Informativo Sumário ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE ... · Brasileira de Tecnologia de...

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vol.22, nº.2, 2012 Informativo ABRATES ISSN 0103-667X Informativo ABRATES ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES Editado pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES Presidente JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETO EMBRAPA SOJA 1º Vice-Presidente MARIA LAENE MOREIRA DE CARVALHO UFLA Vice-Presidente FRANCISCO AMARAL VILLELA UFPel ABRATES Rua Jonathas Serrano, 895 - Jd. Quebec 86060-220 - Londrina, PR e-mail: [email protected] Editores ADEMIR ASSIS HENNING EMBRAPA SOJA FRANCISCO AMARAL VILLELA UFPel FERNANDO AUGUSTO HENNING EMBRAPA SOJA JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETO EMBRAPA SOJA 1 4 2 5 Mensagem do Presidente Mensagem dos Editores Cursos e Eventos 04 05 Sumário Notícias 6 Ensaios de Cultivares em Rede - ECR. Alexandre Levien, Victor Sommer................................................. Métodos alternativos para superação da dormência em sementes de arroz irrigado. Marcos Eduardo Baldi, Samantha Rigo Segalin, Flávia Barzotto, Fabrício Fuzzer deAndrade, Nilson Matheus Mattioni, Liliane Marcia Mertz................................................................ Norte de Minas Gerais: o cluster para produção de sementes. Danúbia Aparecida Costa Nobre, Andréia Márcia Santos de Souza David, Danielle de Lourdes Batista Morais............................................................... Trabalhos Técnicos 16 20 25 13 10 Rastreabilidade aplicada à produção de sementes de soja. Alexandre Gazolla Neto, Tiago Zanatta Aumonde, Tiago Pedó, Paulo Levinski, Frederico da Rocha Fonseca, Silmar Teichert Peske e Francisco Amaral Villela............................................................................ 07 28 Níveis de umidade do solo de várzea e seus efeitos sobre a emergência e crescimento inicial de plântulas de soja. Alexandre Gazolla Neto, Tiago Zanatta Aumonde, Tiago Pedó, Danielli Olsen, Francisco Amaral Villela............................................................... 3 Ata da Assembleia Geral Extraordinária 06

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vol.22, nº.2, 2012 InformativoABRATES

ISSN 0103-667X

Informativo A B R A T E S

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES

Editado pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA

DE SEMENTES

Presidente JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETO

EMBRAPA SOJA

1º Vice-PresidenteMARIA LAENE MOREIRA DE CARVALHO

UFLA

2º Vice-PresidenteFRANCISCO AMARAL VILLELA

UFPel

ABRATESRua Jonathas Serrano, 895 - Jd. Quebec

86060-220 - Londrina, PRe-mail: [email protected]

EditoresADEMIR ASSIS HENNING

EMBRAPA SOJA

FRANCISCO AMARAL VILLELAUFPel

FERNANDO AUGUSTO HENNINGEMBRAPA SOJA

JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETOEMBRAPA SOJA

1

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5

Mensagem do Presidente

Mensagem dos Editores

Cursos e Eventos

04

05

Sumário

Notícias

6

Ensaios de Cultivares em Rede - ECR. Alexandre Levien, Victor Sommer.................................................

Métodos alternativos para superação da dormência em sementes de arroz irrigado. Marcos Eduardo Baldi, Samantha Rigo Segalin, Flávia Barzotto, Fabrício Fuzzer de Andrade, Nilson Matheus Mattioni, Liliane Marcia Mertz................................................................

Norte de Minas Gerais: o cluster para produção de sementes. Danúbia Aparecida Costa Nobre, Andréia Márcia Santos de Souza David, Danielle de Lourdes Batista Morais...............................................................

Trabalhos Técnicos

16

20

25

13

10

Rastreabilidade aplicada à produção de sementes de soja. Alexandre Gazolla Neto, Tiago Zanatta Aumonde, Tiago Pedó, Paulo Levinski, Frederico da Rocha Fonseca, Silmar Teichert Peske e Francisco Amaral Villela............................................................................

07

28

Níveis de umidade do solo de várzea e seus efeitos sobre a emergência e crescimento inicial de plântulas de soja. Alexandre Gazolla Neto, Tiago Zanatta Aumonde, Tiago Pedó, Danielli Olsen, Francisco Amaral Villela...............................................................

3 Ata da Assembleia Geral Extraordinária 06

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Informações geraisO Informativo ABRATES é uma publicação quadrimestral da

Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes.Publica artigos técnicos de caráter prático

os quais efetivamente poderão contribuir para o desenvolvimento tecnológico da indústria de sementes.

Toda matéria publicada é de inteira responsabilidade dos autores

Informativo ABRATES, Londrina v. 22, n. 2 Agosto, 2012

Tiragem500 exemplares

DiagramaçãoJessica Akemi Ychisawa

Ficha Catalográfi caMaria José Ribeiro Betetto

CRB 9/ 1.596

Informativo ABRATES / Associação Brasileira de Tecnologia de

Sementes. – v. 1, (1990) Brasília, DF: ABRATES, 1990 - Quadrimestral (1990 - ) Editada em Brasília (1990 - 1993), Curitiba (1994 – 1998), Londrina (1999 – 2003), Pelotas (2004 – 2007), Londrina (2008- ) ISSN 0103-667X 1 Agricultura – Sementes – Periódicos. I. Associação Brasileira

de Tecnologia de Sementes.

CDD 631.52105

vol.22, nº.2, 2012 InformativoABRATES

Pub

licaç

ão d

e Tra

balho

s É necessário que no mínimo um dos autores do trabalho seja sócio efetivo da ABRATES. Serão aceitos para publicação trabalhos técnicos, revisões de literatura sobre temas de interesses da área de sementes e informações técnicas para o setor sementeiro. O conteúdo dos trabalhos é de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es), fi cando a critério do Comite Editorial a aprovação da publicação ou não dos trabalhos em função da sua relevância para o setor sementeiro. A digitação do trabalho deverá ser feita utilizando-se o editor de texto Word (DOC ou RTF) e os gráfi cos em programas compatíveis com o WINDOWS, como o EXCEL, e formato de imagens: Figuras (GIF) e Fotos (JPEG). Os trabalhos técnicos e os resumos de literatura deverão conter os seguintes tópicos: título, autor(es), resumo, termos para indexação, introdução, desenvolvimento, conclusões/recomendações/ considerações fi nais e referências quando citadas no texto.

Os trabalhos deverão ser escritos em linguagem técnica, contendo recomendações, técnicas ou informações baseadas em resultados experimentais e/ou em observações técnicas. Referências deverão obedecer às normas adotadas pela Revista Brasileira de Sementes.

Outros pormenores para publicação de trabalho poderão ser obtidos junto ao Comitê Editorial da Revista.

Estrutura do texto

* Introdução:A introdução deve abordar com objetividade e clareza o problema, apresentando o objetivo a que se propõe o trabalho.

* Desenvolvimento:O desenvolvimento do tema deve conter as informações de ordem lógica, de maneira a facilitar sua compreensão imediata.Deve conter divisões do assunto de maneira coerente, de forma a permitir total clareza e compreensão do texto.Cada divisão deve apresentar seqüência lógica, com princípio, meio e fi m, utilizando, quando necessário, ilustração, tabelas e fi guras para facilitar a compreensão.No desenvolvimento poderá apresentar, além das recomendações, resultados de pesquisa utilizadas por diferentes autores, através de citações bibliográfi cas.

* Conclusões:Deve ser expressada claramente, acompanhada de técnicas ou recomendações.

Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail: [email protected].

Normas12

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Mensagem do Presidente

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É com grande satisfação que informamos a todos os associados da ABRATES e aos leitores do Informativo ABRATES que o XVIII Congresso Brasileiro de Sementes, que será realizado em Florianópolis (SC), de 16 a 19 de setembro de 2013, terá como tema principal “A Semente na Produtividade Agrícola e na Conservação de Recursos Genéticos”. O tema foi defi nido durante a Reunião da Diretoria da ABRATES, realizada nos dias 29 e 30 de agosto de 2012, em Londrina (PR) e foi fruto de diversas sugestões de representantes da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), do Ministério da Agricultura (MAPA), de diversas Universidades, de instituições de pesquisa, bem como dos integrantes da Diretoria da ABRATES.

Outra novidade é o lançamento da terceira edição do Guia de Inspeção de Campos para produção de Sementes, editado pela ABRATES. O guia é uma reimpressão autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e consta com uma estrutura de fácil manuseio. Contém procedimentos e técnicas padronizados e uniformizados, que conduzem para a aplicação das boas práticas agrícolas na produção de sementes, garantindo a qualidade destas e a identidade das cultivares. Interessados em adquirir a publicação devem entrar em contato com a Secretaria da ABRATES, pelo telefone (43) 3025-5120.

Nesta edição do Informativo, apresentamos em Notícias a Ata da Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 30 de agosto de 2012, também em Londrina, que teve como principais assuntos a atualização do Estatuto Social da ABRATES, aprimoramentos na RBS (Revista Brasileira de Sementes) e no Informativo ABRATES.

Ainda em Notícias, publicamos uma resenha sobre o XXXI Ciclo de Reuniões Conjuntas da CSM/PR, escrita pelo Dr. Ademir Assis Henning, atual Presidente da CSM/PR, e pelo Dr. Fernando Augusto Henning, ambos Editores deste Informativo, relatando os principais acontecimentos da reunião.

A todos, desejamos uma ótima leitura.

José de Barros França NetoPresidente da ABRATES Gestão 2011-2013

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Mensagem dos Editores

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Nesta edição do Informativo ABRATES, publicamos um artigo sobre Ensaios de Cultivares em Rede – ECR, realizado pela Fundação Pró-Sementes, que permite a divulgação de informações sobre o desempenho agronômico de cultivares de soja e trigo pelo portal www.cultivares.com.br.

Para compor esta edição, foram selecionados 04 (quatro) trabalhos técnicos que tratam de dormência em sementes de arroz irrigado, rastreabilidade em sementes de soja, aglomerado de produção de sementes e níveis de umidade de solo e crescimento inicial de soja.

Em Notícias, apresentamos aos leitores uma resenha, relatando os principais acontecimentos do XXXI Ciclo de Reuniões Con-juntas da CSM/PR, elaborada pelos editores Ademir Assis Henning e Fernando Augusto Henning.

Para fi nalizar, também anunciamos a realização do XVIII Congresso Brasileiro de Sementes, em Florianópolis, Santa Catari-na, entre os dias 16 e 19 de setembro de 2013, que abordará o tema A Semente na Produtividade Agrícola e na Conservação de Recursos Genéticos.

Esperamos que o leitor aprecie mais uma edição do Informativo ABRATES.

Editores:

Dr. Ademir Assis Henning, Vice-diretor Financeiro da ABRATES e pesquisador da Embrapa Soja

Dr. Fernando Augusto HenningPesquisador da Embrapa Soja

Prof. Dr. Francisco Amaral VillelaSegundo Vice-presidente da ABRATES e professor da Universidade Federal de Pelotas (RS)

Dr. José de Barros França NetoPresidente da ABRATES e pesquisador da Embrapa Soja

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Ata da Assembleia Geral Extraordinária da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes – 2012

Aos trinta dias do mês de agosto do ano de dois mil e doze às 14 horas e 30 minutos, o Presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes – ABRATES, Dr. José de Barros França Neto, deu por instalada a Assembleia Geral Extraordinária 2012. O Presidente da ABRATES solicitou ao plenário a indicação, dentre os associados presentes, do Presidente e do Secretário dessa Assembleia, o que foi realizado, fi cando a Dra. Maria Laene Moreira de Carvalho designada para a presidência e o Dr. Ademir Assis Henning, para a secretaria da Assembleia. Imediatamente, a Dra. Laene submeteu ao plenário a seguinte Ordem do dia: 1) Mudanças no Estatuto Social da ABRA-TES, visando atualizar endereço da sede e alterar as normas quanto ao número de autores para publicação de artigos na Revista Brasileira de Sementes); 2) Aprimoramentos na Revista Brasileira de Sementes (RBS), referente à sua internacionalização, redução do número de artigos por número da RBS, redução do tempo entre submissão e publicação dos artigos científi cos, e no Informativo ABRATES, referente às normas para publicação de trabalhos; 3) Outros assuntos. Aprovada a Ordem do Dia, a Dra. Laene apontou que dois artigos precisarão ser alterados no Estatuto Social da ABRATES, o artigo 2 e o artigo 47. O Artigo 2, é referente ao endereço da sede da Associação, com o seguinte texto: “A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES – ABRATES, tem como sede à Rua Raja Gabáglia, nº 1110, Bairro: Jardim Quebec, município de Londrina, Estado do Paraná, CEP: 86060-190”. Aprovado por unanimi-dade, o Artigo 2 será escrito da seguinte maneira: “A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES – ABRATES, tem como sede à Rua Jonathas Serrano, nº 895, Bairro: Jardim Quebec, município de Londrina, Estado do Paraná, CEP: 86060-220”. Ficando, assim, ofi cializada a alteração do endereço da sede. A Dra. Laene passou a palavra para a Dra. Denise Cunha Fernandes dos Santos Dias, atual Editora da RBS, para tratar, então, da alteração do Artigo 47, que no atual Estatuto está escrito da seguinte maneira: “Serão aceitos para publicação na RBS artigos científi cos, de autoria de sócios, ou em caso de coautoria, que pelo menos a metade dos autores seja sócios da ABRATES quites com a anuidade”. A Dra. Denise explicou que mesmo sendo um meio importante de captar mais associados para a ABRATES, exigir que 50% dos autores sejam sócios em dia com a anuidade da ABRATES acaba sendo uma restrição para publicação de artigos na Revista, devido ao custo que acarreta. Foi aprovado por unanimidade a nova redação do Artigo 47 como segue: “Serão aceitos para publicação na RBS artigos científi cos, de autoria de sócios, ou em caso de coautoria, que pelo menos um autor seja sócio da ABRATES em dia com a anuidade”. Posteriormente a Dra. Denise passou para o segundo assunto do dia e apresentou as metas da RBS para o ano de 2013: a) Publicar 100% dos artigos em Inglês; b) Diminuir o número de artigos publicados para 15 artigos por revista; c) Diminuir o tempo médio de publicação dos artigos. O Dr. Francisco Carlos Krzyzanowski sugeriu às Editoras da RBS que quando os artigos fossem 100% escritos no idioma Inglês, as Editoras sugerissem a alguns autores, a publicação de uma resenha em português no Informativo ABRATES. As Editoras da RBS e também o Dr. Fernando Henning, um dos Editores do Informativo ABRA-TES, acataram a sugestão. Para falar sobre o Informativo ABRATES, a Dra. Laene passou a palavra para o Dr. Fernando que apresentou aos presentes na Assembleia a necessidade de melhorar as normas de publicação do Informativo ABRATES, para que sejam publicados artigos de melhor qualidade no periódico o que foi aprovado por unanimidade, cabendo ao Comitê Editorial do Informativo ABRATES elaborar novas normas para publicação no periódico. No tópico “Outros Assuntos”, o Prof. Manuel de Jesus Vieira Lima Júnior, membro do Comitê Técnico de Sementes Florestais, solicitou à ABRATES mais espaço no Congresso Brasileiro de sementes para a área fl orestal, devido à importância que estas sementes vêm assumindo no contexto do agronegócio brasileiro. Atendendo a essa solicitação, o Dr. Fran-ça afi rmou em nome da Associação, dar todo apoio necessário para os Comitês Técnicos, desde que se haja uma proposta a ser trabalhada. Nesta ocasião, devido à ausência de um Coordenador do Comitê de Sementes Florestais, o Prof. Manuel foi nomeado Coordenador do VII Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, que ocorrerá concomitantemente ao XVIII Congresso Brasileiro de Sementes em Florianópolis. A Secretária da ABRATES, a Sra. Jéssica Akemi Ychisawa fi cou encarregada de formalizar tal decisão para os inte-grantes desse Comitê. A Dra. Marizângela Rizzati Ávila, do IAPAR, levantou a necessidade de informações sobre produção de sementes orgânicas, assunto que também preocupa a Associação, pela falta de sementes no mercado. O Dr. França a informou que será dada uma palestra sobre o assunto no XVIII Congresso Brasileiro de Sementes. Nada mais havendo a tratar a Dra. Laene, às 16:30 horas deu por encerrada a assembleia, da qual lavrei a presente ata, que lida e achada conforme será assinada pelo Presidente da ABRATES, Dr. José de Barros França Neto e por mim, Dr. Ademir Assis Henning, Secretário Ad-Hoc.

José de Barros França NetoPresidente da ABRATES

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Ademir Assis HenningSecretário Ad-Hoc

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Congresso Brasileiro vai congregar principais setores de Sementes em 2013

O tema do próximo CBSementes deve reunir interessados em sementes de grandes culturas, forrageiras, fl orestais e olerícolas.

A 18ª. Edição do Congresso Brasileiro de Sementes, que será realizada em Florianópolis (SC) de 16 a 19 de setembro de 2013, terá como tema A semente na produtividade agrícola e conservação de recursos genéticos. O tema foi defi nido pela Diretoria da ABRATES, durante reunião em Londrina (PR), nos dias 29 e 30 de agosto de 2012.

O XVIII CBSementes deverá reunir participantes interessados em discutir assuntos relacionados aos principais setores sementeiros. A programação do evento está sendo desenvolvida e em breve será divulgada. O encontro deve congregar assuntos relacionados à produção e ao desenvolvimento técnico e científi co de sementes de grandes culturas, forrageiras, fl orestais e olerícolas. “A programação será muito eclética, devendo atender às expectativas dos setores de pesquisa e de produção de sementes”, revela o presidente da ABRATES, José de Barros França Neto, coordenador do Congresso.

O evento engloba o XII Simpósio Brasileiro de Patologia de Sementes e o XII Simpósio Brasileiro de Tecnologias de Sementes Florestais. Para a coordenadora do Simpósio de Patologia, Maria Heloisa Duarte Moraes, pesquisadora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), “mais uma vez inserido no Congresso Brasileiro de Sementes, o Simpósio de Patologia evidencia a importância da sanidade na qualidade das sementes e, consequentemente, na produtividade”.

O VII Simpósio de Sementes Florestais é coordenado pelo professor Manuel Jesus Vieira Lima Junior, da Universidade Federal do Amazonas. O tema da próxima edição será A semente na cadeia produtiva fl orestal. De acordo com Manuel, que na reunião representou o Comitê de Sementes Florestais, “integrantes dos diferentes setores vão trabalhar em conjunto a fi m de estimular o refl orestamento através de safras e plantio, além de programas de recuperação de áreas. O Congresso tem também o intuito de trazer as vertentes fl orestal e agrícola para a produção com qualidade de sementes”, disse.

Dulce MazerJornalista - MTb 8775/PR

ABRATES - Assessoria de Imprensa

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XXXI Ciclo de Reuniões Conjuntas da CSM/PR

Foz do Iguaçu, PR de 13 a 16 de agosto de 2012

Ademir Assis Henning1, Fernando Augusto Henning2

O evento, realizado no Rafain Palace Hotel & Convention Center reuniu cerca de 250 participantes (responsáveis técnicos, pesquisadores, fi scais estaduais e federais e empresários ligados ao negócio de sementes e mudas). A programação contou com a apresentação de várias palestras, painéis e vitrines tecnológicas. A primeira palestra proferida pelo Dr. Ivan Schuster (COODETEC) abordando o tema “FLUXO GÊNICO” despertou grande interesse por parte dos participantes devido a importância do tema. O ponto alto da palestra foi a desmistifi cação das contaminações atribuídas ao “fl uxo gênico”. O palestrante demonstrou com muita propriedade que a maioria dos problemas que ocorrem são decorrentes da falta de cuidados durante as operações de produção, colheita, transporte e armazenamento. A principal causa das contaminações de OGM´s são o resultado de mistura mecânica de sementes seja no campo (plantas voluntárias, soqueiras, ornamentais, medicinais e condimentares), falta de limpeza dos equipamentos, moegas, máquinas de benefi ciamento, etc.

Na seqüencia, dia 14/08 foi apresentado o tema “FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COM OGM E NOVOS DESAFIOS pelo fi scal federal agropecuário Marcus Vinícius Segurado Coelho da CBIO/SDA. Foram abordados os aspectos gerais da Lei de Biosegurança no País, bem como órgãos e entes envolvidos destacando a importância e o papel de atuação do MAPA no que tange ao registro e fi scalização de produtos OGM´s. Foram mencionados os investimentos em pesquisa feitos pelo MAPA para a avaliação de riscos, detecção de OGM´s e capacitação de fi scais.

No painel “BIOTECNOLOGIA – LIBERAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE NOVOS EVENTOS DE TRANSGENIA EM SOJA E OUTROS, representantes das principais empresas atuantes no mercado de sementes: Embrapa; Coodetec; Monsanto; Syngenta e Pioneer destacaram as tecnologias de transgenia atualmente utilizadas pelas empresas. Além das tecnologias desenvolvidas e amplamente utilizadas em milho e soja foram também apresentadas as perspectivas e demandas futuras de novos eventos em outras espécies.

No dia 15/08, foi apresentado o painel “SOJA LIVRE” coordenado pelo Chefe Geral da Embrapa Soja, Dr. Alexandre José Cattelan contando com a participação da ABRANGE, IMCOPA e Fundação Meridional. Ficou claro que há grande perspectiva para a expansão do mercado de grãos de soja convencional visando atender principalmente os mercados da União Européia que se mostram cada vez mais restritivos ao uso de soja OGM. Foi destacado o papel importante que a Embrapa vem desenvolvendo como a maior obtentora de cultivares de soja convencional no mercado brasileiro.

No mesmo dia à tarde, sob a coordenação do Dr. Scylla Cezar Peixoto Filho (Vice-Presidente da CSM/PR e Coordenador do XXXI Ciclo) foi realizado o painel “APRESENTAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DISCUTIDAS E ACORDADAS NO DECRETO 5153”. Esse painel contou com a participação do FFA José Neumar Francelino (DFIA/CSM/MAPA) e Claudio Manoel da Silva (ABRASEM). Foi destacada pelo representante da ABRASEM a importância de uma revisão geral da legislação e decreto da lei de sementes. Além disso, concluiu-se que as penalidades devem ser revistas, pois as mesmas são muito “pesadas” por estarem associadas ao valor do produto.

Finalmente, no dia 16/08, durante toda a manhã foi realizado o painel “TRATAMENTO INDUSTRIAL DE SEMENTES” que teve a coordenação do FFA José Neumar Francelino e as participações da EMBRAPA (Ademir Assis Henning); Syngenta (João Carlos Nunes); Basf (Marcelo Rodacki) Bayer (Diogo Dombroski) e FMC (Tiago Zaramella). Além das apresentações dos equipamentos modernos para o TSI foram discutidas as vantagens e desvantagens dessa tecnologia. Dentre as vantagens ressaltou-se a qualidade superior do tratamento industrial da semente devido à precisão da dose dos produtos aplicados; a cobertura e aderência dos produtos e principalmente a segurança dos operadores que não fi cam expostos aos ingredientes ativos. Além disso, a aplicação de polímeros sintéticos que melhora a cobertura da semente e garante proteção adicional às pessoas que venham manusear as sementes. Como desvantagens foram levantados diversos pontos, dentre os quais merece destaque a possível adoção de “pacotes fechados” obrigando os agricultores a utilizar inseticidas e nematicidas em áreas onde eles não tem problemas com essas pragas. Além do desperdício fi nanceiro haveria o custo ambiental por estar colocando no meio ambiente produtos químicos sem necessidade. Foi enfatizada a importância do Responsável Técnico para decidir que ingredientes ativos são necessários e quando utilizá-los.

1Eng° Agrônomo, Ph.D. Presidente da CSM/PR e pesquisador da Embrapa Soja, Londrina, PR. e-mail: [email protected]° Agrônomo, Dr. Pesquisador da Embrapa Soja, Londrina, PR. e-mail: [email protected]

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ABRATES lança nova edição do Guia de Inspeção de Campos para Produção de Sementes

A Editora ABRATES acaba de lançar a terceira edição revisada e atualizada do Guia de Inspeção de Campos para Produção de Sementes. A reimpressão, autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é comercializada pela ABRATES a R$ 10 (mais taxa de postagem). Com uma estrutura de fácil manuseio, a publicação contém procedimentos, processos e técnicas, padronizados e uniformizados, que conduzem para a aplicação das Boas Práticas Agrícolas na produção de sementes, garantindo a qualidade destas e a identidade das cultivares.

Publicado originalmente pelo Mapa em 1975, o Guia foi elaborado pelos pesquisadores Bill Gregg, Cilas Camargo, Flavio Popinigis, Charles Lingerfelt e Carlos Vechi. Considerando as grandes inovações tecnológicas que ocorreram na produção de sementes das principais culturas nas últimas três décadas, a revisão e a atualização dessas orientações e métodos têm como objetivo harmonizar a aplicação e a divulgação de procedimentos indispensáveis para a redução na variação da qualidade e identidade das sementes.

A terceira edição do livro contribui para que o responsável técnico se oriente melhor e tenha consciência de seu encargo na produção, exercendo os cuidados na condução dos campos de produção de sementes, além de atender às necessidades da adequação aos princípios da legislação de sementes e mudas.

São autores da revisão publicada na terceira edição os profi ssionais: José Neumar Marcelino, MAPA, Scylla César Peixoto, CSM-PR, Hugo Caruso, MAPA, Luiz Carlos Miranda, Embrapa SPM, Ralf Udo Dengler, Fundação Meridional e Zilda de Fatima Sgobero Miranda.

Para adquirir o Guia de Inspeção de Campos para Produção de Sementes ou obter outras informações, entre em contato com a Secretaria da ABRATES: [email protected] ou pelo telefone (43) 3025-5120.

Dulce MazerJornalista - MTb 8775/PR

ABRATES - Assessoria de Imprensa

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 30th ISTA Seed Congress

Data: 12 a 18 de junho de 2013Local: Antalya - Turquia

Data limite para envio de trabalhos: 19/10/2012Site: www.ista2013antalya.org

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Ensaios de Cultivares em Rede – ECR

Alexandre Levien1, Victor Sommer2

O número de novas cultivares de soja registradas praticamente quintuplicou a partir da promulgação da Lei de Proteção de Cultivares em 1997, passando de 186 em 1998, para 990 em 2012. Como consequência disso, criou-se difi culdade para a assistência técnica e aos produtores rurais para responder a seguinte questão: quais são as melhores cultivares para a minha região? Sabe-se que a escolha da(s) cultivar(es) é a principal variável determinante do sucesso da exploração agrícola. Entretanto, não basta serem novas, mas sim adequadas a cada situação. O objetivo central dos Ensaios de Cultivares em Rede – ECR, realizados pela Fundação Pró-Sementes, é produzir informações sobre o desempenho agronômico das cultivares de soja e trigo. Basicamente o desempenho tem como variável principal o rendimento físico, associado a outras características agronômicas importantes.

A obtenção da informação tem por base a implantação de uma rede experimental para avaliar todas as cultivares incluídas no zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, conduzida de acordo com as épocas e regiões defi nidas naquele documento. Os resultados obtidos na rede experimental são disponibilizados para a assistência técnica e para os produtores rurais. Dessa forma se espera que o ensaio experimental possa servir de referência, no que tange ao desempenho de cultivares ofertadas no mercado. Isto é decisivo, como orientação, para a tomada de decisão sobre que cultivares recomendar ou usar.

Entretanto, a informação precisa chegar rapidamente ao seu público alvo – assistência técnica e produtores rurais – em tempo hábil de produzir efeitos sobre a tomada de decisão. Assim, os resultados da rede experimental precisam ser elaborados imediatamente após a colheita dos ensaios e transferidos a seus usuários.

Para a divulgação dos resultados dos seus Ensaios de Cultivares em Rede (ECR) a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa desenvolveu um portal denominado www.cultivares.com.br, tendo como principal objetivo fazer com que estas importantes informações, resultantes da interação genótipo e ambiente, cheguem até obtentores de cultivares, produtores de sementes, comerciantes, profi ssionais de assistência técnica e agricultores, auxiliando na escolha das cultivares a serem semeadas.

1Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa [email protected]

²Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa.

Lançado em março de 2012, o Portal Cultivares é uma importante fonte de informação sobre o setor agrícola. Além de divulgar os resultados dos ECRs de soja e trigo conduzidos pela Fundação Pró-Sementes, fornece notícias atuais e pertinentes sobre diversas culturas. Além disso, o portal conta com uma equipe de colunistas formada por experientes engenheiros agrônomos do quadro de colaboradores da Fundação Pró-Sementes.

A seguir, será apresentado um tutorial de como realizar a pesquisa dos resultados dos ensaios no Portal Cultivares:

 

Esta é a página inicial do Portal Cultivares. Procure pelo botão “Ensaios de Cultivares em Rede” no menu superior.

 

Ao clicar no botão “Ensaios de Cultivares em Rede”, abrirá esta tela. Selecione uma cultura (trigo ou soja).

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Ao selecionar a cultura de trigo, abrirá esta página. Selecione um dos quatro estados em destaque.

Depois, selecione um dos locais em que foram realizados os experimentos na safra selecionada, listados ao lado direito da tela.

 

 

Após selecionar um estado, escolha uma das microrregiões, diferenciadas por cores.

 

Em seguida, selecione uma das safras em que foram realizados experimentos através da barra de navegação localizada ao lado direito da tela.

 

Ao selecionar um dos locais, abrirá uma tabela com o resultado de todas as cultivares testadas naquele local e naquela safra (produtividade por kg/ha e sacos/ha, pH). Ao clicar sobre o nome das cultivares, você obtém mais informações sobre o material.

 

 

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Ao selecionar a cultura de soja, você vai ver este mapa. Selecione uma das macrorregiões em destaque.

 

Em seguida, selecione uma microrregião.

Então, selecione um dos locais em que foram realizados ensaios.

 

Depois, selecione uma das safras em que foram realizados experimentos através da barra de navegação localizada ao lado direito da tela.

 

 

Ao selecionar um dos locais, abrirá uma tabela com o resultado de todas as cultivares testadas naquele local e naquela safra (produtividade por kg/ha e sacos/ha, sacos/alqueire paulista, maturação, altura da planta). Ao clicar sobre o nome das cultivares, você obtém mais informações sobre o material.

Explorando os quatro anos de resultados do Portal Cultivares, verifi ca-se que os materiais oferecidos no mercado apresentam comportamento variável, nas diferentes safras, pela infl uência das variações climáticas anuais registradas. Desta forma, as informações geradas adquirem maior representatividade ainda, por considerarem as variações climáticas anuais e seu efeito sobre o comportamento das cultivares nos diversos anos testados.

Pela praticidade de acesso às informações do Portal Cultivares todo o público interessado em maximizar os resultados de sua lavoura, tanto para a produção de grãos como para a produção de sementes, tem agora a sua disposição uma grande ferramenta de aplicação direta na tomada de decisão sobre qual(is) cultivar(es) a utilizar e investir com maior segurança.

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Métodos alternativos para superação da dormência em sementes de arroz irrigado

Marcos Eduardo Baldi1, Samantha Rigo Segalin1, Flávia Barzotto1, Fabrício Fuzzer de Andrade1, Nilson Matheus Mattioni2, Liliane Marcia Mertz3

RESUMO - O objetivo no presente trabalho foi avaliar métodos alternativos para superação de dormência de sementes de arroz irrigado. Foram utilizadas duas cultivares de arroz, IRGA 425 e SCS 114 Andosan, e dois lotes de cada cultivar, os quais foram submetidos aos seguintes tratamentos: 1 – sem superação de dormência; 2 – pré-secagem em estufa a 45 oC por 96 horas; 3 - imersão das sementes em solução de NaClO a 0,5% por 24 horas; 4 - pré-aquecimento das sementes em estufa a 45 oC por 1 hora e imersão das sementes em solução de KNO3 a 0,2% por 24 horas; 5 - imersão das sementes em solução de NaClO a 0,5% por 24 horas e pré-secagem em estufa a 45 oC por 6 horas; 6 - pré-secagem em estufa a 45 oC por 24 horas e umidifi cação do substrato em solução de ácido giberélico 1%; 7 - pré-aquecimento das sementes em estufa a 45 oC por 1 hora e imersão das sementes em solução de KNO3 a 0,2% por 24 horas, seguido de pré-secagem a 45 oC por 1 hora; 8 – umidifi cação do substrato com solução de ácido giberélico a 1%. O método mais efi ciente para a superação da dormência em sementes de arroz irrigado foi a imersão em solução de NaClO 0,5% por 24 horas e pré-secagem em estufa a 45 oC por 6 horas sendo uma alternativa efi ciente ao método da pré-secagem em estufa a 45 °C por 96 horas, reduzindo, assim, o tempo necessário para o teste de germinação.

Termos para indexação: Oryza sativa L., germinação, análise de sementes.

Introdução

Após a colheita, as sementes de arroz apresentam dormência por período variável, ocasionando a suspensão temporária da germinação. A dormência em sementes de arroz pode ser decorrente tanto de fatores genéticos como ambientais. A ocorrência de temperaturas elevadas durante a maturação, a presença de substâncias inibidoras, o acúmulo de compostos fenólicos, são alguns dos fatores apontados por induzir a dormência em sementes dessa espécie (Menezes et al., 2009).

Embora o período de dormência seja variável entre as diferentes cultivares de arroz, normalmente, o processo de armazenamento das sementes proporciona aumentos signifi cativos na germinação, principalmente com a elevação da temperatura (Bewley e Black, 1994). Dessa maneira, a dormência em arroz não é problema para os produtores, visto que as sementes permanecerão armazenadas no período entre a colheita e a semeadura da cultura, favorecendo a superação da dormência.

Entretanto, a realização do teste de germinação após a colheita, é uma prática importante, não só para a tomada de decisão sobre a aprovação ou não dos lotes de sementes, bem como, instrumento para o controle de qualidade durante o processo de produção de sementes. Dessa maneira, a dormência é um inconveniente aos Laboratórios de Análise de Sementes, necessitando métodos efi cientes para a superação da mesma.

Segundo as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 2009) os métodos indicados para a superação da dormência em sementes de arroz são: a) pré-secagem à temperatura de 40 °C – 50 °C, por 96 horas, em estufa com circulação de ar; b) imergir as sementes em água a 40 °C por 24 horas (usar estufa ou germinador) ou, preferivelmente imergir as sementes em solução de hipoclorito de sódio a 0,5% por 16-24 horas, depois lavá-las e proceder a semeadura. c) pré-aquecer as sementes a 50 °C e depois imergir em água ou em uma solução de KNO3, por 24 horas; d) realizar o teste em areia; no sétimo dia adicionar água ao substrato até 6 mm acima do nível do mesmo e deixar até o fi nal do teste, realizar só a contagem fi nal. Esses métodos, embora efi cientes, apresentam

1Estudante de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Departamento de Fitotecnia, Setor de Sementes, CEP 97105-900, Santa Maria – RS.2Eng. Agrônomo MSc. Técnico Administrativo em Educação da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Departamento de Fitotecnia, Setor de

Sementes, CEP 97105-900, Santa Maria – RS.3Eng. Agrônoma Dr. Professora Adjunto do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Setor de Sementes, CEP 97105-900, Santa Maria – RS. E-mail: [email protected]

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como inconveniente o fato de prolongar o período necessário para a condução do teste de germinação e, em alguns casos, promovem o umedecimento das sementes, difi cultando a semeadura com os contadores mecânicos a vácuo.

Diante do exposto o objetivo desse estudo foi avaliar métodos alternativos para a superação da dormência em sementes de arroz irrigado.

Desenvolvimento

O trabalho foi realizado no Laboratório de Didático e de Pesquisa em Sementes do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Foram utilizadas duas cultivares de arroz, SCS 114 Andosan e IRGA 425, com dois lotes para cada cultivar. As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos para superação da dormência:

1 - sem superação de dormência; 2 - pré-secagem em estufa a 45 oC por 96 horas; 3 - imersão das sementes em solução de NaClO a 0,5% por 24 horas; 4 - pré-aquecimento das sementes em estufa a 45 oC por 1 hora e imersão das sementes em solução de KNO3 a 0,2% por 24 horas; 5 - imersão das sementes em solução de NaClO a 0,5% por 24 horas e pré-secagem em estufa a 45 oC por 6 horas; 6 - pré-secagem em estufa a 45 oC por 24 horas e umidifi cação do substrato em solução de ácido giberélico 1%; 7 - pré-aquecimento das sementes em estufa a 45 oC por 1 hora e imersão das sementes em solução de KNO3 por 24 horas seguido de pré-secagem a 45 oC por 1 hora; 8 - umidifi cação do substrato com solução de ácido giberélico a 1%. A utilização da pré-secagem após a imersão das sementes em soluções nos tratamentos cinco e sete foi realizada com o objetivo de desenvolver métodos que facilitem o processo de semeadura com contadores mecânicos a vácuo, o qual não poderia ser utilizado com sementes umedecidas. Após os tratamentos para superação da dormência, realizou-se o teste de germinação conforme as orientações prescritas pelas Regras de Análise de Sementes (Brasil, 2009). As contagens foram realizadas no quinto e no décimo quarto dia após a semeadura.

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com quatro repetições. Realizou-se análise de variância e a comparação de médias foi efetuada pelo teste de Scott-Knott 5% de probabilidade. Os dados em porcentagem foram transformados pela função arco-seno (x/100)½. Utilizou-se o programa SISVAR software (Ferreira, 2008).

De acordo com análise de variância, houve efeito do método de superação de dormência e da interação entre o método e a cultivar (Tabela 1). Isso pode ser explicado pelo fato da dormência nessa espécie ser induzida em função de diferentes fatores, inclusive o genótipo (Menezes et al., 2009).

Tabela 1. Tabela da análise de variância para a variável germinação.

Fonte de Variação GL Germinação Cultivar (A) 1 67,6ns Método (D) 7 961,5*

A x D 7 428,1* Erro 112 37,1

CV (%) 7,89

*Signifi cativo a 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

O método 2 (estufa 45 oC/96 h) é o mais utilizado pelos laboratórios de rotina. Conforme observado na Tabela 2, esse método foi efi ciente em ambas as cultivares, promovendo aumento da germinação em relação à testemunha. No entanto, a cultivar 2, SCS 114 Andosan, apresentou menor efi ciência, não superando totalmente a dormência, pois o valor máximo de germinação para essa cultivar foi 91%, obtida pelo método 5 (NaClO a 0,5%/24 h e pré-secagem estufa a 45 oC/ 6 h), enquanto nesse tratamento (método 2) obteve-se 77%.

Já, a superação da dormência por meio da imersão em solução de NaClO a 0,5%/24 h (método 3), não foi efi ciente para nenhuma das cultivares estudas (Tabela 2). Esses resultados estão de acordo com os obtidos por Vieira et al. (1994), que estudaram o efeito da imersão em solução com hipoclorito de sódio por diferentes períodos de imersão (24, 36 e 48 horas) e constaram que esse método não foi efi ciente em superar a dormência, proporcionando respostas semelhantes à testemunha. Por outro lado, Dias e Shioga (1997) encontraram resultados positivos mediante embebição das sementes em solução de com hipoclorito de sódio (1%) por 24 horas.

A superação da dormência por meio do método 4 (estufa a 45 oC/1 h e imersão solução de KNO3 a 0,2% /24 h) mostrou-se efi ciente apenas para a cultivar SCS 114 Andosan, onde a porcentagem de germinação obtida foi de 86%, superior em relação a testemunha, a qual apresentou 69% de germinação (Tabela 2). Esse comportamento não foi observado para a cultivar IRGA 425, a qual apresentou 67% de germinação no método 4, enquanto que na testemunha sem superação de dormência, obteve-se 73% de germinação. Conforme os estudos realizados por Dias e Shioga (1997), a embebição do substrato do teste de germinação em solução de KNO3 a 0,2% foi efi ciente em lotes com menor grau de dormência.

O método 5 (NaClO a 0,5%/24 h e pré-secagem estufa a 45 oC/ 6 h), conforme observado nas Tabelas 2 e 3, foi efi ciente para ambas as cultivares, resultando na melhor média de geminação. Na cultivar 1, IRGA 425, observou-se porcentagem de germinação de 88%, inferior somente

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ao método 2 (Estufa 45 oC/96 h) onde o valor máximo de germinação foi 90%. A cultivar SCS 114 Andosan obteve um porcentual de germinação de 91% de germinação, superior à testemunha e aos demais métodos. A vantagem desse método

é que, além de ser efi ciente na superação da dormência das sementes de arroz, o mesmo consiste na secagem das sementes após a imersão, possibilitando, assim, a semeadura com contadores mecânicos.

Tabela 2. Germinação (%) de sementes de sementes de duas cultivares de arroz irrigado, após o desdobramento da interação dos métodos de superação da dormência dentro de cada cultivar.

Método de superação da dormência IRGA 425

G% 1 Sem superação de dormência 73c* 2 Estufa 45 oC / 96 h 90a 3 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h 67d 4 Estufa a 45 oC/1 h e imersão solução de KNO3 a 0,2% / 24 h 67d 5 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h e pré-secagem estufa a 45 oC / 6 h 88a 6 Estufa 45 oC / 24 h e umidificação do substrato com ácido giberélico a 1% 66d 7 Estufa a 45 oC / 1 h e imersão em KNO3 / 24 h seguido de pré-secagem a 45 oC / 1 h 78c 8 Umidificação do substrato com solução de ácido giberélico a1%. 84b

Método de superação da dormência SCS 114 Andosan

G% 1 Sem superação de dormência 69d* 2 Estufa 45 oC / 96 h 77c 3 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h 64d 4 Estufa a 45 oC / 1 h e imersão solução de KNO3 a 0,2% / 24 h 86b 5 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h e pré-secagem estufa a 45 oC/ 6 h 91a 6 Estufa 45 oC / 24 h e umidificação do substrato com ácido giberélico a 1% 76c 7 Estufa a 45 oC / 1 h e imersão em KNO3 / 24 h seguido de pré-secagem a 45 oC / 1 h 85b 8 Umidificação do substrato com solução de ácido giberélicoa 1%. 76c

*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

A superação da dormência no método 6 (estufa 45 oC / 24 h e umidifi cação do substrato com ácido giberélico a 1%), foi efi ciente somente para a cultivar SCS 114 Andosan, onde a porcentagem obtida foi de 76% de germinação, mostrando-se superior à testemunha, que obteve 69% de germinação (Tabela 2). Na cultivar IRGA 425, o porcentual de 66% de germinação, obtido com o referido método, foi inferior ao da testemunha (método 1).

Os métodos 7 (estufa a 45 oC / 1 h e imersão em KNO3 / 24 h seguido de pré-secagem / 1 h) e 8 (umidifi cação do substrato com solução de ácido giberélicoa 1%) foram efi cientes na superação da dormência em ambas cultivares (Tabela 2), porém, a germinação obtida por esses métodos foi inferior ao método 5 (Tabela 3).

Conclusão

O método mais efi ciente para a superação da dormência em sementes de arroz irrigado foi a imersão das sementes em solução de NaClO a 0,5% por 24 horas, seguido de

Métodos de superação da dormência Germinação (%) 1 Sem superação de dormência. 71d* 2 Estufa 45 oC / 96 h. 83b 3 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h. 66e 4 Estufa a 45 oC /1 h e imersão solução de KNO3 a 0,2% / 24 h. 76c

5 Imersão em NaClO a 0,5% / 24 h e pré-secagem estufa a 45 oC / 6h. 89a

6 Estufa 45 oC / 24 h e umidificação do substrato com ácido giberélico a 1%. 71d

7 Estufa a 45 oC / 1 h e imersão em KNO3 / 24 h seguido de pré-secagem a 45 oC / 1 h. 82b

8 Umidificação do substrato com solução de ácido giberélico a 1%. 80b

Tabela 3. Germinação de sementes de arroz irrigado: comparação de médias para efeito principal do método de superação de dormência em sementes de arroz irrigado.

*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

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pré-secagem em estufa a 45 oC por 6 horas. Esse método demonstrou ser uma alternativa efi ciente ao método da pré-secagem em estufa a 45 °C por 96 horas, reduzindo o período de tempo necessário para superação da dormência de sementes de arroz nos laboratórios de rotina.

Referências

BEWLEY, J.D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 2.ed. New York: Plenum Press, 1994. 445p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 399 p.

DIAS, M.C.L.L.; SHIOGA, P.S. Tratamentos para superar a dormência em sementes de arroz (Oryza sativa L.). Revista Brasileira de Sementes, Campinas, v.19, n.1, p.52-57, 1997. http://www.abrates.org.br/revista/artigos/1997/v19n1/artigo10.pdf

FERREIRA, D.F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, v.6, p.36-41, 2008.

MENEZES, N.L.; FRANZIN, S.M.; BORTOLOTTO, R.P.. Dormência em sementes de arroz: causas e métodos de superação. Revista de Ciências Agro-Ambientais, v.7, p.35-44, 2009. http://www.unemat.br/revistas/rcaa/docs/vol7/4_artigo_v7.pdf

VIEIRA, A.R.; VIEIRA, M.G.G.C.; CARVALHO, V.D.; FRAGA, A.C. Efeitos de tratamentos pré germinativos na superação da dormência de sementes de arroz e na atividade enzimática da peroxidase. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.29, n.4, p.535-542, 1994.

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Rastreabilidade aplicada à produção de sementes de soja

Alexandre Gazolla-Neto1*, Tiago Zanatta Aumonde2, Tiago Pedó3, Paulo Levinski4, Frederico da Rocha Fonseca5, Silmar Teichert Peske6 e Francisco Amaral Villela7

RESUMO - O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento e aplicação de um sistema efi ciente e efi caz de rastreabilidade para a produção de sementes de soja, utilizando um software online, desenvolvido em parceria com a empresa Checkplant e a empresa Sementes Oilema, a fi m de assegurar a origem, a qualidade e a segurança dos produtos obtidos. A rastreabilidade contou com informações relativas ao histórico de produção (fazenda e áreas de produção, localizações geográfi cas e fotos das áreas de produção e Unidade de Benefi ciamento de Sementes (UBS), informações técnicas (tratamento de sementes) e controles de qualidade (germinação, emergência em campo (5 e 10 dias), peso mil sementes, vigor e viabilidade pelo teste de tetrazólio, envelhecimento acelerado (48 h x 41 ºC) e pureza física). A rastreabilidade foi aplicada na safra 2010/2011 em 15.737 ha de área cultivada com soja, com uma produção de 350.000 scs de 40 kg de sementes de soja. Para a empresa produtora de sementes, a rastreabilidade proporcionou uma maior percepção de qualidade e transparência do processo produtivo, permitindo aos seus clientes o acesso à informações técnicas sobre a origem e qualidade das sementes.

Termos para indexação: software online, garantia de origem, controle de qualidade.

Introdução

A possibilidade de inserir informaçõ es detalhadas sobre a origem e as características dos produtos, distribuídos de acordo com lotes homogêneos, nas várias etapas da cadeia produtiva, tornou-se importante instrumento de vantagem comercial, constituindo-se para a empresa, numa condição essencial, para responder às exigências dos consumidores (Lanini, 2003).

Segundo Meuwissen et. al (2003), os sistemas de identifi cação e rastreabilidade podem atender a diferentes propósitos quanto ao monitoramento e controle de produtos e processos. Além de possibilitar a identifi cação das causas dos problemas e realizar ações de melhoria, também são utilizados visando: a) aumentar a transparência entre os elos da cadeia produtiva; b) reduzir os riscos de responsabilidades jurídicas; c) prover um sistema efi ciente de recall de produtos.

Embora pouco tenha sido discutido, no Brasil, acerca da necessidade de mecanismos de identifi cação e rastreabilidade de grãos, tais exigências podem comprometer as exportações

brasileiras do complexo soja, para a União Européia, em um cenário próximo. Tal perspectiva baseia-se na Diretiva 2001/18 do Conselho Europeu de 12/03/2001 que prevê regras para identifi cação, rastreabilidade e rotulagem de produtos e matérias-primas obtidas por meio de organismos geneticamente modifi cados (OGMs), legitimada por meio da General Food Law européia, em vigor desde 01/01/2005 (Leonelli e Toledo, 2005).

A ausência de programa de rastreabilidade impede a devida responsabilidade e a tomada de ações preditivas, preventivas e corretivas, nos casos de contaminação alimentar, perdas produtivas e até mesmo de gestão. Quanto maior o tempo transcorrido entre a ocorrência do problema e a identifi cação da fonte causadora, maior será a extensão dos danos, tanto do ponto de vista da segurança, quanto fi nanceiro, dentro da cadeia produtiva (Lirani, 2001).

As sementes representam o meio de assegurar a sobrevivência de diversas espécies. Para o ser humano, são cultivadas para garantir o consumo mundial, sendo a maioria cereais, predominando o trigo, o milho e o arroz; dentre as

1Engº Agrº, Mestre e Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CNPQ. Universidade Federal de Pelotas/Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel/FAEM), Pelotas/RS. E-mail: [email protected]º Agrº, Mestre em Fisiologia Vegetal, Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CAPES, UFPel/FAEM. E-mail: [email protected] Engº Agrº, Mestre em Agronomia, Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CAPES. UFPel/FAEM. E-mail: [email protected].

4Engº Agrº, Mestrando em Ciência & Tecnologia de Sementes. UFPel/FAEM. E-mail: [email protected]écnologo em Análise de Sistemas, Mestrando em Ciência da Computação, UFPel/FAEM. E-mail: [email protected]º Agrº, Ph.D., Prof. Titular, Depto Fitotecnia, FAEM/UFPel. E-mail: [email protected]º Agrícola, Dr., Prof. Associado, Depto Fitotecnia, FAEM/UFPel. E-mail: [email protected].

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fabáceas, a soja é uma das mais cultivadas, sendo fonte de proteínas, óleos e carboidratos utilizados como matéria-prima de diferentes produtos. Para os animais, as sementes são utilizadas, direta e indiretamente, como ração e forrageira, pastagens ou silagens.

À medida que a população mundial cresce, a produção de sementes precisa acompanhar a demanda, devendo assentar-se sobre uma base sólida, com o uso de técnicas modernas e incorporação de novas áreas de cultivo, bem como o desenvolvimento de potenciais genéticos e fi siológicos das cultivares, necessitando não apenas de corretas práticas culturais, mas de um programa específi co de aumento da produtividade agrícola (Peske e Barros, 2006).

Na safra 2010/11, a produção brasileira de soja chegou a 75,32 milhões de toneladas, com uma área cultivada de 24,18 milhões de hectares, e uma produtividade média de 3.106 kg/ha. Por outro lado, as exportações brasileiras de soja em grão, farelo e óleo somaram US$ 18 bilhões em 2010 (Conab, 2011). A estimativa de área cultivada com soja na safra 2011/2012 foi de 24,97 milhões de hectares, que corresponde a um crescimento de 3,3% ou 791,2 mil hectares sobre a área semeada na safra 2010/2011 (Conab, 2012).

Dada à importância da produção brasileira de soja, se faz necessário mecanismos que possam auxiliar os produtores a alcançar maiores produtividades, garantindo assim a rastreabilidade e a qualidade do produto fi nal, tendo em vista a crescente exigência dos mercados internacionais, que cada vez mais estão preocupados com a qualidade do produto fi nal. Neste cenário, produzir sementes com garantia de origem e qualidade é fundamental, já que estas representam o elo inicio da cadeia produtiva de grãos.

O objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar um sistema efi ciente e efi caz de rastreabilidade para a produçã o de sementes de soja, através de um software online, a fi m de assegurar a origem, qualidade e segurança dos produtos obtidos.

Desenvolvimento

O trabalho foi conduzido em parceria com a empresa Checkplant - Sistemas de Rastreabilidade LTDA, localizada no município de Pelotas-RS, que propo rcionou o desenvolvimento do sistema, aliado aos testes práticos e validação fi nal junto à empresa Sementes Oilema, localizada no município de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia.

A alternativa contemplou informações referentes ao histórico de produção (fazenda e áreas de produção, localizações geográfi cas e fotos das áreas de produção e UBS, informações técnicas (tratamento de sementes) e controles de

qualidade (germinação, emergência em campo (5 e 10 dias), peso mil sementes, vigor e viabilidade pelo teste de tetrazólio, envelhecimento acelerado (48 h a 41 ºC) e pureza física). A escolha destas informações ocorreu em função da empresa já dispor destes dados em seus controles internos de qualidade, bem como em seus laudos ofi ciais de análise de qualidade emitidos pelo laboratório.

O desenvolvimento do software foi organizado seguindo a seqüência dos monitoramentos do processo de produção no campo até a venda das sementes ao cliente fi nal. As principais etapas da elaboração iniciaram com a escolha da tecnologia, seguida pela elaboração dos módulos de coleta de dados, registros do histórico das áreas de produção e UBS, organização e identifi cação dos lotes na UBS, sistema de impressão de etiquetas com códigos únicos e website de consulta da rastreabilidade.

O sistema de rastreamento desenvolvido possibilitou a função de monitorar e registrar as informações do processo de produção de sementes, formando um banco de dados, que ao fi nal do ciclo, somado aos resultados ofi ciais de qualidade originaram à rastreabilidade. A alternativa foi aplicada na safra 2010/2011, sendo rastreados 15.737 ha de área cultivada com soja, com uma produção de 350.000 scs de sementes de soja, sendo 45.000 scs com germinação mínima de 95%.

O sistema de gerenciamento da rastreabilidade para a produção de sementes de soja foi desenvolvido em plataforma web, para tornar o acesso a informação rápido e seguro, através do emprego de três tecnologias, sendo duas linguagens (HTML e PHP) e um banco de dados (MySQL), mostrando-se efi ciente para coleta, registro e consulta de informações.

No módulo de coleta de dados, foram cadastradas as informações da empresa produtora de sementes que passará a utilizar a solução, além de informações dos seus fornecedores (Tabela 1). Estas informações formaram o banco de dados inicial para rastreabilidade, onde após efetuado o cadastro completo, a empresa passou a gerenciar em ambiente seguro as seguintes informações: a) cadastro de lotes de rastreabilidade; b) histórico das áreas de produção e UBS; c) informações do controle ofi cial de qualidade; c) origem e tratamento de sementes; d) gerência de comentários feitos por clientes.

Na UBS, os lotes foram organizados, separados e identifi cados de acordo com a data de recebimento, cultivar, fornecedor e área de produção. Após a entrada na recepção da UBS, as sementes receberam um número de identifi cação do lote, que seguiu durante todo o fl uxo do benefi ciamento. Toda amostragem para fi ns de análise de qualidade e posterior cadastro das informações ofi ciais no sistema de rastreabilidade, fi cou diretamente relacionado ao lote da

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UBS. A determinação do tamanho dos lotes e o processo de amostragem seguiram as recomendações estabelecidas pelas Regras para Aná lise de Sementes (Brasil, 2009).

A identifi cação da rastreabilidade ocorreu em cada embalagem, com a fi xação de uma etiqueta (Figura 2). A consulta das informações pode ser realizada através da leitura do QR-CODE 2D ou pela consulta do código de 12 caracteres contido na etiqueta, seguido pela busca no site indicado em anexo (Figura 2).

Tabela 1. Informações da empresa produtora de sementes e seus fornecedores, cadastradas no sistema de rastreabilidade.

Empresa Produtora de Sementes Fornecedores Razão social Razão social

Endereço completo da UBS Endereço completo da fazenda

Latitude e longitude da UBS Latitude e longitude das áreas de cultivo

Fluxo detalhado do beneficiamento na UBS Denominação das áreas

Tratamento de sementes Georeferenciamento das áreas

Fotos internas e externas da UBS Fotos das áreas de cultivo Responsável técnico pelo beneficiamento

Responsável técnico pela produção

No decorrer do fl uxo de benefi ciamento, após o ensaque, foram geradas as etiquetas da rastreabilidade, com identifi cação de todas as embalagens de cada lote. A impressão das etiquetas com os códigos de rastreabilidade foi realizada diretamente na UBS, sem comprometer o fl uxo de ensaque, com a utilização de software exclusivo, responsável pela comunicação do sistema online com o sistema de impressão, e deste com as impressoras de código de barras.

Os códigos de rastreabilidade são formados por 12 caracteres, composto por letras e números. Esta “combinação” de letras e números forma um código único e criptografado, não permitindo que o mesmo seja utilizado mais que uma vez ou falsifi cado, garantindo a segurança e a integridade das informações. A rastreabilidade pode ser considerada uma ferramenta permanente, para aplicação ocasional, que permite a retirada do lote ou lotes de produção não em conformidade, em caso de necessidade (Piqueras et al., 2002).

Para permitir o acesso fácil e rápido às informações da rastreabilidade, foi utilizado, na etiqueta da rastreabilidade fi xada nas embalagens, código de barras 2D (QR-CODE 2D). Esta tecnologia torna possível consultar as informações da rastreabilidade em celulares. Para isso, é necessária a instalação de um aplicativo para interpretação do código.

Após a instalação do aplicativo, é sufi ciente direcionar a câmera do dispositivo com o aplicativo correspondente para o QR-CODE 2D, para que a leitura seja realizada automaticamente e as informações da rastreabilidade sejam exibidas imediatamente no site de consulta (Figura 1).

 Figura 1. Dispositivo móvel para consulta dos códigos de

rastreabilidade.

 Figura 2. Etiqueta com QR-CODE 2D, código da rastreabilidade

e site para consulta da rastreabilidade.

Ao consultar os códigos, o cliente tem acesso as informações relativas ao histórico de produção (fazenda e área de produção, localizações geográfi cas e fotos das áreas de produção e UBS, informações técnicas (tratamento de sementes) e controles de qualidade (germinação, emergência em campo (5 e 10 dias), peso mil sementes, vigor e viabilidade pelo teste de tetrazólio, envelhecimento acelerado (48 h a 41 ºC) e pureza física) (Figura 3).

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 Figura 3. Resultado da consulta do código de rastreabilidade 0000335bxd00 no site http://sementes.rastreabilidadeonline.com.br/item/0000335bxd00.

Após a consulta do código, é gerado um link direto aos resultados da rastreabilidade (http://sementes.rastreabil idadeonline.com.br/ i tem/0000335bxd00) facilitando a incorporação destas informações no decorrer da cadeira produtiva de grãos, bem como nos produtos derivados da sua industrialização.

As informações disponibilizadas no processo de rastreabilidade estão de acordo com Pallet et al. (2003), que posiciona a rastreabilidade como uma ferramenta para evidenciar um atributo de qualidade, frente ao mercado consumidor, seguindo a tendência dos consumidores de dar preferência para bons produtos, se estes gerarem confi ança.

Com a rastreabilidade, ambos os lados da cadeia produtiva são benefi ciados, a empresa produtora de sementes, por aumentar a percepção de qualidade de seus produtos e de transparência em seu processo de produção e seus clientes, que terão acesso às informações técnicas sobre a origem e a qualidade das sementes que servem como base para tomada de decisões no planejamento e alocação de recursos para a semeadura. Bender (2003) ressalta a crescente adoção de mecanismos de controle de qualidade, identidade preservada e rastreabilidade por produtores norte americanos de grãos, com destaque para as culturas de soja e milho.

Considerações fi nais

A proposta de sistema é adaptável e viável à realidade das empresas produtoras de sementes de soja, conforme verifi cado com a aplicação na safra 2010/2011, em 15.737 ha de área cultivada com sementes de soja, totalizando uma produção de 350.000 scs de 40 kg.

A rastreabilidade (garantia de origem, controle de qualidade, informações técnicas e histórico de produção) poderá ser utilizada como ferramenta de marketing para diferenciação e divulgação de produtos, aumentando a percepção de qualidade e transparência da cadeia produtiva.

Os benefícios identifi cados relacionam-se ao desenvolvimento de uma alternativa que permite disponibilizar via internet, de forma fácil e segura, informações sobre a origem e a qualidade das sementes, servindo como base ao planejamento e alocação de recursos durante a semeadura.

Referências

BENDER, K. Product Differentiation and identity preservation: implications for market developments in U.S. corn and soybeans. Economic Research Service, USDA. 2003.

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PALLET, D.; OLIVEIRA, I. J. de; BRABET, C.; IBA, S. K. Um panorama da rastreabilidade dos produtos agropecuários do Brasil destinados à exportação: carnes, soja e frutas. Piracicaba: ESALQ-USP, 2003. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000131&pid=S14137054200700050000600005&lng=en

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Norte de Minas Gerais: o cluster para produção de sementes

Danúbia Aparecida Costa Nobre1; Andréia Márcia Santos de Souza David2; Danielle de Lourdes Batista Morais3

RESUMO - A semente é considerada o principal insumo na produção agrícola. O Semiárido Norte Mineiro destaca-se como região que concentra campos de produção de sementes, principalmente pelas condições edafoclimáticas. Porém, a região não dispõe de usinas de benefi ciamento de sementes, o que pode reduzir a qualidade das sementes produzidas em função do transporte rodoviário. Neste sentido, com a produção e o benefi ciamento numa mesma localidade, a manutenção da qualidade das sementes é potencialmente garantida, além de favorecer a comercialização, visto que a região tem potencial para tanto. A expansão do mercado de sementes no Norte de Minas Gerais, tornará a região mais competitiva, além de atrair o mercado externo, o que poderá elevar a tecnologia de produção, bem com novos sistemas poderão ser incorporados para melhorar as condições para facilitar o convívio com o Semiárido. No entanto, a transformação desse potencial em realidade, requer investimentos, possibilitando assim a transformação do Norte de Minas em um cluster da produção de sementes, gerando e capturando ações simultâneas, com potencial de atingir crescimento competitivo contínuo. Assim sendo, a economia local poderá ser favorecida, determinando a redução dos custos operacionais e dos riscos apresentados à qualidade das sementes, elevando o acesso à mão-de-obra qualifi cada, atraindo capital e promovendo a melhoria da qualidade de vida da população da região.

Termos para indexação: campo de produção, benefi ciamento, qualidade de sementes, aglomerado de produção.

Introdução

A semente pode ser considerada o insumo agrícola de maior importância, representando a base do processo produtivo, uma vez que conduz ao campo as características genéticas determinantes do desempenho da cultivar e contribui decisivamente para o sucesso do estabelecimento do estande (Marcos-Filho, 2005).

A semente é o veículo em que estão contidos as inovações e os avanços tecnológicos visando à agregação de valor ao produto a ser transferido para o agricultor, podendo representar altos ganhos econômicos ao setor agrícola (Brasil, 2011).

Devido à importância das sementes para o setor agrícola e para a manutenção da vida no planeta, é de fundamental importância as ações que visem à melhoria do sistema de produção como um todo, buscando manter a qualidade das sementes na semeadura, manejo, colheita e benefi ciamento.

O manejo pode ser feito em cultivo sequeiro ou irrigado.

1Engenheira Agrônoma, Mestranda do Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), CP. 135, CEP 39.404-006, Montes Claros/MG, [email protected] 2Engenheira Agrônoma, Professora Doutora da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Av. Reinaldo Viana, 2630 - Bico da Pedra,

CP. 91, CEP 39440-000, Janaúba/MG, [email protected] 3Engenheira Agrônoma, Mestranda do Departamento de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Av. Reinaldo Viana, 2630 - Bico da Pedra, CP. 91, CEP 39440-000, Janaúba/MG, [email protected]

No cultivo de sequeiro, é importante que a semeadura seja feita na época que os períodos de maior demanda hídrica coincidam com a época chuvosa na região. Além disso, deve possibilitar a colheita quando as chuvas são menos intensas e esparsas, de maneira a afetar minimamente a qualidade fi siológica das sementes. Neste sentido, a região Norte de Minas Gerais, que apresenta baixa pluviosidade, sobretudo com o período de chuvas concentrado nos meses de novembro e dezembro, com um intervalo em janeiro, voltando a chover nos meses de fevereiro e março. Assim sendo, permite um melhor planejamento das operações de semeadura e colheita, destacando-se como uma região potencialmente favorável à produção de sementes de elevada qualidade.

No cultivo irrigado, as vantagens são ainda maiores, pois permite o planejamento das operações de semeadura visando a melhor época de colheita para disponibilizar as sementes para comercialização em tempo hábil para a semeadura em praticamente todas as regiões do país. Considerando a menor

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incidência de pragas e doenças na época seca do ano, os ganhos em produtividade e em sanidade do material produzido, bem como a oferta de sementes na entressafra compensam os investimentos em sistemas de irrigação.

O Semiárido Norte Mineiro apresenta ainda temperaturas médias de 25 °C durante quase todo o ano, sendo que em algumas épocas, podem atingir até 37 ºC. A condição de clima seco e quente geralmente favorece ao ataque de pragas, o que demanda controle principalmente de insetos sugadores que por vezes atacam diretamente a semente, bem como de transmissores de viroses, devendo ser observados no inicio da proliferação ou ataque. No entanto, estas condições climáticas podem promover a redução da incidência de doenças, sendo este fator interessante na produção, pois, durante a condução no campo de produção até a comercialização, é de fundamental importância que as sementes tenham alto padrão fi tossanitário.

Muitos campos de produção de sementes encontram-se instaladas no Norte de Minas Gerais, porém, a região não dispõe de usinas de benefi ciamento de sementes (UBS), o que pode promover redução na qualidade das sementes produzidas durante o transporte da localidade de implantação do campo até o destino para o benefi ciamento.

Neste contexto, vale ressaltar que a região Norte de Minas Gerais é zoneada para produção de sementes de alta qualidade, em função do clima seco e disponibilidade de irrigação. Para fomentar a produção de sementes na região, implantações de usinas de benefi ciamento de sementes (UBS) deverão ser proporcionadas ou buscadas pela pesquisa. Dessa forma, faz-se necessária a descrição das condições no Norte de Minas Gerais para produção e benefi ciamento de sementes, visto que, a região mostra-se potencialmente promissora para a produção e comercialização.

Desenvolvimento

As etapas do sistema de produção de sementes envolvem: campo de produção, colheita, secagem, benefi ciamento, armazenamento, comercialização, transporte e semeadura.

Na produção de sementes, a colheita no momento adequado permite a obtenção de sementes de melhor qualidade fi siológica e sanitária, por reduzir danos que possam ocorrer no campo devido às condições climáticas adversas, como chuvas na pré-colheita, bem como ataques de pragas e de microrganismos. Além disso, a colheita antecipada permite um melhor planejamento de rotação de culturas e otimização das estruturas de recepção, secagem e benefi ciamento de sementes (Veiga et al., 2007).

Para Terasawa et al. (2009), o momento ideal para a

colheita de sementes seria na maturidade fi siológica, ou seja, imediatamente após se desligarem fi siologicamente da planta-mãe; a partir desse estádio, não ocorrem acréscimos signifi cativos na massa seca das sementes. Por outro lado, o retardamento da colheita a partir da maturidade fi siológica pode infl uenciar negativamente a qualidade da semente devido à sua exposição a condições, muitas vezes, desfavoráveis do ambiente.

Sendo a colheita realizada em condições favoráveis, a qualidade da semente deve ser mantida, para favorecer os demais processos que sucedem a colheita. No entanto, as sementes produzidas no Norte de Minas, logo após a colheita são transportadas para outras localidades onde é dada continuidade às operações de produção, como o benefi ciamento.

Devido à falta de UBS no Norte de Minas, a qualidade das sementes produzidas nesta região pode ser reduzida durante o transporte. Desta forma, o transporte rodoviário por longas distâncias pode resultar em reduções signifi cativas de vigor e de viabilidade, devido aos aumentos nos índices de deterioração por umidade e de danos mecânicos ocasionados à semente. Ressalta-se que, durante o transporte a semente não deve ser transportada no mesmo compartimento de carga que contenha substâncias químicas prejudiciais à sua qualidade, como, por exemplo, alguns herbicidas. Caso seja transportada em caminhões graneleiros, é importante que a semente seja protegida por lonas impermeáveis à água de cor clara e, se possível, que entre essas lonas e a carga de semente exista algum tipo de isolante térmico (França-Neto et al., 2010).

Neste sentido, a região é promissora à instalação de uma UBS, pois, além de apresentar condições edafoclimáticas favoráveis à produção, apresenta ainda, instituições de ensino superior e de pesquisa, como a Epamig e a Embrapa na área agrícola, sendo o suporte para manter a qualifi cação de recursos humanos disponíveis ao mercado sementeiro.

Conforme Peske (2010), a importância da qualifi cação de recursos humanos e da melhoria dos padrões de produção pode ser visualizada pela grandeza do negócio de sementes no país, estimada em mais de quatro bilhões de reais por ano. Para que isso ocorra, as sementes devem ser produzidas em quantidade e com padrão de qualidade garantido.

Destarte, o Semiárido Norte Mineiro apresenta condições favoráveis à produção e benefi ciamento de sementes. O benefi ciamento é parte essencial da tecnologia relativa à produção de semente de alto padrão, o qual envolve todas as operações desde o preparo das sementes após colheita (manipulação, debulha ou descascamento, pré-limpeza, secagem, limpeza, classifi cação e aprimoramento da qualidade física), até o tratamento com produtos químicos e embalagem. Atualmente, o benefi ciamento está relacionado

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somente às operações de pré-limpeza, limpeza, classifi cação até o aprimoramento da qualidade física das sementes, considerando-se as demais operações como operações específi cas (Carvalho e Nakagawa, 2000).

No contexto de produção norte-mineira, o transporte das sementes deve ser considerado uma etapa crítica, principalmente ao considerar as condições da malha viária brasileira. Mesmo que sementes de alta qualidade fi siológica sejam colhidas no campo, esta característica deve ser mantida até as demais etapas do benefi ciamento, ou todo o manejo pré-colheita fi ca comprometido.

O Semiárido foi apresentado ao Brasil, inicialmente, como uma região improdutiva e com seus efeitos diretos e negativos do ambiente sobre os sistemas produtivos. No entanto, estudos atuais têm apresentado formas de convivência com as condições do Semiárido e os eixos de desenvolvimento sendo baseados em uma agricultura sustentável, com captação de água, uso de genótipos resistentes e ainda a prospecção da região para o campo de produção e benefi ciamento de sementes, utilizando-se como grande potencialidade aquilo que outrora era a principal limitação.

Neste contexto, o benefi ciamento constitui-se numa etapa essencial dentro do programa de produção de sementes, caso esta etapa seja difi cultada ou interrompida, os esforços anteriores na fase de produção das sementes podem ser anulados.

Considerações Finais

Com a expansão do mercado de sementes no Norte de Minas Gerais, a região tornar-se-á mais competitiva, além de atrair o mercado externo. No entanto, a transformação desse potencial em realidade, requer investimentos, possibilitando assim a transformação do Norte de Minas em um cluster da produção de sementes, gerando e capturando ações simultâneas, com potencial de atingir crescimento competitivo contínuo. Este tipo de investimento favorece a economia local,

promovendo a geração de emprego e a melhoria da qualidade de vida da população da região. Há ainda que se considerar o efeito benéfi co da redução dos custos operacionais e dos riscos apresentados à qualidade das sementes.

O efetivo incremento tecnológico dos sistemas produtivos afetam fatores econômicos e sociais, pois permite melhorar as condições para facilitar o convívio com o Semiárido.

Referências

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Guia de inspeção de campos para produção de sementes. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. 3. ed. - Brasília : Mapa/ACS, 2011. 41 p.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4 ed. Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588p.

FRANÇA-NETO, J. B.; KRZYZANOWSKI, F. C.; HENNING, A. A.; PÁDUA, G. P. Tecnologia da produção de sementes de soja de alta qualidade. Informativo Abrates. v. 20, n. 3, p. 26-32, 2010. http://www.abrates.org.br/portal/images/stories/informativos/v20n3/minicurso01.pdf

MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495p.

PESKE, S, T. Qualifi cação de pessoal na área de sementes. Informativo Abrates. Londrina, v.20, n.3, p. 20-21, 2010.

TERASAWA, J.M.; PANOBIANCO, M.; POSSAMAI, E.; KOEHLER, H.S. Antecipação da colheita na qualidade fi siológica de sementes de soja. Bragantia. Campinas, v. 68, n.3. p. 765-773, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000687052009000300025&script=sci arttext&tlng=pt. Acesso em 17 junho 2 011.

VEIGA, A.D.; ROSA, S.D.V.F.; SILVA, P.A.; OLIVEIRA, J.A.; ALVIM, P.O.; DINIZ, K.A. Tolerância de sementes de soja à dessecação. Ciência e Agrotecnologia. Lavras, v. 31, n. 3, p. 773-780, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141370542007000300025& script=sciarttext &tlng=es. Acesso em: 23 junho 2011.

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Níveis de umidade do solo de várzea e seus efeitos sobre a emergência e crescimento inicial de plântulas de soja

Alexandre Gazolla-Neto1*, Tiago Zanatta Aumonde2, Tiago Pedó3, Danielli Olsen1, Francisco Amaral Villela4

RESUM O - Há restrições ao crescimento de plantas em condições de inundação do solo, o que limita a sua exploração agrícola a poucas espécies. A soja pode apresentar diferente capacidade adaptativa a diferentes condições de agroecossistema, e constituir alternativa, visando a ocupação das extensas áreas de vázea existentes, principalmente no Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho foi avaliar a infl uência de teores de umidade de um solo de várzea sobre a emergência e o crescimento inicial de plântulas de soja. Sementes de soja da cultivar Fepagro 37RR® foram utilizadas no estudo. O desempenho das sementes foi avaliado em solo de várzea, tipo planossolo, previamente corrigido, com três níveis de disponibilidade hídrica: encharcado (100%); capacidade de campo (75%) e baixa umidade (50%). Os parâmetros avaliados foram emergência, comprimento de órgãos, área foliar, massa seca da parte aérea e de raízes das plântulas, razão de parte aérea e raiz, razão de massa e razão de área foliar. Conclui-se que o aumento no teor de umidade no solo prejudica a emergência de plântulas e afeta negativamente o vigor e as características de crescimento.

Termos para indexação: Glycine max (L.) Merrill, teor de água, matéria seca, comprimento, área foliar.

Introdução

O Estado do Rio Grande do Sul apresenta variados agroecossistemas, entre eles o de várzea, que ocupa 20% do território gaúcho (Reis, 1998) e equivale a 5.400.000 hectares. Estas áreas constituem recurso produtivo do setor primário, que frente à crescente demanda por alimentos precisa ser melhor explorado. Atualmente, este tipo de agroecossistema é utilizado basicamente para o cultivo do arroz irrigado e a pecuária de corte extensiva (Marchezan et al., 2002), sendo sua subutilização fator predominante.

Os solos de várzea ambiente são classifi cados como planossolos hidromórfi cos, dado seu relevo e características físico-químicas, apresentando drenagem defi ciente e alagamentos temporários (Dutra et al., 1995). A adaptação de culturas que possibilitem retorno econômico é um entrave enfrentado no cultivo destas áreas. Neste sentido, existe a necessidade do estudo de espécies passíveis de utilização da mesma estrutura empregada no cultivo do arroz, que apresentem mecanismos de tolerância às condições impostas

1Engº Agrº, Mestre e Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CNPQ. Universidade Federal de Pelotas/Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel/FAEM), Pelotas - RS. E-mail: [email protected]º Agrº, Mestre em Fisiologia Vegetal, Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CAPES, UFPel/FAEM. E-mail: [email protected].

3 Engº Agrº, Mestre em Agronomia, Doutorando em Ciência & Tecnologia de Sementes, Bolsista CAPES. UFPel/FAEM. E-mail: [email protected]º Agrícola, Dr., Prof. Associado, Depto Fitotecnia, FAEM/UFPel. E-mail: [email protected].

pela inundação do solo e que possuam elevado potencial de rendimento. Alguns genótipos de soja têm sido estudados como alternativa de cultivo nestas áreas.

O encharcamento modifi ca as relações bióticas do solo, pois promove defi ciência de oxigênio, reduz a respiração aeróbica e promove indisponibilidade de determinados nutrientes para a planta (Dutra et al., 1995). Para a cultura da soja, em solos de várzea, o estabelecimento inicial das plântulas é um dos principais gargalos durante a ontogenia das plantas. A baixa emergência no campo pode ser atribuída ao uso de sementes de baixa qualidade e às condições ambientais adversas na semeadura (Braccini et al., 1998). A saturação hídrica do solo durante o período vegetativo retarda o crescimento vegetativo e reduz o número de fl ores nas plantas (Runge e Odell, 1960), bem como o rendimento de grãos. Os processos entre a planta de soja e o bacterióide responsável pela fi xação biológica de nitrogênio, também são infl uenciados pelo alagamento, apesar de ocorrerem diferentes interações entre estirpes e cultivares (Zenzen et al., 2006).

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a infl uência de teores de umidade em um solo de várzea sobre a emergência e o crescimento inicial de plântulas de soja.

Desenvolvimento

O trabalho foi realizado em casa de vegetação modelo capela, disposta no sentido norte-sul e as análises efetuadas em Laboratório de Análise de Sementes do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas.

A semeadura do genótipo de soja, cultivar Fepagro 37RR®, foi realizada em bandejas de polietileno de 0,40 x 0,30 x 0,15 m, contendo solo do tipo planossolo, previamente corrigido, conforme recomendações para a referida espécie e de acordo com o Manual de Adubação e Calagem para os Estados do RS e SC (CQFS RS/SC, 2004). A irrigação foi efetuada de forma manual e os níveis de encharcamento foram: encharcado (100%); capacidade de campo (75%) e baixa umidade (50%).

No vigésimo primeiro dia após a semeadura, foi avaliada a emergência das plântulas, expressa em porcentagem. As plântulas foram separadas em órgãos (raízes, haste e folhas) e determinado o comprimento da parte aérea (CPA) e de raiz (CR) com auxílio de fi ta milimétrica. A área foliar (Af) também foi avaliada, por meio de medidor de área LI-3100, e o resultado expresso em metro quadrado. A seguir, os órgãos foram acondicionados, separadamente, em envelopes de papel pardo e mantidos em estufa com ventilação forçada à temperatura de 70 ± 2 °C, por 72 horas (Brasil, 2009).

A matéria seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR) foram aferidas em balança de precisão e expressas em gramas, razão parte aérea e raiz (Pw=Wpa/Wr), razão de área foliar (Fa) e razão de massa foliar (Fw) estimadas por meio das equações: Fa=Af/WteFw=Wf/Wt, conforme recomendações de Radford (1967).

O delineamento experimental foi de blocos inteiramente casualizados, com três tratamentos e seis repetições. Os dados submetidos à análise de variância e se signifi cativos a 5% de probabilidade, expressos por meio de polinônimos ortogonais.

A emergência de plântulas de soja foi reduzida ao incrementar o teor de água no solo (Figura 1a). O processo deteriorativo possui estreita relação com a redução de oxigênio no solo e a falta de condições adequadas à retomada do crescimento do embrião.

O encharcamento interfere no metabolismo da plântula, reduzindo a atividade enzimática, gerando alterações

bioquímicas com refl exos na mobilização de reservas (Souza et al., 1997). Em condições de estresse hídrico por alagamento ocorre o decréscimo na germinação de sementes de sibipiruna (Ferraz-Grande e Takaki, 2006).

A massa seca de raiz apresentou tendência de acréscimo e a massa seca de parte aérea à redução com o aumento do teor de água (Figura 1b e 1c). Em plantas de soja sob inundação ocorre tendência da plântula em alocar maior quantidade de matéria seca de raiz e menor na parte aérea comparativamente às não alagadas. O aumento da massa do sistema radicular pode ser creditado pela formação de raízes adventícias, sendo considerado importante mecanismo de adaptação à falta de oxigênio na rizosfera (Pires et al., 2002). O encharcamento do solo causa diminuição na produção de matéria seca da parte aérea da planta de feijoeiro em relação ao solo mantido com umidade na capacidade de campo (Dutra et al., 1995)

O comprimento de parte aérea foi reduzido nos maiores teores de água no solo (Figura 1e e 1f) e o comprimento de raízes incrementado em tais condições, fato que colaborou para o aumento da massa seca deste órgão. A redução no comprimento de órgãos conjuntamente à diminuição da massa seca é, em parte, refl exo do efeito negativo da hipoxia sobre vias metabólicas de hidrólise de reservas na semente e mobilização para a plântula. Plântulas de soja sob estresse hídrico por alagamento tiveram redução da estatura com o aumento no estresse, especialmente com decréscimo da parte aérea das plântulas (Braccini et al., 1998; Machado Neto et al., 2004).

A área foliar aumentou até o teor de água no solo de 75%, entretanto, houve redução na razão de área foliar no teor de 100% (Figura 1g e 1h). A redução na razão de área foliar é indicativo da diminuição da área útil à fotossíntese (Aumonde et al., 2011a), podendo tal fato, infl uenciar no montante de assimilados produzidos por meio do processo de captura e conversão de energia radiante em química. Similaridade foi observado quanto à área foliar entre plântulas de solo inundado em comparação àquelas sob capacidade de campo (Pires et al., 2002).

A razão de massa foliar foi reduzida pelo aumento do teor de água no solo (Figura 1i), indicativo de que em solo com alta umidade, houve menor alocação de matéria seca nas folhas. Assim sendo, a maior parte dos assimilados foi destinada à formação de outros órgãos do vegetal (Aumonde et al., 2011b). Fato que, em parte, explica a maior massa seca de raízes sob maiores teores de água no solo e corrobora a redução da razão entre parte aérea e raiz, que decresceu com o incremento da quantidade de água no solo (Figura 1d).

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Teor de água no solo (%)

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y = -0,057x + 25,965 R² = 0,95

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Teor de água no solo (%)

y = 0,1124x + 2,46 R² = 0,93

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ento

de

raíz

(cm

)

Teor de água no solo (%)

y = -0,00001x2 + 0,0023x - 0,039 R² = 0,99

0,035

0,040

0,045

0,050

0,055

50 75 100

Áre

a Fo

liar (

m-2

)

Teor de água do solo (%)

y = -0,001x + 0,565 R² = 0,89

0,45

0,47

0,49

0,51

50 75 100Raz

ão d

emas

sa fo

liar (

g g-1

)

Teor de água no solo (%)

y = -0,0001x + 0,0222 R² = 0,99

0,01

0,01

0,02

50 75 100Raz

ão d

e ár

ea fo

liar

(m2 g

-1)

Teor de água no solo (%)

Figura 1. Emergência (a) de plântulas, matéria seca de raiz (b) e parte aérea (c), razão parte aérea e raiz (d), comprimento de parte aérea (e) e raiz (f), área foliar (g), razão de massa foliar (h) e razão de área foliar (i) de plântulas de soja sob diferentes teores de água, em solo do tipo planossolo.

Conclusões

A emergência de plântulas de soja é afetada negativamente pelo aumento no teor de água no solo.

A área foliar sofre menor infl uência do que a razão de área foliar, em plântulas de soja submetidas a condições de excesso de água, portanto, não se constitui em parâmetro efi ciente de avaliação do crescimento.

O encharcamento do solo afeta negativamente características de crescimento de plântulas de soja.

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