Informativo nº 128 do Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores

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GRUPO ESPÍRITA BENEFICENTE MARIA DOLORES 1.999 - 2013 INFORMATIVO Ano 11, Edição 128 - outubro de 2013 Rua 19 nº 768, Bairro São Judas Tadeu, Jales-SP H á duas fases distintas da vi- da de Allan Kardec: A primeira é a que com- preendo seu nascimento até os 50 anos, quando era conhecido como Hip- polyte Lèon Denizard Ri- vail; a segunda quando se tornou espírita e passou a assinar Allan Kardec. 1ª fase: Allan Kardec nasceu em Lyon (França), a 3 de ou- tubro de 1804 e foi regis- trado sob o nome de Hippolyte Léon Deni- zard Rivail. Iniciou seus estudos na escola de Pestalozzi (em Yverdun, Suiça). A educa- ção transmitida por Pesta- lozzi marcou profunda- mente a vida futura do jo- vem Rivail. Tornou-se educador e en- tusiasta do ensino, tendo sido várias vezes convida- do por Pestalozzi para as- sumir a direção da escola, na sua ausência. Durante graças ao seu espírito de investigação, que sempre lhe fora peculiar, não ela- bora qualquer teoria pré- concebida, mas insiste na descoberta das causas. Aplica a estes fenômenos o método experimental com o qual já estava fa- miliarizado na função de educador; e, partindo dos efeitos, remonta às causas e reconhece a autenticida- de daqueles fenômenos. Convenceu-se da existên- cia dos espíritos e de sua comunicação com os ho- mens. Grande transformação se opera na vida do prof. Ri- vail: 30 anos (de 1824 a 1854), dedicou-se inteira- mente ao ensino e foi au- tor de várias obras didáti- cas, que em muito contri- buíram para o progresso de educação, naquela época. 2ª fase: Em 1855, o prof. Rivail depara, pela primeira vez, com o “fenômeno das mesas que giravam, salta- vam e corriam, em condi- ções tais que não deixa- vam lugar para qualquer dúvida”. Passa então a observar estes fenômenos; pesqui- sa-os cuidadosamente, Allan Kardec O Codificador da doutrina espírita Biografia de Allan Kardec: continua>>> pg. 2

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Ano 11, Edição 128 - outubro de 2013

Rua 19 nº 768, Bairro São Judas Tadeu, Jales-SP

H á duas fases distintas da vi-da de Allan Kardec:

A primeira é a que com-preendo seu nascimento até os 50 anos, quando era conhecido como Hip-polyte Lèon Denizard Ri-vail; a segunda quando se tornou espírita e passou a assinar Allan Kardec. 1ª fase: Allan Kardec nasceu em Lyon (França), a 3 de ou-tubro de 1804 e foi regis-trado sob o nome de Hippolyte Léon Deni-zard Rivail. Iniciou seus estudos na escola de Pestalozzi (em Yverdun, Suiça). A educa-ção transmitida por Pesta-lozzi marcou profunda-mente a vida futura do jo-vem Rivail. Tornou-se educador e en-tusiasta do ensino, tendo sido várias vezes convida-do por Pestalozzi para as-sumir a direção da escola, na sua ausência. Durante

graças ao seu espírito de investigação, que sempre lhe fora peculiar, não ela-bora qualquer teoria pré-concebida, mas insiste na descoberta das causas. Aplica a estes fenômenos o método experimental com o qual já estava fa-miliarizado na função de educador; e, partindo dos efeitos, remonta às causas e reconhece a autenticida-de daqueles fenômenos. Convenceu-se da existên-cia dos espíritos e de sua comunicação com os ho-mens. Grande transformação se opera na vida do prof. Ri-vail:

30 anos (de 1824 a 1854), dedicou-se inteira-mente ao ensino e foi au-tor de várias obras didáti-cas, que em muito contri-buíram para o progresso de educação, naquela época.

2ª fase: Em 1855, o prof. Rivail depara, pela primeira vez, com o “fenômeno das mesas que giravam, salta-vam e corriam, em condi-ções tais que não deixa-vam lugar para qualquer dúvida”. Passa então a observar estes fenômenos; pesqui-sa-os cuidadosamente,

Allan Kardec O Codificador da doutrina espírita

Biografia de Allan Kardec:

continua>>> pg. 2

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mens, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevo-lência mútua. E a este princípio cabe juntar outro: “Fé inabalá-vel é aquela que pode encarar a razão face à face, em todas as épocas da humanidade”. Escla-rece Allan Kardec: “A fé raciocinada que se apóia nos fatos e na lógi-ca, não deixa qualquer obscuridade: crê-se, por-que se tem certeza e só se está certo, quando se compreendeu”. Denominado “o bom senso encarnado” pelo célebre as-trônomo Camille Flammari-on, Allan Kardec desencar-nou aos 65 anos, a 31 de mar-ço de 1869. Em seu túmulo, no cemitério de Père Lachaise (Paris), uma inscrição sintetiza a con-cepção evolucionista da Dou-trina Espírita: “Nascer, Mor-rer, Renascer ainda e progre-dir sem cessar, tal é a lei”.

Publicação da USE de São Paulo

convencido de sua condi-ção de espírito encarna-do, adota um nome já usado em existência ante-rior, no tempo dos drui-das: Allan Kardec. De 1855 a 1869, consa-grou sua existência ao Espiritismo; sob a assis-tência dos Espíritos Su-periores, representados pelo Espírito da Verdade, estabelece as bases da Codificação Espírita, em seu tríplice aspecto: Filo-sófico, Científico e Reli-gioso. Além das obras básicas da Codificação (Pentateuco Kardequia-no), contribuiu com ou-tros livros básicos de ini-ciação doutrinária, como: O que é o Espiritismo, O Espiritismo na sua mais simples expressão, Ins-truções práticas sobre as manifestações espíritas e Obras Póstumas. A estas obras junta-se a

Revista Espírita, “jornal” de estudos psicológicos, lançado a 1º de janeiro de 1858 e que esteve sob sua direção por 12 anos. É também de sua iniciati-va a fundação da Socie-dade Parisiense de Estu-dos Espíritas, em 1º de abril de 1858 - primeira instituição regularmente constituída com o objeti-vo de promover estudos que favorecessem o pro-gresso do Espiritismo. Assim surgiu o Espiritis-mo: com a ação dos Espí-ritos Superiores, apoiados na maturidade moral e cultural de Allan Kardec, no papel de codificador. Com a máxima “Fora da caridade não há salva-ção”, procura ressaltar a igualdade entre os ho-

muito controla, opina e faz, não deixando muito espaço para os outros, está em desequilíbrio ín-timo, fugindo de traba-lhar a si mesmo no auto aperfeiçoamento. Quando cuidamos mais da vida dos outros do que da nossa própria vida, tendemos a cair em dois vícios morais muito peri-gosos: a fofoca e a menti-ra. E também nos deixa-mos levar para o descul-pismo do tipo “minha vida só não é melhor por causa da minha família”; “as coisas não andam bem por culpa do meu patrão”; “o resultado só não foi melhor porque a equipe não é tão boa”. E passamos a tecer juízos individuais que não nos pertencem: “você não vai ser nada quando crescer”; “é por isso que eu vivo dizendo que assim não dá”, e outros julgamentos que não levam em consi-deração os próprios erros e deficiências, que teima-mos em não querer en-xergar. Aprendamos a olhar para nós mesmos, a sermos honestos com a própria consciência, cuidando de combater em nós os ví-cios de toda ordem para assegurar espaço para as virtudes, permitindo que o outro respire por sua vez, saindo da sufocação que lhe impingimos. A arte de se educar para ser bom exemplo é o ob-jetivo a que devemos nos propor nesta existência, bem aproveitando as oportunidades de apren-dizado, serviço e cresci-mento espiritual, deixan-do que Deus cuide do resto. Fonte: Correio Espírita. Marcus De Mario é Educador; Escri-tor; Palestrante e Consultor Educaci-onal e Empresarial

>>>Continuação

C uidar da própria vida e deixar que o outro cuide da vida que lhe

é própria, é um aprendi-

zado que todos precisa-mos fazer para gerar mais felicidade no mundo, per-mitindo que cada um te-

nha suas experiências e tome suas próprias deci-sões. Isso porque o que mais fazemos é tomar conta da vida alheia, que-rendo determinar com-portamentos dos outros, tentando controlar as ações de familiares e amigos, como se pudés-semos controlar tudo e todos, quando na verdade deveríamos nos conhecer e nos controlar, no famo-so vigiar e orar ensinado por Jesus. Normalmente quem vigia os outros faz sempre sua opinião prevalecer e vive se queixando do compor-tamento alheio, sendo necessitado de olhar para si mesmo, de se descobrir e de permitir que cada um viva de acordo com seus pensamentos, expe-riências e anseios. Quem

CUIDE DA SUA VIDA

Lion - França

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tempos, faz uma ad-vertência rigorosa para a humanidade: "Desperta tu que dor-mes, e o Cristo te ilu-minará", numa alusão clara e insofismável que, se não acordar-mos para a vida interi-or, ou seja, a vida do espírito, dificilmente alcançaremos a nossa liberdade espiritual, e em consequência, a nossa cura verdadeira. Podemos afirmar ain-da com absoluta certe-za que, parte das nos-sas dores, sofrimentos, decepções e desilu-sões, assim como en-fermidades físicas e espirituais, são som-bras; sombras que uti-lizamos para envolver nossos companheiros de jornada em épocas passadas, e que agora voltam contra nós, a fim de através do tra-balho e de disposições voltadas para o bem, possamos transformá-las em raios de luz. O homem é na realidade o que ele pensa, o que ele sente e o que ele exercita nos movimen-tos que empreende no relacionamento com os outros, e quando ele consegue se harmoni-zar com os seus seme-lhantes, afastando a ideia errônea de ven-cer os outros para ven-cer a si mesmo, certa-mente está no caminho certo para curar todos os males, quer prove-nham do corpo físico, ou do espírito imortal, esse nômade do espa-ço, esse andarilho do infinito.

O s primeiros movi-mentos do espiritis-mo no Brasil come-

çaram no Ceará com o Sr. Catão da Cunha, quase no mesmo tempo que na França. Porém, a propa-ganda da doutrina espíri-ta só ganhou impulso a partir de 1865, na Bahia, com o Grupo Familiar do Espiritismo, que foi o primeiro centro espírita kardequiano do Brasil, de conhecimento públi-co. Esse centro foi diri-gido pelo Luís Olímpio Telles de Menezes, que era membro do Instituto Histórico da Bahia. Qua-tro anos depois ele criou o primeiro jornal espírita do Brasil, intitulado O Echo d’Além Túmulo, que o próprio dirigiu. Esse periódico era im-presso na tipografia do Diário da Bahia e che-gou a ter circulação no exterior.

Por volta dos anos de 1870, as ideias emanadas da doutrina espírita co-

E m uma de suas Car-tas aos Gentios, o Apóstolo Paulo, um

dos maiores seguidores do Cristo de todos os

O MOVIMENTO

ESPÍRITA NO

BRASIL

o Reformador rebateu a crítica feita ao espiritis-mo publicada na coluna “Balas de Es-talo”, que ironizava as práticas espíritas. O Re-formador rebateu lamentando a ignorância de quem escrevia algo que desconhecia e, tam-bém, aproveitou a opor-tunidade para prestar es-clarecimentos sobre os princípios do espiritis-mo, divulgando ainda mais a doutrina, que era o seu principal objetivo. Em janeiro de 1884 foi criada a Federação Espí-rita Brasileira (FEB), que teve como fundadores espíritas atu-antes em diferentes insti-tuições do Rio de Janeiro na ocasião.

"É preciso que a humani-dade conheça os nomes dos primeiros pioneiros da obra, daqueles cuja abne-gação e devotamento mere-cerão ser inscritos em seus anais" Allan kardec

meçaram a fervilhar na Corte. Um dos principais fatores para a aceitação do espi-ritismo no Rio de Janeiro, no meio intelec-tualizado, foi a sua ca-racterística de caráter modernizador. A doutrina codificada por Allan Kardec trazia consigo características já inerentes ao universo religioso e cultural do Brasil: a crença em espí-ritos e no sobrenatural. Porém, com uma leitura científica, filosófica, moralizadora e, sobretu-do, “civilizada” pela sua origem europeia. Esses pressupostos iam de encontro com os an-seios de uma sociedade que almejava a moderni-dade no final do século XIX. Nesse momento inicial se discutia espiritismo em reuniões privadas, em cafés no Rio de Janeiro, da mesma forma que se discutiam pensamentos socialistas e anarquistas. Augusto Elias da Silva, adepto da doutrina Kar-dequiana, criou uma re-vista espírita no Rio de Janeiro: o Reformador, em janeiro de 1883. Em 15 de abril de 1883,

A cura do

espírito

Fonte: Correio espírita

[...]

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AGENDE-SE Outubro de 2013 Palestras domingo 19h30min

6–PEDRO VAQUER BRUNET (Maiorca - Espanha)

13–DAVID (Casa de Madô,

Jales)

20-VINICIUS LARA (Bicas-MG)

27-CRISTINA FONSECA- (Votuporanga)

CURSOS:

Quinta-Feira: O livro dos Espíritos-20 h Sexta-Feira: Obras de André Luiz - 20h Sábado-Joanna de Angelis: Autodescobrimento-9h PLANTÃO DE PASSE -2ª, 3ª, das 18h30min as 19h15min . -5ª as 17h30min -6º das 19h as 19h30min Veja no mural as atividades da casa e participe conosco!

A uto de fé de Barcelo-na foi uma expressão notabilizada por Allan

Kardec para se referir à quei-ma, em praça pública, de tre-zentos livros espíritas, reali-zada no dia 9 de outu-bro de 1861 em Barcelona, Espanha. Foi utilizada pela pri-meira vez no subtítulo do artigo "O resto da Idade Mé-dia", publicado em novembro daquele ano na "Revue Spiri-te". Kardec, em decorrência deste episódio, comentou: "Graças a esse zelo impru-dente, todo o mundo, em Es-panha, vai ouvir falar do Es-piritismo e quererá saber o que é; é tudo o que deseja-mos. Podem-se queimar os livros, mas não se queimam as ideias; as chamas das fo-gueiras as superexcitam em lugar de abafá-las. As ideias, aliás, estão no ar, e não há Pireneus bastante altos para detê-las; e quando uma ideia é grande e generosa, ela encontra milhares de peitos prontos para aspirá-la."

presidente do Grupo Con-

fúcio, a qual teve vida

efêmera, aparecendo em

1º de janeiro de 1875 e

desaparecendo ao fim de

seis meses. Outra tentati-

va foi a Revista da Socie-

dade Acadêmica Deus,

Cristo e Caridade, que

subsistiu de janeiro de

1881 a julho de 1882.

É nesse meio que o fotó-

grafo de profissão, Au-

gusto Elias da Silva, idea-

liza, funda e faz circular

o Reformador — Orgam

Evolucionista, a serviço

da Grande Causa.

“Abre caminho, saudando

os homens do presente

que também o foram do

passado e ainda, hão de

ser os do futuro, mais um

batalhador da paz:

o Reformador. Com essas

palavras iniciais apresen-

tava-se, em 21 de janeiro

de 1883, o novo órgão da

imprensa espírita.

Há muito Reformador se

tornou o mais antigo pe-

riódico da imprensa espí-

rita brasileira. Em todo o

mundo, ocupa o quinto

lugar em antiguidade.

Registram os Anais da

Biblioteca Nacional (Vol,

85) ser o Reformador um

dos quatro periódicos sur-

gidos no Rio de Janeiro,

de 1808 a 1889, que so-

breviveram até os dias de

hoje. São eles, pela or-

dem: Jornal do Commer-

cio (1827); Revista do

Instituto Histórico e Geo-

gráfico Brasilei-

ro (1839); Diário Ofici-

al (1862); Reformador (1

883). À exceção

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momento tão especial.

Fale conosco!

A ugusto Elias da

Silva concretizou

uma aspiração não

somente sua, mas de

muitos espíritas de sua

época. Desde 1865 os

espiritistas brasileiros

sentiam a necessidade

de propagar a Doutrina

dos Espíritos por meio

da imprensa. Naquela

época o Espiritismo

contava já com muitos

adeptos, no Rio de Ja-

neiro, na Bahia, em São

Paulo e em outras pro-

víncias.

Em 1869 surgiu na Ba-

hia o primeiro órgão da

imprensa espírita brasi-

leira, O Écho d”Além-

Túmulo, fundado e diri-

gido por Luís Olímpio

Teles de Menezes. Con-

sideráveis tentativas ha-

viam sido feitas também

no Rio de Janeiro, com

o objetivo de propagar a

Doutrina por meio da

imprensa. Prova disso

foi a Revista Espírita,

dirigida pelo Dr. Antô-

nio da Silva Neto, vice-

Federação Espírita

Brasileira

do Diário Oficial, Re-

formador é o único que

jamais teve interrompi-

do sua publicação.

A Revista

Reformador

O AUTO DE FÉ

DE BARCELONA