Inovação & tecnologia aula criatividade

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Prof. MSc. Anderson Ferreira Inovação e Tecnologia Prof. MSc. Anderson Ferreira Brasília, 1º Sem de 2013

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Inovação e Tecnologia

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Brasília, 1º Sem de 2013

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Aula - Criatividade

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Contextualização

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Criatividade

“Uma organização repleta de pessoas criativas não é necessariamente uma organização inovadora...

Isso pode até ser contraproducente”.

Philip Kotler

Reflexão

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Criatividade

“A criatividade tem mais a ver com a arte de lidar com impossibilidades do que com a

capacidade de solucioná-las, aonde as mentes mais analíticas obtém os melhores resultados.”

Philip Kotler

Conceito

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Criatividade

Conceito

• O processo de criar novas ideias envolve a combinação de conceitos e elementos existentes em novas e originais associações;

• O radar é uma combinação de elementos conhecidos: ondas de rádio, amplificadores e osciloscópios;

• A Internet também é a combinação de tecnologias disponíveis: computadores e telecomunicações.

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Criatividade

Sob o ponto de vista humano: é a obtenção de novos arranjos de ideias e conceitos já existentes formando

novas táticas ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum, ou obtenham resultados de valor

para um indivíduo ou uma sociedade. Criatividade pode também fazer aparecer resultados de valor estético

ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção forte em relação às "ideias

convencionais“;

Sob o ponto de vista cognitivo: é o nome dado a um grupo de processos que procura variações em um

espaço de conceitos de forma a obter novas e inéditas formas de agrupamento, em geral selecionadas por

valor (ou seja, possuem valor superior às estruturas já disponíveis, quando consideradas separadamente).

Podem também ter valor similar às coisas que já se dispunha antes mas representam áreas inexploradas do

espaço conceitual (nunca usadas antes);

Sob o ponto de vista neurocientífico: É o conjunto de atividades exercidas pelo cérebro na busca de

padrões que provoquem a identificação perceptual de novos objetos que, mesmo usando "pedaços" de

estruturas perceptuais antigas, apresentem uma peculiar ressonância, caracterizadora do "novo valioso",

digno de atenção;

Sob o ponto de vista computacional: É o conjunto de processos cujo objetivo principal é obter novas

formas de arranjo de estruturas conceituais e informacionais de maneira a reduzir (em tamanho) a

representação de novas informações, através da formação de blocos coerentes e previamente inexistentes.

Vários Pontos de Vista....

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Mitos sobre a Criatividade

• Criatividade é inata, um dom e não pode ser aprendida ou desenvolvida;

• Para ser criativo é necessário ser um rebelde, louco, gênio ou artista;

• Inteligência é criatividade;

• Todos os novos produtos resultaram de descobertas acidentais;

• Não há limites (ou parâmetros) para a criatividade;

• A criatividade não acontece se há pressão.

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Criatividade

Em 1968, os pesquisadores George Land e Beth Jarman realizaram uma reveladora pesquisa sobre criatividade com um grupo de 1.600 jovens nos EUA. O estudo se baseou nos testes usados pela NASA para seleção de cientistas e engenheiros inovadores. No primeiro teste as crianças tinham entre 3 e 5 anos e 98% apresentaram alta criatividade; o mesmo grupo foi testado aos 10 anos e este percentual caiu para 30%; aos 15 anos, somente 12% mantiveram um alto índice de criatividade. Teste similar foi aplicado a mais de 200.000 adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos.

Fatos sobre a Criatividade Teste feito pela NASA

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Pelo menos uma certeza:

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Bloqueios Mentais

• Paredes Mentais que nos impedem de perceber corretamente o problema ou conceber uma solução;

• Alguns são criados por nós mesmos: temores, percepções, preconceitos, experiências, emoções, etc;

• Outros são criados pelo ambiente: tradições, valores, regras, pressões, falta de apoio, conformismo, etc;

• Nos impede de ver um problema ou uma solução de uma maneira não convencional.

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Barreiras à Criatividade

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Bloqueios Culturais

• Barreiras que impomos a nós mesmos devido à

sociedade, cultura ou grupo que pertencemos;

• Rejeição do modo de pensar de pessoas ou grupos

diferentes;

• Alguns desses bloqueios:

o Aqui nós não pensamos deste jeito;

o Nosso jeito é o certo;

o Respeitamos nossas tradições;

o Não se mexe em time que está ganhando!

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Bloqueios Intelectuais e de Comunicação

• Falta de informação e conhecimento;

• Informação incorreta ou incompleta;

• Fixação funcional ou profissional;

• Crença na solução única;

• Uso inadequado ou inflexível de

métodos para solução de problemas;

• Inabilidade para formular e

expressar com clareza problemas e

ideias.

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Bloqueios Emocionais

• Desconforto em explorar e manipular

ideias;

• Nos impedem de comunicar nossas

ideias à outras pessoas:

o Medo de correr riscos;

o Receio de parecer ridículo ou tolo;

o Dificuldade de isolar o problema;

o Negativismo – assume que vai dar errado;

o Desconforto e insegurança com incertezas e

ambiguidades;

o Incapacidade de distinguir entre a realidade

e a fantasia.

Hardy

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Bloqueios de Percepção

• Obstáculos que nos impedem de perceber

claramente o problema ou a informação

necessária para resolvê-lo;

• Inabilidade para enxergar o problema sob

diversos pontos de vista:

o Estereótipos: assumindo que um item ou ideia

identificado não pode ter outro uso ou função, além

daquela já conhecida;

o Fronteiras imaginárias: projetamos fronteiras no

problema e na solução que não existem na realidade;

o Sobrecarga de informação: nos perdemos com a

quantidade de informações ao ponto perder o caminho

da solução.

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Criatividade

Podemos aprender a ser criativos?

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Fatores de Criatividade

Expertise Motivação

Habilidades

Criativo

• Expertise: conhecimentos

e habilidades básicas em

uma determinada área;

• Motivação: paixão pelo

trabalho e prazer na

solução dos problemas;

• Habilidade Criativa:

flexibilidade, imaginação,

curiosidade, fluência e

domínio dos princípios e

técnicas.

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Cérebro Criativo

Muitas áreas diferentes do cérebro estão envolvidas no

ato de conceber de uma solução criativa, ou seja,

atribuir ao lado direito ou esquerdo, e,

consequentemente, ao lado racional ou emocional a

criatividade, não tem fundamento científico.

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/05/08/cientistas-tentam-

mapear-a-criatividade-no-cerebro.jhtm

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Criatividade

Como funciona o Cérebro Criativo Os sete estados cerebrais associados ao pensamento criativo, segundo a pesquisadora Shelley Carson, autora do livro “Seu Cérebro Criativo”:

Conectar - Estado de atenção desfocada que permite enxergar conexões entre objetos ou conceitos que parecem naturalmente disparatados. Esse estado facilita gerar soluções múltiplas para um problema. É a base para o pensamento divergente.

Pensar – Favorece usar informações armazenadas na memória para resolver um problema. É o que usamos diariamente para o planejamento.

Visualizar – Favorece o pensamento não-verbal e a identificação de padrões entre conceitos independentes. O pensamento tende a vir em metáforas. É o estado cerebral da imaginação.

Absorver – A cabeça se abre para novas ideias, conhecimento e experiências, sem críticas. Tudo fascina e chama atenção.

Transformar – Nesse estado, a pessoa se sente inconformada, insatisfeita, ansiosa e dolorosamente vulnerável. Mas motivada para se expressar. O mau humor é a deixa para buscar uma transformação do que não está bom em algo melhor, por meio da arte e da performance.

Avaliar – É o estado da seleção, do olhar crítico. A pessoa julga o valor das ideias, conceitos, produtos, comportamentos e até outras pessoas. Depois da geração de ideias criativas, o cérebro se prepara para selecionar as que servem.

Seguir o fluxo – Os pensamentos e ações passam a fluir numa sequência harmoniosa, como se fossem orquestrados por forças externas. É o que favorece a improvisação no jazz, a escrita narrativa da ficção e a descoberta passo a passo de um novo fato científico.

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Ser criativo não é só ter ideias originais – é pensar

em como torná-las realidade...

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Teorias da Criatividade

A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard

Análise Fatorial e Pensamento Divergente

Associacionismo

Criatividade como Força Vital

Criatividade como Gênio Intuitivo

Criatividade como Inspiração Divina

Criatividade como Loucura

Criatividade e Inteligências Múltiplas

Criatividade e os Hemisférios Cerebrais

Criatividade e Psicanálise

Criatividade e Psicologia Humana

Gestalt

Koestler e a Bissociação

Laske e Inteligência Artificial

Percepção e Representação

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Teorias da Criatividade

A Psicologia Cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento.

Para a psicologia cognitiva, a cognição é entendida como um processo disparado por uma

situação, compreendida pelos mecanismos perceptivos do cérebro. Tal situação é uma

perturbação interna ao indivíduo, possivelmente fruto de uma ressonância causada por algum

fator externo.

Toda situação, para ser compreendida, deve ser representada pelo indivíduo. Portanto, pode-se

dizer que a representação é a construção de um “modelo de similaridade” para o mundo, com

base na experiência de vida e na varredura feita na memória em busca de situações análogas.

Caso não seja possível representar adequadamente a situação, o indivíduo irá recorrer aos seus

processos de raciocínio, buscando construir a representação para a situação a fim de poder

compreendê-la. Isso é o que acontece na resolução de problemas.

A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard

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Teorias da Criatividade

A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard

A relação entre conhecimentos, representações e raciocínios é tal que um complementa o outro. Em outras

palavras, os conhecimentos existentes podem ser reforçados ou refutados conforme surjam novas

representações de situações, construídas por instrução (por meio

de representações “prontas” de acontecimentos) ou por descoberta (solução de problemas práticos, por

“tentativa e erro”)

Fonte: FIALHO, Francisco. Uma introdução à engenharia do conhecimento. Florianópolis: UFSC, 1999 (apostila).

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Teorias da Criatividade

Análise Fatorial e Pensamento Divergente

Categoria Descrição

- Cognitivas - Reconhecimento de informações

- Produtivas - Uso de informações

- Avaliativas - Julgamento daquilo que é reconhecido ou produzido

em função da adequação às exigências.

Segundo Guilford, a mente abrange 120 fatores ou capacidades diferentes – dos quais 50 são conhecidos –, formando duas classes principais: capacidades de memória e capacidades de pensamentos.

As capacidades de pensamentos são divididas em categorias, espécies e fatores, conforme o quadro a seguir:

Quadro 1: As categorias de pensamento conforme Guilford

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Teorias da Criatividade

Análise Fatorial e Pensamento Divergente

A fatoração de Guilford ainda determina uma segunda divisão para as categorias produtivas, identificando duas espécies de pensamentos: o convergente e o divergente. O pensamento convergente move-se em direção a uma resposta determinada ou convencional, a partir de um sistema de regras previamente conhecido. Já o divergente tende a ocorrer quando o problema ainda não é conhecido ou quando não existe ainda método definido para resolvê-lo. A criatividade, portanto, estaria grandemente localizada no pensamento divergente, que abrange onze fatores, apresentados no quadro 2.

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Teorias da Criatividade

Análise Fatorial e Pensamento Divergente

Fatores Descrição

Fluência vocabular Capacidade de produzir rapidamente palavras que preenchem exigências simbólicas especificadas.

Fluência ideativa Capacidade de trazer à tona muitas idéias numa situação relativamente livre de restrições, em que não é importante

a qualidade da resposta.

Flexibilidade semântica espontânea Capacidade ou disposição de produzir ideias variadas, quando livre o indivíduo para assim proceder.

Flexibilidade figurativa espontânea Tendência para perceber rápidas alternâncias em figuras visualmente percebidas.

Fluência associativa Capacidade de produzir palavras a partir de uma restrita área de significado.

Fluência expressionista Capacidade de abandonar uma organização de linhas percebida para ver outra.

Flexibilidade simbólica adaptativa Capacidade de, quando se trata com material simbólico, reestruturar um problema ou uma situação, quando

necessário.

Originalidade Capacidade ou disposição de produzir respostas raras, inteligentes e remotamente associadas.

Elaboração Capacidade de fornecer pormenores para completar um dado esboço ou esqueleto de alguma forma.

Redefinição simbólica Capacidade de reorganizar unidades em termos das respectivas propriedades simbólicas, dando novos usos aos

elementos.

Redefinição semântica Capacidade de alterar a função de um objeto ou parte dele, usando depois de maneira diversa.

Sensibilidade a problemas Capacidade de reconhecer que existe um problema.

Quadro 2: Fatores do pensamento divergente segundo Guilford

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Teorias da Criatividade

Associacionismo

As raízes do associacionismo remontam a John Locke, no século XIX. Parte do princípio de que o pensamento consiste em associar ideias, derivadas da experiência, segundo as leis da frequência, da recência (temporalidade) e da vivacidade. Quanto mais frequentemente, recentemente e vividamente relacionadas duas ideias, mais provável se torna que, ao apresentar-se uma delas à mente, a outra a acompanhe.

Essa abordagem diz que, para se criar o novo, se parte do velho, em um processo de

tentativa e erro, por meio da combinação de ideias até que seja encontrado um arranjo

que resolva a situação. Há algumas críticas a essa teoria, como coloca Kneller:

Dificilmente, entretanto, o associacionismo se adapta aos fatos conhecidos da criatividade. Pensamento novo significa que

se retiraram do contexto ideias anteriores e se combinaram elas para formar pensamento original. Tal pensamento ignora

conexões estabelecidas e cria as suas próprias. Não seria fácil atribuir as ideias de uma criação criativa a conexões entre

ideias derivadas de experiência pregressa, uma vez numa criança relativamente incriativa experiências semelhantes podem

deixar de produzir uma única ideia original. Na verdade, seria de esperar que a confiança nas associações passadas

produzisse, em lugar de originalidade, respostas comuns e previsíveis.

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Teorias da Criatividade

Criatividade como Força Vital

Reflexo da teoria da evolução de Darwin, a criatividade foi considerada como manifestação de uma força inerente à vida. Assim, a matéria inanimada não é criadora, uma vez que sempre produziu as

mesmas entidades, como átomos e estrelas, enquanto a matéria orgânica é fundamentalmente criadora, pois está sempre gerando

novas espécies. Um dos principais expoentes dessa idéia é Sinnott (1962), quando afirma que a vida é criativa porque se organiza e

regula a si mesma e porque está continuamente originando novidades

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Teorias da Criatividade

Criatividade como Gênio Intuitivo

Esta explicação deve suas origens à noção do gênio, surgida no fim do Renascimento, para explicar a capacidade criativa de Da Vinci, Vasari,

Telésio e Michelângelo. Durante o século XVIII, muitos pensadores associaram criatividade e genialidade. Kant apud Kneller “entendeu

ser a criatividade um processo natural, que criava as suas próprias regras; também sustentou que uma obra de criação

obedece a leis próprias, imprevisíveis; e daí concluiu que a criatividade não pode ser ensinada formalmente”. Além de gênio, essa teoria identifica a criação como uma forma saudável e altamente

desenvolvida da intuição, tornando o criador uma pessoa rara e diferente. É a capacidade de intuir direta e naturalmente o que outras pessoas só podem apurar divagando longamente que rege essa teoria.

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Teorias da Criatividade

Criatividade como Inspiração Divina

Segundo Hallman (1964) apud Kneller (1978), uma das mais velhas concepções da criatividade é a sua origem divina. A melhor expressão dessa crença é creditada a Platão:

“E por essa razão Deus arrebata o espírito desses homens (poetas) e usa-os como seus ministros, da mesma

forma que com os adivinhos e videntes, a fim de que os que os ouvem saibam que não são eles que

proferem as palavras de tanto valor quando se encontram fora de si, mas que é o próprio Deus que fala e se

dirige por meio deles.”

Essa concepção ainda encontra defesa, por exemplo, em Maritain (1953): o

poder criativo depende do “reconhecimento da existência de um inconsciente,

ou melhor, pré-consciente espiritual, de que davam conta Platão e os sábios, e

cujo abandono em favor do inconsciente freudiano apenas é sinal da estupidez

de nosso tempo”.

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Teorias da Criatividade

Criatividade como Loucura

Também creditada à Antiguidade, esta explicação concebe a criatividade como forma de

loucura, dada a sua aparente espontaneidade e sua irracionalidade. Platão, novamente, parece haver visto pouca diferença entre a visitação

divina e o frenesi da loucura. Durante o século XIX, Lombroso (1891) alegou que a natureza

irracional ou involuntária da arte criadora deve ser explicada patologicamente

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Teorias da Criatividade

Criatividade e Inteligências Múltiplas

A teoria das inteligências múltiplas trata das potencialidades humanas. Seu autor, Howard Gardner (1995), observando que a inteligência possuía maior abrangência,

concebeu sua teoria como uma explicação da cognição humana que pode ser submetida a testes empíricos e definiu inteligência como “a capacidade de resolver

problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes comunitários.”[1] Essa definição, propositadamente, aproxima-se muito do que

Gardner (1982) considera a própria essência da criatividade[2].

As informações preliminares da pesquisa foram sistematizadas em sete inteligências: linguística ou verbal, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica,

interpessoal e intrapessoal. Recentemente, foi incluída a inteligência naturalística, e encontra-se em consideração a inclusão da inteligência espiritual. O quadro seguinte

descreve a natureza de cada inteligência.

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Teorias da Criatividade

Criatividade e Inteligências Múltiplas

Inteligência Características

Linguística ou verbal

- Habilidade de expressão

- Facilidade para se comunicar

- Aprecia a leitura

- Possui amplo vocabulário

- Competência para debates

- Transmite informações complexas com facilidade

- Absorve informações verbais rapidamente

Lógico-matemática

- Facilidade para detalhes e análises

- Sistemáticas no pensamento e no comportamento

- Prefere abordar os problemas por etapas (passo a passo)

- Discernimento entre padrões e relações entre objetos e

números

Espacial

- Sua percepção do mundo é multidimensional

- Facilidade para distinguir objetos no espaço

- Bom senso de orientação

- Prefere a linguagem visual à verbal

As inteligências múltiplas de Howard Gardner

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Criatividade

Teorias da Criatividade

Criatividade e Inteligências Múltiplas

Inteligência Características

Musical

- Bom senso de ritmo - Identificação com sons e instrumentos musicais - A música evoca emoções e imagens - Boa memória musical

Corporal-cinestésica

- Boa mobilidade física - Prefere aprender "fazendo" - Prefere trabalhos manuais - Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais

Interpessoal

- Facilidade para comunicação - Aprecia a companhia de outras pessoas - Prefere esportes em equipe

Intrapessoal

- Reflexiva e introspectiva - Capaz de pensamentos independentes - Autodesenvolvimento e autorrealização

Naturalística

- Confortável com os elementos da natureza - Bom entendimento de funções biológicas - Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e preservação da saúde

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Criatividade e Inteligências Múltiplas

Inteligência Características

Musical

- Bom senso de ritmo - Identificação com sons e instrumentos musicais - A música evoca emoções e imagens - Boa memória musical

Corporal-cinestésica

- Boa mobilidade física - Prefere aprender "fazendo" - Prefere trabalhos manuais - Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais

Interpessoal

- Facilidade para comunicação - Aprecia a companhia de outras pessoas - Prefere esportes em equipe

Intrapessoal

- Reflexiva e introspectiva - Capaz de pensamentos independentes - Autodesenvolvimento e autorrealização

Naturalística

- Confortável com os elementos da natureza - Bom entendimento de funções biológicas - Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e preservação da saúde

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Teorias da Criatividade

Criatividade e Psicanálise

Para Freud apud Alencar (1993), a criatividade está relacionada à imaginação, que estaria presente nas brincadeiras e nos jogos da

infância. Nessas ocasiões, a criança produz um mundo imaginário, com o qual interage rearranjando os componentes desse mundo de novas

maneiras. Da mesma forma, o indivíduo criativo na vida adulta comporta-se de maneira semelhante, fantasiando sobre um mundo

imaginário, que, porém, discrimina da realidade. As forças motivadoras de tais fantasias seriam os desejos não satisfeitos, e cada fantasia, a

correção de uma realidade insatisfatória. Essa característica de sublimação estaria vinculada, portanto, à necessidade de gratificação

sexual ou de outros impulsos reprimidos, levando o indivíduo a canalizar suas fantasias para outras realidades.

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Teorias da Criatividade

Criatividade e Psicologia Humana

Surgiu como uma forma de protesto à imagem limitada do ser humano imposta pela psicanálise. Seus principais representantes são Maslow, Rollo May e Carl Rogers, e suas principais ênfases são o valor intrínseco do indivíduo, que é considerado como fim em si mesmo; o potencial humano para desenvolver-se; e as diferenças individuais.

Rogers (1959, 1962) apud Alencar (1993) considera que a criatividade é a tendência do homem para atualizar-se e concretizar suas potencialidades. Para isso, deveria possuir três características:

• abertura à experiência, a qual implica ausência de rigidez, uma tolerância à ambiguidade e permeabilidade maior aos

conceitos, opiniões, percepções e hipóteses;

• habilidade para viver o momento presente, com o máximo de adaptabilidade, organização contínua do self e da personalidade;

• confiança no organismo como um meio de alcançar o comportamento mais satisfatório em cada momento existencial.

Rogers, portanto, enfatiza a relação do sujeito com o meio e a sua própria individualidade, acreditando na

originalidade e na singularidade. Maslow (1967, 1969) apud Alencar (1993) possui posição similar,

considerando a abertura à experiência como uma característica da criatividade auto realizadora. Já Rollo May

(1976) identifica a criatividade como saúde emocional e expressão das pessoas normais no ato de se auto

realizar. Como os demais humanistas, considera a interação pessoa-ambiente como fundamental para a

criação. Assim, não basta apenas o impulso em auto realizar-se: “também as condições presentes na

sociedade, a qual deve possibilitar à pessoa liberdade de escolha e ação”, fazem parte do processo criativo.

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Teorias da Criatividade

Gestalt

Wertheimer (1945) apud Kneller (1978) afirma que o pensamento criador é uma reconstrução de gestalts estruturalmente deficientes. A criação tem seu início com uma configuração problemática, que, de certa forma, se mostra incompleta, porém permite ao criador uma visão sistêmica da situação. A partir das dinâmicas, das forças e das tensões do próprio problema, são estabelecidas linhas de tensão semelhantes na mente do criador. Para “fechar” a gestalt, deve-se restaurar a harmonia do todo. Nas palavras do próprio Wertheimer, “o processo todo é uma linha consciente de pensamento. Não é uma adição de operações díspares, agregadas. Nenhum passo é arbitrário, de função conhecida. Pelo contrário, cada um deles é dado com visão de toda a situação.” A teoria da gestalt não explica como surge a configuração inicial, mesmo que problemática, a partir da qual o criador começa a desenvolver seu trabalho. É, portanto, incapaz de explicar a capacidade de fazer perguntas originais, não sugeridas diretamente pelos fatos a sua disposição. Entretanto, para resolver a gestalt, é necessária uma reorganização do campo perceptual, o que sugere a relação existente entre percepção e pensamento.

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Teorias da Criatividade

Gestalt

Gestalt, palavra alemã sem tradução exata em português, refere-se a um processo de dar forma, de

configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra gestalt tem o significado "(...)de uma entidade concreta, individual e característica,

que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos."

A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX e trabalha com dois conceitos: supersoma e transponibilidade. De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas

partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui

características próprias".

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Teorias da Criatividade

Koestler e a Bissociação

Koestler (1964) apud Kneller (1978) apresenta uma teoria da criatividade que tenta integrar todas as suas expressões – ciência, arte e humor. Sua fundamentação lança recursos da psicologia, da neurologia, da fisiologia, da genética e diversas ciências na proposição de um padrão comum – a bissociação –, que consiste na conexão de níveis de experiência ou sistemas de referências. Koestler argumenta que, no pensamento comum, a pessoa segue rotineiramente em um mesmo plano de experiências, enquanto, no criador, pensa simultaneamente em mais de um sistema de referências.

A formação de tais planos de experiências pressupõe a existência de estruturas de pensamentos e de comportamentos já adquiridos, que dão coerência e estabilidade, mas deixam pouco espaço para a inovação. Todo padrão de pensamento ou de comportamento (que Koestler chamou de “matriz”) é regido por um conjunto de normas (ou “código”), que tanto pode ser aprendido quanto inato. Esse código possui uma certa flexibilidade e pode reagir a algumas circunstâncias.

A explosão criadora ocorre quando duas ou mais matrizes independentes interagem entre si. O resultado, segundo Koestler, pode-se apresentar de três formas (ver quadro 1).

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Criatividade

Teorias da Criatividade

Koestler e a Bissociação

Tipo de Interação

Resultado Explicação

Colisão Humor É a interseção de duas matrizes, cada qual consistente por si mesma, porém em conflito com a outra. No decorrer da bissociação, emoção e pensamento separam-se abruptamente. Esse conflito causa uma tensão emocional e resolve-se em riso.

Fusão Ciência A criação surge do encontro de duas matrizes até então desprovidas de relação. Trata-se de uma convergência de pensamentos em direção a um objetivo previamente estipulado – as matrizes fundem-se em uma nova síntese.

Confrontação Arte As matrizes não se fundem nem colidem, mas ficam justapostas. Os padrões fundamentais de experiência são expressos novamente a cada novo olhar, em cada época ou cultura. Há uma transposição dos sistemas de referências.

Koestler vai ainda mais longe, ao relacionar a criatividade a todas as formas de padrões existentes: a

criatividade manifestada na ciência, na arte e no humor tem análogos em todos os níveis da hierarquia

orgânica, desde o mais simples organismo unicelular até o maior dos gênios humanos. Todo padrão de

pensamento, ou ação, organizado – toda matriz, afinal – é governada por um código de regras, sem deixar de

possuir entretanto um certo grau de flexibilidade em sua adaptação às condições do meio ambiente.

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Criatividade

Teorias da Criatividade

Laske e a Inteligência Artificial

Laske (1993) considera a criatividade como “um artefato linguístico feito para facilitar a síntese de observações e de hipóteses sobre a habilidade dos seres humanos de validar suas experiências ou mesmo de transcender a si mesmos”. A partir desse conceito, constrói uma visão da criatividade sustentada em uma abordagem dialética entre crença e performance. A

crença é um conceito emprestado das ciências sociais, que parte do princípio de que a criatividade está presente a priori na espécie humana, e os esforços da ciência devem ser no

sentido de demonstrá-la. A performance, por outro lado, deriva da abordagem computacional da criação e procura descobrir como produzir criatividade a partir da formalização dos

processos mentais e sua implementação em sistemas de inteligência artificial.

Os dois enfoques, entretanto, têm convivido em conflito. A abordagem social não consegue descrever os processos da criatividade; e a computacional força uma redefinição do conceito

de domínio. A conciliação dessas duas abordagens permite a construção e a validação de modelos que podem vir a demonstrar e explicar como a criatividade ocorre e funciona –

abordam, portanto, a linha social e a computacional.

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Criatividade

Teorias da Criatividade

Percepção e Representação O conhecimento do mundo é baseado em representações de situações vivenciadas, reforçadas ou refutadas por repetição de situações análogas. A aquisição de tais representações é fruto do sistema sensitivo que equipa a espécie humana, compreendendo a visão, a audição, o tato, o

paladar e o olfato. Esses sentidos formam o prisma pelo qual o mundo é percebido e são construções próprias e exclusivas de cada pessoa. A ótica pela qual determinada situação é

representada depende da bagagem cognitiva e evidencia maneiras diferentes para atuar como resposta às perturbações internas que cada pessoa sofre.

A montagem das representações passa necessariamente por mecanismos de assimilação da realidade – visão, tato, olfato, audição e paladar. Por meio deles, o cérebro monta esquemas que

buscam explicar a realidade e “enquadrar” o mundo de forma coerente. Cada novo esquema pode reforçar um esquema anterior, sedimentando o conhecimento; gerar um novo

conhecimento quando se depara com uma situação original; ou refutar fatos conhecidos quando a solução para um problema mostra-se ineficaz na situação atual. São nesses casos que a pessoa

demonstra poder criativo, buscando respostas que eram inexistentes ou inadequadas. Representar, para os cognitivistas, significa compreender uma situação. E a forma como cada

problema é compreendido constitui fator fundamental para a sua solução.

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Hedy Lamarr

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Lamarr inventou o sistema que serviu de base para os celulares. Durante a Segunda Guerra Mundial, criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas e o patenteou em 1940.

A ideia surgiu ao lado do compositor George Antheil em frente a um piano. Eles brincavam de dueto, ela repetindo em outra escala as notas que ele tocava, experimentando o controle dos instrumentos. Ela percebeu que duas pessoas podem conversar entre si mudando frequentemente o canal de comunicação. Basta que façam isso simultaneamente.

Juntos, Antheil e Lamarr submeteram a ideia ao Departamento de Guerra norte-americano, que o recusou, em junho de 1941. Em agosto de 1942, foi patenteado por Antheil e "Hedy Kiesler Markey". A versão inicial consistia na troca de 88 frequências e era feito para despistar radares, mas a ideia pareceu difícil de realizar na época.

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A ideia não foi concretizada até 1962, quando passou a ser utilizada por tropas militares dos EUA em Cuba, quando a patente já expirara; a empresa Sylvania adaptou a invenção. Ficou desconhecida, ainda, até 1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a Lamarr um prêmio por sua contribuição.[1] Em 1998, a "Ottawa wireless technology" desenvolveu Wi-LAN, Inc. "adquirindo 49% da patente de Lamarr“.

A ideia do aparelho de frequência de Lamarr e Antheil serviu de base para a moderna tecnologia de comunicação, usada em conexões de Wi-Fi e CDMA usada em telefones celulares.

Considerada a "mãe do telefone celular", Lamarr notara como era fácil a um terceiro bloquear o sinal contínuo usado para o controle dos mísseis. Apesar de ter patenteado a ideia de uma frequência que fosse variável no percurso entre emissor e receptor, não ganhou dinheiro com isto. Em 1997 recebeu do Governo dos Estados Unidos da América menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica".

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Case Kolynos-Sorriso

Em 1995 a Colgate-Palmolive adquiriu a Kolynos (no Brasil desde 1917). Após 2 anos de discussão e envolvimento do CADE, chegou-se a uma solução para atender aos envolvidos e concorrentes: a Kolynos tiraria do mercado por 4 anos seu carro-chefe, o creme dental, líder de mercado há décadas. Imaginaram que seria tempo suficiente para que outros atores pudessem se apresentar ao mercado e romper com um

caso de sucesso que era quase unanimidade....

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Case Kolynos-Sorriso

Porém a empresa trabalhou rápido e lançou o creme dental SORRISO, um sucesso que rapidamente alcançou a liderança que a Kolynos tinha no mercado (ações de Marketing intensas, Faustão, etc foram utilizadas

de forma maciça)

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Case Kolynos-Sorriso

Coincidência???

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Criatividade

Case Kolynos-Sorriso

Óbvio que o sucesso não ficaria barato. Os concorrentes, incomodados com o sucesso imediato da marca Sorriso, reclamaram da semelhança

entre as embalagens, que fazia clara associação ao produto antigo.

Problema: o CADE acatou a queixa e obrigou a empresa a remodelar a embalagem do Sorriso, além de obrigar a empresa a recolher todas as embalagens de todos os supermercados, atacadistas, farmácias, etc.

Apesar da empresa ter remodelado rapidamente a embalagem para recolocá-lo no mercado, o que fazer com tudo que foi recolhido?

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Criatividade

Case Kolynos-Sorriso

A solução mais óbvia veio à tona: EXPORTAR OS ESTOQUES!

PROBLEMAS:

• Importadores de vários países não queriam investir em um produto desconhecido em seus mercados;

• Os volumes eram tão grandes que levariam muito tempo para serem consumidos;

• Como investir em um produto que já estaria sendo modificado?

• O custo de armazenamento só aumentava;

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Criatividade

Case Kolynos-Sorriso

Na falta de uma solução criativa, tomou-se uma decisão:

Destruir o estoque!

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Criatividade

Case Kolynos-Sorriso

Diante da falta de uma solução, de ideias.... Muda-se o foco: ao invés de exportar o estoque, como recuperar os US$ 5Mi de dólares de

prejuízo que a destruição do estoque representaria?

NOVA IDEIA: TROCAR O ESTOQUE!!

Após um ciclo de pesquisas e avaliações, encontraram a empresa americana ARGENT ATWOOD, especializada em intermediar

permutas entre empresas.

RESULTADO: trocaram o estoque com uma empresa interessada nos creme dentais, evitando assim um prejuízo de US$ 5Milhões!!!

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Solução obtida para

um problema ou ponto de

tensão

Ideia

Conceito Básico

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Ideia

O termo ideia é usado em duas acepções: como sinônimo de conceito ou, num sentido mais lato, como expressão que traz

implícita uma presença de intencionalidade.

A palavra deriva do grego idea ou eidea, cuja raiz etimológica é eidos – imagem. O seu significado, desde a origem, implica a

controvérsia entre a teoria da extromissão (Platão) e a da intromissão (Aristóteles). No centro da polémica está o conceito de representação

do real (realidade).

Conceito

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Ideia

Eureka

A história conta que Arquimedes pronunciou esta palavra após descobrir que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submergido na água, conhecido como o Princípio de Arquimedes. Esta descoberta foi feita quando se encontrava na banheira, pelo que saiu nu para as ruas de Siracusa gritando Eureka!. Eureka significa "encontrar“. A palavra "Eureka" usa-se

hoje em dia como celebração de uma descoberta, um achado ou o fim de uma busca.