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IMAGINAÇÃO Pura VIVA A FANTASIA OMO apresenta Parte integrante da edição 565 da Revista Claudia. Não pode ser vendida separadamente Estimular a imaginação é fundamental para o desenvolvimento dos filhos Estimular a imaginação é fundamental para o desenvolvimento dos filhos Vamos passear no PARQUE Vamos passear no PARQUE O programa familiar fica ainda melhor ao ar livre O programa familiar fica ainda melhor ao ar livre

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Informe Publicitário cliente: Omo

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Estimular a imaginação é fundamental para o desenvolvimento dos filhos

Vamospassear no

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Vamospassear no

PaRQUEO programa familiar fica

ainda melhor ao ar livre

O programa familiar fica

ainda melhor ao ar livre

Pode ser uma casa na árvore, um piquenique

ou uma deliciosa caça ao tesouro. Pesquisas

realizadas pelas mais respeitadas universidades

são unânimes em constatar aquilo que os nossos

avós sempre nos ensinaram: brincadeiras que

estimulam a imaginação, a fantasia e que podem

ser feitas ao ar livre são a melhor maneira de

incentivar o desenvolvimento do seu filho. Então,

que tal levar as crianças ao quintal de casa, ao

playground do prédio, à pracinha mais próxima ou

ao parque do bairro e propor jogos e brincadeiras

nesses inspiradores espaços abertos? Fica aí um

convite e uma sugestão deste Suplemento feito

especialmente para você. É o nosso presente de

Dias das Crianças para toda a família.

Todo dia é dia

de sonhar

ACLAUDIA

apoioRealização

Entrevista

A psicóloga Lídia Aratangy conhece como ninguém a importância da imaginação

na educação infantil. Autora de mais de trinta livros (entre eles Pais que educam

filhos que educam pais e Livro dos avós: na casa dos avós é sempre domingo, escrito

em parceria com o pediatra Leonardo Posternak), ela se empolga ao sugerir como a

fantasia deve ser cultivada no cotidiano dos pequenos. Mas avisa: “educar não é para

preguiçosos”. Nesta entrevista, Lídia, 68 anos, mãe de quatro filhos e avó de oito netos,

fala sobre o desafio de introduzir fantasia e criatividade no dia-a-dia das crianças.

Na sua opinião, qual a importância da imagina-ção para o desenvolvimento infantil?É fundamental. Quando fantasia, a criança se vê em di-versas situações. E, por mais que as situações não sejam reais, as emoções experimentadas são. É uma espécie de ensaio para a vida emocional adulta. Podemos fazer um paralelo com a literatura: quando lemos um romance, ainda que não estejamos vivendo aquela situação, po-demos sentir diferentes emoções. A fantasia nos permite viver circunstâncias que na vida real não viveríamos.

Em meio aos avanços tecnológicos, hábitos singelos, como contar histórias, estão esquecidos. Como recu-perá-los e qual o papel deles no imaginário infantil?É uma pena que esses hábitos estejam sendo abando-nados, pois são fundamentais. E não só no desenvolvi-mento da imaginação, mas também na interação entre pais e filhos. Quando uma história é contada, há a pos-sibilidade de trocas emocionais. Adultos e crianças po-dem conversar sobre medos, afeto, ansiedade e outras

a preocupação com a substituição de brincadei-ras tradicionais pelas eletrônicas é correta? Em parte. Acredito que há espaço para todas as brincadeiras, desde que dosadas corretamente. Não devemos falar em substituição, pois cada uma tem a sua importância. O papel dos pais é tentar entender as novas tecnologias para saber como utilizá-las.

Que tipo de estímulo a tecnologia pode dar à imaginação? Os pais devem impor limites, por exemplo, ao acesso à internet?Os pais devem impor limites tanto em relação ao tempo gasto quanto ao conteúdo pesquisado. É cla-ro que isso dá mais trabalho do que deixar a criança o tempo que quiser na frente do computador, mas garante o bom uso dessa ferramenta. A internet pode ser de grande utilidade como fonte de infor-mação. Não substitui a visita a um museu ou um livro, mas pode trabalhar como aliada.

Por que algumas crianças têm amigos imagi-nários? Como os pais devem lidar com isso?Geralmente as crianças mais solitárias e com me-nos canais para desenvolver a imaginação tendem a criar essa fantasia. Mas não há motivo para preo-cupação. Aos poucos, a própria criança vai deixando esse “amigo” de lado. O que os pais devem fazer é entrar na brincadeira, sem exageros.

Qual o papel da escola no desenvolvimento da criatividade e da imaginação da criança?Ampliar o repertório de seus alunos. Proporcionar o contato com boa literatura, obras de arte e depois discutir isso em sala. As pessoas tendem a confundir o papel da escola com o da família. Os valores e cos-tumes familiares só a família pode transmitir. Mas o contato diário e simétrico com diferentes hábitos e diferentes culturas – isso só a escola pode oferecer.

E os pais, que papel devem desempenhar? a atuação da família e escola deve ser conjunta?Sim. Uma complementa a outra. Cabe tanto aos pais como à escola oferecer material que desenvol-va a criatividade da criança, e trabalhar juntos em outros aspectos também. No caso dos adolescentes, escola e família deveriam ser aliadas na abordagem de assuntos como drogas e sexo. Infelizmente ainda impera uma certa hipocrisia de ambos os lados.

Qual a importância das brincadeiras ao ar li-vre, em contato com a natureza?A criança precisa se movimentar. E o espaço aberto permite brincadeiras mais livres. Nas cidades gran-des essa proximidade com a natureza é mais difícil. Mas é importante. O contato entre pais e filhos, e entre irmãos, é muito mais intenso num piquenique ao ar livre do que na pipoca partilhada no cinema.

é coisa sériaFantasia

Os trabalhos manuais desenvolvidos pelas escolas in-fantis (pintura a dedo, modelagem em argila, dese-nho etc.) são ferramentas eficazes para desenvolver a criatividade das crianças? Quando uma professora estimula seus alunos a fazer rabis-cos aleatórios em um papel, pode estar desenvolvendo a espontaneidade e a coordenação motora, mas não a criati-vidade. Essa só se desenvolve a partir de um repertório. Por isso, levar a criança desde cedo a museus e espaços históri-cos é uma colaboração inestimável tanto dos pais como das escolas. Você só aprimora o bom gosto e o sentido de har-monia vendo boas obras. É claro que os trabalhos manuais podem ser de grande utilidade, mas estão mais relacionados a lazer do que à criatividade propriamente dita.

E os brinquedos, quais mais estimulam a imaginação?Bonecas e carrinhos ainda são imbatíveis no estímulo à fantasia. Se você dá um videogame para a criança, está tudo ali prontinho. Até desenvolve a motricidade, mas não deixa espaço para a imaginação.

emoções. É uma troca riquíssima. Para recuperar esse hábito só existe uma receita: praticar. Não deixe tudo a cargo da TV ou do computador. Educar é uma tarefa ab-solutamente fascinante, mas não é para preguiçosos.

Pesquisas mostram que ler provoca no cérebro as mes-mas emoções que assistir a um filme. Mas como esti-mular o gosto pela leitura em tempos de internet?A leitura deve ocupar um lugar importante na vida fa-miliar. De nada adianta falar para a criança sobre a importância de ler, se ela nunca vê seus pais com um livro na mão. Não basta falar sobre livros, é preciso tê-los ao alcance, mostrar que ler é uma atividade natu-ral e prazerosa. Ainda que um filme desperte emoções, nada substitui a literatura. Na leitura cada um fabrica o rosto de seus personagens; sem contar que se fica muito mais tempo com eles. Mas, lembre-se que litera-tura para a criança tem que ser tão boa quanto para o adulto. Ou seja, nunca compre para seu filho um livro que você ache chato.

Foto

: Uch

a Ar

atan

gy

que se aprendeAlém de divertir, histórias e jogos infantis estimulam a imaginação e preparam para a vida adulta

A cena é familiar: uma criança, cabeça volta-da para a parede, conta até dez. Um grupo foge, outro corre atrás. A temática muda de acordo com a localidade e com a ima-

ginação de quem brinca – podem ser super-heróis contra vilões ou simplesmente o clássico pega-pega. Enquanto corre desarvoradamente a mole-cada não se dá conta, mas, além de ótimo exercício físico, o jogo ensina valores de gente grande: o bem contra o mal, o certo e o errado.

As brincadeiras são palco para desenvolver o imaginário infantil e, assim como as fábulas e con-tos que ouvimos desde cedo, são uma espécie de ensaio para a vida adulta. “Todo conto tradicional é fruto de uma época e de um sistema de valores. Não são apenas exercícios de imaginação, são re-presentações do mundo no qual a criança vai vi-ver”, explica o contador de histórias Celso Martinez, que há anos se dedica à literatura de tradição oral, tanto pesquisando contos antigos como passando-os para as novas gerações.

Variações de histórias regionais, clássicos como Cinderela ou Chapeuzinho Vermelho apresentam ao pequeno leitor (ou ouvinte) temas como amor, so-lidariedade e humildade. Sem falar no fato de que, ao ouvir uma narração, a criança cria mentalmente o rosto de cada personagem e o cenário onde se passa a trama. Um estímulo e tanto para a imagi-nação infantil! Mas nem só de boas leituras e refe-rências culturais se faz uma criança criativa. Tão im-

É brincando

a partir de 2 anos

garantida para todas as idadesUm estudo publicado no periódico americano Child Development revela: crianças que ouvem histórias desde cedo têm mais facilidade de compreender a linguagem. Segundo os pesquisadores, esse aspecto já pode ser notado aos dois anos de idade. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, não só na idade pré-escolar as historinhas são importantes. Literatura específica para cada idade ajuda a estimular o gosto pela leitura e a imaginação desde cedo.

A coleção “Que som é esse”, da editora CMS, é composta por quatro títulos que apresentam seis bichos diferentes. Um mecanismo com botões reproduz o som de cada um. Já nos quatro livros da coleção “Anteninhas”, também da CMS, são abordadas temáticas como timidez, vaidade e autoconfiança.

ideal para os 3 anosO ilustrador italiano Michele Iacocca assina os desenhos do livro da editora Á tica, Rabisco – um cachorro perfeito, que conta a história de um cãozinho rabiscado no papel que ganha vida. Mal desenhado, ele é rejeitado por seu dono e acaba fugindo. Na rua, ele enfrenta muitos perigos.

Atividades ao ar livre e leitura formam crianças mais criativas

para quem tem 6 anosSe você usou óculos ou foi gordinho certamente se lembra das piadinhas e apelidos cruéis da época de escola. Pois esse sofrimento tem nome: bullying, um fenômeno pouco conhecido por pais e educadores. Em E se fosse com você (Melhoramentos), Sandra Saruê trata do assunto de maneira simples e didática.

lá pelos 7 anosA visita de uma menina a uma galeria de arte é o tema de Pula, gato!, livro da Scipione, ilustrado por Marilda Castanha. Apenas por imagens, a história discute a relação entre o artista e o público, citando obras de importantes artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari, entre outros.

dos 6 a 12 anosMeena é uma garota que odeia ler. Até que seu gatinho Max derruba uma imensa pilha de livros, espalhando príncipes, fadas e coelhos pela casa. Para acabar com a confusão, Meena precisa ajudar os personagens a achar o caminho de volta para casa. Para isso, o único jeito é ler as obras. Em A menina que odiava livros, da Melhoramentos.

Em Tatsuo e a Lua de Mochi (Melhoramentos), na noite anterior à comemoração dos 100 anos da imigração japonesa, Tatsuo percebe um movimento perto das fotos de seus antepassados e se dá conta de que as pessoas das fotos estão falando com ele! Após a surpresa, começa a conversar com seu bisavô sobre a vinda de sua família para o Brasil.

especial para 7 a 12 anos

Leitura é diversão

portante quanto exercitar a mente é colocar o corpo para trabalhar. Quem cresceu no interior, subindo em árvores e andando de bicicleta no bairro, sabe o valor das brinca-deiras de rua. Com as cidades cada vez maiores e o tempo cada vez me-nor, para muita gente elas parecem coisa de um passado remoto. Ledo engano. Afinal, não é preciso morar numa fazenda para experimentar o contato com a terra. Parques, pra-ças e jardins são saudáveis opções para que mora nas metrópoles.

“Os pais devem brincar com a criança, estimulando o seu desem-penho nas atividades corporais, nos jogos e grafismos”, sugere a psicóloga Claudete Ribeiro, doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP e professora do Instituto de Artes da Unesp. Por isso, não tenha medo de deixar a criançada correr solta atrás de uma bola ou brincar de rolar na grama. “O movimento muscular é uma das formas de se ativar o cé-rebro”, garante a educadora Elvira Souza Lima. Pesquisadora em de-senvolvimento humano e doutora em Ciências da Educação, ela expli-ca que as brincadeiras que exigem dos pequenos inventar situações são as mais indicadas para estimular a imaginação. “Criar os próprios brin-

Sabe aquela pracinha do outro lado da rua ou aquele parque arborizado da sua cidade? Eles podem ser espaço para divertidas brincadeiras. Que tal mostrar para seu filho o encanto de jogos antigos, como amarelinha ou esconde-esconde? além de desenvolverem a imaginação e a motricidade das crianças, as brincadeiras ao ar livre ainda são uma grande oportunidade de interação de toda a família. Se o local permitir, leve pincel, tinta e massinha. “Todos os trabalhos manuais que favoreçam a liberdade criativa da criança são recomendados. Eles estimulam a expressão e são necessários para

a elaboração do imaginário infantil”, afirma a psicóloga Claudete Ribeiro.

É dia de sol!

quedos usando materiais inusitados é um grande exercício”, garante.

Dos 3 aos 7 anos, explica Elvira, as crianças experimentam uma fase importante na formação da criati-vidade. É quando elas começam a entender os símbolos – represen-tados tanto nas fábulas como nas

brincadeiras. Por isso, nesses anos é importante que os pais entrem no jogo do faz-de-conta. Oferecer tra-balhos manuais, brincadeiras ao ar livre e leitura adequada para cada idade ajudam a formar adultos mais criativos e muito mais dispostos a encarar os desafios da vida real.