IMPRESSIONISMO E NEOIMPRESSIONISMO

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Impressionismo e Neoimpressionismo Professora: Cristiane Seibt

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Impressionismo e NeoimpressionismoProfessora: Cristiane Seibt

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• Eles deflagraram uma revolução com uma explosão de luz, cores e movimento. A vibração de suas telas provocou os críticos, desafiou convenções e gerou escândalo. Depois de um século e meio, eles estão entre os artistas mais influentes e reverenciados de todos os tempos.

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Monet, detalhe do quadro Water lilies

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• Durante o século XIX, a civilização ocidental viveu profundas transformações envolvendo mudanças procedentes de fatos como o desenvolvimento tecnológico do processo produtivo industrial, a difusão desse processo pela Europa e a consequente reorganização urbana e social. Além disso, o período foi marcado pela instabilidade das monarquias europeias, pelo enfraquecimento da influência da Igreja e pelas dificuldades dos sistemas representativos de governo em se consolidar.

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• É nesse meio e durante a segunda metade do século XIX, na França, que o movimento impressionista revolucionaria sobremaneira o cenário artístico mundial, especialmente na pintura, determinando, inclusive, o percurso das tendências artísticas produzidas no século XX.

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• Os pintores impressionistas romperam com os paradigmas sobre a maneira de representar da pintura que vinha sendo produzida e que seguia a tradição acadêmica. Foram magnificamente visionários e radicais para o seu tempo.

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• Escolheram retratar, como tema para suas pinturas, cenas encontradas no cotidiano, muitas das quais eram geralmente pouco notadas. Isso era uma postura contrária aos fatos históricos escolhidos como temas e aos ideais estéticos que foram definidos pelos artistas que os antecederam. Porém, a grande novidade desses pintores se deu muito além da escolha de seus temas, pois apresentaram profunda inovação ao mudar a maneira de constituir seu processo pictórico.

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• O pintor impressionista buscou representar a sensação daquilo que via num determinado momento em que observava seu objeto de interesse. Na maioria das vezes, procurou pintar ao ar livre, ou seja, fora do estúdio, de maneira que pudesse observar direta e instantaneamente as particularidades transitórias na incidência e mudança da luz solar sobre aquilo que pintava. Entretanto, essa nova forma de olhar, tão revolucionária, não foi compreendida facilmente.

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1 - Início:• Em 1874, Monet, Degas, Renoir, Sisley,

Pissarro e Morisot, entre outros, formavam um grupo de jovens pintores insatisfeitos com o tradicionalismo pictórico vigente e aceito até então e faziam a primeira exposição de seus trabalhos nada comuns. Era a primeira vez que realizavam uma exposição coletiva apresentando a novíssima proposta estética que buscava capturar a impressão subjetiva de luz, cor e movimento em suas telas.

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• Foi a partir dessa mostra, na qual Monet expôs sua tela intitulada Impressão: nascer do sol, que o movimento passou a ser conhecido como impressionismo, em função da análise depreciativa feita pelo crítico do jornal Charivari, Louis Leroy, que considerou a obra inacabada e publicou artigo pejorativo sobre a exposição dos impressionistas.

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Monet, Impressão:

nascer do sol

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• No entanto, o escritor Jules Castagnary empregou o termo impressionista em 1874 para aplicá-lo, sinalizando uma compreensão favorável, a um grupo de artistas que expunha como independentes:

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• Que percepção ágil do objeto e que pinceladas divertidas! É verdade, é resumido, mas como são precisas as indicações!... A concepção comum que os une enquanto grupo e lhes dá força coletiva em meio à nossa desagradável época é a determinação de não procurar uma execução suave, de se satisfazer com um certo aspecto geral. Uma vez capturada a impressão, declaram que seu papel terminou... Se quisermos caracterizá-los com uma única palavra que explique seus esforços, teríamos de criar o termo novo de impressionistas.

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• Entre 1876 e 1886, os impressionistas realizaram mais sete exposições subsequentes. Entretanto, Manet, verdadeiro líder, orientador da vanguarda, não participou de nenhuma das oito exposições.

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• O núcleo dos primeiros pintores impressionistas era formado por Pierre-Auguste Renoir, Claude Monet, Frédéric Bazille e Alfred Sisley. Outros importantes representantes associados ao período foram: Edouard Manet (bem mais por sua independência do que por seu estilo), Edgar Degas, Camille Pissarro, Berthe Morisot, Armand Guillaumin, a americana Mary Cassat, o russo Constantin Korovin, entre outros.

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• Através dos tempos, encontramos vários pesquisadores, historiadores e críticos de arte conduzindo diversas maneiras de explicar e definir o estilo impressionista. Encontramos, também, modificações sobre as novas leituras acerca do valor conferido a cada um dos artistas do impressionismo. Entretanto, as inúmeras e distintas faces transmitidas por muitos dos seus integrantes o fazem de difícil definição. Na realidade, o vigor do movimento pareceu tão veloz e transformador, tal qual os efeitos da luz que procurou capturar.

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2 – O Fazer Artístico• É preciso entender que esse grupo de pintores

denominados impressionistas, ao realizar sua pintura, não criou um manifesto ou algo parecido para determinar bases teóricas que fundamentariam seus trabalhos. Na verdade, em comum eles encontraram a disposição que cada um possuía de propor novas perspectivas estéticas para romper com as amarras das regras acadêmicas.

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• A recente tecnologia parecia conspirar a favor do movimento, proporcionando disponibilidade de cores novas e brilhantes, que, favorecidas pelos pigmentos artificiais, produziram belíssimos tons de amarelo, verde, e, especialmente, de azul, todos muito bem utilizados por eles.

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• Ainda que cada pintor impressionista tivesse seu modo individual de utilizar as tintas sobre a tela, era consenso geral a preferência pelo uso do impasto.

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• De fato, é possível compreendermos que o impressionismo é muito mais um estado de espírito do que a organização das técnicas pictóricas influenciando o processo produtivo desses artistas. Entretanto, os pintores impressionistas levavam em conta algumas orientações que, resguardadas suas individualidades, caracterizavam a pintura impressionista. Vejamos algumas características:

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* Pesquisaram amplamente a luz, a cor e o movimento.

• Utilizaram a combinação óptica da cor (através do olhar do apreciador) e não mais a mistura técnica feita na paleta do pintor. Agora, a tinta é colocada diretamente sobre o branco da tela, utilizando cores puras, aplicadas em pequenas e curtas pinceladas.

• Suas figuras não apresentam contornos perceptíveis. Suprimiram seu uso por acreditarem que a linha é uma abstração própria do ser humano para simbolizar figuras e que, no concreto e no real, ela não existe.

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• Trabalhavam com muita agilidade, na tentativa de conseguirem capturar a espontaneidade do momento desejado.

• Os impressionistas retrataram em suas pinturas os diferentes efeitos de cor, luz e movimento que a incidência da luz solar proporciona sobre os objetos e as cores da natureza, ao longo do dia, capazes de produzir inúmeras faces de um mesmo cenário.

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• Utilizaram novas teorias científicas a respeito da cor. Interessados no aumento da intensidade das cores, substituíram o uso do preto, cinza, pardo e terroso por cores complementares para conseguirem os efeitos contrastantes de sombra e luz em suas telas. Não aceitavam a ideia de uma sombra ser escura ou preta. Como exemplo, imagine que, para os impressionistas, a sombra de uma fruta vermelha precisava ser obtida pela aplicação de tons verdes.

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3 - Alguns artistas e suas obras

• Claude Monet (1840-1926) nascido em Paris, França, ainda adolescente, realizou trabalhos como caricaturista. Contra a vontade de seus pais, tornou-se um estudante de arte. Depois de algum tempo, encontrou sua intenção de pintar o mundo exatamente como conseguia vê-lo e, para isso, baseou esse trabalho em sua percepção do mundo natural.

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• Mesmo expressando alguma relutância em deixar a segurança e familiaridade do interior do estúdio, aventurou-se porta afora rumo à contínua busca de estudos pictóricos dos efeitos da luz e da cor sobre os objetos. Desde então, a história da arte nunca mais foi a mesma.

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• Ele acreditava que as condições físicas retratadas permanecessem e o que mudaria seria a luz natural que, com o decorrer do dia, sofreria as influências das condições atmosféricas. Para comprovar sua tese, pintou a mesma imagem da catedral de Rouen em diferentes horários ao longo do dia e, em diferentes épocas do ano, consequentemente, obteve maravilhosos registros que captaram diferentes impressões de cor e luz sobre a mesma catedral. Fez a mesma pesquisa utilizando a temática das pilhas de feno.

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Catedral de Rouen em pleno Sol, harmonia em azul e dourado, 1894.

Catedral de Rouen ao amanhecer, harmonia em azul, 1894

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• Pintava com rapidez para conseguir captar as impressões fugazes da luz e da cor e, por isso, empregou diretamente sobre o branco da tela curtas pinceladas de cores puras.

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Claude Monet - Mulher com sombrinha

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Edgar Degas

• Reconhecido por sua produção artística como pintor, escultor e desenhista, Edgar Degas (1834-1917) nasceu em Paris, França. Conhecido popularmente como pintor das bailarinas, foi considerado como um dos precursores do impressionismo.

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• De formação acadêmica e preparado para uma carreira tradicional, rendeu-se à influência do movimento impressionista. De fato, desenvolveu uma postura diferenciada em relação aos seus companheiros impressionistas, visto que se importava com o desenho e não gostava de pintar fora do estúdio, motivo que justifica sua falta de interesse pelo estudo da luz natural.

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• Retratou pistas de corridas (equestres), cenas da vida cotidiana parisiense, mas, sobretudo, dedicou a maior parte de seu trabalho a representar bailarinas.

• Seu trabalho recebeu influência da fotografia, principalmente em relação ao enquadramento nada convencional.

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Edgar Degas, Bailarinas em azul

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Auguste Renoir

• Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) nasceu numa família humilde em Limoges, França e destacou-se como artista do movimento impressionista, no qual obteve a oportunidade de experimentar os louros de seu reconhecido sucesso.

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• Apresentando o característico estilo impressionista, sua pintura expressou a sugestão das cenas por meio do toque das cores em suas livres pinceladas. Seu trabalho se notabiliza pela aplicação de luzes vibrantes e cores saturadas. Um de seus principais temas foi o nu feminino.

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• Mesmo com a restrição de seus movimentos, causada pelas crises de dor que sofria, Renoir encontrou meios para não interromper sua obra. Foi muito produtivo e pintou um imenso número de telas.

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Renoir, Almoço no Barco (1881)

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4 - Escultura

• Artista francês, Auguste Rodin (1840-1917) é considerado o primeiro escultor moderno. Ainda que Rodin estivesse habituado à prática acadêmica, sentia o impulso de ser seguidor fiel da natureza e de estabelecer novas formas para a escultura. E foi o que fez.

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• Sua estranha habilidade em representar movimentos e sentimentos do íntimo das pessoas que retratou e a coragem de empregar essa captura em suas moldagens, fizeram dele um dos maiores escultores de todos os tempos.

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Seu trabalho contém uma grande força psicológica que se manifesta por meio dos sentimentos refletidos em suas esculturas. É o que podemos ver na escultura O pensador, de Rodin.

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NEOIMPRESSIONISMO

• Tomando como ponto de partida o impressionismo, surgiu, pelas mãos dos artistas Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1859-1935), o neoimpressionismo ou pontilhismo, ainda chamado de divisionismo, que desenvolveu uma nova forma de representação com ordenação, quanto à utilização da cor, fundamentada nas cores complementares.

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• Apoiando-se na percepção óptica, as cores eram colocadas justapostas sobre a tela em pequenos pontos de cores puras, que seriam misturadas conforme a distância do olhar do apreciador da obra.

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• Utilizaram telas enormes que retratavam geralmente cenas ao ar livre, porém realizadas no interior do ateliê, em virtude inclusive do longo tempo que levavam para completar cada trabalho.

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Seurat, Tarde de domingo na ilha de Grande Jatte (260 cm x 350 cm)