Informativo nº 128 do Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores
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Transcript of Informativo nº 128 do Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores
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Ano 11, Edição 128 - outubro de 2013
Rua 19 nº 768, Bairro São Judas Tadeu, Jales-SP
H á duas fases distintas da vi-da de Allan Kardec:
A primeira é a que com-preendo seu nascimento até os 50 anos, quando era conhecido como Hip-polyte Lèon Denizard Ri-vail; a segunda quando se tornou espírita e passou a assinar Allan Kardec. 1ª fase: Allan Kardec nasceu em Lyon (França), a 3 de ou-tubro de 1804 e foi regis-trado sob o nome de Hippolyte Léon Deni-zard Rivail. Iniciou seus estudos na escola de Pestalozzi (em Yverdun, Suiça). A educa-ção transmitida por Pesta-lozzi marcou profunda-mente a vida futura do jo-vem Rivail. Tornou-se educador e en-tusiasta do ensino, tendo sido várias vezes convida-do por Pestalozzi para as-sumir a direção da escola, na sua ausência. Durante
graças ao seu espírito de investigação, que sempre lhe fora peculiar, não ela-bora qualquer teoria pré-concebida, mas insiste na descoberta das causas. Aplica a estes fenômenos o método experimental com o qual já estava fa-miliarizado na função de educador; e, partindo dos efeitos, remonta às causas e reconhece a autenticida-de daqueles fenômenos. Convenceu-se da existên-cia dos espíritos e de sua comunicação com os ho-mens. Grande transformação se opera na vida do prof. Ri-vail:
30 anos (de 1824 a 1854), dedicou-se inteira-mente ao ensino e foi au-tor de várias obras didáti-cas, que em muito contri-buíram para o progresso de educação, naquela época.
2ª fase: Em 1855, o prof. Rivail depara, pela primeira vez, com o “fenômeno das mesas que giravam, salta-vam e corriam, em condi-ções tais que não deixa-vam lugar para qualquer dúvida”. Passa então a observar estes fenômenos; pesqui-sa-os cuidadosamente,
Allan Kardec O Codificador da doutrina espírita
Biografia de Allan Kardec:
continua>>> pg. 2
Página 02
mens, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevo-lência mútua. E a este princípio cabe juntar outro: “Fé inabalá-vel é aquela que pode encarar a razão face à face, em todas as épocas da humanidade”. Escla-rece Allan Kardec: “A fé raciocinada que se apóia nos fatos e na lógi-ca, não deixa qualquer obscuridade: crê-se, por-que se tem certeza e só se está certo, quando se compreendeu”. Denominado “o bom senso encarnado” pelo célebre as-trônomo Camille Flammari-on, Allan Kardec desencar-nou aos 65 anos, a 31 de mar-ço de 1869. Em seu túmulo, no cemitério de Père Lachaise (Paris), uma inscrição sintetiza a con-cepção evolucionista da Dou-trina Espírita: “Nascer, Mor-rer, Renascer ainda e progre-dir sem cessar, tal é a lei”.
Publicação da USE de São Paulo
convencido de sua condi-ção de espírito encarna-do, adota um nome já usado em existência ante-rior, no tempo dos drui-das: Allan Kardec. De 1855 a 1869, consa-grou sua existência ao Espiritismo; sob a assis-tência dos Espíritos Su-periores, representados pelo Espírito da Verdade, estabelece as bases da Codificação Espírita, em seu tríplice aspecto: Filo-sófico, Científico e Reli-gioso. Além das obras básicas da Codificação (Pentateuco Kardequia-no), contribuiu com ou-tros livros básicos de ini-ciação doutrinária, como: O que é o Espiritismo, O Espiritismo na sua mais simples expressão, Ins-truções práticas sobre as manifestações espíritas e Obras Póstumas. A estas obras junta-se a
Revista Espírita, “jornal” de estudos psicológicos, lançado a 1º de janeiro de 1858 e que esteve sob sua direção por 12 anos. É também de sua iniciati-va a fundação da Socie-dade Parisiense de Estu-dos Espíritas, em 1º de abril de 1858 - primeira instituição regularmente constituída com o objeti-vo de promover estudos que favorecessem o pro-gresso do Espiritismo. Assim surgiu o Espiritis-mo: com a ação dos Espí-ritos Superiores, apoiados na maturidade moral e cultural de Allan Kardec, no papel de codificador. Com a máxima “Fora da caridade não há salva-ção”, procura ressaltar a igualdade entre os ho-
muito controla, opina e faz, não deixando muito espaço para os outros, está em desequilíbrio ín-timo, fugindo de traba-lhar a si mesmo no auto aperfeiçoamento. Quando cuidamos mais da vida dos outros do que da nossa própria vida, tendemos a cair em dois vícios morais muito peri-gosos: a fofoca e a menti-ra. E também nos deixa-mos levar para o descul-pismo do tipo “minha vida só não é melhor por causa da minha família”; “as coisas não andam bem por culpa do meu patrão”; “o resultado só não foi melhor porque a equipe não é tão boa”. E passamos a tecer juízos individuais que não nos pertencem: “você não vai ser nada quando crescer”; “é por isso que eu vivo dizendo que assim não dá”, e outros julgamentos que não levam em consi-deração os próprios erros e deficiências, que teima-mos em não querer en-xergar. Aprendamos a olhar para nós mesmos, a sermos honestos com a própria consciência, cuidando de combater em nós os ví-cios de toda ordem para assegurar espaço para as virtudes, permitindo que o outro respire por sua vez, saindo da sufocação que lhe impingimos. A arte de se educar para ser bom exemplo é o ob-jetivo a que devemos nos propor nesta existência, bem aproveitando as oportunidades de apren-dizado, serviço e cresci-mento espiritual, deixan-do que Deus cuide do resto. Fonte: Correio Espírita. Marcus De Mario é Educador; Escri-tor; Palestrante e Consultor Educaci-onal e Empresarial
>>>Continuação
C uidar da própria vida e deixar que o outro cuide da vida que lhe
é própria, é um aprendi-
zado que todos precisa-mos fazer para gerar mais felicidade no mundo, per-mitindo que cada um te-
nha suas experiências e tome suas próprias deci-sões. Isso porque o que mais fazemos é tomar conta da vida alheia, que-rendo determinar com-portamentos dos outros, tentando controlar as ações de familiares e amigos, como se pudés-semos controlar tudo e todos, quando na verdade deveríamos nos conhecer e nos controlar, no famo-so vigiar e orar ensinado por Jesus. Normalmente quem vigia os outros faz sempre sua opinião prevalecer e vive se queixando do compor-tamento alheio, sendo necessitado de olhar para si mesmo, de se descobrir e de permitir que cada um viva de acordo com seus pensamentos, expe-riências e anseios. Quem
CUIDE DA SUA VIDA
Lion - França
Página 03
tempos, faz uma ad-vertência rigorosa para a humanidade: "Desperta tu que dor-mes, e o Cristo te ilu-minará", numa alusão clara e insofismável que, se não acordar-mos para a vida interi-or, ou seja, a vida do espírito, dificilmente alcançaremos a nossa liberdade espiritual, e em consequência, a nossa cura verdadeira. Podemos afirmar ain-da com absoluta certe-za que, parte das nos-sas dores, sofrimentos, decepções e desilu-sões, assim como en-fermidades físicas e espirituais, são som-bras; sombras que uti-lizamos para envolver nossos companheiros de jornada em épocas passadas, e que agora voltam contra nós, a fim de através do tra-balho e de disposições voltadas para o bem, possamos transformá-las em raios de luz. O homem é na realidade o que ele pensa, o que ele sente e o que ele exercita nos movimen-tos que empreende no relacionamento com os outros, e quando ele consegue se harmoni-zar com os seus seme-lhantes, afastando a ideia errônea de ven-cer os outros para ven-cer a si mesmo, certa-mente está no caminho certo para curar todos os males, quer prove-nham do corpo físico, ou do espírito imortal, esse nômade do espa-ço, esse andarilho do infinito.
O s primeiros movi-mentos do espiritis-mo no Brasil come-
çaram no Ceará com o Sr. Catão da Cunha, quase no mesmo tempo que na França. Porém, a propa-ganda da doutrina espíri-ta só ganhou impulso a partir de 1865, na Bahia, com o Grupo Familiar do Espiritismo, que foi o primeiro centro espírita kardequiano do Brasil, de conhecimento públi-co. Esse centro foi diri-gido pelo Luís Olímpio Telles de Menezes, que era membro do Instituto Histórico da Bahia. Qua-tro anos depois ele criou o primeiro jornal espírita do Brasil, intitulado O Echo d’Além Túmulo, que o próprio dirigiu. Esse periódico era im-presso na tipografia do Diário da Bahia e che-gou a ter circulação no exterior.
Por volta dos anos de 1870, as ideias emanadas da doutrina espírita co-
E m uma de suas Car-tas aos Gentios, o Apóstolo Paulo, um
dos maiores seguidores do Cristo de todos os
O MOVIMENTO
ESPÍRITA NO
BRASIL
o Reformador rebateu a crítica feita ao espiritis-mo publicada na coluna “Balas de Es-talo”, que ironizava as práticas espíritas. O Re-formador rebateu lamentando a ignorância de quem escrevia algo que desconhecia e, tam-bém, aproveitou a opor-tunidade para prestar es-clarecimentos sobre os princípios do espiritis-mo, divulgando ainda mais a doutrina, que era o seu principal objetivo. Em janeiro de 1884 foi criada a Federação Espí-rita Brasileira (FEB), que teve como fundadores espíritas atu-antes em diferentes insti-tuições do Rio de Janeiro na ocasião.
"É preciso que a humani-dade conheça os nomes dos primeiros pioneiros da obra, daqueles cuja abne-gação e devotamento mere-cerão ser inscritos em seus anais" Allan kardec
meçaram a fervilhar na Corte. Um dos principais fatores para a aceitação do espi-ritismo no Rio de Janeiro, no meio intelec-tualizado, foi a sua ca-racterística de caráter modernizador. A doutrina codificada por Allan Kardec trazia consigo características já inerentes ao universo religioso e cultural do Brasil: a crença em espí-ritos e no sobrenatural. Porém, com uma leitura científica, filosófica, moralizadora e, sobretu-do, “civilizada” pela sua origem europeia. Esses pressupostos iam de encontro com os an-seios de uma sociedade que almejava a moderni-dade no final do século XIX. Nesse momento inicial se discutia espiritismo em reuniões privadas, em cafés no Rio de Janeiro, da mesma forma que se discutiam pensamentos socialistas e anarquistas. Augusto Elias da Silva, adepto da doutrina Kar-dequiana, criou uma re-vista espírita no Rio de Janeiro: o Reformador, em janeiro de 1883. Em 15 de abril de 1883,
A cura do
espírito
Fonte: Correio espírita
[...]
Página 04
AGENDE-SE Outubro de 2013 Palestras domingo 19h30min
6–PEDRO VAQUER BRUNET (Maiorca - Espanha)
13–DAVID (Casa de Madô,
Jales)
20-VINICIUS LARA (Bicas-MG)
27-CRISTINA FONSECA- (Votuporanga)
CURSOS:
Quinta-Feira: O livro dos Espíritos-20 h Sexta-Feira: Obras de André Luiz - 20h Sábado-Joanna de Angelis: Autodescobrimento-9h PLANTÃO DE PASSE -2ª, 3ª, das 18h30min as 19h15min . -5ª as 17h30min -6º das 19h as 19h30min Veja no mural as atividades da casa e participe conosco!
A uto de fé de Barcelo-na foi uma expressão notabilizada por Allan
Kardec para se referir à quei-ma, em praça pública, de tre-zentos livros espíritas, reali-zada no dia 9 de outu-bro de 1861 em Barcelona, Espanha. Foi utilizada pela pri-meira vez no subtítulo do artigo "O resto da Idade Mé-dia", publicado em novembro daquele ano na "Revue Spiri-te". Kardec, em decorrência deste episódio, comentou: "Graças a esse zelo impru-dente, todo o mundo, em Es-panha, vai ouvir falar do Es-piritismo e quererá saber o que é; é tudo o que deseja-mos. Podem-se queimar os livros, mas não se queimam as ideias; as chamas das fo-gueiras as superexcitam em lugar de abafá-las. As ideias, aliás, estão no ar, e não há Pireneus bastante altos para detê-las; e quando uma ideia é grande e generosa, ela encontra milhares de peitos prontos para aspirá-la."
presidente do Grupo Con-
fúcio, a qual teve vida
efêmera, aparecendo em
1º de janeiro de 1875 e
desaparecendo ao fim de
seis meses. Outra tentati-
va foi a Revista da Socie-
dade Acadêmica Deus,
Cristo e Caridade, que
subsistiu de janeiro de
1881 a julho de 1882.
É nesse meio que o fotó-
grafo de profissão, Au-
gusto Elias da Silva, idea-
liza, funda e faz circular
o Reformador — Orgam
Evolucionista, a serviço
da Grande Causa.
“Abre caminho, saudando
os homens do presente
que também o foram do
passado e ainda, hão de
ser os do futuro, mais um
batalhador da paz:
o Reformador. Com essas
palavras iniciais apresen-
tava-se, em 21 de janeiro
de 1883, o novo órgão da
imprensa espírita.
Há muito Reformador se
tornou o mais antigo pe-
riódico da imprensa espí-
rita brasileira. Em todo o
mundo, ocupa o quinto
lugar em antiguidade.
Registram os Anais da
Biblioteca Nacional (Vol,
85) ser o Reformador um
dos quatro periódicos sur-
gidos no Rio de Janeiro,
de 1808 a 1889, que so-
breviveram até os dias de
hoje. São eles, pela or-
dem: Jornal do Commer-
cio (1827); Revista do
Instituto Histórico e Geo-
gráfico Brasilei-
ro (1839); Diário Ofici-
al (1862); Reformador (1
883). À exceção
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momento tão especial.
Fale conosco!
A ugusto Elias da
Silva concretizou
uma aspiração não
somente sua, mas de
muitos espíritas de sua
época. Desde 1865 os
espiritistas brasileiros
sentiam a necessidade
de propagar a Doutrina
dos Espíritos por meio
da imprensa. Naquela
época o Espiritismo
contava já com muitos
adeptos, no Rio de Ja-
neiro, na Bahia, em São
Paulo e em outras pro-
víncias.
Em 1869 surgiu na Ba-
hia o primeiro órgão da
imprensa espírita brasi-
leira, O Écho d”Além-
Túmulo, fundado e diri-
gido por Luís Olímpio
Teles de Menezes. Con-
sideráveis tentativas ha-
viam sido feitas também
no Rio de Janeiro, com
o objetivo de propagar a
Doutrina por meio da
imprensa. Prova disso
foi a Revista Espírita,
dirigida pelo Dr. Antô-
nio da Silva Neto, vice-
Federação Espírita
Brasileira
do Diário Oficial, Re-
formador é o único que
jamais teve interrompi-
do sua publicação.
A Revista
Reformador
O AUTO DE FÉ
DE BARCELONA