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Susana Filipa de Almeida Ferreira Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior da maxila e da mandíbula Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências da Saúde Porto, 2011

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Page 1: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Susana Filipa de Almeida Ferreira

Implantes curtos VS Implantes standard na

regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula

Universidade Fernando Pessoa

Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

Porto 2011

Susana Filipa de Almeida Ferreira

Implantes curtos VS Implantes standard na

regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula

Universidade Fernando Pessoa

Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

Porto 2011

Autor Susana Filipa de Almeida Ferreira

Orientador Drordf Moacutenica Morado Pinho

Co-Orientador Prof Doutor Ricardo Faria e Almeida

Tiacutetulo ldquoImplantes curtos VS Implantes standard na regiatildeo posterior da maxila e da

mandiacutebulardquo

Assinatura

Trabalho apresentado agrave Universidade

Fernando Pessoa como parte dos

requisitos para obtenccedilatildeo do grau de

Mestre em Medicina Dentaacuteria

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

v

RESUMO

As regiotildees posteriores da mandiacutebula e da maxila podem representar aacutereas de osso

insuficiente para a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios de comprimento standard Neste

contexto os implantes dentaacuterios curtos podem representar uma opccedilatildeo de tratamento que

permite evitar teacutecnicas ciruacutergicas invasivas Alguns autores consideram que esta opccedilatildeo

de tratamento em situaccedilotildees especiacuteficas eacute uma opccedilatildeo previsiacutevel

O objectivo principal deste estudo foi comparar as taxas de sobrevivecircncia dos implantes

curtos e dos implantes de comprimentos standard colocados nas regiotildees posteriores da

maxila e da mandiacutebula e avaliar as possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos

implantes

Neste sentido foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em cliacutenicas privadas

dedicadas exclusivamente agrave praacutetica da Implantologia em Portugal e Espanha atraveacutes do

preenchimento de inqueacuteritos por via electroacutenica

Para a elaboraccedilatildeo deste trabalho foi ainda realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes

do motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e

Faculdade de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto

Dos 188 implantes avaliados a maioria correspondeu a pacientes do sexo feminino

(59) idades superiores a 45 anos (70) e a pacientes natildeo fumadores (65) Destes

188 casos 55 dos implantes foram colocados na maxila posterior e 45 na mandiacutebula

posterior em osso Tipo 3 (54) e Tipo 4 (46) Todos os implantes em estudo

apresentavam uma superfiacutecie tratada e a maioria dos implantes avaliados

corresponderam a implantes standard (58) e destes os mais utilizados foram os de 10

mm (35) Os implantes curtos corresponderam a 42 dos casos e destes a maioria

correspondeu a implantes de 8 mm de comprimento (31) A taxa de sobrevivecircncia

para a amostra em estudo foi de 99

Dentro das limitaccedilotildees do estudo podemos concluir que com o tratamento da superfiacutecie

dos implantes o desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente ao dos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vi

implantes de comprimento standard mesmo em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea e

desta forma a limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece jaacute natildeo apresentar

fundamento

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 2: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Susana Filipa de Almeida Ferreira

Implantes curtos VS Implantes standard na

regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula

Universidade Fernando Pessoa

Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede

Porto 2011

Autor Susana Filipa de Almeida Ferreira

Orientador Drordf Moacutenica Morado Pinho

Co-Orientador Prof Doutor Ricardo Faria e Almeida

Tiacutetulo ldquoImplantes curtos VS Implantes standard na regiatildeo posterior da maxila e da

mandiacutebulardquo

Assinatura

Trabalho apresentado agrave Universidade

Fernando Pessoa como parte dos

requisitos para obtenccedilatildeo do grau de

Mestre em Medicina Dentaacuteria

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

v

RESUMO

As regiotildees posteriores da mandiacutebula e da maxila podem representar aacutereas de osso

insuficiente para a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios de comprimento standard Neste

contexto os implantes dentaacuterios curtos podem representar uma opccedilatildeo de tratamento que

permite evitar teacutecnicas ciruacutergicas invasivas Alguns autores consideram que esta opccedilatildeo

de tratamento em situaccedilotildees especiacuteficas eacute uma opccedilatildeo previsiacutevel

O objectivo principal deste estudo foi comparar as taxas de sobrevivecircncia dos implantes

curtos e dos implantes de comprimentos standard colocados nas regiotildees posteriores da

maxila e da mandiacutebula e avaliar as possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos

implantes

Neste sentido foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em cliacutenicas privadas

dedicadas exclusivamente agrave praacutetica da Implantologia em Portugal e Espanha atraveacutes do

preenchimento de inqueacuteritos por via electroacutenica

Para a elaboraccedilatildeo deste trabalho foi ainda realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes

do motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e

Faculdade de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto

Dos 188 implantes avaliados a maioria correspondeu a pacientes do sexo feminino

(59) idades superiores a 45 anos (70) e a pacientes natildeo fumadores (65) Destes

188 casos 55 dos implantes foram colocados na maxila posterior e 45 na mandiacutebula

posterior em osso Tipo 3 (54) e Tipo 4 (46) Todos os implantes em estudo

apresentavam uma superfiacutecie tratada e a maioria dos implantes avaliados

corresponderam a implantes standard (58) e destes os mais utilizados foram os de 10

mm (35) Os implantes curtos corresponderam a 42 dos casos e destes a maioria

correspondeu a implantes de 8 mm de comprimento (31) A taxa de sobrevivecircncia

para a amostra em estudo foi de 99

Dentro das limitaccedilotildees do estudo podemos concluir que com o tratamento da superfiacutecie

dos implantes o desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente ao dos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vi

implantes de comprimento standard mesmo em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea e

desta forma a limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece jaacute natildeo apresentar

fundamento

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 3: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Autor Susana Filipa de Almeida Ferreira

Orientador Drordf Moacutenica Morado Pinho

Co-Orientador Prof Doutor Ricardo Faria e Almeida

Tiacutetulo ldquoImplantes curtos VS Implantes standard na regiatildeo posterior da maxila e da

mandiacutebulardquo

Assinatura

Trabalho apresentado agrave Universidade

Fernando Pessoa como parte dos

requisitos para obtenccedilatildeo do grau de

Mestre em Medicina Dentaacuteria

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

v

RESUMO

As regiotildees posteriores da mandiacutebula e da maxila podem representar aacutereas de osso

insuficiente para a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios de comprimento standard Neste

contexto os implantes dentaacuterios curtos podem representar uma opccedilatildeo de tratamento que

permite evitar teacutecnicas ciruacutergicas invasivas Alguns autores consideram que esta opccedilatildeo

de tratamento em situaccedilotildees especiacuteficas eacute uma opccedilatildeo previsiacutevel

O objectivo principal deste estudo foi comparar as taxas de sobrevivecircncia dos implantes

curtos e dos implantes de comprimentos standard colocados nas regiotildees posteriores da

maxila e da mandiacutebula e avaliar as possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos

implantes

Neste sentido foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em cliacutenicas privadas

dedicadas exclusivamente agrave praacutetica da Implantologia em Portugal e Espanha atraveacutes do

preenchimento de inqueacuteritos por via electroacutenica

Para a elaboraccedilatildeo deste trabalho foi ainda realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes

do motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e

Faculdade de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto

Dos 188 implantes avaliados a maioria correspondeu a pacientes do sexo feminino

(59) idades superiores a 45 anos (70) e a pacientes natildeo fumadores (65) Destes

188 casos 55 dos implantes foram colocados na maxila posterior e 45 na mandiacutebula

posterior em osso Tipo 3 (54) e Tipo 4 (46) Todos os implantes em estudo

apresentavam uma superfiacutecie tratada e a maioria dos implantes avaliados

corresponderam a implantes standard (58) e destes os mais utilizados foram os de 10

mm (35) Os implantes curtos corresponderam a 42 dos casos e destes a maioria

correspondeu a implantes de 8 mm de comprimento (31) A taxa de sobrevivecircncia

para a amostra em estudo foi de 99

Dentro das limitaccedilotildees do estudo podemos concluir que com o tratamento da superfiacutecie

dos implantes o desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente ao dos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vi

implantes de comprimento standard mesmo em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea e

desta forma a limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece jaacute natildeo apresentar

fundamento

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 4: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

v

RESUMO

As regiotildees posteriores da mandiacutebula e da maxila podem representar aacutereas de osso

insuficiente para a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios de comprimento standard Neste

contexto os implantes dentaacuterios curtos podem representar uma opccedilatildeo de tratamento que

permite evitar teacutecnicas ciruacutergicas invasivas Alguns autores consideram que esta opccedilatildeo

de tratamento em situaccedilotildees especiacuteficas eacute uma opccedilatildeo previsiacutevel

O objectivo principal deste estudo foi comparar as taxas de sobrevivecircncia dos implantes

curtos e dos implantes de comprimentos standard colocados nas regiotildees posteriores da

maxila e da mandiacutebula e avaliar as possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos

implantes

Neste sentido foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em cliacutenicas privadas

dedicadas exclusivamente agrave praacutetica da Implantologia em Portugal e Espanha atraveacutes do

preenchimento de inqueacuteritos por via electroacutenica

Para a elaboraccedilatildeo deste trabalho foi ainda realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes

do motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e

Faculdade de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto

Dos 188 implantes avaliados a maioria correspondeu a pacientes do sexo feminino

(59) idades superiores a 45 anos (70) e a pacientes natildeo fumadores (65) Destes

188 casos 55 dos implantes foram colocados na maxila posterior e 45 na mandiacutebula

posterior em osso Tipo 3 (54) e Tipo 4 (46) Todos os implantes em estudo

apresentavam uma superfiacutecie tratada e a maioria dos implantes avaliados

corresponderam a implantes standard (58) e destes os mais utilizados foram os de 10

mm (35) Os implantes curtos corresponderam a 42 dos casos e destes a maioria

correspondeu a implantes de 8 mm de comprimento (31) A taxa de sobrevivecircncia

para a amostra em estudo foi de 99

Dentro das limitaccedilotildees do estudo podemos concluir que com o tratamento da superfiacutecie

dos implantes o desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente ao dos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vi

implantes de comprimento standard mesmo em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea e

desta forma a limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece jaacute natildeo apresentar

fundamento

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

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ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 5: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vi

implantes de comprimento standard mesmo em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea e

desta forma a limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece jaacute natildeo apresentar

fundamento

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 6: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

vii

ABSTRACT

The posterior regions of the mandible and the maxilla may represent areas of

insufficient bone dental implants of standard length In this context short dental

implants may represent a treatment option that avoids invasive surgical techniques

Some authors consider that this treatment option in specific situations is an expected

choice

The main objective of this monograph was to compare the survival rates of short

implants and implants placed in standard lengths of the posterior maxilla and mandible

and to evaluate possible causes of failure of their implants

To this effect we performed a retrospective clinical study in private clinics dedicated

exclusively to the practice of Implantology in Portugal and Spain by filling out surveys

electronically

To accomplish this work was also carried out a literature search using the Pubmed

search engine and libraries at the University Fernando Pessoa and School of Dental

Medicine University of Porto

Of the 188 implants evaluated the majority were females (59) aged above 45 years

(70) and non-smoking patients (65) Of these 188 cases 55 of the implants were

placed in the posterior maxilla and posterior mandible in 45 bone type 3 (54) and

type 4 (46) All implants in the study had a treated surface and most of the implants

evaluated corresponded to standard implants (58) and of these the most used were 10

mm (35) The short implants accounted for 42 of cases and of these most implants

corresponded to 8 mm in length (31) The survival rate for the study sample was 99

Within the limitations of the study we can conclude that with the treatment of the

surface of the implants the performance of short implants has to be equivalent to the

implants of standard length even in situations of poor bone quality and thus limiting the

use of short implants appears not to be support anymore

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 7: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

viii

AGRADECIMENTOS

A realizaccedilatildeo desta monografia natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio e colaboraccedilatildeo de

algumas pessoas a quem estou profundamente agradecida que passo a citar

Aos meus Pais pelo amor dedicaccedilatildeo apoio e confianccedila constantes Agradeccedilo-vos pelos

vossos conselhos e pelos princiacutepios que me transmitiram que fazem de mim a pessoa

que sou hoje

Aos meus avoacutes pelo profundo amor e carinho demonstrado durante toda a minha vida e

por me ajudarem a concretizar os meus sonhos

Ao Gustavo por ter sido o melhor binoacutemio que poderia ter tido Um muito obrigado

pelo amor paciecircncia apoio incondicional e por todos os bons momentos vividos juntos

durante estes uacuteltimos anos

Agrave minha orientadora Drordf Moacutenica Morado Pinho e ao meu co-orientador Prof Doutor

Ricardo Faria e Almeida o meu sincero reconhecimento pelo apoio orientaccedilatildeo

incentivo disponibilidade e por todos os ensinamentos a mim transmitidos durante a

realizaccedilatildeo deste trabalho

Agrave Prof Doutora Conceiccedilatildeo Manso e ao Dr Frias Bulhosa pela ajuda e disponibilidade

prestada

Agrave Sara Elodie e Seacutergio pela amizade apoio e ajuda fornecida

A todos os Professores que tive o prazer de conhecer durante estes 5 anos pelos

valiosos conhecimentos que me foram transmitidos

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 8: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

ix

IacuteNDICE GERAL

IacuteNDICE DE FIGURAS xi

IacuteNDICE DE GRAacuteGICOS xii

IacuteNDICE DE TABELAS xiii

IacuteNDICE DE ANEXOS xiv

INTRODUCcedilAtildeO 1

DESENVOLVIMENTO 6

CAPITULO I 7

I1 ndash Revisatildeo de Literatura 7

I2 ndash Densidade Oacutessea 9

I3 ndash Criteacuterios de avaliaccedilatildeo do sucesso do tratamento com implantes 11

I4 ndash Factores relacionados com a sobrevivecircncia dos implantes 13

I41 ndash Qualidade Oacutessea 14

I42 ndash Diacircmetro do Implante 14

I43 ndash Geometria e Desenho dos Implantes 15

I44 ndash Tratamento de Superfiacutecie dos Implantes 15

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo 16

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante 17

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo 18

I48 ndash Magnitude de Forccedilas 18

CAPITULO II 20

II1 ndash Material e Meacutetodos 20

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica 20

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 9: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

x

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica 20

II121 ndash Tipologia de estudo 20

II122 ndash Amostra 21

II123 ndash Metodologia e recolha de dados 22

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados 24

II2 ndash Resultados 25

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra 25

II3 ndash Discussatildeo 38

II4 ndash Perspectivas Futuras 47

CONCLUSAtildeO 48

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50

ANEXOS 60

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 10: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xi

IacuteNDICE DE FIGURAS

Figura 1 ndash Implante Dentaacuterio 2

Figura 2 ndash Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg 5

Figura 3 ndash Caracteriacutesticas macroscoacutepicas dos ossos tipo D1 D2 D3 e D4 10

Figura 4 ndash Diferentes tipos de implantes 15

Figura 5 ndash Nuacutemero de implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais 16

Figura 6 ndash Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da

mandiacutebula 18

Figura 7 ndash Implantes standard e implante curto 21

Figura 8 ndash Implante de diacircmetro standard e implante de diacircmetro wide-plataform 22

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 11: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xii

IacuteNDICE DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante 27

Graacutefico 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos dos

implantes 29

Graacutefico 3 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188) 33

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 12: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiii

IacuteNDICE DE TABELAS

Tabela 1 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente 25

Tabela 2 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas 25

Tabela 3 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante 26

Tabela 4 ndash Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188) 28

Tabela 5 ndash Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias 28

Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188) 30

Tabela 7 ndash Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com

comprimento do implante (n=188) 31

Tabela 8 ndash Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188) 32

Tabela 9 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188) 34

Tabela 10 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 35

Tabela 11 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 36

Tabela 12 ndash Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188) 37

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 13: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

xiv

IacuteNDICE DE ANEXOS

ANEXO 1 ndash Inqueacuterito enviado por via electroacutenica 62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 14: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

1

INTRODUCcedilAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 15: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

2

A utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios como opccedilatildeo reabilitadora eacute referida como sendo a

soluccedilatildeo mais recente na aacuterea da Medicina Dentaacuteria (Thomeacute et al 2009) Desta forma

os implantes dentaacuterios podem ser descritos de inuacutemeras formas como por exemplo

ldquoDispositivos proteacuteticos de materiais aloplaacutesticos implantados nos tecidos orais

sob a mucosa eou na camada periosteal eou dentro do osso para fornecer retenccedilatildeo e

suporte para uma proacutetese fixa ou removiacutevel ldquo (C Stellingsma 2000)

Naturalmente que quando abordamos os implantes osteointegrados referimo-nos

unicamente a dispositivos que estatildeo em contacto directo com o osso

Figura 1 Implante Dentaacuterio httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg

[Consultado em 090711]

Com o decorrer do tempo tecircm vindo a surgir problemas relacionados com a

identificaccedilatildeo do grau exacto de contacto necessaacuterio entre o osso e o implante para

considerarmos um implante osteointegrado Desta forma Albrektsson T em 1993

definiu osteointegraccedilatildeo baseada em criteacuterios cliacutenicos como sendo

ldquoA ancoragem directa de um implante atraveacutes da formaccedilatildeo de tecido oacutesseo ao redor do

implante sem crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso na interface osso-

implanterdquo (Albrektsson T 1993)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 16: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

3

Nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula o osso existente disponiacutevel para a

colocaccedilatildeo de implantes eacute muitas vezes insuficiente tanto a niacutevel quantitativo como

qualitativo (Renouard Nisand 2006 e Carl Misch 2005) Para aleacutem disso a presenccedila

de aacutereas anatoacutemicas nobres faz com que o planeamento para a reabilitaccedilatildeo destas

localizaccedilotildees seja normalmente complexo

Apoacutes a extracccedilatildeo de elementos dentaacuterios nas regiotildees posteriores da maxila e da

mandiacutebula o padratildeo de reabsorccedilatildeo verificado como consequecircncia das mesmas

apresenta-se bastante distinto

Na maxila a perda horizontal eacute superior no sentido vestiacutebulo-palatino enquanto que a

perda vertical ocorre mais lentamente apesar de ocorrer em dois sentidos ou seja

ocorre atraveacutes da remodelaccedilatildeo natural em altura e pela pneumatizaccedilatildeo dos seios

maxilares Na mandiacutebula a reabsorccedilatildeo ocorre essencialmente no sentido vertical e como

consequecircncia apresenta frequentemente uma reduzida altura oacutessea poreacutem no plano

horizontal a quantidade oacutessea apresenta-se por regra suficiente para posterior

colocaccedilatildeo de implantes (Thomeacute et al 2009)

Algumas das complicaccedilotildees associadas agrave maxila posterior dizem respeito agrave dificuldade

de acesso visibilidade limitada reduzido espaccedilo inter-oclusal extensa reabsorccedilatildeo poacutes-

extracccedilatildeo e pobre qualidade oacutessea (Morand Irinakis 2007)

Em circunstacircncias de pouca disponibilidade oacutessea e de forma a evitar outras teacutecnicas

ciruacutergicas como teacutecnicas de enxertos oacutesseos de elevaccedilatildeo do seio maxilar e

lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior ou ainda a distracccedilatildeo oacutessea do processo alveolar

os implantes curtos representam uma alternativa viaacutevel simples e previsiacutevel uma vez

que natildeo exigem os mesmos tratamentos preacute-operatoacuterios referidos previamente ao

contraacuterio do que acontece com os implantes de comprimento standard Este tipo de

implantes apresenta um menor risco de interferecircncia com as estruturas anatoacutemicas

como o seio maxilar ou o nervo alveolar inferior Para aleacutem disso podem osteointegrar-

se em rebordos alveolares atroacuteficos apesar do volume oacutesseo reduzido (Renouard

Nisand 2005 e Juacutenior et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 17: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

4

Natildeo existe consenso na literatura em relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo de implantes curtos Segundo

alguns autores satildeo considerados os implantes com comprimento menor ou igual a 7 mm

(Maustsushita et al 1990 Bahat Handelsman 1996 Kido et al 1997 Hagi et al

2004 Gentile et al 2005 Fugazzotto 2008) outros referem-nos com comprimentos

inferiores a 8 mm (Renouard Nisand 2006) ou ainda podem ser definidos como

implantes com comprimentos menores que 10 mm (Neves et al 2006 Gentile et al

2005)

Existem inuacutemeras vantagens na utilizaccedilatildeo de implantes dentaacuterios curtos no tratamento

das maxilas e das mandiacutebulas posteriores com reabsorccedilotildees severas tais como evitar a

realizaccedilatildeo de um enxerto oacutesseo para compensar a elevaccedilatildeo do seio maxilar eou perda

da altura oacutessea disponiacutevel na crista antes da colocaccedilatildeo do implante como tal

economizam tempo e dinheiro e eliminam a dor relacionada com os procedimentos Os

implantes curtos satildeo mais faacuteceis de inserir e a preparaccedilatildeo do leito eacute mais simplificada

(Carl Misch 2005)

Estas vantagens oferecerem uma motivaccedilatildeo para os pacientes e um aumento da taxa de

aceitaccedilatildeo por parte dos mesmos (Nedir et al 2004 Del Fabbro et al 2004 Misch et

al 2006)

No entanto ainda existe bastante controveacutersia sobre a sua indicaccedilatildeo devido a diversos

problemas que tecircm sido associados com os mesmos sendo eles (Morand Irinakis

2007)

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie do implante que conduz a um menor contacto entre o

osso e o implante apoacutes a osteointegraccedilatildeo

o A reduccedilatildeo da superfiacutecie de distribuiccedilatildeo das forccedilas apoacutes colocado em carga

o E ainda a relaccedilatildeo coroa-implante comprometida

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 18: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

5

Figura 2 Implantes Dentaacuterios curtos da Biconreg httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

O objecto desta monografia eacute avaliar se a taxa de sobrevivecircncia dos implantes curtos

colocados na regiatildeo posterior da maxila e da mandiacutebula eacute idecircntica agrave taxa de

sobrevivecircncia dos implantes de comprimento standard colocados nas mesmas

localizaccedilotildees

A motivaccedilatildeo na escolha deste tema prende-se com uma tentativa de esclarecimento no

que refere a viabilidade dos implantes curtos como alternativa aos implantes de

comprimento standard ou mesmo a outros meacutetodos de reabilitaccedilatildeo em localizaccedilotildees com

exigentes demandas funcionais

Assim o objectivo principal deste estudo eacute comparar as taxas de sobrevivecircncia dos

implantes curtos e dos implantes standard colocados nas regiotildees posteriores da maxila e

da mandiacutebula

O objectivo secundaacuterio diz respeito agrave realizaccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo subjectiva das

possiacuteveis causas de fracasso dos respectivos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 19: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

6

DESENVOLVIMENTO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 20: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

7

CAPITULO I

I1 ndash REVISAtildeO DA LITERATURA

Os primeiros resultados cliacutenicos relacionados com a utilizaccedilatildeo de implantes curtos natildeo

se apresentaram muito promissores

Segundo Jemt e Lekholm em 1995 quanto maior a quantidade e a densidade oacutessea

presente no iniacutecio do tratamento melhor a taxa de sobrevivecircncia do implante e da

proacutetese apoacutes 5 anos em funccedilatildeo Estes autores efectuaram um estudo baseado em quatro

grupos teste determinados retrospectivamente agrupando os pacientes por quatro

diferentes alternativas de proacuteteses Os grupos terapecircuticos foram seleccionados tendo

em conta a quantidade de osso maxilar disponiacutevel Estes autores concluiacuteram que pelo

menos durante 5 anos de follow-up seria possiacutevel melhorar condiccedilotildees oacutesseas primaacuterias

pobres atraveacutes da utilizaccedilatildeo de implantes de comprimento standard juntamente com

uma teacutecnica de enxerto oacutesseo onlay uma vez que o resultado seria mais beneacutefico

quando comparado com a colocaccedilatildeo de implantes curtos apenas para apoio de uma

sobredentadura (Jemt e Lekholm 1995)

Bahat em 2000 realizou um estudo com 660 implantes (103 corresponderam a

implantes curtos e 557 a implantes de comprimento standard) em 202 pacientes na

maxila posterior reabilitados com restauraccedilotildees parciais fixas metalo-ceracircmicas com um

follow-up de 12 anos apoacutes funccedilatildeo Este autor concluiu que os implantes de comprimento

standard apresentaram um taxa de sobrevivecircncia superior agrave dos implantes curtos Os

implantes de 375 mm de diacircmetro apresentaram uma taxa de fracasso (excluindo as

fracturas dos implantes) para os implantes de comprimento de 7 e 85 mm 10-15 mm e

18 e 20 mm de 17 5 e 0 respectivamente Segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teria pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia Assim sendo a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

apresentou-se como um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo dos mesmos Cada

localizaccedilatildeo deve ser tratada individualmente ou seja deve ser seleccionado um

implante com o tipo o comprimento e o diacircmetro apropriado (Bahat O 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 21: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

8

Com o decorrer dos anos verificou-se que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos comeccedilou a

apresentar taxas de sobrevivecircncia cada vez mais elevadas

Em 2006 Neves et al realizaram um estudo com 16344 implantes (786 fracassos) Os

implantes foram analisados de acordo com a altura em que ocorreu a falha e com os

factores de risco envolvidos nas mesmas A taxa total de fracassos foi de 48 Os

implantes de 375 mm de diacircmetro e 7 mm de comprimento apresentaram uma taxa de

fracasso de 97 comparativamente agrave taxa de fracasso de 63 dos implantes de 375

mm de diacircmetro e 10 mm de comprimento Neves et al concluiacuteram assim que a

utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de diacircmetro parece minimizar as taxas de

fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea e como tal os implantes curtos devem

ser considerados como uma alternativa viaacutevel para as cirurgias avanccediladas de aumento

oacutesseo uma vez que estas cirurgias podem conduzir a uma maior morbilidade requerem

longos periacuteodos cliacutenicos e compreendem custos mais elevados para o paciente (Neves

et al 2006)

Maloacute Nobre e Ranger em 2007 realizaram um estudo que pretendia verificar se os

implantes curtos colocados em mandiacutebulas atroacuteficas poderiam obter taxas de

sobrevivecircncia implantar a longo prazo idecircnticas agraves dos implantes de comprimento

standard colocados em localizaccedilotildees com grandes quantidades oacutesseas Estes autores

realizaram um estudo cliacutenico retrospectivo com 237 pacientes tratados

consecutivamente com 408 implantes curtos Branemark NobelBiocarereg

como suporte

de 151 proacuteteses fixas Destes 131 implantes tinham 7 mm de comprimento e 277

tinham 85 mm de comprimento Cento e vinte e seis dos implantes com 7mm (96)

foram avaliados com 1 ano de follow-up 110 (84) com 2 anos de follow-up e 88

(67) com 5 anos follow-up Cinco implantes fracassaram em quatro pacientes antes

dos 6 meses de follow-up A taxa de sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os

implantes de 70 e 85 mm de comprimento respectivamente demonstrou que a

utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos

Branemark NobelBiocarereg

em ambos os maxilares eacute um opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre

Rangert 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 22: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

9

I2 ndash DENSIDADE OacuteSSEA

A densidade oacutessea disponiacutevel nas aacutereas edentulas influecircncia o plano de tratamento no

que diz respeito agrave escolha do tipo de implante do tipo de cirurgia do tempo de

cicatrizaccedilatildeo e agrave colocaccedilatildeo em carga dos mesmos Assim sendo a densidade oacutessea eacute um

paracircmetro muito importante para a fixaccedilatildeo inicial do implante juntamente com a

ausecircncia de mobilidade durante a fase de cicatrizaccedilatildeo (Misch 1988 e Misch 1990)

A densidade oacutessea pode ser estimada atraveacutes da avaliaccedilatildeo radiograacutefica por tomografia

computorizada radiografias periapicais e ortopantomografia (Mcgivney et al 1968)

Linkow amp Chercheve em 1970 classificou a densidade oacutessea em trecircs categorias

(Linkow e Chercheve 1970)

1- Estrutura oacutessea Classe I (tipo de osso ideal) que consiste num reduzido espaccedilo

esponjoso

2- Estrutura oacutessea Classe II em que o osso apresenta um maior espaccedilo esponjoso

com uma menor uniformidade na estrutura oacutessea

3- Estrutura oacutessea Classe III que apresenta um maior espaccedilo medular entre as

trabeacuteculas oacutesseas

Lekholm amp Zarb em 1985 indicaram quatro tipos de densidade oacutessea encontrados nas

arcadas dentaacuterias (Lekholm e Zarb 1985)

o Tipo 1 ndash Formado por osso compacto homogeacuteneo

o Tipo 2 ndash Formado por uma camada de osso compacto envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 3 ndash Formado por uma camada espessa de osso cortical envolvendo o osso

trabecular denso

o Tipo 4 ndash Formado por uma camada fina de osso cortical envolvendo um osso

trabecular de pouca densidade

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 23: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

10

Misch em (1988) referiu 5 grupos de densidade oacutessea independente da regiatildeo na

arcada dentaacuteria baseado em caracteriacutesticas macroscoacutepicas da cortical e do trabeculado

oacutesseo (Misch 1998)

o D1 ndash Osso cortical denso

o D2 ndash Osso cortical denso e osso trabeculado grosso

o D3 ndash Cortical oacutessea fina e trabeculado fino

o D4 ndash Osso trabecular fino

o D5 ndash Osso natildeo mineralizado imaturo

Figura 3 Caracteriacutesticas Macroscoacutepicas dos Ossos tipo D1D2D3 e D4

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

A densidade do osso estaacute directamente relacionada com a forccedila do mesmo Tipos de

osso menos densos satildeo 50 a 80 mais fraacutegeis do que as qualidades mais densas do

osso (Carl e Misch 2005) Assim sendo e de forma a ultrapassar a maacute qualidade oacutessea

ao longo do tempo tecircm vindo a ser desenvolvidos implantes com texturas e desenhos

que facilitam a osteointegraccedilatildeo Actualmente as marcas de implantes tecircm vindo a

substituir a tradicional superfiacutecie polida dos implantes por implantes com superfiacutecies

rugosas que conduziram a resultados a longo prazo significativamente superiores (Bain

et al 2002) Este tipo de superfiacutecies permite um aumento da aacuterea de contacto

promovendo assim uma melhor estabilidade secundaacuteria Para aleacutem disso fornece uma

configuraccedilatildeo de superfiacutecie que promove uma adequada retenccedilatildeo do coaacutegulo de sangue

e estimula o processo de cicatrizaccedilatildeo oacutessea (Carlsson et al 1988 Feighan et al 1995

Feighan Stevenson Emery 1995 Ivanoff et al 2001 Cordioli et al 2000)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 24: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

11

I3 ndash CRITEacuteRIOS DE AVALIACcedilAtildeO DO SUCESSO DO TRATAMENTO COM

IMPLANTES

Para estudar a taxa de sucesso dos implantes inuacutemeros factores devem ser tidos em

consideraccedilatildeo Desta forma a comparaccedilatildeo realizada por diferentes estudos relativamente

agrave taxa de sucesso dos implantes em determinadas circunstacircncias pode ser difiacutecil natildeo soacute

existecircncia de numerosas variaacuteveis mas tambeacutem pelo facto de diferentes estudos

considerarem diferentes variaacuteveis para avaliaccedilatildeo

Os primeiros estudos utilizavam como criteacuterio de sucesso a permanecircncia dos implantes

em boca sem considerar outras caracteriacutesticas associadas aos tecidos moles e duros

adjacentes

Schinitman e Schulman em 1979 propuseram os seguintes criteacuterios para avaliaccedilatildeo do

sucesso do tratamento com implantes

1) Mobilidade menor que 1 mm em qualquer direcccedilatildeo

2) Grau de radiolucidez observado radiologicamente poreacutem sem ser considerado

fracasso

3) Perda oacutessea menor que 13 da altura do implante

4) Inflamaccedilatildeo gengival passiacutevel de tratamento ausecircncia de sintomas de infecccedilatildeo e

lesotildees aos dentes adjacentes ausecircncia de parestesias ou lesatildeo do canal

mandibular

5) Estar em funccedilatildeo de acordo com estes criteacuterios em 75 dos casos por um

periacuteodo miacutenimo de 5 anos

(cit in Juacutenior et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 25: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

12

Albrektsson et al no ano 1986 propotildeem os seguintes criteacuterios de sucesso

1) Ausecircncia de mobilidade do implante individualmente natildeo ligado agrave proacutetese

quando examinado clinicamente

2) Ausecircncia de radiolucidez peri-implantar demonstrada pela radiografia

3) Perda oacutessea vertical anual inferior ou ateacute 02mm apoacutes o primeiro ano de

utilizaccedilatildeo dos implantes

4) Ausecircncia de sinais e sintomas irreversiacuteveis eou persistentes tais como dor

infecccedilotildees neuropatias parestesias ou lesatildeo do canal mandibular

5) Percentagem miacutenima de ecircxito de 85 apoacutes 5 anos de observaccedilatildeo e 80 ao final

de 10 anos de acompanhamento

(Albrektsson et al 1986)

Conveacutem assim quando falamos de tratamento com implantes distinguir entre taxa de

sobrevivecircncia e taxas de sucesso A primeira refere-se exclusivamente ao facto dos

implantes se manterem osteointegrados natildeo tendo em atenccedilatildeo outras factores

relacionados com o estabilidade de tecidos moles e duros No caso das taxas de sucesso

esta considera outros factores tais como esteacutetica e estabilidade de tecidos moles e duros

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 26: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

13

I4 ndash FACTORES RELACIONADOS COM A SOBREVIVEcircNCIA DOS IMPLANTES

As elevadas taxas de fracasso dos implantes curtos foram registadas em estudos antigos

quer na mandiacutebula como na maxila realizados com procedimentos ciruacutergicos de rotina

independentemente da qualidade do osso com implantes que natildeo apresentavam

tratamento de superfiacutecie e em locais anatoacutemicos com osso de fraca densidade

(Renouard e Nisand 2006)

Um estudos mais recente em que utilizaram uma preparaccedilatildeo ciruacutergica adaptada para a

densidade oacutessea implantes com superfiacutecie tratada e uma selecccedilatildeo mais criteriosa dos

casos cliacutenicos relataram taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos e dos implantes de

largo diacircmetro que foram comparadas agraves obtidas com implantes de comprimento e

diacircmetro standard (Juacutenior et al 2010)

Assim sendo em situaccedilotildees de menor densidade oacutessea e de reabsorccedilatildeo oacutessea mandibular

e maxilar quer as taxas de sobrevivecircncia quer as de morbilidade devem ser

consideradas quando se comparam os resultados dos implantes curtos com

procedimentos ciruacutergicos avanccedilados tais como enxertos oacutesseos elevaccedilatildeo do seio

maxilar e ainda a lateralizaccedilatildeo do nervo alveolar inferior de forma a permitir

comparaccedilotildees adequadas (Renouard e Nisand 2006)

Alguns factores devem ser considerados com o intuito de maximizar o sucesso dos

implantes curtos Satildeo eles qualidade oacutessea diacircmetro geometriadesenho e tratamento

da superfiacutecie dos implantes bem como o nuacutemero e posiccedilatildeo a relaccedilatildeo coroa-implante o

tipo de oclusatildeo e a magnitude das forccedilas (Sendyk Sendyk 2006 Maloacute et al 2007

Chiarelli et al 2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 27: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

14

I41 ndash Qualidade oacutessea

Vaacuterios paracircmetros necessitam de ser avaliados antes da colocaccedilatildeo de implantes curtos

O tipo de osso eacute um factor determinante no sucesso dos implantes curtos uma vez que a

fraca qualidade oacutessea eacute considerada um dos principais factores de risco para o fracasso

dos implantes Assim sendo a utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro poderaacute ser

segundo alguns autores uma vantagem consideraacutevel especialmente na maxila e

mandiacutebula posterior onde a qualidade e a quantidade oacutessea satildeo muitas vezes inferiores

ao ideal (Eli Raviv et al 2010 e Morand Irinakis 2007)

I42 ndash Diacircmetro do implante

Nos casos em que a altura oacutessea estaacute comprometida os implantes curtos podem ser a

uacutenica soluccedilatildeo para compensar a menor disponibilidade oacutessea presente

Assim sendo um implante de maior diacircmetro (5 mm) pode ser utilizado Na verdade o

uso de um implante de 6 mm de comprimento e 5 mm de diacircmetro apresenta uma

superfiacutecie de contacto disponiacutevel entre o osso e o implante semelhante agrave de um implante

de 10 mm de comprimento e 375 mm de diacircmetro Desta forma para reduzir o risco de

falhas dos implantes osteointegrados nas localizaccedilotildees posteriores foi sugerida a

utilizaccedilatildeo de implantes de largo diacircmetro que tecircm demonstrado notaacuteveis resultados em

numerosos estudos cliacutenicos que envolveram a mandiacutebula posterior (Langer et al

1993)

Os autores relembram que os diacircmetros e os comprimentos dos implantes devem ser

considerados em conjunto devido aos seus efeitos interactivos (Morand e Irinakis

2007)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 28: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

15

I43 ndash Geometria e desenho dos implantes

Figura 4 Diferentes tipos de implantes http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711])

A literatura realccedila a importacircncia da geometria e do desenho do implante especialmente

no que diz respeito a implantes curtos colocados na maxila e mandiacutebula posterior

(Bernard et al 2003)

A estabilidade inicial denominada de estabilidade mecacircnica ou primaacuteria depende do

desenho macroscoacutepico do implante ao contraacuterio da estabilidade secundaacuteria que estaacute

relacionada com a superfiacutecie do implante e as suas caracteriacutesticas

I44 ndash Tratamento de superfiacutecie dos implantes

Quando se alteram as texturas dos implantes verifica-se que a aacuterea de superfiacutecie dos

mesmos aumenta significativamente (Gentile et al 2005)

Os implantes tratados apresentam uma micro-textura que para aleacutem de aumentar a aacuterea

de contacto tambeacutem melhora a fixaccedilatildeo do implante ao osso durante a osteointegraccedilatildeo

possibilitando assim a utilizaccedilatildeo de implantes curtos com algum grau de confianccedila

(Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 29: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

16

Bernard et al estudou implantes Branemark NobelBiocarereg

e ITIreg

e concluiu que os

implantes com superfiacutecie tratada de vaacuterios comprimentos oferecem uma ancoragem

substancialmente superior em comparaccedilatildeo com os implantes de superfiacutecie maquinada de

igual comprimento (Bernard et al 2003)

Misch et al em 2006 defendeu que o tratamento de superfiacutecie do implante pode

aumentar ateacute 33 o contacto osso-implante o que seria extremamente beneacutefico na

distribuiccedilatildeo da tensatildeo (Misch et al 2006)

I45 ndash Nuacutemero e Posiccedilatildeo

Figura 5 Nuacutemero de Implantes vs dissipaccedilatildeo das forccedilas oclusais (Carl E Misch 2005)

Nos implantes curtos quanto maior o nuacutemero de implantes maior eacute a aacuterea de dissipaccedilatildeo

das forccedilas (Misch 2005)

A aplicaccedilatildeo e a toleracircncia das forccedilas oclusais maacuteximas varia de acordo com a posiccedilatildeo

do implante na arcada com os haacutebitos parafuncionais do paciente e com a natureza dos

dentes da arcada oposta (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 30: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

17

I46 ndash Relaccedilatildeo Coroa-Implante

Tornou-se evidente que a proporccedilatildeo coroa-implante de 11 eacute extremamente bem

sucedida e completamente aceitaacutevel (Rangert et al 1997) No entanto nas localizaccedilotildees

posteriores usualmente existe uma reabsorccedilatildeo natural do rebordo alveolar como

consequecircncia do edentulismo prolongado o que leva a uma distacircncia inter-arcada

aumentada As limitaccedilotildees oacutesseas existentes nestas localizaccedilotildees conduzem o profissional

a considerar a utilizaccedilatildeo de implantes curtos Assim sendo uma proporccedilatildeo coroa-

implante de 12 seria de esperar Contudo o aperfeiccediloamento das superfiacutecies e dos

sistemas de implantes simultaneamente com ajustes oclusais proteacuteticos possibilitam que

esta proporccedilatildeo seja aplicada com sucesso desde que sejam respeitados alguns criteacuterios

(Nedir et al 2004)

Como os implantes curtos normalmente excedem os paracircmetros proteacuteticos regulares ou

seja a proporccedilatildeo coroa-implante para que esta proporccedilatildeo seja aceitaacutevel eacute necessaacuterio

que a orientaccedilatildeo das forccedilas e a distribuiccedilatildeo das cargas sejam favoraacuteveis para aleacutem de

um controlo adequado de eventuais parafunccedilotildees (Tawil et al 2006)

Quando esta condiccedilatildeo natildeo se verifica os criteacuterios de planeamento oclusal devem ser

verificados de forma a que as cargas oclusais incidam o mais proacuteximo do longo eixo do

implante evitando-se assim a formaccedilatildeo de uma alavanca (Misch et al 2006)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 31: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

18

I47 ndash Tipo de Oclusatildeo

Figura 6 Magnitude das forccedilas oclusais nas regiotildees anterior e posterior da mandiacutebula

(Carl E e Misch 2005)

A oclusatildeo eacute um factor decisivo na longevidade dos tratamentos com implantes

Distribuiccedilotildees de forccedilas desfavoraacuteveis e aumentos da magnitude das forccedilas satildeo

regularmente verificados nas regiotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula e como

consequecircncia destas sobrecargas pode ocorrer perda da osteointegraccedilatildeo do implante ou

fractura do mesmo (Rangert et al 1989 Rangert et al 1997 Saba 2001)

I48 ndash Magnitude de Forccedilas

O aumento do diacircmetro do implante num osso de fraca qualidade e quantidade oacutessea

seria uma forma de aumentar a toleracircncia agraves forccedilas oclusais de forma a melhorar a

estabilidade inicial e garantir uma distribuiccedilatildeo das forccedilas favoraacuteveis pelo osso

circundante (Morand e Irinakis 2007)

Para aleacutem disso uma reduzida dimensatildeo mesio-distal da proacutetese em conformidade com

o correspondente dente natural contribuiria para uma distribuiccedilatildeo das cargas mais

favoraacutevel e potencialmente conduziria a resultados de sucesso (Nedir et al 2004)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 32: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

19

Assim sendo a reduccedilatildeo da superfiacutecie oclusal desgastes nas inclinaccedilotildees das cuacutespides

satildeo princiacutepios utilizados simultaneamente com conceitos proteacuteticos periodontais que

podem ser empregues em proacuteteses implanto-suportadas (Nedir et al 2004 e

Mazzonetto et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 33: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

20

CAPITULO II

II1 ndash MATERIAL E MEacuteTODOS

II11 ndash Pesquisa Bibliograacutefica

Foi realizada uma revisatildeo bibliograacutefica e em seguida foi realizado um estudo cliacutenico

retrospectivo

Para a realizaccedilatildeo deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica atraveacutes do

motor de busca Pubmed e nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa e Faculdade

de Medicina Dentaacuteria da Universidade do Porto Foram realizadas quatro pesquisas e as

palavras-chave utilizadas foram short dental implants dental implants placed in

posterior mandible placed in posterior maxilla e foram definidos como limites Meta-

anaacutelises e Ensaios cliacutenicos randomizados controlados Foram pesquisados artigos

publicados nos uacuteltimos 10 anos escritos em inglecircs e portuguecircs

Como resultado desta pesquisa foram obtidos 142 artigos destes 130 apresentavam

texto completo e 44 foram considerados referecircncias bibliograacuteficas de interesse para a

realizaccedilatildeo desta monografia Juntamente a estes adicionaram-se artigos de outras

fontes uma vez que foram obtidos alguns artigos atraveacutes das referecircncias bibliograacuteficas

II12 ndash Investigaccedilatildeo Cientifica

II121 ndash Tipologia de estudo

Foi realizado um estudo cliacutenico retrospectivo em algumas cliacutenicas privadas com

praacutetica exclusiva em Implantologia em Portugal e Espanha e foram enviados inqueacuteritos

por via electroacutenica de auto preenchimento (Anexo 1)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 34: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

21

II122 ndash Amostra

Foram incluiacutedos no estudo 188 inqueacuteritos correspondendo a 110 pacientes do sexo

feminino e 78 pacientes do sexo masculino e a um total de 188 implantes colocados

Destes 104 foram colocados na maxila posterior (44 implantes curtos e 60 implantes

standard) e 84 foram colocados na mandiacutebula posterior (35 implantes curtos e 49

implantes standard)

Os criteacuterios de inclusatildeo determinados previamente ao iniacutecio do estudo foram os

seguintes

1) Correspondem a pacientes com necessidade de reabilitaccedilotildees com suporte

atraveacutes de implantes no maxilar posterior e na mandiacutebula posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordmM)

2) Pacientes com boa sauacutede geral e sem patologias sisteacutemicas

3) Pacientes com o tempo de permanecircncia dos implantes em carga de mais de

6 meses

Foram considerados implantes curtos ndash implantes cujo comprimento eacute menor ou igual a

8mm e implantes standard ndash implantes cujo comprimento eacute maior ou igual a 85mm

Figura 7 Imagem de dois implantes standard e um Implante curto respectivamente

http www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em

040711])

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 35: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

22

Foram considerados implantes com diacircmetros standard (375mm e 41mm) e wide

plataform (gt 43mm)

Figura 8 Implante de diacircmetro standard e Implante de diacircmetro wide-plataform

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts[Consultado em 040711])

Os criteacuterios de exclusatildeo correspondem

1) Pacientes com patologia sisteacutemica ou local que contra indique a colocaccedilatildeo de

implantes

2) Pacientes bruxoacutemanos

II123 ndash Metodologia e recolha de dados

Foi explicado a todos os participantes quais os objectivos do estudo e os inqueacuteritos

foram preenchidos por Meacutedicos Dentistas responsaacuteveis pela colocaccedilatildeo dos referidos

implantes entre Marccedilo e Abril de 2011 sendo que para cada implante foi preenchido

um inqueacuterito individual

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 36: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

23

As variaacuteveis consideradas nos inqueacuteritos foram

Variaacuteveis do Paciente

o Geacutenero

o Idade

o Fumador ou natildeo

Variaacuteveis Anatoacutemicas

o Localizaccedilatildeo anatoacutemica (mandiacutebula ou maxila posterior)

o Qualidade oacutessea ( Osso tipo 3 ou tipo 4)

o Diacircmetro dos implantes (standard ou wide plataform)

o Comprimento dos implantes

o Tipo de superfiacutecie dos implantes (maquinada ou tratada)

o Tipo de conexatildeo (interna ou externa)

o Nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2)

o Colocaccedilatildeo imediata

o Sistema utilizado

o Altura oacutessea inicial medida radiograficamente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 37: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

24

Variaacuteveis Poacutes-operatoacuterias

o Medicaccedilatildeo

o Fracasso do implante

o Possiacutevel causa do fracasso

II124 ndash Tratamento estatiacutestico dos dados

Todos os dados foram exportados para o Microsoftreg Office Excel directamente da

aplicaccedilatildeo criada utilizando o Google Docs e de seguida novamente exportados para o

programa de anaacutelise estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social

Sciences)

Os dados recolhidos sofreram tratamento estatiacutestico atraveacutes do programa de anaacutelise

estatiacutestica SPSSreg v180 (Statistical Package for the Social Sciences) mediante a

utilizaccedilatildeo de ferramentas adequadas

Para descrever os casos de estudo foram aplicadas metodologias de anaacutelise descritiva

nomeadamente graacuteficos e medidas sumaacuterio apropriadas As variaacuteveis categoacutericas

foram descritas atraveacutes de frequecircncias absolutas (n) e relativas () A variaacutevel contiacutenua

foi descrita utilizando medidas sumaacuterio nomeadamente meacutedia desvio padratildeo

mediana miacutenimo e maacuteximo

Foi usado o teste de independecircncia do Qui-Quadrado para analisar a associaccedilatildeo entre

variaacuteveis categoacutericas Quando mais de 20 das ceacutelulas da tabela de contingecircncia

relativa agrave anaacutelise de associaccedilatildeo de duas variaacuteveis categoacutericas tem frequecircncia esperada

inferior a 5 utilizou-se o teste exacto de Fisher

Foi utilizado um niacutevel de significacircncia de 005 para todos os testes de hipoacutetese ou seja

rejeita-se a hipoacutetese numa (considerada em cada teste) em todas as situaccedilotildees em que a

probabilidade associada agrave estatiacutestica de teste (p) seja inferior a esse valor

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 38: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

25

II2 ndash RESULTADOS

II21 ndash Caracterizaccedilatildeo da Amostra

As tabelas seguintes demonstram os resultados obtidos apoacutes a anaacutelise estatiacutestica

Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis do

paciente

n ()

Geacutenero

Feminino 110 (59)

Masculino 78 (41)

Idade do paciente

le 45 anos 57 (30)

gt 45 anos 131 (70)

Fumador

Natildeo 123 (65)

Sim 65 (35)

Dos 188 casos em estudo a maioria correspondia a pacientes do sexo feminino com

uma percentagem de 59 e 41 a pacientes do sexo masculino Relativamente agrave idade

a maioria dos pacientes apresentava mais de 45 anos 131 (70) Os pacientes

fumadores constituiacuteram 35 da amostra para uma percentagem de 65 de natildeo

fumadores (Tabela 1)

Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente agraves variaacuteveis

anatoacutemicas

n ()

Localizaccedilatildeo

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 84 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104 (55)

Qualidade Oacutessea

Tipo 3 101 (54)

Tipo 4 87 (46)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 39: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

26

A maioria dos implantes foram colocados na maxila posterior (2ordm PM 1ordmM e 2ordm M) 104

(55) e em osso Tipo 3 101 (54) (Tabela 2)

Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

n ()

Diacircmetro

Standard (375 to 41 mm) 164 (87)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13)

Comprimento

6 mm 19 (10)

75 mm 2 (1)

8 mm 58 (31)

85 mm 19 (10)

10 mm 65 (35)

115 mm 5 (3)

ge12 mm 20 (11)

Comprimento

Curtos (le 8mm) 79 (42)

Standard (ge 85mm) 109 (58)

Superfiacutecie

Superfiacutecie Tratada 188 (100)

Tipo de Conexatildeo

Conexatildeo Externa 42 (22)

Conexatildeo Interna 146 (78)

Fases Ciruacutergicas

1 Fase 155 (82)

2 Fases 33 (18)

Implante Imediato

Natildeo 177 (94)

Sim 11 (6)

Sistema Utilizado

Branemarkreg

19 (10)

Osseotitereg

5 (3)

Straumannreg

146 (79)

TI-UNITEreg

18 (10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 40: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

27

Graacutefico 1 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel do comprimento do

implante

No que diz respeito agraves variaacuteveis especificas dos implantes a maioria dos implantes

apresentava as seguintes caracteriacutesticas

Quanto ao diacircmetro ndash diacircmetro standard 164 (87)

Quanto ao tipo de conexatildeo ndash conexatildeo interna 146 (78)

Quanto agrave fase ciruacutergica ndash apenas uma fase ciruacutergica 155 (82)

Quanto agrave carga ndash carga diferida 177 (94)

Quanto ao sistema ndash o mais utilizado foi o Straumannreg

146 (79)

Todos os implantes em estudo apresentavam uma superfiacutecie tratada 188 (100)

Atraveacutes da Tabela 3 verificamos que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel comprimento do implante

a maioria dos implantes correspondia a implantes standard 109 (58) e destes os mais

utilizados foram os de 10 mm 65 (35)

Por sua vez foram colocados 79 (42) implantes curtos e destes a maioria

correspondia a implantes de 8 mm de comprimento 58 (31) a restante percentagem

distribuiu-se por 2 (1) implantes de 75mm e 19 (10) implantes de 6mm

Comprimento

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 41: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

28

O Graacutefico 1 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes comprimentos da amostra

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo da medida radiograacutefica do osso (em mm) dos casos em estudo

(n=188)

n meacutedia (dp) mediana miacutenimo maacuteximo

Altura Oacutessea Inicial

Medida

Radiograficamente

(mm)

54 9 (3) 10 3 15

A variaacutevel altura oacutessea inicial medida radiograficamente apenas foi registada em 54

inqueacuteritos nestes a meacutedia para esta variaacutevel foi de 9mm Sendo que o valor miacutenimo foi

de 3mm e o valor maacuteximo de 15 mm (Tabela 4)

Tabela 5 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) relativamente ao niacutevel de

variaacuteveis poacutes-operatoacuterias

n ()

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

Natildeo

118 (63)

Sim

70 (37)

Fracasso do Implante

Natildeo

186 (99)

Sim

2 (1)

Se sim qual a possiacutevel causa de fracasso

Carga imediata

1 (100)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 42: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

29

Graacutefico 2 Caracterizaccedilatildeo dos casos em estudo (n=188) ao niacutevel dos fracassos

dos implantes

Natildeo

Sim

Atraveacutes da anaacutelise da Tabela 5 verificamos que no que diz respeito agraves variaacuteveis poacutes-

operatoacuterias na maioria dos casos natildeo foi receitado antibioacutetico 118 (63)

A taxa de sobrevivecircncia para a amostra em estudo foi de 99 Dos dois implantes (1)

que fracassaram apenas foi referida a possiacutevel causa (carga imediata) de fracasso para

um deles

O Graacutefico 2 permite uma melhor percepccedilatildeo do nuacutemero de fracassos de implantes

obtidos no estudo

Fracasso do

Implante

99

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 43: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

30

Tabela 6 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis do paciente com comprimento do implante

(n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

N () n () N () P

Geacutenero

0405

Feminino

110 (59) 49 (62) 61 (56)

Masculino

78 (41) 30 (38) 48 (44)

Idade do Paciente

0204

le 45 anos

57 (30) 20 (25) 37 (34)

gt 45 anos

131 (70) 59 (75) 72 (66)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis geacutenero e idade do paciente natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela

6)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 44: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

31

Tabela 7 Comparaccedilatildeo das variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo com comprimento

do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Localizaccedilatildeo

0929

Mandiacutebula Posterior (2ordm

PM 1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 35 (44) 49 (45)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 44 (56) 60 (55)

Qualidade Oacutessea

0056

Tipo 3

101 (54) 36 (46) 65 (60)

Tipo 4

87 (46) 43 (54) 44 (40)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre o comprimento do implante e as

variaacuteveis localizaccedilatildeo no maxilar e qualidade oacutessea natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 7)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 45: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

32

Tabela 8 Comparaccedilatildeo ao niacutevel de variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante

dos casos em estudo pelo comprimento do implante (n=188)

Comprimento

Total

(n=188)

Curto

(le8mm)

(n=79 42)

Standard

(ge85mm)

(n=109 58)

n () N () n () P

Diacircmetro

0172

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 72 (91) 92 (84)

Wide Plataform (gt 43 mm)

24 (13) 7 (9) 17 (16)

Superfiacutecie

-

Superfiacutecie Tratada 188 (100) 79 (100) 109 (100)

Tipos de Conexatildeo

lt0001

Conexatildeo Externa

42 (22) 2 (3) 40 (37)

Conexatildeo Interna

146 (78) 77 (97) 69 (63)

Fases Ciruacutergicas

0468

1 Fase

155 (82) 67 (85) 88 (81)

2 Fases

33 (18) 12 (15) 21 (19)

Implante Imediato

0123

Natildeo

177 (94) 77 (97) 100 (92)

Sim 11 (6) 2 (3) 9 (8)

Fracasso do Implante

0175

Natildeo

186 (99) 77 (97) 109 (100)

Sim

2 (1) 2 (3) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 46: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

33

Graacutefico 3 Comparaccedilatildeo ao niacutevel do tipo de conexatildeo do implante dos casos em estudo

com o comprimento do implante (n=188)

A Tabela 8 comprova que dos 188 casos analisados a maioria apresentava conexatildeo

interna 146 (78) verificando-se o mesmo para os dois tipos de implantes (97 para

os implantes curtos e 63 para os implantes standard) apesar de os implantes standard

apresentarem uma percentagem inferior sendo esta diferenccedila estatisticamente

significativa (plt0001)

O Graacutefico 3 permite uma melhor percepccedilatildeo da disposiccedilatildeo em percentagens dos

diferentes tipos de conexatildeo presentes nos dois grupos de comprimentos (curtos e

standard) presentes no estudo

Foram encontrados dois casos (1) de fracasso correspondendo estes aos implantes

curtos 2 (3) e nenhum ao grupo com comprimento standard natildeo sendo esta

diferenccedila estaticamente significativa (p=0175) (Tabela 8)

Tipo de Conexatildeo

Comprimento

Conexatildeo Externa Conexatildeo Interna

Short (le8mm)

Standard

(ge85mm)

Per

cen

tag

em

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 47: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

34

Tabela 9 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia de falha ou natildeo no

implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Geacutenero

1000

Feminino

110 (59) 109 (59) 1 (50)

Masculino

78 (41) 77 (41) 1 (50)

Idade do Paciente

0516

le 45 anos

57 (30) 56 (30) 1 (50)

gt 45 anos

131 (70) 130 (70) 1 (50)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis do paciente e a ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 9)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 48: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

35

Tabela 10 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em estudo e ocorrecircncia

de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Localizaccedilatildeo

1000

Mandiacutebula Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

84 (45) 83 (45) 1 (50)

Maxila Posterior (2ordm PM

1ordmM e 2ordm M)

104 (55) 103 (55) 1 (50)

Qualidade Oacutessea

0500

Tipo 3

101 (54) 99 (53) 2 (100)

Tipo 4

87 (46) 87 (47) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis anatoacutemicas dos casos em

estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante os nossos dados natildeo apresentaram

qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 10)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 49: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

36

Tabela 11 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas com o implante dos

casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () p

Diacircmetro 1000

Standard (375 to 41 mm)

164 (87) 162 (87) 2 (100)

Wide Plataform (gt 43 mm) 24 (13) 24 (13) 0 (0)

Comprimento 0175

Curto (le 8mm)

79 (42) 77 (41) 2 (100)

Standard (ge 85mm) 109 (58) 109 (59) 0 (0)

Superfiacutecie -

Superfiacutecie Tratada

188 (100) 186 (100) 2 (100)

Tipos de Conexatildeo 1000

Conexatildeo Externa

42 (22) 42 (23) 0 (0)

Conexatildeo Interna 146 (78) 144 (77) 2 (100)

Fases Ciruacutergicas 1000

1 Fase

155 (82) 153 (82) 2 (100)

2 Fases 33 (18) 33 (18) 0 (0)

Implante Imediato 0114

Natildeo

177 (94) 176 (95) 1 (50)

Sim 11 (6) 10 (5) 1 (50)

Sistema Utilizado -

Branemarkreg

19 (10) 19 (10) 0 (0)

Osseotitereg

5 (3) 5 (3) 0 (0)

Straumannreg

147 (79) 144 (79) 2 (100)

TI-UNITEreg

18 (10) 18 (10) 0 (0)

Teste de independecircncia do qui-quadrado Teste Exacto de Fisher

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 50: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

37

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis especiacuteficas relacionadas

com o implante dos casos em estudo e ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante natildeo

existe uma vez mais qualquer associaccedilatildeo (plt005) (Tabela 11)

Tabela 12 Comparaccedilatildeo entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos em estudo e

ocorrecircncia de falha ou natildeo no implante (n=188)

Fracasso do Implante

Total

(n=188)

Natildeo

(n=186 99)

Sim

(n=2 1)

n () n () n () P

Prescriccedilatildeo de Antibioacutetico

1000

Natildeo

118 (63) 117 (63) 1 (50)

Sim

70 (37) 69 (37) 1 (50)

Se sim qual a possiacutevel causa

do fracasso

-

Carga imediata

1 (100) 0 (0) 1 (100)

Teste Exacto de Fisher

No que diz respeito agrave comparaccedilatildeo realizada entre as variaacuteveis poacutes-operatoacuterias dos casos

em estudo e ocorrecircncia de fracasso ou natildeo no implante natildeo existe qualquer associaccedilatildeo

(plt005) (Tabela 12)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 51: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

38

II3 ndash DISCUSSAtildeO

Todos os 188 implantes foram colocados com sucesso na posiccedilatildeo determinada

alcanccedilando uma boa estabilidade primaacuteria

O facto dos implantes se comportarem como uma unidade anquilosada isto restringe o

seu uso a indiviacuteduos que jaacute terminaram o crescimento maxilar Contudo natildeo existe

limite maacuteximo de idade para o tratamento com implantes desde que o paciente esteja

apto e disposto a ser tratado (Richard et al 2002)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel do paciente ldquoGeacutenerordquo 54 dos casos deste estudo

corresponderam ao geacutenero feminino Contudo esta variaacutevel natildeo apresentou significacircncia

estatiacutestica natildeo podendo ser depreendida nenhuma relaccedilatildeo entre a mesma e o fracasso

dos implantes

Tal facto foi verificado tambeacutem por Attard e Zarb em 2002 num estudo com 106

implantes standard Branemarkreg colocados em 46 localizaccedilotildees posteriores em 35

pacientes que foram acompanhados prospectivamente O tratamento envolveu a

colocaccedilatildeo de pelo menos 2 ou 3 implantes em cada local desdentado A taxa de

sobrevivecircncia obtida foi de 94

Uma das variaacuteveis avaliadas neste estudo foi o Geacutenero e apesar de 74 implantes terem

sido colocados em pacientes do sexo feminino e apenas 32 em pacientes do sexo

masculino estes valores natildeo foram estatisticamente significativos Desta forma

nenhum factor da histoacuteria dos pacientes foi considerado prejudicial para a sobrevivecircncia

dos implantes (Attard e Zarb 2002)

No que diz respeito agrave variaacutevel do paciente ldquoIdaderdquo 46 dos casos corresponderam a

idades superiores a 45 anos de idade Contudo tambeacutem natildeo se pode afirmar que a idade

seja um factor determinante para o sobrevivecircncia dos implantes (p=1000)

Estes resultados satildeo semelhantes aos encontrados por Gonccedilalves et al em 2009 em

que foram colocados 2294 implantes (1056 implantes curtos) na mandiacutebula no periacuteodo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 52: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

39

de 1999 a 2007 A taxa de sobrevivecircncia obtida foi de 85 No que diz respeito agrave Idade

neste estudo apesar da maior taxa de sobrevivecircncia ter sido verificado nas idades entre

52 e 60 anos natildeo se pode afirmar que seja significativo (Gonccedilalves et al 2009)

Encontra-se bem estabelecido e amplamente demonstrado na literatura que o tabaco eacute

um factor de risco importante na periodontite e para aleacutem disso afecta a capacidade de

cicatrizaccedilatildeo Alguns estudos demonstraram que as taxas de fracasso dos implantes em

indiviacuteduos fumadores satildeo cerca do dobro comparativamente a indiviacuteduos natildeo

fumadores Os indiviacuteduos fumadores devem ser avisados e encorajados a deixar o

haacutebito

Assim sendo eacute recomendado que os pacientes fumadores deixem o haacutebito pelo menos

duas semanas antes da colocaccedilatildeo dos implantes e vaacuterias semanas apoacutes o tratamento

(Richard et al 2002)

Neste estudo o haacutebito tabaacutegico natildeo apresentou relevacircncia estatiacutestica e nos dois casos

de fracasso do implante um correspondia a um individuo fumador e outro a um

individuo natildeo fumador natildeo existindo assim diferenccedila significativa a ser considerada

Em casos de desdentados parciais os dados da literatura demonstram uma elevada taxa

de fracasso de implantes curtos na maxila (135) em relaccedilatildeo agrave mandiacutebula (44)

(Quirynen et al 1991 Naert et al 1992 Nevins Langer 1993 Lekholm et al 1994

Wyatt Zarb 1998)

Contudo os resultados deste estudo natildeo corroboram com o anteriormente descrito uma

vez que demonstram taxas de fracasso idecircnticas para ambos os maxilares

Contudo devemos ter em conta que em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoaltura oacutessea

inicial medida radiograficamenterdquo dos 188 implantes avaliados apenas 54 inquiridos

responderam a esta questatildeo limitando assim os resultados obtidos no que diz respeito agrave

localizaccedilatildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 53: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

40

Assim sendo as taxas de sobrevivecircncia dos implantes curtos tomam ainda mais

relevacircncia quando se considera as circunstacircncias em que implantes curtos satildeo

colocados ou seja eacute mais provaacutevel que a maioria dos implantes curtos sejam colocados

na maxila e mandiacutebula posterior onde geralmente existe uma menor altura oacutessea

disponiacutevel e uma maacute qualidade oacutessea

Feldman et al avaliaram vaacuterias taxas de sobrevivecircncia entre implantes curtos de

superfiacutecie maquinada e implantes standard com o mesmo tipo de superfiacutecie e obtiveram

taxas de sobrevivecircncia de 916 e 977 respectivamente com diferenccedila

estatisticamente significativa Estes autores tambeacutem mostraram que os implantes curtos

de superfiacutecie tratada apresentavam melhores resultados quando comparados com os

implantes de superfiacutecie maquinada (Feldman et al 2004) Neste estudo como todos os

implantes corresponderam a superfiacutecies tratadas e considerando a taxa de sobrevivecircncia

de 99 podemos apontar que este facto esteja relacionado com a elevada taxa de

sobrevivecircncia obtida

As superfiacutecies tratadas dos implantes quando comparadas com as superfiacutecies

maquinadas dos mesmo apresentam uma aacuterea de superfiacutecie bastante aumentada e

apresentam uma percentagem superior de contacto osso-implante no osso de maacute

qualidade sendo esta uma vantagem das mesmas em relaccedilatildeo agraves superfiacutecies maquinadas

Assim sendo o aumento da aacuterea de superfiacutecie obtida pelo processo de texturizaccedilatildeo

compensa a reduzida aacuterea de superfiacutecie dos implantes curtos de tal forma que a

superfiacutecie miacutenima de contacto oacutesseo eacute aparentemente mantida

A combinaccedilatildeo de uma maior aacuterea de contacto com o processo de osteogeacutenese de

contacto pode contribuir para o facto dos implantes curtos apresentarem taxas de

sobrevivecircncia equivalentes aos implantes standard (Goeneacute et al 2005)

Neste estudo 87 dos implantes colocados corresponderam a implantes de diacircmetros

standard e apenas 13 corresponderam a implantes de wide-plataform

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 54: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

41

Verificamos ainda que os dois casos (1) que fracassaram correspondem ao grupo dos

implantes curtos e ambos correspondiam a diacircmetro standard natildeo sendo contudo

estaticamente significativo (p=0175)

Estes resultados podem ser sustentados pelo estudo de Neves et al em 2006 que teve

como objectivo avaliar qual a melhor opccedilatildeo terapecircutica (cirurgia avanccedilada ou implantes

curtos) com base em dados sobre o uso desses implantes encontrados noutros estudos

A taxa de fracasso obtida foi de 48 Os implantes de 375mm de diacircmetro e 7

mm de comprimento obtiveram uma taxa de fracasso de 97 em comparaccedilatildeo com

63 dos implantes de 375x10 mm Verificou-se ainda que 549 das falhas

ocorreram antes de a conexatildeo da proacutetese e que 667 de todas as falhas foram

atribuiacutedas agrave maacute qualidade oacutessea

Assim sendo estes autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de implantes curtos de 4 mm de

diacircmetro parece minimizar as taxas de fracasso em situaccedilotildees de fraca qualidade oacutessea

sugerindo assim que os implantes curtos possam ser considerados como uma

alternativa viaacutevel comparativamente com as cirurgias avanccediladas (Neves et al 2006)

Ivanoff et al sugeriram que a taxa de fracasso dos implantes de 5mm de diacircmetro

(wide-diameter) aumentou devido agraves curvas de aprendizagem dos operadores agrave baixa

densidade oacutessea ao formato do implante e ao uso desse diacircmetro quando a estabilidade

primaacuteria do implante natildeo pode ser alcanccedilada com um implante de diacircmetro standard

(Ivanoff et al 1999) Esta observaccedilatildeo foi sustentada pelo estudo de Hultin-Mordenfeld

et al em que implantes de wide-diameter foram colocados em situaccedilotildees desfavoraacuteveis

como a fraca densidade oacutessea e volume oacutesseo comprometido (Hultin-Mordenfeld et al

2004)

A avaliaccedilatildeo da possiacutevel relaccedilatildeo entre o comprimento do implante e sobrevivecircncia do

mesmo tem sido bastante limitada

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 55: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

42

Um estudo sobre restauraccedilotildees fixas unitaacuterias demonstrou que a relaccedilatildeo entre o

comprimento do implante e o sucesso pode natildeo existir especialmente em casos de

implantes com 13 mm de comprimento (Eckert et al 2001)

Para aleacutem disso natildeo existe nenhuma relaccedilatildeo entre a mobilidade inicial e comprimento

do implante e as anaacutelises mecacircnicas tecircm apoiado a visatildeo de que o aumento do

comprimento do implante soacute pode aumentar a taxa de sobrevivecircncia ateacute certo ponto

(Lum 1991)

Alguns autores afirmam que os implantes curtos fracassam mais frequentemente do que

os implantes standard (Naert et al 2002 Weng et al 2003 Herrmann et al 2005)

Contudo devemos ter em conta que alguns dos estudos que apresentam menores taxas

de sobrevivecircncia com implantes curtos utilizam protocolos ciruacutergicos independentes da

densidade oacutessea existente (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995 Wyatt Zarb 1998)

No entanto outros estudos referem que o comprimento dos implantes natildeo parece

influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia (Feldman et al 2004 Testori et

al 2001 Lemmerman 2005)

Diversos factores tecircm sido apontados para explicar o facto do comprimento dos

implantes natildeo parecer influenciar significativamente a taxa de sobrevivecircncia como por

exemplo estabilidade primaacuteria do implante curva de aprendizagem do meacutedico a

superfiacutecie do implante e a qualidade oacutessea (Tada et al 2003 Jemt Lekholm 1995

Wyatt Zarb 1998)

A realizaccedilatildeo de modificaccedilotildees na preparaccedilatildeo do local ciruacutergico para garantir uma maior

estabilidade primaacuteria nos locais de maacute qualidade oacutessea pode afectar a sobrevivecircncia dos

implantes (Tawill e Younan 2003)

Segundo Olate et al podemos presumir que as curvas de aprendizagem dos operadores

podem ser uma motivo para os diferentes resultados citados com os implantes curtos e

standard nos inuacutemeros estudos (Olate et al 2010)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 56: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

43

A colocaccedilatildeo de implantes curtos eacute realizada quando temos osso insuficiente e a

qualidade e a acircngulaccedilatildeo da perfuraccedilatildeo pode influenciar a estabilidade do implante e a

perda precoce dos mesmos (Olate et al 2010)

Ao longo dos anos tecircm surgido inuacutemeras guidelines que devem ser tidas em conta

quando se fala em implantes curtos

Segundo a literatura o aspecto mais importante na reabilitaccedilatildeo com implantes curtos eacute a

selecccedilatildeo criteriosa dos casos e tal observaccedilatildeo ainda se considera bastante relevante

Contudo outros aspectos tecircm sido ultrapassados como por exemplo no que diz respeito

ao nuacutemero de fases ciruacutergicas (1 ou 2 fases) que segundo um estudo de Gentile et al

em 2005 com uma amostra composta por 35 pacientes em que foram colocados 172

implantes (45 das quais de 6x5mm) em que 602 apresentavam duas fases ciruacutergicas

comparativamente com 398 de apenas uma fase ciruacutergica Neste estudo estes valores

apresentaram-se estatisticamente associados com o fracasso dos implantes Assim

sendo segundo estes autores a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas permitia uma

osteointegraccedilatildeo mais favoraacutevel uma vez que estava associada a uma percentagem de

80 menos fracasso do que uma abordagem de apenas uma fase ciruacutergica para a

colocaccedilatildeo de implantes curtos (Gentile et al 2005)

Contudo actualmente sabe-se que natildeo eacute necessaacuterio a realizaccedilatildeo de duas fases ciruacutergicas

Segundo um estudo realizado por Maloacute Nobre Rangert em 2007 a taxa de

sobrevivecircncia de 962 e 971 em 5 anos para os implantes de 70 e 85 mm de

comprimento respectivamente evidencia que a utilizaccedilatildeo de uma teacutecnica ciruacutergica de

uma fase para a colocaccedilatildeo de implantes curtos Branemark em ambos os maxilares eacute um

opccedilatildeo viaacutevel (Maloacute Nobre Rangert 2007)

Neste estudo apesar de 155 casos terem sido de uma fase ciruacutergica e apenas 33 de duas

fases ciruacutergicas os 2 implantes que fracassaram eram ambos de uma fase ciruacutergica

contudo natildeo existiu diferenccedila estatiacutestica significativa (plt005)

No que diz respeito aos implantes de carga imediata neste estudo 177 dos implantes

natildeo teve carga imediata ao contraacuterio dos restantes 11 casos No grupo dos implantes

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 57: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

44

curtos 2 apresentaram carga imediata ao contraacuterio do grupo dos implantes standard em

que 9 casos tiveram carga imediata Num dos casos de fracasso relatados neste estudo a

possiacutevel causa do fracasso mencionada foi precisamente a carga imediata sugerindo

assim que na maioria dos casos devemos evitar a realizaccedilatildeo de implantes de carga

imediata de forma a evitar possiacuteveis fracassos

Contudo Achilli et al em 2007 realizaram um estudo com o objectivo de avaliar se

existia ou natildeo uma diferenccedila significativa entre a carga imediata e a carga precoce em

aacutereas preacute-molares e molares da mandiacutebula e da maxila

Neste estudo foram colocados 120 implantes coacutenicos em aacutereas preacute-molares e molares

da mandiacutebula e da maxila Foram excluiacutedos do estudo pacientes com doenccedilas natildeo

controladas patologia periodontal bruxoacutemanos e fumadores severos (mais de 10

cigarros por dia) Os pacientes foram divididos em 2 grupos Um primeiro grupo em

que foram colocadas proacuteteses fixas provisoacuterias parciais nas primeiras 24 horas e um

segundo grupo em que foram colocadas as mesmas proacuteteses 6

semanas apoacutes a cirurgia de colocaccedilatildeo de implantes As proacuteteses provisoacuterias utilizadas

apresentavam superfiacutecies oclusais estreitas e planas de forma a reduzir os contactos

laterais Apoacutes 6 meses foram colocadas proacuteteses definitivas metalo-ceracircmicas Os

pacientes foram monitorizados cliacutenica e radiograficamente em 4 periacuteodos distintos no

iniacutecio do estudo aos 3 meses aos 6 meses e aos 12 meses apoacutes estarem em carga Estes

autores obtiveram uma taxa de sobrevivecircncia implantar de 100 Os resultados deste

estudo demonstraram que com a utilizaccedilatildeo procedimentos ciruacutergicos que possibilitam

uma estabilidade primaacuteria do implante um controle das cargas proteacuteticas e a utilizaccedilatildeo

de implantes com superfiacutecies osteocondutoras permitem a utilizaccedilatildeo de implantes de

carga imediata ou precoce com igual taxa de sobrevivecircncia comparativamente aos

implantes de carga diferida mesmo em regiotildees posteriores de ambos os maxilares

(Achilli et al 2007)

Em relaccedilatildeo agrave variaacutevel anatoacutemica ldquoqualidade oacutesseardquo neste estudo apenas foram

considerados tipos de osso 3 e 4 Apesar de 101 (54) implantes terem sido colocados

em osso tipo 3 e apenas 87 (46) em osso tipo 4 natildeo sendo estas diferenccedilas percentuais

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 58: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

45

estatiscamente significativas (plt005) Contudo nos dois casos de fracasso da amostra

a qualidade oacutessea correspondeu a osso tipo 3

Tal resultado eacute comum ao estudo realizado por Bahat em 2000 com 660 implantes (103

implantes curtos e 557 implantes standard) em que segundo este autor a qualidade e a

quantidade oacutessea teve pouca influecircncia sobre a taxa de sobrevivecircncia dos implantes

uma vez foi considerado um factor de sucesso para a colocaccedilatildeo de implantes a

utilizaccedilatildeo de implantes de diacircmetro largo e de dois implantes nas zonas posteriores

(Bahat O 2000)

O facto da taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo com os implantes curtos ter sido

bastante elevada mesmo em condiccedilotildees de osso tipo 3 e tipo 4 sugere que este tipo de

implantes podem ser bastante vantajosos em situaccedilotildees de maacute qualidade oacutessea

Relativamente agrave variaacutevel poacutes-operatoacuteria ldquoPrescriccedilatildeo de Antibioacuteticordquo na maioria dos

casos (63) natildeo foi receitado qualquer tipo de antibioacutetico contudo tambeacutem natildeo existe

diferenccedila significativa entre a prescriccedilatildeo ou natildeo de antibioacutetico poacutes-operatoacuterio e o

fracasso dos implantes (plt005)

Este resultado eacute confirmado por um estudo coorte retrospectivo realizado por Gentile et

al em 2005 com trecircs objectivos distintos estimar a taxa de sobrevivecircncia apoacutes 1 ano

dos implantes de 6x57 mm da Biconreg comparar a sobrevivecircncia apoacutes 1 ano dos

implantes de 6x57 mm com os restantes implantes existentes da Biconreg e identificar

quais os factores de risco associados agrave falha dos implantes

A amostra utilizada era composta por pacientes que receberam pelo menos um implante

de 6x57 mm Foram consideradas determinadas variaacuteveis nomeadamente variaacuteveis

demograacuteficas variaacuteveis de estado sauacutede variaacuteveis anatoacutemicas variaacuteveis especificas dos

implantes variaacuteveis proteacuteticas variaacuteveis poacutes operatoacuterias e variaacuteveis de reconstruccedilatildeo

Neste estudo apenas fracassou um implante

Dentro da variaacutevel poacutes-operatoacuteria encontrava-se a categoria de ldquoPrescriccedilatildeo de

antibioacuteticordquo e em 895 foram receitados antibioacuteticos contudo este valor natildeo

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

J oral Maxillofac Implants v1 n1 pp11-25

Albrektsson T (1993) On long-term maintenance of the osseointegrated response Aust

Prosthodont J 7 pp 15-24

Attard N Zarb GA (2002) Implant Prosthodontic Management of Posterior Partial

EdentulismLong-Term Follow-Up of a Prospective Study Journal of the Canadian

Dental Association v 68 n 2

Bahat O (2000) Braringnemark system implants in the posterior maxilla Clinical study of

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653

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Bernard JP Szmukler-Moncler S Pessotto S Vazquez L e Belser UC (2003) The

anchorage of Branemark and ITI implants of different lengths I An experimental study

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

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Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

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Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

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Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

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1561ndash1567

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Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

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Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

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Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

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Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

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Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

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Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

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the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

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Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

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Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

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Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

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progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

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Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 59: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

46

apresentou diferenccedila estatiacutestica significativa a ser considerada relevante tal como

observamos no nosso estudo (Gentile et al 2005)

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 60: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

47

II4 ndash PERSPECTIVAS FUTURAS

Seratildeo necessaacuterios mais estudos de modo a avaliar quais as variaacuteveis que influenciam o

sobrevivecircncia dos implantes curtos como tratamento reabilitador

Neste sentido estudos prospectivos com criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo previamente

definidos e com amostras maiores podem ser uma mais valia em resposta a uma

tentativa de alcanccedilar resultados estatisticamente significativos caso estes existam

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

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edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 61: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

48

CONCLUSAtildeO

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

J oral Maxillofac Implants v1 n1 pp11-25

Albrektsson T (1993) On long-term maintenance of the osseointegrated response Aust

Prosthodont J 7 pp 15-24

Attard N Zarb GA (2002) Implant Prosthodontic Management of Posterior Partial

EdentulismLong-Term Follow-Up of a Prospective Study Journal of the Canadian

Dental Association v 68 n 2

Bahat O (2000) Braringnemark system implants in the posterior maxilla Clinical study of

660 implants followed for 5 to 12 years Int J Oral Maxillofac Implants 15 pp 646-

653

Bahat O Handelsman M (1996) Use of wide implants and double implants in the

posterior jaw A clinical report Int J Oral Maxillofac Implants 11 pp 379ndash386

Bain CA Weng D Meltzer A Kohless SS e Stach RM (2002) A meta analysis

evaluating the risk for implant failure in patients who smoke Compend Contin Educ

Dent 23 pp 695ndash699

Bernard JP Szmukler-Moncler S Pessotto S Vazquez L e Belser UC (2003) The

anchorage of Branemark and ITI implants of different lengths I An experimental study

in the canine mandibule Clin Oral Implants Res 14 pp 593ndash600

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

Carl E Misch (2005) Short Dental Implants A Literature Review and Rationale for

Use Monday 01 August

Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

for polished and rough titanium implants Int J Oral Maxillofac Implants 3 pp 21ndash24

Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

Classificaccedilatildeo da Qualidade Oacutessea [Em linha] Disponiacutevel em

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

Cordioli G Majzoub Z Piattelli A e Scarano A (2000) Removal torque and

histomorphometric investigation of 4 different titanium surfaces an experimental study

in the rabbit tibia Int J Oral Maxillofac Implants 15 p 668ndash674

Del Fabbro M Testori T Francetti L e Weinstein R (2004) Systematic review of

survival rates for implants placed in the grafted maxillary sinus Int J Periodontics

Restorative Dent 24 pp 565ndash577

Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

factors involving implant survival Int J Oral Maxillofac Implants 16 pp 208

Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

alveolar bone height Quintessence International v 41 n 7

Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

intramedullary model J Bone Joint Surg Am 77 pp 1380ndash1395

Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 62: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

49

Dentro das limitaccedilotildees impostas pelo tipo de estudo efectuado podemos concluir que

Em localizaccedilotildees posteriores da maxila e da mandiacutebula as limitaccedilotildees de altura

oacutessea satildeo as mais habituais devido quer a reabsorccedilatildeo oacutessea derivada da perda

dentaacuteria ou mesmo a limitaccedilotildees anatoacutemicas tais como a posiccedilatildeo do nervo

alveolar inferior ou a parede inferior do seio maxilar

As taxas de sobrevivecircncia a longo prazo ultrapassam os 90

As taxas de sobrevivecircncia para implantes curtos e implantes standard satildeo

semelhantes

A elevada taxa de sobrevivecircncia obtida neste estudo para os implantes curtos

estaacute possivelmente associada com o facto de todos os implantes apresentarem

superfiacutecies tratadas mesmo em ossos de maacute qualidade e desta forma o

desempenho dos implantes curtos apresenta-se equivalente aos implantes

standard

A limitaccedilatildeo do uso de implantes curtos parece natildeo encontrar fundamento

actualmente

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

J oral Maxillofac Implants v1 n1 pp11-25

Albrektsson T (1993) On long-term maintenance of the osseointegrated response Aust

Prosthodont J 7 pp 15-24

Attard N Zarb GA (2002) Implant Prosthodontic Management of Posterior Partial

EdentulismLong-Term Follow-Up of a Prospective Study Journal of the Canadian

Dental Association v 68 n 2

Bahat O (2000) Braringnemark system implants in the posterior maxilla Clinical study of

660 implants followed for 5 to 12 years Int J Oral Maxillofac Implants 15 pp 646-

653

Bahat O Handelsman M (1996) Use of wide implants and double implants in the

posterior jaw A clinical report Int J Oral Maxillofac Implants 11 pp 379ndash386

Bain CA Weng D Meltzer A Kohless SS e Stach RM (2002) A meta analysis

evaluating the risk for implant failure in patients who smoke Compend Contin Educ

Dent 23 pp 695ndash699

Bernard JP Szmukler-Moncler S Pessotto S Vazquez L e Belser UC (2003) The

anchorage of Branemark and ITI implants of different lengths I An experimental study

in the canine mandibule Clin Oral Implants Res 14 pp 593ndash600

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

Carl E Misch (2005) Short Dental Implants A Literature Review and Rationale for

Use Monday 01 August

Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

for polished and rough titanium implants Int J Oral Maxillofac Implants 3 pp 21ndash24

Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

Classificaccedilatildeo da Qualidade Oacutessea [Em linha] Disponiacutevel em

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

Cordioli G Majzoub Z Piattelli A e Scarano A (2000) Removal torque and

histomorphometric investigation of 4 different titanium surfaces an experimental study

in the rabbit tibia Int J Oral Maxillofac Implants 15 p 668ndash674

Del Fabbro M Testori T Francetti L e Weinstein R (2004) Systematic review of

survival rates for implants placed in the grafted maxillary sinus Int J Periodontics

Restorative Dent 24 pp 565ndash577

Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

factors involving implant survival Int J Oral Maxillofac Implants 16 pp 208

Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

alveolar bone height Quintessence International v 41 n 7

Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

intramedullary model J Bone Joint Surg Am 77 pp 1380ndash1395

Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 63: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

50

REFEREcircNCIAS

BIBLIOGRAacuteFICAS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

J oral Maxillofac Implants v1 n1 pp11-25

Albrektsson T (1993) On long-term maintenance of the osseointegrated response Aust

Prosthodont J 7 pp 15-24

Attard N Zarb GA (2002) Implant Prosthodontic Management of Posterior Partial

EdentulismLong-Term Follow-Up of a Prospective Study Journal of the Canadian

Dental Association v 68 n 2

Bahat O (2000) Braringnemark system implants in the posterior maxilla Clinical study of

660 implants followed for 5 to 12 years Int J Oral Maxillofac Implants 15 pp 646-

653

Bahat O Handelsman M (1996) Use of wide implants and double implants in the

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Bain CA Weng D Meltzer A Kohless SS e Stach RM (2002) A meta analysis

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Bernard JP Szmukler-Moncler S Pessotto S Vazquez L e Belser UC (2003) The

anchorage of Branemark and ITI implants of different lengths I An experimental study

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Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

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Use Monday 01 August

Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

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Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

Classificaccedilatildeo da Qualidade Oacutessea [Em linha] Disponiacutevel em

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

Cordioli G Majzoub Z Piattelli A e Scarano A (2000) Removal torque and

histomorphometric investigation of 4 different titanium surfaces an experimental study

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Restorative Dent 24 pp 565ndash577

Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

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Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

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Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

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Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 64: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

51

Achilli A Tura F e Euwe E (2007) Immediateearly function with tapered implants

supporting maxillary and mandibular posterior fixed partial dentures Preliminary

results of a prospective multicenter study The Journal of Prosthetic Dentistry 97

pp52-58

Albrektsson T Zarb GA Worthington P e Eriksson AR (1986) The long-term

efficacy of currently used dental implants a review and proposed criteria of sucess Int

J oral Maxillofac Implants v1 n1 pp11-25

Albrektsson T (1993) On long-term maintenance of the osseointegrated response Aust

Prosthodont J 7 pp 15-24

Attard N Zarb GA (2002) Implant Prosthodontic Management of Posterior Partial

EdentulismLong-Term Follow-Up of a Prospective Study Journal of the Canadian

Dental Association v 68 n 2

Bahat O (2000) Braringnemark system implants in the posterior maxilla Clinical study of

660 implants followed for 5 to 12 years Int J Oral Maxillofac Implants 15 pp 646-

653

Bahat O Handelsman M (1996) Use of wide implants and double implants in the

posterior jaw A clinical report Int J Oral Maxillofac Implants 11 pp 379ndash386

Bain CA Weng D Meltzer A Kohless SS e Stach RM (2002) A meta analysis

evaluating the risk for implant failure in patients who smoke Compend Contin Educ

Dent 23 pp 695ndash699

Bernard JP Szmukler-Moncler S Pessotto S Vazquez L e Belser UC (2003) The

anchorage of Branemark and ITI implants of different lengths I An experimental study

in the canine mandibule Clin Oral Implants Res 14 pp 593ndash600

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

Carl E Misch (2005) Short Dental Implants A Literature Review and Rationale for

Use Monday 01 August

Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

for polished and rough titanium implants Int J Oral Maxillofac Implants 3 pp 21ndash24

Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

Classificaccedilatildeo da Qualidade Oacutessea [Em linha] Disponiacutevel em

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

Cordioli G Majzoub Z Piattelli A e Scarano A (2000) Removal torque and

histomorphometric investigation of 4 different titanium surfaces an experimental study

in the rabbit tibia Int J Oral Maxillofac Implants 15 p 668ndash674

Del Fabbro M Testori T Francetti L e Weinstein R (2004) Systematic review of

survival rates for implants placed in the grafted maxillary sinus Int J Periodontics

Restorative Dent 24 pp 565ndash577

Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

factors involving implant survival Int J Oral Maxillofac Implants 16 pp 208

Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

alveolar bone height Quintessence International v 41 n 7

Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

intramedullary model J Bone Joint Surg Am 77 pp 1380ndash1395

Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 65: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

52

Carl E Misch (2005) Short Dental Implants A Literature Review and Rationale for

Use Monday 01 August

Carlsson L Rostlund T Albrektsson B e Albrektsson T (1988) Removal torques

for polished and rough titanium implants Int J Oral Maxillofac Implants 3 pp 21ndash24

Chiarelli M Pereira Filho VA Silva Junior EC Gabrielli MC e Barelli O (2007)

Utilizaccedilatildeo de implantes unitaacuterio curtos em regiatildeo posterior ImplantNews 4(6) pp 707-

16

Classificaccedilatildeo da Qualidade Oacutessea [Em linha] Disponiacutevel em

httpwwwimplantodontiacombrartigosartigos_principal3html [Consultado em

050711]

Cordioli G Majzoub Z Piattelli A e Scarano A (2000) Removal torque and

histomorphometric investigation of 4 different titanium surfaces an experimental study

in the rabbit tibia Int J Oral Maxillofac Implants 15 p 668ndash674

Del Fabbro M Testori T Francetti L e Weinstein R (2004) Systematic review of

survival rates for implants placed in the grafted maxillary sinus Int J Periodontics

Restorative Dent 24 pp 565ndash577

Hagi D Deporter DA Pilliar RM e Arenovich T (2004) A Target Review of

Study Outcomes with Short (lt 7mm) Endosseous Dental Implants Place in Partially

Edentulous Patients JPeriodontol

Diacircmetros dos Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em

httpportiscomvewebcomponentscom_virtuemarts [Consultado em 040711]

Diacircmetro Implante Dentaacuterio [Em linha] Disponiacutevel em httpwww

2bpblogspotcoms1600short+biconjpg [Consultado em 090711]

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

factors involving implant survival Int J Oral Maxillofac Implants 16 pp 208

Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

alveolar bone height Quintessence International v 41 n 7

Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

intramedullary model J Bone Joint Surg Am 77 pp 1380ndash1395

Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 66: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

53

Diferentes comprimentos de implantes dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

www imgalibabacomphoto110443257F1_F2_and_F3_[Consultado em 040711]

Eckert SE Meraw SJ Weaver AL e Lohse CM (2001) Early experience with

Wide-Platform Mk II implants Part I Implant survival Part II Evaluation of risk

factors involving implant survival Int J Oral Maxillofac Implants 16 pp 208

Eli-Raviv E Turcotte A e Harel-Raviv M (2010) Short dental implants in reduced

alveolar bone height Quintessence International v 41 n 7

Feighan JE Goldberg VM Davy D Parr JA e Stevenson S (1995) The influence

of surface-blasting on the incorporation of titanium-alloy implants in a rabbit

intramedullary model J Bone Joint Surg Am 77 pp 1380ndash1395

Feighan JE Stevenson S e Emery SE (1995) Biologic and biomechanic evaluation

of posterior lumbar fusion in the rabbit The effect of fixation rigidity Spin 20 pp

1561ndash1567

Feldman S Boitel N Weng D Kohles SS e Stach RE (2004) Five-year survival

distributions of short-length (10mm or less) machined-surfaced and Osseotite implants

Clin Implant Dent Relat Res 6 pp 16

Fugazzotto PA (2008) Shorter implants in clinical practice Rationale and treatment

results Int J Oral Maxillofac Implants 23 pp 487ndash496

Gentile MA Chuang SK e Dodson TB (2005) Survival estimates and risk factors

for failure with 6357-mm implants Int J Oral Maxillofac Implants 20 pp 930ndash937

Goeneacute R Bianchesi C Huumlerzeler M Del Lupo R Testori T Davarpanah M e

Jalbout Z (2005)Performance of Short Implants in Partial Restorations 3-Year

Follow-up of Osseotitereg Implants Implant Dentistry v14 n 3

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 67: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

54

Gonccedilalves A Silva A Mattos F Barros M e Motta S (2009) Implantes curtos na

mandiacutebula satildeo seguros Porto Alegre v57 n3 pp287-290

Herrmann I Lekholm U Holm S e Kultje C (2005) Evaluation of patient and

implant characteristics as potential prognostic factors for oral implant failures Int J

Oral Maxillofac Implants 20 pp 220

Hultin-Mordenfeld M Johansson A Hedin M Billstrom C e Fyrberg KA (2004)

A retrospective clinical study of wide-diameter implants used in posterior edentulous

areas Int J Oral Maxillofac Implants 19 pp 387

Implante Dentaacuterio[Em linha] Disponiacutevel em

httpwww1bpblogspotcoms1600implantejpg [Consultado em 040711]

Ivanoff CJ Groumlndahl K Sennerby L Bergstroumlm C e Lekholm U (1999)

Influence of variations in implant diameters A 3- to 5-year retrospective clinical report

Int J Oral Maxillofac Implants 14(2) pp 173-180

Ivanoff CJ Hallgren C Widmark G Sennerby L e Wennerberg A (2001) A

Histologic evaluation of the bone integration of TiO(2) blasted and turned titanium

microimplants in humans Clin Oral Implants Res 12 pp 128ndash134

Jemt T e Lekholm U (1995) Implant treatment in edentulous maxillae A 5-year

follow-up report on patients with different degrees of jaw resorption Int J Oral

Maxillofac Implants 10 pp 303-311

Juacutenior FF Passanezi E Greghi SLA e Passanezi A (2004) A Anaacutelise

Comparativa do Iacutendice de Sucesso dos Implantes Osteointegrados com e sem a

Utilizaccedilatildeo de PRP no Protocolo de Fixaccedilatildeo Seminaacuterio Ciecircncias Bioloacutegicas e da

Sauacutede Londrina v 25 pp 9-228

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 68: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

55

Juacutenior J Verri F Pellizzer E Moraes S e Carvalho B (2010) Implantes dentais

curtos alternativa conservadora na reabilitaccedilatildeo bucal Rev cir traumatol buco-maxilo-

fac Camaragibe v10 n2

Kido H Schulz EE Kumar A Lozada J e Saha S (1997) Implant diameter and

bone density Effect on initial stability and pull-out resistance J Oral Implantol 23 pp

163ndash169

Langer B Langer L Herrmann I e Jorneus L (1993) The wide fixture a solution

for special bone situations and a rescue for the compromised implant Part 1 Int J Oral

Maxillofac Implants 8 pp 400ndash408

Lekholm U e Zarb GA (1985) Patient selection In Branemark P-I Zarb GA

Albrektsson Teds Tissue Integrated Prostheses Osseointegration Clinical Dentistry

Chicago Quintessence pp 199-209

Lekholm U Van Steenberghie D e Herriman I (1994) Osseointegrated implants in

the treatment of partially edentulous jaws A prospective 5-year multicenter Study Int J

Oral Maxillofac Implants 9 pp 627-635

Lemmerman KJ e Lemmerman NE (2005) Osseointegrated dental implants in private

practice A long-term case series study J Periodontol 76 pp 310

Linkow LI e Chercheve R (1970) Theories and techniques of oral implantology St

Louis Mosby v1

Lum LB (1991) A biomechanical rationale for the use of short implants J Oral

Implantol 17 pp 126

Maloacute P Nobre MA e Rangert B (2007) Short Implants Placed One-Stage in

Maxillae and Mandibles A Retrospective Clinical Study with 1 to 9 Years of Follow-

Up Clinical Implant Dentistry and Related Research 9 pp 15-21

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 69: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

56

Maustsushita Y Kitoh M Mizuta K Ikeda H e Suetsugu T (1990) Two-

dimensional FEM analysis of hydroxapatite implants Diameter effects on stress

distribution J Oral Implantol 16 pp 6ndash11

Mazzonetto R Maurette MA e Torezan JFR (2005) Avaliaccedilatildeo retrospectiva das

complicaccedilotildees presentes em 72 casos tratados com distraccedilatildeo osteogecircnica alveolar

ImplantNews 2(3) pp 245-9

Mcgivney GP Haughton V Strandt JA Eichholz JE e Lubar DM (1968) A

comparison of computer-assisted tomography and data gathering modalities in

prosthodontics Int J Oral Maxillofac Implants v1 pp 55-68

Misch CE (1988) Bone character- Second vital implant criterion Dent Today pp39-

40

Misch CE (1990) Density of bone - Effect on treatment plans surgical approach and

progressive loading Int J Implant v6 pp 23-31

Misch CE (2005) Occlusal considerations for implant-supported prostheses Dental

Implant Prosthetics St Louis MO Mosby pp 472-510

Misch CE Steignga J Barboza E Misch-Dietsh F Cianciola LJ e Kazor C

(2006) Short dental implants in posterior partial edentulism a multicenter retrospective

6-year case series study J Periodontol 77 pp 1340ndash1347

Morand M e Irinakis T (2007) The Challenge of Implant Therapy in the Posterior

Maxilla Providing a Rationale for the use of Short Implants Journal of Oral

Implantology v 33 n 5

Naert I Quirynen M Van Steenberghe D e Darius P (1992) A six-year

prosthodontics study of 509 consecutively inserted implants for the treatment of partial

edentulism J Prosthet Dent 67(2) pp 236-245

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 70: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

57

Naert I Koutsikakis G Duyck J Quirynen M Jacobs R e Van Steenberghe D

(2002) Biologic outcome of implant-supported restorations in the treatment of partial

edentulism Part I A longitudinal clinical evaluation Clin Oral Implants Res 13 pp

381

Nedir R Bischof M Briaux J-M Beyer S Szmukler-Moncler S e Bernard J-P

(2004) A 7-year life table analysis from a prospective study on ITI implants with

special emphasis on the use of short implants Results from a private practice Clin Oral

Implants Res 15 pp 150ndash157

Nevins M e Langer B (1993) The successful application of osseointegrated implants

to the posterior jaw A long-term retrospective study Int J Oral Maxillofac Implants 8

pp 428-432

Neves FD Fones D Bernardes SR do Prado CJ e Neto AJ (2006) Short

implants-an analysis of longitudinal studies Int J Oral Maxillofac Implants 21 pp 86-

93

Olate S Lyrio MC de Moraes M Mazzonetto R e Moreira RW (2010) Influence

of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure J Oral Maxillofac

Surg 68 pp 414-419

Quirynen M Naert I Van Steenberghe D Schepers E Calberson L e Theuniers

G (1991) The cumulative failure rate of the Branemark system in the overdenture the

fixed partial and the fixed full prostheses design A prospective study on 1273 fixtures

J Head Neck Pathol 10 pp 43-53

Rangert BR Jemt T e Jorneus L (1989) Forces and moments on Branemark

implants Int J Oral Maxillofac Implants 4 pp 241ndash247

Rangert BR Sullivan RM e Jemt TM (1997) Load factor control for implants in the

posterior partially edentulous segment Int J Oral Maxillofac Implants 12 pp 360ndash370

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 71: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

58

Renouard F e Nisand D (2005) Short implants in the severely resorbed maxilla a 2-

year retrospective clinical study Clin Implant Dent Relat Res 7 (Suppl 1) pp 104-110

Renouard F e Nisand D (2006) Impact of implant length and diameter on survival

rates Clin Oral Implants Res 17 (Suppl2) pp 35ndash51

Richard MP Brian JS Leslie CH e Paul JP (2002) Part I-Overview of implant

dentistry Implants in Clinical Dentistry United Kingdom Informa Healthcare pp3-26

Saba S (2001) Occlusal stability in implant prosthodontics-clinical factors to consider

before implant placement J Can Dent Assoc 67 pp 522ndash526

Sendyk C e Sendyk WR (2006) Planejamento proteacutetico-ciruacutergico em Implantodontia

ImplantNews 3(2) pp 124-34

Stellingsma C Meijer HJ e Raghoebar GM (2000) Use of short endosseous

implants and an overdenture in the extremely resorbed mandible a five-year

retrospective study J Oral Maxillofac Surg 58(4) pp 382-388

Tada S Stegaroiu R Kitamura E Miyakawa O e Kusakari H (2003) Influence of

implant design and bone quality on stressstrain distribution in bone around implants A

3-dimensional finite element analysis Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 357-368

Tawil G Aboujaoude N e Younan R (2006) Influence of Prosthetic Parameters on

the Survival and Complication Rates of Short Implants Int J Oral Maxillofac Implants

2 pp 275-82

Tawill G e Younan R (2003) Clinical evaluation of short machinedsurface implants

followed for 12 to 92 months Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp894

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 72: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

59

Testori T Wiseman L Wolfe S e Porter SS (2001) A prospective multicenter

clinical study of the Osseotite implant Four-year interim report Int J Oral Maxillofac

Implants 16 pp 193

Thomeacute G Bernardes S e Sartori I (2009) Uso de Implantes Curtos Decisatildeo

Baseada em Evidecircncias Cientificas Notiacutecia amp Ciecircncia Artigo I

Tipos de Implantes Dentaacuterios [Em linha] Disponiacutevel em http

wwwportalimplantecombrimagesimplantes3jpg [Consultado em 040711]

Wyatt CC e Zarb GA (1998) Treatment outcomes of patients with implantsupported

fixed partial prostheses Int J Oral Maxillofac Implants 13 pp 204-211

Weng D Jacobson Z Tarnow D Huumlrzeler MB Faehn O Sanavi F Barkvoll P

e Stach RM (2003) A prospective multicenter clinical trial of 3i machined-surfaced

implants Results after 6 years of follow-up Int J Oral Maxillofac Implants 18 pp 417

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 73: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

60

ANEXOS

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 74: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

61

ANEXO 1

- Inqueacuterito enviado por via electroacutenica -

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 75: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

62

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 76: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

63

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64

Page 77: Implantes curtos VS Implantes standard na região posterior ... · Implantes curtos VS Implantes standard nas regiões posteriores 3 Nas regiões posteriores da maxila e da mandíbula,

Implantes curtos VS Implantes standard nas regiotildees posteriores

64