Importância do controlo interno na gestão das empresas monografia

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Sérgio Alfredo Macore A IMPORTÂNCIA DO CONTROLO INTERNO NA GESTÃO DAS EMPRESAS: Um Estudo de Caso na MOVITEL, SA Nampula (2014 a Março de 2015) (Licenciatura em contabilidade com habilitações em auditoria) Universidade Pedagógica Nampula 2015

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Sérgio Alfredo Macore

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLO INTERNO NA GESTÃO DAS EMPRESAS:

Um Estudo de Caso na MOVITEL, SA – Nampula (2014 a Março de 2015)

(Licenciatura em contabilidade com habilitações em auditoria)

Universidade Pedagógica

Nampula

2015

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Sérgio Alfredo Macore

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLO INTERNO NA GESTÃO DAS EMPRESAS: Um

Estudo de Caso na MOVITEL, SA – Nampula (2014 a Março de 2015)

Monografia Científica Apresentada a Escola

superior de Contabilidade e Gestão, Delegação de

Nampula, Para a Obtenção do Grau Académico de

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Supervisor: dr Reinaldo João Florêncio Cintura

Universidade Pedagógica

Nampula

2015

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Índice

LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... vi

LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... vii

LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................ viii

DECLARAÇÃO ........................................................................................................................ ix

DEDICATÓRIA.................................................................................................................................... x

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ xi

RESUMO ....................................................................................................................................... xii

CAPITULO 1: INTRODUÇÃO.........................................................................................................13

1.1. Introdução .....................................................................................................................................13

1.2. Objectivos do Trabalho ...............................................................................................................14

1.2.1. Objectivo Geral .........................................................................................................................14

1.2.2. Objectivos específicos ..............................................................................................................14

1.3. Justificativa ...................................................................................................................................14

1.4. Definição do Problema de Pesquisa............................................................................................15

1.5. Estudo de Hipóteses .....................................................................................................................16

1.6. Delimitação do Estudo.................................................................................................................17

1.7. Estrutura do trabalho....................................................................................................................17

CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................18

2.1. Introdução .....................................................................................................................................18

2.2. Controlo Interno ...........................................................................................................................18

2.2.1. Objectivos do Controlo Interno ...............................................................................................19

2.2.1.1. Salvaguarda dos Interesses da Empresa ...............................................................................20

2.2.1.2..Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios Contabilísticos, Financeiros e

Operacionsi .......................................................................................................................................20

2.2.1.3. Estímulo a eficiência operacional .........................................................................................21

2.2.1.4. Aderência às políticas existentes ..........................................................................................22

2.2.2. Importância do Controlo Interno .............................................................................................23

2.2.3. Características de um sistema de controlo interno .................................................................23

2.2.4. Categorias de Controlo Interno ................................................................................................24

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2.2.4.1. Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções .............................................24

2.2.4.1.1. Segregação de funções .......................................................................................................24

2.2.4.1.2. Pessoal .................................................................................................................................25

2.2.5. Controlo do sistema de informação .........................................................................................25

2.2.6. Controlos de procedimentos .....................................................................................................25

2.3. Gestão .......................................................................................................................................26

2.3.1. O Processo de Gestão ...............................................................................................................26

2.3.1.2. Planeamento ...........................................................................................................................27

2.3.1.3. Organização ...........................................................................................................................28

2.3.1.4. Controlo ..................................................................................................................................29

2.3.1.5. Comunicação ..........................................................................................................................30

2.3.1.6. Motivação ...............................................................................................................................30

2.3.2. Sistemas de Informação no Processo de Gestão .....................................................................30

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA .......................................................................33

3.1. Introdução .....................................................................................................................................33

3.2. Tipo e Natureza de pesquisa........................................................................................................33

3.3. Fontes de dados ............................................................................................................................34

3.4. População em estudo e tamanho da amostra ..............................................................................34

3.4.1. População em estudo ................................................................................................................34

3.4.2. Tamanho da amostra .................................................................................................................34

3.5. Ferramentas da análise e softwares usados ................................................................................35

CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .....................................................37

4.1. Introdução .....................................................................................................................................37

4.1.1. Localização geográfica da cidade de Nampula .......................................................................37

4.1.2 Localização geográfica do campo de estudo ............................................................................38

4.2. Cenário Actual da Empresa .........................................................................................................39

4.3. Apresentação de dados obtidos ...................................................................................................39

4.3.1. Análise e interpretação de dados obtidos dos gestores e pessoal da administração e

finanças da Movitel - filial de Nampula. ........................................................................................... 42

4.3.1.1. Ambiente de Controlo ...........................................................................................................42

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v

4.3.1.2. Avaliação e Gerenciamento de Risco ...................................................................................42

4.3.1.3. Actividades de Controlo ........................................................................................................43

4.3.1.4. Monitoramento .......................................................................................................................43

4.3.1.5. Informação e Comunicação ..................................................................................................43

4.3.2. Controlos Internos Existentes na Movitel, Sa – Nampula .....................................................44

4.3.2.1. Sistema de Controlo X-ERP .................................................................................................44

4.3.2.2. Controlo de Caixa ..................................................................................................................45

4.3.2.3. Controlo de compras..............................................................................................................45

4.3.2.4. Controlo de duplicatas a pagar ..............................................................................................46

4.3.2.5. Controlo de duplicatas à receber ...........................................................................................46

4.3.2.6. Controlo de Bancos ...............................................................................................................47

4.3.2.7. Sistema de controlo BCCS ....................................................................................................47

4.3.2.8. Controlo de vendas ...............................................................................................................47

4.3.2.9. Controlo de rota de vendas ....................................................................................................48

4.3.2.10. Controlo de estoque .............................................................................................................48

4.3.3. Outros Controlos Importantes ..................................................................................................48

4.3.3.1. Controlo de Funcionários ......................................................................................................49

4.3.3.2. Controlos de Médias de Consumo de Combustível por Veículo ........................................49

4.4. Avaliação das Hipótese Formuladas ...........................................................................................50

4.4.1. Avaliação da hipótese 1 ............................................................................................................50

4.4.2. Avaliação da hipótese 2 ............................................................................................................50

4.4.3. Avaliação da hipótese 3 ............................................................................................................51

CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................................52

5.1. Conclusão .....................................................................................................................................52

5.2. Recomendações ............................................................................................................................54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................................................55

APÊNDICES .......................................................................................................................................57

ANEXOS .......................................................................................................................................61

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Amostra dos funcionários da empresa Movitel, SA - filial de Nampula (gestores e

pessoal de Contabilidade e finanças) ....................................................................................... 42

Tabela 2: Respostas ao questionário dirigido aos gestores e pessoal da administração e finanças

da Movitel, SA-filial de Nampula............................................................................................ 47

Tabela 3: Respostas a entrevista dirigida ao pessoal do departamento de contabilidade e

finanças da Movitel, SA-filial de Nampula .............................................................................. 48

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LISTA DE FIGURAS

Figura nº. 1- Província de Nampula com localização da cidade do mesmo nome ....................... 45

Figura nº2 - Vista frontal do edifício da Movitel, SA - filial de Nampula................................... 45

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LISTA DE ABREVIATURAS

AICPA

BCCS

ERP

FTP

AmericanInstituteofCertifiedPublicAccount: Comité de

procedimentos de Auditoria do Instituto Norte

Americano de Contadores Públicos.

Business SystemControl: Sistema de controlo de

negócios.

EnterpriseResoursePlanning: Planeamento de recursos

da empresa.

File TransferProtocol – Protocolo de Transferencia de

Arquivos

MOVITEL MoçambiqueVietnametelecomunicações.

SA SociedadeAnónima.

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DECLARAÇÃO

Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, resulta da minha investigação e

sob orientação do meu Supervisor. Esta é a primeira vez que submeto numa instituição

Académica para obter o grau Académico de Licenciatura em Contabilidade com habilitação em

Auditoria.

Nampula, aos ______ de Abril de 2015

Nome do Autor

______________________________________________

(Sérgio Alfredo Macore)

Nome do Supervisor

_____________________________________________

(Dr. Reinaldo Cintura)

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x

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha mãe, Jacinta João Baptista e minha Irmã, Gilda Alfredo Macore

por acreditarem na minha capacidade profissional e me dar todo o apoio emocional para o

desenvolvimento e conclusão deste curso.

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xi

AGRADECIMENTOS

A Deus primeiramente pela oportunidade da realização de um sonho, que é cursar uma

faculdade.

À minha família, minha mãe (Jacinta João Baptista) e meu pai (Alfredo Macore), por terem me

dado a vida e me ensinado a vivê-la com dignidade ao meu irmão (Supercio) por todos os

momentos que tivemos, pelo incentivo, pela ajuda... A vocês, que se doaram inteiros e

renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes eu pudesse realizar os meus...

Aos meus professores, pelos conhecimentos científicos transmitidos para o desenvolvimento

desta pesquisa e em especial ao meu orientador dr. Reinaldo Cintura por aceitar a tarefa de

auxiliar-me, pela paciência e pelas importantes e necessárias informações que foram obtidas.

Aos demais colegas que estiveram comigo nas horas de estudo, pela ajuda, paciência e apoio,

durante todo este longo período.

A minha avó Maria Luisa pelas orações e conselhos que sempre me dirigiu e os bons

ensinamentos da vida.

Aos meus amigos, familiares e próximos, pelo companheirismo, pela compaixão, pois me

ajudaram a iluminar os caminhos obscuros com afecto e dedicação para que eu trilhasse sem

medo e cheio de esperanças...

Não posso deixar também de agradecer a empresas Movitel, SA, pela ajuda constante e

compreensão.

A todos estes e aqueles que por aqui não foram mencionados por diversas razões, mas que

directa ou indirectamente contribuíram para a minha careira estudantil.

A todos vocês, por natureza, por opção e amor...

Meu muito obrigado!

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RESUMO

Este trabalho científico tem como objectivo principal demonstrar a importância dos controlos

internos, uma vez que controlo interno consiste em um conjunto de procedimentos implantados

pela administração para assegurar o alcance dos resultados estabelecidos e a observância das

políticas e directrizes planeadas para a organização. Dessa forma, a pesquisa aqui desenvolvida

tem por finalidade analisar as técnicas de controlo interno utilizadas na empresa Movitel, SA –

Nampula, no intuito de averiguar como estes contribuem para eficiência, eficácia e prevenção de

erros e fraudes. Para tanto, foi realizado um estudo de caso na referida empresa, por meio de

questionário e entrevista estruturadas com alguns funcionários da empresa e os responsáveis por

cada controlo identificado na organização. Como resultado, percebeu-se que os controlos

utilizados são controlo de caixa, de compras, de duplicatas a pagar, de duplicatas a receber, de

bancos, de vendas, de rota de vendas, controlo de estoque, de funcionários etc. Tais controlos

são, portanto, de fundamental importância para a sobrevivência da organização, pois possibilitam

que o gestor esteja sempre bem assessorado e receba informações precisas e claras que permitem

a solução de problemas no momento em que ocorrem, servindo assim, de base para a tomada de

decisões.

Palavras-chave: Controlo Interno, Gestão e Informações.

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CAPITULO 1: INTRODUÇÃO

1.1.Introdução

Nos últimos anos observa-se a reestruturação que vem ocorrendo no mundo como na

economia, na política, no social e cultural, e os empreendedores vêm tomando uma nova

postura em relação aos negócios de suas empresas. Efectivamente as empresas vêm actuando

num ambiente bastante competitivo, que para garantir um desenvolvimento sustentável das

suas actividades torna-se fundamental a utilização de ferramentas eficientes.

As empresas, sejam elas públicas ou privadas, constituem uma força motriz do

desenvolvimento de uma sociedade pelo facto da sua capacidade de gerir emprego e garantia

do bem-estar de todos. Sendo assim elas devem ser bem administradas, tendo como recurso os

mecanismos do controlo interno, que contribuem para uma excelente gestão e

consequentemente o sucesso da entidade.

O controlo interno consiste-se de técnicas que servem como um suporte de apoio às decisões

gerenciais, pois os problemas de controlo são encontrados em vários sectores da empresa.

Possuir um excelente sistema de controlo interno é fundamental para diminuir a possibilidade

de que práticas fraudulentas ocorram na gestão.

Os sistemas de controlos internos podem ser aplicados nas organizações desde o nível

operacional, como fabricação, conserto, manutenção, qualidade, até o nível administrativo, e o

seu adequado aproveitamento sobre cada uma dessas áreas é essencial para que a empresa

alcance os resultados mais adequados, evitando assim, os desperdícios. Para tanto, tais

mecanismos devem ser implantados em conformidade com os resultados pretendidos a partir

dos objectivos, metas, planos, políticas, organogramas, e actividades planeados.

Nesse contexto, a pesquisa aqui desenvolvida tem por finalidade analisar as técnicas de

controlo interno, obtendo assim maior conhecimento sobre os procedimentos e práticas de

controlo interno e sua importância para a tomada de decisões na empresa em destaque.

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1.2.Objectivos do Trabalho

A presente pesquisa procura alcançar os objectivos traçados, isto é, geral e os específicos de

modo que se materialize a questão acima colocada acerca da Importância do controlo Interno

na gestão das empresas na cidade de Nampula o caso da empresa Movitel, SA.

1.2.1. Objectivo Geral

Demonstrar a contribuição que controlo interno oferece ao processo de gestão,

mostrando de que forma actua como um suporte de apoio às decisões gerenciais.

1.2.2. Objectivos específicos

Fazer um esboço teórico sobre o controlo interno e a gestão empresarial;

Identificar e caracterizar as práticas de controlo interno utilizados na empresa Movitel,

SA – Nampula;

Evidenciar os objectivos do controlo interno e suas finalidades dentro de uma

organização;

Analisar a contribuição para a gestão da actividade dos controlos existentes e

sugeridos.

1.3. Justificativa

Nos dias actuais, percebemos como o complexo mundo empresarial formou-se com base

nodesenvolvimento das empresas e vem sofrendo modificações contínuas, às vezes com

maior ou menor intensidade, para enfrentar tais circunstâncias, as organizações precisam

utilizar alguns conceitos e técnicas que possibilitem o controlo de seu desempenho. A

utilização do controlo interno evita casos como abuso de autoridade, fraudes, erros, ou seja, é

um instrumento necessário para que as organizações protejam os seus activos, assegurem à

fidelidade e integridade dos registos, tomam conhecimento da realidade da entidade, e

estabeleçam os seus compromissos com a gestão.

Nesse contexto, justifica-se a realização do presente estudo, que pretende identificar os

instrumentos de controlo interno utilizados na empresa Movitel, SA – Nampula, além de

demonstrar as vantagens que os sistemas de controlo interno proporcionam as empresas,

auxiliando-as, desde as actividades operacionais, até as actividades de gestão estratégica,

contribuindo assim, com o sucesso das mesmas.

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A escolha desse assunto se deu, devido à grande importância que os sistemas de controlo

interno representam para as organizações, tendo em vista que, uma vez aplicado e monitorado

de forma contínua, pode detectar qualquer ocorrência de irregularidade dentro da entidade,

tendo assim, um efeito preventivo sobre os procedimentos por ela adoptados.

Pois, a pesquisa procura demonstrar, como contribuição para as empresas, a importância da

utilização do controlo interno que é uma ferramenta fundamental para uma boa gestão. Além

disso, servirá também como base para outras pesquisas, tendo em vista que não haverá, neste

estudo por parte do autor, a pretensão explorar todas as possibilidades que envolvem a

problemática desse tema.

1.4. Definição do Problema de Pesquisa

As mudanças sociais, políticas e económicas tornaram-se um dos motivos da constante busca

pela renovação empresarial. A implantação e a operação de processos organizacionais não é

apenas uma tarefa complexa, mas como ferramenta gerencial, busca desenvolver consistentes

análises, com o intuito de minimizar os riscos provenientes de seus investimentos.

A desorganização em uma empresa pode acarretar transtorno a funcionários, clientes, e

parceiros, prejudicando com isso, notavelmente a performance da entidade, causando

impactos negativos tanto em termos de lucratividade quanto de imagem perante o mercado.

Fazer uso de sistemas de controlo interno é um pré-requisito para diminuir a ocorrência de

fatos indesejáveis numa gestão empresarial, sendo necessário que, uma vez identificado os

riscos associados ao negócio, a implantação dessa ferramenta para auxiliar os gestores na

busca da eficiência nas suas operações.

Geralmente, no contexto organizacional é grande o número de empresas que não consegue

permanecer por mais de um ano com suas actividades, e entre os factores apontados que mais

colaboram para esse fato, estão a falta ou mesmo as falhas na execução dos sistemas de

controlo interno. Nota-se que esses problemas, se fazem presente em todos os sectores ou

departamentos, bem como, inexistência de controlos de qualidade, falha no registo das

operações, falta de capacitação aos funcionários, dentre outros.

Eficientes mecanismos de controlos internos contribuem para a redução de fatos indesejados

que podem vir a ocorrer no contexto organizacional e proporcionam segurança para a

administração a fim de que seus objectivos e metas estabelecidos sejam atingidos. São

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normas, procedimentos, métodos, rotinas, manuais, enfim, uma gama de mecanismos, que são

implantados para que os membros da organização possam segui-los, e sem dúvida alguma,

aprimorá-los de acordo com as necessidades da empresa. Uma empresa deve estruturar seus

sistemas de forma a garantir o conhecimento dos eventos ocorridos em seus diversos sectores,

seu correcto registo e escrituração em tempo hábil para que a informação seja transferida aos

administradores de modo a apoiá-los na tomada de decisão.

Diante o exposto, percebe-se que as informações necessárias para uma boa administração são

geradas pelo controlo da própria entidade. Neste viés, a pesquisa segue um estudo teórico e

argumentativo, no intuito de elucidar as questões acima elencadas, buscando resposta para a

seguinte problemática: Quais as contribuições que o controlo interno pode oferecer na gestão

empresarial?

1.5. Estudo de Hipóteses

As hipóteses são suposições colocadas como respostas aplausíveis e provisórias para

oproblema de pesquisa. Pois, poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento

da pesquisa e, um mesmo problema poderá ter muitas hipóteses que são soluções possíveis

para a sua resolução e são de natureza criativa requerendo-se experiência na área.

No presente trabalho foram colocadas as seguintes hipóteses:

As ferramentas do controlo interno são indispensáveis para o andamento correcto das

tarefas dentro da empresa.

A implantação do controlo interno contribuirá com a identificação, prevenção e

correcção de perdas que podem comprometer a empresa.

Um sistema eficiente de controlo interno quando bem aplicado, tende a harmonizar o

processo de gestão, pois serve como um suporte estratégico para tomadas de decisões

gerenciais.

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17

1.6. Delimitação do Estudo

A Gestão empresarial sempre se ressentiu da necessidade de controlos efectivos e actuantes

naorganização, com o intuito precípuo de auferir suporte para o processo decisório. Não é de

se estranhar o fato comprovado em investigações científicas, que raros são os processos

decisórios que se fundamentam na efectividade de controlos internos.

Com esta percepção, o presente estudo aprofunda as noções de controlos internos eficazes, e

partindo da contextualização mediante uma breve abordagem filosófica, tenta elucidar a

grande importância da qual se reveste este instrumento na condição de excelente auxiliar da

gestão.

A presente pesquisa realizou-se na empresa Movitel, SA – Nampula, no período de 2014 a

2015. Ondeirá abordar como o controlo interno colabora nas actividades dentro da

organização.

1.7. Estrutura do trabalho

Para uma melhor percepção e análise, o trabalho está estruturado em cinco capítulos. Sendo

que a parte pré-textual do trabalho apresenta primeiro a lista de tabelas, abreviaturas, depois a

declaração, dedicatória, agradecimentos e resumo do trabalho. No capítulo introdutório é

apresentada a introdução, os objectivos do estudo: geral e específicos que se esperam alcançar

e a justificativa. Depois, é apresentada a definição do problema de pesquisa, a hipótese de

estudo e a delimitação do estudo. No segundo capítulo é apresentada a revisão da literatura,

onde diferentes autores apresentam os principais delineamentos acerca do controlo interno e

do processo de gestão das organizações. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia da

pesquisa, onde foi evidenciada a classificação da pesquisa, fontes de dados, universo e

amostra, dados da pesquisa, o plano de colecta de dados e por fim instrumentos usados para a

colecta de dados. O quarto capítulo apresenta uma breve apresentação do cenário actual da

empresa em análise e faz análise, apresentação e interpretação dos dados dos inquiridos, e

avaliação das hipóteses formuladas para a pesquisa. No último capítulo é apresentada

conclusões recomendações, referencia bibliográfica utilizada para a elaboração do trabalho e

os apêndices em anexos.

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CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA

2.1.Introdução

Este capítulo apresenta a revisão bibliográfica, base fundamental para o desenvolvimento do

estudo aplicado, envolvendo o tema da pesquisa a importância do controlo interno na gestão

das empresas, constituindo desta forma, um quadro teórico que sirva de base no momento de

recolha, análise e interpretação de dados.

2.2.Controlo Interno

O controlo constitui uma das bases da administração, sua inexistência ou suas deficiências

têm reflexos directos com as demais funções. Para Stoner e Freemam (1985: 5) “a

administração é o processo de planear, organizar, liderar e controlar os esforços realizados

pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para

alcançar os objectivos estabelecidos”, conforme Almeida (2003: 63) “o controlo interno

representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os

objectivos de proteger os activos, produzir dados contabilísticos confiáveis e ajudar a

administração...”

Controlo interno, conforme Franco e Marra (2009) são todos os registos livro, fichas, mapas,

boletins, papéis, formulários, pedidos, notas, facturas, documentos, guias, impressos, ordens

internas, regulamentos e demais instrumentos da organização administrativa que formam

sistema de vigilância, fiscalização e verificação utilizado pelos administradores para exercer o

controlo sobre todos os factos ocorridos na empresa e sobre todos os actos praticados por

aqueles que exercem funções directa ou indirectamente relacionadas com a organização, o

património e funcionamento da empresa.

Controlo interno compreende o plano de organização e o conjunto

coordenado dos métodos e medidas adoptados pela empresa para

proteger sue património, verificar a exactidão e a fidedignidade de

seus dados contabilísticos, promover a eficiência operacional

encorajar a adesão à políticas traçadas pela administração (ATTIE,

1998: 110).

Para Attie (1998: 114), “o controlo interno inclui controlos que podem ser peculiares tanto à

contabilidade quanto à administração” como segue:

Controlos contabilísticos: Compreende o plano de organização de todos os métodos e

procedimentos directamente direccionados, principalmente com a salvaguarda do

património e a fidedignidade dos registos contabilísticos. São exemplos de controlos

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19

contabilísticos: sistema de autorização e aprovação; separação das funções de

escrituração e elaboração dos relatórios contabilísticos daquelas ligadas às operações ou

custódia dos valores; e controlo físico sobre estes valores. Conforme Almeida (2003: 63)

são exemplos de controlos contabilísticos: Sistemas de conferência, aprovação e

autorização; Segregação de função (pessoas que têm acesso aos registos contabilísticos

não podem custodiar activas da empresa); Controlos físicos sobre activos e Auditoria

interna.

Controlos administrativos:Estão relacionados com o plano de organização e todos os

métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política

traçada pela administração. Normalmente, se relacionam de forma indirecta aos registos

financeiros. Com frequências abrangem análises estatísticas, estudos de tempo e

movimentos, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controlo de

qualidade. Conforme Almeida (2003: 63) são exemplos de controlos administrativos:

Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos; Controlo de qualidade;

Treinamento de pessoal; Estudos de tempos e movimentos; Análise das variações entre

valores orçados e os incorridos e Controlo dos compromissos assumidos, mas ainda não

realizados economicamente.

2.2.1. Objectivos do Controlo Interno

Os objectivos do controlo interno, no geral, é salvaguardar os activos e fornecer informações

contabilísticas seguras, auxiliando assim, a administração na condução das actividades da

organização.

Em regra geral de acordo com Attie (2010: 155), o controlo interno tem quatro objectivos

básicos:

Salvaguardar os interesses da empresa;

A precisão e confiabilidade de informes e relatórios contabilísticos, financeiros e

operacionais;

Estimulo à eficiência operacional; e

A aderência às políticas existentes.

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2.2.1.1.Salvaguarda dos Interesses da Empresa

A salvaguarda dos interesses da empresa refere-se à protecção do património contra quaisquer

perdas e riscos devido a erros ou irregularidades. O autor enumera as principais práticas que

podem dar suporte à salvaguarda dos interesses, sendo elas:

1. Segregação de funções: estabelece a independência para as funções de execução

operacional, custódia física e contabilização;

2. Sistema de autorização e aprovação: compreende o controlo das operações através de

métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os riscos envolvidos;

3. Determinação de funções e responsabilidades: a existência de organogramas claros

determina linhas de responsabilidades e autoridades definidas por toda a linha

hierárquica;

4. Rotação de funcionários: corresponde ao rodízio dos funcionários designados para cada

trabalho. Dessa forma, é possível reduzir a ocorrência de fraudes e contribuir para o

surgimento de novas ideias;

5. Legislação: corresponde à actualização permanente sobre a legislação vigente, visando

diminuir riscos e não expor a empresa a contingências fiscais e legais pela não

obediência aos preceitos actuais vigentes;

6. Carta de fiança: determina aos funcionários que em geral lidam com valores a

responsabilidade pela custódia de bens e valores, protegendo a empresa e dissuadindo,

psicologicamente os funcionários em tentação.

7. Manutenção de contas de controlo: indica a exactidão dos saldos das contas detalhadas,

geralmente controladas por outros funcionários.

8. Diminuição de erros e desperdícios: indica a detecção de erros e desperdícios na fonte;

comummente essas falhas são originadas devido a controlos mal definidos, falta de

controlos, cópias e vias excessivas, etc.

9. Contagens físicas independentes: corresponde à realização de contagens físicas de bens

e valores, de forma periódica, por intermédio de pessoa independente ao custo diante,

visando maximizar o controlo físico e resguardar os interesses da empresa.

2.2.1.2.Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios Contabilísticos, Financeiros

e Operacionais

Este objectivo compreende a geração de informações adequadas e oportunas, necessárias

gerencialmente para administrar e compreender os eventos realizados na empresa. A empresa

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necessita construir sistemas que a proporcione conhecer os actos e eventos ocorridos em todos

os seus segmentos, de forma que os efeitos desses sejam levados, em tempo hábil, ao

conhecimento dos administradores, pois a informação só tem validade a partir do momento

em que é exacta, confiável, e oportuna. Para tanto, os dados devem ser verídicos e informados

tempestivamente.Os meios mais utilizados no suporte à precisão e confiabilidade dos

informes e relatórios contabilísticos, financeiros e operacionais são os seguintes:

1. Documentação confiável: corresponde à utilização de documentação hábil para o registo

das transacções;

2. Conciliação: indica a precisão ou diferenças existentes entre diversas fontes de

informação, visando à manutenção equilibrada entre estas e à eliminação tempestiva de

possíveis pendências; Análise: compreende a identificação da composição analítica dos

itens em exame;

3. Plano de contas: estabelece a classificação da empresa perante uma estrutura formal de

contas. A existência de um manual de contabilidade que proceda ao uso destas contas,

fomenta a classificação e a utilização adequada de cada conta;

4. Tempo hábil: determina o registo das transacções dentro do período da competência e

no menor espaço de tempo possível;

5. Equipamento mecânico: a utilização de equipamento mecânico visa facilitar e agilizar o

registo das transacções, fomentando a divisão de trabalho.

2.2.1.3.Estímulo a eficiência operacional

Estimular à eficiência operacional é promover os meios necessários à condução das tarefas, de

forma a obter entendimento, aplicação e acção tempestiva e uniforme. Dentro da empresa os

vários sectores ou departamentos têm suas particularidades e cada indivíduo precisa conhecer

sua tarefa, para que a totalidade mova a empresa como um todo. Os principais meios

necessários à consecução desse objectivo são:

a) A selecção: possibilita a obtenção de pessoal qualificado para exercer com eficiência as

funções específicas;

b) O treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a actividade proposta;

c) O plano de carreira: tem como objectivo estabelecer a política da empresa ao pessoal

quanto às possibilidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a

satisfação do pessoal;

Page 22: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

22

d) Os relatórios de desempenho: compreendem a identificação individual de cada

funcionário, apontando suas virtudes e deficiências, sugerindo alternativas necessárias

ao aperfeiçoamento pessoal e profissional.

e) Relatórios de horas trabalhadas: possibilita a administração mais eficiente do tempo

desprendido pelo pessoal e indica mudanças necessárias ou correcção das metas de

trabalho.

f) Manuais internos: sugerem clara exposição dos procedimentos internos; possibilitam

práticas uniformes, normatização e eficiência dos actos, previne a ocorrência de erros e

desperdícios.

g) Instruções formais: indicam formalmente as instruções a serem seguidas pelo pessoal,

evitando interpretações dúbias, mal-entendidos e a possibilidade de cobranças e follow-

up tempestivos.

2.2.1.4.Aderência às políticas existentes

Este objectivo do controlo interno está relacionado com a maneira pela qual a empresa busca

assegurar que os desejos da administração, definidos através de suas políticas e indicados por

meio de seus procedimentos, sejam adequadamente seguidos pelo pessoal. Os principais

meios que visam dar embasamento para a aderência às políticas existentes são os seguintes:

a) Supervisão: a supervisão permanente possibilita melhor rendimento pessoal,

corrigindo-se rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução das

actividades.

b) Sistema de revisão e aprovação: indica através do método de revisão aprovação, que

políticas e procedimentos estão sendo adequadamente seguidos.

c) Auditoria interna: possibilita a identificação de transacções realizadas pela empresa

que esteja em consonância com as políticas determinadas pela administração.

Assim, os objectivos básicos do controlo interno são guardar os interesses da empresa,

desempenhando com eficiência o seu papel, fornecendo com eficácia e fidedignidade os

relatórios contabilísticos, detectando e prevenindo de fraudes e erros, visando proteger os

recursos da organização.

Page 23: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

23

2.2.2. Importância do Controlo Interno

Attie (1998: 114) afirma:

“A importância do controlo interno fica patente a partir do momento em que se torna

impossível conceber uma empresa que não disponha de controlos que possam

garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto.”

È verificado que o controlo interno tem como objectivo a potencialização do êxito do

processo decisório, implicando assim uma maior responsabilidade por parte das pessoas que

são responsáveis pelo controlo interno e geração de dados para as tomadas de decisões.

Toda empresa que vise uma gestão efectiva, torna-se inviável que o proprietário controle

sozinho todas as operações existentes dentro da mesma. O controlo interno tem uma

contribuição a oferecer a cada segmento ou sector existente dentro de forma a agregar

agilidade, eficiência e veracidade para as informações contabilísticas e administrativas.

Para Crepaldi (2002: 67), “é de fundamental importância a utilização de um controlo

adequado sobre cada sistema operacional, pois dessa maneira atingem-se os resultados mais

favoráveis com menores desperdícios”. Dessa forma, pode-se sumarizar a importância do controlo

interno, considerando os seguintes aspectos:

O eficiente controlo das operações requer relatórios e análises que reflictam a situação

da companhia;

A salvaguarda dos activos da empresa e a prevenção ou descoberta de erros e fraudes é

responsabilidade da administração, o que, para a adequada execução, necessita de um

bom sistema de controlo interno.

Assim a contribuição do controlo interno se torna evidente perante a organização a partir do

instante em que se torna impossível perceber uma empresa que não disponha de controlos que

possam assegurar a continuidade do fluxo das actividades e informações proposto.

2.2.3. Características de um sistema de controlo interno

Conforme Galloro e Galloro (2000: 63), “Os sistemas de controlo devem variar de acordo

com a natureza do negócio, estrutura e tamanho da empresa, diversidade e complexidade das

operações, métodos utilizados para processamento de dados e requisitos legais e

regulamentares aplicáveis”.

Desta forma, devem ser desenhados de maneira que:

Se mostrem eficazes para atender os objectivos da direcção;

Page 24: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

24

Não gerem ineficiências ou burocracias, adaptando os recursos da estrutura ao sistema

e não o contrário;

Tenham um saldo positivo na relação custo/benefício.

2.2.4. Categorias de Controlo Interno

Segundo Crepaldi (2002: 63-66), “não existe uma termologia universal para descrever as

categorias de controlos internos, entretanto podemos classificá-los segundo suas finalidades”.

Desta maneira, um dos desdobramentos possíveis seria:

Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções;

Controlo de sistemas de informação; e

Controlo de procedimentos.

2.2.4.1.Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções

De acordo com Crepaldi (2002: 63):

Ao falar da questão de controlos organizacionais, referimo-nos ao controle obtido

por meio da maneira de designar responsabilidade e delegar autoridade. A

magnitude de muitas empresas faz com que a gerência se veja impossibilitada de

administrar ou supervisionar pessoalmente as operações. Em tais circunstâncias, é

imprescindível estabelecer uma estrutura organizacional adequada.

A estrutura é um marco em que se realizam as actividades de planeamento, execução e

controlo das operações, tais como:

Atribuição de responsabilidades e delegação de autoridades claramente definidas;

Segregação de funções incompatíveis para evitar que sejam controladas por qualquer

indivíduo ou departamento da organização;

Fornecimento de recursos, inclusive pessoal competente, em quantidade suficiente

para o cumprimento das responsabilidades do desempenho.

Existência de sistemas de medição e avaliação do desempenho.

2.2.4.1.1. Segregação de funções

Geralmente, considera-se a correcta segregação de funções como elemento mais importante

de um sistema eficaz de controlo interno. O princípio fundamental é que ninguém deveria

Page 25: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

25

controlar todas as etapas de uma transacção sem a interferência de outra ou outras, capazes de

efectuar uma verificação cruzada.

2.2.4.1.2. Pessoal

A certeza razoável de que estão sendo alcançados os objectivos de controlo interno depende

do grau de competência e integridade das pessoas, da independência das funções que lhes

tenham sido designadas e da compreensão que têm dos procedimentos estabelecidos. A

eficácia global do sistema depende, ao mesmo tempo, de um número apropriado de

funcionários competentes para realizar o trabalho em cada nível. Não basta ter pessoas

competentes sem um sistema de controlo interno, ou um sistema de controlo sofisticado sem

pessoas competentes.

2.2.4.2.Controlo do sistema de informação

Controlo sobre o sistema de informação refere-se ao controlo obtido mediante a prestação de

informação aos níveis adequados da administração.

Em todas as empresas, o planeamento e o controlo das operações dependem do conhecimento

que a administração tem das actividades e operações passadas, presentes e futuras. E salvo nas

pequenas, esse conhecimento dependerá, em maior ou menor grau, do sistema de informação.

2.2.4.3.Controlos de procedimentos

Controlos de procedimentos são os controlos obtidos mediante a observação de políticas

eprocedimentos dentro da organização.Elaborar o plano de organização é de importância vital

para que o pessoal compreenda claramente suas funções e responsabilidades, sendo

conveniente, para tanto, que existam normas de procedimento devidamente documentadas.

Os procedimentos existentes em uma organização são implementados para que se alcance

eficiência operacional e se atinjam os objectivos empresariais.Algumas características

desejáveis nos controlos de procedimento são:

Que sejam adequados à estrutura organizacional;

Que estejam bem definidos e documentados;

Que se mostrem fáceis de interpretar e aplicar.

Page 26: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

26

2.3.Gestão

A gestão tem a ver com a orientação, direcção e controlo dos esforços de um grupo de pessoas

para um objectivo comum. Pois, para os neoclássicos o gestor “ é aquele que possibilita ao

grupo alcançar seus objectivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com

menos atritos com outras actividades” (CHIAVENATO, 2000: 127).

2.3.1. O Processo de Gestão

As organizações encontram-se, actualmente, em um contexto dinâmico, competitivo e

complexo, no qual, para que consigam progredir, torna-se necessário que elas tenham um

processo de gestão estruturado na forma do ciclo planeamento, execução e controlo. Esse

ciclo é conhecido como processo de gestão e tem como objectivo garantir a eficácia

empresarial (CATELLI, 2009). Ele deve assegurar a realização das metas, objectivos e missão

da empresa, de maneira equilibrada e adaptável às transformações do mercado e ser

estruturado com base no processo decisório e ser suportado por sistemas de informações.

O processo de administração organizacional relaciona um conjugado de processos, tais como

o patrimonial, orçamentário, financeiro, pessoal, entre outros, que orientam o fluxo de

recursos da empresa, possibilitando o planeamento adequado e a gestão dos mesmos. Este

dinamismo de complexidade demanda um arcabouço tempestivo de controlos que

acompanham a movimentação das actividades da entidade.

A administração se refere ao campo das actividades humanas que tem como

finalidade principal a coordenação em grupo para o desempenho de funções de

planeamento, organização, direcção e controle em relação a certos factores básicos,

através de esforços motivacionais apropriados, de maneira que os vários objectivos

do grupo e dos indivíduos que dele fazem parte, sejam atingidos num grau óptimo

com eficiência óptima (FERNANDEZ, 2005 apudMOSIMANN; FISCH, 2009: 26).

Assim, o processo de gestão pode ser concebido como o empenho administrativo global em

dado empreendimento, envolvendo a tomada de decisões, a aplicação de determinadas

técnicas e de certos procedimentos e a motivação de indivíduos ou grupos no sentido da

consecução de objectivos específicos.

De acordo com Catelli (2009), gerir é fazer as coisas acontecerem, e a pessoa que faz a

gerência, denominada gestor, é quem toma as decisões para que as coisas aconteçam, de tal

forma que a empresa atinja seus objectivos. Assim, administrar é conduzir a organização para

Page 27: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

27

o alcance dos seus objectivos. Conforme Bio (2005 apudLeite et. a.l, 2008), o processo de

gerência em uma organização compreende as decisões direccionadas para as seguintes áreas:

Planeamento: refere-se ao conjunto de objectivos desejados e a forma de como serão

alcançados, ou seja, o que é desejado e como e quando será obtido;

Direcção: refere-se à capacidade de obter os resultados por meio de outras pessoas;

Controlo: refere-se à implementação dos planos e às avaliações do desempenho em

relação ao planeado (feedback), no intuito de atingir os objectivos definidos. Nas

definições apresentadas pelos dois autores, verifica-se que ambos entendem como

fundamental o planeamento e o controlo no processo de gestão, na manutenção de

lucros e na continuidade das organizações. Pode-se dizer que o orçamento é um elo

entre o planeamento e o controlo, cuja importância é confirmada por :

Segundo Figueiredo e Caggiano (2008), embora existam diferentes escolas de pensamento a

respeito do termo “administração” e como esta deve ser praticada, é geralmente aceito que o

processo de gestão possui cinco funções principais: Planeamento, Organização, Controlo,

Comunicação e Motivação.

2.3.1.1.Planeamento

Essa função é tida como um método de organização de actividades com o objectivo de

alcançar os objectivos propostos. Nesse sentido, Mosimann; Fisch (2009: 48), conceitua o

planeamento como,

o processo que envolve avaliação e tomada de decisões em cenários prováveis,

visando definir um plano para atingir uma situação futura desejada, com base nas

informações sobre as variáveis ambientais, crenças e valores, missão, modelos de

gestão, estrutura organizacional preestabelecidas e a consciência da responsabilidade

social, que configura a situação actual.

A importância dos factores conjunturais no processo de planeamento é óbvia, e é igualmente

claro que informações a esse respeito não devem estar sujeitas a um tratamento menos rígido

do que as informações analíticas internas, produzidas na empresa. De acordo com Figueiredo;

Caggiano (2008) podem-se distinguir três espécies de actividades de planeamento, como:

Planeamento estratégico: diz respeito a um período de três a dez anos; normalmente é

chamado de planeamento de longo prazo;

Page 28: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

28

Planeamento programa: actividade que segue o planeamento de longo prazo e envolve

o desenvolvimento de planos para os dispêndios de capital necessários para os

objectivos de longo prazo;

Planeamento orçamentário: aquele que converte o plano de longo prazo da forma às

necessidades do futuro imediato. É usualmente descrito como Orçamento e é

desenvolvido numa base anual.

De acordo com Catelli (2002), Pereira e Vasconcelos (2003 apudPalazzoet. al., 2008), após

traçar diretrizes e cenários por meio do planeamento estratégico, será feito o planeamento

operacional, no qual todas as áreas deverão participar. O resultado desse planeamento são as

alternativas que permitirão à empresa cumprir o estabelecido e gerar receitas. O planeamento

operacional divide-se nas seguintes etapas:

Estabelecimento de objectivos operacionais;

Definição dos meios e recursos;

Identificação das alternativas de acção;

Simulação das alternativas identificadas;

Escolha das alternativas e incorporação ao plano;

Estruturação e quantificação do plano;

Aprovação e divulgação do plano.

2.3.1.2.Organização

Na Organização abarca a definição do arcabouço administrativo para que as decisões

estratégicas sejam implementadas. Ela é desenvolvida através do processo de

departamentalização no qual, diferentes especialistas são divididos em departamentos

separados, e tem a função de coordenar estas tarefas de modo que a empresa esteja apta a

trabalhar eficientemente e alcançar seus objectivos (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008).

O desenho da área administrativa busca estabelecer a estrutura e a forma da entidade e definir

as responsabilidades e linhas de autoridade. Isto envolve a acepção das tarefas necessárias

para alcançar as metas estratégicas, ou seja, a determinação de quem irá cumprir estas tarefas

e assumir as responsabilidades por seu desempenho.

Page 29: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

29

2.3.1.3.Controlo

Na administração a função de controlo está intimamente ligada à função de planeamento

através de um sistema de feedback que informa o resultado das decisões passadas, sendo que

tal sistema é indispensável para avaliação da qualidade do processo decisório e para seu

aprimoramento. De acordo com Mosimann; Fisch (2009), o processo de controlo abrange as

seguintes actividades:

Estabelecimento de objectivos, metas e padrões que sejam expressos em alguma

unidade de tempo, dinheiro, unidade física ou por meio de índices;

Observação do desempenho com o objectivo de alimentar o sistema de informações

com os dados referentes às actividades realizadas;

Comparação do desempenho real com o esperado e emissão de relatórios de

desempenho pelo sistema de informações;

Comunicação do desempenho com as alternativas de acção em decorrência de

variações relevantes;

Acção correctiva referente às medidas ou providências adoptadas para eliminar os

desvios significativos detectados nos relatórios de desempenho;

Acompanhamento da acção correctiva.

Essas actividades acima relatadas acima demonstram que o controle objectiva proteger o

património da empresa e garantir sua continuidade por meio do cumprimento da missão e dos

objectivos da organização. Para isso torna-se necessário o acompanhamento dos resultados

comparando o real com o esperado e adoptando, se necessário, medidas correctivas.

O controlo compreende a fase em que o previsto é comparado com o real, identificando ou

não as modificações necessárias. O propósito do controlo “é assegurar que as actividades da

organização sejam desempenhadas de acordo com o plano.” O que possibilita controlar é ter

um sistema de informações suficientes, de forma que se possa corrigir o planeamento no

momento em que as mudanças acontecerem (CATELLI; PEREIRA; VASCONCELOS,

2001).

Page 30: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

30

2.3.1.4.Comunicação

A comunicação é uma permuta de opiniões, fatos e ideias, entre dois ou mais indivíduos.

Supõem a ligação de todas as funções gerenciais pela transmissão de informações e instruções

internas da organização. Adicionalmente, o processo de comunicação relaciona a organização

com seu meio ambiente por ligá-la a seus fornecedores, e aos seus consumidores para quem

seus produtos são direccionados (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008). Em qualquer

organização, a especialidade das tarefas e a consequente divisão do trabalho criam situações

nas quais um fluxo de ideias e de fatos é necessário em função da eficiência. O alto grau de

comunicação agrega os vários membros da organização, unindo-os na busca das metas

organizacionais.

2.3.1.5.Motivação

Conforme Figueiredo; Caggiano (2008), A motivação, traduz-se no envolvimento total

dosmembros da organização e na busca de maneiras de como melhorar a performance

individual. Alguns factores motivacionais são basicamente biológicos ou psicológicos e

podem ser vistos como naturais e inerentes como a necessidade de ar, água, alimentação,

sono, vestimenta e moradia; outros são adquiridos, como a combinação de necessidades

associadas ao ego individual, e a uma correcta avaliação de si próprio; e outros, estão

relacionados às necessidades sociais e são influenciados pela organização da situação do

trabalho.

2.3.2. Sistemas de Informação no Processo de Gestão

As informações formam a base de dados para a tomada de decisões e são de fundamental

importância, em determinadas circunstâncias, a ponto de se ter ou não as informações

disponíveis naquele momento requerido, significar a sobrevivência ou não da empresa. Os

sistemas de informações devem dar o devido suporte às fases do processo de gestão,

planeamento, execução e controlo, bem como assegurar a integração entre essas fases.

Nakagawa (2005 apudMosimann; Fisch, 2009) afirmam que o aperfeiçoamento da gestão

empresarial e da eficácia gerencial, teve contribuição de mudanças como:

A gestão das empresas passou a ser feita sob uma nova abordagem sistémica e as

próprias técnicas gerenciais tiveram um avanço considerável;

A informação passou a ser tratada como um produto de um sistema planeado, de modo

a torná-lo disponível de acordo com as necessidades dos gerentes;

Page 31: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

31

Desenvolveram-se sistemas de informações que suportam os processos de

planeamento e controlo dos gerentes, bem como os sistemas operacionais de produção

da empresa.

Guerreiro (1989 apudSilva et al. 2007) ressalta que os gestores têm grande dependência do

recurso informação, que se constitui na matéria-prima do processo de gestão. A informação

deve ter um sentido lógico para o gestor, portanto os conceitos de mensuração aplicados no

sistema não podem ser dogmáticos, e sim racionais. O sistema de informações deve ser

configurado de forma a atender eficientemente às necessidades informativas de seus usuários,

bem como incorporar conceitos, políticas e procedimentos que estimulem o gestor a tomar as

melhores decisões para a empresa.

Nesse contexto, Mosimann; Fisch (2009: 54) conceituam sistema de informação,

Como uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de

decisões; não apenas da empresa como um todo, mas também de cada área de

responsabilidade. O conjunto de recursos humanos, físicos e tecnológicos que o

compõe transforma os dados captados em informações, com a observância dos

limites impostos pelos usuários quanto ao tipo de informação necessária a suas

decisões, condicionando, portanto, a relação dos dados de entrada.

Já para Rezende; Abreu (2006: 64), “um sistema de informação pode ser definido como

processos de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória

da empresa e que proporciona a sustentação administrativa, visando à optimização dos

resultados esperados”.

Já Nakagawa (2003: 47) entende que “o sistema de informações procura satisfazer a

necessidade informativa dos gerentes. O processo de tomada de decisões é de natureza

circular e seu ciclo completo abrange as etapas de planeamento, execução e controlo”. Os

sistemas específicos, os quais visam atender a todas as etapas do processo de gestão, são

divididos basicamente em três tipos:

Sistemas de informações operacionais;

Sistemas de informações gerenciais;

Sistemas de informações estratégicas”.

Os sistemas operacionais ou sistemas de apoio às operações são voltados para atender às

operações e transacções, visando o suporte à gestão na área operacional.

Page 32: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

32

Os sistemas de informações operacionais, também denominados sistemas de apoio

às operações, constituem sistemas de processamento das transacções que ocorrem

em paralelo aos fluxos físicos e acompanham o dia-a-dia das operações de

determinada empresa. Alguns casos são acompanhados de sistemas tomadores de

decisão e/ou para tomada de decisões voltadas para a operação (SCHIMIDT, 2002:

83).

Os sistemas de apoio às operações, portanto, surgirão da necessidade da administração e

controlo da produção. O objectivo destes sistemas é auxiliar os departamentos e actividades a

executarem suas funções nas diversas operações. Já os sistemas de informação de apoio à

gestão ou sistema de informação gerencial são aqueles que actuam nas actividades

económico-financeiras da empresa, ou seja, são ferramentas que auxiliam os gestores no

planeamento e controlo da parte financeira da empresa e na tomada de decisões.

Conforme Schimidt (2002) os sistemas de informações gerenciais suportam as actividades

gerenciais. Tem por objectivo fornecer subsídios às diversas áreas funcionais da organização,

dando assistência às tomadas de decisões para identificar e corrigir problemas de competência

gerencial. As informações produzidas pelos sistemas de apoio à gestão são produzidas a partir

de todas as operações da empresa, as quais serão utilizadas em todo o processo de gestão,

desde o planeamento até a análise dos resultados obtidos com o planeado na fase do controlo.

O Sistema de Informação para Gestão Económica é o conjunto de subsistemas de

pré-orçamentação, orçamentos, custos e contabilidade, que reflecte as decisões

tomadas por ocasião do planeamento em termos monetários e, posteriormente,

confronta os resultados reais com os planeados, possibilitando então as acções de

controlo (CATELLI, 2009: 148).

Existem diversos sistemas específicos de apoio aos gestores no processo de tomada de

decisões, os quais são gerados a partir de dados obtidos nos sistemas de apoio à gestão e nos

sistemas de apoio às operações. As informações requeridas em todas as etapas do processo de

gestão e tomada de decisão deverão ser tempestivas e confiáveis, pois será através delas que

os gestores escolherão as alternativas que possibilitem o sucesso e a continuidade da

organização. Portanto, o sistema de apoio à decisão será a ferramenta que os executivos, bem

como a alta administração, utilizarão na condução dos negócios rumo ao sucesso e a

continuidade da empresa.

Page 33: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

33

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1.Introdução

A elaboração da presente pesquisa foi delineada com base nas seguintes abordagens:

Quanto ao problema, o estudo contempla uma abordagem qualitativa, uma vez que está

relacionado com a compreensão do impacto da reavaliação de activos tangíveis. Assim sendo,

o presente trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica e foi usado o

método de observação directa participativa. Pesquisa do tipo qualitativa permite mergulhar na

complexidade dos acontecimentos reais e indaga não apenas o evidente, mas também as

contradições, os conflitos e a resistência a partir da interpretação dos dados no contexto da sua

produção.

3.2.Tipo e Natureza de pesquisa

Para a realização da pesquisa foi utilizado o método de procedimento

monográfico ou estudo de caso, em que a literatura empírica que fornece um fenómeno antigo

para actual dentro do seu contexto da realidade é a base no qual são utilizadas várias fontes de

evidência.

O que significa que para este trabalho, a investigação pressupõe uma abordagem concreta em

que o proponente inteirou-se sobre a matéria da Importância do controlo interno na gestão das

empresas, na Movitel, SA-filial de Nampula, pelo que, usou a seguinte metodologia:

Revisão bibliográfica, análise descritiva e comparativa de obras publicadas, textos e

documentos, buscados em publicações referentes ao tema; e

O trabalho do campo realizado na empresa Movitel, SA, filial de Nampula consistiu na

observação directa, entrevista e com recurso a um questionáriodirigido aos gestores e

pessoal da Administração e Finanças da Empresa.

Esse trabalho envolveu pesquisa de levantamento que se caracteriza pelo questionamento das

ferramentas de controlo, cujo objectivo é saber a sua utilização dentro da Empresa.

Page 34: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

34

3.3.Fontes de dados

Os dados necessários para a realização terão fonte primária, uma vez que serão obtidos a

partir das observações feitas directamente na empresa, sem a necessidade de consultar

documentos, pastas ou arquivos armazenados. Os dados primários, são aqueles colhidos

directamente na fonte.

3.4.População em estudo e tamanho da amostra

3.4.1. População em estudo

No presente trabalho, o universo é de 63trabalhadores, o que corresponde ao total de

funcionários da Movitel, SA - filial de Nampula, distribuídos entre pessoal de escritório,

postos de vendas e distribuição, considerado pelo proponente do presente trabalho, como

reunindo características pretendidas para a pesquisa.

3.4.2. Tamanho da amostra

Amostra constitui o número de sujeitos extraídos de um universo para representar esse

universo e esta pode ser probabilística, quando os sujeitos são seleccionados de tal modo que

a probabilidade de selecção de cada membro é conhecida. Também pode ser disponível,

quando os sujeitos são seleccionados por serem acessíveis, próximo do pesquisador.

Para a efectivação deste trabalho utilizou-se uma amostra disponível e probabilística, pois,

cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser escolhido para pertencer a

amostra. Dada a natureza do tema em estudo, a amostra cingiu-se aos gestores e o pessoal do

departamento de contabilidade e finanças.

A amostra deste trabalho é constituída por 8 individualidades que se mostraram disponíveis.

(Vide a tabela a seguir).

Page 35: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

35

Tabela 1. Amostra dos funcionários da empresaMovitel, SA - filial de Nampula (gestores

e pessoal de administração e finanças)

Gestores

Pessoal da Administração e Finanças

3

5

Total

8

Fonte: Adaptado pelo autor

3.5.Ferramentas da análise e softwares usados

Como parte prática de colecta de dados, para o presente trabalho, a pesquisa teve como foco

analisar os controlos internos da empresa e com isso a colecta de dados ocorreu com visitas a

organização, foi usada a observação direita participativa em que o proponente participou na

colecta de dados observando directamente, o questionário e a entrevista com alguns

funcionários responsáveis pelo controlo das actividades da empresa e para análise dos dados

colectados usou-se o método comparativo percentual.

a) Questionário

Na recolha das informações referentes ao problema em estudo normalmente é imprescindível

o questionário. O uso desta técnica prende-se no facto de querer colher opiniões e ideias das

individualidades escolhidas como amostra mediante uma série de perguntas elaboradas pelo

autor de forma clara, coerente e concisa.O questionário foi dividido em duas partes com o

intuito de observar dois aspectos: primeiro, a aderência das características do controlo interno

da Movitel e segundo, o grau de relevância dada por cada Responsável pelo controlo da

empresa.

Para o presente trabalho, foi elaborado um questionário dirigido a oito (8) individualidades

dos quais gestores e pessoal de departamento de administração e finanças. (Vide apêndice A

em anexo).

Page 36: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

36

A primeira parte do questionário utilizado contém questões distribuídas entre cinco

elementos, que estão inter-relacionados e presentes no controlo interno da metodologia da

empresa, que são: 1. Ambiente de Controlo; 2. Actividade de Controlo; 3. Avaliação e

gerenciamento dos riscos; 4. Monitoramento e 5. Informação e Comunicação. Cada elemento

apresenta várias questões dicotómicas, totalizando assim 25 (vinte e cinco) questões, cujas

opções de respostas variam entre “SIM” e “NÃO”. As perguntas respondidas de forma

positiva, ou seja, com o uso do “SIM”, indicam a aderência do controlo interno da empresa.

(Vide o apêndice em anexo).

b) Entrevistas

Aentrevista da pesquisa foi realizada de uma maneira formal (entrevista semi-estruturadas) ao

qual foi concedida pelos colaboradores da Movitel, SA – filial de Nampula, responsáveis

pelos sistemas de controlo interno da empresa.Neste caso, a entrevista foi dirigida ao pessoal

de administração e finanças que apresentou-se numa amostra de cinco (5) indivíduos. (Vide o

apêndice B em anexo)

Page 37: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

37

CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

4.1.Introdução

Este capítulo faz referência ao cenário actual da empresa, descreve e analisa os procedimentos

de controlo interno adoptado pela mesma no seu departamento financeiro e apresenta as

sugestões de melhoria necessárias para alguns destes procedimentos.

Com o intuito de almejar os objectivos gerais e específicos desta pesquisa, foi aplicado um

questionário conforme apêndice A, direccionado aos gestores e o pessoal da administração e

finanças da empresa e uma entrevista conforme apêndice B, direccionado ao controlo interno

do departamento da contabilidade e finanças.

4.1.1. Localização geográfica da cidade de Nampula

Nampula é a Cidade capital da província do mesmo nome, é conhecida como a Capital do

Norte. Está localizada no interior da província e a sua população é, de acordo com o censo de

2007, de 471.717 habitantes.

A cidade de Nampula é limitada a Norte pelo rio Monapo que a separa do Posto

Administrativo de Rapale; a Sul e Este pelo Posto Administrativo de Anchilo e a Oeste está

limitada pelos Postos Administrativos de Rapale e Namaita.

Possui uma extensão máxima de 24.5 km no sentido Este-Oeste e 20.25 km no sentido Norte-

Sul, com uma área total de cerca de 496.125 km2.

O nome da cidade deriva do nome de um líder tradicional, M'phula ou Whampula. A cidade

tem origem militar, uma característica que ainda hoje se mantém. Uma expedição militar

Portuguesa, chefiada pelo Major Neutel de Abreu acampou nas terras de Whampula a 7 de

Fevereiro de 1907, o que levou à construção do comando militar de Macuana. A povoação foi

criada em 6 de Dezembro de 1919 tendo-se tornado a sede da Circunscrição Civil de Macuana

em Junho de 1921. Nampula torna-se o Quartel-General do exército Português durante

aguerra colonial, o qual, com a independência nacional, passou a Academia Militar Samora

Machel. A chegada do caminho-de-ferro, a partir de Lumbo, contribuiu para o

desenvolvimento da povoação, que foi elevada a vila em 19 de Dezembro de 1934 e a cidade

em 22 de Agosto de 1956.

Page 38: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

38

Figura nº 1. Província de Nampula com localização da cidade do mesmo nome

Fonte: Adaptada pelo autor.

4.1.2. Localização geográfica do campo de estudo

A Movitel, SA - filial de Nampula, está estabelecida na cidade de Nampula, na Avenida do

Trabalho, n° 101, entre a Fantastic Industrial, Lda e Organizações MH. (Vide foto abaixo).

Figura nº2. Vista frontal do edifício da Movitel, SA - filial de Nampula.

Fonte: adaptada pelo autor.

Page 39: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

39

4.2.Cenário Actual da Empresa

A empresa pesquisada é do ramo de telefonia móvel, é uma empresa Vietnamita e já possui 4

anos no mercado.A Movitel, SA, Filial de Nampula, actualmente possui onze centros,

nomeadamente,Ribaue, Mugovola, Malema, Moma, Murrupula, Rapale, Lalaua, Muecate,

Mecuburi e dois centros na cidade de Nampula. No momento a empresa possui um quadro de

63 colaboradores, dos quais 36 encontram-se na Branch (na cidade de Nampula) e 27 nos

centros de venda (Distritos) e acredita que os departamentos que mais ocorrem problemas de

controlo interno são os departamentos de compras, estoque, vendas e financeiro. Seu

objectivo é ser uma empresa com uma rede solidária e inovadora para todos os

moçambicanos, a fim de se tornar o operador favorito entre os jovens e urbanos.

A visão da empresa é dealcançar a liderança e continuar a sertão relevante como sempre. Pelo

que, ainda temmuito a fazer para concretizar a visão, mas a sua estratégia de crescimento

mostra que está bem posicionada para ter sucesso.

4.3.Apresentação de dados obtidos

Os dados apurados do questionário dirigido aos gestores e pessoal da administração e finanças

da empresa Movitel, SA-filial de Nampula, estão organizados em categorias de acordo com a

natureza das respostas que foram dadas pelos entrevistados e os resultados são apresentados

em tabelas de acordo com o tipo de respostas e essas tabelas mostram em valores percentuais

o estado de prevalência do fenómeno.

Na tentativa de perceber a importância do controlo interno pode trazer à empresa Movitel,

SA-filial de Nampula, foram colocadas questões que constam das tabelas 2 e 3 a seguir.

Tabela 2: Respostas ao questionário dirigido aos gestores e pessoal da administração e

finanças da Movitel, SA-filial de Nampula.

1. AMBIENTE DE CONTROLO

PERGUNTAS

RESPOSTAS

SIM % NÃO %

1.1. Existem procedimentos e/ou instruções de trabalho

padronizados?

8

100

1.2. Existe código formalizado de ética/conduta? 8 100

1.3. Há planeamento para o treinamento 8 100

1.4. Se o funcionário agir em desrespeito ao código de conduta,

são tomadas medidas disciplinares e/ou punitivas?

8

100

Page 40: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

40

1.5. Há mecanismos de participação dos servidores na

elaboração das regras de conduta?

8

100

2. AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS

2.1. Os objectivos e metas da organização se encontram

formalizados?

8 100

2.2. Foram identificados os processos críticos na área

operacional da empresa?

8

100

2.3. Foram estimadas as probabilidades de ocorrência e/ou

impactos dos riscos nas áreas operacionais e

administrativas?

6

75

2

25

2.4. Existem históricos de perdas/fraudes internas? 6 75 2 25

2.5. São feitas contagens físicas de estoques? 8 100

3. ATIVIDADES DE CONTROLO

3.1. Existem normas internas de procedimentos/processos de

trabalho explicitamente definidos?

8

100

3.2. As compras de mercadorias são centralizadas? 8 100

3.3. O sistema de processamento de informações é seguro e

confiável?

8 100

3.4. A entidade apresenta planeamento gerencial com

estabelecimento de metas e/ou diretrizes?

6

75

2

25

3.5. A Unidade tem Auditoria Interna (ou órgão específico)? 7 87,5 1 12,5

4. MONITORAMENTO

4.1. Existe monitoramento das actividades gerenciais ou

avaliações independentes na empresa?

8

100

4.2. Os métodos de monitoramento são modificados

constantemente?

6 75 2 25

4.3. Existem riscos de desgaste, obsolescência e perdas previstas

pelo monitoramento?

5

62,5

3

37,5

4.4. O monitoramento da empresa é feito por meio de avaliações

independentes?

8

100

4.5. Essa actividade é monitorada regulamente? 8 100

5. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

5.1. Existe um ambiente de comunicação adequado e eficiente? 8 100

5.2. Os sistemas de informática utilizados no controlo interno e

na tomada de decisões são suficientes para atender a

necessidade da empresa?

7

87,5

1

12,5

5.3. Os funcionários possuem facilidade para entrar em contacto

com a alta administração?

8 100

5.4. A comunicação é suficiente em todos os níveis da

organização?

8 100

5.5. Há comunicação ágil entre a administração e clientes,

fornecedores, órgãos reguladores e accionistas?

8 100

Fonte: Adaptada pelo autor

Page 41: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

41

Tabela 3: Respostas a entrevista dirigida ao pessoal do departamento de contabilidade e

finanças da Movitel, SA-filial de Nampula.

Questões Respostas No

%

Quais são os tipos de controlo

encontrados na empresa?

Na Movitel, SA filial de Nampula, encontramos

as seguintes tipos de controlo: Controlo de Caixa,

de estoque, de compras, de vendas, de

funcionários, de duplicatas a pagar, de duplicatas

a receber, de rota de vendas, e de bancos, etc.

5

100

Quem são os seus responsáveis

por controlo de cada espécie:

Caixa, Compras, Duplicatas a

pagar, Duplicatas a receber,

Bancos, Vendas, Rota de

vendas, Estoque, etc.) na

empresa?

Os responsáveis pelo controlo de cada espécie

são:

Controlo de Caixa: Srª. Catiza Daudo e Sr.

RaiteMutucumela;

Pelas compras: Sr. RaiteMutucumela e Sra.

Amina;

Duplicatas a pagar e duplicatas a receber é a

Srª. Catiza Daudo;

De funcionários: Ilunde Paula Mausse

Pelas Vendas: Sra. Catiza Daudo e Issufo M.

Daudo;

Rota de Vendas: pelos chefes dos centros e

pelo Sr. Issufu M. Daudo

5

100

Existe algum formulário, ficha

ou planilha que facilita as

actividades? Se for possível

pegar uma cópia.

Sim existem formulários, ficha ou planilha que

facilitam as actividades.

5

100

Quantos funcionários são

responsáveis pelo controlo de

estoque?

São vários responsáveis pelo controlo de estoque.

Mas para quem controla a estes é apenas um que

faz o envio e registo de receitas.

4

80

A empresa possui políticas

Administrativas? De que

forma é divulgada para os

funcionários?

A empresa possui políticas administrativas e

costuma fazer três vezes reuniões com os seus

colaboradores. Dentro dela faz-se analise da

semana anterior para poder melhor obter um

funcionamento bom quanto as suas vendas de

produtos e serviços.

5

100

Fonte: Adaptada pelo Autor.

Page 42: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

42

4.3.1. Análise e interpretação de dados obtidos dos gestores e pessoal daadministração e

finanças da Movitel - filial de Nampula.

As tabelas 2 e 3 mostram o seguinte:

Os resultados apresentados a seguir têm o objectivo de observar isoladamente cada um dos

cinco elementos do controlo interno vem sendo aplicados pela Movitel. Ao final são citadas as

respostas negativas e apresentada a média em percentual de eficiência do elemento segundo a

empresa em estudo.

4.3.1.1.Ambiente de Controlo

Com a aplicação do questionário verificou-se que o grau de relevância dado ao Ambiente de

Controlo tem a média de 100%, pois todos responderam “SIM” as perguntas relacionadas,

indicando que factores como a ética, formas de conduta, política de recursos humanos, entre

outros vêm sendo aplicados de forma aderente. Acrescentando que um ambiente de controlo

inclui as atitudes, conhecimento, e acções da gerência e dos encarregados da governação

respeitantes ao controlo interno da entidade e a sua importância na entidade. Pois, ao

estabelecido na Movitel é muito bom, porque este elemento é o fundamento para controlo

interno eficaz, proporcionando disciplina e estrutura. Engloba compromisso de competência,

participação pelos encarregados da governação, filosofia da gerência e estilo operacional,

estrutura organizacional, atribuição de autoridade e responsabilidade, políticas de recursos

humanos e práticas.

4.3.1.2.Avaliação e Gerenciamento de Risco

Em relação à avaliação e gerenciamento de riscos - o segundo elemento do controlo, obteve-

se um resultado de 100%, todos responderam com “SIM” para as seguintes perguntas: Os

objectivos e metas da organização se encontram formalizados? Foram identificados os

processos críticos na área operacional da empresa? E se é feita contagem física de estoque?

Outros responderam com “NÃO” as questões de se existe uma estimativa as probabilidades

de ocorrência e/ou impactos dos riscos em áreas operacionais e administrativas? E se

possuem histórico de perdas/fraudes internas? Onde obteu-se uma variação percentual entre

25% e 12,5%. A avaliação e gerenciamento de risco têm o objectivo de identificar e analisar

os riscos internos e externos, para que estes sejam gerenciados e definidos os níveis de riscos

Page 43: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

43

os administradores estão dispostos a assumir, sendo assim os atendem aos requisitos

determinados pela empresa.

4.3.1.3.Actividades de Controlo

Alguns responderam da mesma forma ao tópico referente a Actividades de Controlo, ambas

responderam com “NÃO” a pergunta se a entidade apresenta planeamento gerencial com

estabelecimento de metas e/ou diretrizes? E se possuíam Auditoria Interna (ou órgão

específico)? A média percentual das respostas dadas pelos funcionários variou entre 75% a

12,5%. Para as questões restantes do terceiro ponto dos elementos do controlo interno as

respostas foram positivas com a média de 100% onde todos responderam com o “SIM”.

Segundo vários autores, actividades de controlo são políticas e processos pré-estabelecidos,

que contribuem com as respostas aos riscos. Observa-se que alguns funcionários não

atenderam aos requisitos determinados.

4.3.1.4.Monitoramento

Segundo as respostas do questionário aplicado, obteve-se uma média de 100% das perguntas

Se existia monitoramento das actividades gerenciais ou avaliações independentes na

empresa? O monitoramento da empresa é feito por meio de avaliação independente? Se

actividade de avaliações independentes é monitorada regulamente onde todos responderam

com o “SIM”. Nota-se que vários funcionários responderam com “NÃO” as perguntas se seus

métodos de monitoramento são modificados constantemente? e se desgaste, obsolescência e

perdas são previstas pelo monitoramento. Onde a variação percentual das perguntas

respondidas negativamente foram de 25% para a pergunta 4.2 e 37,5% para a pergunta 4.3.

(Vide a tabela 2 das respostas do questionário dirigido aos gestores e pessoal da administração

e finanças da Movitel, SA-filial de Nampula). O monitoramento envolve avaliar a concepção

e operação de controlos numa base tempestiva e tomar acções correctivas necessárias,

também é feita para assegurar que os controlos continuam a operar com eficácia. Para alguns

funcionários também foi negativa a pergunta se o monitoramento da mesma vem sendo feito

por avaliações independentes.

4.3.1.5.Informação e Comunicação

Segundo os resultados do elemento Informação e Comunicação, cuja média atingida foi

de87,5%. Vale ressaltar que este 12,5% refere-se somente ao funcionário, que respondeu

Page 44: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

44

negativamente em relação à eficácia do sistema de informática utilizado no Controlo Interno,

das restantes perguntas todos responderam com o “SIM”. Os manuais de políticas,

contabilidade, memorandos e acções da gestão, são um forma de comunicação que seja feita

seja electrónica, oralmente ou pelas próprias acções da gestão.

Para além, do questionário que consta no apêndice A, também foi feita entrevista assim como

apresenta o apêndice B. Esta entrevista foi feita ao pessoal do departamento da administração

e finanças. Onde obteu-se algumas respostas acerca do controlo interno existente na empresa.

4.3.2. Controlos Internos Existentes na Movitel, Sa – Nampula

De acordo com as informações encontradas na Movitel, contactou-se a existência dos

seguintes controlos internos: controlo de Caixa, de estoque, de compras, de vendas, de

funcionários, de duplicatas a pagar, de duplicatas a receber, de rota de vendas, e de bancos.

Quase todas as actividades desses controlos são realizadas por meio de X-ERP e BCCS são

sistemas informáticos de controlo utilizados na empresa.

Estes sistemas possuem diversas funcionalidades, sendo cada actividade realizada

separadamente uma da outra pelo responsável por cada controlo, que tem acesso ao sistema

por meio de uma senha pessoal.

4.3.2.1.Sistema de Controlo X-ERP

Este sistema de controlo que a Movitel, utiliza é integrado para gestão empresarial

(SIGE ou SIG; em inglês Enterprise Resource planning - ERP)1 é um sistema de

informação que íntegra todos os dados e processos da organização em um único sistema. A

integração é vista sob a perspectiva funcional (sistemas de controlo de finanças,

contabilidade, compras, duplicatas a pagar, bancos etc), e sob a perspectiva sistémica (sistema

de processamento de transacções, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a

decisão, etc). Em causa serve para fazer o pedido de adiantamento das despesas, clear e

controlo de dívidas. (vide o anexo no 1).

A seguir, será feita a descrição de cada controlo, e como estes procedem para que sejam

eficientes e possam contribuir com a empresa no alcance dos seus objectivos.

1EnterpriseResourcePlanning – ERP “Planeamento de recursos da empresa”.

Page 45: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

45

4.3.2.2.Controlo de Caixa

O controlo do caixa, de acordo com a Srª. Catiza Daudo adjunta chefe da departamento da

contabilidade e finanças e o Sr. RaiteMutucumela, responsável pelas operações de caixa da

empresa, é realizado por meio do registo das transacções que movimentam o saldo em caixa,

seja de entrada ou saída, além de anexar os documentos comprobatórios de todos os

recebimentos e pagamentos. Todo dia é feita a apuração do saldo em caixa, com o objectivo

evitar “furos” ou desfalques.

Além disso, é feito também, a conciliação com a conta contabilística, ou seja, o administrador

da empresa concilia os lançamentos e o saldo apurado com o saldo da contabilidade que é

feito pelo responsável do sector da contabilidade da empresa com a sua adjunta. É feito

também a distinção dos montantes em cédulas e cheques, sempre com o cuidado de manter

em caixa somente o suficiente para as pequenas despesas diárias e o excedente a este limite, é

depositado em conta bancária.

Nesse contexto, verifica-se que a empresa emprega os procedimentos correctos nas operações

de controlo de caixa, uma vez que segundo ZENCI; Silvério (2009) para que o controlo do

caixa seja eficiente e confiável, é necessário o registo de toda e qualquer transacção que

movimente o saldo, além de anexar os documentos que comprove os recebimentos e

pagamentos.

4.3.2.3.Controlo de compras

O controlo de compras é realizado pelos responsáveis dos departamentos a que necessitam o

tal pedido, Segundo o senhor Sr. RaiteMutucumela e Sra. Amina, responsáveis pelos

pagamentos, os quais, quando recebem o relatório informando os itens que atingiram a

quantidade mínima em estoque, procede a realização de novas compras. Esse relatório é

arquivado para posteriormente, quando da chegada dos pedidos, conferir as quantidades

pedidas e recebidas de cada item.

Segundo o Sr. RaiteMutucumela, responsável pelas operações de caixa da empresa, diz que

quando se recebe um pedido de compra, o facturista já dá a entrada no estoque, encaminha a

requisição (pedido de aprovação designado clear) assim como apresenta a figura abaixo

juntamente com a nota fiscal para o departamento de contabilidade e finanças para as devidas

programações. Após ter dado o pedido é aprovado e assinado pelo solicitante, pelo

Page 46: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

46

contabilista e por fim o director da Movitel – Nampula. Os pagamentos são feitos com

cheques e todos com cópias contendo todos os dados referentes ao pagamento em questão.

Segundo Coqueiro (2009) as operações de compras devem ser todas suportadas por

documentos próprios para esse fim como pedidos de compra, nota fiscal etc., que

especifiquem os produtos, fornecedor, quantidade, valor unitário e total, condições de

pagamentos etc. Nesse contexto, pode-se afirmar que o controlo das compras na Movitel é

feito de maneira correcta e eficiente.

4.3.2.4.Controlo de duplicatas a pagar

O controlo das duplicatas a pagar é feito pela adjunta chefe da contabilidade e finanças

querelaciona todas as compras a prazo efectuadas pela empresa nos registos de duplicatas a

pagar, isso, independentemente do recebimento ou não das duplicatas. Estes registos são

conferidos diariamente a fim de fazer a baixa correcta das duplicatas e valores já pagos

evitando o pagamento em duplicidade. Assim é registado o número de notas fiscais que deram

origem às duplicatas, o número do documento, a data de vencimento, o valor e a baixa das

duplicatas quando do seu pagamento. Nestas operações, assim como as operações de

duplicatas a receber devem ser todas suportadas por documentos próprios para esses fins de

modo que tenha controlo para que não ocorram pagamentos indevidos ou em duplicidade.

(Vide no Anexo no 2).

4.3.2.5.Controlo de duplicatas à receber

O controlo das contas a receber também é realizado pela chefe adjunta do departamento de

contabilidade e finanças, a Sra. Catiza Daudo, a qual relaciona cada duplicata em ordem, de

acordo com a data de vencimento, e sua baixa devidamente quando for recebido, para que se

tenha sempre actualizado o montante a receber de cada cliente. Tal controlo também é

realizado por meio do X-ERP.

Quando da verificação de atrasos por mais de um mês é feita uma notificação ao cliente, para

que esse compareça até a empresa e quite seu débito, ou então, dependendo da situação, é

feito uma nova negociação dos prazos. A definição das datas de vencimento possibilita

maiores garantias quanto a prazos para recebimento e a possibilidade de prever quanto terá

para receber em determinada data e, caso ocorram grandes atrasos no recebimento, possam ser

tomadas medidas preventivas e de cobrança.

Page 47: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

47

4.3.2.6.Controlo de Bancos

O controlo de bancos é realizado pela Adjunta Chefe do departamento da contabilidade

efinanças da empresa, a Sra. Catiza Daudo. Tal controlo se dar por meio a conferência diária

do extracto das contas bancárias da empresa, a fim de conferir os débitos e créditos nele

constantes e os cheques compensados, fazendo a conciliação com a conta bancária da

contabilidade. Além disso, a adjunta chefe do departamento da contabilidade e finanças

controla também os cheques emitidos pela empresa, com as datas de emissão, o nome do

favorecido, o valor e o prazo, se é a vista ou se é pré-datado para que sejam controladas as

datas de compensação dos cheques com o saldo constante na conta.

4.3.2.7.Sistema de controlo BCCS

O BCCS é um sistema de negócios (em inglês busines system control)2. Este sistema tem por

objectivo dar relatórios das informações das actividades comerciais da empresa (sistema de

receitas). Possui diversas funcionalidades, sendo cada actividade realizada separadamente

uma da outra pelo responsável por cada controlo, que tem acesso ao sistema por meio de uma

senha pessoal.

O BCCS é a espinha dorsal dos negócios electrónicos, uma arquitectura de transacções de

mercadorias que liga todas as funções de uma empresa, como o caso de controlo de vendas,

controlo e gerenciamento de estoque. (Vide Anexo no 3).

4.3.2.8.Controlo de vendas

Segundo a Sra. Catiza Daudo e Issufo M. Daudo, responsável pelas transacções de

mercadorias, o controlo de vendas é realizado pelos chefes dos centros e apenas dão o

relatório com base nos talões de depósitos dos bancos. Esta actividade é feita nas terças e

quintas de cada semana. Tal controlo é efectuado por meio de relatórios emitidos pelo BCCS,

esses relatórios são analisados constantemente a fim de se identificar os vendedores mais

eficientes; os produtos mais vendidos; os produtos menos vendidos; o facturamento médio da

empresa etc. Tal análise é efectuada com o objectivo de encontrar subsídios para o

planeamento das necessidades de estoques, das previsões de vendas, e para garantir a

disponibilidade dos produtos, e também uma melhor gestão do fluxo de caixa. (Vide no anexo

4).

2Busines system control “Sistema de controlo de negócios”

Page 48: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

48

4.3.2.9.Controlo de rota de vendas

O Controlo de rota ou de facturamento por vendedor externo, também é realizado pelos chefes

dos centros. Tal controlo relaciona quando da chegada de cada vendedor da sua respectiva

rota comercial os seus rendimentos brutos, seguido de seus custos e despesas directas. Este

controlo possibilita identificar se há algum vendedor que não está trazendo o retorno esperado

para o resultado da empresa ou mesmo se está resultando em prejuízo. Assim, a empresa pode

analisar o desempenho de cada vendedor, para que possa tomar decisões mais adequadas.

Também o chefe do centro tem os seus formulários para o controlo de vendas dos seus Staff.

(Vide no anexo no 5).

4.3.2.10. Controlo de estoque

O Controlo de estoque é realizado pelo Sr. Issufu M. Daudo, responsável pelas transacções de

mercadorias. Segundo ele, as actividades de controlo de estoque são as seguintes: conferência

da quantidade de produtos que entra de acordo com os pedidos; controlo de transacções

pendentes, venda ou lançamento de cada produto no sistema, o qual, na medida em que vão

sendo vendidos os produtos vai sendo dado baixa automaticamente, e quando atinge uma

quantidade mínima estabelecida, o programa emite uma mensagem informando a necessidade

de novos pedidos; e realização de inventários duas vezes por ano com o objectivo de

actualizar a quantidade de itens no estoque. (Vide no anexo no 6).

De acordo com Atamanczuk; Kovaleski; Francisco (2004), a Tecnologia da Informação

proporciona as empresas maior precisão nas decisões de compras. O acompanhamento dos

níveis de estoques através de sistemas informatizados é essencial, principalmente em se

tratando do comércio varejista que trabalha com uma quantidade grande de itens. O controlo

manual é praticamente impossível de ser realizado. Nesse sentido, pode-se afirmar que a

Movitel possui uma boa gestão de controlo dos seus estoques, uma vez que a empresa utiliza

um sistema de informação que viabiliza um controlo mais apurado dos estoques.

4.3.3. Outros Controlos Importantes

Além dos controlos internos acima citados também foram elaboradas outras formas

decontrolo consideradas importantes para a empresa em questão, no que diz respeito à

geração de informações para tomada de decisões.

Page 49: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

49

Esses controlos foram elaborados de acordo com a actividade da empresa, com base em suas

operações e foram aplicadas como sugestão para o controlo individual de cada veículo,

segundo os modelos a seguir descritos.

4.3.3.1.Controlo de Funcionários

O controlo dos funcionários é realizado pela Sra. Ilunde Paulo Mausse (Recursos Humanos).

Tal controlo, devido à quantidade de funcionários existentes na empresa, é realizado através

de ficha de candidatura, no qual, todos os funcionários são obrigados à assinar este manual de

registo. Pois ter-se assinado o contrato é anexado no arquivo de contrato do funcionario. Do

mesmo modo que realiza-se o contrato é feito o registo do funcionário na sede-Maputo por via

FTP (File TransferProtocol – Protocolo de transferência de arquivos) para poder dar a

confirmação do pagamento ou controlo do funcionário. Dessa forma, percebe-se que a

empresa adopta procedimentos adequados para o controlo dos seus colaboradores.

4.3.3.2.Controlos de Médias de Consumo de Combustível por Veículo

Este controlo tem por objectivo demonstrar o desempenho de cada veículo por mês,

comrelação ao consumo de combustível (total de quilómetros rodados em um mês dividido

pela quantidade de combustível consumido). A partir desse controlo, é necessário fazer uma

análise dos factores que interferiram no resultado obtido, pois, caso a média seja baixa,

representará um maior consumo de combustível, assim deve ser analisada mais

profundamente quais as causas desse consumo para que o problema possa ser solucionado.

(Vide no Anexo no 7).

A empresa possui políticas administrativas e costuma fazer três vezes reuniões por semana

com os seus colaboradores. Dentro dela faz-se analise da semana anterior para poder melhor

obter um funcionamento bom quanto as suas vendas de produtos e serviços.

De acordo com a AICPA (2002 apudCOQUEIRO, 2009), o funcionamento apropriado de um

sistema de controlo interno depende não apenas de um planeamento da organização e de

procedimentos e directrizes adequadas, mas também da escolha de funcionários aptos e

experientes, e de pessoal capaz de cumprir os procedimentos estabelecidos, de forma eficiente

e económica. Nesse sentido, percebe-se que as pessoas responsáveis pelos controlos internos

na empresa estudada são comprometidas e realizam suas actividades buscando evitar os riscos

de fraudes e erros.

Page 50: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

50

Assim, de modo geral, é possível perceber que todos esses controlos internos identificados e

descritos na Movitel, SA – Nampula, são desenvolvidos de maneira eficiente, sendo de

fundamental importância para que o gestor esteja sempre bem assessorado com informações

precisas e claras que possibilitem a solução de problemas, sirvam de base para a tomada de

decisões.

4.4.Avaliação das Hipótese Formuladas

As hipóteses formuladas são avaliadas com o propósito de validá-las ou rejeitá-las, segundo

os resultados das questões arroladas. Pelo que o proponente deste trabalho fará uso do método

comparativo percentual, segundo o qual, se a percentagem do indicador estiver abaixo de

50%, reprova-se a hipótese. Mas, se a percentagem do indicador estiver acima de 50%,

aprova-se a hipótese.

4.4.1. Avaliação da hipótese 1

H1: As ferramentas do controlo interno são indispensáveis para o andamento correcto

dastarefas dentro da empresa, fica aprovada à luz dos resultados respectivamente da tabela 2

e segundo ponto da primeira questão da tabela 3 que mostram 100% respectivamente e, outras

questões que ilustram o quanto é importante o controlo interno para o andamento eficiente e

eficaz duma empresa. Os funcionários questionados tiveram quase o mesmo peso de respostas

onde a razão pela qual esta hipótese foi valida. E não só, as diversas ferramentas que

ocontrolo interno possui para contribuir com os gestores na questão de organização é

averacidade das informações que são indispensáveis para o andamento correcto das tarefas e

estas oferecem o alcance dos objectivos almejados da empresa. Essas duas tabelas

aprofundam mais acerca deste ponto.

4.4.2. Avaliação da hipótese 2

H2: A implantação do controlo interno contribuirá com a identificação, prevenção e

correcção de perdas que podem comprometer a empresa, fica também aprovada à luz dos

resultados respectivamente na tabela 3 que mostram 75% pelo primeiro ponto, 100% pelo

segundo, no terceiro ponto 100%, 75% no quarto ponto da tabela e por último ponto 100%.

Esta classificação demonstra o quanto o controlo interno possibilita aos gestores a elaboração

de estratégias financeiras e administrativas, por meio da gestão de informações por ele

geradas, sendo, portanto, fundamental no contexto empresarial actual. Os gestores têm a

Page 51: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

51

responsabilidade de implantar um sistema que o ajude na condução correcta de seu negócio, e

o controlo interno oferece esse suporte, pois visa a eficácia operacional, por isso é de grande

ajuda para o fortalecimento da organização.

4.4.3. Avaliação da hipótese 3

H3: Um sistema eficiente de controlo interno quando bem aplicado, tende a harmonizar

oprocesso de gestão, pois serve como um suporte estratégico para tomadas de decisões

gerenciais aprovada à luz dos resultados sucessivamente das questões respondidas

positivamente da tabela 2 ate aos resultados da tabela 3, conjugado com os resultados onde

ilustram uma aderência positiva superior de 50% a todas as respostas impostas na Movitel, SA

– filial de Nampula, demonstrando assim, efectivamente que a empresa vêm actuando num

ambiente bastante competitivo, que para garantir um desenvolvimento sustentável das suas

actividades torna-se fundamental a utilização de ferramentas eficientes como estas. Como

resultado, percebeu-se que os tais controlos são, portanto, de fundamental importância para a

sobrevivência da organização, pois possibilitam que o gestor esteja sempre bem assessorado e

receba informações precisas e claras que permitem a solução de problemas no momento em

que ocorrem, servindo assim, de base para a tomada de decisões.

O controlo interno é uma ferramenta que entre suas várias funções, destaca-se a de proteger os

activos da empresa e salvaguardar seus interesses. Através do resultado obtido pela análise de

dados ficou evidenciado que o controlo interno tem muito a oferecer ao processo de gestão,

que quando bem aplicado, certamente só trará benefícios à administração.

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52

CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

5.2.Conclusão

O controlo interno é uma ferramenta de gestão tanto financeira como operacional, que visa o

aperfeiçoamento das operações, buscando sua máxima eficiência e eficácia. Além disso,

possibilita ao(s) administrador(s) a elaboração de estratégias financeiras e administrativas, por

meio da gestão de informações por ele geradas, sendo, portanto, fundamental no contexto

empresarial actual.

A pesquisa aplicada na Movitel, SA – Nampula, teve como objectivodemonstrar a

contribuição que controlo interno oferece ao processo de gestão, mostrando de que forma

actua como um suporte de apoio às decisões gerenciais. Deve-se atentar que a função de um

Controlo interno é assegurar que as informações geradas pela empresa sejam seguras e

confiáveis, contudo é preciso distribuir os elementos do controlo interno de forma eficiente.

No âmbito geral, as empresas distribuem equitativamente os elementos de controlo, sendo que

se deveria observar o que é mais estratégico para uma organização de grande porte.

Dessa forma, é essencial ter sistemas de controlo interno eficientes que agreguem

confiabilidade aos resultados gerados pelos fluxos de operações e sinalize as melhores

decisões a serem tomadas. Nesse sentido, de acordo com o que foi observado na pesquisa,

constatou-se que a Movitel faz uso de um conjunto de métodos e procedimentos de controlos

internos desenvolvidos sistematicamente com o objectivo de proteger a estrutura patrimonial,

fornecer informações confiáveis e proporcionar à administração o monitoramento do

desempenho de suas actividades. Tais mecanismos são controlo do caixa, de compras, de

duplicatas a pagar, de duplicatas a receber, de bancos, de vendas, de rota de vendas, de

funcionários controlo de estoque, etc.

Esses mecanismos identificados na Movitel, são basicamente controlos administrativos, uma

vez que são métodos utilizados com o objectivo de incrementar a eficiência operacional e

assegurar que os planos traçados pelo administrador da empresa sejam executados conforme

planeado. Percebeu-se também que os mesmos são realizados de maneira correcta e eficiente,

de forma a apresentar a realidade económica e financeira da empresa, além de proteger o

património da mesma, dificultando a existência de erros ou fraudes. Tais controlos são,

portanto, de fundamental importância para a sobrevivência da organização, pois possibilitam

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53

que o administrador esteja sempre bem assessorado e receba informações precisas e claras que

permitem a solução de problemas no momento em que ocorrem, servindo assim, de base para

a tomada de decisões.

Dessa forma, sugere-se à empresa que continue adoptando tais procedimentos no ambiente

organizacional e incentivando os seus colaboradores para a correcta implementação de tais

controlos. Sugere-se também, que sejam oferecidos programas de treinamento aos

responsáveis por cada procedimento de controlo interno adoptados pela empresa, afim de que

os mesmos tenham cada vez mais conhecimento a respeito da importância de suas actividades

para o bom desempenho da organização. Diante do exposto, é fácil concluir que, todos os

objectivos do presente estudo foram atingidos, por meio do embasamento teórico adquirido

pode-se saber quantos e quais são os tipos e práticas de controlo interno que existiam na

empresa, como funcionavam, e qual a sua contribuição para a mesma.

Page 54: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

54

5.2. Recomendações

Por fim, recomenda-se o incremento de procedimentos como a elaboração de manual de

controlos internos como os livros de pontuação diária para melhor controlo das faltas por

parte dos funcionários, a segregação de funções e controlos específicos nas áreas de caixa e

bancos. As sugestões apresentadas foram adoptadas pela empresa, excepto com relação à

contratação de mais um colaborador (segregação de função).

Por um lado, devido à administração familiar da empresa objecto de estudo, houve dificuldade

para a implantação de determinados procedimentos. Contudo, foi possível comprovar e

demonstrar para o administrador os benefícios do controlo interno.

Além disso, recomenda-se também que novas pesquisas sejam realizadas sobre o tema,

enfatizando a importância e as vantagens para as organizações de implementar nas suas

actividades mecanismos eficientes de controlo interno.

Dessa forma, os objectivos do trabalho foram alcançados, concluindo-se que o controlo é uma

excelente ferramenta de gestão quando bem aplicada à realidade financeira e operacional de

uma empresa.

Page 55: Importância do controlo interno na gestão das empresas   monografia

55

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57

APÊNDICES

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS

ADERÊNCIA DO CONTROLO INTERNO NA MOVITEL, SA – Nampula

1. AMBIENTE DE CONTROLO

PERGUNTAS SIM NÃO

1.1.Existem procedimentos e/ou instruções de trabalho padronizados?

1.2. Existe código formalizado de ética/conduta?

1.3. Há planeamento para o treinamento

1.4. Se o funcionário agir em desrespeito ao código de conduta, são

tomadas medidas disciplinares e/ou punitivas?

1.5.Há mecanismos de participação dos servidores na elaboração das regras

de conduta?

2. AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS

PERGUNTAS SIM NÃO

2.1.Os objectivos e metas da organização se encontram formalizados?

2.2.Foram identificados os processos críticos na área operacional da

empresa?

2.3.Foram estimadas as probabilidades de ocorrência e/ou impactos dos

riscos nas áreas operacionais e administrativas?

2.4.Existem históricos de perdas/fraudes internas?

2.5.São feitas contagens físicas de estoques?

3. ATIVIDADES DE CONTROLO

PERGUNTAS SIM NÃO

3.1.Existem normas internas de procedimentos/processos de trabalho

explicitamente definidos?

3.2.As compras de mercadorias são centralizadas?

3.3.O sistema de processamento de informações é seguro e confiável?

3.4.A Entidade apresenta planeamento gerencial com estabelecimento de

metas e/ou diretrizes?

3.5.A Unidade tem Auditoria Interna (ou órgão específico)?

4. MONITORAMENTO

PERGUNTAS SIM NÃO

4.1. Existe monitoramento das actividades gerenciais ou avaliações

independentes na empresa?

4.1. Os métodos de monitoramento são modificados constantemente?

4.2. Existem riscos de desgaste, obsolescência e perdas previstas pelo

monitoramento?

4.3. O monitoramento da empresa é feito por meio de avaliações

independentes?

4.4. Essa actividade é monitorada regulamente?

5. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

PEGUNTAS

SIM NÃO

5.1. Existe um ambiente de comunicação adequado e eficiente?

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5.2. Os sistemas de informática utilizados no controlo interno e na tomada

de decisões são suficientes para atender a necessidade da empresa?

5.3. Os funcionários possuem facilidade para entrar em contacto com a alta

administração?

5.4. A comunicação é suficiente em todos os níveis da organização?

5.5. Há comunicação ágil entre a administração e clientes, fornecedores,

órgãos reguladores e accionistas?

GRAU DE RELEVÂNCIA DOS ELEMENTOS DO CONTROLE INTERNO

ELEMENTOS DO CONTROLE

INTERNO

GRAU DE RELEVÂNCIA

DISTRIBUIDOS EM PERCENTUAIS

(%)

1. AMBIENTE DE CONTROLE

2. AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO

DE RISCO

3. ATIVIDADES DE CONTROLE

4. MONITORAMENTO

5. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Total 100%

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APÊNDICE B – Entrevista Aplicada ao pessoal da administração e finanças da

MOVITEL, SA – Nampula

1. Quais são os tipos de controlo encontrados na empresa?

2. Quem são os seus responsáveis por controlo de cada espécie:

Caixa,

Compras,

Duplicatas a pagar,

Duplicatas a receber,

Bancos

Vendas,

Rota de vendas;

Estoque;

De Funcionários etc.) na empresa?

3. Existe algum formulário, ficha ou planilha que facilita as actividades? Se for possível

pegar uma cópia.

4. Quantos funcionários são responsáveis pelo controlo de estoque?

5. A empresa possui políticas Administrativas? De que forma é divulgada para os

funcionários?

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ANEXOS