Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde - NDS · 2018-06-01 · Por meio de nota...

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Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde - NDS De 27 de maio a 02 de junho de 2018. 13.° Ano. N. 359. Nova gestão no Instituto de Saúde Coletiva Em cerimônia realizada no dia 22 de maio, tomaram posse nos cargos de administração do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFMT as professoras Cássia Maria Carracos Palos, eleita Diretora do ISC para um mandato de quatro anos; Karine Wlasenko Nicolau, Coordenadora do Curso de Graduação em Saúde Coletiva; Marina Atanaka dos Santos, Coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva e Rita Adriana Gomes, Chefe de Departamento de Saúde Coletiva, para mandatos de dois anos, respectivamente. A eleição ocorreu em 03 de maio, compuseram o colégio eleitoral docentes, técnicos administrativos e discentes do Instituto de Saúde Coletiva. Saiba mais em ISC/UFMT Desafios da extensão universitária no Brasil Com o tema acima, o Prof. Dr. Fernando Hashimoto, Pró-Reitor de Extensão e Cultura da Universidade de Campinas (Unicamp), ofereceu um debate para estudantes e professores ligados à extensão na UFMT. Traçando um retrato histórico da extensão, levantou as dificuldades na divulgação e valorização dessa base de formação, além de propor soluções, junto com os participantes, para esses desafios. A palestra contou com representantes da UFMT de Cuiabá, Rondonópolis, Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Fonte: UFMT. Quer receber o Boletim? Acesse www.observarh.ufmt.br e inscreva-se. Sugestões ou notícias? Escreva para [email protected] Crise nas universidades federais Atualmente, existem no Brasil aproximadamente duas mil e trezentas instituições públicas de ensino superior. A rede federal é formada por 63 universidades organizadas em 320 campus espalhados pelo País. A universidade pública possui um papel de relevância, o de formar recursos humanos qualificados com capacidade de enfrentar problemas novos. Além disso, é responsável por mais da metade das pesquisas científicas produzidas no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do País. No período de 2003 a 2012 houve um investimento significativo do governo federal nas universidades públicas, destacando-se a expansão no número de vagas, ampliando-se para o dobro das existentes, favorecendo o acesso de grupos sociais antes excluídos do ensino superior em instituições públicas; investimento de recursos nos programas de pós- graduação e criação de uma Política de Assistência Estudantil, entre outros avanços. Entretanto, a partir de 2014 as universidades públicas tiveram seus orçamentos reduzidos, o que refletiu nos anos posteriores. Em dezembro de 2016, a situação de políticas sociais, como a saúde e a educação, se complicou com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Emenda Constitucional n.° 55 (PEC 55/2016), que limitou o teto financeiro com gastos públicos por vinte anos, ameaçando direitos sociais assegurados na Constituição Federal de 1988. Essa medida agravou a crise nas universidades federais, implicando na redução geral dos orçamentos destinados ao setor; no fechamento de laboratórios e cursos; na redução de vagas para docentes; na extinção de cargos administrativos; na redução de bolsas para discentes, entre outros aspectos. Se nada for feito para reverter essa situação, o desmonte em curso às universidades públicas pode levar ao fechamento de clínicas e hospitais universitários, entre outros retrocessos, gerando grandes prejuízos à sociedade. Confira mais em Andifes.

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Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde - NDS

De 27 de maio a 02 de junho de 2018. 13.° Ano. N. 359.

Nova gestão no Instituto de Saúde Coletiva

Em cerimônia realizada no dia 22 de maio, tomaram

posse nos cargos de administração do Instituto de

Saúde Coletiva (ISC) da UFMT as professoras Cássia

Maria Carracos Palos, eleita Diretora do ISC para um

mandato de quatro anos; Karine Wlasenko Nicolau,

Coordenadora do Curso de Graduação em Saúde

Coletiva; Marina Atanaka dos Santos, Coordenadora do

Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva e Rita

Adriana Gomes, Chefe de Departamento de Saúde

Coletiva, para mandatos de dois anos,

respectivamente.

A eleição ocorreu em 03 de maio, compuseram o

colégio eleitoral docentes, técnicos administrativos e

discentes do Instituto de Saúde Coletiva.

Saiba mais em ISC/UFMT

Desafios da extensão universitária no Brasil

Com o tema acima, o Prof. Dr. Fernando

Hashimoto, Pró-Reitor de Extensão e Cultura da

Universidade de Campinas (Unicamp), ofereceu um

debate para estudantes e professores ligados à

extensão na UFMT. Traçando um retrato histórico da

extensão, levantou as dificuldades na divulgação e

valorização dessa base de formação, além de propor

soluções, junto com os participantes, para esses

desafios. A palestra contou com representantes da

UFMT de Cuiabá, Rondonópolis, Universidade Estadual

de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Mato

Grosso (IFMT).

Fonte: UFMT.

Quer receber o Boletim?

Acesse www.observarh.ufmt.br e inscreva-se.

Sugestões ou notícias? Escreva para

[email protected]

Crise nas universidades federais

Atualmente, existem no Brasil aproximadamente

duas mil e trezentas instituições públicas de ensino

superior. A rede federal é formada por 63

universidades organizadas em 320 campus espalhados

pelo País. A universidade pública possui um papel de

relevância, o de formar recursos humanos qualificados

com capacidade de enfrentar problemas novos. Além

disso, é responsável por mais da metade das pesquisas

científicas produzidas no Brasil, contribuindo para o

desenvolvimento econômico e social do País.

No período de 2003 a 2012 houve um investimento

significativo do governo federal nas universidades

públicas, destacando-se a expansão no número de

vagas, ampliando-se para o dobro das existentes,

favorecendo o acesso de grupos sociais antes excluídos

do ensino superior em instituições públicas;

investimento de recursos nos programas de pós-

graduação e criação de uma Política de Assistência

Estudantil, entre outros avanços.

Entretanto, a partir de 2014 as universidades

públicas tiveram seus orçamentos reduzidos, o que

refletiu nos anos posteriores. Em dezembro de 2016, a

situação de políticas sociais, como a saúde e a

educação, se complicou com a aprovação, pela

Câmara dos Deputados, do Projeto de Emenda

Constitucional n.° 55 (PEC 55/2016), que limitou o teto

financeiro com gastos públicos por vinte anos,

ameaçando direitos sociais assegurados na Constituição

Federal de 1988.

Essa medida agravou a crise nas universidades

federais, implicando na redução geral dos orçamentos

destinados ao setor; no fechamento de laboratórios e

cursos; na redução de vagas para docentes; na

extinção de cargos administrativos; na redução de

bolsas para discentes, entre outros aspectos.

Se nada for feito para reverter essa situação, o

desmonte em curso às universidades públicas pode

levar ao fechamento de clínicas e hospitais

universitários, entre outros retrocessos, gerando

grandes prejuízos à sociedade.

Confira mais em Andifes.

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Informativo do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde – NDS Instituto de Saúde Coletiva – ISC/UFMT Desde 2005 Fundador: Julio Strubing Müller Neto Produção: NDS Responsável NDS: Nina Rosa Ferreira Soares Organizadora: Simone Carvalho Charbel Bolsistas: Anna Beatriz, Nayla Mony Apoio: Codex/Procev/UFMT

Greve Estudantil na UFMT

Após o anúncio de reajuste no valor do

Restaurante Universitário (RU), os alunos dos cinco

campus da UFMT, deflagraram greve (8/5) e criaram

o Comando de Greve Estudantil, órgão responsável

pela representação dos estudantes em estado de

paralisação, composto por um representante de cada

curso e um do Diretório Central dos Estudantes

(DCE).

Posteriormente, o Conselho de Ensino, Pesquisa e

Extensão (Consepe) aprovou a paralisação do

calendário acadêmico dos cursos de graduação,

retroativa a 20 de abril, com reajuste do mesmo após

o final da greve.

O movimento iniciou-se no final de abril, com

ocupações nas guaritas dos campus da capital e do

interior, evoluindo para a ocupação dos blocos, já

liberados. Contudo, nem todos os discentes foram a

favor dessa medida, como aqueles de Ciências

Contábeis, Administração e Agronomia. Em cursos

como Medicina, Enfermagem e Nutrição, os

estudantes aderiram à greve, mas não ocuparam

seus blocos. Várias atividades vem sendo realizadas

pelos alunos e professores, no sentido de debater

assuntos de interesse do movimento.

Por meio de nota encaminhada à reitoria no dia 21

de maio, o Comando de Greve Estudantil elencou

cinco principais reivindicações, dentre elas, a garantia

de manutenção do preço de R$ 1,00 para refeição no

RU e o término das obras do campus de Várzea

Grande neste ano. Além disso, foi criada uma petição

pública em apoio ao movimento estudantil que já

consta com mais de 3 mil assinaturas.

Kelly Amanda, discente e representante do Centro

Acadêmico de Saúde Coletiva (CaSaCo) ressaltou que

o movimento visa, também, a realização de auditoria

no contrato da empresa prestadora dos serviços ao

restaurante; uma nova política de alimentação para a

UFMT, que priorize a utilização de produtos da

agricultura familiar ou da fazenda da universidade;

além da garantia de voz e participação de discentes

dos cursos voltados à alimentação, como Nutrição e

Ciência e Tecnologia de Alimentos, dentro do RU,

visando a implantação de estágio e utilização de

receitas produzidas pelos mesmos.

Política de Alimentação na UFMT

A Universidade Federal de Mato Grosso vem

apresentando dificuldades financeiras nos últimos anos

devido à perda de recursos. O orçamento de 2017,

comparado ao do ano anterior, teve redução de

aproximadamente 38% nos recursos destinados ao

capital e de 4,5% nas verbas destinadas ao custeio.

Na Política de Assistência Estudantil houve corte de

3,15%, levando a administração da Universidade a

propor mudanças nos subsídios alimentares oferecidos

aos estudantes, a partir de maio.

A proposta inicial era a de que os alunos assistidos

pela Pró-reitoria de Assistência Estudantil (PRAE) não

pagassem alimentação, pois teriam auxílio financeiro;

aqueles que comprovassem renda de até um salário

mínimo e meio por família pagariam metade do valor

integral das refeições, ou seja, R$ 5,95 e os demais

pagariam valor integral, definido em R$ 11,90 para

almoço e jantar e R$ 2,00 para café da manhã.

Após debates com os estudantes, que rejeitaram a

proposta, foram apresentados os valores integrais de R$

5,00 para almoço e jantar e R$ 2,50 para café da manhã,

sendo mantida a isenção de pagamento para os

discentes subsidiados pela PRAE, o que foi novamente

recusado pelos alunos.

Por fim, a reitora da UFMT, professora Myrian Serra,

assumiu o compromisso de manter o preço das refeições

no RU em R$ 1,00 até dezembro de 2018, bem como de

não implantar a nova Política de Alimentação Estudantil

da UFMT até que sejam concluídos os trabalhos da

Comissão constituída para esse fim.

No entanto, apesar dessas medidas, os discentes

continuam em greve.

Saiba mais em UFMT.

Fontes: DCE/UFMT e Comando de Greve Estudantil/UFMT