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Circular Técnica EMBRAPA CENRO NACIONAL DE PESQIJIS9 DE M4NDIOCA E FR~ICLJL~RA

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Circular Técnica

EMBRAPA C E N R O NACIONAL DE PESQIJIS9 DE M4NDIOCA E FR~ICLJL~RA

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CIRCULAR TÉCNICA NQ 5

Alba Rejane Nunes Farias

Fernando Nicolas Bzeta

Jorge Luiz Loyola Dantas

EMBRAPA CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE MANDIOCA E FRUTICULTURA

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Farias, ALba Rejane Mmes O mdarová da mandioca por AIba Rejane Mmes

Femando Nicolas Ezeta e Jorge Luiz Loyola Dantas. h das Aimas, B@RAPA/CW, 1980.

12p. ( C M . Circular técnica, 5)

1. kndioca - Pragas por insetos. I. Ezeta . F m d o Nicolaç., corab. 11. Dantas, Jorge Luiz Loyola, colab. 111. Qmesa Brasileira de Pesquisa Agmpcuária. CW- tro Nacional de Pesquisa de bhndioca e Fruticultura, Cruz das Almas, BA. IV. ~ i t u l o . V. série.

1 J QEMBRAPA

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O MANmfl DA M4NaIUCA .............................. 03

Intmdyão ...........................I............. 03

.................................. Biologia da Inseto 03

................................... Controle Cultura1 08

Controle ~ io lõg ico .................ma......1........ 08

.................................... Controle Químico 09

Literatura Consdtada ............I................... 10

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Miitos são os fatores T e influenciam na produção da

mandioca, -cano en qualquer outra cultura e, dentre eles,

as pragas podem acarretar sweras reduqões ria prodtqão. A

O mandarova e um dos i-etos-praga mais importante

desta cultura, devido ao sério desfolhamento que pode cau - sar com a comequente diminuição nos rendimentos. .Utas

populações deste inseto podem desfolhar rapidamente gran-

des extensóes de plantio. Quando o desfolhamento ocorre

durante os primeiros meses do cultivo há uma redução nos

rendimentos e as plantas jovens podemmorrer. Portanto,

quando o desfolhamento é em plantas jovens (2 a 5 meses)

a diminuição nos rendimentos é maior que em plantas mais

velhas (6 a 10 m e s s ) . Estimativas m s t r a m uma perda m rendimento que varia de 10 a 50R, dependendo da idade da planta e da intensidade do ataque. O teor de amido dimi-

nu i , bem com é possível ocorrer tramissáo da bacterio-

se pelas larvas do mandam&.

BTOIffiTA DO INSETO

O ciclo evolutiw do mandarová abrange cerca de 33 a

55 dias. A duração do período de incubação do ovo 8 de

quatro a cinco dias. .4 lama avesenta ciiico estãdios m e

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duram de 12 a 15 dias. A fase de pr&pupa dura dois-dias,

enquanto o período pupal varia de 15 a 30 dias. 0s a M -

tos copulam 5 noite , geralmente 24 horas após a anergên - cia e durante o dia, podem ser encontrados entre as fo-

lhas. A postura 6 feita na face superior da folha e mi-

to raramente na sua face inferior ou no pecíolo. A ovipo - siç5.0 ocorre dois a t rês dias depois da mergkia.

As fheas vivm de cinco a sete dias e os machos un pe d

ríodo m e n o r . Estudos recentes indicam que, an cativeiro,

una fêmea pode por até 850 ovos.

O número de geraçóes por ano varia entre duas e três m plantações de mandioca.

OVO

C

Apresenta f o m elips6ide onde o eixo longitudinal e

maior que o eixo lateral. A sua coloraçáo. logo após a

postura, é verde brilhante passando a amarelada edepois a

castanha, à medida que s e vai processando o desenvoIvimai - to embrionário.

LARVA

Quando a lama eclode, apresenta coloracão geral v e r

declara. Caracteriza-se pela presença de um apêndice fi - lamentoso, no a tino segmento abh i r i a l , delgado e mito desemrolvido em relaçáo ao seu twianho, que por oca si.%^

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da d o s ã o é v d e e poucas horas depois se toma inteira - mente preto. Logo ao eclodir, a lama cane o cõrion (cas -

ca) do ovo, passando m seguida para a face dorsal da fo-

lha. De início é d i f í c i l de ser vista na planta,tanto pe - lo seu tamanho diminuto (500 m), ccmo pela sua colora - +o, confundindo-se com a da folha. %s prímeiros dias

de vida, quase que MO se a l ima ta , mas medida que se

vai desen'volvendo, vai amentando sua voracidade.

O colorido das larvas, quando completamente desenvol-

vidas, 5 o mais variado possível: Há larvas verdes, cas-

tanho-exuras, amrelas, pretas, sendo mais frequentes as

lamas de c o r e verde e .casta&-escura.

A partir do 49 i n s t a r , verifica-se a transfomção do

filamento caudal, que diminui de tamanho, tornando-se bas -

tante grosso. No 59 e Uitimo ins tar . a l a m mede cerca

A larva c o m e em média 1.107 mL de folhas de mandi - oca durante seu ciclo de vida, sendo 75% do total consumi

dos m, ú f t h instar.

;\o a t i n g i r o seu desenvolvimento máximo, a lama dei-

xa de se alimentar e se dirige ao solo para transformar - se em-. Quado emontra terrem frouxo, enterra-se

com facilidade até cerca de 5,00 m abaixo da superfície.

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Caso contrário, procura abrigar-se entre os folhas secas

ou detritos, prendendo-os ao solo através de unra serreçáo.

Nessa fase. a larva apresenta-se .com s a i tanianho m p u a

diminuído e cmqa a perder a cor nomal.

IniciaSnente a pipa 6 de pouca consistência, muito de - lícada, tomando-se em pouco tempo m tanto endurecida.

QirarBo tocada procura defeder-se, m v i m e n t a ~ b r u ç c m - te os atim~s segmentos abdominais.

A pupa 6 de cor castanha com estrias negras,

O adulto iarm mariposa de cor cinzenta, sendo as 6- meas m i ç deserwolvldas do que os machosl

As asas das fb~3as são de cor acinzentada; apresentan -

do duas faixas transversais irregulares e de colora* a-

castanhada, localizadas a cerca de 1/3 e 2/3 do coniprinwi - to das asas. Estas manchas são mais largas jtmto da mar gan anterior, diminuindo a sua largura à medida que se a-

proxiniam da marga posterior; junto do ângulo apical exis - te uma marrcha de cor castanha e de forma circular.

Nos machos, as asas são também acinzentadas, apresem- tando un grande n h e m de manchas nmm-escmas e contí-

guas, formando um faixa longitudiml paralela 5 margem

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posterior, primeiramente, e depois à niargm apical, temi -

riando junto do ângulo apical.

W n t o às asas posteriores da f m a e do macho, r& - e

xiçte dif e r g a em relação a sua colaração, pois bambas são

de cor vemlho-femginosa com ma faixa creme na margem

anterior e una faixa castanho-escura que bordeja a margem

apical.

No abdome observamse cinco faixas transversais pre - tas e de forma retamar, alternando com faixas acinzen-

tadas. Apresenta ainda mia 6: faixa, triangular e de cor castanha, na sua parte final. Estas faixas são interrom

pidas na região dorsal do abdome, d a d o origem a ma fai-

w longitudinal. de cor acinzentada . O adulto é capaz de voar a grandes distâncias. Eleva

das populações podem migrar de una região para outra e o-

vipositar grande n k r o de ovos, alterando o equilíbrio - e

xistente entre os agentes de controle biológico e a ppu-

lação de mandar06 da região para onde houve a migrasão. como conseqGsia, haverá m forte ataque de mndarová

com severo dam para as plantas.

E una praga que ocorre esporadicamente, podendo d m -

rai até vários ams antes de apresentar im mvo ataque.

Pode-se apresentar an qualquer épaca da ano. sendo que

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as ocorr&cias mais frequentes tem-se verificado entre os

meses de mvembm a maqo.

Deve-se estar atento para as épocas do ano rn que hã maioz f r e q u k i a de infestaçáo da praga. Deve-seobservar

cuidadosamente as folhas das plantas, pmcmando-se detec - tar a presença de ovos. Na quase totalidade dos casos, a

simples presença de una grande qpantidade de ovos nas plan- tas não quer dizer que haverá alta incidência da paga, wia

vez que esses ovos estão nomimente parasifados (colora-

~ ã o escura) . Por essa razão, na inspeção da cultura deve

ser dada atenção especial a p r e s q a de inimigos naturais.

CONTROLE CULTURAL - O uso de práticas culturais (controle

de ervas daninhas, boa preparação do t e r r a , =c. ) , pode e1 iminar plrpaç e adultos do mandarovã. Fm plantaçóes pe- quenas, recanenda-se a catação manual das lamas.

CONTROLE BIOLÓGICO - mitos inimigos naturais do- mandam-

vá já foram identificados e há m bom contmle natural dessa praga.

O parasitimo de OMS p r rnicr~hlrn~p'eros como

Trichograma spp. e Telenomus Sp. pode reduzir eficazmen-

t e as ppilações. O parasitismo de larvas por da

família Tachinidae fo i identificado em várias partes do

Brasil, destacando-se sua efici-mia pela habilidade de

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Fazer postura nas larvas e parasi&-las. Uutm parasita

de larvas é o hinenÓptero Apanteles sp. Enee os predado

res, estão as \R- Pulistes camdensi s e - P. eqdnmephalus,

bem corno un percevejo da família Pentatomidae [ P O ~ ~ S U S

sp.) queataca larvas domandarová, principalmente ms três primeiros instars.

Existe un inseticida biolõgico seletivo&m& B ~ ~ u s

thuringieiisis, conhecido comercialmente com Dipel , cuja

dosagem recomendada 6 500 g/ha. E s t e produto é mito e f i -

caz principalmente qmndo as larvas estão entre o 19 e o

39 instar, ou seja, entre 5,00 m e 3,Scmde comprimento.

CONTROLE QU~MICO - Deve ser wi tado. ma vez que destr6i

os insetos que exercem o controle biol6gico natural. A u-

tilização de inseticidas de largo espectro de ação ocasio m

nará ma elevada mrtalidade dos inimigos naturais, p o d a -

do provocar o smgimento de ma praga secmária . Quando indispensável, o controle químico poderá ser

f e i t o com inseticidas que causem o mmr desequilibrio no

meio ambiente, com o Dipterex, na dosagem de 150- a 200

g/100 litros de água. As aplicações deverão ser feitas

quando as larvas estiverem entre o IQ e o 3Q instar, vis-

to que é muito d i f íc i l efetuar o controle a partir do 4 0

instar.

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