Início dos voos para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia · que a TAP não tinha três meses...

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Nº 68 | JUL 2009 TAP pioneira na compensação de emissões de CO 2 A TAP foi a primeira companhia a implementar, a nível mundial, o programa da IATA para compensação de emissões de dióxido de carbono. O projecto foi desenvolvido por uma equipa de 28 elementos de várias áreas da empresa. Pág. 4-6 Nº 68 | JULHO 2009 JORNAL Início dos voos para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia CARGA Troféus TOP TAP Carga 2008 Pág. 3 EVENTOS Base do Porto comemorou 20 anos Pág. 7 M&E Participação no Paris Air Show foi muito positiva Pág. 11 ACTUALIDADE Groundforce é membro oficial Cargo 2000 Pág. 12 SERVIÇO A BORDO TAP é “Boa Lembrança” Pág. 13 O OUTRO LADO DE… Vasco e Carlos Ferreira Pág. 14 MEMÓRIAS Voos para o Reino Unido começaram há 60 anos Pág. 15 ÚLTIMAS Mais 9 frequências para África no Verão Pág. 16 Moscovo, Varsóvia e Helsínquia são os três novos destinos da TAP. Os voos inaugurais realizaram-se em 9 de Junho – para as duas primeiras cidades – e no dia seguinte para a capital da Finlândia. No total, estas ligações representam 15 frequências semanais. Apesar da crise, a procura está a corresponder às expectativas. Pág. 8-10

Transcript of Início dos voos para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia · que a TAP não tinha três meses...

Nº 68 | JUL 2009

TAP pioneira na compensaçãode emissões de CO2

A TAP foi a primeira companhia a implementar, a nível mundial, o programa da IATA para compensação de emissões de dióxido de carbono. O projecto foi desenvolvido por uma equipa de 28 elementos de várias áreas da empresa. Pág. 4-6

Nº 68 | JULHO 2009

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Início dos voos paraMoscovo, Varsóvia e Helsínquia

CARGA Troféus TOP TAP Carga 2008 Pág. 3 EVENTOS Base do Porto comemorou 20 anos Pág. 7 M&E Participação no Paris Air

Show foi muito positiva Pág. 11 ACTUALIDADE Groundforce é membro oficial Cargo 2000 Pág. 12 SERVIÇO A BORDO TAP é “Boa

Lembrança” Pág. 13 O OUTRO LADO DE… Vasco e Carlos Ferreira Pág. 14 MEMÓRIAS Voos para o Reino Unido começaram há

60 anos Pág. 15 ÚLTIMAS Mais 9 frequências para África no Verão Pág. 16

Moscovo, Varsóvia e Helsínquia são os três novos destinos da TAP. Os voos inaugurais realizaram-se em 9 de Junho – para as duas primeiras cidades – e no dia seguinte para a capital da Finlândia. No total, estas ligações representam 15 frequências semanais. Apesar da crise, a procura está a corresponder às expectativas. Pág. 8-10

Nº 68 | JUL 2009 INQUÉRITO2

BREVES

Carmen Silva28 AnoSRede e Planeamento – tanA TAP deSde 2006

Jogar computador, ir ao cinema e sair com amigos

1 – Se as coisas continuarem como estão a nível de greves, vejo o caso mal parado. Acho que vai ser pior para a companhia se insistirem em prejudicá-la na época de crise em que estamos.

2 – Tentar esforçar-me ao máximo e dar cada vez mais e melhor, para que, no futuro, não sejamos prejudicados como outras companhias, que estão já a despedir tra-balhadores. ¢

1 – Como vê a TAP no futuro?2 – Qual é o seu papel nesse cenário e que contributo pode

dar à TAP?

Nuno Almeida 24 AnoStma – m&enA TAP deSde 2008

Mecânica, computadores e sair com amigos

1 – Por este caminho, como não há aviões no chão e estão todos a voar, quer dizer que a empresa está a trabalhar bem. Se estivessem no chão, era muito pior! Se as coisas continuarem assim, vejo um bom futuro.

2 – Com muito empenho e a esforçar-me para a TAP andar para a frente, ajudan-do os meus colegas e trabalhando todos em conjunto. Assim, podemos fazer com que a companhia evolua. ¢

Ana Meireles35 AnoSPlaneamento de tRiPulações – tanA TAP deSde 1997

não tem hobbies em particular

1 – Neste momento, é uma incógnita. Tem havido tantos altos e baixos que é uma incógnita. É preciso ir avançando um dia de cada vez.

2 – Exactamente da mesma maneira como tenho procedido até aqui. Fazer sempre o meu melhor e controlar ao máximo os custos. ¢

PRÉMIO PUBLITURIS

A TAP conquistou pelo sexto ano consecutivo o prémio “Melhor

Companhia Aérea” do jornal Publi-turis, por votação dos leitores desta publicação especializada em turis-mo. O troféu foi entregue durante a Gala Anual do Turismo, realizada em 2 de Julho, em Lisboa.

NOVOS REPRESENTANTES

A raci Coimbra foi nomeada representante da TAP na

Alemanha, com efeitos desde 1 de Julho. Na mesma data, o re-presentante para o Belux (Bélgica e Luxemburgo) passou a ser Fran-cisco Silva.

REGULARIDADE NO MÉDIO CURSO

A TAP foi a nona companhia mais regular no médio curso

entre as 26 companhias da AEA no Inverno IATA (99,1%), posicio-nando-se acima da média euro-peia (98,1%). O mesmo acontece no longo curso, em que a TAP ocupa a 10ª posição ao nível da regularidade. No médio curso, a pontualidade dos voos da com-panhia nas chegadas (85%) e nas partidas (85,7%) coloca-a tam-bém acima da média (83,2% e 82,3%, respectivamente).

MELHOR OCUPAÇÃO DOS VOOS

A TAP atingiu em Junho a me-lhor taxa de ocupação dos

voos desde Outubro de 2007, ven-dendo 70,4% da capacidade dis-ponível e completando três me-ses consecutivos de melhoria face a 2008. Desde Outubro de 2006 que a TAP não tinha três meses consecutivos de subida da taxa de ocupação, o que revela que a companhia está a ajustar a sua ca-pacidade à conjuntura de crise.

GREENWAY NA MADEIRA

O s clientes da TAP já dispõem do serviço Greenway no ae-

roporto da Madeira. Este serviço de acesso prioritário ao controlo de segurança e tratamento de Raio-X arrancou em 1 de Julho, podendo ser utilizado pelos passageiros tap executive e tap plus, pelos deten-tores dos cartões Gold e Silver do programa Victoria, dos cartões tap corporate e TAP Amex Platinum.

ESTUDANTES

O s estudantes Erasmus e universitários que se des-

loquem entre o Continente e as regiões dos Açores e da Madeira podem beneficiar de uma campa-nha da TAP, que permite o trans-porte gratuito de 10kg extra de bagagem no mês de Setembro. Podem também usufruir destas condições os estudantes Eras-

mus que viajem para qualquer cidade europeia em voos

operados pela TAP.

Q ue destino é dado aos resíduos da taP?

Nas próximas edições do Jornal TAP daremos a conhecer o destino dos resíduos ge-rados na empresa. Nesta edição, destacamos os resíduos orgânicos pro-venientes dos refeitó-rios e jardins da TAP.

saBe o Que aConteCe Às soBras de aLiMentos do reFeitÓrio?Estes resíduos são valorizados. Em 2005, a TAP optimizou a recolha selectiva das sobras provenientes das refeições confec-cionadas e servidas no refeitório, acon-dicionando-as em contentores próprios que são posteriormente recolhidos gra-tuitamente pela Valorsul, no âmbito do Programa +Valor, e encaminhados para a sua Estação de Tratamento e Valorização Orgânica.

os resíduos orGÂniCos dos esPa-Ços aJardinados da taP sÃo taM-BéM VaLoriZados?Sim. Também no âmbito deste programa, os resíduos resultantes da manutenção dos espaços ajardinados, como relva, folhas se-cas e ramos de pequenas podas, são enca-minhados para a referida estação de trata-mento.

CHeGados À esta ÇÃo de trataMento, o

Que aConteCe a estes resíduos?

Os resíduos são trans-formados num composto

orgânico para uso agrícola, sem aditivos químicos, e a partir

da combustão do biogás resultan-te do processo de compostagem é

produzida energia eléctrica.

Quais os BeneFíCios deste Pro-GraMa Para a taP e Para o aM-

Biente?Anteriormente, os resíduos orgânicos eram enviados juntamente com os resí-duos sólidos urbanos para deposição em aterro ou incineração. Este programa permitiu à TAP aumentar a percentagem de resíduos enviados para valorização (di-minuindo a pressão ambiental sobre os aterros) e reduzir os custos de deposição. É um processo win-win: ganha a TAP e ga-nha o Ambiente! ¢

Caso tenha alguma dúvida ou sugestão so bre o tema que gostaria de ver aborda-do neste espaço, contacte-nos através do e-mail: [email protected]

Sabia que…Em 2008, a TaP Enviou Para valorização 910 TonEladas dE rEsíduos orgânicos ProvEniEnTEs

dos rEfEiTórios E 18,5 TonEladas ProvEniEnTEs da cozinha do infanTário?

Nº 68 | JUL 2009EDITORIAL 3

U ltrapassámos já o primeiro semestre de 2009 e entrá-

mos agora no período tradicional de férias, em que as pessoas procuram descansar e recarregar energias para enfrentar mais um ano de desafios.Entrámos também num período considerado “de pico” em termos de transporte aéreo, uma época em que as companhias têm de dar o seu melhor para conseguir maximizar os proveitos, equilibrando as contas de exploração face aos primeiros meses do ano, em que normalmente se so-mam perdas.Este é, portanto, o momento adequado para fazer um balanço do primeiro semestre do ano.O factor mais marcante é, sem dúvida, o forte abrandamento da procura, não só ao nível de passageiros mas também, e de forma ainda mais intensa, na carga. Todas as companhias aéreas estão a sentir esta forte quebra, muitas delas com quedas de tráfego superiores às da TAP.Ao longo dos últimos meses, procurámos adequar a nossa oferta à procura, reduzindo ca-pacidade nalguns sectores e reforçando a oferta onde se justificava e era possível. No en-tanto, quero sublinhar que a TAP continua a voar para todos os destinos da sua rede, que foi aliás ampliada até agora com sucesso, com o início das operações para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia.

Por outro lado, não posso deixar de referir o preço dos combustíveis, que felizmente baixou desde o início do ano, encontrando-se neste momen-to abaixo do valor orçamentado, mas ainda com indicações de alguma pos-sibilidade de subida.Aliado à redução pontual da opera-ção, este factor tem permitido que a nossa folha de custos se encontre abaixo do previsto, compensando de alguma forma a quebra da procura, o que possibilita antever um balanço do primeiro semestre melhor do que as expectativas iniciais.

De qualquer forma, a nota dominante continua a ser de incerteza em relação ao que se vai passar daqui para a frente. Segundo previsões dos analistas económicos, o início da retoma, embora tímida, só começará a verificar-se no final deste ano, ou no início de 2010.O comportamento futuro dos mercados é uma incógnita.Nesta fase importa, sobretudo, termos consciência de que vamos ainda enfrentar novos e cada vez mais complexos desafios.Desejo a todos os trabalhadores que ainda vão usufruir das suas férias muita tranquilidade e novas energias. A mesma tranquilidade e também estabilidade que peço a todos aqueles que, ao longo deste Verão, vão contribuir com o seu trabalho dedicado para que a TAP consiga ul-trapassar as dificuldades, voltando a reencontrar o caminho dos resultados positivos. ¢

Balanços

D epois das cerimónias realizadas nos Açores e na Madeira, noticiadas na

última edição do Jornal TAP, a companhia homenageou agora os seus melhores ven-dedores de carga no Continente, em 2008.Na região Norte, a vencedora foi a agência NCL, seguida da Trevomar, ETE Logística, All Ways Cargo e Abreu Carga. Foram ainda entregues menções honrosas à Totalplan (na categoria “maior progressão”), à Extra (“melhor produtividade”) e à JCP (“maior fidelidade”).Segundo José Anjos, director de Carga e Correio da TAP, a zona Norte, com 10,5 mi-lhões de euros, aumentou em 17 por cento o resultado de 2007, continuando à frente de importantes mercados, como os EUA, Itália e Reino Unido.”Relativamente à região Centro e Sul, o primeiro prémio foi conquistado pela Agência Abreu. As posições seguintes fo-ram ocupadas por LIM Cargo, Neotrans, CargoTeam e Agência Schenker.

O “Prémio Regularidade” foi entregue à Geo Cargo Transitários, a SDV recebeu o “Prémio Progressão” e à Horus foi atribuído o “Prémio Produtividade”.Nesta cerimónia, José Anjos sublinhou como factos mais rele-vantes de 2008 “a con-solidação das operações regulares em voos car-gueiros que a TAP Cargo opera semanalmen te na Europa, a partir da Ale-manha, Bélgica e Reino Unido, e que nos ajudam diariamente a alimentar os porões de carga dos 65 voos semanais que temos para o Brasil.”“Foram também aumen-tadas as operações em cargueiros B747 de Lis-boa e Porto com destino a Luanda. A produção

Troféus TOP TAP Carga 2008

fErnando PinTo

aliado à redução pontual da operação, este factor (baixa do preço dos combustíveis) tem permitido que a nossa folha de custos se encontre abaixo do previs-to, compensando de alguma forma a quebra da procu-ra, o que possibilita antever um balanço do primeiro semestre melhor do que as expectativas iniciais. de qualquer forma, a nota dominante continua a ser de incerteza em relação ao que se vai passar daqui para a frente. segundo previsões dos analistas económi-cos, o início da retoma, embora tímida, só começará a verificar-se no final deste ano, ou no início de 2010.

cARgA

a EQuiPa da TaP cargo

total da TAP em voos cargueiros aumentou 80 por cento em relação a 2007” – disse aquele responsável, destacando ainda “a inauguração do novo terminal de carga no

aeroporto de Lisboa, que oferece as con-dições necessárias mínimas para o proces-samento de carga aérea na principal placa giratória da TAP.” ¢

Nº 68 | JUL 20094 AmbIENTE

A TAP foi a primeira companhia aé-rea do mundo a implementar o

programa de compensação de emissões de dióxido de carbono (CO2) desenvolvido pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA). O programa foi lançado pela companhia em 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente.Assinalando este facto, a IATA entregou a Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, uma placa de celebração, no encerra-mento da 65ª assembleia-geral da organi-zação, realizada em Kuala Lumpur, Malásia, em 9 de Junho.“Considerei que este programa seria uma

IATA distingue programa ambiental da TAP

PROJECTO HIDROELÉCTRICO AQUARIUSO primeiro projecto seleccionado para a TAP, no âmbito do programa de compensação de carbono, tinha de cumprir os rigorosos requisitos de qualidade das Nações Unidas. O Projecto Hidroeléctrico Aquarius está registado como mecanismo de Desenvolvimento Limpo, segundo a convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações climáticas, localiza-se num país em desenvolvimento, gera créditos cER (Certified Emissions Reductions), de acordo com o Protocolo de Quioto, e é um projecto de compensação de emissões no âmbito das energias renováveis.Localiza-se em Itiquira, Estado de mato grosso, brasil. Trata-se de uma central mini-hídrica a fio-de-água (sem albufeira e sem inundação, o que mantém o equilíbrio do ecossistema), ligada à rede eléctrica local. Ao substituir parcialmente electricidade gerada a partir de petróleo ou carvão, o projecto reduz já a emissão média anual de gases com efeito de estufa em cerca de 15 mil toneladas de cO

2 por ano.

a indústria da aviação estabe-leceu o compromisso de crescer sem aumentar as emissões de CO2 já a partir de 2020, “mes-mo se a procura se intensifi-car”. “As companhias aéreas são a primeira indústria global a avançar com um compromis-so deste tipo”

de liderança nesta indústria ao nível das me-didas económicas, reforçando o nosso com-promisso com uma estratégia mais ampla de combate às alterações climáticas, que assenta em quatro pilares: melhoria tec-nológica, eficácia das infra-estruturas, efi-ciência operacional e medidas económicas positivas”, disse.

PRIORIDADE VERDE

A estratégia referida por Giovanni Bisignani visa atingir uma redução de 50 por cento nas emissões de CO2, em 2050. No entanto, a indústria da aviação estabeleceu também o compromisso de crescer sem aumentar as emissões de CO2 já a partir de 2020, “mes-mo se a procura se intensificar”.“As companhias aé-reas são a primeira indústria global a avançar com um compromisso deste tipo”, sublinhou o CEO da IATA, duran-te a assembleia-geral em Kuala Lumpur.Para atingir estes objectivos, a indústria quer melhorar de imediato, em 1,5 por cento ao ano, a sua eficiência energética. Em 2009, a pegada de carbono do transporte aéreo

óptima oportunidade para a TAP oferecer aos nossos clientes uma ferramenta prática para compensação, em regime voluntário, das suas emissões de carbono, dando-lhes a possibilidade de se associarem aos esforços da empresa para se tornar cada vez mais efi-ciente, com vista a minimizar a sua contri-buição para as alterações climáticas”, disse Fernando Pinto na ocasião.Giovanni Bisignani, CEO e director geral da IATA, afirmou estar “muito satisfeito pelo facto de a TAP ser a companhia pioneira no lançamento do programa de compensação de emissões de CO2 da IATA”.“Este programa estabelece um bom exemplo

Numa clara demonstra-ção da importância que o compromisso ambiental tem na sua actividade, a TAP foi a primeira com-panhia a implementar, a nível mundial, o pro-grama da IATA para com-pensação de emissões de dióxido de carbono. No encerramento da sua 65ª assembleia-geral, a organização distinguiu a empresa pelo seu pio-neirismo.

giovanni Bisignani EnTrEga Placa dE cElEBração a fErnando PinTo

deverá diminuir sete por cento, dos quais cinco por cento por efeito da recessão e dois por cento em resultado dos ganhos de efi-ciência no consumo de combustível.

MIL MILHÕES PARA RECAPITALIZAR

A IATA estima que as companhias aéreas precisem de mil milhões de euros para se recapitalizar durante a actual conjuntura, marcada pela recessão económica, quebra da procura e os elevados custos com com-bustíveis. “Estamos em modo de sobrevivência”, dis-se Giovanni Bisignani, na abertura da 65ª assembleia-geral da IATA, recordando que a

procura está a cair 15 por cento, o dobro do registado após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.Segundo notícias publicadas recen-temente, 40 com-panhias já foram obrigadas a encer-rar durante a actual crise, 50 empresas

registaram um total de 2,4 mil milhões de euros de prejuízos no primeiro trimestre de 2009 e as 12 maiores companhias aéreas anunciaram já 13 mil despedimentos.¢

Nº 68 | JUL 2009AmbIENTE 5

Companhia pioneirano programa de compensação de CO

2ENTREVISTA COM MARIA JOÃO CALHA

A EQUIPA DO PROJECTOPara levar a cabo este projecto, formou-se uma equipa de 28 elementos, de diferentes áreas da TAP. maria João calha faz questão de realçar a importância de cada um deles.“O projecto não seria possível sem a colaboração de todas as pessoas que trabalharam incansavelmente para assegurar que a TAP fosse a primeira companhia aérea a lançar este Programa de compensação de Emissões de cO2 da IATA. mesmo sendo um projecto de Ambiente coordenado por esta área, tinha muitas especificidades técnicas envolvidas e só o empenho e motivação de cada uma destas pessoas fez com que o projecto tenha sido possível.”Na foto (da esquerda para a direita): Ana Rodrigues (TA/mK), João Geada (TPS/FIN), Jorge Pedroso (TA/mK), Ana Rita Baptista (TA/mK), Isidro Carvalho (TA/VD), Albertina Martins (TA/mK), Isabel Palma (TA/cm), Andreia Afonso (TPS/ARF/Ambiente), Maria João Calha (TPS/ARF/Ambiente), João Damas (megasis), Cláudia Silva (TA/RI), Marco Zorreta (TA/SI) e Kátia Vidal (TA/OV).Não estão na foto, mas também participaram no projecto: Ana Machado (TA/mK), Gilda Luís (TA/mK), Gonçalo Rabiais (TA/mK) Margarida Silva (TA/mK), Melanie Ferreira (TA/mK), Mónica Quartin (TA/mK), Rogério Correia (TA/mK), Carla Pais (TA/VD), João Santos (TA/VD), José Guedes Dias (TA/RI) Nuno Viegas (TA/SI), David Afonso (TA/OV), Fernando Antunes (TPS/ARF/Ambiente), Alexandre Cardoso (megasis), João Feliciano (megasis) e Rui Vaz (TPS/FIN).

C omo surgiu o programa de com-pensação de carbono?

Tudo começou em 2008, quando o presi-dente executivo da TAP, Fernando Pinto, presidiu à Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Sendo o ambien-te um dos temas chave do seu mandato, a IATA concluiu que deveria desenvolver um programa de compensação de emissões de CO2, a ser aplicado, voluntariamente, nas companhias aéreas membros desta organização.Em Junho de 2008, a IATA começou en-tão a trabalhar nesse projecto, desenvol-vendo guidelines para explicar à indústria os princípios-chave dos programas de compensação de emissões e, depois, co-meçando a trabalhar no seu próprio pro-grama.

Qual o objectivo do programa?O objectivo deste programa é proporcio-nar aos passageiros a oportunidade de compensarem as emissões de CO2 resul-tantes dos seus voos, contribuindo para projectos de redução de emissões em paí-ses em desenvolvimento.

Como funciona? Numa primeira fase, desde 5 de Junho, funciona no site da TAP (www.flytap.com). Quando os passageiros reservam os seus bilhetes pela Internet, podem deci-dir se querem, voluntariamente, compen-sar as inevitáveis emissões de CO2 resul-tantes da sua viagem, reduzindo assim a sua pegada de carbono. O dinheiro que os passageiros investem é canalizado para um projecto específico num país em de-senvolvimento.Para o efeito, está disponível no site toda a informação relativa ao valor de CO2 emi-tido por passageiro em cada voo e o custo

Então já existem programas de compen-sação de emissões noutras companhias?Já. A nível mundial, existem companhias com programas de compensação. No en-tanto, não são certificados ou não têm as exigências deste, que foi promovido pela IATA.Por exemplo, chegando ao site de duas companhias diferentes, inseríamos o mesmo destino e obtínhamos valores,

às vezes, muito díspares relativamente à quantidade de CO2 emitida. Com isto, o passageiro pergunta-se: “Qual é a cre-dibilidade disto? Vou para a esquerda tenho um valor, vou para a direita tenho outro…”Neste contexto, a TAP foi pioneira na im-plementação do programa da IATA, sendo mesmo a única companhia no mundo, até agora, que o colocou no terreno.

Quando os passageiros reser-vam os seus bilhetes pela Inter-net, podem decidir se querem, voluntariamente, compensar as inevitáveis emissões de Co2 resultantes da sua viagem, re-duzindo assim a sua pegada de carbono.

correspondente à compensação dessa emissão, bem como informação sobre o projecto apoiado, no qual será investido o dinheiro resultante de cada contribuição.E isto é importante, dado que alguns pro-gramas das outras companhias pecam por falta de informação. A maioria deles remete para outro site, dando a ideia de que a companhia não está envolvida nes-se compromisso.

Nº 68 | JUL 2009 AmbIENTE6

o que levou a taP a aderir ao programa da iata?O programa de compensação de carbono da IATA apoia em primeiro lugar projectos de redução de emissões certificados pelas Nações Unidas, que cumprem muito mais requisitos, específicos e exigentes.Para além disso, este programa tem uma vantagem: foi criado com o objectivo de diminuir a variabilidade existente entre os programas das várias companhias. No programa da IATA, o cálculo das emissões de CO2 por passageiro é feito com base nos pressupostos da Organização da Avia-ção Civil Internacional (ICAO), a entidade reguladora do transporte aéreo, e publica-dos em Abril de 2008. É claro que por cada tonelada de combustível consumido, um avião emite 3,15 toneladas de CO2, mas a partir daí cada companhia utilizava outros factores (carga transportada, load factor médio) de forma diferente.Outra grande vantagem foi o programa ter sido verificado por uma entidade ex-terna independente, o UK Quality Assu-rance Scheme, que atribuiu à TAP a offset Quality Assurance Label, uma certificação da integridade ambiental do programa, da nova metodologia de cálculo de emis-sões de CO2, do pricing claro e transpa-rente, e da correcta informação dada aos passageiros.

Que projecto seleccionou a TAP?Um projecto de energia renovável: o Pro-jecto Hidroeléctrico Aquarius, no Brasil. O projecto seleccionado tinha, de acordo com os requisitos das Nações Unidas, que se localizar num país em desenvolvimento. A TAP escolheu este projecto no Brasil exactamente porque cumpre os requisitos das Nações Unidas e porque o Brasil repre-senta um mercado de alguma importância para a companhia. Outros países foram analisados, porém, a maioria destes pro-jectos certificados localiza-se no continen-te asiático, para o qual a TAP não voa. (ver caixa na página 4)

o facto da taP ter sido pioneira neste programa também trouxe um certo re-conhecimento à companhia…Sim, claro. Gerou-se também algum mar-keting positivo, a nível mundial, para a TAP. A nossa ideia foi lançar o programa no dia 5 Junho. Tratando-se do Dia mun-dial do Ambiente, seria ouro sobre azul. Para conseguir cumprir essa data, traba-lhámos mais, sabendo que seria muito apertado. Mas a verdade é que consegui-mos ser os primeiros e ser o primeiro tem sempre maior visibilidade.Agora, teremos que ir apresentando, men-salmente, relatórios à IATA com o balanço das compensações realizadas.

INFORME-SE E… COMPENSE!Quando o cliente faz a reserva de um bilhete no site da TAP, terá toda a informação relativa à compensação de emissões de cO

2

e ao programa. No caso de persistir alguma dúvida, não hesite em enviar um e-mail para [email protected] todas as edições do jornal TAP são apresentadas, na página 2, algumas informações ambientais. Se desejar esclarecer alguma dúvida ou quiser fazer sugestões, poderá também enviar um e-mail para o endereço acima indicado.

MARIA JOÃO CALHA NO COMITÉAMBIENTAL DA IATAA responsável pela área de Ambiente da TAP, maria João calha, foi nomeada para um novo mandato no comité de Ambiente da IATA (ENcOm), com a duração de dois anos e que terminará em 2011, no 67º Encontro geral Anual desta associação.O ENcOm promove o desen-volvimento de posições comuns da indústria no domínio am-biental e aconselha o conselho de governadores da IATA. Neste comité estão representadas ape-nas 15 companhias aéreas no universo das 270 companhias membro.

Quais os futuros desenvolvimentos do programa?A IATA pretende também que o progra-ma se estenda às agências de viagens. Neste momento, cerca de 8,2 por cento das vendas de bilhetes da TAP são fei-tas através do site. A maioria dos bilhe-tes continua ainda a ser vendido através de agências de viagens. Deste modo, a

ideia é que o cliente, quando compre um bilhete na agência possa compensar as emissões.Quanto a novos projectos oferecidos aos passageiros para efeitos de compensação de emissões, a IATA está a avaliar alguns que possam cumprir os requisitos da TAP e que complementem o Projecto Hidroe-léctrico Aquarius. ¢

Nº 68 | JUL 2009EVENTOS 7

Base do Porto comemorou 20 anos

bastante organizado. Fomos muito bem recebidos, tivemos música, um ambiente requintado e, ao mesmo tempo, bastante

N o dia 2 de Julho de 1989 realizou--se o primeiro voo na Base Ope-

racional do Porto. Vinte anos volvidos, cerca de uma centena de trabalhadores reuniu-se num jantar comemorativo.Participaram no encontro várias gerações de trabalhadores, desde os mais antigos, entre os quais alguns dos fundadores, até aos seus elementos mais recentes. O evento proporcionou momentos de diver-são, mas também de partilha de experiên-cias e opiniões.“Vinte anos são 20 anos, e isso é muito im-portante para nós! Este tipo de iniciativas é muito importante e foi mais uma opor-tunidade para juntarmos a nossa pequena família”, explica o coordenador da Base do Porto, Rui Pinho.“Reunimo-nos no Natal e, uma vez por

divertido. Houve sorteios de alguns pré-mios, como estadias em hotéis, e até um caricaturista!”, descreve, entre risos. ¢

mês, algumas pessoas também se encon-tram, realizando jantares, mas em peque-nos grupos. É claro que a comemoração do 20º aniversário tinha de ter outra di-mensão”, disse Rui Pinho.Quanto ao evento propriamente dito, Rui Pinho revelou-se bastante satisfeito e su-blinhou o ambiente saudável que se gerou.“As coisas correram bem e estava tudo

O primeiro voo na Base Operacional do Porto realizou-se em 2 de Julho de 1989. Vinte anos depois, os seus trabalhadores reuniram-se para assinalar este marco com um jantar de gala, em Gondomar.

cErca dE uma cEnTEna dE TraBalhadorEs ParTiciParam no JanTar do 20º anivErsário

“Desde 1989, várias etapas têm sido superadas, incluindo obviamente fases de enorme dificuldade. Actualmente, a base do Porto tem uma estrutura sólida e, de certa forma, autónoma dentro da Direcção de Operações de Voo, contribuindo para que a TAP se possa expandir e afirmar, cada vez mais, a partir da zona Norte do País. Tendo sido, até há bem pouco tempo, uma base exclusivamente de médio curso, tem hoje em dia uma forte componente de voos e tripulações de Longo curso.”Rui Pinho

rui Pinho com colEgasos organizadorEs da fEsTa

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Nº 68 | JUL 2009 DESTINOS8

Moscovo, Varsóvia e Helsínquia são os três novos destinos da TAP. Os voos inaugurais realizaram-se em 9 de Junho – para as duas primeiras cidades – e no dia seguinte para a capital da Finlândia. No total, estas ligações representam 15 frequências semanais.

final do Verão.As novas ligações foram criadas no âmbito de um acordo assinado entre a TAP e o Turismo de Portugal, visando captar tráfego turístico em mercados considerados atractivos para o País.

MOSCOVO

As estimativas da TAP para a rota Lis-boa-Moscovo apon-tam para um total de 40 mil passagei-ros por ano divididos por dois tipos de trá-fego, turístico e de negócios.

TAP já voa para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia

TriPulação do voo inaugural moscovo - PnT: gonçalo náPolEs, viriaTo ramos E falÉ

BorgEs. Pnc: nidia simons (chEfE dE caBina), inÊs vEndas, francisco aBrEu, TETYana,

vasco carvalho E susana magalhãEs

Com o voo inaugural de Lisboa para Moscovo, realizado em 9 de Junho, retomaram-se as li-gações directas entre as duas capitais, que tinham sido in-terrompidas em finais do ano passado, devido à falência da companhia Krasair.

Com o voo inaugural de Lisboa para Mosco-vo, realizado em 9 de Junho, retomaram-se as ligações directas en tre as duas capitais, que tinham sido inter-rompidas em finais do ano passado, devido à falência da companhia KrasAir.De acordo com Carlos Paneiro, director de Vendas da TAP, arrancar com cinco frequências semanais é um risco nos actuais tempos de crise, mas “um menor número não justificaria o investimento”, de-vido à necessidade de racionalizar meios.“Tivemos o cuidado de programar os horários

de forma a que os passageiros vin-dos de Moscovo possam utilizar Lisboa como ponte para o Brasil, Angola, Senegal e, claro, para o Porto, Faro e Funchal”, disse Car-los Paneiro.No sentido Lisboa-Moscovo, a ope-ração realiza-se à segunda, quarta e quinta-feira e também ao sábado, com duas frequências. No regresso, os voos efectuam-se às segundas, quintas, sextas, sábados e domingos.

A procura dos três novos destinos eu-ropeus da TAP está a corresponder

às expectativas, apesar da crise que se insta-lou depois de ser tomada a decisão de voar para Moscovo, Varsóvia e Helsínquia.Como afirmou Luiz Mór, administrador da TAP, “podemos enca-rar o futuro com uma optimismo razoável, porque a crise tam-bém gera mais aber-tura e aproxima inte-resses.” No entanto, admite este respon-sável, o “grande desa-fio” estará no período pós-Setembro, com o

carlos PanEiro E sErguEi

rudaKov, dirEcTor do

aEroPorTo dE moscovo

Promoção TaP Em moscovo

ouTdoor dE Promoção TaP

JunTo À Praça vErmElha

A viagem tem a duração aproximada de cinco horas e meia e é operada por aviões A320.Em Moscovo, os aviões da TAP utilizam o aeroporto internacional Domodedovo, a maior infra-estrutura aeroportuária da Rússia quanto a número de passageiros. É servido por 36 companhias estrangeiras e 27 russas, abrangendo 213 destinos em todo o mundo. Em 2008, recebeu 20,4 mi-lhões de passageiros.

Nº 68 | JUL 2009 99DESTINOS

“Não imaginávamos uma resposta tão rápida por parte do mercado assim que lançámos o voo. a comunidade portu-guesa que tem investimentos na Polónia está a responder de forma muito positiva, o que para nós é muito importan-te para o sucesso.”

TriPulação do voo inaugural varsóvia – Pnc: raQuEl gonçalvEs, cláudia cosTa, Tiago

arEdEs, miKlaszEWsKi E luís monTEiro (chEfE dE caBina). PnT: PEdro anTunEs E nuno PErEira

VARSÓVIA

A chegada do A320 “Mouzinho da Silveira” ao aeroporto Chopin, na noite de 9 de Junho, assinalou o início das ligações regulares da TAP entre Lisboa e Varsóvia, capital da Polónia.Foi a primeira vez que um avião da TAP aterrou no aeroporto internacional de Varsóvia e a aeronave teve, por isso, direito ao tradicional “banho” dado por várias viaturas dos bombeiros.“Com esta nova linha da TAP, Varsóvia ganha uma importante rota. O arran-que dos voos entre Lisboa e Varsóvia é o facto mais marcante da temporada de Verão, permitindo aumentar as ligações directas que o nosso aeroporto oferece e que já perfazem mais de 83, através de 32 companhias aéreas”, disse Michal Marzec, director-geral da Polish Airports State Entreprise.“A decisão da TAP prova que, mesmo em tempo de abrandamento eco-nómico, há oportunidade para investimentos. Estou certo que esta op-ção terá retorno, já que, para a Polónia, Lisboa era um mercado com uma procura ainda insatisfeita em termos de ligações aéreas”, afirmou este responsável.

riccardo lo PrEsTi, luiz mór, michEl marzEc, JosÉ duarTE sErPa, luís PErEira

O embaixador de Portugal na Polónia, José Duarte Serpa, elogiou a TAP por arriscar em novos destinos num momento em que a conjuntura económica mundial é difícil, considerando a decisão “um acto de coragem e um acto de confiança no futuro.”Riccardo Lo Presti, director da TAP para França e Polónia, afirmou que a nova ligação, “além de dar resposta às necessidades e expectativas dos clientes e de reforçar o seu contributo para o aumento dos fluxos turísticos entre os dois países, oferece aos passageiros oriundos da Polónia os melhores

Nº 68 | JUL 200910 DESTINOS

voos de ligação à sua rede doméstica, bem como os voos mais convenientes, rápidos e directos de Lisboa para o Brasil e para os seus destinos em África.”No dia 9 de Junho, a TAP registava já mais de 15 mil reservas para esta rota, situação que Luiz Mór, administrador da compa-nhia, sublinhou: “não imaginávamos uma resposta tão rápida por parte do mercado assim que lançámos o voo. A comunidade portuguesa que tem investimentos na Po-lónia está a responder de forma muito po-sitiva, o que para nós é muito importante para o sucesso.”Os voos partem de Lisboa às terças, quar-

chEgada a varsóvia

TriPulação do voo inaugural hElsínQuia – marco cErQuEira, luís JEsus (chEfE dE caBina), afonso PErEira (comandanTE),

carlos BElÉm (co-PiloTo), isaBEl Pais, vanEssa JoB E P. salvador

com o início dos voos para moscovo e Varsóvia, a TAP passou a operar para cinco capitais da Europa de Leste, na medida em que já o fazia para Praga (República checa), bu-dapeste (Hungria) e Zagreb (croá-cia).Ao voar para Helsínquia, a TAP pas-sou a servir toda a Escandinávia, com excepção da Islândia. A com-panhia voa também para Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e cope-nhaga (Dinamarca).

tas e sextas-feiras, sábados e domingos, às 16h50, com chegada a Varsóvia às 21h45 locais. No sentido contrário, os voos saem às segundas, quartas e quintas-feiras, sá-bados e domingos, com partida às 06h05 e chegada a Lisboa às 09h05 locais.A Polish Airports State Entreprise admi-nistra três aeroportos na Polónia – Varsó-via, Rzeszów e Zielona Gora – e tem ainda participações em outros aeroportos. O terminal 2 do aeroporto Frederic Chopin, utilizado pela TAP, estende-se por 110 mil metros quadrados. Em 2008, recebeu quase 9,5 milhões de passageiros e 54,7 milhões de quilogramas de carga, tendo

ali sido operados quase 152 mil voos.

HELSÍNQUIA

O terceiro deste “pacote” de novos des-tinos da TAP é Helsínquia. O arranque apenas diferiu num dia relativamente a Moscovo e Varsóvia. O voo TP516 saiu de Lisboa às 21h20 do dia 10 de Junho e che-gou à capital da Finlândia às 02h00 da ma-drugada.Luiz Mór salientou que “Helsínquia era a aposta menos arriscada e respondeu bem desde o início, até porque Portugal já era um destino turístico importante na Escan-dinávia.”

O administrador da TAP destacou a im-portância do tráfego de “contra-ciclo” que este novo destino poderá gerar, em resul-tado da vinda de escandinavos para Portu-gal durante o Inverno, por exemplo, para a prática de golfe, o que é “importante na luta contra a sazonalidade.”Os voos de Lisboa para Helsínquia reali-zam-se às quartas, quintas e sextas-fei-ras, sábados e domingos, com partida às 22h20 e chegada às 05h00. No sentido in-verso, os voos saem às segundas, quintas e sextas-feiras, sábados e domingos, às 05h45, com chegada à capital portuguesa às 08h35. ¢

Nº 68 | JUL 2009mANUTENÇÃO E ENgENHARIA 11

EVENTO CENTENÁRIO A mais recente edição do Paris Air Show realizou-se entre 15 e 21 de Junho no Parque de Exposições Paris-Le bourget. criado há cem anos, em 1909, tornou-se no maior evento mundial da aviação civil e militar. Organizado de dois em dois anos, é um ponto de encontro obrigatório dos fabricantes e empresas de manutenção de material aeronáutico.Neste ano, o certame recebeu cerca de dois mil expositores de 48 países, 150 mil visitantes profissionais e outros tantos do “grande público”, além de 3.500 jornalistas.Foram apresentados 140 aviões e realizaram-se quatro horas diárias de demonstrações aéreas. celebrando o centésimo aniversário, foi promovida uma exposição de 30 aviões históricos, de 1909 a 1970.

o STAND da TaP no Paris AIR SHOW

U ma vasta equipa da TAP Manuten-ção e Engenharia rumou, mais uma

vez, a Le Bourget, para participar no Paris Air Show, o maior evento mundial da in-dústria aeroespacial. Esta presença gerou importantes oportu-nidades de negócio para a companhia.“Este foi, indiscuti-velmente, o melhor ano para o stand da TAP M&E. Teve a maior actividade de todas as edições, apesar de estarmos numa época de crise”, sublinha o seu director de Marketing e Vendas, Carlos Ruivo.“Isto significa que a nossa imagem é forte e está consolidada, sendo ainda reforça-da pelo posicionamento da TAP M&E à escala global, na medida em que opera

em duas localizações – Portugal e Brasil – mas está dotada de uma área comercial única”, refere.O responsável da TAP M&E frisa que “as

equipas comerciais de Portugal e do Brasil são altamen-te profissionais e revelam um grande entusiasmo e de-dicação”, além de terem uma “pers-pectiva global”.“Esta perspectiva é

extremamente importante na manuten-ção aeronáutica, que é um negócio global com serviço local. Isto porque há um ser-viço local que atende às necessidades dos clientes espalhados pelo mundo inteiro. Este é, claramente, o negócio que melhor representa a globalização!”

PRESENÇA QUASE

OBRIGATÓRIA

A presença neste certa-me é quase obrigatória, porque, como afirma Carlos Ruivo, “quem não participa nele é quase como se não existisse…” Essa é uma das razões pelas quais a TAP M&E não falha uma edição desde 2001, apesar dos elevados custos envolvidos.O director de Marketing e Vendas da TAP M&E esclarece que “não é neste tipo de eventos que se fazem os negócios”. Contu-do, eles abrem as portas para “futuros re-lacionamentos comerciais e construção de oportunidades.”Neste sentido, Carlos Ruivo aponta um con-junto de potenciais oportunidades de negó-cio surgidas durante o evento, destacando os contactos mantidos com a companhia aérea angolana, TAAG, à qual a TAP M&E dá apoio nos domínios da formação, coopera-ção técnica e da manutenção.

“Desenvolvemos também outros contactos com operadores europeus de transporte aé-reo e de manutenção de reactores, que nos permitem projectar a TAP no mercado da manutenção aeronáutica.”O objectivo da participação no Paris Air Show foi atingido. Segundo este respon-sável, a presença “abriu horizontes a mé-dio e longo prazo, não só nos negócios de airframe (manutenção de célula), na área dos motores, mas também ao nível da manutenção integrada, que consiste no suporte total às frotas e constitui uma necessidade crescente do mercado.” ¢

“Este foi, indiscutivelmente, o melhor ano para o stand da taP M&e. teve a maior actividade de todas as edições, apesar de estarmos numa época de crise”

o STAND da TaP rEgisTou a maior acTividadE dE Todas as EdiçÕEs

carlos ruivo (TaP m&E PorTugal), miguEl cassoma (Taag), nEsTor

Koch (TaP m&E Brasil), adriano carvalho (Taag), JorgE soBral (TaP

m&E)

Nº 68 | JUL 2009 AcTUALIDADE12

A Groundforce tornou-se no mais recente membro da Cargo 2000, uma iniciativa de vários players da indús-

tria de carga aérea, com o desígnio de implementar um novo sistema de gestão da qualidade para o negócio mundial deste sector.Pretende-se, neste âmbito, implemen-tar processos capazes de aumentar a eficiência da carga aérea, assentes em princípios e standards de qualidade mensuráveis.Para tal, é levada a cabo uma reenge-nharia do esquema de transporte da carga aérea, desde o agente expedidor até ao cliente final. Desta forma, os processos são simplificados, podendo reduzir-se de 40 para apenas 19 etapas, com a inerente dimi-nuição de custos operacionais e a melhoria do serviço presta-do ao cliente final.

Groundforce é membro oficialCargo 2000

Segundo Fernando Melo, administrador-delegado da Ground-force, “no âmbito do processo de melhoria contínua seguido pela empresa, tendo em vista o seu desenvolvimento sus-

tentado com base nas certificações ISO 9001/2000, OSHAS 18001, ISAGO IATA, ISO 14000, SA 8000 e Investors in People, a Cargo 2000 será um complemento e um contributo importante para o caminho de excelência traçado.”A Cargo 2000 opera como um grupo no seio da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), composto por cerca de 50 das principais companhias aéreas, transitários, agentes de handling, empresas de camionagem e fornecedores

de tecnologias de informação em mais de 350 destinos.A Groundforce é a 17º empresa de handling admitida pela Car-go 2000.¢

“No âmbito do processo de me-lhoria contínua seguido pela Groundforce, a Cargo 2000 será um complemento e um contri-buto importante para o cami-nho de excelência traçado”

A TAP começou a operar, em Ju-nho, nos novos terminais dos

aeroportos de Heathrow (Londres) e de El Prat (Barcelona), em conjunto com os seus parceiros da Star Alliance, ofere-cendo aos clientes facilidades e comodi-dade acrescidas.

TAP opera em novos terminaisde Barcelona e Heathrow

o novo TErminal dE BarcElona TEm 544 mil mETros Quadrados

Os passageiros da TAP passaram, as-sim, a usar o renovado terminal 1 de Heathrow, que possui uma área co-mum de check-in da Star Alliance, que também acolhe os clientes da Austrian, Croatia Airlines, Lufthansa e LOT Polish Airlines.

No que respeita a Barcelona, a TAP foi uma das primeiras companhias a utili-zar o novo terminal 1 do aeroporto de El Prat, inaugurado em 16 de Junho após cinco anos de obras, no qual se concen-tram todas as companhias da Star Allian-ce que operam para este destino. ¢

INDÚSTRIA

TURISMO CAI 8%

A Organização Mundial do Turismo (OMT) revelou que o turismo in-

ternacional caiu 8%, para 247 milhões, no primeiro quadrimestre de 2009. A quebra foi generalizada, com excepção de África. Na Europa, a descida foi de 10%. Perante estes dados, a OMT reviu em baixa as previsões para este ano, estimando, para o período de Maio a Agosto, uma quebra entre 4 e 6%.

IATA TEM NOVO PRESIDENTE

T ony Tyler, CEO da Cathay Pacific, preside à Associação Internacional

do Transporte Aéreo (IATA), até Junho de 2010, sucedendo a Samer Majali, CEO da Royal Jordanian Airlines. O anúncio foi feito na 65ª assembleia-geral da organização, que teve lugar em Kuala Lumpur.

EXPORTAÇÕES DE TURISMO EM QUEDA

D e acordo com o Banco de Portu-gal, as exportações de turismo

devem registar em 2009 uma queda de quase 12%, tendo em conta o con-texto de nítida retracção da actividade económica nos mercados de origem de turistas com destino a Portugal (em particular a Espanha e o Reino Unido).

CONGRESSO DA APAVT

A Associação Portuguesa das Agên-cias de Viagens e Turismo (APAVT)

apresentou oficialmente, em 17 de Ju-nho, o seu 35º congresso nacional. Vai decorrer em Vilamoura, de 26 a 29 de Novembro, sob o tema “Turismo: Ven-cer em Concorrência”. Estão já confir-madas as presenças do secretário-ge-ral da OMT, Taleb Rifai, e do presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten.

FACEMAP A CRESCER

O Facemap, network social da Star Alliance, já conta com 800 parti-

cipantes. Criado em 1 de Abril de 2008, regista mensalmente cerca de 17 mil page views. Acesso por www.facemap.starallianceemployees.com.

REGULAÇÃO AEROPORTUÁRIA

O Conselho de Ministros aprovou, em 25 de Junho, o decreto-lei que

define um novo modelo de regulação económica e de qualidade de serviço do sector aeroportuário nacional. Pre-tende-se, entre outros aspectos, esta-belecer um quadro de regulação por incentivos, baseado num modelo “sin-gle till”, no âmbito do qual a fixação das taxas toma em conta a generali-dade dos proveitos e custos, inerentes ao conjunto das actividades exercidas nos aeroportos, ao contrário do ante-rior modelo, baseado num processo simples de controlo e de supervisão

anuais do crescimento económico das entidades gestoras dos aero-

portos.

Nº 68 | JUL 2009SERVIÇO A bORDO 13

“ Bacalhau, um pouco da bandeira na-cional”, acompanhado de um “vinho

exclusivo para harmonizar com este prato.” É esta a descrição que o chef Vítor Sobral faz da saborosa refeição que os clientes da companhia têm, desde Maio, a oportunida-de de desfrutar a bordo.Baptizada de Prato da Boa Lembrança, esta receita foi apresentada em 24 de Junho, na Cateringpor, a empresa de catering do Grupo TAP. Consiste numa Caldeirada de Bacalhau com Hortelã, acom-panhada por um vi-nho com a assinatura do prestigiado enólo-go Paulo Laureano.“Apesar de, em Por-tugal, também se comer bom queijo, bons enchidos, bom pão e boa carne, o bacalhau é real-mente muito representativo”, referiu Vítor Sobral, descrevendo depois a forma como surgiu esta refeição.“Desafiei o Paulo Laureano para criar um

vinho exclusivo, que combinasse com o pra-to. O resultado foi óptimo, não conhecendo nenhuma outra companhia no mundo que tenha esta combinação de bacalhau e um vinho específico.”

“UM VINHO QUE GRITA POR COMIDA”

Combinar comida com vinho pode ser um processo difícil. No entanto, neste caso, Paulo Laureano lembrou a forma simples como se combinou o bacalhau e o vinho do

Prato da Boa Lem-brança, facilitada pela relação entre ambos.“Eu e o Vítor Sobral já éramos amigos. Gosto imenso da sua gastronomia e acho que é uma figura in-contornável em Por-tugal nesse aspecto.

Sentámo-nos os dois à mesa, com uma série de vinhos, e fomos provando-os, discutindo um com o outro o que queríamos aqui e ali. Assim, foi fácil chegar a um vinho que grita

por comida”, explicou.“Nós, portugueses, desenhamos os vinhos sobretudo para a mesa. São o resultado dos solos, das castas, do clima e do sítio onde são produzidos. Mas são também pessoas e prazeres, relações e emoções.”

TRANSMITIR EMOÇÃO

Quem escolher esta opção no serviço a bor-do é surpreendido com uma oferta: um pra-to de cerâmica exclusivamente criado para o efeito, com uma interpretação humorística da receita apresentada. Vítor Sobral refere que, desta forma, os clientes “podem levar uma recordação para casa.” “Hoje em dia, fazemos muitas pesquisas na TAP e vemos que as pessoas querem peixe e um bom bacalhau. Então, matámos dois co-elhos de uma cajadada só”, sublinha o chef.Já Paulo Laureano deseja que se transmita a emoção que este e Vítor Sobral incutiram no prato. “Esperemos que o prazer que nos deu fazer esta refeição se transmita às pessoas que vão ter a oportunidade de a desfrutar. Trata--se de uma emoção forte que está por trás e

que queremos que passe para os clientes da TAP”, revelou.

INOVAR A BORDO

Esta nova refeição representa mais uma me-dida da TAP, rumo a uma maior proximidade e melhor serviço ao cliente. O consultor de marketing da TAP, Edward Couto, frisou este objectivo.“Nós temos uma grande preocupação em trazer a inovação para bordo. Procuramos diferenciar-nos e mostrar ao cliente o quan-to a TAP se preocupa com ele, bem como as novidades que lhe podemos apresentar.”Para ilustrar esta ideia, Edward Couto fez uma referência à pesquisa constante levada a cabo pela TAP, de modo a apurar o que o cliente deseja mais. “Acompanhando as tendências gastronómi-cas do mercado, trabalhamos sempre em pesquisas de satisfação, solicitando detalhes ao passageiro. Desde as sobremesas prefe-ridas aos tipos de vinho de que mais gosta, queremos saber o tipo de serviço que este mais gostaria de receber. E isso levou-nos a desenvolver este novo produto”, disse. ¢

TAP é “Boa Lembrança”

Paulo laurEano E víTor soBral

O Prato da boa Lembrança foi lançado, pela primeira vez, em maio, nos voos de Lisboa para o Rio de Janeiro, mudando de rota em cada mês – para São Paulo, em Junho; Luanda, em Julho; brasília, em Agosto; belo Horizonte, em Setembro; Recife, em Outubro; Rio de Janeiro, em Novembro; e São Paulo, em Dezembro, novamente.Além de poder ser saboreado a bordo dos aviões da TAP, o Prato da boa Lembrança integra um programa mais vasto, que envolve actualmente 90 restaurantes no brasil e mais de uma centena em todo o mundo, desde Tóquio à Suíça.

Seja no ar, seja em terra, a TAP está constantemente a inovar. Porque também o apetite dos seus clien-tes é importante, foi apresentada, na Cateringpor, uma nova opção na ementa da companhia, con-feccionada por Vítor Sobral e acompanhada por um vinho de Paulo Laureano.

“Nós, portugueses, desenha-mos os vinhos sobretudo para a mesa. são o resultado dos solos, das castas, do clima e do sítio onde são produzidos. Mas são também pessoas e praze-res, relações e emoções.”

Nº 68 | JUL 2009 O OUTRO LADO DE…14

Vasco e Carlos Ferreira:duas gerações, o mesmo “afecto” pela TAP

vasco fErrEira, ladEado PElos dois filhos, com carlos fErrEira À dirEiTa

V asco António Martins Ferreira e Car-los Alberto Amorim Ferreira. Dois

nomes, duas pessoas – pai e filho, respecti-vamente – com fortes ligações à TAP.“O meu pai foi o trabalhador número um da TAP no Brasil!”, afirma Carlos Ferreira, presi-dente da ABAV. Foi num passado já distante que os destinos da companhia e da família Ferreira se cruzaram. “O meu pai emigrou para o Brasil em 1951, casou com a minha mãe e por lá ficou duran-te 12 ou 13 anos, sem poder voltar a Portu-gal. A bondade de o conseguir foi concedida pela TAP, tendo sido também a primeira vez que eu entrei num avião!”

“UMA AFEIÇÃO MUITO GRANDE”

O grande carinho que Carlos Alberto nutre pela TAP vem já deste início de relação com a companhia. “Desde 1967, quando eu tinha 15 ou 16 anos, comecei a vir com frequên-cia a Portugal, graças à TAP. Era ela que me proporcionava isso e, a partir daqui, come-cei a sentir uma afeição muito grande pela companhia.”O presidente da ABAV estabelece um paralelismo entre este crescen-te sentimento pela TAP e a própria ascensão profissional do seu pai.“De 1964 a 1991, o meu pai foi sen-do promovido, subindo na carreira. Começou como promotor de ven-das, foi representante regional no Rio de Janeiro e exerceu as funções de director comercial para o Brasil, tendo sido, aliás, o primeiro direc-tor comercial no Brasil que não per-tencia à sede de Lisboa.”Contudo, a carreira de Vasco Fer-reira iria levá-lo ao país das pam-pas. “Foi, depois, director comer-cial na Argentina, morando com a minha mãe e o meu irmão em Buenos Aires, a capital. Eu fiquei no Rio de Janeiro, na faculdade”, relembra.

“TAP ESTEVE SEMPRE CONNOSCO”

Regressando depois ao Brasil, Vasco Ferrei-ra continuou a contagiar a sua família com a TAP, devido à constante presença da com-panhia na sua vida profissional.“À medida que o meu pai ia vivendo a sua carreira, a TAP esteve sempre connosco. E daí esse meu sentimento tão forte por ela. Acompanhou-nos sempre”, destaca.Quando questionado se foi esta proximida-de com a companhia que o lançou no turis-mo, Carlos Alberto confirma. “O meu pai, sendo TAP 24 horas por dia, fez com que respirássemos um pouco esse ar, dando-nos uma visão do sector.”

carlos fErrEira É o acTual PrEsidEnTE da aBav

É o Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) e é fascinado pelo turismo. Mas Carlos Ferreira tem mais ligações a este sector – a TAP. O seu pai, Vasco Ferreira, foi dos primeiros trabalhadores da companhia no Brasil, fazendo-o nutrir “um sentimento muito forte” por esta.

“Desde 1967, quando eu ti-nha 15 ou 16 anos, comecei a vir com frequência a Portugal, graças à taP. era ela que me proporcionava isso e, a partir daqui, comecei a sentir uma afeição muito grande pela com-panhia.”

“O meu irmão – pros-segue o presidente da ABAV – montou uma agência de via-gens e eu, mesmo depois de me formar em engenharia, co-mecei a achar o tu-rismo interessante. Já o tinha no sangue! Fui depois sócio do meu irmão na agên-cia mas, antes de ser agente de viagens, eu já era TAP.”

PAIXÃO POR PORTUGAL

Toda esta proximidade com a companhia não se resume apenas a uma mera curiosi-dade. Para Carlos Alberto, esta afeição que sente pela TAP é algo a que recorre, actual-mente, na sua vida profissional.“O meu pai deu-me a conhecer o lado de uma companhia aérea, pelo que sinto que pertenci também à TAP. Isto ajuda-me, como presidente da ABAV, a ver hoje as coisas com mais equilíbrio, harmonizando a

relação entre as com-panhias e os agentes de viagens”, indica.Grande apreciador de Portugal, fala também desta pai-xão que tem pelo nosso País.“Portugal é um país espectacular e Lis-boa é, talvez, a se-gunda cidade que

eu conheço melhor no mundo, atrás apenas do Rio de Janeiro. E isso foi a TAP que me proporcionou, aumentando este forte sen-timento”, explica, com entusiasmo, perden-do-o a seguir com um lamento.“O povo brasileiro não tem uma ideia ver-dadeira de Portugal porque não conhece o seu extraordinário desenvolvimento. E são países irmãos, com a mesma língua. E isso magoa-me um pouco.”No entanto, termina com um pensamento positivo, que lhe devolve o sorriso: “Eu vinha e venho a Portugal, feliz. Tenho cá família e esse lado afectivo é muito forte!” ¢

“O meu pai deu-me a conhecer o lado de uma companhia aé-rea, pelo que sinto que pertenci também à TAP. Isto ajuda-me, como presidente da aBaV, a ver hoje as coisas com mais equilíbrio, harmonizando a re-lação entre as companhias e os agentes de viagens.”

Nº 68 | JUL 2009mEmóRIAS 15

F oi há 60 anos que a TAP realizou o primeiro voo comercial regular

entre Portugal – Lisboa – e o Reino Unido – aeródromo de Northolt, West London. Estávamos em 27 de Maio de 1949 e a companhia fez esta ligação num DC4 Skymaster, com capacidade para 44 passageiros e equipado com quatro motores radiais Pratt & Witney R-200.Naquela época, o voo realizava-se a uma altitude de cruzeiro de apenas 22 mil pés e a uma velocidade média de 365 kms/hora. Hoje, o mesmo serviço é assegurado por uma moderna frota de Airbus A320, aviões

que voam a uma velocidade de cruzeiro de 900 kms/hora, transportando praticamente quatro vezes mais passageiros.

uma vez por dia entre o Porto e Londres Heathrow e também, diariamente, entre o Funchal e Londres Gatwick. ¢

Em 27 de Maio de 1949, a TAP iniciava as ligações regulares para Londres num DC4 Skymaster. Sessenta anos depois, a companhia efectua 72 voos semanais nesta rota, com uma moderna frota de A320.

Em 1949, o voo realizava-se a uma velocidade média de 365 kms/hora. Hoje, o mesmo ser-viço é assegurado por uma mo-derna frota de Airbus A320, avi-ões que voam a uma velocidade de cruzeiro de 900 kms/hora, transportando praticamente qua tro vezes mais passageiros.

Voos para o Reino Unido começaram há 60 anos

“A CARREIRA LISBOA-LONDRES É UMA NOVA GRANDE ETAPA DA PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL NAS COMUNICAÇÕES AÉREAS INTERNACIONAIS”

“Ainda com poeira do Piccadilly nos sapatos, os mil-e-um ruídos da Strand nos ouvidos, o sorriso afável das «misses» fixado na retina, fresh from London, em suma, eis como me sinto depois de ter voado, orgulhosamente, num quadrimotor português, tripulado por gente portuguesa, inaugurando uma linha bem portuguesa, desde a nossa aconchegada e repousante capital até ao coração da comunidade britânica, até Londres, e voltado – tudo em escassas horas, como manda esta agradabilíssima época de diabólicas velocidades…”(notícia de jornal de 25/5/1949)

Para o estabelecimento desta carreira, a companhia efectuou, um mês antes do voo inaugural, uma viagem experimental em DC4 Skymaster, comandado por Dantas Maya, que foi acompanhado por Júlio Schultz (co-piloto), Roger de Avelar (1º tenente e superintendente de operações), e Décio Braga da Silva (tenente e superintendente dos Serviços de Navegação).Entre Portugal e o Reino Unido, a TAP opera actualmente 72 voos por semana, dos quais 44 entre Lisboa e Londres, com cinco frequências diárias Lisboa/Londres Heathrow, um voo diário Lisboa/Londres Gatwick e, às quintas e domingos, duas frequências suplementares Lisboa/Londres Heathrow.Adicionalmente, a TAP voa ainda duas vezes por dia entre o Porto e Londres Gatwick,

loJa TaP Em londrEs na dÉcada dE 1950

Nº 68 | JUL 2009 úLTImASFI

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[email protected] artigos expostos são da responsabilidade da Direcção Editorial do Jornal da TAP, ou dos seus autores, quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração.

Propriedade: TAP Portugal Morada: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LISBOA

Director: António Monteiro | [email protected] Edição: DEEP STEP Comunicação | [email protected] Fotografia: Audiovisuais

16

A TAP reforçou as ligações entre Portugal e África durante o Verão,

passando a operar mais nove frequências semanais para Luanda, Dakar, Praia e São Tomé e Príncipe.Para Luanda, a companhia colocou três voos adicionais por semana, às quintas, sextas e domingos, disponibilizando ainda, desde 1 de Junho, uma tarifa promocional de 1.078 euros (ida-e-volta) nas partidas de Lisboa, Porto e Faro.Entre Lisboa e a Cidade da Praia, Cabo Ver-de, a TAP realiza três frequências semanais extra, aumentando a operação para um voo diário, entre 8 de Junho e 12 de Setembro.

De 6 de Julho a 14 de Setembro, a compa-nhia efectua um voo adicional para São Tomé e Príncipe, à segunda-feira, respon-dendo ao aumento da procura que se verifi-ca nesta rota na época de Verão.A partir de 23 de Julho e até 3 de Setembro, a TAP vai realizar dois voos semanais extra para Dakar, às segundas e quintas-feiras, reforçando a operação diária regular para a capital do Senegal.Nos primeiros quatro meses de 2009, a TAP transportou 166 mil passageiros nas rotas de África, o que representa um crescimento de 6,3 por cento face ao período homólogo de 2008. ¢

Mais 9 frequências para África no Verão

luanda EsTá mais PróXima com a Tarifa Promocional da TaP

Q uem viajar na TAP do Continente para a Madeira, entre 7 de Outubro

e 17 de Dezembro, vai dispor de tarifas pro-mocionais muito “relaxantes”. Esta campa-nha tap discount oferece bilhetes desde 36 euros à partida de Lisboa e desde 48 euros nos voos com origem no Porto. Nas ligações Lisboa-Porto Santo, os bilhetes estarão também disponíveis a partir de 48 euros.Estes preços são válidos para os voos de ida, com todas as taxas incluídas, estando sujeitos a condições especiais e lugares li-mitados.

Trata-se de uma campanha suportada pela TAP e pelo Fundo para Investimento em Promoção Turística, resultante de um pro-tocolo assinado entre a ANAM, Secretaria Regional de Turismo e Transportes e par-ceiros privados aderentes, para apoiar ini-ciativas de incremento do fluxo de turistas por via aérea para a Região Autónoma da Madeira, através de campanhas de promo-ção e marketing turístico.O plano de meios contempla a rádio (RFM), internet, muppies e transportes.¢

TAP lança campanha promocionalpara a Madeira

Museu TAP na EXPOFAP

O Museu TAP esteve pre-sente, com um stand,

na EXPOFAP, certame integrado nas comemorações dos 57 anos da Força Aérea Portuguesa e do

Centenário da Aviação em Por-tugal, que se realizou na Base Aérea Nº 1, em Sintra, de 27 de Junho a 5 de Julho.No certame estiveram em exibi-

ção diversas aeronaves, cadeiras de ejecção, espólios fotográficos e de filatelia aeronáutica, bem como todo o acervo do Museu do Ar. ¢