INSTABILIDADE TERMO-MECÂNICA DE VIGAS SUBMETIDAS A...
Transcript of INSTABILIDADE TERMO-MECÂNICA DE VIGAS SUBMETIDAS A...
INSTABILIDADE TERMO-MECÂNICA DE VIGAS SUBMETIDAS A TEMPERATURAS ELEVADAS. ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL
|| 15 de Outubro de 2004 ||
Luís Manuel Ribeiro de Mesquita Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Politécnico de Bragança
Dissertação realizada sob a supervisão de
Prof. Doutor Mário Augusto Pires Vaz Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Prof. Doutor Paulo Alexandre Gonçalves PilotoInstituto Politécnico de Bragança
2 Resumo da apresentação
Estado limite último de instabilidade por encurvadura lateral torsional (ELT) atemperaturas elevadas.
Verificação da resistência de elementos estruturais ao fogo segundo o Eurocódigo 3, Parte 1.2.
Caracterização das propriedades do aço quando submetido a temperaturas elevadas.
• Análise não linear geométrica e material, usando elementos finitos tipo casca (SAFIR e ANSYS).
• Apresentação de resultados para diferentes comprimentos de viga, carregamento e grau de utilização.
• Influência das imperfeições (geométricas e material) na resistência à ELT.
Análise numérica para determinação da temperatura crítica.
Comparação entre os resultados numéricos, experimentais e os preconizados pelo EC3.
Análise experimental para determinação da temperatura crítica.
• Ensaios à escala real para obtenção da temperatura crítica de vigas sujeitas à ELT.• “Set-up” experimental com vista à aplicação de um carregamento mecânico constante.• Ensaios realizados em vigas IPE100 de diferentes comprimentos.
3
• Quando um elemento estrutural, sem constrangimentos laterais, se encontra solicitado no plano de maior rigidez, pode ocorrer colapso por ELT.
• ELT é um estado limite que ocorre na presença de um deslocamento lateral combinado com a rotação da secção transversal.
• No domínio elástico, um elemento que se encontre numa posição de equilíbrio neutro e que sofra deslocamentos de encurvadura, a nova posição também é de equilíbrio, existindo conservação da energia.
• A instabilidade por encurvadura ocorre quando a segunda variação do potencial total é nula, indicando uma possível transição de uma posição estável para uma outra instável.
Encurvadura lateral torsional
( ) 021
21 222 =+= VUUT δδδ
Energia de deformaçãoEnergia potencial
Obs: Assumindo que as cargas se mantêm constantes durante o processo (T=0).
w
v
φ
w
v
φ
4 ELT – Momento crítico elástico
• Para uma viga I, monossimétrica, sujeita a uma carregamento genérico, a equação da energia é dada por:
Elemento de secção aberta, rectilíneo e de parede fina.Desprezando os termos quadráticos da deformação e dos deslocamentos longitudinais.
Desprezando as deformações de corte devidas à flexão e ao empenamento.
• Hipóteses
0))(21)(
21
2212)(
21
21
2,1
20
0
20
0
2'''
0
''0
2'20
20
2'
0
2'2''2''
=∑ −+∫ −+
+∫ ⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ ++∫ ⎥⎦
⎤⎢⎣⎡ ++++
+∫ ⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ ++
φφ
φβφφφ
φφ
yyQdzyyq
dzuMdzuyyruN
dzGJEIuEI
Qy
L
qy
L
xx
L
L
wy Rigidez do elemento
Esforços resultantes do estado de tensão
Trabalho das forças de corte
5
• Para uma viga sujeita a flexão uniforme, o momento crítico elástico é:
yy
wyMcr EI
GJLII
LEI
M 2
2
2
2
, ππ
+=- Rigidez à flexão lateral - Rigidez à torção- Rigidez ao empenamento
GJyEI
wEI
• Para uma viga sujeita a um carregamento distribuído e a uma força concentrada a meio vão, o momento crítico elástico pode ser obtido por:
⎥⎥
⎦
⎤
⎢⎢
⎣
⎡−+−⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+=+
Mcr
q
Mcr
Qyq
Mcr
Qy
cr
Qy
Mcr
q
Mcr
Q
MM
MyP
MM
yPM
yPMM
MM
,,2
,
2
,,
167,0577,0003,1577,01423,1
ELT – Momento crítico elástico• Assumindo, para os deslocamentos e rotações, uma solução do tipo sinusoidal, que verifica as
equações de equilíbrio:
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛==
Lzu π
θφ
δsin
8
2qLM q =
4QLM Q = z
L
y
yQ
Q
x
y
6 Comportamento do aço a temperaturas elevadas
• A capacidade resistente dos elementos estruturais depende da temperatura a que estão sujeitos.
• A temperatura e o modo de arrefecimento influenciam a sua reutilização.
• Ensaios experimentais de caracterização do material (S275 JR), pós-aquecimento.
- Diferentes níveis de temperatura (500-800[ºC] ).- Arrefecimento natural e em água.
• Se o carregamento mecânico não é suficiente para provocar a instabilidade do elemento, esta pode ocorrer pela exposição a temperaturas elevadas, originando a degradação das propriedades mecânicas.
– 20 ensaios de resistência à tracção.– 5 ensaios de dureza com 39 pontos de medição em cada.– Análise metalográfica.– 3 medições de tensões residuais.
7
• Elementos sujeitos a uma taxa de aquecimento de 800 [ºC/h] e estabilização na temperatura pretendida durante 1h.
• Resistências electro-cerâmicas e mantas para isolamento térmico.• Controlo de temperatura por meio de termopares do tipo K.
Comportamento do aço a temperaturas elevadas
• Temperaturas elevadas seguidas de taxas de arrefecimento baixas seguem o diagrama de equilíbrio ferro-carbono.
• Taxas de arrefecimento elevadas devem ser analisadas pelas curvas de transformação tempo-temperatura(TTT).
• Diferentes taxas de arrefecimento e níveis de temperatura conduzem a diferentes fases ferro-carbono(pearlite/ferrite, pearlite/bainite, martensite, etc.)
8
• Provetes ensaiados: • Retirados da alma dos perfis IPE100• Dimensões de acordo com a NPEN 10002-1.• Máquina de ensaios Universal INSTRON 4885.
• Resultados: • Curvas tensão/deformação típicas à Tª ambiente. • Comportamento frágil quando submetido a 800 [ºC]
durante 1h e arrefecimento em água. • Alívio das tensões residuais quando é sujeito a 600 [ºC]
com arrefecimento natural.
Avaliação das características mecânicas do aço pós arrefecimento
0,00E+00
1,00E+08
2,00E+08
3,00E+08
4,00E+08
5,00E+08
6,00E+08
7,00E+08
8,00E+08
9,00E+08
1,00E+09
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30
Deformação [mm/mm]
Tens
ão [P
a]
P05 - temp.=500 [ºC] - Arref. Água após 1hora
P04 - T ambiente
P06 - T = 800 [ºC] - Arref. Água após 1hora
P18- T = 600 [ºC] - Arref. Natural após 1hora
9
• Microestrutura conforme recebida do fabricante.
Alma
Banzo
200 x 200 x500 x 1000 x
200 x 200 x500 x 1000 x
Ferrite / pearlite Martensite
Avaliação das características metalúrgicas do aço pós arrefecimento
• Amostras obtidas da alma e do banzo de acordo com a NP 146.
• Microestrutura do aço após 1h a 800[ºC] e arrefecimento em água.
Alma
Banzo
10
• As tensões residuais são causadas pelo processo de fabrico, arrefecimento, transporte.• A distribuição teórica pode ser dada como uma percentagem da tensão de cedência.
• Método do furo: técnica não destrutiva que utiliza um furo de 1.5 [mm] de diâmetro e uma roseta de extensómetros.
Avaliação das imperfeições do material – Tensões residuais
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛∆−∆
∆−∆+∆=
ac
bcaarctgεε
εεεϕ 221( ) ( ) ( )22
2,1 244 acbcaca BE
AE εεεεεεεσ ∆−∆+∆−∆+∆±∆+∆−=
11
• Teste 1 e Teste 2: medição das tensões residuais, conforme fornecimento, no centro do banzo.
• Teste 3: medição das tensões residuais após o procedimento de alívio das tensões residuais, (600 [ºC] durante 1h, taxa = 800 [ºC/h], arrefecimento natural).
Avaliação das imperfeições do material– Tensões residuais
Teste Temperatura [ºC] /
Tempo de estágio [h] / Taxa Aquec [ºC/h] 1σ [MPa] 2σ [MPa] ϕ Cσ [MPa]
Test 1 Não 165,0 96,7 100 162.9
Test 2 Não 191,0 121,0 109 183.6
Test 3 600 / 1 / 800 95,8 78,4 147 89,9
0,00E+00
1,00E+08
2,00E+08
3,00E+08
4,00E+08
5,00E+08
6,00E+08
7,00E+08
8,00E+08
9,00E+08
1,00E+09
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30
Deformação [mm/mm]
Tens
ão [P
a]
P05 - temp.=500 [ºC] - Arref. Água após 1hora
P04 - T ambiente
P06 - T = 800 [ºC] - Arref. Água após 1hora
P18- T = 600 [ºC] - Arref. Natural após 1hora
Alívio das tensões residuais ≅ 80 [MPa].
• Temperaturas entre 550-650 [ºC] produzem o alívio das tensões residuais.
• Temperaturas acima de 735 [ºC] produzem uma transformação alotrópica.
• A taxa de arrefecimento pode influenciar a reutilização dos elementos.
• O comportamento do aço ao fogo depende do nível da temperatura.
12
3
θ
cr,dθ
t
θ d
fi,dR
t fi,req
1
2
R, E
E
fi,dt t
fi,d
- Domínio do Tempo (ver 1):
- Domínio da Resistência (ver 2):
- Domínio da Temperatura (ver 3):
tdfidfi RE ,,, ≤
reqfidfi tt ,, ≥
dcrd ,θθ ≤
• Segundo o Eurocódigo 3 Parte 1.2, a verificação da resistência ao fogo, pode ser feita por:
• Os códigos de projecto Europeus definem a diminuição das propriedades mecânicas do aço através de factores de redução (“retenção”).
0,000
0,200
0,400
0,600
0,800
1,000
1,200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200
Fact
or d
e R
eduç
ão
aaE EEk /,, θθ =
Temperatura ºC
yyy ffk /,, θθ =
ypp ffk /,, θθ =
Cálculo estrutural ao fogo – Modelos Simplificados
13
• No domínio da resistência, um elemento pode considerar-se estável durante a acção de um incêndio quando se verifica a inequação:
tdfidfi RE ,,, ≤
∑+∑++∑ )(,,21,1,1 tAQQG dikikkGA ψψγ
• Valor do efeito das acções, térmicas e mecânicas, em situação de incêndio.
• Para vigas sem constrangimentos laterais, a capacidade resistente é dada pelo momento resistente à encurvadura lateral.
M,fiycomypl,yLT,fib,fi,t,Rdtdfi / γfk WχMR ,,,, θ==
2,,
2,,,,
,][][
1
comLTcomLTcomLT
fiLT
θθθ λφφχ
−+=
comEcomyLTcomLT kk ,,,,,, θθθ λλ =
Factor de redução à encurvadurano instante t
Esbelteza adimensional no instante t
Cálculo estrutural ao fogo – Domínio da resistência
14
• A temperatura máxima atingida pela equação seguinte corresponde ao valor da temperatura crítica.
• Esta situação ocorre para um valor do factor de redução da tensão de cedência relacionado com a temperatura crítica. No caso de ser directamente proporcional à tensão de cedência do aço e adoptando :
• A temperatura crítica pode ser obtida por:
• O grau de utilização, segundo o EC3, é dado pela capacidade resistente no instante t=0 (temperatura ambiente).
tdfidfi RE ,,, =
tdfiR ,,
θµ ,0 yk=
482ln19,39, +⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡−= 1
0,96741
03,833cra
µθ
0,,
,0
dfi
dfi
RE
=µ
Cálculo estrutural ao fogo – Domínio da temperatura
350
450
550
650
750
850
950
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grau de Utilização [%]
Temperatura crítica [ºC]
15 Simulações numéricas – Modelo numérico
• Influência das imperfeições geométricas e de material, para dois graus de utilização.
• Influência do grau de utilização (10% a 90%).
• Estudo paramétrico dos factores que influenciam a temperatura crítica.
• Influência do diagrama de momentos.
• Modelo numérico.
• Códigos de elementos finitos utilizados: SAFIR (U. Liège) e ANSYS.
• Elemento finito do tipo casca (6 DOF/Nó) / (SHELL181), malha com 4
elementos na alma e no banzo.
• Modelação a partir da superfície média do perfil.
• Comportamento não linear geométrico e material.
• Procedimento incremental de temperatura e iterativo para um carregamento mecânico constante. Taxa de aquecimento de 800 ºC/h.
16
• A temperaturas elevadas, o SAFIR, utiliza as relações tensão/deformação definidas no Eurocódigo 3 Parte 1.2, com os valores:
yyy fkf θθ ,, = aEa EkE θθ ,, =
Simulações numéricas – Modelo numérico
• No ANSYS são introduzidas as relações tensão/deformação definidas no Eurocódigo 3 Parte 1.2, através de curvas MISO.
000.E+0
50.E+6
100.E+6
150.E+6
200.E+6
250.E+6
0.00 0.01 0.01 0.02 0.02 0.03 0.03
Deformação
Tensão [Pa]
20[ºC] 100[ºC] 200 [ºC] 300[ºC] 400[ºC]500[ºC] 600[ºC] 700[ºC] 800[ºC] 900[ºC]
0.2
• Imperfeições consideradas
Deslocamento lateral sinusoidal
)sin()( 0 Lz
zuπ
δ=
Rotação inicial sinusoidal
)sin()( 0 Lz
zπ
θφ =
X
Y
δ0
Y
X
θ0
Tensões residuais (variação bi - triangular)
yresid f5.0=σyresid f3.0=σ
17
• Influência das imperfeições na temperatura crítica, para e .6.00 =µ 8.00 =µ
CASO 5CASO 4CASO 3CASO 2CASO 1
0.10000 L=δ
0.10000 L=δ0.10000 L=δ
0.1250 L=θ4000 L=δ
0.10000 L=δ
yresid f3.0=σyresid f5.0=σyresid f3.0=σ
• Na ausência de tensões residuais a temperatura crítica não depende do comprimento da viga (Caso 4 e 5).
• Nos Casos 1 a 3 a temperatura crítica diminui com o comprimento da viga.
Simulações numéricas – Resultados
480
500
520
540
560
580
600
620
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Comprimento [m]
Tem
pera
tura
Crít
ica
[ºC]
Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 Caso 5 EC3=554 [ºC]
L
%600 =µ
480
500
520
540
560
580
600
620
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Comprimento [m]
Tem
pera
tura
Crít
ica
[ºC]
Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 Caso 5 EC3=496 [ºC]
L
%800 =µ
z
q Q
y
18
• Influência do grau de utilização para um diagrama de momentos triangular, para .
• Para baixos valores do grau de utilização, a temperatura crítica varia com o comprimento de viga. Esta variação é menos significativa para elevados valores do grau de utilização.
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
0,070
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
L
10000 L=δyresid f3.0=σ%200 =µ
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,045
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
L
10000 L=δyresid f3.0=σ%400 =µ
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
L
10000 L=δ%600 =µ
yresid f3.0=σ
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
L
10000 L=δyresid f3.0=σ%800 =µ
Simulações numéricas – Resultados
θ
DL
DV
8.06.0,4.0,2.0 0000 ==== µµµµ e
19
• Para esta solicitação, menos conservativa, a temperatura crítica continua a depender do comprimento da viga, mas, de forma significativa para baixos valores do grau de utilização.
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
10000 L=δyresid f3.0=σ
%200 =µ
L
M M
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
10000 L=δyresid f3.0=σ
%400 =µ
LM M
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,045
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
10000 L=δ%600 =µyresid f3.0=σ
LM M
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,045
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 3.5 [m] L = 3.0 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m] L = 1.0 [m]
0
10000 L=δyresid f3.0=σ%800 =µ
LM M
Simulações numéricas – Resultados
θ
DL
DV
• Influência do grau de utilização para um diagrama de momentos uniforme, para .8.06.0,4.0,2.0 0000 ==== µµµµ e
20
• Todos os modos de colapso representados evidenciaram a perda de equilíbrio por encurvadura lateral.
• No caso de flexão uniforme e para comprimentos de viga L=1,5[m], os valores numéricos da temperatura crítica são sempre inferiores aos especificados pelo EC3.
350
450
550
650
750
850
950
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grau de Utilização [%]
Tem
pera
tura
crít
ica
[ºC]
L= 1.5 [m] L= 4.5 [m]L= 1.5 [m] L= 4.5 [m]L
M ψMψ = -1
LM ψMψ = 1
482ln19,39, +⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡−= 1
0,96741
03,833cra µ
θ
Simulações numéricas – Resultados
• Influência do grau de utilização na temperatura crítica, para dois tipos de diagrama de momentos.
Tensão equivalente de von Mises, L=1,5[m] saf2gid_shell (Valdenir de Souza Junior, 2001)
EC3
21
• Quando a carga é aplicada no banzo inferior, para baixos valores do grau de utilização, a temperatura crítica obtida no SAFIR é inferior à estabelecida pelo Eurocódigo 3 Parte 1.2.
Simulações numéricas – Resultados
• Influência do grau de utilização na temperatura crítica. Efeito da posição da carga concentrada.
350
450
550
650
750
850
950
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grau de Utilização [%]
Tem
pera
tura
crít
ica
[ºC]
L= 1.5 [m] L= 4.5 [m]
EC3-1.2
L
Q
350
450
550
650
750
850
950
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grau de Utilização [%]
Tem
pera
tura
crít
ica
[ºC]
L= 1.5 [m] L= 4.5 [m]
EC3-1.2
L
Q
350
450
550
650
750
850
950
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Grau de Utilização [%]
Tem
pera
tura
crít
ica
[ºC]
L= 1.5 [m] L= 4.5 [m]
L
EC3-1.2
Q
Tensão Equivalente de von Mises.
22
z
L
y
• Carregamento mecânico constante para um predefinido.• 3 ensaios à escala real para cada comprimento de viga: L=1,5[m], L=2,0[m], L=2,5[m],
L=3,5 [m] e L=4,5 [m].
Ensaios experimentais – Caso de estudo
• Set-up experimental para a obtenção da temperatura crítica de vigas submetidas a temperaturas elevadas.
"Carga morta"Varões de açoL=1.5m
Cintas para suportede carga
Manta de isolamento
Resistências eléctricas
0µ
8
2qLM q =
4qLM Q =
23 Ensaios experimentais – Caracterização do material
• Caracterização mecânica do material S235.
4,1
50,0
175,0
Lc=82.9L0=65,5
32,8
R12,0
• Ensaios realizados na máquina de ensaios universal Instron4485, segundo a NP EN 100002-1.
• Provetes obtidos por maquinagem da alma dos perfis.• 11 ensaios realizados.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
Deformação
P-1-1P-1-2P-1-3P-1-4P-2-1P-2-3P-2-4P-3-1P-3-2P-3-3P-3-4
Tensão [MPa]
Provete E [GPa] ReH [MPa] ReL [MPa] Rm [MPa] At [%] Média 209,7 293,2 290,3 444,9 30,0 D.P. 7,9 6,3 6,4 4,0 0,6
24 Ensaios experimentais – Caracterização geométrica
• Caracterização geométrica dos perfis IPE100.
Imp
3
Imp
1
Imp
2
Imp
5
Imp
4
• Imperfeições geométricas medidas utilizando um feixe laser.
• Vigas obtidas por corte de perfis com 6 [m] de comprimento.
• Amplitude máxima medida a meio vão.
• Amplitude das imperfeições inferiores ao valor esperado
L/1000.
• Imperfeições apresentam forma sinusoidal semelhante a:
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛=
LzLzu .sin
1000)( π
25
• O sistema de aquecimento possui um controlador programável que permite controlar o aquecimento e o arrefecimento da viga, utilizando termopares soldados ao longo do comprimento da viga.
• O aquecimento das vigas será efectuado com resistências eléctricas ligadas a um sistema de aquecimento, sendo envolvidas numa manta de fibra cerâmica, para aumentar a eficiência do processo.
• Taxa de aquecimento de 800 ºC/h.
• Medição dos deslocamentos laterais e verticais, com réguas digitais, a meio vão em função do incremento de temperatura.
Ensaios experimentais – Caso de estudo
Comprimento de encurvadura
[m] [ ]mNq / [ ]NQ
84
2
,qLQLE dfi +=
0,,
,0
dfi
dfi
RE
=µ
1,5 134,38 6086,12 2320,09 56 2,0 123,00 4315,52 2219,26 63 2,5 116,18 3043,06 1992,68 64 3,5 118,14 1521,53 1512,24 59 4,5 111,64 772,54 1151,69 53
26
0
10
20
30
40
50
60
70
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Temperatura [ºC]
L = 1.5 L = 2.0 L = 2.5 L = 3.5 L = 4.5Deslocamento vertical [mm]
-10
0
10
20
30
40
50
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Temperatura [ºC]
L = 1.5 L = 2.0 L = 2.5 L = 3.5 L = 4.5Deslocamento lateral
Sup [mm]
-5
5
15
25
35
45
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Temperatura [ºC]
L = 1.5 L = 2.0 L = 2.5 L = 3.5 L = 4.5Deslocamento lateral
Inf [mm]
Ensaios experimentais – Resultados
• Deslocamentos medidos a meio vão das vigas.
27 Ensaios experimentais – Resultados
• A temperatura crítica foi considerada como a última temperatura registada nos ensaios.
350
450
550
650
750
850
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Comprimento [m]
Experimental EC3-1.2Temperatura crítica [ºC]
28 Ensaios experimentais vs Resultados numéricos• Comparação entre os resultados experimentais e os resultados obtidos pelo programa
ANSYS.
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to V
ertic
al [m
]
L = 4.5 [m] L = 3.5 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m]
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Temperatura [ºC]
Des
loca
men
to L
ater
al [m
]
L = 4.5 [m] L = 3.5 [m] L = 2.5 [m] L = 2.0 [m] L = 1.5 [m]
350
450
550
650
750
850
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Comprimento [m]
Experimental ANSYS EC3-1.2Temperatura crítica [ºC]Tensão equivalente de von Mises, no instante
de colapso. L=1,5[m]
• A temperatura crítica foi determinada para o último incremento de temperatura, para o qual foi possível estabelecer o equilíbrio.
29
• Foi apresentado um procedimento para a obtenção da temperatura crítica de vigas sujeitas ao fenómeno de instabilidade por encurvadura lateral.
• Foi analisada a influência das imperfeições geométricas e das tensões residuais na temperatura crítica, para diferentes graus de utilização, tipos de carregamento e diferentes comprimentos de viga.
• A temperatura crítica de vigas sujeitas à ELT depende grau de utilização.
• A temperatura crítica de vigas sujeitas à ELT depende do diagrama de momentos.
• A temperatura crítica de vigas sujeitas à ELT depende do comprimento da viga.
• Nos casos analisados numericamente, os resultados mostram que para valores elevados do grau de utilização, a temperatura crítica se mantém aproximadamente constante para todos os comprimentos de viga analisados.
• Os valores da temperatura crítica obtidos pelos ensaios experimentais são superiores aos definidos pelo EC3-1.2. Esta situação pode ser explicada pelo aumento de rigidez devido ànão uniformidade da temperatura e à fricção nos apoios.
Considerações finais
INSTABILIDADE TERMO-MECÂNICA DE VIGAS SUBMETIDAS A TEMPERATURAS ELEVADAS. ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL
|| 29 de Outubro de 2004 ||
Luís Manuel Ribeiro de Mesquita Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Politécnico de Bragança
Dissertação realizada sob a supervisão de
Prof. Doutor Mário Augusto Pires Vaz Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Prof. Doutor Paulo Alexandre Gonçalves PilotoInstituto Politécnico de Bragança