INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS …
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INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS
FASB - FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS
COORDENAÇÃO DE FISIOTERAPIA
EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN E SUA RELAÇÃO COM AS
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
BARREIRAS – BA
OUTUBRO, 2018
Alana Alves de Souza Silva Gabriela Teixeira Dias Rocha
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Alana Alves de Souza Silva
Gabriela Teixeira Dias Rocha
EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN E SUA RELAÇÃO COM AS
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Monografia apresentada a Faculdade São Francisco de Barreiras como requisito avaliação do curso de Fisioterapia, sob orientação da Prof. Esp. Ana Paula Rodrigues Camargo.
BARREIRAS – BA
OUTUBRO, 2018
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Alana Alves de Souza Silva Gabriela Teixeira Dias Rocha
EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN E SUA RELAÇÃO COM AS
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
_________________________________
Prof. Dra Magda Caino Teixeira Reis Coordenadora do Curso de Fisioterapia
BANCA EXAMINADORA
_______________________________ __________________________ Michelle Porto Guarnieri Leina de Souza Ormond
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DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho à Deus, a nossa família pelo apoio nos momentos
mais difíceis e a nossa orientadora que contribuiu diretamente para a sua
elaboração.
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AGRADECIMENTOS
Durante todos os momentos que passamos nos deparamos com pessoas que
nos ajudam a passar por todos os obstáculos, e, ao longo desse ciclo conheci as que
tornaram essa caminhada mais alegre e leve estando ao meu lado desde o início.
Agradeço a Deus por cada momento vivenciado que contribuíram para meu
crescimento pessoal e profissional. A meus pais, Percival e Ione, minha gratidão
eterna por todo esforço, carinho e amor, sendo fundamentais para esta conquista,
amo e admiro vocês! Aos meus irmãos: Aldo, Aline e Allan obrigada por toda a
paciência, incentivo e cuidado; aos meus pequenos em especial Ana Clara, Weslley,
Isabella, Ailla e Arthur vocês coloriram meus dias durante todo esse percurso, amo
vocês!
À toda minha família meu eterno amor e gratidão por todo incentivo prestado,
em especial meus queridos tios: Adeir, João Filho, Francimar, Raimundo e Odília. À
minha querida prima Ialy, obrigada por torcer pelo meu sucesso, você mora no meu
coração. Aos meus amigos, em especial Gabriela, Marlla Vitória e Ana Caroline
obrigada por sempre estarem ao meu lado em toda e qualquer situação e
permaneceram firmes comigo nessa jornada.
Aos meus queridos, João Pedro, Paulo e Cláudio, obrigada por toda atenção
prestada durante esses cinco anos vocês tem um lugar reservado no meu coração.
Agradeço a minha orientadora e meus professores, vocês contribuíram
diretamente para o enriquecimento do meu conhecimento, vocês foram de extrema
importância durante esses cinco anos.
Se hoje estou aqui, foi por que acreditaram no meu sucesso, serei eternamente
grata a vocês!
Alana Alves de Souza Silva
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Quero agradecer eternamente aos meus pais Eufrânio e Durciene, pelo apoio,
amor, atenção, carinho e compreensão, por sempre estarem ao meu lado me
apoiando em todas as minhas conquistas, ao meu irmão Luis Fernando, ao meu
esposo Phales, à minha família, avós, tios, primos e sobrinhos que de forma direta ou
indireta contribuíram para que esse sonho se tornasse real, nunca faltará gratidão e
admiração em meu coração pela vida de todos vocês.
Ao longo desses 5 anos, todos nós crescemos profissionalmente, construímos
amizades e descobrimos que a fisioterapia é vocacional, ou seja, nascemos para
cuidar de vidas, muito disso que me tornei devo aos meus professores, excelentes
profissionais, dedicados e dispostos a ajudar sempre que preciso, a estes estendo
meus humildes agradecimentos, à minha orientadora que os representa, pessoa
ímpar e aos meus colegas que tive o prazer e a honra de conviver, não poderia deixar
de expressar meu agradecimento a minha dupla, Alana, obrigada por tudo.
Gostaria de expressar a minha eterna gratidão a Deus por conseguir chegar
até aqui, nunca achei que seria capaz, mas o Senhor constantemente renovava as
minhas forças, me fazendo crer que essa vitória seria possível, venci e sou
eternamente grata por cada dificuldade e obstáculo que passei, pelos ensinamentos,
pelas pessoas que conheci, pela pessoa que tenho me tornado, a ti Deus dou graças,
pois até aqui me ajudou o Senhor.
Gabriela Teixeira Dias Rocha
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“A única maneira de fazer um excelente trabalho
é amar o que você faz. Se você ainda não
encontrou, continue procurando. Não se
acomode. Assim, como tudo que importa para o
coração, você saberá quando encontrar”.
Steve Jobs
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SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.............................................................. 10
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... 11
RESUMO ............................................................................................................. 12
ABSTRACT ......................................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
2. CAPÍTULO I ................................................................................................. 17
2.1 SINDROME DE DOWN ................................................................................ 17
3. CAPÍTULO II ................................................................................................ 23
3.1 DESENVOLVIMENTO MOTOR ................................................................... 23
3.2 PSICOMOTRICIDADE ................................................................................. 26
3.3 EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO MOTORA ............................................... 30
4. CAPÍTULO III ............................................................................................... 33
4.1 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD’S) ...................................................... 33
5. OBJETIVOS ................................................................................................. 36
5.1 OBJETIVO PRIMÁRIO ................................................................................. 36
5.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS ...................................................................... 36
6.0 METODOLOGIA E CASUÍSTICA .................................................................. 37
6.1 TIPO DE ESTUDO ......................................................................................... 37
6.2 LOCAL DA PESQUISA .................................................................................. 37
6.3 POPULAÇÃO ................................................................................................. 37
6.4 AMOSTRA ..................................................................................................... 37
6.5 INSTRUMENTO DA COLETA DE DADOS .................................................... 37
6.6 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS ......................................................... 38
6.7 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DOS SUJEITOS ............................................... 39
6.8 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DOS SUJEITOS .............................................. 39
9
6.9 DESCRIÇÃO DA ANÁLISE DOS DADOS ..................................................... 39
6.10 ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS .......................................... 39
6.11 RETORNO DE BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO ................................. 39
6.12 COMPROMISSO DE TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS ................... 39
7.0 RESULTADOS ............................................................................................ 40
8.0. DISCUSSÃO ................................................................................................ 44
9.0 CONCLUSÃO .............................................................................................. 48
10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 49
11.0 ANEXOS ...................................................................................................... 60
11.1 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ................................................ 60
11.2 CARTA DE ACEITE INSTITUCIONAL ......................................................... 63
11.3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......................... 64
11.4 TERMO DE ASSENTIMENTO ..................................................................... 67
11.5 ESCALA DE EQUILÍBRIO PEDIÁTRICA – EEP .......................................... 70
11.6 INVENTÁRIO DE AVALIAÇÃO PEADIÁTRICA DE INCAPACIDADE –
PEDI.............. ....................................................................................................... 74
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APAE: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais;
AVD’S: Atividades de Vida Diária;
EEP: Escala de Equilíbrio Pediátrica;
DNA: Ácido Desoxirribonucleico;
DNPM: Desenvolvimento Neuropsicomotor;
PEDI: Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade;
SD: Síndrome de Down;
SNC: Sistema Nervoso Central;
TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Amostra por Gênero.
Tabela 2: Pontuação EEP.
Tabela 3: Pontuação PEDI.
Tabela 4: Média da Amostra.
Tabela 5: Escore total da amostra.
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RESUMO
Introdução: A Síndrome de Down é a mutação que afeta cerca de 700 a cada 1000 nascidos
vivos apresentando suas três formas: por disjunção cromossômica, mosaicismo e translocação gênica.
Seu desenvolvimento apesar de ocorrer de maneira progressiva e lenta onde se adapta com as
alterações e estímulos recebidos do ambiente, pode-se apresentar com um atraso de dois anos
comparado a um indivíduo típico. Objetivo: objetivo deste estudo é avaliar as habilidades sensórias
motoras dos indivíduos portadores de síndrome de Down. Metodologia: Esta pesquisa tem caráter
descritivo, quantitativo do tipo transversal e sua amostra será composta por quatro indivíduos
escolhidos por conveniência. Como instrumentos para avaliação, foram utilizados as Escalas PEDI
(Avalição Pediátrica do Inventário de Incapacidades) e EEP (Escala de Equilíbrio Pediátrica).
Resultados: Diante da aplicação das escalas pode-se observar apenas 25% obteve interferência
significativa na relação das escalas EEP e PEDI. Conclusão: Diante do exposto, pode-se visualizar a
diminuição do equilíbrio estático e dinâmico dos indivíduos e a necessidade de auxílio dos cuidadores
para realização das atividades de vida diária, necessitando de novos estudos para comprovação do
mesmo.
PALAVRAS-CHAVES: SÍNDROME DE DOWN; ATIVIDADES COTIDIANAS; DESENVOLVIMENTO
INFANTIL.
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ABSTRACT
Introduction: The Down's Syndrome is the mutation that affects about 700 every 1000 live
births, presenting its three forms: by chromosomal disjunction, mosaicism and gene translocation. Its
development although it happens in a progressive and slow way where it adapts with the changes and
stimuli received from the environment, can present a delay of two years compared to a typical individual.
Objective: The objective of this study is to evaluate the motor sensory skills of the individual’s bearers
of Down Syndrome. Methodology: This research has a descriptive character, quantitative of the
transversal type and its pattern will be composed of four individuals chosen for convenience. As
instruments for evaluation, the PEDI (Pediatric Assessment of Disability Inventory) and EEP (Pediatric
Equilibrium Scale) scales were used. Results: Due the application of the scales it was possible to
observe that only 25% obtained significant interference in the relation of the scales EEP and PEDI.
Conclusion: In light of the foregoing, it is possible to visualize the reduction of the static and dynamic
balance of the individuals and the need of help of the caregivers to realize the activities of daily life,
showing the need of new studies to confirm the same.
KEYWORDS: DOWN SYNDROME; DAILY ACTIVITIES; CHILD DEVELOPMEN.
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1. INTRODUÇÃO
Sendo descrita há mais de cem anos, a Síndrome de Down (SD) é hoje a causa
genética mais comum de deficiência intelectual, afetando 700 a cada 1000 nascidos
vivos. Associada ao cromossomo 21, essa alteração procede a comprometimentos no
desenvolvimento neurológico, evidenciando a estes indivíduos atraso nas áreas
neuropsicomotoras e perda em suas funções cognitivas (FREIRE; DUARTE; RAZIM,
2012).
Para Mattos e Bellani (2010), esta patologia pode ocorrer de tais formas: o
primeiro devido a uma não disjunção cromossômica, afetando por volta de 96% dos
casos; o segundo caso ocorre quando a trissomia não afeta todas as células, sendo
denominada por “mosaicismo”; e a terceira forma ocorre por translocação gênica,
onde o cromossomo extra está ligado em uma parte ou completamente no
cromossomo 14.
O desenvolvimento motor e cognitivo ocorre de maneira lenta e progressiva se
adaptando de acordo com as constantes alterações que o indivíduo passa através de
um ambiente suscetível, o que favorece a aquisição de marcos e habilidades motoras.
Porém, no indivíduo afetado com SD, apesar de ser capaz de adquirir estas
habilidades, esta fase ocorrerá de maneira mais lenta, podendo apresentar esta
aquisição com o dobro da idade quando comparado a um indivíduo com o
desenvolvimento típico (BONOMO; ROSSETI, 2010).
O desenvolvimento motor do indivíduo com Síndrome de Down se dá através
da maturação do sistema nervoso central (SNC) em contato com o meio externo,
sendo estes capazes de alterar este sistema, havendo a evolução deste indivíduo,
sendo que suas aquisições posturais se dá de acordo com as informações do sistema
vestibular, receptores visuais e do sistema somatossensorial para a adaptação e
aquisição de marcos motores (TORQUATO, et al., 2013).
A hipotonia muscular generalizada, hipermobilidade articular, frouxidão
ligamentar, comprometimento no aparelho locomotor, problemas cardíacos,
endócrinos, na audição e visão também podem ser observados assim como um atraso
nos reflexos e reações, falta de coordenação motora, ritmo de crescimento mais lento
que o normal, levando a falta de equilíbrio e diminuição da estatura, todas essas
características da SD podem ser justificados por fatores genéticos e ambientais, que
15
vão influenciar diretamente na funcionalidade desses indivíduos afetando as suas
atividades de vida diária (ROSSETTI et al., 2011).
De acordo com Souza et al., (2014) o quadro clinico de indivíduos com
Síndrome de Down varia de indivíduo para indivíduo, porém o atraso nos marcos de
desenvolvimento motor é comum, sendo analisado principalmente nas atividades
básicas de vida diária como o rolar, sentar e na marcha que essa mesma quando
adquirida tem suas próprias características como base alargada, rotação externa de
quadril e incoordenação do balanço dos membros superiores.
O desenvolvimento encefálico do indivíduo portador da trissomia apresenta um
terço do peso normal como resultado da redução dos lobos frontal e occipital, tronco
cerebral e cerebelo, além da diminuição das células de acordo com o crescimento do
indivíduo. Como consequência a maturação do sistema nervoso é diminuída
resultando em alterações sinápticas por conta da interrupção do desenvolvimento dos
dentritos, resultando assim em sua atrofia (MATTOS; BELLANI, 2010).
Segundo Godzicki et al., (2010) o desenvolvimento é a capacidade do indivíduo
a realizar funções mais complexas, a integração sensorial e motora ocorre através da
mielinização do córtex onde ocorre o ganho progressivo de controle motor, como as
mudanças de posicionamento, apresentando alterações no centro de gravidade
havendo a necessidade deste indivíduo ao realimento do corpo e trabalho dos
músculos antigravitacionais para manter-se em novas posições e aprimorar suas
habilidades motoras advindas de diversas interações de receptores sensoriais.
Para Oliveira et al., (2013), a dificuldade de coordenação motora, hipoplasia
cerebelar, co-contração da musculatura agonista-antagonista, dificuldade na
integração percepção-ação e movimentos lentos para se adaptar à tarefa e às
condições mutáveis do ambiente além da diminuição da capacidade de ajustes
corporais antecipatórios são características destes indivíduos, que podem resultar no
déficit da manutenção de equilíbrio sendo esta, em condição estática ou dinâmica.
Através do ambiente em que o indivíduo está presente podemos visualizar o
seu desenvolvimento, tendo um relacionamento adequado para o aprendizado e
fornecendo a este indivíduo uma maior qualidade de estímulos, sendo de total
importância para seu desenvolvimento global, socialização e aprendizagem, onde
através de atividades lúdicas este adquire capacidades sensório-motoras de postura
e equilíbrio, sendo estas experiências essenciais para o desenvolvimento do indivíduo
(MATTOS; BELLANI 2010).
16
O sistema motor é responsável em gerar atividades musculares para
manutenção do equilíbrio e orientação corporal, assim, este sistema realiza atividades
musculares tônicas antigravitacionais geradas pela articulação e outros componentes
musculares, podendo visualizar através das características do indivíduo com
Síndrome de Down que a hipotonia muscular e frouxidão ligamentar podem resultar
em um equilíbrio deficitário, pois estas características impedem a estabilização
articular (OLIVEIRA, et al., 2013).
Para Leite (2012), os portadores da Síndrome de Down apresentam
comprometimento cognitivo e motor inferior a um desenvolvimento típico,
apresentando idade motora não condizente com a sua idade cronológica e seu
desenvolvimento motor mais lento.
Pavão, Silva e Rocha (2011) relatam que o desempenho funcional é definido
através de características pessoais e ambientais dos indivíduos que apresentam
disfunções neuro-sensório-motoras de caráter congênito ou adquirido, que podem
atuar facilitando ou limitando suas demandas de tarefas propostas como alimentação,
banho, vestir-se e transportar-se.
As aquisições do desenvolvimento de autocuidado e função social além de
relacionadas à mobilidade e exploração do ambiente também tem relação com a
percepção de habilidades percepto-motoras, coordenação motora fina, comunicação
e convívio social, além de apresentar alterações anatômicas dificultam diretamente a
realização de tarefas destes indivíduos (SILVA, et al., 2013).
A hipotonia muscular e a hipermobilidade articular colaboram para o atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor resultando em lentidão ao realizar movimentos e
diminuição do desempenho funcional no campo de mobilidade, autocuidado e função
social (CROPPED, et al., 2012).
Após o exposto, este estudo teve por objetivo primário avaliar as habilidades
sensórias motoras dos indivíduos portadores de síndrome de Down.
17
2. CAPÍTULO I
2.1 SINDROME DE DOWN
As características de um indivíduo são herdadas através de seus genitores,
onde este apresenta quarenta e seis cromossomos e vinte e três mil genes, que
consistem em vinte e dois pares de cromossomos autossômicos e um par de
cromossomos sexuais, sendo XX o sexo feminino e XY sexo masculino, tendo por um
de cada par, derivado do gameta materno (oócito) e outro do gameta paterno
(espermatozoide) (LANGMAN, 2013).
Segundo Moore, Persaud e Torchia (2016), as anormalidades cromossômicas
estruturais comumente resultam de uma ruptura do cromossomo que pode ser por
fatores ambientais (radiação ionizante, infecções virais, drogas e compostos
químicos), porém os casos de transmissão destas aberrações são visualizados, sendo
transmitidas por seus genitores ao embrião. Desta forma, afeta certa de 1 recém-
nascido para cada 375.
Langman (2013) diz que as anomalias cromossômicas têm origem através das
divisões meióticas (onde dois membros de um par de cromossomos se separam na
primeira divisão e cada célula-filha recebe um membro de cada par) ou mitóticas (a
não disjunção ocorre, com a presença de algumas células com o número normal de
cromossomos e outras, suas quantidades padrão).
Alterações em um ou mais genes e cromossomos podem resultar em diversas
condições patológicas que podem levar a alterações que tornam deficientes as células
de desenvolverem seu papel, porém algumas alterações ocorrem por mutações
genéticas em um único gene ou variações no número de cromossomos resultando a
diversas síndromes (ANGELO, 2016).
O genoma apresenta aproximadamente vinte e três mil genes, que são
estruturas que codificam proteínas, que por sua vez são codificadas pelo DNA e
localizadas no mesmo, apresentando as informações necessárias para a formação do
indivíduo (LANGMAN, 2013).
Para Ângelo (2016) o número correto de cromossomos humanos é quarenta e
seis, sendo vinte e dois pares autossômicos e um par de cromossomos sexuais.
Através desta contagem, os especialistas constatam síndromes caracterizadas pela
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alteração da quantidade dos cromossomos, sendo elas: Síndrome de Down (trissomia
do 21), Tuner (monossomia do X) e a de Klinefelter (síndrome do 47).
Descrita originalmente em 1866 por John Lagdon Haydon Down a Síndrome de
Down é uma condição genética resultante d alteração de um cromossomo, havendo
um extra, mais comumente denominada Trissomia do Cromossomo 21 (PINHEIRO,
et al., 2018).
A presença de três cópias de um par de cromossomos é denominada de
trissomia, onde representam anormalidades do número de cromossomos, tendo a
causa mais comum a não disjunção meiótica, que é associada a três síndromes:
Down, Edwards e Patau (MOORE et al, 2016).
As limitações adaptativas em habilidades comunicativas, autocuidado, vida
doméstica, ajustamento social, saúde, segurança, dificuldades no uso de recursos da
comunidade, funcionamento acadêmico, de lazer e trabalho estão relacionados a
deficiências intelectuais que podem resultar de alterações genéticas, gestacionais e
peri e pós-natais, tendo a Síndrome de Down a segunda causa destas alterações.
(HALPERN, 2015).
Regis, et al., (2018), define a Síndrome de Down por uma alteração genética
que afeta o cromossomo 21, sendo mais frequente na população mundial, observada
em regiões, raças e condições socioeconômicas diferentes e afetam o
desenvolvimento nas áreas: motora, cognitiva, linguística, autocuidados e
socialização.
A trissomia do cromossomo 21 é a alteração cromossômica mais frequente,
com a prevalência de 1 para 750 recém-nascidos vivos, com maior prevalência em
genitoras com idade acima de 35 anos, onde apresentam maior frequência de erros
na distribuição cromossômica, comparadas a mulheres com menos idade (HALPERN,
2015).
Burns e Campos Júnior (2014), caracteriza a causa da Síndrome por três
comprometimentos cromossômicos: Trissomia simples (equivalente a 96% dos casos,
ode ocorre a não disjunção do cromossomo 21), Translocação (onde há 46
cromossomos e não 47) e Mosaicismo (ocorre em 2% dos indivíduos afetados onde o
mesmo apresentam percentual de 46 cromossomos e de 47 cromossomos, definida
como uma forma parcial de trissomia).
Para Halpern (2015) a não disjunção ocorre através da não separação do par
de cromossomos 21, onde um gameta apresenta dois cromossomos 21 e o outro
19
nenhum, consequentemente, na fertilização do gameta com dois cromossomos, um
zigoto apresenta-se com trissomia do 21, tendo sua incidência elevada devido à idade
materna.
Por translocação visualiza-se que o cromossomo 15 ou 14 apresenta um
segmento, sendo este material do cromossomo 21, onde os braços longos do mesmo
são unidos por um centrômero, porém, mesmo originando um filho, as mulheres com
translocação podem ter filhos com síndrome de Down, onde apresentará um
cromossomo 15 pelo espermatozoide, dois cromossomos 21 (paterno e materno) e o
cromossomo translocado da mãe, tendo a probabilidade de ter um filho portador de
20 a 25% (BURNS; CAMPOS JÚNIOR, 2014).
No mosaicismo algumas células são normais e outras apresentam a trissomia
do cromossomo 21, tendo assim, uma linhagem celular trissômica com 47
cromossomos e uma normal com 46 cromossomos, onde o indivíduo com este tipo
apresenta fenótipo mais leve (HALPERN, 2015).
A Síndrome de Down é identificada após o nascimento através das
características físicas que são elas: pálpebras estreitas levemente oblíquas com prega
de pele no canto interno, manchas de Brushfield, cabeça menor e região posterior
levemente achatada, boca pequena mantida aberta e língua protusa, mãos curtas e
largas, musculatura flácida, orelhas pequenas e dedos dos pés curtos com espaço
entre dedão e segundo dedo (BRAGANÇA, 2010).
Halpern (2015) diz que para o diagnóstico pré-natal da Síndrome de Down,
existem a ultrassonografia, que pode-se ter a suspeita através de um coxim na nuca
no feto; coleta de sangue materno podendo visualizar o risco da síndrome por meio
da diminuição da alfafetoproteína sérica materna, em conjunto a gonadotrofina
coriônica humana e estriol não conjugado, ajustadas e acordo a idade materna,
estando este alterado, pode-se solicitar a amniocentese, que é a coleta da amostra
de sangue fetal onde há análise dos cromossomos fetais, e o novo método
diagnóstico, a pesquisa do DNA fetal no sangue da mãe.
Indivíduos que apresentam essa síndrome além de manifestações estruturais
e funcionais, o sistema nervoso também é afetado tendo o encéfalo com redução de
tamanho e peso entre 10 a 50% e na presença de déficits intelectuais, o cerebelo
exibe redução de tamanho comparado ao padrão fisiológico (LIMA; CARDOSO,
2017).
20
Esta, sendo uma doença cromossômica resulta em vários sintomas intelectuais
e clínicos que afetam indivíduos de diferentes raças, grupos étnicos e classes
econômicas, sendo previsto alterações estruturais, no sistema nervoso central,
doenças cardíacas congênitas, imunodeficiência, distúrbios metabólicos, problemas
gastrointestinais e fenótipo característico (FERREIRA-VASQUES; LAMÔNICA, 2015).
Regis et al. (2018) afirma que a síndrome de Down apresenta um déficit na
evolução linguística, porém, o portador da mesma apresenta competência para utilizar
e desenvolver a linguagem havendo estimulação de forma eficaz, além de utilizar o
simbolismo como base para suas representações ligados futuramente a aquisições
além da fala, leitura e a escrita.
De acordo com Apolini e Deprá (2017) esta anomalia genética, pode-se
apresentar atrasos de aprendizado, problemas cardíacos, frouxidão ligamentar,
redução de força, tônus e desordens no padrão motor que afetam na execução da
marcha.
A base neuropatológica não está estabelecida, porém, sugere-se disfunção no
cerebelo, mielinização tardia, déficits proprioceptivos e vestibular como possíveis
causas que afetam negativamente os indivíduos portadores da SD levando a um
atraso no desenvolvimento (RIBEIRO, et al., 2017).
A hipotonia muscular generalizada é encontrada no indivíduo com Síndrome de
Down, sendo esta emanada do sistema nervoso central, onde a mesma acomete
músculos e ligamentos interferido negativamente neste sistema, onde além desta,
pode-se visualizar alterações na fala por imprecisão articulatória (PINHEIRO, et al.,
2018).
Indivíduos portadores da síndrome apresentam frouxidão ligamentar
associadas a displasias articulares podem resultar o deslocamento das articulações,
tendo cerca de 15% dos portadores apresentando instabilidade entre a primeira e
segunda vértebra, denominada instabilidade atlantoaxial, e, além disso, o excesso de
peso e envelhecimento apresentam grande incidência de escoliose e doença articular
degenerativa (MORAIS et al, 2013).
Para Halpern (2015) através da hipotonia muscular o indivíduo tende a manter
a boca aberta e língua protusa, aumento de flexibilidade das articulações diástase dos
músculos retos abdominais e baixa estatura (151 cm nos indivíduos do sexo
masculino e 141 nos indivíduos do sexo feminino).
21
Segundo Ferreira-Vasques e Lamônica (2015) As alterações na memória,
aquisição de linguagem e habilidades de desenvolvimento se dão por deficiência nas
habilidades cognitivas destes indivíduos, o que há interferência no processamento de
informação.
Leite, et al. (2018) diz que o portador com Síndrome de Down é clinicamente
caracterizado por atraso mental e hipotonia que prejudicam o desenvolvimento do
esquema corporal, alterações de equilíbrio, noção espacial, coordenação motora e
marcha, apresentando um maior prazo para rastejar, sentar e caminhar.
Em desenvolvimento típico, a aquisição da marcha favorece noção espacial e
exploração ativa do meio ambiente, porém, na Síndrome de Down há presença de
locomoção deficitária resultante de desenvolvimento limitado e locomoção ineficiente
(APOLONI; DEPRÁ, 2017).
Segundo Bragança (2010) as alterações no controle postural estão
relacionadas com a dificuldade de coordenação motora, integração sensório-motora
ou movimentos desajeitados, onde o indivíduo apresenta dificuldade em adaptar-se a
atividades mutáveis do ambiente e realizar ajustes posturais prévios.
O desenvolvimento motor se dá por modificações no comportamento durante o
crescimento, havendo aprendizado na locomoção e adaptações a mudanças, onde a
influência genética e o meio em que se encontra se tornam fundamentais para a
compreensão da evolução deste indivíduo (BONOMO; ROSSETI).
Os déficits na marcha e equilíbrio podem ser por limitação no processamento
vestibular ou diminuição de estímulos proprioceptivos, além disso, pode-se visualizar
a diminuição sensitiva, proprioceptiva dos membros inferiores, menor resposta
postural por estimulação visual e diminuição tátil por várias formas o que interfere no
desenvolvimento perceptivo e sensorial do indivíduo (CAMPOS et al., 2010).
Para Knychala, et al. (2018) o desenvolvimento motor proporciona grande
interferência envolvendo características biológicas, psicológicas, sociais e ambientais,
sendo, o ambiente em que o portador está inserido contribuinte no desenvolvimento
do mesmo, havendo oportunidades de estímulos que o levam ao aprendizado e
aptidão de habilidades.
Segundo Campos et al. (2010) a integridade sensorial é de suma importância
para que o desenvolvimento motor seja adequado, pois as habilidades motoras
evoluem de acordo com as aptidões sensoriais vivenciadas nos primeiros meses de
vida tornando-se essencial para coordenação olho-mão, atenção e aprendizagem.
22
Conforme Carvalho et al. (2018), o envelhecimento dos indivíduos com
Síndrome de Down ocorre de forma precoce, havendo início com 30 a 40 anos de
idade, apresentando deficiências funcionais que podem ter comprometimento a sua
saúde e qualidade de vida por conta destas limitações.
23
3. CAPÍTULO II
3.1 DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento motor trata das modificações no nível de funcionamento
do indivíduo desde feto ao adulto e o idoso. Nesse sentido podem-se observar as
diferenças provocadas por diversos fatores: biológico, experiências, físico/mecânico
(GALLAHUE, 2008).
O movimento possibilita ao indivíduo explorar o mundo exterior, por isso, por
intermédio da estimulação psicomotora no desenvolvimento do mesmo, se dá de
forma mais satisfatória. Partindo desse pressuposto, o desenvolvimento motor
abrange mutações sequenciais onde cada conquista induz a uma conquista posterior,
de forma ordenada e que são resultantes da biologia do indivíduo e do intercâmbio
desse com o meio ambiente (HAYWOOD e GETCHELL, 2016; GALLAHUE et al.,
2013).
A psicomotricidade é de extrema relevância para o desenvolvimento, no qual o
movimento humano, neste sentido, é menos complexo que o deslocamento do corpo
no espaço, este, estabelece em uma linguagem que permite os indivíduos agirem
sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano (GETCHELL, 2016).
Carvalho (2011) refere-se ao desenvolvimento motor como procedimento
gradativo de aprimoramento e integração das habilidades e dos princípios
biomecânicos do movimento, de modo que o efeito seja um comportamento motor
sólido e eficaz.
Os saberes relacionados à psicomotricidade estão subdivididos em áreas do
desenvolvimento motor. No caso dos portadores de síndrome de Down, o
desenvolvimento é contínuo e um pouco mais lento do que o de outros indivíduos
(CARVALHO, 2011).
Para Casarin (2013), um dos fatores que faz parte da construção do mundo do
ser é a exploração do ambiente, e o conhecimento que ela obtém por meio desse
movimento exploratório formará sua bagagem para se relacionar com o meio
ambiente.
Dificuldades na coordenação de uma maneira geral e motricidade fina são
problemas enfrentados pelo portador de Síndrome de Down. Além disso, as pessoas
com essa Síndrome tendem a apresentar limitações no que diz respeito à iniciativa do
24
movimento e motivação para exploração do meio em decorrência do retardo mental
(TOBLE et al., 2013).
O trabalho psicomotor deve levar em consideração o equilíbrio, a orientação
espacial, a coordenação dos movimentos, ritmo, sensibilidade, além de exercícios
respiratórios (RAMOS 2009).
O indivíduo com Síndrome de Down possui o desenvolvimento motor
modificado por diversos fatores, tais como genéticos, dificuldades de integração
perceptiva, cognitiva e proprioceptiva (ARAÚJO et al., 2008). Por outro lado, Silva
(2013) defende que as pessoas com esta síndrome apresentam retardamentos nas
obtenções de marcos motores básicos tais como sorrir, balbuciar, falar, sustentar a
cabeça, segurar objetos, rolar, sentar e andar.
A maioria dos indivíduos com a patologia presente possui também uma
deficiência intelectual de leve a moderada em determinados casos com problemas
graves. À medida que envelhecem, comumente apresentam menos desempenho do
que seus colegas da mesma idade. Alguns após os 30 anos de idade podem perder
a aptidão de falar (LOTT e DIERSSEN, 2010; PEREIRA, 2008).
O atraso motor acontece em todos os indivíduos que possui a síndrome, mas
o desenvolvimento e comportamento não podem ser considerados padrão, pois o
meio em que se vive e, principalmente, a família, têm grande influência no
desenvolvimento dessas pessoas (SANTOS; MENEZES, 2010).
No caso dos indivíduos com esta síndrome, as alterações motoras que afetam
o controle postural ocorrem frequentemente, tendo como característica a hipotonia,
flexibilidade excessiva nas articulações, prejuízo intelectual e um fenótipo peculiar
(ARAKI; BAGAGI, 2014).
Pode observar-se nesse caso a redução do volume total do cerebelo e redução
das sinapses no córtex temporal. A potencialidade de desenvolvimento motor dos
indivíduos com SD pode ser acrescido com um trabalho de estimulação precoce que,
iniciado o mais breve possível, o tornará competente para a vida profissional e
convivência em grupos sociais e familiares. Com isso, constata-se a relevância do
estímulo constante (FERREIRA, 2009).
Toble e colaboradores (2013) defendem que a intervenção fisioterapêutica
tende a oferecer ao ser, situações que estimulam a capacidade de resposta aos
estímulos, beneficiando o desenvolvimento de suas habilidades motoras, sendo neste
sentido o tratamento ideal para portadores de Síndrome de Down, pois devem ser
25
incitadas a participarem de variadas atividades motoras que favoreçam a interação e
aprendizado motor.
A interferência da fisioterapia motora em pessoas com SD faz o uso de técnicas
e métodos que causem o movimento apropriado, o equilíbrio e o correto alinhamento
da postura, como o Conceito Básico Neuro evolutivo – Bobath, hidrocinesioterapia,
equoterapia, dentre outros (JANAINA, H. 2011; TORQUATO et al., 2013; TOBLE et
al., 2013).
26
3.2 PSICOMOTRICIDADE
Para Aquino et al. (2012) a psicomotricidade tem como intuito contribuir para o
desenvolvimento integral do indivíduo através de atividades que serão trabalhadas
com as mesmas. Dessa forma, o mesmo poderá desenvolver aspectos físicos,
culturais, psicológicos e mentais.
A palavra psicomotricidade surge a partir da necessidade médica, mais
precisamente neurológica, no findar do século XIX, quando houve a necessidade de
nomear zonas do córtex cerebrais situadas além das regiões motoras (MACHADO;
TAVARES, 2010).
Com a psicomotricidade se torna possível o desenvolvimento de todos os
elementos psicomotores, como: coordenação motora ampla e fina, equilíbrio, ritmo,
lateralidade, esquema corporal e orientação temporal (MACEDO, 2014).
Neste sentido, a psicomotricidade se propõe a permitir ao homem “sentir-se
bem na sua pele”, permitindo que se admita como realidade corporal, com a livre
expressão de seu ser. Portanto, é um meio de auxiliar a superar suas dificuldades e
prevenir possíveis inadaptações (OLIVEIRA, 2008).
O trabalho psicomotor privilegia o aspecto físico, e leva ao trabalho mental,
onde se aprende a ouvir, decodificar, imaginar, organizar, representar, sair da ideia
para o ato de fazer, do abstrato ao concreto (SOUZA, 2014).
De acordo com Castro (2008), as exigências e demandas do ambiente está em
desenvolvimento constante, sendo assim, pode-se dizer que as condições do mesmo
poderão favorecer as aquisições de desenvolvimento, podendo ser de forma positiva
ou negativa. Por muitos anos no período da infância, o indivíduo se dedica à prática
de habilidades motoras funcionais, as quais possibilitam a realização de um repertório
motor rico e diversificado, que trará um aprendizado posterior de ações adaptativas,
que incluirão diferentes contextos de movimentos, como correr, pular, arremessar,
chutar, rolar e entre outros.
Portanto, os elementos da psicomotricidade devem ser estimulados desde
cedo, visando um desempenho mais saudável, reduzindo os obstáculos encontrados
no progresso (KAMILA, et. al. 2010).
A psicomotricidade infantil, como estimulação aos movimentos do indivíduo,
tem como meta motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações
entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas); cultivar a capacidade perceptiva
27
através do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal; organizar a
capacidade dos movimentos representados ou expressos através de sinais, símbolos,
e da utilização de objetos reais e imaginários; fazer com que as os indivíduos possam
descobrir e expressar suas capacidades através da ação criativa e da expressão da
emoção; ampliar e valorizar a identidade própria e a autoestima dentro da pluralidade
grupal; criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser
valioso, único e exclusivo e uma consciência e um respeito à presença e ao espaço
dos demais (OLIVEIRA, 2013).
A educação psicomotora deve trabalhar com os indivíduos e prever a formação
de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando
oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre
seu corpo. Através dessas atividades lúdicas, o mesmo desenvolve suas aptidões
perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor (ROSSI, 2012).
A psicomotricidade pode ter a definição da ciência que estuda o homem através
de seu corpo em movimentos, suas relações internas e externas. Seu estudo está
ligado a três premissas principais: o movimento, o intelecto e o afeto (OLIVEIRA,
2013).
As atividades psicomotoras proporcionam atribuições significativas para o
desenvolvimento do aluno e pode ainda contribuir para sua evolução cognitiva,
tornando-o hábil para realização de diferentes movimentos (SANTOS e RUBIO, 2014).
Através do desenvolvimento motor as pessoas têm chances distintas de se
desenvolver, tanto na característica cognitiva, social, emocional e motora, por meio
do ambiente ao qual está inserida e das diferentes atividades que contribuem para
esse desenvolvimento. Entretanto, podem ocorrer ameaças diretas ao
desenvolvimento por inúmeros fatores como hereditários, genéticos e biológicos,
ainda que aconteça. A continuidade direta ou indireta por meio de ações ambientais e
dos processos cognitivos (LUCENA et al; 2009).
É indispensável que durante a fase em que há maior independência motora, o
indivíduo possa exercitar sua motricidade global através da brincadeira (KAMILA, et.
al. 2010).
Além disso, o trabalho psicomotor deve destacar o equilíbrio, a coordenação
de movimentos, a estruturação do esquema corporal, a direção espacial, o ritmo, a
sensibilidade, os hábitos posturais e os exercícios respiratórios (BOFI; SILVA 2010).
28
De acordo com Bueno (2014) a definição mais recente apresentada pela
sociedade Brasileira de psicomotricidade é que ela é ciência que visa o estudo o
homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e
externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os
objetos e consigo mesmo.
Para que o estudo da psicomotricidade se tornasse possível, foi necessário
recorrer a outras áreas do conhecimento, sobretudo as que estudavam o
comportamento motor e desenvolvimento humano (BUENO, 2013).
O brincar abrange uma variedade de movimentos, condutas, gestos,
sentimentos e acedências dos parceiros e fantasias que envolvem a ser no seu mundo
de criação própria (SOUZA, 2014).
Partindo desse pressuposto, a brincadeira pode ser considerada como uma
ação lúdica com predominância de imaginação em constante inter-relação com o jogo,
levando o indivíduo a se apropriar de códigos culturais e de papeis sociais (AREDES
& MEDEIROS, 2010).
Por ser a psicomotricidade importante para o desenvolvimento e maturidade
neurológica esta torna-se indispensável para os indivíduos com dificuldades em seu
desenvolvimento. O estudo da psicomotricidade permite compreender a forma como
o mesmo toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por
meio desse corpo (AREDES & MEDEIROS, 2010).
A Psicomotricidade possibilita ao indivíduo um melhor equilíbrio do seu corpo,
sendo fator essencial e indispensável ao desenvolvimento global e uniforme do ser.
Através dos estudos realizados pela psicomotricidade, foi possível compreender que
corpo e mente estão intimamente relacionados e que quando um não funciona muito
bem o outro consequentemente não terá sua atuação otimizada. Neste sentido,
quanto mais rápido for estimulada a psicomotricidade, melhor será seu desempenho
de maneira geral (FONTANA, 2012).
A psicomotricidade por intermédio da reeducação psicomotora promove
exercícios que tornam a pessoa inteiramente consciente das atividades que concretiza
no espaço e no tempo, a qual tem uma intenção educativa, pois vai torná-la capaz de
gestos coordenados, com habilidade de se locomover no espaço à sua volta de modo
suave e ainda a ajuda a conhecer pela visão, audição e tato o mundo que a rodeia.
Sendo assim, para ter sucesso no aprendizado motor torna-se indispensável que a
29
estimulação seja realizada diariamente em casa, visto que a reprodução favorece a
fixação, e o tratamento individual também se torna necessário para suprir as
necessidades cognitivas e motoras do ser humano. Interferir de forma lúdica com
brinquedos coloridos, músicas e conversas também são essenciais para o
desenvolvimento global, pois favorece a socialização e desenvolvimento psicomotor
(BOFI; SILVA 2010).
30
3.3 EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO MOTORA
Segundo Lima e Cavalari (2010), a coordenação motora é a habilidade do
cérebro de equilibrar o movimento do corpo, mais especificamente dos músculos e
articulações. E para que haja esse equilíbrio, o sistema nervoso central precisa
organizar informações recebidas dos sistemas sensoriais (sistema visual, vestibular e
somatossensorial) e controlar a postura corporal.
O equilíbrio é uma capacidade física que realiza a manutenção do centro de
gravidade do corpo sobre sua base de sustentação, quando o mesmo possui falhas
ou defeitos, ele acaba requerendo maior atenção e energia da parte do indivíduo, pois
quando alguém está em desequilíbrio, não consegue soltar as mãos (LOUREDO,
2011).
A coordenação motora é um aspecto do desenvolvimento humano que está
continuamente em desenvolvimento, podendo passar por modificações a depender
da condição de vida e das circunstâncias (LOPES, et al. 2010).
Quando nasce, o bebê vai aos poucos vai contraindo movimentos corporais,
sendo primeiro inconscientes, posteriormente ele vai testando até adquirir o hábito
daquele movimento (LOUREDO, 2011).
Os movimentos começam a se tornar coordenados com o bebê passando a
compreender que se fizer determinado movimento pode alcançar um objetivo mais
distante; o que ocorre no estágio pré-operatório, dos 2 aos 7/8 anos, quando a
socialização começa a existir de forma mais concreta (ANDRADE, 2011).
Alguns sistemas do corpo humano fazem parte dos movimentos motores. Por
exemplo: o sistema muscular, esquelético e sensorial. A interação desses sistemas
faz com que as ações e as reações sejam equilibradas (LOUREDO, 2011).
O atraso psicomotor em portadores de Down encontra-se presente nas
atividades que demandam o equilíbrio e a coordenação motora. Partindo dessa
premissa, desenvolvimento motor na Síndrome de Down é um processo permanente
que ocorre desde o nascimento até a morte do indivíduo dependendo de suas
necessidades. O estudo da coordenação motora tem grande importância para
acompanhar o desenvolvimento neuromotor e identificação de indivíduos com
insuficiência de coordenação (LOPES, RODRIGUES et al. 2010).
A coordenação motora subdivide-se em: (I) coordenação motora global, onde
estão envolvidos grandes grupos musculares; (II) coordenação motora fina que
31
envolve grupos musculares pequenos e vai permitir uma precisão maior dos
movimentos e também a manipulação de objetos (OLIVEIRA, et al. 2016).
Através das brincadeiras, os indivíduos estarão exercitando a sua mente e com
isso o seu sistema sensorial, e é durante a infância que irá contrair diversas
habilidades motoras, o que lhe traz maior controle corporal nos diferentes movimentos
e posturas que serão usadas nos afazeres cotidianos, vida prática e lazer
(STANQUINI; OLIVEIRA, 2013; BONOMO; ROSSETI, 2010).
Brincadeiras no chão, relação com distintos tipos de materiais (áspero, liso,
quente, frio, duro, mole, rígido, macio), contato com a água, a grama e a areia, por
exemplo, levam a excitação do desempenho psicomotor (RODRIGUES, 2008).
São nas brincadeiras em que os indivíduos despontam seu potencial e seu
intelecto. Pesquisas apontam que pessoas portadoras de alguma deficiência tem um
déficit motor, e que a atividade lúdica voltada para essa área mostra um grande
avanço no seu desenvolvimento espacial, equilíbrio e motricidade global (Oliveira et
al. 2003).
O equilíbrio estático demanda a concentração e caraterísticas próprias da
imobilidade, o seu controle é relevante para a própria aprendizagem e obtenção
motora, e as suas formas de ação referem à capacidade de se segurar em diversas
situações (LOPES, RODRIGUES et al. 2010).
Já o equilíbrio dinâmico faz referência às funções tónicas motoras, tanto
sensoriais como motoras. Assim, o mesmo é o oposto do estático e exige uma
orientação do corpo em situação de deslocamento no espaço com auxílio da visão.
Ainda, a regulação do equilíbrio depende de vários fatores sensoriais: os receptores
vestibulares, que são responsáveis por proverem informação sobre a posição da
cabeça, o fuso neuromuscular que em conjunto com o reflexo miotático não
consentem alongamentos muito severos do músculo, os receptores articulares, que
têm como papel indicar qual a posição do movimento alusiva dos segmentos
corporais, os receptores cutâneos que são os receptores de pressão que servem para
avaliar a existência de condições incorretas no que tange ao peso do corpo, a visão e
a audição (RODRIGUES, 2008).
Ainda segundo Rodrigues (2008), a coordenação motora pode ser determinada
como sendo a atuação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura
esquelética na execução de um movimento. Neste sentido, a coordenação motora é
32
a base do movimento homogêneo e eficiente, que exige uma extensa organização do
sistema nervoso com utilização dos músculos certos, no tempo certo e intensidade
correta, sem gastos energéticos.
O portador de Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar,
engatinhar, andar e correr, exceto se houver algum comprometimento além da
síndrome. Na verdade, quando ela começa a andar, há indigência ainda de um
trabalho específico para o equilíbrio, a postura e a coordenação de movimentos
(OLIVEIRA et al 2016).
A sequência de desenvolvimento da pessoa com SD comumente é bastante
semelhante à de pessoas sem a síndrome e as etapas e os grandes marcos são
atingidos, embora em um ritmo mais lento (LARA; RODRIGUES, 2008).
Segundo Saccani & Valentini (2010) as obtenções e o desenvolvimento de
habilidades motoras acontecem com ritmos diferenciados entre os indivíduos,
observando-se grande variabilidade entre comportamentos ainda na primeira infância,
a qual é resultante da maturação neurológica, das especificidades da tarefa e
oportunidades do ambiente.
O cérebro do portador está em constante amadurecimento já que esta
síndrome não acarreta pioras, mas leva a melhoras progressivas. O cérebro trabalha
com todas as suas áreas se comunicando por suas conexões próximas e distantes; à
medida que o meio oferece incitações, o organismo os recebe, se adapta a eles e vai
criando ações em um contínuo equilíbrio (OLIVEIRA et al 2016).
Neste sentido, os indivíduos com esta Síndrome possuem atraso no
desenvolvimento da coordenação motora quando comparadas a pessoas
consideradas como normais e, também, tendem a apresentar comprometimento em
seu equilíbrio. Daí a necessidade de oferecer atividades de baixo impacto que
facilitem o equilíbrio estático e dinâmico (OLIVEIRA et al. 2016).
33
4. CAPÍTULO III
4.1 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD’S)
De acordo com Sotoriva e Segura (2013) o processo de desenvolvimento
condiz com o crescimento físico e desenvolvimento funcional que se inicia na fase
uterina e é prolongado ao longo da vida, caracterizado por aquisições e
aperfeiçoamento das funções e capacidades do indivíduo.
Também denominada atividades básicas da vida diária estas envolvem os
cuidados do corpo do próprio indivíduo como higiene pessoal e autocuidado, banho,
alimentação, vestuário, mobilidade funcional, cuidado com equipamentos pessoais,
atividade sexual, uso do vaso sanitário e dormir/repousar (ASSIS, 2012).
Atividade é definida por O’Sullivan e Schmitz (2010) como a natureza e
extensão de funcionalidade que podem ser limitadas por fatores de natureza, limitação
e qualidade e pela incapacidade do indivíduo ao realizar tarefas usuais.
As atividades instrumentais diárias correspondem a atividades mais complexas
como o cuidado com o outro, tomar conta de animais domésticos, educação dos filhos,
uso de aparelhos de comunicação, mobilidade na comunidade, manutenção da saúde,
gerenciamento do lar, preparação das refeições e limpeza, procedimentos de
segurança/emergência, realizar compras e conduzir condição financeira (ASSIS,
2012).
Leite et al. (2018) afirma que os fatores associados à Síndrome de Down podem
apresentar influência para o desenvolvimento das habilidades motoras, havendo
prejuízo no controle postural, sendo este pré-requisito para aquisição de diversas
atividades funcionais cotidianas, domiciliares e escolares.
O atraso do DNPM do portador de SD está relacionado a alteração do tônus
muscular ocasionando interferências no controle postural e equilíbrio, pois, a mesma
apresenta hipotonia muscular e hipermobilidade articular que contribuem para o atraso
motor pela lentidão dos movimentos e alterações no controle postural (KYNCHALA et
al, 2018).
As aquisições de um indivíduo com SD ocorrem similares ao desenvolvimento
típico, porém, de forma tardia, chegando ao dobro da idade comparadas aos mesmos
que não apresentam déficits motores, podendo além dificultar a exploração do
ambiente (BONOMO E ROSSETI, 2010).
34
Para Ferreira-Vasques e Lamônica (2015) as alterações em área motora
(neuroanatômicas e fisiológicas que causam a hipotonia muscular), reflexos primitivos
e hipermobilidade são esperadas pois influenciam no controle postural e sinergia
muscular, havendo através destes, interferência na exploração do meio ambiente por
redução de estímulos e conhecimentos ao desenvolvimento de linguagem, cognição
e socialização.
O’Sullivan e Schmitz (2010) define limitação funcional como a restrição da
capacidade em realizar uma ação física, tarefa ou atividade de modo eficaz, podendo
afetar pessoas com limitações no desempenho locomotor (marcha) e atividades de
cunho básico como atividades de vida diária e atividades instrumentais da vida diária.
Leite et al. (2018) afirma que o controle postural é a habilidade em manter,
alcançar e restaurar o equilíbrio independente da postura adquirida, proporcionando
função na mobilidade e realização das atividades de vida diária, independente de
fatores externos sendo necessário a participação ativa do sistema sensório-motor,
assim, indivíduos com SD podem apresentar dificuldade no controle postural e déficit
de equilíbrio estático e dinâmico.
O desenvolvimento ocorre por diferenças entre os portadores de SD, havendo
assim déficit nas habilidades cognitivas, ligadas ao processamento de informações
levando alterações na atenção, memória, aquisição de linguagem, porém, nas áreas
de autocuidado e pessoal-social há influência familiar apresentando oportunidades
para o mesmos atuarem de forma autônomas e independentes, considerando a
estimulação recebida por esses indivíduos (FERREIRA-VASQUES et al, 2015).
A Marcha é caracterizada por movimentos suaves e repetitivos apresentando
mudanças de acordo com a maturação do desenvolvimento motor, porém, ao
comparar um portador da SD e um com desenvolvimento típico pode-se visualizar o
aumento da flexão de quadril e joelho na fase de apoio e maior flexão plantar no
contato inicial com o solo no indivíduo com desenvolvimento atípico, apresentando
características espaço-temporais diferentes comparadas ao desenvolvimento habitual
(APOLONI; DEPRÁ, 2017).
Hiraga et al. (2017), afirmam que os portadores de SD apresentam diminuição
da força muscular não havendo melhora na maturação, assim, na fase adulta, estes
indivíduos podem apresentar limitação na realização e desempenho das atividades
de vida diária, pois, a mesma é um fator essencial para a independência nas
atividades de vida diária.
35
As patologias associadas apresentadas pelo portador de SD, além de afetar a
saúde em diversos aspectos, aumenta o grau de dependência afetando a qualidade
de vida do mesmo e de seus cuidadores, além dessa ser a causa genética com
deficiência no desenvolvimento mais comum (MOREIRA, et al., 2016).
Scapinelli et al. (2016), afirmam que o desenvolvimento motor do indivíduo com
SD apresenta atraso, devido à escassez dos impulsos por um conjunto de neurônios
motores da medula espinhal que se encontra preservados nos primeiros meses de
vida, porém, a maturação do cerebelo encontra-se em atraso, o que pode-se visualizar
padrões atípicos, havendo déficits neuromotores e consequentemente, funcionais.
Os portadores desta síndrome podem apresentar habilidades como um
indivíduo típico, porém, o tamanho reduzido do cerebelo pode afetar algumas
habilidades, apresentando dificuldade nas atividades que necessitam de atividade
muscular acentuada, interferindo no equilíbrio, sendo este responsável pelo controle
do mesmo (TRINDADE; NASCIMENTO, 2016).
Conforme Silva et al. (2017) indivíduos com SD apresentam frouxidão
ligamentar, hipotonia, hipermobilidade articular e dificuldade em co-contração
muscular agonista e antagonista, o que resulta na dificuldade em realizar ajustes
antecipatórios devido a lentidão a adaptar-se na atividade motora, afetando também
a eficácia da marcha.
36
5. OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO PRIMÁRIO
● Avaliar o equilíbrio estático e dinâmico dos indivíduos portadores de síndrome
de Down;
5.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
● Analisar através da escala PEDI as habilidades funcionais diárias dos
indivíduos;
• Descrever aspectos motores estáticos e dinâmicos através da Escala de
Equilíbrio Pediátrica (EEP);
• Verificar a influência das alterações motoras nas atividades de vida diária;
37
6.0 METODOLOGIA E CASUÍSTICA
6.1 TIPO DE ESTUDO
Pesquisa de caráter descritivo, quantitativo do tipo transversal.
6.2 LOCAL DA PESQUISA
O estudo foi realizado na instituição de ensino para indivíduos especiais, a
APAE (Associação de pais e amigos dos excepcionais) na cidade de Barreiras-BA.
6.3 POPULAÇÃO
Esta foi constituída de 95 indivíduos atípicos matriculados que necessitavam
de atendimento multidisciplinar.
6.4 AMOSTRA
Da totalidade da população foram utilizados apenas quatro indivíduos que
deram entrada à escola para pacientes com necessidades especiais com
desenvolvimento atípico portadores da Síndrome de Down, escolhidos por
conveniência.
6.5 INSTRUMENTO DA COLETA DE DADOS
Estes constituíram de duas escalas, a PEDI (avalição pediátrica do inventário
de incapacidades) desenvolvida por Haley e colaboradores, recentemente validada
para a população brasileira e traduzido para o português e adaptada para contemplar
as especificidades socioculturais do Brasil, com permissão dos autores da avaliação
original, que tem como propósito avaliar as capacidades funcionais e o desempenho
típico em indivíduos com limitações funcionais, identificar a existência de atraso ou
déficit funcional, avaliar capacidade e desempenho, dividida em três partes, a primeira
tem 197 itens e utiliza as áreas do autocuidado, mobilidade e função social, que
representam as habilidades presentes no repertório do indivíduo, a segunda possui
20 itens e avalia a independência no desempenho das atividades diárias ou influência
do cuidador e terceira são as modificações do ambiente utilizadas para facilitar o
desempenho funcional que é classificado como: nenhuma, feitas para o indivíduo,
feitas para a reabilitação e extensivas modificações do ambiente utilizadas para
38
facilitar o desempenho funcional, a pontuação da parte 1 é 0 para a incapacidade de
realizar a atividade e 1 capaz de realizar o movimento, parte 2 a pontuação é 5 para
independente, 4 supervisão, 3 ajuda mínima, 2 ajuda moderada e 1 ajuda máxima
para a parte 3 é com N de nenhuma modificação do ambiente, C modificações
relacionadas o indivíduo, R modificações relacionadas à reabilitação e modificações
extensivas, após pontuar todos os itens estabelece-se o escore bruto. Contudo, a
única parte utilizada nesta pesquisa foi a parte 2, pois ela avalia a independência no
desempenho motor nas atividades de vida diária, efetuada como entrevista nos
indivíduos da amostra, fazendo com que os mesmos relatassem a realização das suas
atividades de vida diária.
O outro instrumento utilizado foi a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) que é
analisado 14 itens, sendo eles: 1. Posição sentada para posição em pé, 2. Posição
em pé para a posição sentada, 3 Transferências, 4. Em pé sem apoio, 5. Sentada sem
apoio, 6. Em pé com os olhos fechados, 7. Em pé com os pés juntos, 8. Em pé com
um pé à frente, 9. Em pé sobre um pé, 10. Girando em 360 graus, 11. Virando-se para
olhar para trás, 12. Pegando objeto no chão, 13. Colocando pé alternado no
degrau/apoio para os pés, 14. Alcançando a frente com o braço estendido, a avaliação
é feita com 0 para quem necessita de ajuda e 4 para quem realiza a atividade
independente, com o escore podendo chegar a 56 pontos como pontuação máxima,
sendo aplicada nos indivíduos desta pesquisa.
6.6 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS
Os indivíduos foram convidados a participarem da pesquisa efetuada após
envio e recebimento das assinaturas dos responsáveis no termo de consentimento
livre e esclarecido (TCLE) e de assentimento, havendo esclarecimento de total sigilo
das informações adquiridas durante a pesquisa. Assim, depois de explicada ao
indivíduo detalhadamente o início, destino e término desta pesquisa, a mesma foi
iniciada.
Sendo realizada em uma sala com amplo espaço, reservada, climatizada e
iluminação apropriada onde se podem visualizar componentes como tablado,
colchonetes, travesseiros, escada de canto, cadeiras, mesa, barra paralela, bolas
suíças, brinquedos para atividades lúdicas, bastões, faixas elásticas, halteres e
caneleiras. Ao ser iniciada individualmente, o indivíduo apresentou-se em sedestação
39
onde progrediu para o tablado, realizou os movimentos solicitados e seguiu para a
ortostase para efetuar os movimentos solicitados pelas avaliadoras.
6.7 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DOS SUJEITOS
Foram inclusos neste estudo indivíduos portadores de Síndrome de Down que
apresentaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais.
6.8 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DOS SUJEITOS
Foram excluídos do presente estudo indivíduos que apresentaram patologias
de cunho crônicos associados além da Síndrome de Down, não compareceram à
aplicação dos questionários e que apresentaram alguma doença infecto contagiosa.
6.9 DESCRIÇÃO DA ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram analisados através do programa Microsoft® Office Excel 2010,
apresentada em configuração de tabelas.
6.10 ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS
Dado que os sujeitos do estudo são seres humanos, obedecemos ao previsto
na Resolução 466/12 do Ministério da Saúde no Brasil onde foi submetido à análise e
julgamento do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade São
Francisco de Barreiras-FASB com aprovação sob CAAE 89967118.5.0000.5026.
6.11 RETORNO DE BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO
Através dos resultados, podem-se realizar trabalhos de estímulos e orientações
para desenvolvimento de habilidades funcionais e programas de incentivo, resultando
em uma melhor qualidade de vida e melhor desempenho nas funções motoras e de
equilíbrio.
6.12 COMPROMISSO DE TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS
Os autores da pesquisa assumem a responsabilidade de não expor os
participantes, mas tornar a pesquisa pública, armazenando-a na Biblioteca Antônio
Balbino de Carvalho Filho da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB).
40
7.0 RESULTADOS
As escalas foram aplicadas entre 30 a 40 minutos em cada indivíduo contendo
o ambiente os instrumentos necessários para realizar a avaliação. Na tabela 1 é
demonstrado a divisão da amostra por gênero sendo 3 indivíduos do sexo masculino
e 1 do sexo feminino com idade entre 5 a 29 anos.
Tabela 1. Amostra por gênero.
SEXO QUANTIDADE %
MASCULINO 3 75% FEMININO 1 25%
TOTAL 4 100%
Fonte: do autor
De acordo com a amostra, na tabela 2 são demonstradas as pontuações
máximas, médias e scores adquiridos após aplicação da Escala de Equilíbrio
Pediátrica. A avaliação desses indivíduos foi realizada a partir da escala de equilíbrio
pediátrica, onde uma acadêmica pesquisadora demonstrava e explicava a atividade
que iria ser realizada e a outra registrava na escala a pontuação, depois de efetivada
com todos os participantes da pesquisa foi somado e dado o escore total de cada
avaliação.
Tabela 2. Pontuação EEP.
PARTICIPANTES PONTUAÇÃO
MÁXIMA
ESCORES MÉDIA DESVIO
PADRÃO
INDIVÍDUO 1 56 49 3,5 ± 0,0072
INDIVÍDUO 2 56 46 3.4 ± 0,0080
INDIVÍDUO 3 56 40 2,85 ± 0,0324
INDIVÍDUO 4 56 25 1,78 ± 0,0180
Fonte: do autor.
41
De acordo com a tabela, temos a descrição dos dados coletados. O indivíduo
1 do sexo feminino, de acordo com a escala um ótimo equilíbrio dinâmico e um déficit
nos itens 6 (manter-se em pé sem apoio e com os olhos fechados por 10 segundos)
e 8 (sustentar a posição de em pé com um pé à frente por 30 segundos sem apoio),
ou seja, um pequeno déficit no equilíbrio estático.
O indivíduo 2 apresenta dificuldade em realizar os itens 3 (realizar transferência
de uma cadeira com apoio de braço para uma cadeira sem apoio),8,9 (sustentar-se
em apoio unipodal por 10 segundos) ,10 (girar em 360 graus) e 13 (colocar um pé
alternado em cada degrau até que tenha o tocado quatro vezes), demonstrando assim
que há um déficit maior no equilíbrio dinâmico e menor equilíbrio que o indivíduo 1.
O indivíduo 3 apresenta uma falta de equilíbrio significativo tanto no estático
como o dinâmico tendo os itens 7 (em pé sem apoio com os pés juntos), 8, 10 e 13
menor pontuação nos presentes itens da escala, expondo assim maior dificuldade em
realizar as atividades propostas.
O indivíduo 4 também apresentou dificuldades no déficit de equilíbrio
principalmente no dinâmico, nos itens 1 (sair da posição sentada para em pé),3
,5,7,8,10,13 e 14 (alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé),
havendo sua pontuação final menor comparado aos outros componentes da amostra.
Na tabela 3, apresenta-se a pontuação final das três áreas avaliadas, onde
pode-se visualizar a dificuldade do indivíduo 4 ao realizar as habilidades que
necessitam para efetuar ativamente suas atividades de vida diária.
Os quatro indivíduos apresentaram na escala, auxílio para realizar no mínimo
uma atividade na área de autocuidado (onde é baseada nos cuidados realizados do
indivíduo para com ele como alimentação, higiene pessoal, banho, vestir-se na parte
superior e inferior do corpo, utilização do banheiro, controle urinário e intestinal),
mobilidade (a área em que é avaliado as transferências de banheiro/cadeira,
carro/ônibus, cama, locomoção em ambiente interno, externo e em escadas) e função
social (compreensão e expressão funcional para com fornecimento de informações,
resolução de problemas com a comunicação, brincar com o companheiro e
segurança).
42
Tabela 3. Pontuação PEDI.
AUTOCUIDADO
MOBILIDADE
FUNÇÃO SOCIAL
TOTAL
INDIVÍDUO 1 77,86 91,03 61,06 229,95 INDIVÍDUO 2 79,37 75,28 65,14 219,79
INDIVÍDUO 3 64,16 73,04 58,79 195,99
INDIVÍDUO 4 57,57 62,12 58,79 178.48
Fonte: do autor.
O indivíduo 1 apresentaram necessidade de auxílio no item de vestir-se em
parte inferior do corpo, subir escadas e segurança. Podemos visualizar um ótimo
desempenho nas atividades de vida diária do indivíduo 2 e a necessidade mínima de
orientação do responsável tendo necessidade de auxílio ao vestir-se na parte inferior
do corpo e subir escadas na realização das áreas avaliadas.
O indivíduo 3 apresentou necessidade de moderada para realização das
atividades de vida diária, necessitando-as nos itens de alimentação para utilização de
faca, higiene pessoal (pentear o cabelo), vestir-se na parte inferior do corpo, utilização
do banheiro (transferências) e banheiro (limpar-se após acidente urinário/intestinal).
Na tabela 4, podemos visualizar a média que cada indivíduo apresentou após
submetidos a aplicação da escala PEDI, demonstrando o desempenho de cada um
de acordo o resultado final advindo das três seções avaliadas.
Tabela 4. Média da amostra da PEDI.
PARTICIPANTES
MÉDIA
DESVIO PADRÃO
INDIVÍDUO 1 76,65 ± 2,9026 INDIVÍDUO 2 73,35 ± 4,0708 INDIVÍDUO 3 65,33 ± 0,0004
INDIVÍDUO 4 59,49 ± 0,1599
Fonte: do autor.
Pode-se visualizar que através da média, os indivíduos 1 e 2 apresentaram
melhor percentual e 3 e 4 necessitaram de um auxílio maior para realização das
atividades de vida diária. Na tabela 5, podemos visualizar o escore total da Escala de
Equilíbrio Pediátrica e da Escala (EEP) e do Inventário de Avaliação de Incapacidade
Pediátrica (PEDI).
43
Tabela 5. Escore total da amostra.
PARTICIPANTES EEP PEDI
INDIVÍDUO 1 49 229,95 INDIVÍDUO 2 46 219,99 INDIVÍDUO 3 40 195,99 INDIVÍDUO 4 25 178,48
Fonte: do autor.
Através destes, podemos visualizar que o indivíduo 4 apresenta diminuição do
equilíbrio estático e dinâmico onde não consegue manter posicionamento onde há
diminuição do centro de gravidade e que necessitam da musculatura ativa e tônus
adequado para que ele mantenha e realize os movimentos, além disto, necessita
ativamente do responsável para que suas atividades de vida diária sejam realizadas.
Sendo assim, este é dependente funcional e os demais dependentes parciais, pois
necessitam apenas de um auxílio para realização de algumas atividades rotineiras e
em algumas ocasiões necessitam de um auxílio, mas que não afetam diretamente na
realização das suas atividades de vida diária.
44
8.0 DISCUSSÃO
Neves, Souza e Fujisawa (2017) após comparar o controle postural e a
atividade física nos indivíduos eutróficos, apresentou em seu estudo melhor
desempenho do sexo feminino devido a atenção e foco dado por elas nas avaliações.
Colaborando com a pesquisa, onde o resultado do sexo feminino sobressaiu em
relação aos scores comparados ao sexo masculino.
Como o presente estudo, o estudo de Leite et al (2018) realizou sua pesquisa
com 21 participantes com Síndrome de Down sendo 12 do sexo masculino e 9 do
sexo feminino com idade entre 8 a 11 anos, utilizando a Escala de Equilíbrio Pediátrica
sendo que os mesmos não apresentaram pontuação máxima havendo scores
diminuídos aos itens que necessitam de redução da base de apoio, havendo maior
instabilidade e deslocamento e itens que apresentam maior amplitude e agilidade.
Schelbauer e Pereira (2012) também realizaram sua pesquisa com cinco
portadores de Síndrome de Down, com idade entre seis a quarenta anos, onde foram
submetidos à avaliação fisioterapêutica onde estava composto o exame físico entre
eles, força e tônus muscular, motricidade fina e grossa e equilíbrio estático e dinâmico,
apresentando atraso no DNPM e déficits no equilíbrio e motricidade global, que após
intervenção utilizando o método de equoterapia durante 10 sessões, apresentaram
melhora do desempenho de todas os segmentos avaliados.
Colaborando com os resultados de nosso estudo, os indivíduos não alcançaram
o escore máximo, tendo a média da pontuação total entre eles de 40 onde apresentam
déficits na realização de atividades que necessitam de maior controle postural e
equilíbrio onde ocorre diminuição do centro de gravidade.
Através do estudo de Neves, Souza e Fujisawa (2017) seus resultados
houveram variações devido à idade da amostra, por conta do amadurecimento do
sistema vestibular, fornecedor da aquisição do equilíbrio nas idades de 7 e 8 anos.
Contudo, o indivíduo com Síndrome de Down além de apresentar baixa estatura o
mesmo exibe atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (MORAIS, CAMPOS e
HILÁRIO, 2013). De acordo com o estudo, onde o indivíduo 4 apresenta-se com menor
idade e score do total amostral de todo estudo e atraso no DNPM.
Em seu estudo Bonomo e Rosseti (2010) foi encontrado nos 10 indivíduos
portadores de SD avaliados, atraso motor comparados a indivíduos com padrão típico,
em ênfase a atividades mais complexas, além de encontrar diferenças cognitivas em
45
toda amostra, foi encontrando alterações nos componentes mais novos nas categorias
de locomoção, atrasos nas habilidades da marcha e tarefas cognitivas do estágio
sensório motor. Colaborando com este, o estudo de Serra et al., (2017) foram
avaliados 4 indivíduos com idade entre 17 e 36 anos sendo dois do sexo masculino e
dois do sexo feminino, utilizando a gameterapia para coordenação motora e
integração viso-motora, onde todos apresentaram deficitárias antes da utilização
desse procedimento.
Colaborando com o presente estudo, os participantes mais novos (indivíduo 3
e indivíduo 4) ainda não apresentaram maturação e desenvolvimento comparado aos
indivíduos com idade mais elevada. Porém, de acordo com o estudo de Ferreira-
Vasques e Lamônica (2015) o desenvolvimento dos indivíduos com Síndrome de
Down pode estar relacionado ao hipotireoidismo, que, não tratado pode aumentar
atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, crescimento intelectual e somático.
Oliveira et al., (2013) realizaram um estudo com 14 adolescentes com SD e 22
indivíduos com crescimento típico utilizando uma plataforma de equilíbrio onde
constatou-se que os portadores de Síndrome de Down apresentaram maior
dificuldade em relação à base em que se encontrava, necessitando da maior ativação
muscular para conseguir manter-se apresentando deficiência no equilíbrio dinâmico,
avaliados com a pés alinhados e também com um dos pés à frente, havendo o grupo
de SD melhor desempenho que o grupo controle.
Porém, Ainda no estudo de Leite et al (2018) não houve discrepâncias entre as
duas escalas utilizadas em seu resultado, dessa forma, não apresentou diferenças de
equilíbrio entre os indivíduos, visto que o avanço da idade resulta no maior leque de
habilidades motoras, podendo ser esse, por conta do tamanho reduzido da amostra.
Contrapartida, com os resultados adquiridos nesse estudo pode-se visualizar a
dificuldade em 75% da amostra em realizar movimentos que necessitavam de maior
destreza postural e de equilíbrio ao manter-se nas posições solicitadas.
Leite et al., (2016) utilizando a escala de desenvolvimento motor com 11
indivíduos, sendo 6 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, estando a pontuação
não relacionada a idade cronológica dos mesmos. Contudo, no presente estudo os
indivíduos que apresentavam maior idade (29 e 25 anos) apresentaram maior
desempenho na realização dos movimentos na EEP.
Pacheco et al (2010) utilizou em seu estudo a escala de inventário de avaliação
pediátrica de incapacidades (PEDI), realizado com 61 indivíduos com discrepâncias
46
no desenvolvimento motor, onde os mesmos necessitavam de um auxílio do cuidador
para realizá-las. Já na pesquisa de Copped et al (2012), houve um comparativo com
12 indivíduos com desenvolvimento típico e com 12 portadores de SD, apresentando-
os desempenho inferior por dificuldade na realização de tarefas que necessitavam de
coordenação, porém, sua pontuação de autocuidado foi adequada para sua faixa
etária, utilizando atividades motoras grossas.
Na atual pesquisa, os participantes necessitavam da orientação dos
responsáveis para a realização das atividades de vida diária efetuadas pelas mesmas,
onde esses, com menores idades necessitavam de um auxílio maior para realizar suas
atividades de autocuidado e mobilidade.
O estudo de Scapinelli, Laraia e Souza (2016) teve como objetivo avaliar as
capacidades funcionais de indivíduos portadores de SD através da escala PEDI, tendo
como amostra 10 pessoas com desenvolvimento motor típico e 10 com Síndrome de
Down, utilizando a parte I e II da escala, pode ser visualizado o menor desempenho
funcional nas duas avaliações do grupo com SD, necessitando assim, da realização
da estimulação precoce com o intuito dos mesmos conseguirem realizar suas
habilidades de seus responsáveis.
O estudo de Silva et al., (2013) analisou o desempenho funcional de 17
indivíduos com SD, alunos da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE)
utilizando a escala PEDI onde apresentaram desempenhos baixos.
Corroborando com este estudo Martins e al., (2013) discursa em sua pesquisa,
a avaliação dos aspectos funcionais e desempenho dos 17 indivíduos portadores de
SD comparados aos 20 componentes com desenvolvimento típico, onde pode-se
visualizar um repertório inferior de habilidades funcionais dos componentes com
desenvolvimento atípico. Assim, os resultados destes contribuíram para esta
pesquisa, onde a amostra apresentou baixa pontuação na parte II da escala PEDI
avaliada.
Fernandes e Cabral (2013) apresentaram em sua pesquisa a classificação do
desempenho funcional de indivíduos com atraso no DNPM através da escala PEDI e
sua interferência nas atividades de vida diária, assim, a PEDI pode ser utilizada para
orientar práticas fisioterapêuticas e desenvolver potencialidades funcionais de cada
componente auxiliando no seu plano terapêutico.
No estudo de Scapinelli et al (2016) houve uma diferença significativa na parte
I, II (entre as áreas de autocuidado, mobilidade e função social) e parte III,
47
demonstrando maior frequência de alterações do ambiente relacionado ao grupo de
SD, sendo este corroborando com o presente estudo, onde o mesmo apresenta
alterações significativas em relação ao cuidado do indivíduo consigo, sua mobilidade
e comunicação.
Souza et al., (2015) caracterizou em seu estudo o desempenho de indivíduos
com síndrome e Down entre perfil funcional e assistência prestada pelo cuidador onde
pode-se visualizar que estas pessoas apresentaram desempenho inferior em relação
ao desenvolvimento típico na função social. De acordo ao estudo Scapinelli et al
(2016) não apresenta diferença significativa no domínio social, assim, os indivíduos
necessitam da assistência de seu cuidador comparado a pessoas com
desenvolvimento típico.
Trindade e Nascimento (2016) realizou em sua pesquisa a avaliação da idade
motora de 7 portadores com SD, apresentando em sua avaliação o desenvolvimento
motor inferior ao esperado em todos os participantes. Em sua dissertação, Moriyama
(2017) analisou através o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidades (PEDI)
as habilidades funcionais dos portadores de SD e a assistência oferecida pelo
cuidador, onde esta amostra apresentou maior dificuldade nas áreas de auto-cuidado
e função social.
El-Hady et al (2017) realizou em seu estudo a avaliação da relação entre função
cognitiva, concentração e habilidades motoras grossas com 70 pessoas que
apresentavam a síndrome, tendo como resultado a pequena relação entre a
capacidade mental e habilidades motoras entre o envio do estímulo e a realização do
mesmo. Corroborando com o atual estudo, Teles et al (2016), apresentou em sua
pesquisa o objetivo em descrever a necessidade da assistência ao portador de
Síndrome de Down, a mesma utilizou 181 portadores, onde de acordo com os
resultados, a área e função social necessita de maior assistência a esses indivíduos.
No presente estudo toda a amostra apresentou pontuação acima de 50 pontos,
o que resulta em um bom resultado para um indivíduo com SD, necessitando estes
de auxílio na área de autocuidado e função social, onde apresentaram média menor
que o esperado.
48
9.0 CONCLUSÃO
Através desse, concluímos que o equilíbrio estático e dinâmico dos portadores
de Síndrome de Down torna-se mais eficaz de acordo com o aumento da idade,
porém, pode ocorrer interferências com o mesmo como o excesso de peso e
diminuição das habilidades dos indivíduos.
Pode-se visualizar a realização ativa dos mesmos nas atividades de vida diária
exceto em atividades que houvessem risco a eles, havendo os mesmos, apresentando
dificuldades em realizar atividades que necessitam de habilidades motoras estáticas
e dinâmicas que não realizam durante o seu dia-a-dia.
Os portadores avaliados nessa pesquisa apresentam a pontuação maior que
50, porém, com ressalvas na realização das AVD’S, apresentando episódios e
escassez de equilíbrio, podendo visualizar a presença ativa do cuidador nas
atividades de vida diária destes indivíduos onde os mesmos tornam-se dependentes
funcionais para que se realize suas atividades cotidianas.
Assim, diante ao exposto, verificamos que há necessidade de novos estudos
com uma amostra maior para comprovar a identificar as diferenças e relação
existentes, demonstrando a relevância da fisioterapia no auxílio e estímulo ao
desempenho motor favorecendo maior habilidade funcional.
49
10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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23 de Setembro de 2018.
60
11.0 ANEXOS
11.1 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
61
62
63
11.2 CARTA DE ACEITE INSTITUCIONAL
64
11.3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
“Equilíbrio Estático e Dinâmico de Indivíduos portadores de Síndrome de
Down e sua relação com as Atividades De Vida Diária”
Instituição dos pesquisadores: Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Pesquisadora responsável: Ana Paula Rodrigues Camargo
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São
Francisco de Barreiras/FASB, CAAE 89967118.5.0000.5026 em 06 de julho de 2018,
telefone 3613- 8854, e-mail [email protected].
• Este documento que você está lendo é chamado de Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE). Ele contém explicações sobre o estudo que você está
sendo convidado a participar.
• Antes de decidir se deseja participar (de livre e espontânea vontade) você
deverá ler e compreender todo o conteúdo. Ao final, caso decida participar, você será
solicitado a assiná-lo e receberá uma cópia do mesmo.
• Antes de assinar faça perguntas sobre tudo o que não tiver entendido bem. A
equipe deste estudo responderá às suas perguntas a qualquer momento (antes,
durante e após o estudo).
O/ (a) Sr (a) é convidado a participar do estudo “Equilíbrio Estático e Dinâmico
de indivíduos portadores de Síndrome de Down e sua relação com as Atividades de
Vida Diária”, cujos objetivos específicos são: Analisar através da escala PEDI as
habilidades funcionais dos indivíduos; Descrever aspectos motores estáticos e
dinâmicos através da Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) e Verificar a influência das
alterações motoras nas atividades de vida diária.
• Sua participação é voluntária, não remunerada e não haverá nenhuma outra
forma de envolvimento ou comprometimento neste estudo, para tanto, necessitamos
que realize os testes em anexo.
• A coleta dos dados será transcrita.
• Este estudo possui riscos psicológicos e emocionais, como constrangimento e
frustração aos participantes da pesquisa durante a aplicação das escalas, porém
medidas preventivas/protetivas durante toda a pesquisa serão tomadas para
minimizar qualquer risco ou incômodo.
65
• Caso este procedimento gere algum tipo de constrangimento, você não precisa
realizá-lo.
• Sua participação é voluntária e caso queira se retirar em qualquer etapa da
pesquisa não haverá nenhum dano ou prejuízo, e para isso basta entrar em contato
com um dos pesquisadores responsáveis.
• Conforme previsto pelas normas brasileiras de pesquisa (Resolução 466/12)
que regulamenta sobre a participação com seres humanos, você não receberá
nenhum tipo de compensação financeira pela sua participação neste estudo.
• Os seus dados serão manuseados somente pelos pesquisadores e não será
permitido o acesso de outras pessoas. O material com suas informações ficará
guardado sob a responsabilidade das pesquisadoras Alana Alves de Souza Silva e
Gabriela Teixeira Dias Rocha, com a garantia de manutenção do sigilo e
confidencialidade em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e responsabilidade, por
um período de 5 anos após o término da pesquisa, passado esse prazo os arquivos
serão destruídos.
• O/ (a) Sr. (a) tem acesso a qualquer etapa do estudo, bem como aos
profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.
A principal investigadora desta pesquisa é o (a) Prof. Esp. Ana Paula Rodrigues
Camargo localizada no endereço Av. São Desidério, nº 2440, Bairro Ribeirão,CEP
47808-180 Barreiras – BA, Prédio II, 1º andar. Fone: (77) 3613 – 8854. E-mail:
• Se o Sr (a) tiver alguma consideração ou dúvida sobre a Ética da Pesquisa,
entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), localizado na Av. São
Desidério, nº 2440, Bairro Ribeirão,CEP 47808-180 Barreiras – BA, Prédio II, 1º andar.
Fone: (77) 3613 - 8854, E-mail: [email protected].
• Os resultados deste trabalho poderão ser apresentados em encontros ou
revistas científicas, entretanto, ele mostrará apenas os resultados obtidos como um
todo, sem Comitê de Ética em Pesquisa - CEP Faculdade São Francisco de Barreiras,
Prédio II, Barreiras-BA – Fone: (77) 3613.8854 www.fasb.edu.br –
[email protected] revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer
informação que esteja relacionada com sua privacidade.
66
Eu,___________________________________________________________,RG
________________, após receber uma explicação completa dos objetivos do estudo
e dos procedimentos envolvidos, concordo voluntariamente em fazer parte deste
estudo.
Barreiras, _____ de _____________________ de_______
________________________________________________________
Participante da Pesquisa
_________________________________________________________
Assinatura da testemunha (por extenso)
(Para analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de necessidades gerais).
_______________________________________________________
Ana Paula Rodrigues Carmargo, celular (77) 9 9974-4475
________________________________________________________
Alana Alves de Souza Silva, celular (77) 9 9807-2624
________________________________________________________
Gabriela Teixeira Dias Rocha, celular (77) 9 9849-1060
67
11.4 TERMO DE ASSENTIMENTO
“Equilíbrio Estático e Dinâmico de indivíduos Portadores de Síndrome de
Down e sua relação com as Atividades de Vida Diária”
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS
Ana Paula Rodrigues Camargo
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São
Francisco de Barreiras/FASB, com o CAAE 89967118.5.0000.5026 em 06 de julho de
2018, telefone 3613-8854, e-mail [email protected].
Este documento que você está lendo é chamado de Termo de Assentimento.
Ele contém explicações sobre o estudo que você está sendo convidado a participar.
Antes de decidir se deseja participar (de livre e espontânea vontade) você deverá ler
e tirar todas as suas dúvidas a respeito da pesquisa. Ao final, caso decida participar,
você será solicitado a assiná-lo e receberá uma cópia do mesmo.
Antes de assinar faça perguntas sobre tudo o que não tiver entendido bem. A
equipe deste estudo responderá aos questionamentos a qualquer momento (antes,
durante e após o estudo).
Você está sendo convidado(a) voluntário (a) a participar da pesquisa “Equilíbrio
Estático e Dinâmico de portadores de Síndrome De Down e sua relação com as
Atividades De Vida Diária” que se justifica por cujos objetivos específicos são: Analisar
através da escala PEDI as habilidades funcionais dos indivíduos; Descrever aspectos
motores estáticos e dinâmicos através da Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) e
Verificar a influência das alterações motoras nas atividades de vida diária.
• Sua participação é voluntária, não remunerada e não haverá nenhuma outra
forma de envolvimento ou comprometimento neste estudo, para tanto, necessitamos
que responda o questionário (entrevista) em anexo.
Esta será realizada em uma sala com amplo espaço, reservada, climatizada e
iluminação apropriada onde se podem visualizar componentes como maca,
colchonetes, travesseiros, escada de canto, cadeiras, mesa, barra paralela, bolas
suíças, brinquedos para atividades lúdicas, bastões, faixas elásticas, halteres e
caneleiras. Ao ser iniciada individualmente, onde o indivíduo se apresentará em
68
sedestação onde progredirá para maca e realizará os movimentos solicitados pelas
avaliadoras. Tendo a duração de 40 minutos.
A coleta dos dados será realizada através da aplicação de escalas
denominadas PEDI e EEP, com o intuito de avaliar as capacidades funcionais destes
indivíduos e seus aspectos motores estáticos e dinâmicos.
Este estudo possui riscos psicológicos, sociais e físicos que são inerentes do
procedimento de vazamento de informações coletadas, quedas e lesões, porém
medidas preventivas/protetivas durante toda a pesquisa serão tomadas para
minimizar qualquer risco ou incômodo. Caso este procedimento gere algum tipo de
constrangimento, você não precisa realizá-lo.
Através da coleta de dados, esta proporcionará aos indivíduos a identificação
de quais as habilidades que estes não possuem, sendo assim, cuidadores, pais ou
familiares compreenderá o motivo em que a criança não consegue realizar algumas
atividades como a deambulação e se conscientizar sobre a importância do tratamento
fisioterapêutico.
Sua participação é voluntária e caso queira se retirar em qualquer etapa da
pesquisa não haverá nenhum dano ou prejuízo, e para isso basta entrar em contato
com um dos pesquisadores responsáveis.
Conforme previsto pelas normas brasileiras de pesquisa (Resolução 466/12)
que regulamenta sobre a participação com seres humanos, você não receberá
nenhum tipo de compensação financeira pela sua participação neste estudo.
Os seus dados serão manuseados somente pelos pesquisadores e não será
permitido o acesso de outras pessoas. O material com suas informações (fitas,
entrevistas, etc) ficará guardado sob a responsabilidade dos pesquisadores Alana
Alves de Souza Silva e Gabriela Teixeira Dias Rocha com a garantia de manutenção
do sigilo e confidencialidade em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e
responsabilidade, por um período de 5 anos após o término da pesquisa.
O/ (a) Sr. (a) tem acesso a qualquer etapa do estudo, bem como aos
profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.
O principal investigador desta pesquisa é o (a) Prof. Dr. Ana Paula Rodrigues
Camargo, que pode ser encontrado no endereço Av. São Desidério, nº 2440, Bairro
Ribeirão,CEP 47808-180 Barreiras – BA, Prédio II, 1º andar. Fone: (77) 3613 – 8854.
69
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a Ética da Pesquisa, peça
a seu responsável para entrarem contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP),
localizado na Rua: Br 135, Km 01, nº 2.341, Bairro Boa Sorte, Cep: 47805-270,
Barreiras –BA, Prédio II, 1º andar. Fone: (77) 3613-8854 E-MAIL:
Os resultados deste trabalho poderão ser apresentados em encontros ou
revistas científicas, entretanto, ele mostrará apenas os resultados obtidos como um
todo, sem revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação que
esteja relacionada com sua privacidade.
Eu,___________________________________________________________,
RG ________________ após receber uma explicação completa dos objetivos do
estudo e dos procedimentos envolvidos, concordo voluntariamente em fazer parte
desta pesquisa. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações, e o
meu responsável poderá modificar a decisão de participar se assim o desejar. Tendo
o consentimento do meu responsável já assinado, declaro que concordo em participar
dessa pesquisa. Recebi uma cópia deste termo de assentimento e me foi dada a
oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.
Barreiras, _____ de _____________________ de _______
________________________________________________________
Assinatura do menor
_______________________________________________________
Ana Paula Rodrigues Carmargo, celular (77) 9 9974-4475
________________________________________________________
Alana Alves de Souza Silva, celular (77) 9 9807-2624
________________________________________________________
Gabriela Teixeira Dias Rocha, celular (77) 9 9849-1060
70
11.5 ESCALA DE EQUILÍBRIO PEDIÁTRICA – EEP
71
72
73
74
11.6 INVENTÁRIO DE AVALIAÇÃO PEADIÁTRICA DE INCAPACIDADE - PEDI
75
76
77
78