Infecção associada aos cuidados de saúde

16
19-03-2012 1 Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção 1 INFECÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção 2 OBJECTIVOS: • Compreender a problemática decorrente da infecção associada aos cuidados de saúde. • Compreender os fundamentos inerentes às diferentes estratégias preventivas. • Conhecer o papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo da infecção associada aos cuidados de saúde. Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny • Conceito de infecção associada aos cuidados de saúde. • Epidemiologia das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Principais infecções associadas aos cuidados de saúde. • Factores associados à incidência e prevalência das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Consequências das infecções associadas aos cuidados de saúde. Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção 3 CONTEÚDOS Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny • Medidas de prevenção: medidas de precaução universais, medidas de protecção individual, medidas de isolamento protector, a lavagem das mãos, a limpeza, a desinfecção e a esterilização. • A estrutura arquitectónica das instituições de saúde e a prevenção da infecção associada aos cuidados de saúde. •A gestão dos resíduos produzidos nas instituições de saúde. • O papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde. • A vigilância epidemiológica das infecções associadas aos cuidados de saúde. Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção 4 CONTEÚDOS

Transcript of Infecção associada aos cuidados de saúde

Page 1: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

1

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

1

INFECÇÃO ASSOCIADA AOS

CUIDADOS DE SAÚDE

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

2

OBJECTIVOS:

• Compreender a problemática decorrente da infecção associada aos cuidados de saúde.

• Compreender os fundamentos inerentes às diferentes estratégias preventivas.

• Conhecer o papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo da infecção associada aos cuidados de saúde.

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

• Conceito de infecção associada aos cuidados de saúde. • Epidemiologia das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Principais infecções associadas aos cuidados de saúde.• Factores associados à incidência e prevalência das infecções associadas aos cuidados de saúde. • Consequências das infecções associadas aos cuidados de saúde.

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

3

CONTEÚDOS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

• Medidas de prevenção: medidas de precaução universais, medidas de protecção individual, medidas de isolamento protector, a lavagem das mãos, a limpeza, a desinfecção e a esterilização. • A estrutura arquitectónica das instituições de saúde e a prevenção da infecção associada aos cuidados de saúde. •A gestão dos resíduos produzidos nas instituições de saúde. • O papel do enfermeiro na prevenção, diagnóstico e controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde.• A vigilância epidemiológica das infecções associadas aos cuidados de saúde.

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

4

CONTEÚDOS

Page 2: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

2

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

5

INFECÇÃO

INFECÇÃO ASSOCIADA AOS

CUIDADOS DE SAÚDE (IACS)

CONTAMINAÇÃO

ASSEPSIA ANTISSEPSIA LIMPEZA

DESINFECÇÃO ESTERILIZAÇÃO PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

6

INFECÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE (IACS)

É UMA INFECÇÃO ADQUIRIDA PELOS DOENTES EM

CONSEQUÊNCIA DOS CUIDADOS DE SAÚDE

PRESTADOS E QUE PODE, TAMBÉM, AFECTAR OS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE DURANTE O EXERCÍCIO

DA SUA ACTIVIDADE.(DGS, 2007)

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

7

EPIDEMIOLOGIA

• PREVALÊNCIA NA MAIORIA DOS PAÍSES EUROPEUS: 5 A

10%

• PORTUGAL (MAIO DE 2003): 8,4%

• INFECÇÃO POR MRSA NO SUL DA EUROPA: 20 A 40%

• PORTUGAL 2004: CERCA DE 50%

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

A IACS ATINGE MAIS DE 1,4 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO

• NOS HOSPITAIS ESTA INFECÇÃO VARIA ENTRE OS 8 E OS 12%

A INFECÇÃO ADQUIRIDA NO HOSPITAL CONDICIONA:

• AUMENTO DA DEMORA MÉDIA GLOBAL EM 3,1 - 4,5 D

• MULTIPLICAÇÃO DOS CUSTOS POR QUATRO

• ACRÉSCIMO DA MORTALIDADE (4,3 A 7,4%)

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

8

EPIDEMIOLOGIA

Page 3: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

3

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

9

CONSEQUÊNCIAS DAS IACS

• AUMENTO DA MORBILIDADE

• AUMENTO DA MORTALIDADE

• AUMENTO DOS CUSTOS DIRECTOS

• AUMENTO DOS CUSTOS INDIRECTOS

• AFECTA A QUALIDADE DOS CUIDADOS

• AFECTA A QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES

• AFECTA A SEGURANÇA DOS DOENTES E DOS PROFISSIONAIS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

10

HELICS:C. Suetens. ESQH Workshop – Brussels 2001

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

11

LOCALIZAÇÃO DAS IACS MAIS COMUNS:

• Infecções das vias respiratórias: 30,4%

• Infecções das vias urinárias: 23,8%

• Infecções da ferida operatória: 12,9%

• Infecções hematogéneas: 9,0%

Inquérito de prevalência nacional, 2003

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

12

Hospedeiro susceptível

Agente infeccioso

Reservatório

Porta de saída

Modo de transmissão

Porta de entrada

Cadeia Epidemiológica

da Infecção

Page 4: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

4

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

13

PRINCIPAIS MICRORGANISMOS ASSOCIADOS A IACS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

14

RESERVATÓRIOS:

1. FLORA PERMANENTE OU TRANSITÓRIA DO

DOENTE

INFECÇÃO ENDÓGENA

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

15

RESERVATÓRIOS:

2. FLORA DE OUTRO DOENTE OU DOS PROFISSIONAIS

• POR CONTACTO DIRECTO: MÃOS

• PELO AR

• ATRAVÉS DE PROFISSIONAIS CONTAMINADOS

• ATRAVÉS DE OBJECTOS CONTAMINADOS

INFECÇÃO EXÓGENA, CRUZADA

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

16

RESERVATÓRIOS:

3. FLORA DO AMBIENTE DA INSTITUIÇÃO

• NA ÁGUA, ÁREAS HÚMIDAS, DESINFECTANTES

• ROUPAS, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE USO COMUM

• NOS ALIMENTOS

• NAS POEIRAS, NOS NÚCLEOS DE GOTÍCULAS DURANTE

A TOSSE OU A FALA

INFECÇÕES AMBIENTAIS EXÓGENAS, ENDÉMICAS OU EPIDÉMICAS

Page 5: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

5

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

17

CONCLUINDO:

AS PESSOAS SÃO O CENTRO DO FENÓMENO:

Reservatório e fonte de

microrganismos

Transmissor

Receptor de microrganismos: novo

reservatório

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

18

OR

IGE

M D

A I

AC

S

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

19

FACTORES ASSOCIADOS AO AUMENTO DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS IACS

FACTORES INTRÍNSECOS

AO HOSPEDEIRO

DOENÇA DE BASE

FACTORES PESSOAIS

FACTORES EXTRÍNSECOS

AO HOSPEDEIRO

MEIO AMBIENTE

AGRESSÕES AO

HOSPEDEIRO

QUALIDADE DOS

CUIDADOS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

20

PROGRAMAS DE CONTROLO DAS IACS:

• PROGRAMAS NACIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO

• PROGRAMAS REGIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO

• PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO

Page 6: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

6

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

21

COMISSÕES DE CONTROLO DA INFECÇÃO

PROFISSIONAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO (ELOS DE LIGAÇÃO)

MANUAIS DE CONTROLO DA INFECÇÃO

EDUCAÇÃO E TREINO DO PESSOAL HOSPITALAR

PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DE CONTROLO DAS IACS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

22

A PREVENÇÃO E O CONTROLO DAS IACS:

•REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DE PESSOA PARA PESSOA

• REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E

EQUIPAMENTOS

• REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

23

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DE PESSOA PARA PESSOA

• TÉCNICAS DE LAVAGEM DAS MÃOS

• TÉCNICA DE DESCONTAMINAÇÃO DAS MÃOS

HIGIENE DAS MÃOS

• BATA GORRO

• LUVAS PROTECÇÃO DO CALÇADO

• MÁSCARA ÓCULOS/VISEIRA

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE

PROTECÇÃO INDIVIDUAL

• VESTUÁRIO DE TRABALHO CALÇADO

• UNHAS CABELOS JÓIASCUIDADO PESSOALES

TR

AT

ÉG

IAS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

24

Page 7: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

7

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

25

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

26

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

27

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

28

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Conceito: vestuário ou equipamento especial usado por um profissional com a finalidade de se proteger contra materiais contaminados.

OSHA

Page 8: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

8

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

29

OSHA: regulamenta as responsabilidades dos empregadores

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

• Providenciar EPI apropriado• Assegurar que EPI é descartável• Assegurar um adequado tratamento (limpeza, reparação, armazenamento) no caso de material reutilizável• Assegurar a formação dos profissionais para adequada utilização do equipamento

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

30

EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI):

• Luvas•Bata

•Máscara•Óculos•Viseira•Gorro

•Protectores calçado•Avental

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

31

MEDIDAS DE

PROTECÇÃOINDIVIDIAL

CO

LO

CA

ÇÃ

O: O

RD

EM

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

32

MEDIDAS DE

PROTECÇÃOINDIVIDIAL

RE

TIR

AR

: OR

DE

M:

Page 9: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

9

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

33

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

LIMPEZADESINFEC

ÇÃOESTERILIZA

ÇÃO

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

34

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

LIMPEZA

• PROCESSOS QUE PERMITEM REMOVER A SUJIDADE

VISÍVEL PRESENTE NOS OBJECTOS E SUPERFÍCIES.

• REALIZADA MANUALMENTE OU MECANICAMENTE COM

ÁGUA E DETERGENTE OU PRODUTOS ENZIMÁTICOS

• REQUER A UTILIZAÇÃO DE EPI

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

35

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

DESINFECÇÃO

• PROCESSOS QUE PERMITEM A ELIMINAÇÃO DE

MUITOS OU DE TODOS OS MICRORGANISMOS

PATOGÉNICOS, EXCEPTO AS SUAS FORMAS DE

RESISTÊNCIA, PRESENTES NOS OBJECTOS

INANIMADOS.

• MÉTODOS QUÍMICOS

• MÉTODOS FÍSICOS (PASTEURIZAÇÃO)

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

36

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

DE

SIN

FE

CTA

NT

ES

ANTISSÉPTICOS: germicidas com indicação para tecidos vivos ou pele

DESINFECTANTES: antimicrobianos com indicação para os objectos inanimados

Page 10: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

10

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

37

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

ESTERILIZAÇÃO

• PROCESSOS QUE DESTRÓEM OU ELIMINAM TODAS

AS FORMAS DE VIDA MICROBIANA (INCLUINDO AS

SUAS FORMAS DE RESISTÊNCIA).

• MÉTODOS FÍSICOS

• MÉTODOS QUÍMICOS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

38

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

EFICÁCIA DOS PROCESSOS DEPENDE DE:• Limpeza dos materiais

• Presença de matéria orgânica

• Tipo e nível de contaminação

•Concentração e tempo de exposição ao germicida

•Natureza física do objecto

• Presença de biofilme

•Temperatura e pH do processo de desinfecção

• Humidade relativa do processo de esterilização

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

39

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

(ACETATO 1)

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

40

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

A SELECÇÃO DO PROCESSO DE

REPROCESSAMENTO DE MATERIAL:

CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING (ACETATO 2)

Page 11: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

11

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

41

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

CUIDADOS A TER NA MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAL

ESTERILIZADO (DOCUMENTO)

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

42

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

CUIDADOS A TER COM OS TÊXTEIS

USADOS

CONTAMINADOS/ SUJOS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

43

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO PELOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Princípios da manipulação de têxteis:

• NÃO AGITAR OU SACUDIR

• SEPARAR AS ROUPAS CONTAMINADAS COLOCANDO-AS

EM SACOS PRÓPRIOS

•EVITAR O CONTACTO COM O CORPO OU VESTUÁRIO

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

44

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS

Page 12: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

12

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

45

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL

ESTRUTURA ARQUITECTÓNICA:

• MATERIAIS DE REVESTIMENTO

• VENTILAÇÃO

•CIRCUITOS

•ÁGUAS

•LIXOS

•ESGOTOS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

46

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL

LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR: princípios

• O poder da limpeza está associado à acção mecânica

•90% dos microrganismos estão contidos na sujidade visível

•Devem existir políticas que especifiquem a frequência, os

produtos e os métodos de limpeza

•Todas as áreas/superfícies visivelmente contaminadas com

sangue ou fluidos corporais devem ser imediatamente limpos

•Todas as superfícies horizontais e sanitários devem ser limpos

diariamente

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

47

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL

LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR:

OS MÉTODOS E A FREQUÊNCIA DEPENDEM DO RISCO QUE

COMPORTA CADA ZONA

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

48

REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO AMBIENTAL

ZONA A: sem contacto com doentes

LIMPEZA COMUM

ZONA B: contacto com doentes não

infectados

LIMPEZA HÚMIDA

ZONA C: doentes infectados

LIMPEZA COM DESINFECTANTE

ZONA D: doentes altamente susceptíveis

LIMPEZA COM DESINFECTANTE 2XDIA

Page 13: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

13

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

49

PRECAUÇÕES STANDARD

• Constituem a primeira estratégia preventiva

relativamente à prevenção das IACS

• Baseiam-se no princípio de que todo o sangue,

fluidos corporais, secreções, excreções (excepto o

suor), a pele lesada e as membranas mucosas

podem conter agentes transmissíveis.

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

50

• Incluem um conjunto de medidas preventivas que

devem ser aplicadas a todos os doentes

independentemente da suspeita de infecção ou

infecção confirmada, em qualquer unidade de

prestação de cuidados.

PRECAUÇÕES STANDARD

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

51

Medidas standard

Higiene mãos

EPI

Agulhas

Controlo ambiental

Texteis

Colocação dos

doentes

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

52

HIGIENE DAS MÃOS:

• Após tocar em sangue, fluidos corporais,

secreções, excreções, objectos contaminados.

• Imediatamente após retirar luvas

• Entre contacto com doentes

Page 14: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

14

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

53

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

LUVAS:

• Contacto com sangue, fluidos corporais, secreções,

excreções, objectos contaminados.

• Contacto com membranas mucosas e pele não intacta.

BATA:

• Durante procedimentos e cuidados aos doentes em que é

previsível o contacto com roupas/pele com sangue, fluidos

corporais, secreções ou excreções

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

54

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

MÁSCARA, PROTECÇÃO OCULAR, VISEIRA:

• Durante procedimentos e cuidados capazes de originar

aerossóis, sprays de sangue, fluidos corporais secreções,

excreções, especialmente aspiração e entubação

endotraqueal

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

55

EQUIPAMENTO CONTAMINADO

• Manipular de modo a prevenir a

contaminação de outros ou do ambiente

• Utilizar luvas se visivelmente contaminados

• Realizar higiene das mãos

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

56

CONTROLO AMBIENTAL

• Implementar procedimentos de limpeza e

desinfecção das superfícies, em especial as tocadas

mais frequentemente nas áreas de cuidados aos

doentesTÉXTEIS

• manipulá-los de modo a prevenir a transferência dos

microrganismos para outros ou para o ambiente

Page 15: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

15

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

57

AGULHAS E OUTROS CORTOPERFURANTES

• Não recolocar a tampa, dobrar, partir ou tocar com

as mãos as agulhas usadas

• se necessário recolocar a tampa, utilizar apenas

uma mão (demonstrar)

• utilizar dispositivos de segurança se disponíveis

• colocar as agulhas e corto perfurantes no contentor

apropriado

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

58

REANIMAÇÃO DOS DOENTES

• Utilizar protecção para a boca e outros

equipamentos que previnam o contacto directo

com a boca e secreções orais.

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

59

COLOCAÇÃO DO DOENTE

Priorizar a colocação em quarto individual quando:

• há um elevado risco de transmissão

• há elevada possibilidade de contaminar o ambiente

• o doente não respeita os cuidados de higiene

requeridos

•Tem uma elevada susceptibilidade às infecções

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

60

Novos elementos nas medidas standard:

• Práticas de injecção seguras

• Medidas de higiene respiratória

• Uso de máscara na inserção de

cateteres ou injecção de material no

espaço sub-dural via punção lombar

PR

OT

EC

ÇÃ

O

DO

S

DO

EN

TE

S

Page 16: Infecção associada aos cuidados de saúde

19-03-2012

16

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

61

HIGIENE RESPIRATÓRIA • instruir as pessoas sintomáticas para cobrirem a

boca/nariz quando espirrarem/tossirem

• utilizar lenços descartáveis e colocar no recipiente

apropriado

• cumprir a higiene das mãos após sujar as mãos com

secreções respiratórias

• utilizar máscara se tolerado ou manter a distância de

pelo menos 1 metro das outras pessoas

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

62

PAPEL DO ENFERMEIRO RELATIVAMENTE À

PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E

CONTROLO DAS IACS

Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Profª Cristina Pestana - Enfermagem e controlo da infecção

63

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

•Centers for Disease Control and Prevention. (2002). Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings: Recommendations of the Healthcare Infection Control Practices

Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. Atlanta: author.• Comissão de Controlo da Infecção - Hospital Central do Funchal. (s.d.). Resíduos hospitalares. Funchal: autor.• Ducel, G., Fabry, J., Nicolle, L. Eds. (2002). Prevenção de infecções adquiridas no hospital. Um guia prático (2ª ed.). Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge.•OMS. (2003). Practical guidelines for infection control in healthcare facilities. Geneva: author. •Rutala, W.; Weber, D. J.; The Healthcare Infection Control Practices Advisory Comitee. (2008). Guideline for disinfection and sterilization in healthcare facilities, 2008. Atlanta: CDC.• Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee.(2007). 2007 Guideline for Isolation Precautions:

Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Atlanta: CDC.•WHO. (2009). WHO guidelines on hand hygiene in healthcare. Geneva: author.