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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Inclusão Educacional: Como (re) conhecer os distúrbios de aprendizagem relacionados ao processo de apropriação da leitura e da escrita

Autora Adriane Prestes da Silva Fanha

Disciplina/Área Educação Especial

Escola de Implementação Colégio Estadual Rodrigues Alves. E.F.M.N.P.

Município Jaguariaíva

Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz

Professor Orientador Marivete Bassetto de Quadros

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte Pioneiro – Campus de Jacarezinho – UENP/CCHE/CJ

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas da Educação Básica

Resumo A Educação Inclusiva no Ensino Regular é um grande desafio para todos os sujeitos da ação educativa, uma vez que o fracasso escolar está evidente no sistema educacional e que muitas perguntas e ações acerca das necessidades educacionais especiais ficam inacabadas e sem respostas. A leitura e a escrita são habilidades imprescindíveis para uma aprendizagem satisfatória na vida escolar dos alunos. A busca pelo conhecimento referente às dificuldades da leitura e da escrita é constante e emergencial, pois é grande a diversidade de fatores que envolvem estas habilidades no processo de ensino-aprendizagem e consequentemente, o sucesso ou insucesso escolar.

Palavras-chave Educação Inclusiva; Distúrbios de Aprendizagem; Leitura e Escrita.

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Professores da Educação Básica e Alunos do Curso Formação de Docentes (2° ao 4° ano)

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

ADRIANE PRESTES DA SILVA FANHA

INCLUSÃO EDUCACIONAL: COMO (RE) CONHECER OS DISTÚRBIOS DE

APRENDIZAGEM RELACIONADOS AO PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA

LEITURA E DA ESCRITA

JACAREZINHO

2012/2013

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ADRIANE PRESTES DA SILVA FANHA

INCLUSÃO EDUCACIONAL: COMO (RE) CONHECER OS DISTÚRBIOS DE

APRENDIZAGEM RELACIONADOS AO PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA

LEITURA E DA ESCRITA

Produção de Caderno Pedagógico apresentada à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Políticas e Programas Educacionais, Coordenação do PDE, para o cumprimento do segundo período do plano Integrado de Formação continuada. Orientação: Me. Marivete Bassetto de Quadros (UENP/CJ)

JACAREZINHO

2012/2013

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INCLUSÃO EDUCACIONAL: COMO (RE) CONHECER OS DISTÚRBIOS DE

APRENDIZAGEM RELACIONADOS AO PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA

LEITURA E DA ESCRITA

Autora: FANHA, Adriane Prestes da Silva

[email protected]

Orientadora: QUADROS, Marivete Basseto de

[email protected]

“Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. Nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais.” (Peça de teatro: Vozes da Consciência, BH)

RESUMO: A Educação Inclusiva no Ensino Regular é um grande desafio para todos

os sujeitos da ação educativa, uma vez que o fracasso escolar está evidente no

sistema educacional e que muitas perguntas e ações acerca das necessidades

educacionais especiais ficam inacabadas e sem respostas. A leitura e a escrita são

habilidades imprescindíveis para uma aprendizagem satisfatória na vida escolar dos

alunos. A busca pelo conhecimento referente às dificuldades da leitura e da escrita é

constante e emergencial, pois é grande a diversidade de fatores que envolvem estas

habilidades no processo de ensino-aprendizagem e consequentemente, o sucesso

ou insucesso escolar. Diante desta perspectiva, cabe ao professor refletir sobre sua

prática docente, reconhecendo que já não existem salas de aula homogêneas, onde

todos os alunos aprendem da mesma maneira. O conhecimento é individual e

precisa ser construído por meio de uma abordagem diversificada, garantindo a

aprendizagem de cada aluno. Toda criança pode aprender e tem o direito de ser

atendida em suas especificidades educacionais.

Palavras-chave: Educação Inclusiva; Distúrbios de Aprendizagem; Leitura e Escrita

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1 APRESENTAÇÃO

As dificuldades inerentes à aprendizagem estão evidentes na realidade

escolar, a diversidade e complexidade que as envolvem no ensino regular é de uma

amplitude desafiadora, entretanto de todas as necessidades educacionais especiais

relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem, tanto da leitura como da escrita,

são de fato, as que mais diretamente impedem o sucesso escolar. Os professores da

educação básica do ensino regular estão frente a este desafio e com a

responsabilidade de mediar a aprendizagem, porém, é fato que, muitos deles não se

encontram preparados academicamente para tais situações relacionadas à

educação inclusiva, acarretando conseqüências negativas como, distorções nas

maneiras de trabalhar com os alunos que não se apropriaram da leitura e da escrita,

disseminando desta forma estereótipos, cujas conseqüências legitimam a baixo

autoestima, o fracasso e a evasão escolar, as reprovações, a marginalização e a

exclusão educacional destes educandos.

O domínio das habilidades da leitura e da escrita pelos alunos é essencial

considerando que, a leitura e a escrita está presente na vida cotidiana dos sujeitos

nos mais diversos contextos. Acreditamos que, o acesso ao letramento ainda em

práticas oralizadas no contexto familiar mesmo antes da inserção na escola, ou seja,

a disponibilidade dos materiais escritos contribui para a atribuição de valor, assim

como, no gosto pela leitura o que possibilita a aprendizagem.

Ao se apropriar da leitura e escrita, o sujeito se atribui de ferramentas de

linguagem, e se torna autônomo, capaz de interagir com situações escolares e

sociais que uma língua proporciona nas mais diversas relações que a linguagem se

insere. A não apropriação satisfatória da leitura e da escrita nos possibilita pensar

que, hipóteses a respeito da mesma não foram acessadas por esse sujeito, ou seja,

não possibilitou significar os diversos segmentos sonoros.

Em contrapartida, o insucesso escolar pode provocar conseqüências ao

sujeito que não aprende, como atitudes preconceituosas dos colegas, de

professores e mesmo da família. Acreditamos que as práticas discriminatórias

acerca do insucesso escolar se dão pelo total desconhecimento dos diversos fatores

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que impedem que o aluno se aproprie com sucesso de tais habilidades.

Nesse sentido, consideramos a desinformação tanto de familiares como dos

professores como sendo um dos fatores do fracasso e da evasão escolar. O fato é

que, se faz necessário possibilitar aos professores formação a respeito do processo

de apropriação da leitura e escrita, para que os mesmos sejam capazes de

identificar a partir da análise do processo os possíveis distúrbios que possa estar

inerentes aos sujeitos.

Diversos estudos evidenciam a importância da formação de professores

para promover uma educação de qualidade, enfatizamos aqui, professores em

atuação e que não tiveram em sua formação acadêmica, nenhuma disciplina

relacionada à Educação Especial e alunos do Curso de Formação de Docentes, se

fazendo necessário que os mesmos compreendam diversos distúrbios de

aprendizagem que estão diretamente relacionados ao processo de apropriação da

leitura e da escrita. Tendo em vista que, as séries iniciais da educação básica são

cruciais para o desenvolvimento das habilidades, pois, o conhecimento teórico

oportuniza ao professor a articulação da teoria e da prática, além de, promover

reflexões a respeito da sua prática docente e auxiliar na identificação das

necessidades educacionais especiais apresentadas pelos alunos e então, adequar

as estratégias de intervenção, tão necessárias para a apropriação da leitura e escrita

do aluno.

Existe unanimidade entre os cientistas referente à existência de múltiplas

causas das dificuldades de aprendizagem, porém, não existe consenso entre os

autores quanto às nomenclaturas adotadas para as necessidades educacionais

escolares. Alguns abordam esta temática como dificuldades de aprendizagem;

outros, como problemas de aprendizagem; também como distúrbios e em algumas

obras podemos percebê-la como transtornos de aprendizagem, porém, é unânime

para os estudiosos a urgência e importância deste tema no contexto escolar e por

isso, tem sido pauta de muitas reuniões, simpósios, seminários, formações

continuadas e de caráter obrigatório nos Cursos de Graduação em Licenciaturas

plenas; em Fonoaudiologia e para o Curso Normal e Subsequente em Formação de

Docentes, modalidade de Ensino Médio.

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Embora a necessidade dos professores, em especial os de Língua

Portuguesa, em adotarem uma prática pedagógica mais interacionalista,

oportunizando maior autonomia para a produção de conhecimentos, ainda é visto

nas escolas o ensino da escrita com ênfase nos conceitos gramaticais,

transformando o ato de escrever em uma atividade puramente mecânica, muito

conhecida em nossas escolas por meio do termo “cópia”, onde os alunos tornam-se

meros copistas, reprodutores de conhecimento.

Segundo Cagliari (1989), o ler é condicionado pelo escrever e, para ler

significativamente, é preciso que a escrita conduza o leitor a todos os símbolos no

universo cultural, social, histórico em que o escritor se baseou para escrever.

Também Teberosky e Tolchinsky (1995) citam a escrita como a tecnologia do

intelecto, uma das maiores invenções manuintelectuais criadas pelo homem; ele

escreve para registrar, para comunicar, para influir sobre a conduta do outro, para

produzir e não só para reproduzir (copiar) e distanciar-se do produzido; para criar,

combinar, elaborar textos, sob o ponto de vista estético (literatura).

A criança que não domina satisfatoriamente a leitura e a escrita constrói uma

visão negativa de si mesma, pois se sente incapaz de criar hipóteses e de inseri-las

em seu contexto, não consegue perceber os significados transmitidos pelos sons e

pelas letras, ficando à margem de atitudes preconceituosas de seus colegas de

classes, de alguns professores e também de seus próprios familiares.

A partir da hipótese de que a desinformação de pais e de professores tende

a aumentar a proporção do fracasso e da evasão escolar, é que este material

pedagógico tem como propósito contribuir com informações teórico-práticas para o

público alvo definido para esta Produção Didático-pedagógica, posto que é a grande

a necessidade de subsídios teóricos sobre um processo satisfatório da leitura e da

escrita, sendo que estas, são habilidades indissociáveis, pois deve-se enfatizar que

a criança precisa ler para saber escrever, e se não houver o domínio da leitura, a

escrita também não terá correspondência sonora, nem significado, ocasionando

cansaço, desgasto e a falta da compreensão.

Frente à necessidade da educação inclusiva fazer valer os direitos de

igualdade de condições para o acesso e permanência de toda a criança e

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adolescente na escola, independentemente de suas condições físicas ou sensoriais,

é que este caderno pedagógico traz informações e metodologias acerca dos

Distúrbios de Aprendizagem relacionados ao processo de apropriação da leitura e da

escrita, sendo eles: a dislexia, a disgrafia e a disortografia, buscando desta forma

dar subsídios para o público alvo, a fim de auxiliar tanto na identificação dos

distúrbios como nas estratégias adequadas para a apropriação satisfatória de tais

habilidades e ter autonomia para usá-las nos mais diversos contextos.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO

Na contemporaneidade, como já mencionado anteriormente, inúmeras

terminologias são utilizadas simultaneamente no contexto educacional:

Necessidades Educacionais Especiais, Dificuldades de Aprendizagem, Problemas

de Aprendizagem, porém nos valeremos neste estudo dos termos Necessidades

Educacionais Especiais e Distúrbios de Aprendizagem, cujas definições serão

abordadas a seguir para uma melhor compreensão da temática em questão.

Segundo o Warnock Report1 (1978), as crianças e jovens com dificuldades

especiais, ou com necessidades educativas especiais são aquelas que requerem

educação especial e serviços específicos de apoio para a realização total de seu

potencial humano. Eles podem ser muito diferentes dos outros por terem atraso

mental, dificuldades de aprendizagem, desordens emocionais ou comportamentais,

incapacidades físicas, problemas de comunicação, autismo, lesões cerebrais,

deficiência auditiva ou visual, ou mesmo dotes e talentos especiais, no caso dos

superdotados. São exatamente essas diferenças que devem ser levadas em conta,

para que eles possam frequentar a escola de ensino regular. Foi este documento

que introduziu pela primeira vez, o conceito de „”aluno com necessidades educativas

especiais”.

1 Relatório Britânico, publicado em 1978 e realizado por uma comissão dirigida por Mary Warnock.

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De acordo com OLIVEIRA (1997), as dificuldades de aprendizagem não se

referem nem à deficiência mental - atualmente denominada de deficiência

intelectual2, nem a nenhum déficit físico e/ou sensorial apresentado pela criança, por

acreditar que se trata de outra problemática que deveria ser discutida à parte.

Em relação aos Distúrbios de Aprendizagem, observa-se a seguinte

definição:

Distúrbios de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central (COLLARES E MOYSÉS, 1992, p. 32).

Neste sentido, no presente estudo, abordaremos os Distúrbios de

Aprendizagem relacionados ao processo de aquisição nas áreas de leitura e escrita,

apesar de se ter o conhecimento da existência de outros distúrbios na sala de aula

da educação básica de ensino regular. A opção pelo processo de leitura e escrita

está pautado na concepção de que as demais áreas de ensino se contemplam

satisfatoriamente quando o aluno sabe ler e escrever de forma autônoma, o que

justifica tal escolha.

Conforme Capellini e Ciasca (1999), “o Distúrbio de aprendizagem é

caracterizado quando o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança

está comprometido desde os primeiros anos de vida”.

Também acerca deste assunto, segundo Capellini e Salgado (2003),

2 Grifo e explicação de minha autoria, por ser tratar de como a expressão pode ser abordada nas obras mais

recentes.

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abordam o distúrbio de aprendizagem como inteligência normal ou alterada,

transtorno fonológico, falha nas habilidades sintáticas, semânticas e pragmáticas,

histórico/quadro de distúrbio de linguagem anterior, habilidade narrativa

comprometida para contagem e recontagem de estórias, déficits nas funções

receptivas, expressivas e de processamento e alteração no processamento de

informações auditivas e visuais, dificuldade em realizar organização, planejamento e

execução de atividades matemáticas isoladas e com leitura prévia (resolução de

problemas matemáticos com enunciados).

Entretanto, entende-se que educar numa proposta inclusiva é quando todos

devem aprender juntos, em classes heterogêneas, levando sempre em conta as

particularidades educacionais de cada sujeito. A escola inclusiva educa todos os

alunos na rede regular de ensino, proporciona programas educacionais apropriados

às necessidades dos alunos e prevê apoio para que seu aluno tenha sucesso na

integração, em cujo espaço, todos pertencem, são aceitos, apoiados pelos membros

da comunidade escolar.

É oportuno lembrar, e também Zorzi e Capellini (2009) enfatizam, que há

uma tendência muito forte por parte dos profissionais da educação em culpabilizar o

próprio aluno e também a família pelo fracasso escolar, explicitando desta forma

uma imagem negativa de suas capacidades e limitações.

Na concepção de inclusão das Diretrizes Curriculares da Educação Especial

para a Construção de Currículos Inclusivos (2006, p. 37), fica evidente que:

[...] há muitos alunos que apresentam problemas ou dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes à sua compleição física, limitações sensoriais ou déficits intelectuais. Entretanto, há um sem-número de alunos que não atingem as expectativas de aprendizagem e avaliação da escola, em decorrência das condições econômicas e culturais desfavoráveis que vivenciam, ou ainda, pelo despreparo dos profissionais da educação no trato das questões pedagógicas, as chamadas dispedagogias

3. (grifo original)

3Esta terminologia é uma tentativa bem-humorada de demonstrar que, também, as práticas inadequadas da escola

produzem o fracasso na aprendizagem.

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É de suma importância que o professor compreenda que a sua maneira de

entender e direcionar a aprendizagem pode acarretar marcas positivas e/ou

negativas na construção da imagem de seu aluno, ou seja, os rótulos impostos por

alguns profissionais acarretam problemas significativos para os alunos,

comprometendo consequentemente o sucesso escolar. Em contrapartida, nos

deparamos com alunos insatisfeitos, com baixa autoestima, sem vontade de

aprender, prejudicando ainda mais o rendimento escolar, trazendo maior

comprometimento àqueles que já manifestam um distúrbio de aprendizagem, que

não leem, nem escrevem de forma a contemplar o uso adequado de tal habilidade.

A efetivação de uma prática educacional inclusiva ainda não é percebida em

grande parte das escolas de ensino básico, os princípios assegurados não ocorrem

como deveriam. Esta realidade é adversa ao objetivo abaixo citado:

A escola inclusiva é o lugar onde todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter, conhecendo e respondendo às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, usando de recursos e parcerias com as comunidades (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 11).

Qualquer que seja o distúrbio de aprendizagem evidenciado no processo

diagnóstico, é de direito do sujeito receber atendimento diferenciado, com

estratégias que contemplem a apropriação do conteúdo ministrado, assim como, o

processo de avaliação deve estar pautado na ótica de comparação dele para ele

mesmo, a partir de suas potencialidades e avanços obtidos.

Para que haja a efetiva igualdade de oportunidades para os alunos com

necessidades educacionais especiais, a escola deve incluir estes alunos e não

integrá-los ao sistema escolar, uma vez que entende-se que quando o aluno está

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integrado, ele deve se adequar às estruturas físicas, administrativas, curriculares,

pedagógicas e políticas da escola, ou seja, ele precisa ser capaz de aprender de

acordo com o que lhe é estabelecido, enquanto que, ao incluir o aluno, ocorrerá uma

adaptação de todo o sistema, possibilitando a ele, condições de aprendizagem.

Diversos são os distúrbios de aprendizagem que podem manifestar alterações

específicas no processo de apropriação da leitura e escrita, iremos nos ater a três

deles, os quais afetam de modo mais evidente o desempenho escolar, sendo eles: A

Dislexia, a Disgrafia e a Disortografia.

2.1 DISLEXIA

A dislexia é uma dificuldade acentuada de aquisição de leitura e de escrita,

porém o aluno com dislexia tem sua inteligência preservada, com nível intelectual

normal ou até superior dos alunos que não apresentam nenhuma dificuldade de

aprendizagem. Esta afirmação também está em conformidade com a conceituação

salientada por Zorzi (2008, p.8):

A dislexia é um distúrbio de aprendizagem que tem como base um déficit específico em habilidades de linguagem, em especial a leitura. Outras dificuldades em linguagem podem estar associadas, como falhas na soletração e na ortografia. Com frequência, os disléxicos exibem uma dificuldade significativa para compreender a estrutura sonora das palavras, ou seja, para identificar os fonemas separadamente. Também ocorre uma dificuldade para aprender a correspondência entre os fonemas e as letras que os representam.

O aluno disléxico pode manifestar erros ortográficos no seu processo de

escrita, tais como: omissões, substituições, inversões, distorções ou adições de

palavras ou parte delas, possui dificuldade com a ordenação sequencial das ideias,

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não percebendo as palavras na ordem correta. Apresenta dificuldade de

compreender o que está escrito e de escrever o que está pensando,

consequentemente pode comprometer a mensagem recebida e ao expressar-se

pela escrita, o faz incorretamente, tornando difícil para o leitor a compreensão de

suas intenções.

Um dos diferenciais do aluno com dislexia para os demais distúrbios de

aprendizagem segundo Capellini e Ciasca (1999) é que a Dislexia é caracterizada

quando o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança aparece

comprometido somente em fase escolar. As dificuldades se manifestam a partir da

inserção do sujeito na escola, o que auxiliaria no diagnóstico diferencial dos demais

distúrbios. O aluno com dislexia em alguns momentos de sua vida escolar pode ser

confundido com alunos com deficiência intelectual, o que não é real, pois manifesta

intelecto normal, com aprendizagem satisfatória nas diversas disciplinas. O professor

deve ter um olhar inclusivo, levando em consideração a necessidade da leitura das

atividades a serem realizadas a este aluno, e que estas não sejam avaliadas em

especial pela escrita, mas sim via oralidade, verificando a compreensão; capacidade

esta, preservada.

É fundamental enfatizar que a oralidade, a facilidade de comunicação destes

alunos na sua maioria é percebida, todavia, nos deparamos com uma realidade

educacional que não se adapta e não aceita transformar para incluir, refletindo desta

forma os insucessos escolares, devido às suas limitações, além dos rótulos

preconceituosos por parte da desinformação de colegas de classe e também de

alguns professores.

A dislexia começa a ser percebida ainda na etapa da educação infantil,

quando o aluno não consegue decorar rimas e músicas como é esperado, como

também no processo da memória imediata e da lateralidade, observadas em

atividades como: aprender a amarrar o cadarço do tênis e para ver as horas em

relógios de ponteiros.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) para diagnosticar um

sujeito como disléxico, alguns sintomas devem ser levados em consideração, tais

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como: dificuldades com a linguagem e o processo da apropriação da linguagem

escrita, ou seja, dificuldade em escrever, problemas com a ortografia e lentidão na

aprendizagem da leitura. Outras manifestações poderão estar presentes em alguns

casos, como: a disgrafia, a discalculia, sobretudo na assimilação de símbolos e no

ato de decorar a tabuada; a memória de curto prazo e com a organização;

problemas para seguir indicações de caminhos e executar sequências de tarefas

complexas; dificuldades para compreender textos escritos; aprender uma segunda

língua; em alguns casos também podem apresentar alterações em linguagem oral; a

percepção espacial e fazer confusões entre direita e esquerda.

De acordo com Topczweski; Navas; Zorzi; Muskat (2011), a leitura e a escrita

compartilham áreas cerebrais com outras funções cognitivas, incluindo os circuitos

relacionados à atenção, memória e planejamento executivo. Nesse sentido não é de

se surpreender a associação da dislexia com outros transtornos do desenvolvimento

como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade que pode ser

encontrado em aproximadamente 30% das crianças com dislexia. Estudos

epidemiológicos atuais apontam que os transtornos específicos de leitura são muito

frequentes com prevalência entre 5 a 10% da população mundial em idade escolar.

Nos países em desenvolvimento, tais transtornos contribuem significativamente para

as taxas de fracasso e evasão escolar.

Todavia os sujeitos com dislexia têm potencial para se apropriarem dos

diversos conhecimentos que a ele compete, sendo necessárias mudanças de

estratégias por parte do professor, para que haja a promoção de uma educação de

qualidade em uma proposta educacional inclusiva, ou seja, o uso de metodologias

que contemplem as múltiplas aprendizagens, baseadas em processos visuais,

auditivos, que verifiquem o processamento fonológico e ortográfico da informação,

além de ter o suporte das Redes de Apoio disponíveis na escola.

2.2 DISGRAFIA

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Segundo Morais (2006) a escrita é a última etapa do desenvolvimento do

comportamento verbal a ser adquirida, objetivando principalmente é a transmissão

de ideias, sentimentos e o registros de contextos históricos. Antes que a escrita

possa ser usada como instrumento para representar a linguagem oral, passa por

estágios que coincidem com o desenvolvimento geral da criança. Então é importante

que o professor esteja informado quanto às exigências que podem ser feitas ao

aluno de acordo com o estágio no qual ela se encontra, não exigindo da criança uma

precisão do grafismo e um tempo de escrita iguais aos das fases de

desenvolvimentos anteriores e/ou posteriores da evolução do grafismo.

A escrita também é entendida como um segmento de grande importância na

relação dialética, uma vez que é considerado um valioso instrumento de

comunicação; de uma língua, e também por meio dela advém prestígio e satisfação

individual e/ou coletiva. O ato de escrever exige mais cautela do que o de falar,

desta forma as evidências dos distúrbios da escrita tornam-se mais explícitos devido

à permanência dos traçados gráficos registrados, cujas manifestações e

características constituem os distúrbios de grafia: a disgrafia e a disortografia, cujas

dificuldades específicas são conteúdos temáticos desta produção didático-

pedagógica. Disgráficas são aquelas crianças que apresentam dificuldades no ato

motor da escrita, tornando a grafia praticamente indecifrável, então a disgrafia é

definida como uma deficiência/ alteração na qualidade do traçado gráfico, isto é,

dificuldade de escrever de forma clara e legível, e à disposição dos conjuntos

gráficos no espaço utilizado, relacionando-se, portanto a dificuldades motoras, não

estando relacionadas a fatores intelectuais. Ela também é conhecida como “letra

feia”, e não está necessariamente relacionada com a disortografia.

É possível uma melhor compreensão deste distúrbio gráfico a partir do

seguinte apontamento:

Considera-se uma pessoa com disgrafia aquela que, culturalmente, não consegue produzir uma escrita aceitável, apesar de possuir nível intelectual adequado, receber instrução também adequada, sem déficits sensoriais e lesões neurológicas específicas, submetido ao mesmo processo de prática da escrita no decorrer de sua formação acadêmica (CIASCA, 2009, p. 187)

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Entretanto, cabe ressaltar que toda criança em processo de construção da

escrita naturalmente apresentará dificuldades no traçado das letras, até que este

processo esteja dominado completamente. Nesta fase será necessário que o

professor esteja atento para orientar os alunos a adquirir este processo de forma

mais satisfatória possível, corrigindo posturas inadequadas quanto ao ato de

manusear os objetos escolares utilizados na escrita e também informações acerca

dos distúrbios gráficos e também de estratégias que venham ao encontro das

dificuldades apresentadas na escrita. As prováveis causas da disgrafia podem ser os

distúrbios de motricidade ampla e, especialmente fina, os distúrbios de coordenação

visomotora, a deficiência da organização temporoespacial, os problemas de

lateralidade e direcionalidade e o erro pedagógico.

Na opinião de Morais (2006, p.31), a evidência de algumas destas

dificuldades são prováveis na disgrafia:

Em termos de processo de aprendizagem, constata-se que as dificuldades, que surgem nas crianças com lateralidade contrariada, cruzada e indefinida, referem-se: ao tipo de grafia (geralmente, estas crianças, apresentam grande disgrafia – letra feia), às dificuldades de orientação espacial quando utilizam a folha de papel; e às de postura inadequada, incidem diretamente sobre a produção gráfica da criança.

Ademais, segundo este autor, a escrita de letras ou palavras exige certa

habilidade manual e um domínio perfeito do gesto. Além da preensão do lápis, que

implica na capacidade motora de colocar os dedos corretamente, para que os

símbolos gráficos sejam traçados com precisão e rapidez, é necessário que a

possibilidade de coordenar e controlar os movimentos esteja suficientemente

desenvolvida.

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De acordo com Olivier (2011), no caso das disgrafias, os procedimentos

adequados seriam a avaliação multidisciplinar e o acompanhamento

psicopedagógico; o uso de micro e macroespaços para a aprendizagem; o balé, pois

desenvolve o equilíbrio e ajuda o desenvolvimento da letra cursiva. Na maioria dos

casos, está ligado a distúrbios neurológicos e necessita de tratamento e de

acompanhamento neurológico e psicopedagógico em conjunto.

2.2.1 DISTÚRBIO NA MOTRICIDADE AMPLA E FINA

De acordo com Cinel (2003) em seu artigo “Disgrafia: Prováveis causas dos

distúrbios e estratégias para a correção da escrita”, para que a criança adquira os

mecanismos da escrita, além da necessidade de saber orientar-se no espaço

(motricidade ampla), deve ter consciência de seus membros, da mobilização dos

mesmos, e agir de forma independente, o braço em relação ao ombro, a mão em

relação ao braço e ter a capacidade de individualizar os dedos (motricidade fina)

para pegar o lápis ou a caneta e riscar, traçar, escrever, desenhar o que quiser.

Para que as dificuldades da disgrafia sejam sanadas e/ou minimizadas, o

professor precisa iniciar com atividades que exercitem os grandes músculos e,

posteriormente, trabalhar com os pequenos músculos, seja na educação infantil ou

no ensino fundamental.

2.2.2 DISTÚRBIOS DE COORDENAÇÃO VISOMOTORA

A criança com problemas de coordenação visomotora não consegue, por

exemplo, traçar linhas com trajetórias pré-determinadas, pois apesar de todo o

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esforço, a mão não obedece ao trajeto previamente estabelecido. Esses problemas

repercutem negativamente nas aprendizagens, uma vez que para aprender e fixar a

grafia é indispensável que o aluno tenha conveniente coordenação olho/mão, da

qual depende a destreza manual. Os esforços para focalização visual distraem a sua

atenção e ele perde a continuidade do traçado das letras e suas associações, sendo

a disgrafia um distúrbio psicomotor da função motriz fina, cuja coordenação envolve

todo movimento associado às mãos e dedos, mão e punho, movimentos mais

precisos e refinados, o grafismo se apresenta então, com letra ilegível, trêmula e mal

desenhada.

2.2.3 DEFICIÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO TEMPOROESPACIAL

Organização temporoespacial refere-se à capacidade de orientar-se e

estruturar-se no tempo e no espaço, ou seja, adquirir e apropriar-se destas

orientações e estruturações, por exemplo: direita/esquerda, frente/atrás/lado,

alto/baixo, antes/durante/depois, ontem/hoje/amanhã, etc., as quais a criança já

precisa ter desenvolvido para a construção de seu sistema de escrita.

Os indivíduos com problemas de orientação e estruturação espacial,

normalmente apresenta dificuldades ao escrever, invertendo letras, combinações

silábicas, sob o ponto de vista de localização, o que denota uma insuficiência da

análise perceptiva dos diferentes elementos do grafismo. Ela não consegue também,

escrever obedecendo ao sentido correto de execução das letras, nem orientar-se no

plano da folha, apresentando má utilização do papel e/ou escrevendo fora da linha.

É natural, ainda, que encontre dificuldade na leitura e na compreensão de sentido de

um texto, como decorrência da desorganização temporoespacial.

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2.2.4 PROBLEMAS DE LATERALIDADE E DIRECIONALIDADE

Os distúrbios de motricidade manifestam-se, principalmente, por meio de

movimentos inexatos, descoordenados, ou seja, gestos desalinhados; da postura

imprópria, errada; da demasiada vagarosidade, etc. Entre os sujeitos com

dificuldades motoras, muitos podem apresentar problemas relativos à lateralidade

podendo provocar ou serem oriundos de perturbações do esquema corporal, pela

má organização do espaço, em relação ao próprio corpo ou, ainda por desarranjos

de ordem afetiva. Segundo Morais (2006) e Cinel (2003), em seu artigo na Revista

do Professor “Disgrafia: Prováveis causas dos distúrbios e estratégias para a

correção da escrita”, as perturbações de lateralidade podem apresentar-se de várias

maneiras:

Lateralidade mal-estabelecida – Ocorre quando não há a definição pela mão

predominante, direita ou esquerda. Esta incerteza pode causar inversão de

letras na leitura e/ou na escrita, confusão de letras que possuem traçados

parecidos e também, o que conhecemos por letra espelhada também pode

ser decorrente da lateralidade mal-definida.

Sinistrismo ou canhotismo – Quando predomina o uso da mão esquerda.

Um aluno canhoto pode escrever com a mesma destreza e facilidade de um

destro, porém para obter os mesmos resultados, a criança que se utiliza do

canhotismo tem de percorrer uma série diferente de movimentos e de

ajustamentos motores. Sua tendência natural e espontânea, no plano

horizontal, é escrever da direita para a esquerda. Cabe ao professor, auxiliá-la

e incentivá-la para que ela possa, o quanto antes, encontrar seus padrões

motores.

Lateralidade cruzada – Este problema caracteriza-se pela dominância da

mão direita em conexão com o olho esquerdo, por exemplo, ou da mão

esquerda com o olho direito. Essa heterogeneidade na lateralidade para

vários autores poderia ser em determinados casos, fator de desequilíbrios

motores e outras perturbações que dificultariam o aprendizado da leitura e da

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escrita, apesar de não haver conclusões definitivas acerca destas hipóteses.

Sinistrismo ou canhotismo contrariado – Este problema se dá pelo fato da

predominância pela mão esquerda, mas que é imposto o uso da mão direita,

ou seja, a criança é forçada a ser destra em suas atividades escritas, tanto na

escola, pelos seus professores, ou em casa, pela família. Esta imposição

pode comprometer a eficiência motora, em relação ao próprio corpo e na

estruturação espacial. Alguns autores afirmam que em determinados casos, a

gagueira, por exemplo, pode ser causada pelo sinistrismo contrariado.

2.2.4.1 POSTURA PARA O ATO DO GRAFISMO

Ao abordar a postura correta para o ato de escrever, é importante relembrar

o que já foi mencionado acerca da dominância lateral, ou seja, a importância da

criança já ter sua lateralidade definida, fazendo uso de sua mão predominante:

direita ou esquerda. Vale ressaltar que a lateralidade contrariada e a não definição

da mão predominante podem prejudicar na qualidade da escrita.

A família e a escola devem estar sempre atentos quanto à postura correta

para escrever, para não ocorrer a posição em “asa”, cujo posicionamento desloca o

pulso, provocando um alongamento das fibras musculares, ocasionando dores

intensas e grande esforço para realizar o traçado gráfico. Pelo fato da maioria da

população ser destra em nossa sociedade, não há a preocupação da postura correta

da criança que tem a mão direita como predominante para escrever. Esta

despreocupação ocorre pelo fato das orientações e exemplos que as crianças têm

em seus lares durante a realização de atividades rotineiras, nas quais elas são

influenciadas pelo comportamento imitativo.

No entanto, a postura incorreta no ato do grafismo tem as mesmas

conseqüências também para o aluno destro. As figuras abaixo representam de forma

mais clara a postura correta e a incorreta do ato de escrever.

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Postura correta para o canhoto escrever, mão

posicionada abaixo da linha para a escrita, corpo

ligeiramente inclinado para frente, folha de papel

colocada no campo esquerdo e inclinado para a

direita.

Posição de mão em “asa”. Postura geralmente

adotada pelo canhoto por falta de orientações.

FONTE: Livro: Distúrbios da Aprendizagem Uma abordagem Psicopedagógica, de António Manuel Pamplona Morais. 12ª edição.

2.2.4.2 PREENSÃO DO LÁPIS

A forma de segurar o lápis também é um fator de extrema importância para a

qualidade da escrita e merece a atenção dos professores e familiares, pois da

preensão do lápis dependem o tamanho da letra, a visualização do traçado e a

fadiga muscular.

Quando o lápis é segurado com os dedos muito próximos do limite que toca

o papel, tem os movimentos dos dedos diminuídos, ocasionando a diminuição do

tamanho das letras e o campo visual torna-se menor, impedindo que a criança veja o

que está escrevendo devido à postura incorreta da mão com o lápis. Se as posições

inadequadas de segurar o lápis continuarem, mesmo após as orientações

necessárias, professores e familiares podem fazer uso de um objeto de plástico

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chamado trifásico, cuja forma geométrica é triangular, onde a caneta ou o lápis são

colocados dentro dele, o qual tem a finalidade de separar os três dedos que são

responsáveis pela preensão do lápis, permitindo assim, a postura correta. Também a

utilização do lápis triangular, específico para este fim, pode proporcionar a melhoria

do traçado gráfico e da postura adequada.

Forma correta de segurar o lápis. Os

dedos, devem estar aproximadamente a

2 cm da extremidade do papel, pois esta

distância parece ser a ideal para que a

criança tenha o controle dos movimentos

gráficos e o domínio do tamanho, a

firmeza das letras e a velocidade para

escrever.

Trifásico Lápis inserido no trifásico Postura correta para escrever com o auxílio do trifásico

FONTE: Livro: Distúrbios da Aprendizagem Uma abordagem Psicopedagógica, de António Manuel Pamplona Morais. 12ª edição

.

2.2.5 ERRO PEDAGÓGICO

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Esta causa pode ser considerada provável para a disgrafia, quando ocorrem

fatores extrínsecos ao aluno, ou seja, quando as dificuldades da escrita são

conseqüências de falhas no processo de ensino, seja no uso de estratégias

inadequadas, e também na desinformação, desconhecimento ou no despreparo dos

docentes para lidar com as necessidades educacionais de cada aluno. É de extrema

importância que o docente, indiferente se leciona em séries iniciais da educação

básica, ou no ensino fundamental, esteja atento para que quando o aluno ler ou

escrever não lhe seja cobrado somente a ortografia, mas também a legibilidade,

sendo esta, característica de grande importância para uma escrita satisfatória.

Também se evidenciam na disgrafia, as possíveis causas de origem

oftalmológica e psicológica. Quando o sujeito não distingue bem as letras para

copiá-las, uma avaliação com um profissional oftalmologista deve ser realizada, para

que se possa descartar a possibilidade ou não de um problema específico. Ao ser

manifestado pelo aluno uma inconstância no tamanho da letra, na força exercida no

lápis ao escrever, estes sintomas devem ser levados em consideração a respeito de

uma instabilidade emocional oriundas de causas diversas. Problemas decorrentes

de falta de coordenação motora causada pela imaturidade dos sistemas nervoso

central e periférico, que atrasa a aquisição de habilidades como escrever, desenhar,

segurar talheres e até manter o equilíbrio, podem ter como causa um problema

motor.

É fundamental o diagnóstico precoce para a vida escolar da criança, levando

em consideração os danos que a disgrafia pode gerar problemas na vida escolar

deste sujeito, pois se o professor não consegue ler o que foi escrito, não terá

condições de estar avaliando, e também este aluno pode ter problemas para

desenvolver tarefas do seu cotidiano.

O tratamento visa uma reeducação da escrita e usar atividades manuais,

com escultura em argilas, pinturas, desenhos e até atividades culinárias, podendo

auxiliar, principalmente quando a dificuldade for de causa motora. Para isso se faz

necessário profissionais especializados nestas reabilitações, como: psicólogos,

fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e/ou psicomotricistas.

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2.3 DISORTOGRAFIA

A apropriação da linguagem escrita é caracterizada por etapas, nas quais o

aluno pode manifestar omissões e trocas de grafemas, sendo estas consideradas

naturais no processo de alfabetização, ou seja, é comum nos anos iniciais da

educação básica. Porém, conforme Zorzi (2009 e 2010) espera-se que ao atingir a

fase alfabética de escrita, mais precisamente o domínio do conhecimento

metalinguístico e com o aprimoramento da escrita, o aluno deixe de realizar erros

ortográficos com frequência, caso isso venha acontecer além do esperado, o

professor deve estar atento, podendo ser característica de um distúrbio específico da

escrita: a disortografia.

Este distúrbio traz como características principais no processo de escrita:

troca de letras que são sonoramente parecidas, confusão de sílabas e emprego das

regras gramaticais, adições, inversões e fragmentações silábicas, omissões de letras

e junções de palavras. Vale acrescentar que, como diferencial para o diagnóstico, os

alunos já foram expostos aos conhecimentos necessários para que tais erros não

fossem mais cometidos.

Neste sentido, segundo Seber (2009) e Cagliari (2009) afirmam o quanto é

importante que o professor tenha conhecimento das etapas do processo de

apropriação da linguagem escrita, verificando se há a possibilidade de um distúrbio.

O professor deve ter clareza dos conteúdos que cada aluno deve adquirir em cada

ano de ensino de educação básica de acordo com os aspectos cronológicos, como

também os tipos de ações pedagógicas que tais alunos foram expostos, descartando

o não acesso à informação que possibilitassem uma escrita adequada, garantindo

desta forma um diagnóstico preciso.

Também conforme as autoras José e Coelho (2002) este distúrbio não

implica na diminuição da qualidade do traçado gráfico das letras e está relacionado

nos aspectos ortográficos e gramaticais da linguagem escrita.

Entretanto, alunos disortográficos necessitam ser assistidos com programas

específicos para auxiliar no processo de apropriação da linguagem escrita, como

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suporte pedagógico em salas de apoio ou em sala de recursos, assim como cabe ao

professor ter um olhar inclusivo tanto para o processo de estratégias em sala de aula

como para o processo de avaliação, partindo do pressuposto do potencial inerente a

cada um.

Todavia, é de fundamental importância que o professor tenha conhecimento

a respeito do contexto social no qual o aluno está inserido. Para Olivier (2011, p. 41),

vale lembrar que,

[...] antes de qualquer teste e exame, é preciso analisar a classe social e a forma como o indivíduo foi ou está sendo educado e alfabetizado. Em uma casa onde todos pronunciam e escrevem incorretamente as palavras, é muito difícil a criança aprender de forma correta, na escola. Se não for esse o problema, então, deve-se pensar em falhas no sistema de ensino ou, finalmente, em distúrbio.

Não há dúvida que por meio da formação continuada do profissional da

educação e do seu comprometimento, o quadro de exclusão social do processo de

ensino-aprendizagem pode transformar-se consideravelmente. O sujeito que não

aprende, representa um grande problema, pois desta forma, métodos e treinamentos

são desafiados, deixando o professor frente a uma necessidade de constante

pesquisa de aprofundamento teórico e prático na busca de alternativas pedagógicas

que atendam o aluno com necessidades educacionais especiais.

Diante desta perspectiva, cabe ao professor refletir sobre sua prática

docente, reconhecendo que já não existem salas de aula homogêneas, onde todos

os alunos aprendem da mesma maneira. O conhecimento é individual e precisa ser

construído por meio de uma abordagem diversificada, garantindo a aprendizagem de

cada aluno. Toda criança pode aprender e tem o direito de ser atendida em suas

especificidades educacionais. Os ajustes curriculares podem atender às

necessidades particulares de aprendizagem, considerando que atenção à

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diversidade deve se concretizar em medidas que levem em conta não só as

capacidades intelectuais e os conhecimentos dos alunos, mas também seus

interesses e motivações.

Segundo Olivier (2011), o balé clássico pode ser utilizado para o

desenvolvimento do equilíbrio corporal e também no tratamento de diversos

distúrbios, desenvolvendo também a letra cursiva e podendo solucionar a letra feia,

quando não for fruto de nenhum distúrbio.

3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A palavra metodologia deve ser entendida como um caminho que subsidie o

professor em sua prática pedagógica, não permitindo em um contexto educacional

heterogêneo, o estabelecimento de regras rígidas, prontas e acabadas. O importante

é perceber que a metodologia traça ações possíveis e tem uma relação íntima com o

objetivo almejado. Nesta produção didático-pedagógica a aprendizagem ocorrerá por

meio de oficinas, visto que as mesmas oportunizam vivenciar conhecimentos,

habilidades e experiências, que se integram a novos conceitos e ideias, e

consequentemente, se transformam em uma compreensão nova e, muitas vezes

mais profunda acerca do assunto tratado.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção

de Currículos Inclusivos (2006), o insucesso escolar revela que não são apenas os

alunos com deficiência os que apresentam necessidades educacionais especiais

referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser beneficiados com

recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que

promoverão a inclusão. Assim, pensar em novas metodologias e práticas

pedagógicas é pensar em uma escola não só de todos, mas para todos, implicando

no reconhecimento e no atendimento das diferenças individuais, promovendo além

do acesso, a permanência do aluno em sala de aula.

Os encaminhamentos metodológicos estarão direcionados a partir das

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atividades sugeridas neste intento, posto que cada sugestão de atividade terá

metodologia(s) diferenciada(s). A produção didática pedagógica em questão ocorrerá

em várias etapas no decorrer da implementação, distribuídas em sessenta e quatro

horas, no decorrer do primeiro semestre do ano de 2013 com o público alvo, por

meio de oficinas que terão a duração de 2, 4 ou 8 horas, sendo 32 horas em contato

direto com o público alvo e 32 horas para organização e planejamento de todos os

documentos necessários para efetivar e comprovar a realização da referida

implementação. Haverá uma variedade de encaminhamentos metodológicos, os

quais estarão pautados com as seguintes atividades propostas para a

implementação: Filmes, recortes de filmes, vídeos, estudos de caso, músicas, clipes

musicais, depoimentos, leitura de livros, biografias, atividades lúdicas on-line

(resolução de quiz, caça-palavras e palavras cruzadas) e palestra.

3.1 METODOLOGIAS

3.1.1 ESTUDO DE CASO

O Estudo de Caso é um método de ensino indireto muito útil para aprender

um determinado assunto, por meio da análise de problemas e/ou situações

evidenciadas. Por este motivo tem sido utilizado em diversas áreas do saber, tais

como: a medicina, o direito, administração empresarial, entre outras. O problema

apresentado deve fazer parte do contexto real dos alunos ou do assunto que está

em estudo, sendo de grande importância que o estudo do caso esteja bem

elaborado, apresentando pontos relevantes para que o público alvo possa refletir e

ter condições de discutir sobre o caso, e posteriormente uma análise crítica/sensata

do problema evidenciado.

O Estudo de Caso é um método que permite motivar os alunos através da

pesquisa/investigação e do debate de ideias. Neste processo, o professor tem um

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papel ativo, pois além da escolha do caso a ser analisado, ele deve também mediar

a (re) construção dos conhecimentos acerca da situação em pauta ao longo da

aprendizagem realizada pelo público alvo, sendo os benefícios deste processo

significativos, uma vez permite a articulação do conhecimento teórico para diversos

contextos reais, inclusive os escolares, oportunizando assim, avaliações críticas de

situações complexas e a construção do autoconhecimento.

Os estudos de caso apresentados nesta produção didático-pedagógica

serão apresentados ao público objeto desta intervenção primeiramente por meio de

slides e leitura oral (sem nenhuma alteração, devido aos direitos autorias do

conteúdo), posteriormente a mediação da professora-pesquisadora do referido

material, finalizando com a análise e prognóstico do profissional especializado via

vídeos, e também discutidos com base nos autores estudados e referenciados nesta

produção didático-pedagógica.

3.1.2 DEPOIMENTO

É um gênero textual no qual se narram fatos reais vividos por uma pessoa.

Há, portanto, uma intenção pedagógica, a de ensinar algo aos leitores. Vale lembrar

também que, quem apreende o conteúdo do depoimento, não é um ser passivo, que

apenas absorve informações, mas que direta ou indiretamente exerce influências no

seu meio social, por meio de suas leituras, sejam elas realizadas por depoimentos

orais e/ou escritos.

Ele é um modelo comunicativo que possibilita gerar expectativas e previsões

acerca do assunto abordado, permitindo assim a interação entre o emissor e o

receptor, como tantos outros gêneros, tendo suas funções sociais específicas e

também educativas, quando utilizado como recurso educacional, o qual deve ser

entendido como um produto da cultura e da vivência do outro.

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Os depoimentos nesta produção estão fragmentados, mas na

implementação serão apresentados para o público alvo na íntegra, impressos e/ou

em slides, por meio de exposições orais, alguns somente para os (as) alunos (as) do

Curso de Formação de Docentes e outros serão trabalhados somente com os

professores da Educação Básica (do 6° ao 9° ano), e também para os professores

do Ensino Médio e profissionalizante que demonstrarem interesse em participar das

oficinas. Após a exposição dos depoimentos serão promovidos debates ou

discussões acerca das experiências expostas.

3.1.3 FILMES/ RECORTES DE FILMES/VÍDEOS

Os recursos audiovisuais são de uma importância e necessidade extremas

em sala de aula, tendo em vista que os recursos midiáticos fazem parte do cotidiano

dos discentes. Então, é imprescindível que o professor se utilize de recursos

tecnológicos para que sua prática pedagógica possa ser mais atrativa para o aluno.

O filme, os recortes de filmes e os vídeos como recursos didáticos, devem

ser vistos com muita seriedade, não sendo utilizado como momentos de lazer,

descanso para o aluno e professor, mas sim, como instrumentos de articulação com

o conteúdo, despertando a curiosidade e interesse pela temática em questão. A

utilização destes recursos audiovisuais em sala de aula, são entendidos como ricos

recursos metodológicos, pois estão inseridos em diversos contextos sociais e desta

forma, contribuem significativamente na construção do conhecimento,

desenvolvendo o senso crítico do educando.

Neste sentido, é de caráter indiscutível que o professor tenha conhecimento

do assunto tratado nos recursos tecnológicos apresentados, e que também haja um

planejamento daquilo que será trabalhado e avaliado após a exibição dos mesmos,

e que seja exposto aos educandos os objetivos propostos para tal atividade. Nesta

Produção Didático-pedagógica, a professora-pesquisadora apresentará o filme, os

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recortes de filmes e também os vídeos propostos como atividades de implementação

por meio de recursos multimídia (Data Show e TV Multimídia). Serão promovidas

discussões e/ou debates, com o objetivo de promover o conhecimento acerca da

temática em pauta, e desta forma mudar e/ou transformar pré-conceitos e

paradigmas sobre os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.

3.1.4 BIOGRAFIA

O gênero textual biografia retrata a vida de uma determinada pessoa e

normalmente ela é retratada por escritores, jornalistas e historiadores, os quais

procuram estabelecer relações entre suas experiências pessoais e o contexto no

qual a personagem apresentada viveu ou ainda vive, além de mostrar a trajetória e

ações realizadas durante sua vivência. Desta forma, este gênero textual oferece a

oportunidade de compreensão do processo da evolução histórica e das capacidades

física e intelectual das personagens em evidência.

Na contemporaneidade, observa-se a tendência dos historiadores também

direcionar a atenção de registrar a história por meio de biografias de indivíduos

comuns, e não somente preocupar-se com grandes eventos, posto que a análise das

experiências individuais oportuniza às pessoas a saída de um universo particular e a

inserção na coletividade de uma época.

Neste sentido, as biografias dos disléxicos famosos são apresentadas neste

trabalho procurando situar as personagens biografadas dentro da discussão,

relacionando-as ao um contexto específico, que neste caso, são os exemplos de

convivência e superação das dificuldades oriundas da dislexia. As biografias serão

apresentadas ao público alvo por meio de slides, documentos impressos extraídos

do site da Associação Brasileira de Dislexia, do Portal Dia a Dia Educação, do

Instituto ABCD, entre outros, e também com o uso de vídeos do You Tube.

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3.1.5 MÚSICA E CLIPES MUSICAIS

O trabalho com música e clipes musicais em sala de aula é uma alternativa

metodológica, que visa renovar o processo de ensino-aprendizagem, melhorando o

rendimento escolar. A prática discursiva está presente nas Diretrizes Curriculares

Estaduais, mas muito pouco dela ainda se vê no ambiente escolar, devido às

práticas metodológicas inadequadas utilizadas por grande parte dos educadores,

desencadeando cada vez mais um número maior de alunos desmotivados e

desinteressados em interagir no espaço escolar.

A música e o clipe musical são excelentes ferramentas para instigar a

curiosidade, a criatividade, oportunizando momentos de desenvolvimento do senso

crítico e consequentemente, a promoção da consciência cidadã.

O gênero de texto musical possui uma abordagem metodológica

diferenciada dos textos que habitualmente estão presentes nos livros didáticos, não

é um material de uso exclusivo pedagógico, e pode ser retirado de um contexto

social específico, facilitando uma interpretação mais profunda. Ademais, as músicas

transmitem mensagens e expõem pontos de vistas, promovendo desta forma

reflexões e a (re) construção de conhecimentos.

Também é importante considerar que o trabalho metodológico com clipes

musicais, representa a oportunidade de exploração da riqueza de imagens que

caracterizam este recurso audiovisual. As Diretrizes Curriculares Estaduais de

Língua Estrangeira Moderna (2008, p.69), afirma que:

[...] além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia.

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Devido ao fato do professor ser mediador da ação educativa, cabe a ele

proporcionar momentos para que o aluno tenha o contato com estes gêneros

textuais. Portanto, na implementação deste intento, a professora-pesquisadora

propõe a realização de oficinas com músicas e clipes musicais, visto que, estes

recursos audiovisuais enriquecerão ainda mais a compreensão da temática

abordada.

3.1.6 ANÁLISE DE IMAGENS

A leitura de imagens como prática pedagógica é um recurso metodológico

que permite por meio da análise e discussão, desenvolver o pensamento crítico e

também relacionar a análise com a temática em pauta, tornando possível a

compreensão do processo histórico da imagem em estudo. O recurso Imagem,

didaticamente, é um gênero textual, e o trabalho com gêneros textuais, segundo as

Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna (2008, p. 58),

“fundamenta-se na diversidade e busca alargar a compreensão dos diversos usos de

linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos no processo de

construção de significados possíveis pelo leitor”.

Entende-se que a leitura vai além da decodificação de palavras, é também

conhecer e interpretar os diversos códigos que estão presentes nas mais diversas

situações de comunicação. O domínio da leitura e da interpretação destes códigos é

de fundamental importância para a vida familiar, escolar e social do aluno. Vale

ressaltar que o professor ao trabalhar com imagens em sua prática educativa, deve

compreender que todo tipo de interpretação realizada pelo educando é importante e

deve ser considerada, sendo que na teoria de estudiosos a leitura de imagens

abrange vários níveis de interpretação.

Portanto, percebendo a necessidade de compreensão das imagens na

nossa sociedade, está sendo proposta a atividade de leitura e análise de imagens

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nesta Produção Didático-pedagógica, para que haja a aquisição destas habilidades

pelos professores e pelos alunos e alunas do Curso Formação de Docentes (da 2ª a

4ª séries), cujas habilidades são fundamentais para qualquer tipo de atividade

contemporânea.

3.1.7 ATIVIDADE LÚDICA – CAÇA PALAVRAS/PALAVRAS CRUZADAS

A utilização de atividades lúdicas na ação educativa tem demonstrado

resultados positivos, pois se trata de uma forma de ter um envolvimento maior dos

alunos, sendo que tais atividades desenvolvem a atenção e estimulam a percepção

visual, permitindo assim uma maior fixação do conteúdo trabalhado, aumentando as

expectativas de aprendizagem tanto dos alunos quanto do professor.

As atividades lúdicas instigam a curiosidade e a criatividade dos alunos,

oportunizando desta forma uma interação maior dos educandos com o conteúdo, a

qual é difícil de ser conseguida por muito tempo por meio de uma exposição oral ou

sem o uso de estratégias diferenciadas em sala de aula.

Em consideração da necessidade de articular o trabalho docente com

estratégias de ensino diferenciadas para que haja uma aprendizagem mais

satisfatória, em especial, para os alunos que apresentam necessidades

educacionais especiais, que se propõe neste material didático, a utilização de

recursos metodológicos: caça-palavras, palavras cruzadas e resolução de quiz para

o público alvo em questão. O quiz é um recurso didático, um recurso metodológico

que pode ser utilizado em todas as disciplinas, para que haja uma maior apropriação

do conteúdo de forma lúdica, uma vez que ele apresenta o conteúdo em forma de

perguntas e respostas com o uso de recursos tecnológicos (internet), também pode

ser elaborado no computador sem o uso da internet, promovendo uma maior

interação com os conhecimentos prévios e com os temas em estudo.

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3.1.8 LEITURA E ANÁLISE DE LIVROS

Os benefícios ocasionados pelo ato de ler são incontestáveis,

independentemente de situação social, econômica ou cultural, pois por meio da

leitura obtém-se o acesso ao conhecimento. No âmbito educacional, evidencia-se

um enfraquecimento da atividade literária, cujos prejuízos são inimagináveis para o

processo de compreensão e interpretação textual.

Concentração e prazer devem ser características presentes no ato da leitura,

e para que isso ocorra é essencial que o aluno adquira o gosto pela literatura desde

a educação infantil. A aquisição do hábito de ler é o grande desafio para a Educação

desde as séries iniciais, e para isso é essencial que os professores tenham a atitude

de ler com frequência, uma vez que são mediadores do conhecimento e precisam

por meio de sua experiência com os livros transmitir o conceito de que a leitura é o

caminho para a internalização da aprendizagem.

Portanto, é fundamental que as metodologias acerca de obras literárias

sejam enfatizadas na sala de aula, em um contexto interdisciplinar, neste caso,

relativas à inclusão educacional de alunos com necessidades educacionais

especiais. Para isso, a professora-pesquisadora desta produção didático-pedagógica

propõe a leitura de dois livros, objetivando por meio da leitura dos mesmos uma

análise interpretativa da temática abordada por ambos, permitindo um novo olhar

acerca da inclusão nas instituições de ensino regular, além de promover uma

ressignificação de pré-conceitos e paradigmas relacionados às pessoas com

deficiências.

Os livros: “João, preste atenção!” e “Um Estranho no Galinheiro”, serão

apresentados ao público alvo durante as oficinas em sua forma original e será

proposta a leitura de ambos, em grupos. Acredita-se numa leitura rápida e

satisfatória, visto que são livros de poucas páginas e com características bem

lúdicas, oportunizando assim, o surgimento de novos significados sobre a temática

em questão.

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3.1.9 A ARTE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

As manifestações artísticas no contexto escolar são valiosos instrumentos

para que os alunos possam demonstrar sua criatividade, seus talentos e suas

potencialidades. Na educação inclusiva, esta abordagem não é diferente, pois a arte

promove a inclusão social e educacional, permitindo a interação em sala de aula, e

também a (re) significação de paradigmas discriminatórios e pré-conceitos acerca da

ineficiência e incapacidade das pessoas com deficiência (as), posto que, através das

diversidades artísticas ocorre a interdisciplinaridade, a qual possibilita uma melhor

compreensão e contextualização dos conteúdos escolares.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica na

disciplina de Arte (2008, p. 56), “A arte é fonte de humanização e por meio dela o ser

humano se torna consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se

interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo”. Neste sentido, é essencial,

que os educadores oportunizem momentos em que os alunos com e sem

necessidades educacionais especiais, possam interagir com a arte, para que ambos

possam interferir e expandir seus sentidos, sua visão de mundo e desenvolver sua

criticidade.

Ademais, não são poucos os exemplos que estão presentes na nossa

sociedade, de pessoas com necessidades educacionais especiais que alcançaram

êxito e sucesso em suas vidas por meio das manifestações artísticas. Portanto,

nesta produção didático-pedagógica, a professora-pesquisadora propõe exibir

alguns exemplos de materiais artísticos de pessoas que apresentam NEE, para

análise e discussões acerca do assunto abordado, no intuito de desconstruir

rotulações preconceituosas.

3.2 PALESTRA

A palestra, entendida como um momento de exposição teórica de um

determinado tema, é uma atividade bem desafiadora de ser realizada, tendo em

vista que há uma menor interatividade com o público, por isso, é fundamental que o

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assunto exposto seja de interesse mútuo, esteja coerente com os objetivos

pretendidos e que esteja muito bem elaborada por meio de introduções

interessantes, resumos (tópicos), utilização de materiais audiovisuais, apresentação

de exemplos baseados na vida real e abertura para o público para perguntas. Estas

são algumas das estratégias para que uma palestra desperte o interesse e a

atenção dos indivíduos envolvidos nesta metodologia de ensino.

Neste sentido, a professora-autora deste material didático, intenciona

convidar um profissional para palestrar a respeito da temática “Neuroaprendizagem”,

com o intuito de contribuir com conhecimentos teóricos e práticos relacionados às

dificuldades de aprendizagens, oriundas de fatores intrínsecos aos alunos,

possibilitando ao público alvo, condições de mediar com satisfatoriedade a prática

pedagógica frente às necessidades educacionais especiais presentes no âmbito

escolar.

4 ATIVIDADES PROPOSTAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO

As atividades propostas para a implementação desta Produção Didático-

pedagógica estão na seguinte sequência:

4.1 Filme 4.2 Músicas

4.3 Clipes Musicais 4.4 Leitura de Livros

4.5 Biografias 4.6 A Arte na Educação Inclusiva

4.7 Análises de Imagens 4.8 Depoimentos

4.9 Criação de caça-palavras 5 Estudo de Caso

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4.1 FILME

FICHA TÉCNICA

Título no Brasil: Somos Todos Diferentes

/ Como Estrelas na Terra

Título Original: Taare Zameen Par / Like

Stars on Earth

País de Origem: Índia

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 165 minutos

Ano de Lançamento: 2008

Estúdio/Distribuídor: Aamir Khan

Productions

Direção: Aamir Khan

FONTE: http://www.filmesonlinedublado.me/assistir-somos-todos-diferentes-online-

dublado.html Acesso em: 19/09/2012

Sinopse: O filme conta a história de um menino de 9 anos que tem dislexia, que já

repetiu um vez o terceiro período e corre o risco de uma nova reprovação, mas pelo

desconhecimento deste fato pela família e pela escola, Ishaan é discriminado e

humilhado a todo momento, pois não consegue acompanhar as aulas, realizar o

que lhe é solicitado, nem focar sua atenção. Em casa é rotulado de preguiçoso e

comparado sempre com o desempenho do irmão mais velho. Após tantas

reclamações da escola, o pai decidiu, mesmo contra vontade da mãe, matricular

seu filho em um internato. Lá se sentindo abandonado ele regrediu ainda mais na

sua vida escolar, até ser notado por um professor que percebeu o quadro de

dislexia e decidiu resgatar a alegria de aprender e de viver de Ishaan.

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Para assistir e fazer download do filme completo/legendado: “ Taare Zameen Par”

(Título Original – Indiano); “Like Stars on Earth” (título em Inglês); “Somos Todos

Diferentes” e “Como Estrelas na Terra” (Títulos em Português). Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=fiftCor2cXM&playnext=1&list=PLu2sjFjfBbcPmJ9NIEv

MW6GECcJ8_lL38&feature=results_video Acessado em: 07 nov. 2012

4.2 MÚSICAS 4.2.1 MÚSICA: Ser diferente é normal (Vinicius de Castro) [...] Todo mundo tem seu jeito singular De ser feliz, de viver e de enxergar [...] [...] Todo mundo tem que ser especial Em oportunidades, em direitos, coisa e tal [...] [...] Todo mundo tem seu jeito singular De crescer, aparecer e se manifestar [...] FONTE: http://www.vagalume.com.br/vinicius-castro/ser-diferente-e-normal.html Acessado em 16/10/2012

4.2.2 MÚSICA: ESTUDO ERRADO (Gabriel, O Pensador)

[...] Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi [...] [...] E sei que o estudo é uma coisa boa O problema é que sem motivação a gente enjoa [...] [...] Encarem as crianças com mais seriedade Pois na escola é onde formamos nossa personalidade [...]

FONTE: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html Acessado em:

21 nov. 2012

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4.3 CLIPES MUSICAIS 4.3.1 Ser diferente é normal (Gilberto Gil e Preta Gil) FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=XpG6DoORPIs&feature=related Acessado em: 15/10/2012

4.3.2 Reggae da Inclusão: E Daí? Letra e Música: Ivo Dias [...] Pois sou só deficiente, não sou ineficiente. “Seu” doutor, entenda meu lance, me dê uma chance. [...] Só quero oportunidade de ter um labor também. [...] É só ter o que fazer que eu mostro que sou capaz. [...] pior é ter de enfrentar, a minha não inclusão Por quem não quer me aceitar. FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=dXDfzCpUW6c Acessado em: 08/11/2012

4.3.3 A Bela e a Fera – Música: Sentimentos

[...] Sentimentos são fáceis de mudar... [...] Basta um olhar que o outro não espera... [...] Sentimento assim, sempre é uma surpresa, Quando ele vem nada o detém, é uma chama acesa. FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=kHTgD_2WBqM Acessado em: 08/11/2012

4.3.4 Maa de Taare Zameen Par (Extraída do filme: Como Estrelas na Terra/Somos

Todos Diferentes)

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Artista: Shankar Ehsaan Loy

[…] Não me deixe sozinho na multidão... ... não encontrarei o caminho de casa. [...] meus olhos te procuram... ... esperando que você venha me pegar em segurança. [...] Eu não demonstro... ... mas meu coração afunda. [...] Você sabe de tudo, não Mãe? Você sabe de tudo... minha Mãe.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=IY15fAmmhnQ Acessado em: 08/11/2012

4.3.5 “Bum Bbum Bole” Legendado em Português (Extraída do filme: Somos

Todos Diferentes/ Como Estrelas na Terra)

[...] O mundo é o que você enxerga... ... através de suas lentes.

[...] Então libere sua mente... ...abra suas asas...

[...] Vá em frente, abra as portas... Abra as portas! Abra as portas! E sem medo voe! Voe! Voe!

Artista: Aamir Khan FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=gW636C3gULw&feature=fvwrel Acessado em: 08 nov. 2012

4.3.6 Estudo Errado (Gabriel, O Pensador )

[...] Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci

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Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi [...] [...] E sei que o estudo é uma coisa boa O problema é que sem motivação a gente enjoa [...] [...] Encarem as crianças com mais seriedade Pois na escola é onde formamos nossa personalidade [...]

FONTE: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=BD4MMZJWpYU Acessado em: 17 nov. 2012

4.4 LEITURA E ANÁLISE DE LIVROS 4.4.1 LIVRO: JOÃO, PRESTE ATENÇÃO!

FONTE: http://espacoeducar-

liza.blogspot.com.br/2012/06/joao-presta-atencao-livro-sobre-um.html Acessado em: 07/11/2012

FICHA CATÁLOGO TÍTULO: João, preste atenção! AUTORA: Patrícia Secco EDITORA: Educar DPaschoal EDIÇÃO: 1ª ANO: 2005

Sinopse: O livro conta a história de João, que assim como tantas outras inúmeras

crianças, tem bom nível intelectual, mas são incapazes de utilizar adequadamente

alguns instrumentos básicos de comunicação, como a leitura, a escrita e a

interpretação de textos, cujas situações tornaram a escola uma tortura para ele.

Sem condições de evitar os constrangimentos em sala de aula, não tinha mais

desejo de continuar os estudos, sentindo-se muitas vezes totalmente desmotivado

pelo seu baixo desempenho na vida escolar, até encontrar alguém que

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compreendeu suas necessidades educacionais especiais, ajudando-lhe a recuperar

a autoestima.

4.4.2 LIVRO: UM ESTRANHO NO GALINHEIRO

Figura meramente ilustrativa

FONTE:

http://arquivoufo.com.br/2011/11/10/corujas-gigantes-estariam-comendo-animais-de-estimao-nos-eua/ Acesso em: 14 nov. 2012

FICHA CATÁLOGO

TÍTULO: Um Estranho no Galinheiro

AUTORES: Mick Manning e Brita

Granström

EDITORA: Ciranda Cultural

ANO: 1988

EDIÇÃO: 2010

Sinopse: Apresenta a história de uma coruja, que numa noite de chuva, procurava

um lugar seguro para se esconder, encontrou-o, porém ao amanhecer percebeu-se

totalmente “estranho” ali. Foi desprezado e humilhado pela sua diferença para com

os outros, até que foi acolhido por alguém que o estimulou a mostrar sua

capacidade de aprender e de surpreender, conquistando seu espaço.

4.5 BIOGRAFIAS

4.5.1 Vídeo: DISLEXIA COMPREENSÃO: Como Estrelas na Terra (legendado)

Fala sobre alguns dos disléxicos famosos: Albert Einstein, Leonardo da

Vinci, Thomas Alva Edison, Abhishek Bachchan, Pablo Picasso, Walt Disney, Neil

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Diamond, Agatha Christie e também do personagem-produtor do filme “Taare

Zameen Par”, Aamir Khan.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=XduMcf_pePE Acessado em: 07 nov. 2012

4.5.2 Vídeo: The Power of Dyslexia about Famous Dyslexics

Criado por: Freed Meek www.ThePowerOfDyslexia.com

Artista: Siren On

O vídeo apresenta com um fundo musical, as imagens de todos estes

famosos disléxicos, assim como suas respectivas profissões e também traz escrito

na parte superior da tela, afirmações que abordam as dificuldades de aprendizagem

enfrentadas por alguns deles: Albert Einstein, Charles Schwab, General George

Patton, Henry Ford, Henry Winkler, Jay Leno, John T. Chambers, Muhammad Ali,

Orlando Bloom, Paul J. Orfalea, Richard Branson, Salma Hayek, Thomas Edison,

Tom Cruise, Vince Vaughn, Winston Churchill e Whoopi Goldberg.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=l_qGJ9svUbM&feature=related Acessado em: 11 nov. 2012

4.5.3 Vídeo: Famous People with Disabilities

Este vídeo, com fundo musical, apresenta as imagens de todas estas

pessoas famosas, e na legenda, seus nomes e suas respectivas deficiências,

oriundas de uma grande diversidade de fatores extrínsecos e intrínsecos a cada um:

Abraham Lincoln, Albert Einstein, Bruce Jenner, Bruce Willis, Cameron Diaz, Claude

Monet, Cher, David Beckham, F. D. Roosevelt, George Washington, Harriet Tubman,

Hellen Keller, John Lennon, Julia Roberts, Justin Timberlake, Leonardo Da Vinci,

Leonardo DiCaprio, Ludwig Beethoven, Magic Johnson, Mia Hamm, Michael J. Fox,

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Michelangelo, Muhammad Ali, Neil Marcus, Robin Williams, Sir Isaac Newton, Stevie

Wonder, Susan Boyle, Vincent Van Gogh e Whoopi Goldberg.

Artista: John Mayer

FONTE: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=A9Z06EeIhFM Acessado em: 11 nov. 2012

4.5.4 Vídeo: Grandes Personalidades com Dislexia

Produção: Daniela Giannini; Narração: Karina Zasnicoff; Edição: Carlos Bonete

O vídeo apresenta as biografias narradas e imagens relacionadas a estas

grandes personagens disléxicas: Agatha Christie, Albert Einstein, Alexander Graham

Bell, Tom Cruise.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=gxkdH_Jn4rc Acessado em: 11 nov. 2012

4.5.5 Disléxicos Famosos

A Associação Brasileira de Dislexia – ABD, cuja fonte é riquíssima quando o

assunto tratado for dislexia, aborda este tema da seguinte maneira: Alguns dos

grandes contribuidores da nossa sociedade eram “grandes mentes” como você!

Agatha Christie, Albert Einstein, Alexander Pope, Amy Lowell, Anwar Sadat, Auguste

Rodin, Ben Johnson, Beryl Reid, Bruce Jenner, Charles Darwin, Cher, Darcy Bussel,

David Bailey, David Murdock, Dexter Manley, Don Stroud, Duncan Goodhew,

Franklin D. Roosevelt, General George S. Patton, George Washington, Greg

Louganis, Hans Christian Anderson, Harry Belafonte, Harvey Cushing, Henry

Winkler, Jackie Stewart, John Rigby, Joyce Bulifant, Julius Caesar, King Constantine

of Greece, Lawrence Lowell, Leonardo Da Vinci, Leslie Ash, Lewis Carroll, Lindsay

Wagner, Lord Addington, Loretta Young, Margaret Whitton, Margaux Hemmingway,

Mark Stewart, Mark Twain, Michael Barrymore, Michael Hesetine, Michaelangelo,

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Napoleon, Nelson Rockefeller, Nicholas Brady, Nicholas Bush, Nicholas Parsons,

Nicola Hicks, Oliver Reed, Pablo Picasso, Paul Stewart, Peter Scott, Raphael,

Richard Rogers, Rob Nelson, Robin Williams, Roy Castle, Sarah Miles, Sir Francis

Bacon, Sir Joshua Reynolds, Sir Phil Harris, Sir Winston Churchill, Stanley Antonoff,

Stephen J. Cannell, Susan Hampshire, Thomas A. Edison, Tom Cruise, Tom

Smothers, Vincent Van Gogh, Walt Disney, Whoopi Goldberg, Willard Wiggins,

William Butler Yates e Woodrow Wilson.

FONTE:http://dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=230&Itemid=113 Acessado em: 06 nov. 2012

DISLEXIA E ARTES

4.6.1 POESIA (Retirada do filme “Taare Zameen Par”)

Amigos, hoje irei contar a história de um garoto.

Era uma vez um garoto, não me perguntem onde...

... que não sabia ler ou escrever, mesmo tentando muito...

...ele não conseguia lembrar que o B vem depois do A para fechar.

As palavras eram suas inimigas, dançavam como formigas,

Assustando-o e atormentando-o.

Os estudos causavam terror.

Mas quem compartilharia de sua dor?

Seu cérebro estava cheio, nada fazia sentido no meio...

... o alfabeto dançava em devaneio.

Certo dia, o pobre garoto falhou

E nos estudos desmoronou.

Todos riram em sua cara,

Mas sua coragem ninguém arrancara.

E um dia ele achou o ouro.

O mundo ficou maravilhado com a teoria que ele contou.

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Podem adivinhar quem ele é?

Autor: Aamir Khan

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=XduMcf_pePE Acessado em: 07 nov. 2012

4.6.2 ARTES PLÁSTICAS: DESENHO

Traços (Por César B. Del Nero – 17 anos)

FONTE:http://dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=248&Itemid=114 Acessado em: 06 nov. 2012

4.6.3 ARTES PLÁTICAS: AEROMODELISMO

Planador (Criado por: Eduardo C. Rodrigues – 11 anos)

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Feito em madeira balsa. Entelado a mão

e demorou mais ou menos duas

semanas, em ajuda de ninguém.

“Gosto muito de ciências, andar de kart e

voar com meu pai. Gosto de ler

narrativas de enigmas.”

Diagnosticado pela ABD com dislexia

severa.

FONTE:http://dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=247&Itemid=114 Acessado em: 12 nov. 2012.

4.7 ANÁLISE DE IMAGENS 4.7.1 Mapa Mental – Famosos com Dislexia

FONTE: http://estacaovestibular.wordpress.com/2011/04/19/ Acessado em: 15 nov. 2012

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4.7.2 Mapa Mental – Diagrama Dislexia

FONTE:http://estacaovestibular.files.wordpress.com/2011/04/mapa_mental_diagrama_dislexia.jpg Acessado em: 15 nov. 2012

4.7.3 DA NECESSIDADE ESPECIAL AO DIREITO

4.7.3.1 Acessibilidade

4.7.3.2 Estratégias Diferenciadas

FONTE: Cartilha: Da Necessidade Especial ao Direito. UFSJ Sem Barreiras. 2010

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4.7.3.3 Direito ao Lazer

4.7.3.4 Igualdade de Oportunidades

FONTE: Cartilha: Da Necessidade Especial ao Direito. UFSJ Sem Barreiras. 2010.

4.8 DEPOIMENTOS

4.8.1 “Eu amo a dislexia de minha filha” (Depoimento fragmentado, sem nenhuma

alteração do conteúdo, somente a formatação foi alterada)

“Minha filha tem nove anos, diagnosticada com dislexia pela ABD. Ela apresentou

dificuldades na escola com seis anos, não gostava de fazer lições de casa, ficava nervosa, e

sempre chorava em cima dos materiais escolares, eu sempre junto dela, cobrando

resultados e explicando as suas obrigações... muito choro [...]”

Jessilene AAS, mãe. O depoimento inteiro está disponível no site da ABD (Associação

Brasileira de Dislexia).

FONTE:http://www.dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=40&Itemid=76 Acessado em: 07 nov. 2012

4.8.2 Depoimento Fragmentado (Sem nenhuma alteração do conteúdo, somente a

formatação foi alterada)

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“[...] sou disléxico e desde criança sofri com os sintomas. Os ditados e as cópias

(obrigatórios na minha época) eram o terror da minha vida. Nunca conseguia copiar

corretamente um texto... Escrever as palavras do ditado então [...]”

Dr. Flávio Carvalho – Professor Adjunto – Canto DEMAC/UFU (O depoimento inteiro está

disponível no site da ABD).

FONTE:http://www.dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=40&Itemid=76 Acessado em: 07 nov. 2012

4.8.3 “A dislexia não me venceu.” (Depoimento Fragmentado, sem nenhuma

alteração do conteúdo, somente a formatação foi alterada)

“Sou advogada, faço pós-graduação na Instituição Toledo de Ensino (Presidente

Prudente/SP), tenho um círculo de amizade e desenho nas horas de folga. Sou normal?

Claro que sim! A dislexia não me venceu. Este depoimento singelo dedico a todas as

pessoas que, assim como eu, sofreram muitos preconceitos (infelizmente os disléxicos são

desacreditados pelos próprios “educadores” e familiares), e chorou muito ao se sentir

incapaz [...]”

Roberta Garcia Longo (O depoimento inteiro está disponível no site da ABD).

FONTE:http://www.dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=40&Itemid=76 Acessado em: 07 nov. 2012

4.8.4 “Ser diferente também é ser muito mais! Parte 2” (Depoimento

fragmentado, sem nenhuma alteração do conteúdo, somente a formatação foi

alterada)

“Houve época que ser diferente doía, como perceber que todas as crianças da 2ª série

compreendiam o que a professora falava logo na primeira, e eu, tinha que perguntar uma,

duas, três ou até quatro vezes; ou quando minha mãe pedia pra que eu fosse pegar pra ela

a vassoura, o desinfetante, o papel higiênico na dispensa e dar água pro cachorro no

caminho... e eu só conseguia lembrar da vassoura; ou quando estudava sozinha no meu

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quarto para a prova e logo após de tentar decorar a primeira frase do questionário, já não

sabia a pergunta; deixei de tentar entender por que conseguia cantar a letra de uma música

inteirinha, mas não conseguia ir bem nas provas; e quando a professora passava por mim e

me chamava na frente de todos de lunática, pois eu viajava olhando para algum cartaz ou

imagem na janela [...]”

Sylvia Paola (O depoimento inteiro está disponível no site da ABD)

FONTE:http://www.dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=bl

og&id=40&Itemid=76 Acessado em: 07 nov. 2012

4.8.5 “Poema para o filho disléxico” Victor Hugo

[...] Odeias os tempos verbais!

A escola é um fardo, o estudar um tormento.

Tanta coisa, tão mais interessante a fazer/viver.

E insistem contigo diariamente... na escrita, nos trabalhos, nas tarefas, até teu

Braço doer...

És movimento!!!! Cinestesia pura, prática, contracultura.

“Viajas” no desinteresse, desligas-te do mundo real.

Fernanda M. F. Carvalho (A poesia inteira está disponível no site da ABD)

FONTE:http://www.dislexia.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=40&Itemid=76 Acessado em: 07 nov. 2012

4.8.6 Vídeo: Projeto Individualmente

O vídeo apresenta depoimentos de pessoas de várias faixas etárias que

enfrentaram e enfrentam preconceitos e discriminações oriundos do

desconhecimento dos transtornos de aprendizagem, neste caso, a dislexia. Este

vídeo foi localizado através da divulgação no site do Instituto ABCD, que aborda os

Transtornos de Aprendizagem com muita clareza e seriedade.

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FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=YTZ4YuNtNHM&feature=plcp Acessado em: 26 nov. 2012.

4.8.7. VÍDEO: DEPOIMENTO DE NAZARÉ METSAVAHT

O depoimento aborda a necessidade do diagnóstico pra vida escolar e social

do disléxico, evidenciando as angústias e humilhações sofridas nas instituições

escolares nas quais estudou. O documentário enfatiza a necessidade dos

educadores estarem preparados para atender os alunos que apresentam

necessidades educacionais especiais. Este vídeo foi localizado através da

divulgação no site do Instituto ABCD, cuja fonte é riquíssima sobre os transtornos de

aprendizagem.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=JMlsq21zGGU

Acessado em: 26 nov. 2012

4.9 CRIAÇÃO E RESOLUÇÃO DE CAÇA-PALAVRAS (on-line)

Esta atividade proposta será realizada com a utilização do laboratório de

Informática do colégio, o qual já foi citado na ficha catálogo deste material, com os

(as) alunos (as) do Curso de Formação de Docentes, em duplas ou individuais, de

acordo com o número de alunos presentes e máquinas disponíveis no momento da

oficina.

A professora, responsável pela implementação iniciará a referida oficina com

uma exposição oral sobre o assunto, destacando algumas palavras-chave da

temática abordada e após, instruirá o público alvo para a realização da atividade on-

line, usando o vocabulário adquirido durante a exposição e também das oficinas

anteriores, relacionados à inclusão educacional.

Page 54: INCLUSÃO EDUCACIONAL: COMO (RE) CONHECER OS …€¦ · inclusÃo educacional: como (re) conhecer os distÚrbios de aprendizagem relacionados ao processo de apropriaÇÃo da leitura

FONTE: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?criarcacapalavras Acessado em: 14 nov. 2012

5 ESTUDOS DE CASO

ESTUDO DE CASO 1

Fábio: 11 Anos – Quinta Série (Sexto Ano)

Dificuldades na aprendizagem aumentam a cada série;

Baixo interesse acadêmico;

Está alfabetizado, porém tem limitação importante para construir textos e para a compreensão leitora;

Sem problemas quanto à decodificação leitora;

Dificuldades também presentes na linguagem oral, em termos de expressão e compreensão;

Histórico de dificuldades de aprendizagem, em geral, desde muito pequeno;

Dificuldades com matemática e situações envolvendo raciocínio abstrato;

Limitação quanto ao desenvolvimento intelectual, com prejuízos em aspectos verbais e não verbais.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=HQ2MLiDwQbc&feature=related Acesso em: 15 out. 2012

ESTUDO DE CASO 2

André: 8 Anos – Segunda Série

Dificuldades na aprendizagem;

Não consegue se alfabetizar;

Não se interessa pelas atividades propostas;

Grande dificuldade de interação e de comunicação oral;

Vive fechado em seu universo;

Interação social muito limitada, desde muito pequeno;

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Interesses restritos e comportamentos repetitivos.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=HQ2MLiDwQbc&feature=related Acesso em: 15 out. 2012

ESTUDO DE CASO 3

Marcos: 9 Anos – Terceira Série

Lê e escreve, porém com limitações na expressão e compreensão;

Histórico de dificuldades quanto ao desenvolvimento da linguagem oral;

Dificuldades com a matemática;

É esforçado, mas não consegue acompanhar;

Tem desempenho melhor em atividades não verbais;

Não apresenta comprometimento intelectual.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=HQ2MLiDwQbc&feature=related Acesso em: 15 out. 2012

ESTUDO DE CASO 4

Carlos: 9 Anos – Terceira Série

Teve grande dificuldade para ser alfabetizado;

Persiste dificuldade para fazer a decodificação leitora, com prejuízos na compreensão;

Compreensão adequada quando o texto é lido por outra pessoa;

Muitos erros ortográficos quando escreve;

Sem histórico de problemas quanto ao desenvolvimento da linguagem oral;

Facilidade para outros tipos de aprendizagem.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=HQ2MLiDwQbc&feature=related Acesso em: 15 out. 2012

ESTUDO DE CASO 5

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Pedro: 7 Anos – Primeira Série

Não está conseguindo ser alfabetizado;

Desinteresse pelas atividades propostas;

Desatenção e agitação dentro da sala de aula;

Problemas de comportamento da escola;

Boas habilidades em termos de linguagem oral;

Facilidade para aprender, de modo geral;

Problema específico para alfabetizar;

Facilidade para matemática.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=HQ2MLiDwQbc&feature=related Acesso em: 15 out. 2012

ESTUDO DE CASO 6:

QUEM TEM DIFICULDADE(S) DE APRENDIZAGEM PRECISA DE AJUDA; NÃO DE

CASTIGO!

J., tem 5 anos e 10 meses, já cursa o final da primeira série. Mas, como não

é de se estranhar no caso de uma alfabetização iniciada aos 5 anos, ficou para trás.

Não consegue “acompanhar a turma”. Nove meses depois após o início do

processo, continua pré-silábico. Na sua sala muitos leem e escrevem, realizando as

atividades propostas pelo método. Porém J., e alguns de seus colegas, somente

copiam algumas coisas. Tornaram-se até hábeis nesta “nobre” tarefa. Mas, ler e

escrever ainda não. A defasagem é muito grande e aumenta a cada dia. Como não

consegue fazer o que lhe pedem, na hora do intervalo fica retido em sala de aula,

copiando as atividades que não realizou dentro do período esperado. A questão que

ele próprio levanta é “por que eu não posso mais sair e brincar com meus colegas no

recreio?”

FONTE: ZORZI, Jaime Luiz. Guia Prático para Ajudar Crianças com Dificuldades de Aprendizagem: Dislexia e outros Distúrbios – um manual de boas e saudáveis atitudes. 22. ed. Pinhais:Editora Melo, 2008, p. 16.

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ESTUDO DE CASO 7 QUEM TEM DIFICULDADE(S) DE APRENDIZAGEM PRECISA DE AJUDA; NÃO DE

CASTIGO!

P. é um jovem de 11 anos. Já tem uma reprovação em sua história escolar e

está cursando a quarta série do ensino fundamental. Apesar de sua inteligência

privilegiada e das muitas habilidades que possui, apresenta uma dificuldade acima

da média para a leitura e também para a escrita, basicamente em termos de

ortografia. Tudo indica que esta criança apresenta um distúrbio de aprendizagem

específico, que afeta o desenvolvimento de suas habilidades para ler e escrever.

Mesmo assim, P. não parece ser bem compreendido em suas limitações. Embora

tenha informações sobre dificuldades de leitura e de escrita e suas conseqüências, a

mãe julga-o preguiçoso, ameaçando denunciá-lo ao pai caso não se empenhe mais.

Também, frequentemente, compara-o com a irmã mais nova, da primeira série, que

escreve com menos erros do que ele. Mas o fato é que P. está empenhado em

aprender e procura dar o máximo de si. Porém, seu esforço não é reconhecido na

medida em que somente os erros e dificuldades são vistos.

Na escola, apesar de não ter restrições quanto a acompanhar o conteúdo

das matérias, já foi reprovado pelo seu desempenho mais baixo em leitura e,

principalmente, em ortografia. Vive perdendo pontos por causa de cada erro que

comete. Também recebe anotações em suas provas e no caderno para “prestar mais

atenção” nos treinos ortográficos e errar menos as palavras já treinadas. Seu colégio

é considerado “forte”, “exigente” e ele está novamente em risco de reprovação. Em

outras palavras, P. vive uma situação em que tem que mostrar “força” e

“competência”. Mas, e a contrapartida? A quem cabe dar-lhe forças e quem deve

prepará-lo para responder às exigências?

FONTE: ZORZI, Jaime Luiz. Guia Prático para Ajudar Crianças com Dificuldades de Aprendizagem: Dislexia e outros Distúrbios – um manual de boas e saudáveis atitudes. 22. ed. Pinhais:Editora Melo, 2008, p. 17-18.

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ESTUDO DE CASO 8 QUEM TEM DIFICULDADE(S) DE APRENDIZAGEM PRECISA DE AJUDA; NÃO DE

CASTIGO!

M. tem 17 anos. Está terminando o colegial. Afirma que tem um grande

problema na vida: a escrita do português. Por esta razão, escreve muito pouco. Não

quer expor seus erros. Não se conforma com o modo como escreve, considerando-

se “burro” neste aspecto. Dificilmente sabe se é para escrever “ss” ou “ç”, “x” ou “ch”.

Sofre com isso, pois, apesar do bom rendimento nas várias disciplinas, muitos

professores costumam descontar pontos, fazendo um traço debaixo da palavra

errada e mandando prestar mais atenção. Lamenta que tenha sido a prática de

correção que lhe propuseram, por tantos anos, inclusive em casa. Acha engraçado

que, apesar de tantas cópias que já lhe mandaram fazer, de tanto ditado para treino

e fixação ortográfica, ainda tenha dificuldades para saber como escrever muitas

palavras. É como se nada tivesse sido feito para realmente ajudá-lo.

FONTE: ZORZI, Jaime Luiz. Guia Prático para Ajudar Crianças com Dificuldades de Aprendizagem: Dislexia e outros Distúrbios – um manual de boas e saudáveis atitudes. 22. ed. Pinhais:Editora Melo, 2008, p. 19.

ESTUDO DE CASO 9 – DISGRAFIA PSICOMOTORA

As análises, discussões e compreensões acerca deste estudo de caso

diagnosticado e prognosticado como disgrafia psicomotora terá um direcionamento

específico para o Curso de Formação de Docentes Integrado e Subsequente, dos

períodos: matutino e noturno. Esta especificidade se dá pelo fato de que é na

Educação Infantil, onde muitas dificuldades de aprendizagem e distúrbios

específicos da leitura e da escrita podem ser percebidos e tratados, prevenindo uma

história de insucessos escolares.

Na contemporaneidade, a Educação Infantil está frente a um grande desafio:

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o de estimular a criança, sem comprometer a ludicidade que está presente nesta

faixa etária. As crianças iniciam sua vida escolar cada vez mais precocemente,

colocando sobre as instituições escolares infantis a responsabilidade de suprir as

necessidades motoras, emocionais, cognitivas e sociais. A inserção na escola da

criança a partir de um ano e meio de idade ocorre pela necessidade dos pais

estarem no mercado de trabalho, cuja competitividade exige cada vez mais

dedicação, ocasionando desta forma uma ausência maior da família no

desenvolvimento dos filhos, comprometendo na grande maioria o processo de

desenvolvimento global da criança, função a qual está sendo depositada sobre a

Educação Infantil.

Segundo Gonçalves (2009, p. 15), “pode-se perceber na Educação Infantil

que a psicomotricidade constitui um meio auxiliar na estruturação, ligando às

experiências motoras, cognitivas e sócio-afetivas indispensáveis à formação do

sujeito.” Também para esta autora, para as competências escolares de leitura e

escrita, a criança necessita de algumas capacidades pscimotoras, que precisam ser

estimuladas e otimizadas. Uma delas é a coordenação visomotora, cuja capacidade

compreende a coordenação da visão com a produção de respostas grafomotoras,

como no desenho, na cópia ou na escrita, ou até mesmo nas atividades lúdicas de

manipulação.

Neste sentido, é de caráter emergencial que os alunos do Curso de

Formação de Docentes adquiram os conhecimentos teóricos e práticos acerca do

desenvolvimento psicomotor, os quais são determinantes no sucesso escolar e

social desta criança.

A intencionalidade de apresentar a este público os fragmentos avaliativos

que estarão na sequência, é demonstrar as características da disgrafia psicomotora,

evidenciando a potencialidade do intelecto do aluno disgráfico.Cabe enfatizar que

podemos encontrar indivíduos com problemas psicomotores com nível intelectual

normal ou acima da média. Os fragmentos avaliativos abaixo deixam evidente que a

capacidade de interpretação e compreensão deste aluno disgráfico é satisfatória, e

que somente a transcrição para a escrita que apresenta prejuízos, ocasionados pelo

distúrbio específico da escrita, a disgrafia.

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FIGURA 1

FIGURA 2

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Ciências – 2° ano – 2° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva – 2012.

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FIGURA 3

FIGURA 4

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Ciências – 2° ano – 2° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva - 2012.

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FIGURA 5

FIGURA 6

FIGURA 7

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Geografia – 2° ano – 1° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva - 2012.

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FIGURA 8

FIGURA 9

FIGURA 10

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Geografia – 2° ano – 1° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva - 2012.

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FIGURA 11

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de História – 2° ano – 2° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012.

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FIGURA 12

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de História – 2° ano – 2° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012.

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FIGURA 13

FIGURA 14

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de História – 2° ano – 2° Trimestre P. 1.

Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012.

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FIGURA 15

FIGURA 16

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Língua Portuguesa – 2° ano – 2°

Trimestre P. 1. Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012.

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FIGURA 17

FIGURA 18

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Língua Portuguesa – 2° ano – 2°

Trimestre P. 1. Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012.

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FIGURA 19

FONTE: Aluno J. R. Ensino Fundamental – Prova de Língua Portuguesa – 2° ano – 2°

Trimestre P. 1. Colégio Positivo de Jaguariaíva. 2012

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