espcie. No sentido mais amplo, corresponde a reconstituio de uma parte do organismo que foi destruda. Ocorre quando uma superfcie do organismo (cutnea, mucosa, endotelial, ou da crnea) desnudada, mas a camada basal (tecido conjuntivo adjacente) permanece ntegra, as clulas no lesadas das bordas crescem e reparam completamente o defeito. Dessa mesma maneira ocorre com as clulas epiteliais no fgado, rim, glndulas endcrinas e outras, quando o arcabouo de sustentao estiver mantido. Assim, regenerao quando as clulas se multiplicam para repor perdas teciduais.

CICATRIZAO

As feridas podem ser divididas em: agudas, onde o processo de cicatrizao ocorre de forma ordenada e em tempo hbil, com resultado funcional e anatmico satisfatrio; ou crnicas (como as lceras venosas e de decbito), onde o processo estaciona na fase inflamatria, o que impede sua resoluo e a restaurao da integridade funcional.Quanto ao mecanismo de cicatrizao, as feridas podem ser classificadas em: Fechamento primrio ou por primeira inteno: ocorre nas feridas fechadas por aproximao de seus bordos, como por exemplo, numa inciso cirrgica. Fechamento secundrio, por segunda inteno ou espontneo: a ferida deixada propositadamente aberta, sendo a cicatrizao dependente da granulao e contrao da ferida para a aproximao das bordas, como por exemplo, bipsias de pele, queimaduras profundas, feridas infectadas (contagem bacteriana acima de 100.000 colnias/g de tecido). Fechamento tardio ou por terceira inteno: feridas deixadas abertas inicialmente, geralmente por apresentarem contaminao grosseira. Aps alguns dias de tratamento local, a ferida fechada atravs de suturas, enxertos ou retalhos. O resultado esttico intermedirio.

Quelide

Pode ocorrer a formao de quelides. Um quelide um caso especial de cicatriz. So leses fibroelsticas, avermelhadas, escuras, rosadas e s vezes brilhantes, com formao de tecido sobresaliente. Podem ocorrer na cicatrizao de qualquer leso da pele e at mesmo espontaneamente. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas, no contagiosas e indolores, as leses podem se tornar um problema esttico importante. So formadas pela hialinizao do colgeno que est sendo depositado em grande quantidade num processo padro de cicatrizao.