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Contribuição das TIC para a eficiência energética: Iniciativas locais e regionais Implementar iniciativas de eficiência energética que tirem partido das TIC: Resumo Março de 2011

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Contribuição das TIC para aeficiência energética:

Iniciativas locais e regionaisImplementar iniciativas de eficiência energética

que tirem partido das TIC: ResumoMarço de 2011

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Contribuição das TIC para a eficiência energética: Iniciativas locais e regionais Implementar iniciativas de eficiência energética que tirem partido das TIC: Resumo

www.sqw.co.uk

Índice

1: Introdução ............................................................................................................................1

2: Orientações práticas para as autoridades — temas transversais..................................3

3: Orientações práticas para tipos específicos de projectos............................................14

4: Exemplos de toda a Europa..............................................................................................21

5: Utilização do recurso do tipo wiki....................................................................................23

6: Próximos passos ...............................................................................................................24

Declaração de exoneração de responsabilidade: As opiniões expressas no presente estudo são da responsabilidade dos autores e não reflectem necessariamente a posição da Comissão

Europeia.

Contacto: Chris Fry Tel: +44 (0)20 7 307 7155

email: [email protected]

Kathrin Peters Data: Aprovado por:

Directora associada

Março de 2011

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1: Introdução

O presente resumo destina-se aos altos responsáveis do poder local e regional. Apresenta e tem como base um vasto conjunto de instrumentos a que as autoridades locais e regionais podem recorrer para pôr as TIC ao serviço da eficiência energética. O conjunto de instrumentos está disponível electronicamente através de um sítio Web do tipo wiki alojado na plataforma colaborativa www.ict4e2b.eu e do relatório integral em linha.

O conjunto de instrumentos inclui:

• orientações práticas sob a forma de 12 narrativas ou percursos que permitem às autoridades locais e regionais explorar formas de fazer avançar as iniciativas de eficiência energética;

• exemplos específicos de implementação, pelas autoridades locais e regionais de toda a União Europeia, de iniciativas de eficiência energética que envolvem as TIC. São apresentados 23 exemplos, com uma descrição pormenorizada do modo de elaboração da iniciativa, dos seus êxitos e dos ensinamentos dela retirados, para que outras autoridades possam beneficiar dessa experiência.

O conjunto de instrumentos centra-se em iniciativas de eficiência e sustentabilidade energéticas, em áreas temáticas geralmente relevantes para a maioria das autoridades locais e regionais em termos de domínios comuns de responsabilidade e dos respectivos activos. As iniciativas recorrem, de alguma forma, às TIC, variando esta componente em função da situação. Os pontos focais são, em especial:

• Infra-estruturas e equipamentos TIC

• Edifícios e construções apoiados nas TIC

• Transporte apoiado nas TIC

• Gestão do carbono e da energia e respectivos relatórios apoiados nas TIC.

Porque é importante este conjunto de instrumentos? A eficiência energética é um elemento essencial do pacote europeu relativo ao clima e à energia, que visa atingir a meta de redução de 20 % da procura de energia até 2020, e é considerada uma das vias economicamente mais eficazes para reduzir as emissões de carbono e melhorar a segurança do aprovisionamento energético.

As tecnologias da informação e das comunicações (TIC) têm um papel essencial a desempenhar em matéria de eficiência energética, como reconheceu a Comissão Europeia na sua recomendação de 9 de Outubro de 2009, intitulada «Mobilizar as tecnologias da informação e das comunicações para facilitar a transição para uma economia assente na eficiência energética e num baixo nível de emissões de carbono». As soluções TIC estão já a produzir a migração, sem precedentes, para uma sociedade do conhecimento e podem

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também contribuir para alcançar os objectivos em matéria de energia e clima associados à mudança para uma sociedade hipocarbónica.

Grande parte da migração para uma sociedade hipocarbónica deve ocorrer a nível local ou municipal — onde a energia é efectivamente consumida. As autoridades locais e regionais (ou seja, as cidades, os municípios e as regiões) têm um papel fundamental a desempenhar e podem assumir a liderança lançando iniciativas dinamizadoras e mobilizadoras das outras partes interessadas. Para que a sua acção seja mais eficaz, necessitam de ter instrumentos e conhecimentos sobre o funcionamento das soluções TIC de eficiência energética e sobre as situações em que estas foram aplicadas com êxito. É esta a função do conjunto de instrumentos.

Dada a presença e a natureza invasiva das TIC, a eficiência energética não é, em muitos casos, o principal objectivo a atingir, mas a compreensão dos benefícios suplementares, em termos de eficiência e sustentabilidade energéticas, decorrentes da utilização das TIC contribuirá para aumentar a sua aceitação aos níveis local e regional. É igualmente sabido que existem disparidades nos níveis de adopção de soluções TIC entre as diferentes regiões da UE, nomeadamente no que respeita à utilização das TIC para reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono. Esta situação pode dever-se a circunstâncias económicas, sociais e culturais a nível nacional, regional e local, nomeadamente a existência (ou ausência) de fornecedores de tecnologias TIC avançadas e de cadeias de aprovisionamento. É, pois, conveniente que as autoridades aprendam umas com as outras, a fim de avançarem mais rapidamente e evitarem custos e erros desnecessários.

Comparação do consumo de electricidade na cidade de Växjö, Suécia

Fonte: SAMS, www.sams.se

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2: Orientações práticas para as autoridades — temas transversais

No conjunto de instrumentos são apresentadas oito secções de orientações práticas que têm por base temas transversais. Trata-se dos temas que, normalmente, são relevantes para as autoridades envolvidas na implementação de uma vasta gama de iniciativas de eficiência energética/TIC de diferentes tipos e em diferentes escalas. As orientações práticas abrangem:

• fontes de financiamento

• métodos de medição/indicadores

• envolvimento dos utilizadores

• liderança, governação e parcerias público-privadas

• utilização adequada da tecnologia

• planeamento da eficiência energética até 2020 e após 2020

• gestão de riscos dos projectos

• aquisições.

Fontes de financiamento Muitas iniciativas de eficiência energética geram uma poupança significativa em termos de custos e de energia/carbono. No entanto, essa poupança só pode concretizar-se ao fim de muitos anos e as soluções assentes nas TIC podem implicar importantes custos iniciais de capital/instalação. Existe uma vasta gama de fontes de financiamento nacionais e europeias disponíveis para apoiarem o investimento em instalações e processos energeticamente eficientes. Concretamente, os fundos da política de coesão (fundos estruturais e de coesão) incluíram a energia nas suas prioridades para o período 2007-2013, em especial acções relacionadas com as fontes de energia renováveis e a eficiência energética. No conjunto da UE, o apoio previsto para as actividades no domínio da energia no período 2007-2013 é de cerca de 11 000 MEUR, ou seja, 3 % do financiamento total. Para o mesmo período, é atribuído um montante adicional de 13 000 MEUR a aplicações e serviços TIC.

Para as autoridades locais que pretendam delegar o risco associado à implementação das iniciativas, há um número crescente de soluções inovadoras, nomeadamente empresas de serviços energéticos (ESE) e contratos de desempenho energético, que podem ajudar a alcançar melhorias de eficiência energética, bem como poupança de custos com níveis relativamente baixos de risco para essas autoridades. É de esperar que, com o tempo, surjam instrumentos de mercado práticos que façam aumentar o número de oportunidades de implementação de tecnologias de eficiência energética com ou sem uma componente TIC.

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As cinco principais recomendações às autoridades

• Na maioria dos casos, a introdução de medidas de eficiência energética a nível local e regional implica um financiamento suplementar de capital e receitas, devendo este obstáculo ser ultrapassado pelas autoridades locais que, normalmente, dispõem de escassos recursos orçamentais. É essencial examinar, à partida, as modalidades de financiamento das iniciativas de eficiência energética.

• Existe uma vasta gama de fontes de financiamento europeias e nacionais disponíveis, mas o mais importante é que, entre estas, se contam os fundos estruturais europeus. Cerca de 24 000 MEUR são consagrados aos domínios da energia e/ou das TIC no período 2007-2013. Os apoios nestes domínios incluem subvenções, empréstimos, garantias de empréstimos e assistência técnica.

• Deve ter-se presente que muitas iniciativas, com exclusão dos exemplos em menor escala, exigirão uma estratégia mista de financiamento, ou seja, o recurso a múltiplas fontes.

• Deve ter-se em conta o que sucederá quando terminar o financiamento da implementação e do período inicial de funcionamento. Convém estabelecer regimes transitórios adequados para que, se for caso disso, uma iniciativa possa tornar-se financeiramente sustentável a médio ou longo prazo.

• Deve ainda analisar-se a possibilidade de transferir os riscos financeiros e de desempenho dos equipamentos para terceiros recorrendo a empresas de serviços energéticos (ESE) e a outras formas de contratos de desempenho energético. As ESE podem ser parceiros úteis das autoridades locais e regionais, tendo algumas autoridades criado, elas próprias, ESE para acelerar a realização dos objectivos de eficiência energética.

Métodos de medição/indicadores As iniciativas de eficiência e sustentabilidade energéticas podem produzir uma vasta gama de resultados em termos de, entre outros, energia e custos. A utilização de métodos de medição e indicadores práticos e de metodologias de apoio é fundamental para uma gestão eficaz destes projectos. Os órgãos de poder local e regional participam frequentemente, a vários níveis, na monitorização da energia e do CO2 no que respeita tanto aos seus próprios activos como à comunidade em geral, com fins diversos (por exemplo, inventários das emissões locais de gases com efeito de estufa). A nível dos projectos, pode ser benéfica a adopção de métodos de medição/indicadores e de metodologias alinhadas com esses quadros. Em alternativa, existem numerosos exemplos de métodos de medição/indicadores utilizados por outras autoridades que implementam iniciativas similares em toda a Europa, o que permite uma avaliação comparativa do desempenho caso sejam escolhidos os mesmos métodos de medição.

No que respeita ao impacto dos equipamentos e infra-estruturas TIC na energia e no CO2, embora ainda não exista uma metodologia acabada, plenamente desenvolvida, autenticada e validada, é provável que ela venha a tornar-se uma realidade nos próximos anos. Na sua recomendação de 9.10.2009 intitulada «Mobilizar as tecnologias da informação e das comunicações para facilitar a transição para uma economia assente na eficiência energética e

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num baixo nível de emissões de carbono», a Comissão Europeia preconiza uma estratégia harmonizada de elaboração de métodos de medição do consumo de energia e das emissões de CO2 dos equipamentos e infra-estruturas TIC.

A existência de uma metodologia de medição desse consumo e dessas emissões é fundamental para o sector das TIC e, por sua vez, para as autoridades que utilizam soluções assentes nas TIC, dado que permitirá elaborar métodos muito mais robustos de cálculo do impacto das TIC nas emissões de CO2. A indústria poderá modelizar potenciais aplicações e avaliar ou reavaliar as aplicações actuais. É sabido que a utilização inteligente das TIC pode conduzir a uma redução muito significativa das emissões de CO2 em toda a economia, mas o verdadeiro impacto das TIC ainda não é conhecido com precisão. Essas metodologias oferecerão essa precisão, ou, no mínimo, darão um grande contributo nesse sentido.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Estabelecer métodos de medição/indicadores logo na fase inicial da preparação das iniciativas de eficiência energética. Deste modo, consegue-se maior clareza em termos de investimento e de planeamento prospectivo, o que contribui para garantir a correcta aplicação das tecnologias hipocarbónicas assentes nas TIC.

• Para se obter uma ampla perspectiva dos impactos de uma iniciativa, deve ponderar-se a escolha de métodos de medição para diferentes aspectos, por exemplo, métodos de medição dos resultados (nomeadamente a poupança efectiva de energia decorrente da intervenção), dos inputs (nomeadamente as despesas ou o número de organizações parceiras envolvidas) e dos outputs (nomeadamente o número de edifícios que são objecto de medidas de adaptação).

• Escolher métodos de medição que abranjam domínios como o consumo/poupança de energia/emissões de carbono (por exemplo, por fonte de energia, por sector ou por utilizador, com diferentes escalas de tempo), a relação custo-eficácia e as mudanças de atitudes e comportamentos dos utilizadores.

• Prestar atenção aos aspectos práticos do estabelecimento de métodos de medição/indicadores adequados. Por exemplo, o tempo que decorre entre o lançamento de uma iniciativa e a plena obtenção da poupança de energia, a quantificação dos aspectos logísticos (por exemplo, a realização de acções de formação) e as abordagens qualitativas e quantitativas,

• Utilizar métodos de medição e ponderar a sua ligação às ferramentas e metodologias existentes. nomeadamente inventários das emissões locais de gases com efeitos de estufa (por exemplo, orientações para as cidades signatárias do Pacto de Autarcas) e métodos de cálculo ascendentes elaborados para a directiva relativa à eficiência na utilização final de energia e aos serviços energéticos (ver o projecto EMEES).

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Utilização de computadores num departamento da Câmara Municipal de Helsínquia após a activação do dispositivo de poupança de energia

Fonte: Cidade de Helsínquia

Envolvimento dos utilizadores O envolvimento activo dos utilizadores e uma colaboração eficaz com os parceiros dos projectos ao longo de todo o ciclo de vida das medidas de eficiência energética são essenciais para atingir os resultados em termos de eficiência energética. A compreensão do «factor humano» é essencial para a concepção e realização das iniciativas de eficiência energética. Só motivando as pessoas para mudarem as suas atitudes e comportamentos e tornando-as capazes de utilizar adequadamente as novas tecnologias se poderão alcançar os resultados ambientais esperados.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Envolver os operadores e os utilizadores da tecnologia tão cedo quanto possível. Quanto mais cedo os utilizadores se envolverem, maior a probabilidade de obter a sua aceitação e de compreender e satisfazer as suas necessidades, exigências e preocupações específicas.

• Criar diferentes tipos de acções de formação e de sensibilização adequadas às necessidades dos diferentes grupos. Os benefícios das novas soluções TIC em termos de eficiência energética só serão concretizados se elas forem utilizadas de forma eficaz, o que pode exigir acções de formação aprofundadas para os principais operadores dos novos equipamentos. As actividades de formação devem ser complementadas com iniciativas de sensibilização mais gerais para os restantes participantes.

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• Ponderar a melhor forma de apresentar a informação para que esta seja comunicada mais eficazmente aos utilizadores. Por exemplo, o uso de ilustrações gráficas ou de ferramentas interactivas em linha que permitem comparar o impacto no consumo de energia dos diferentes tipos de comportamento da tecnologia pode ser uma forma eficiente de criar interesse.

• Ponderar o recurso a um grupo de facilitadores ou «campeões» que transmita a mensagem ao cidadão comum. Os campeões podem ajudar a criar um sentimento de comunhão e entusiasmo para com uma iniciativa partilhada por diferentes grupos.

• Estabelecer modalidades adequadas de monitorização dos projectos, nelas incluindo a monitorização de aspectos qualitativos, como a aceitação pelos utilizadores e conforto destes. Esta abordagem deve ajudar a explicar as razões do sucesso/insucesso e as variações no desempenho.

Liderança, governação e parcerias público-privadas Da experiência das autoridades locais e regionais de toda a Europa ressalta claramente que uma liderança forte desempenha um papel fundamental no êxito das iniciativas de eficiência energética. É necessária uma liderança eficaz duradoura que ajude a enfrentar os obstáculos que, inevitavelmente, surgem durante o ciclo de execução dos projectos.

As iniciativas de eficiência energética que envolvem soluções TIC são, frequentemente, multifacetadas, pelo que exigem a participação de um vasto leque de financiadores, promotores, utilizadores e outras partes interessadas. Os modelos de governação para o planeamento e a coordenação das iniciativas devem oferecer uma estrutura coerente de liderança e gestão que reflicta estes aspectos. Pode também ser vantajoso e economicamente eficaz colaborar e criar parcerias com outros municípios/regiões para a implementação de iniciativas TIC e de eficiência energética.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Assegurar o apoio de líderes de peso da autoridade local/regional, para tal alinhando a iniciativa com as prioridades vigentes. A obtenção de declarações gerais de aprovação pode ser útil, mas, em última análise, é mais eficaz um apoio mais activo desses líderes.

• Definir e promover uma visão clara que motive terceiros para desempenharem o seu papel no bom funcionamento da iniciativa. Transformar essa visão em planos eficazes e práticos a seguir pela equipa de execução da iniciativa.

• Organizar estruturas de governação (por exemplo, comités de direcção, funções consultivas, grupos de trabalho) alinhadas com a visão definida para a iniciativa, ligando esta à agenda política a diferentes níveis.

• Criar canais de comunicação eficazes e utilizá-los permanentemente. Pode haver um vasto leque de parceiros cuja adesão é conquistável logo na fase inicial e cuja

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participação empenhada deve ser mantida durante todo ciclo de vida da iniciativa, mesmo depois de o entusiasmo inicial esmorecer.

• Gerar fortes elementos comprovativos de sucesso para persuadir apoiantes/partes interessadas hesitantes. A monitorização e a avaliação podem criar laços de feedback que reforçam a mensagem e dinamizam o processo.

Utilização adequada da tecnologia Os projectos de eficiência energética assentes nas TIC não têm de ser complexos para serem eficazes. Em muitos casos, as soluções simples são as que parecem dar melhores resultados. O estudo de casos mostra que isto é especialmente verdade quando as autoridades estão limitadas nos custos, quando se prevê um grande número de utilizadores ou quando pode ser necessário, numa fase posterior, ligar o projecto a outras tecnologias ou alargar a utilização da tecnologia.

O ponto de partida de qualquer projecto deve ser a identificação do problema e do tipo de solução a utilizar. A avaliação das diferentes opções deve centrar-se na adequação ao objectivo a alcançar. Entre os aspectos que podem definir o que é adequado ao objectivo contam-se a interoperabilidade das tecnologias, o seu grau inerente de polivalência e o modo como uma determinada solução pode gerar benefícios económicos mais vastos considerados prioritários pela autoridade.

É igualmente importante ter em conta o «factor humano» na tomada de decisões relativas a uma tecnologia, dada a sua influência na forma como a tecnologia é utilizada. As acções de formação ou sensibilização ou a adopção de tecnologias acessíveis de raiz a todos são estratégias que podem ser utilizadas para garantir que a tecnologia escolhida é compatível com as qualificações e capacidades dos utilizadores previstos. Vários estudos de casos mostram que o ensaio e a implementação gradual são elementos importantes para o êxito das iniciativas de eficiência energética assentes nas TIC. Os projectos-piloto permitem detectar eventuais dificuldades técnicas finais sem causar perturbações em grande escala e podem ainda ser úteis para obter a adesão dos utilizadores ou dos restantes interessados.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Iniciar invariavelmente um projecto com a identificação do problema e a descrição das razões pelas quais - e do modo como - a tecnologia vai ajudar a resolver a questão ou o problema de eficiência energética. É importante criar uma sólida fundamentação para o investimento antes de avançar para a atribuição de recursos.

• Não ficar ofuscado com tecnologias complexas de elevada polivalência funcional. Ponderar o recurso a tecnologias mais simples que possam ser integradas no pacote TIC geral já utilizado pelas autoridades locais e regionais. Esta opção é especialmente útil quando a autoridade está limitada nos custos ou prevê um grande número de utilizadores, ou quando pode ser necessário, numa fase posterior, ligar o projecto a outras tecnologias ou alargar a utilização da tecnologia.

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• Na análise da adequação ao objectivo, tomar em conta a interoperabilidade, o grau de aplicabilidade da tecnologia para múltiplos fins ou a possibilidade de uma determinada opção proporcionar benefícios económicos mais vastos que sejam importantes para a autoridade.

• O «factor humano» de uma tecnologia deve ser ponderado tanto na escolha das tecnologias como na execução dos projectos TIC. Caso as qualificações dos utilizadores não sejam adequadas à tecnologia, deve recorrer-se a acções de formação ou sensibilização. Se for importante assegurar a acessibilidade para todos os utilizadores, quaisquer que sejam as suas capacidades, a autoridade deve ponderar a adopção de soluções TIC com reconhecida acessibilidade electrónica.

• Testar e implantar gradualmente novas tecnologias, o que pode ser especialmente útil quando é necessária a adesão dos utilizadores ou das partes interessadas para que a implementação decorra sem problemas.

Contadores inteligentes nos edifícios da Câmara Municipal de Leicester

Fonte: Organismo da Energia de Leicester

Planeamento da eficiência energética até 2020 e após 2020 As autoridades locais e regionais poderão conceber, de modo intuitivo e caso a caso, algumas iniciativas de eficiência e sustentabilidade energéticas adequadas. No entanto, sem um planeamento estratégico apoiado em informações sobre as principais zonas de consumo de

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energia/fontes de emissão de CO2, existe o risco bem real de as iniciativas seleccionadas não serem as mais adequadas ou economicamente eficazes. Em última análise, esta situação dificultará o avanço na realização dos objectivos de longo prazo.

O âmbito e o calendário do planeamento das iniciativas de eficiência energética serão diferentes em cidades e municípios de dimensões diferentes que irão trabalhar com orçamentos e outros condicionalismos diferentes. Não obstante, a partilha de experiências e de processos/ferramentas pode ajudar as autoridades a evitarem os escolhos mais comuns. O guia do plano de acção para uma energia sustentável oferece um quadro útil às autoridades que procuram elaborar um plano que tenha boas hipóteses de êxito.

Planos de acção para uma energia sustentável no âmbito da iniciativa Pacto de Autarcas

Muitas cidades e regiões europeias comprometeram-se voluntariamente a reduzir as suas emissões de CO2 mais do que o previsto no objectivo de 20 % aplicável a toda a UE, mediante a assinatura do Pacto de Autarcas. O compromisso constante do Pacto de Autarcas é alcançado através da execução de planos de acção para uma energia sustentável (PAES).

Como definido no guia How to develop a Sustainable Energy Action Plan (Como elaborar um plano de acção para uma energia sustentável), um PAES:

é um documento essencial que descreve o modo como os signatários do Pacto respeitarão o seu compromisso até 2020. Utiliza os resultados do inventário de referência das emissões para identificar os melhores domínios de acção e as melhores oportunidades para alcançar o objectivo da autoridade local de redução das emissões de CO2. Define as medidas concretas de redução, um calendário e a atribuição de responsabilidades, convertendo, assim, a estratégia de longo prazo em acções.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Adoptar uma estratégia de longo prazo e aprender a conceber projectos como um grupo complementar e coerente a realizar numa sequência lógica, o que inclui a execução de projectos assentes nas TIC e outros projectos de eficiência energética.

• Obter o apoio dos interessados e procurar alcançar um compromisso político de longo prazo. Estar ciente de que os conflitos de interesses dos interessados merecem especial atenção.

• Estabelecer os adequados recursos financeiros e outros. Assegurar a instauração de modalidades de gestão adequadas durante a execução e verificar se o pessoal possui as qualificações adequadas, oferecendo, se necessário, acções de formação.

• Elaborar um inventário adequado das emissões de CO2, elemento fundamental para determinar as zonas onde as acções e as iniciativas são mais necessárias. Criar mecanismos de monitorização e informação respeitantes às emissões de CO2 recorrendo às TIC.

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• Procurar activamente e aproveitar os estudos de casos, as experiência e os ensinamentos adquiridos com a execução dos planos de eficiência energética noutras cidades.

Gestão de riscos dos projectos A realização de novos projectos de eficiência e sustentabilidade energéticas implica mudanças, pelo que envolve, inevitavelmente, a assunção de alguns riscos face a incertezas e questões imprevistas. A probabilidade associada a muitos riscos é reduzida e/ou as consequências de uma eventual ocorrência seriam pouco importantes para o projecto e a autoridade que o leva a cabo. No entanto, a probabilidade associada a alguns riscos é maior e uma eventual ocorrência teria implicações mais graves em termos, por exemplo, de custos financeiros, de impacto na saúde e na segurança ou de publicidade negativa/consequências políticas. Um projecto pode também oferecer boas oportunidades que podem ser aproveitadas se a equipa do projecto estiver disposta a identificar e enfrentar riscos e incertezas.

Existem vários métodos e ferramentas que podem ser adoptados pelas autoridades locais e regionais para gerir os riscos associados aos novos projectos de eficiência e sustentabilidade energéticas que envolvem a utilização das TIC. Quando os riscos são correctamente geridos, as autoridades colhem os seguintes benefícios:

• capacidade de identificação, hierarquização e gestão das áreas comuns de incerteza e dos riscos do projecto;

• máxima eficácia na utilização dos recursos financeiros e outros;

• criação e manutenção da confiança entre os parceiros e as entidades financiadoras do projecto.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Estar ciente dos riscos comuns que podem pôr em causa o êxito dos projectos de eficiência energética que envolvem a utilização das TIC e da possibilidade de esses riscos aumentarem em função da dimensão e da complexidade da iniciativa. Os riscos directos para esses projectos são, nomeadamente: atrasos, falhas ou deficiências tecnológicas e situações em que os benefícios previstos da iniciativa não se concretizam.

• Estar igualmente ciente dos riscos eventualmente associados ao contexto mais vasto das iniciativas de eficiência e sustentabilidade energéticas, como um desfasamento entre as expectativas dos parceiros e a modificação dos objectivos políticos, das pessoas ou das instituições.

• Recorrer a ferramentas que ajudem a equipa do projecto a gerir os riscos mais significativos. Por exemplo, preparar e actualizar periodicamente um «registo dos riscos» que contenha a lista de todos os riscos identificados e das medidas a tomar para os controlar.

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• Aplicar, desde o início de um novo projecto, uma estratégia adequada de gestão de riscos. Deste modo, a estratégia pode ser adaptada à dimensão, natureza e ambiente da iniciativa em causa, sendo possível atribuir proporcionalmente tempo e recursos à gestão dos riscos.

• Dedicar atenção à avaliação e gestão dos riscos do projecto durante todo o ciclo de planeamento e execução de uma iniciativa de eficiência energética. Procurar incorporar nos projectos a gestão dos riscos, para que as equipas dos projectos sejam naturalmente levadas a ponderar os riscos e as oportunidades de uma iniciativa.

Aquisições As autoridades locais e regionais devem dar o exemplo, tendo especialmente em conta que as despesas do sector público representam uma parte significativa do PIB da UE. A contratação pública ecológica é, para uma autoridade pública, um modo eficaz de mostrar empenho na protecção do ambiente e num consumo e produção sustentáveis e, se utilizada de forma eficaz, pode oferecer numerosos incentivos ambientais e económicos.

Nos casos em que as autoridades locais ou regionais necessitam de contratar serviços ou adquirir bens/equipamentos que envolvam a utilização das TIC, a integração dos requisitos de sustentabilidade no processo de contratação pública (incluindo a fase preparatória) pode revelar-se indispensável para se conseguir a redução do consumo de energia e, consequentemente, chegar a soluções mais «amigas» do clima.

Existem diversos mecanismos de apoio às autoridades locais e regionais nas suas práticas de contratação pública sustentável, tanto no plano técnico como no plano financeiro. Esses mecanismos foram criados por organizações que trabalham a nível da governação supranacional, nacional, regional ou local, e destinam-se aos quadros políticos e operacionais nos quais funcionam as autoridades locais e regionais.

As cinco principais recomendações às autoridades

• A cooperação entre os diferentes serviços e autoridades públicas (a nível local e/ou regional) é fundamental quando se trata de contratos públicos ecológicos que envolvem as TIC.

• As autoridades públicas de menor dimensão podem obter vantagens consideráveis num trabalho conjunto com outras autoridades públicas em modalidades de contratação pública conjunta ou colaborativa.

• Os benefícios em termos de eficiência energética no contexto da contratação pública podem ser maximizados mediante o planeamento e a organização eficazes dos processos de concurso e pré-concurso.

• Ponderar a utilização, na documentação dos concursos, de especificações baseadas no desempenho. As especificações baseadas no desempenho fornecem o mecanismo de incorporação dos resultados quantificáveis no que respeita ao grau de poupança de

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energia e, de uma forma mais geral, podem incentivar a inovação sustentável, nomeadamente as especificações que envolvem a utilização das TIC.

• Sondar o mercado. As soluções que utilizam ou envolvem algum tipo de aplicação TIC são cada vez mais amplas, podendo vir a ser aplicadas em diversos domínios, nomeadamente o dos serviços. Para se obterem soluções superiores, convém sondar o mercado na fase preparatória (e pré-concurso) e consultar activamente os potenciais fornecedores sobre as melhores soluções existentes no mercado em termos de tecnologias hipocarbónicas.

Um planeador de deslocações e uma calculadora de emissões de CO2 conviviais para Helsínquia, Finlândia

Fonte: Reittiopas, www.reittiopas.fi

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3: Orientações práticas para tipos específicos de projectos

O conjunto de ferramentas inclui quatro secções com orientações práticas para iniciativas e medidas específicas. Essas orientações são mais importantes para as autoridades que ponderam realizar um desses tipos específicos de iniciativas/projectos. Fornecem informações pormenorizadas sobre as questões de execução/operacionais específicas desse tipo de projecto. As orientações práticas abrangem:

• o papel dos organismos de energia locais;

• tarifação da utilização das rodovias urbanas;

• centros de dados municipais ecológicos;

• auditoria e simulação nos edifícios.

Embora estes tipos de iniciativas sejam relativamente comuns entre os órgãos de poder local e regional em toda a Europa, deve sublinhar-se que existem muitas dezenas ou mesmo centenas de outros tipos de iniciativas que utilizam as TIC para alcançar os resultados desejados em termos de eficiência e sustentabilidade energéticas.

Papel dos organismos de energia municipais Os organismos de energia podem desempenhar um papel importante na promoção da eficiência energética a nível local e regional. Estes organismos estão envolvidos numa vasta gama de actividades que oferecem benefícios às autoridades públicas, às empresas, aos profissionais e aos cidadãos. Em geral, apoiam a instauração de boas práticas de gestão da energia, promovem o conceito de sustentabilidade, fornecem informações e orientações sobre as tecnologias e as práticas de poupança de energia e oferecem uma série de serviços que respondem às necessidades locais específicas no domínio da energia.

O número de organismos de energia tem vindo a aumentar constantemente desde os anos 80/90; actualmente existem cerca de 400 organismos de energia na UE. Estes organismos podem assumir diversas formas, mas a sua actividade central é a promoção da eficiência energética em todas as esferas das actividades públicas e privadas, o que os torna «campeões» nas actividades de eficiência energética em todos os sectores, ajudando a criar um contexto positivo para a introdução de qualquer iniciativa específica.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Ponderar a criação de um organismo de energia que catalise as acções em matéria de eficiência energética e de energias renováveis. Os organismos de energia podem envolver-se numa vasta gama de actividades que oferecem benefícios às autoridades

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públicas, às empresas, aos profissionais e aos cidadãos. Em várias cidades e regiões, revelaram-se fundamentais para o êxito das iniciativas de eficiência energética.

• Ao ponderar-se a criação de um organismo de energia, importa estar ciente de que existem, neste contexto, diversos modelos organizacionais possíveis. Por exemplo, o organismo pode ser integrado numa organização, nomeadamente numa determinada autoridade local ou regional. Em alternativa, pode criar-se um organismo local independente, com ou sem um apoio suplementar significativo do sector privado.

• Recorrer aos organismos de energia, quando existem, dado que são excelentes fontes de conhecimentos e competências especializados. Empregam pessoas com conhecimentos aprofundados nas questões técnicas e organizacionais, adquiridos na realização de iniciativas de eficiência energética. Ver o quadro 3-1 para mais pormenores sobre as actividades desenvolvidas pelos organismos de energia.

• O trabalho com os organismos de energia pode, especialmente nas iniciativas assentes nas TIC, ter um impacto positivo, dado que esses organismos podem fornecer conselhos sobre as tecnologias adequadas e os prováveis obstáculos a enfrentar na sua aplicação.

• Aproveitar as oportunidades para aprender com a experiência alheia. Os organismos de energia estão, normalmente, bem ligados em rede com outras organizações, nomeadamente outros organismos de energia, a nível nacional e internacional. Deste modo, podem contribuir com conhecimentos e competências especializados para iniciativas específicas e para estratégias e políticas de âmbito mais vasto.

Tarifação da utilização das rodovias urbanas A tarifação da utilização das vias urbanas com recurso à tecnologia é uma das várias opções para fazer frente às consequências negativas do aumento do tráfego nas cidades europeias. Para as autoridades que encarem esta solução, recomenda-se uma estratégia integrada para identificar e examinar os problemas de transporte, de modo que possa ser estabelecido um pacote coerente de medidas de gestão da procura de transporte.

Embora seja relativamente reduzido o número de cidades europeias em que foram instaurados regimes de tarifação da utilização das vias urbanas, colheram-se muitos ensinamentos com as soluções bem sucedidas e com as que foram parcialmente desenvolvidas, mas não aplicadas por falta de aceitação ou de financiamento. Considera-se, em geral, que as poucas que foram aplicadas conseguiram atingir os seus objectivos políticos e boa parte delas proporcionou benefícios significativos em termos de redução do tráfego, redução das emissões de CO2 e criação de receitas.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Não ponderar isoladamente a tarifação da utilização das vias urbanas. É mais eficaz incluí-la numa estratégia integrada de gestão da procura de transporte e de oferta de infra-estruturas e serviços de transporte com vista à realização de diversos objectivos políticos.

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• Ponderar a melhor forma de utilizar diversas tecnologias na mesma solução. Os três principais tipos de tecnologias são: reconhecimento automático das chapas / licenças virtuais; comunicações dedicadas de curto alcance e sistemas globais de navegação por satélite/redes celulares. Convém considerar estas tecnologias complementares entre si e não concorrentes, dado que podem desempenhar funções diferentes na mesma solução.

• Ter em mente que é essencial que os sistemas de tarifação da utilização das vias urbanas sejam bem aceites para terem êxito. As questões associadas à sua aceitação entre os diversos grupos de partes interessadas, nomeadamente empresas, residentes e políticos, são potencialmente complexas e exigem grande atenção na fase de planeamento do sistema.

• Criar um programa de monitorização para avaliar o desempenho do sistema face aos objectivos para ele estabelecidos. Para tal, é necessário definir onde e quando devem ser recolhidos os dados e determinar a cobertura espacial com base na concepção do sistema e no seu previsível impacto.

• Procurar colher ensinamentos com outras cidades que aplicaram com êxito, ou tentaram aplicar, os seus próprios sistemas, como Estocolmo e Londres. No entanto, quando se pretende «importar» a concepção utilizada noutros sistemas, é igualmente importante ter em conta o contexto físico e socioeconómico local.

Sistema de taxas anticongestionamento de Estocolmo – funcionamento dos pontos de cobrança no sistema inicial

Fonte: IBM

Centros de dados municipais ecológicos Os centros de dados são ambientes complexos e energia-intensivos. Devido à diversidade das tecnologias em causa, uma estratégia uniforme pode não ser a melhor via para a eficiência. A nível estratégico, existem três factores essenciais que ajudam a optimizar a eficiência energética de um centro de dados. São eles o planeamento prospectivo, a gestão energética activa e uma estratégia holística.

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É fundamental um planeamento cuidadoso na fase de construção, na renovação do hardware ou na adaptação das instalações, devendo esse planeamento prever variações da carga de trabalho, no futuro. Devem ser tomados em consideração o retorno do investimento e o custo total/de todo o ciclo de vida dos bens.

Uma gestão energética activa é essencial para todo o tempo de vida útil das instalações. Uma boa gestão energética ajudará também a detectar a necessidade de renovar os servidores, para reduzir o custo total dos bens, e a decidir do prolongamento do seu ciclo de vida. Os sistemas automáticos podem monitorizar, aferir, regular e optimizar os fluxos de energia através dos edifícios, nomeadamente para o arrefecimento do hardware.

É fundamental uma estratégia holística. As instalações do centro de dados e os equipamentos informáticos nele instalados estão intimamente ligados entre si. Além disso, o centro de dados é apenas uma parte da infra-estrutura informática e as decisões sobre os serviços informáticos prestados aos cidadãos terão um impacto na infra-estrutura do centro de dados, e vice-versa.

Felizmente, existem muitas ferramentas que ajudam as autoridades locais a compreender, medir e optimizar a eficiência do funcionamento do seu centro de dados.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Reexaminar e racionalizar os dados - não manter material de que não se necessita. Não armazenar dados em discos rotativos que possam ser arquivados de forma passiva; eliminar a duplicação de dados e, para cada actividade, separar os dados críticos, de modo a serem tratados de forma adequada;

• Fazer as contas! Verificar o desempenho dos equipamentos existentes, comparando-o com o dos novos equipamentos, para estimar o período de retorno do investimento na renovação e determinar se é preferível manter os activos mais tempo ou investir em hardware novo e mais eficiente.

• Passar em revista as tecnologias e estratégias mais recentes, nomeadamente a consolidação dos servidores, a virtualização e a rede matricial (grid). Verificar se uma estratégia assente em serviços pode tornar desnecessário um investimento inicial.

• Garantir a minimização do consumo de energia da infra-estrutura física do centro de dados. Na maioria dos casos, as instalações existentes necessitam de ser melhoradas e adaptadas. Muitas tecnologias de gestão da energia podem ser aplicadas com um custo muito reduzido. No que respeita a orientações, consultar o Code of Best Practice for Data Centres (Código de boas práticas para os centros de dados) da UE, que, convém lembrar, assenta essencialmente na dinâmica dos fluidos.

• Identificar as questões e os obstáculos não-técnicos que eventualmente terão de ser resolvidos, nomeadamente restrições contratuais, obrigações legais e contratos antigos. A maioria dos integradores de sistemas é especialista no tratamento destes problemas complexos, tornando-os menos difíceis de resolver do que se poderia pensar.

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Novo edifício de um centro de dados com unidades modulares

Fonte: Capgemini

Auditoria e simulação nos edifícios As medidas de eficiência energética para os edifícios públicos (inclusive os serviços das autoridades locais, as escolas e os hospitais) podem ser mais eficazes se aplicadas no âmbito de um processo sistemático que envolva a gestão corrente e a realização de auditorias e recorra a ferramentas TIC de monitorização e simulação. As autoridades que adoptem essas medidas podem conseguir benefícios suplementares ao demonstrarem as possibilidades de obtenção de eficiência energética a outras organizações e a empresas a nível local.

Muitas das soluções de eficiência energética para edifícios referidas no presente conjunto de ferramentas podem perfeitamente ser reproduzidas e ampliadas. Embora uma redução de 5 % no consumo de energia possa não parecer muito, pouparam-se 450 MWh/ano de energia eléctrica em Växjö, na Suécia, dado o grande número de agregados familiares participantes no programa municipal de contadores inteligentes (30 000 habitações).

A poupança de energia nos edifícios não implica necessariamente limitações e problemas pessoais. Pode ser também divertida! O sítio Web da EnergiKollen, de Växjö, na Suécia, é um excelente veículo de feedback sobre o consumo de energia da população e um vector de mudança de comportamentos. Os cidadãos podem participar em concursos e comparar o seu desempenho com o de outros.

Na sua maioria, os casos estudados tinham uma vertente de formação e confirmaram que grande parte da poupança de energia pode ser alcançada através de mudanças do comportamento humano. Em Czestochowa, na Polónia, os administradores de 170 edifícios públicos participaram em programas de formação entre 2004 e 2009. Após a formação, registou-se uma clara redução do consumo de energia e de água. Essa mudança de

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comportamento foi menos difícil graças à facilidade de leitura e interpretação dos dados de monitorização.

As cinco principais recomendações às autoridades

• Determinar se as auditoria e a gestão energética dos edifícios com base nas TIC são uma prioridade importante para a autoridade. Em termos gerais, esta é, possivelmente, uma das formas economicamente mais eficazes de as autoridades reduzirem as emissões de carbono e o consumo energia, tendo um período de recuperação relativamente curto.

• Ter em conta que, para além do software mais sofisticado, existem ferramentas relativamente simples assentes em pacotes de software de uso corrente que podem desempenhar um papel importante de apoio à gestão energética dos edifícios.

• Procurar passar a uma dimensão superior assim que, num dado local, os processos de auditoria e simulação energéticas nos edifícios sejam executados de forma eficaz. A quantidade de edifícios públicos e de habitações implica que haverá oportunidades para reproduzir os casos de sucesso e alcançar economias de escala.

• A tecnologia, por si só, não altera comportamentos – o empenho dos utilizadores/consumidores é fundamental para obter mudanças efectivas. Os gestores dos edifícios/instalações e os ocupantes dos edifícios são partes interessadas essenciais e terão necessidades diferentes em termos de comunicação e de apoio.

• A par da poupança directa de energia decorrente das auditorias e das iniciativas de gestão de energia nos edifícios, procurar maximizar outros benefícios para os utilizadores e a autoridade, nomeadamente contribuindo para mudar as mentalidades no que respeita à eficiência energética em geral.

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Renovação de edifícios com base nos resultados de auditorias energéticas em Valmiera, Letónia

Fonte: Kaidi Tingas

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4: Exemplos de toda a Europa

Exceptuando os casos em que se utilizam soluções TIC altamente inovadoras, é muito provável que, para a maioria das iniciativa de eficiência energética, outra cidade, município ou região tenha alguma experiência de implementação de algo semelhante. Os casos exemplares constituem uma forma útil de partilhar os ensinamentos colhidos, os obstáculos encontrados e os êxitos.

O presente conjunto de ferramentas inclui 23 exemplos práticos de iniciativas de eficiência energética que envolvem a utilização de TIC provenientes de autoridades locais e regionais de toda a Europa (ver o quadro 4-1). As autoridades e as outras partes interessadas envolvidas na execução das iniciativas participaram directamente no fornecimento de informações relativas a cada caso, para que as diversas perspectivas possam ser partilhadas em pormenor.

Quadro 4-1: Exemplos fornecidos no conjunto de ferramentas

Exemplo Local

Poupança de energia através de um sistema TIC de automatização dos edifícios e de um sistema TIC de monitorização da energia – Hospital Geral de Aalst

Aalst, Bélgica

Acções de sensibilização com base nos contadores inteligentes Amaroussion, Grécia

Amesterdão, cidade inteligente Amesterdão, Países Baixos

Ambição política no domínio do clima impulsiona TIC ecológicas Berlim, Alemanha

Projecto-piloto de demonstração dos efeitos indirectos da reconstrução de edifícios residenciais prefabricados para aumentar a eficiência energética

Budapeste, Hungria

Virtualização de centros de dados Copenhaga, Dinamarca

ECOFFICES, desafio energético para os edifícios Côte d'Azur, França

Ferramentas de infomobilidade para a gestão de frotas Craiova, Roménia

Optimização energética dos edifícios públicos na Áustria e na República Checa

República Checa e Áustria

Gestão energética e ambiental nos edifícios públicos Częstochowa, Polónia

Optimização dos giros de recolha do lixo Daventry, Reino Unido

Créditos de mobilidade Génova, Itália

Modo de latência centralizado nos computadores da rede da Câmara Municipal de Helsínquia

Helsínquia, Finlândia

Projecto JULIA 2030 Helsínquia, Finlândia

Poupança de energia com contadores inteligentes e mudança de comportamentos

Leicester, Reino Unido

Escolas sustentáveis Málaga, Espanha

Sistema TIC de gestão energética centralizada para os edifícios da Câmara

Maribor, Eslovénia

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Exemplo Local

Centro europeu de inovação informática ecológica Mons, Bélgica

Serviço comum de aconselhamento energético para Rennes e municípios vizinhos

Rennes, França

Taxas anticongestionamento Estocolmo, Suécia

Melhorar a eficiência energética dos edifícios públicos Tipperary, Irlanda

Gestão da procura Valmiera, Letónia

Gestão da procura para melhorar a eficiência energética nos edifícios - SAMS

Vaxjo, Suécia

Fonte: Equipa do projecto SQW

Página de entrada do sítio Web da iniciativa «Amesterdão, cidade inteligente»

Fonte: http://www.amsterdamsmartcity.com/#/en

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5: Utilização do recurso do tipo wiki

O conjunto de ferramentas do presente projecto está disponível electronicamente num sítio Web do tipo wiki alojado na plataforma colaborativa www.ict4e2b.eu. Esta plataforma é o sítio do fórum ICT4E2B que reúne as partes interessadas das TIC e dos edifícios com vista à identificação das necessidades, dos desafios e das oportunidades de avanço na investigação e na integração dos sistemas TIC para a eficiência energética nos edifícios.

A plataforma colaborativa inclui um sítio dedicado ao tema ICT for Energy Efficiency: Local and Regional Initiatives (As TIC e a eficiência energética: iniciativas locais e regionais). O conjunto de ferramentas está integralmente disponível naquele sítio para visualização e telecarregamento.

Página principal do recurso do tipo wiki alojado na plataforma colaborativa ict4e2b

Fonte: www.ict4e2b

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6: Próximos passos

Observações finais As TIC podem ser muito úteis, por múltiplas vias, na realização de uma vasta gama de iniciativas de eficiência e sustentabilidade energéticas. Há um número crescente de exemplos práticos de iniciativas coroadas de êxito a nível local e regional, verificando-se que estes exemplos variam largamente em termos de:

• tipos de situações a que as autoridades fazem face, respeitantes, nomeadamente, a equipamentos e infra-estruturas TIC, edifícios e construção, transportes ou outros domínios de monitorização da energia;

• escala — de projectos num único edifício a iniciativas para toda uma cidade;

• complexidade e tipo de TIC utilizadas;

• estatuto - da investigação à implantação em escala real, passando pelo ensaio/projecto-piloto.

Em geral, as TIC são uma parte da solução, mas não a solução no seu todo. A importância do apoio às pessoas e de um contributo para a obtenção de mudanças de comportamento é largamente reconhecida em muitos projectos de eficiência energética bem sucedidos.

Recomendações para os próximos passos Surgem constantemente novas e melhores oportunidades de exploração das TIC para fins de eficiência energética. As autoridades locais e regionais têm, pois, todo o interesse em partilhar informações e colher ensinamentos entre si. Esta partilha de conhecimentos pode ter lugar através de contactos regulares com as equipas de sustentabilidade e eficiência energéticas das cidades, municípios e regiões vizinhos.

A partilha de conhecimentos entre as autoridades de toda a UE pode também ser facilitada recorrendo, por exemplo, ao conjunto de ferramentas em linha do presente projecto (disponível em www.ict4e2b.eu). Esse conjunto de ferramentas permite colher ensinamentos com exemplos específicos e fornece muitas outras orientações que ajudarão as autoridades a acelerar o planeamento e a execução de projectos de eficiência energética que envolvem as TIC.

O conjunto de ferramentas pode ajudar as autoridades a:

• identificarem formas de se iniciarem em novos projectos de eficiência energética, nomeadamente nas iniciativas economicamente mais eficazes para as quais poderá ser mais fácil obter apoios e financiamento;

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• orientarem-se para uma visão mais estratégica do planeamento e da execução de iniciativas de eficiência energética com vista a uma série de objectivos políticos de mais longo prazo;

• identificarem e ultrapassarem os potenciais obstáculos associados à aplicação no terreno de projectos de eficiência energética assentes nas TIC;

• ponderarem diversos modelos de colaboração com a indústria para a consecução dos objectivos de sustentabilidade e de desenvolvimento económico (por exemplo, parcerias público-privadas, centros/agrupamentos de eco-inovação);

• identificarem as redes existentes que poderão apoiar as actividades a desenvolver (por exemplo, redes associadas aos organismos de energia locais, a Carta Ecológica Digital/Eurocities, Pacto de Autarcas, Cidades Inteligentes);

• obterem acesso a aconselhamento prático e a uma comunidade de profissionais através dos quais podem ser partilhadas experiências - www.ict4e2b.eu.

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