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INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO
COORDERNAÇÃO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO
Equipe ICG
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
ADRIENE GOMES DOS SANTOS CRB1 2623
C694 Coletânea Didática do Curso Técnico de Administração (CTA)/
Instituto Consciência Go (ICG). 12 vol. Informática Aplicada: Gestão da Qualidade e da Produção .V.10. Goiânia:
ICG,2014. 71 p.: il.. Inclui Referências. Modo de Acesso: http://www.institutoconscienciago.com.br/index.php?ACESSA=_biblioteca
Informática Aplicada - Gestão da Qualidade e da Produção. 2. Administração. I. Instituto Consciência GO.
II. Título.
CDD 003
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Sumário
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 4
Preâmbulo ................................................................................................................................... 6
Visão do ICG: ...................................................................................................................... 6
Missão do ICG: ................................................................................................................... 6
1- ASCENSÃO DA TECNOLOGIA E BASE HISTÓRICA................................................. 7
1.1História dos Computadores ............................................................................................ 7
1.2 O início ............................................................................................................................. 8
1.3 O computador realiza quatro operações básicas com dados:..................................... 9
1.4 Como processa o computador? ................................................................................... 10
2 - CONCEITOS DE QUALIDADE E SATISFAÇÃO DO CLIENTE .................................. 11
2.1 As diferentes abordagens da qualidade ...................................................................... 11
2.2 As diferentes dimensões do conceito da qualidade .................................................... 12
2.3 Evolução histórica da qualidade ................................................................................ 13
2.4 Satisfações de clientes internos e externos .................................................................. 18
3 - FERRAMENTAS PARA MELHORIA DO DESEMPENHO .......................................... 23
3.1 Descrição das ferramentas básicas e gerenciais da qualidade ................................. 23
3.2 Ciclo PDCA ................................................................................................................... 24
3.3 Diagrama de Ishikawa ................................................................................................ 25
3.4. Os princípios do Benchmarking ................................................................................ 27
O que é o Benchmarking? ................................................................................................ 28
3.4.2 Sistemático .................................................................................................................. 28
3.4.3Tipos de Benchmarking ............................................................................................. 29
a) Benchmarking competitivo ....................................................................................... 29
b) Benchmarking interno ............................................................................................... 29
c) Benchmarking genérico ............................................................................................ 29
d) Benchmarking funcional ........................................................................................... 29
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3.4.4 Conceito ...................................................................................................................... 30
3.4.5 Processo de Benchmarking ........................................................................................ 30
3.4.6 Histórico ..................................................................................................................... 31
3.4.7 O que Benchmarking é, e o que ele não é (Características) ................................... 31
3.4.8 Metodologia de implementação de um processo de Benchmarking ..................... 32
3.4.9 Casos de sucesso ......................................................................................................... 33
3.5 Brainstorming ............................................................................................................... 34
3.7. Histograma ................................................................................................................... 36
3.8. Diagramas e fluxogramas de análise de processos .................................................. 37
3.9 O programa 5S’s ........................................................................................................... 40
4- IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA
QUALIDADE ........................................................................................................................... 45
4.1 A série ISO 9000 .......................................................................................................... 45
4.2 Interfaces organizacionais ........................................................................................... 47
4.3 Diagnóstico e implementação ..................................................................................... 52
5 - ORIENTAÇÃO A RESULTADOS – ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO ........... 55
5.1 Plano de ação ................................................................................................................ 55
6 - AVALIAÇÃO E RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE .............. 64
6.1 Auditoria ....................................................................................................................... 64
7 - PRODUTIVIDADE ........................................................................................................... 65
8 - INOVAÇÃO NA GESTÃO DA PRODUÇÃO .................................................................. 67
8.1 Produção Ágil (Agile Manufacturing ) ....................................................................... 67
8.2 Just in time .................................................................................................................... 70
8.3 KAIZEN ........................................................................................................................ 71
9 - Sistemas de planejamento ................................................................................................... 73
9.1 MRP/ MRPII e ERP ..................................................................................................... 73
9.3 Planejamento e Controle de Produção – PCP............................................................ 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 83
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APRESENTAÇÃO
O Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) do Instituto Consciência GO
(ICG) iniciou sua trajetória acadêmica em julho de 2013, após a construção de um
projeto pautado na importância de possibilitar acesso ao ensino técnico
profissionalizante de qualidade que, combinado à seriedade na execução do projeto
político pedagógico, propiciasse uma formação sólida e relacionada às demandas
regionais.
Passados doze meses, o curso mostra crescimento quantitativo e qualitativo,
fortalecimento de sua proposta e de consolidação de resultados positivos. Ressalta-se
que esses valores, atividades e ações voltadas ao ensino sólido viabilizaram a
qualidade acadêmica e pedagógica das aulas, bem como o aprendizado efetivo dos
alunos, favorecendo o reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação de
Goiás (CEE GO) deste curso que ora iniciamos com você, Curso Técnico
Profissionalizante em Administração (CTA), a partir de setembro de 2014.
Assim, oferecemos a você, estudante, este Livro Didático, produto do trabalho
de uma equipe composta por profissionais do ICG. Julgamos de suma importância
você conhecer o processo de organização deste Livro Didático que foi organizado
seguindo algumas etapas relacionadas abaixo:
1ª: coletânea de diversos subsídios de conteúdos relevantes de vários autores;
2ª: seleção e organização do material específico para atender o curso;
3ª: autorização do autor do respectivo material;
4ª: apreciação realizada pelo professor docente do respectivo componente
curricular;
5ª: revisão final.
Destacamos ainda, que este material não é produção inédita do ICG e em
cada capítulo consta a sua referência.
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Aos autores e autoras do material didático pedagógico coletado, os nossos
sinceros agradecimentos, com certeza, vocês têm a alma nobre e estão contribuindo
imensamente com a qualidade da educação em nosso país.
Aos profissionais do ICG, envolvidos na organização deste Livro Didático
(vide Ficha Técnica na contracapa), os nossos agradecimentos.
A você em especial, estudante, oferecemos este material que servirá de guia e
de apoio para o estudo atento e sério, para a organização da pesquisa e para o
contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso Técnico em
Administração (CTA).
O ICG acolhe a todos e todas com respeito.
Profª Ma Sandra Isabel Chaves
Diretora Geral
Equipe Organizadora da Coletânea Digital
Profª Ma Sandra Isabel Chaves – Direção Geral
Profª Ma Angela Maria Naves da Silva – Assessoria Técnico-Pedagógica
Adriene Gomes – Bibliotecária - ( CRB1 2623)
Joana Chaves Pozzer – Secretária dos Cursos Técnicos
Prof. Luciano Galdino de Melo Resende – Informática Aplicada à Educação
Profª Geanne Cardoso – Matemática
Profª Cleide Coelho Martins – Língua Portuguesa
Dr. Fabrício Segato - Advogado
Maria Clara Ribeiro de Bragança – Estagiária do Curso Técnico em Redes de
Computadores
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Preâmbulo
Visão do ICG:
Socialização e produção do saber de excelência.
Missão do ICG:
Possibilitar a formação acadêmica e profissional com profundidade e
refinamento, em áreas específicas do conhecimento, habilitando os envolvidos na
busca de respostas inovadoras e criativas, aplicadas ao entendimento, à promoção e
a recuperação do bem-estar social de nossa população, que precisa ser a beneficiária
desse processo de produção científica, fortalecendo-se em valores coletivos e
democráticos, centrado no desenvolvimento humano, na inclusão social e cultural.
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1- ASCENSÃO DA TECNOLOGIA E BASE HISTÓRICA
Introdução
As transformações sociais da atualidade têm gerado mudanças profundas no
mundo do trabalho. Os desafios estão relacionados aos avanços tecnológicos e às
novas expectativas das empresas, que agora enfrentam mercados globalizados,
extremamente competitivos, os quais exigem mais qualidade com menor custo.
Nunca se falou tanto em Qualidade e Produtividade como nos tempos atuais.
Em todas as organizações especialmente nas mais complexas, as funções de
apoio administrativo são essenciais para o seu funcionamento. Assessoria e
gerenciamento tornaram-se indispensáveis para a sobrevivência das modernas
organizações, consequentemente, gerentes, administradores, contadores,
secretárias, assessores especiais de empresas, consultores, especialistas em
Recursos Humanos e Marketing, entre outros, são profissionais com alta demanda
no mercado de trabalho. Neste contexto, o papel do técnico em administração é
relevante para auxiliar os profissionais da gestão no alcance dos objetivos
organizacionais de modo eficiente e eficaz.
A Qualidade e a Produtividade sempre existiram, com maior ou menor
importância e intensidade nas empresas. Acontece que a constante evolução do
mundo moderno e principalmente, o desenvolvimento ultra rápido da tecnologia,
fizeram com que se abrisse um canal muito fluente de informações (veja, por
exemplo, o computador, os satélites, a televisão, a telefonia, etc.).
Com a informação o cliente passou a ficar muito mais conhecedor de seus
desejos e mais exigente, como também as empresas descobriram mais rapidamente
o que seus concorrentes estão fazendo de melhor.
Daí, a busca contínua de uma melhor qualidade, maior produtividade menores
custos, para alcançar um importante objetivo: a Competitividade.
1.1História dos Computadores
Uma breve história da informática mostra como a sua evolução, tem a ver
com essa busca pela melhoria contínua.
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O que é computador? Segundo o dicionário Houaiss, tem duas definições
para computador:
A. O que computa; calculador, calculista.
B. Máquina destinada ao processamento de dados; dispositivo capaz de
obedecer a instruções que visam produzir certas transformações nos
dados, com o objetivo de alcançar um fim determinado.
1.2 O início
Vamos inicialmente pegar a primeira definição. É sabido que os humanos
sempre tiveram a necessidade de calcular, seja para dividir os animais em grupos
definir os limites de suas terras ou repartir a comida. Usaram-se os dedos, fizeram-
se marcas na areia ou nas pedras, mas em um determinado momento esse tipo de
técnica já não era mais suficiente para cálculos mais complexos.
Fig. 1: Ábaco 1622 d.C. –
Há cerca de quatro mil anos (2000 a.C.), povos primitivos desenvolveram
sistemas de cálculo e numeração mais poderosos do que os até então existentes,
mas sem usar nenhum "aparelho" para isso. Por volta de quinhentos anos mais
tarde, surgia o primeiro instrumento capaz de calcular com precisão e rapidez.
Composto de varetas (pedaços de madeira dispostos paralelamente) e pequenas
bolas nascia o primeiro modelo de Ábaco conhecido. (Figura1)
Todavia, somente muito tempo depois surgia um modelo mais evoluído e que
é usado até hoje no oriente: o ábaco chinês. Existem diversos modelos de ábaco,
como o russo ou o japonês, mas a versão chinesa tornou-se a mais conhecida
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mundialmente. O ábaco mostrou-se tão eficiente e simples de usar que nada melhor
que ele surgiu até o século XVII.
Por volta do século XVII, pensadores do mundo todo se empenhavam em
desenvolver sistemas cada vez mais complexos e eficientes de calcular. Um dos
métodos mais eficazes descobertos na época foi criado pelo escocês John Napier,
que introduziu à comunidade científica o cálculo logarítmico em 1614. A própria
palavra logaritmo foi escrita pela primeira vez por Napier a partir do grego "logos"
(que significa razão) e "aritmos" (que quer dizer números). A junção das duas, em
português, seria algo como "razão dos números". Os cálculos e tabelas criadas por
Napier após exaustivas horas de cálculo foram usados por William Oughtred por
volta de 1620 para desenvolver a régua de cálculo.
Somente a partir do séc. XX com a busca de opções de cálculo e
processamento mais avançados foi quando surgiram os primeiros computadores na
acepção popular da palavra. O pulo para a geração seguinte se dá com o advento
de uma nova tecnologia que possibilita grandes avanços do poder de cálculo ou
descobertas que modificam a base de um computador.
Com a ajuda dos computadores, ocorreu a agilização da comunicação e essa
velocidade tem interagido de maneira tal que criou-se um feed back positivo entre a
evolução dos computadores e o progresso na comunicação. Esta, por sua vez, tem
permitido que resultados obtidos através de pesquisas em todo o mundo estejam
disponíveis mais rapidamente, propiciando avanço nas diversas tecnologias.
Informação gerando conhecimento para tecnologias que, por sua vez, geram mais
informação. Tudo isso, é óbvio, tendo a grande participação da computação. Houve
a criação das redes de computadores, as NETs (BITNET, INTERNET, INTRANET,
etc), onde o mundo inteiro pode se comunicar dentro de um piscar de olhos. Em
todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento, a informática
tem sido um dos campos que mais tem crescido atualmente. Este processo tem
atingido, sobretudo, as áreas de Negócio, Educação, Saúde e Lazer.
1.3 O computador realiza quatro operações básicas com dados:
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– Dispositivos de entrada (input);
– Unidade Central de Processamento (processing - CPU);
– Dispositivos de saída (output);
– Memória Primaria (Armazenamento-storage).
1.4 Como processa o computador?
Inicialmente, temos que obter toda a informação necessária para conhecer o
problema, definição e análise do problema (projeto lógico), a fim de elaborar o
algoritmo, conjunto de ações logicamente ordenadas, finita, sem ambiguidade, que,
quando executadas, solucionará um determinado problema. Depois, baseado no
algoritmo, escrevermos uma série de instruções lógicas e ordenadas para o
computador - isto se chama programa. A seguir, temos que entrar com o programa e
os dados, através de um dispositivo de entrada, como por exemplo, CD, Pendrive
e/ou teclado, para a execução da solução do problema (projeto físico), obtendo
assim o resultado desejado (informação) que leva a tomada de decisões.
Veremos a seguir que os conceitos básicos de informática mencionados
anteriormente também serão aplicados na Gestão da Qualidade e da Produção, com
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informações de entrada, processamento e saída que será o resultado para a tomada
de decisões, melhoria da qualidade e da produtividade.
2 - CONCEITOS DE QUALIDADE E SATISFAÇÃO DO CLIENTE
2.1 As diferentes abordagens da qualidade
As empresas têm a sua existência vinculada à satisfação das necessidades
sociais. Inicialmente, busca-se identificar as necessidades de todas as partes
interessadas pelo desempenho da empresa. Elas são posteriormente classificadas e
são definidos os meios para satisfazê-las.
Existem, basicamente, 5 definições de qualidade:
- Abordagem transcendental: vê a qualidade como um sinônimo de
excelência inata.
- Abordagem baseada em manufatura: preocupa-se em fazer produtos ou
proporcionar serviços que estão livres de erros, correspondendo
precisamente às suas especificações de projeto.
- Abordagem baseada no usuário: assegura que o produto ou serviço está
adequado ao seu propósito, considerando a conformidade às
especificações e a sua adequação às expectativas do consumidor.
- Abordagem baseada em produto: vê a qualidade como um conjunto
mensurável e preciso de características, que são requeridas para satisfazer
o consumidor.
- Abordagem baseada em valor: define a qualidade em termos de custo e
preço, defendendo que qualidade seja percebida em relação ao preço.
Definição: Qualidade é o grau no qual um conjunto de características inerentes
satisfaz a requisitos (NBR ISO 9000:2000, 3.1.1).
A melhoria da qualidade exerce forte influência sobre o bom desempenho
da produção e aumento dos lucros. As receitas podem ser incrementadas por
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melhores vendas e por preços mais altos no mercado. Os custos, por sua vez,
podem ser reduzidos pela melhor eficiência, produtividade e uso do capital. (Fig.2)
FONTE: SLACK (1999, p. 413)
FIGURA 2: Efeito da qualidade sobre receitas e custos
2.2 As diferentes dimensões do conceito da qualidade
Todas as organizações buscam maior competitividade a partir do cumprimento de
seus cinco objetivos de desempenho básicos:
FONTE: SLACK (1999, p. 60)
FIGURA 3: Objetivos de desempenho da organização
Os objetivos apresentam interações e trazem diversas vantagens às organizações:
Fazer certo as coisas Proporciona
Vantagem em qualidade
Fazer as coisas com rapidez Proporciona
Vantagem em rapidez
Fazer as coisas em tempo Proporciona
Vantagem em confiabilidade
Mudar o que você faz Proporciona
Vantagem em flexibilidade
Fazer as coisas mais baratas Proporciona
Vantagem em custo
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- Qualidade reduz custo e aumenta a confiabilidade;
- Rapidez reduz estoques e reduz riscos (previsões erradas, obsolescência,
etc)
- Confiabilidade economiza tempo (instalações preparadas, peças
disponíveis, etc.), economiza dinheiro e fornece estabilidade (aumenta o
nível de confiança nas operações).
- Flexibilidade agiliza as respostas a alterações do ambiente ou da
condição da empresa; maximiza o aproveitamento do tempo (ao se
adaptar rapidamente a novas situações); mantém confiabilidade
(mantendo a operação dentro do programado quando eventos imprevistos
perturbam os planos).
- O custo, por sua vez, é afetado por todos os demais objetivos de
desempenho.
Existem diversos efeitos sobre o ambiente externo, decorrentes da interação
entre todos os objetivos de desempenho, como tempo de entrega reduzido, preço
baixo, entrega confiável e atendimento às especificações do cliente.
2.3 Evolução histórica da qualidade
Ao longo do século XX, vários foram os enfoques dados ao gerenciamento da
função qualidade nas organizações, conforme exposto em MARTINS (2001, pp. 394-
395):
- Controle da Qualidade (desde 1900): consiste no desenvolvimento de
sistemas que monitoram o projeto, o processo de fabricação e assistência
técnica de um produto ou de um serviço.
- Controle Estatístico de Processos (1945): controle da qualidade realizado
utilizando-se técnicas estatísticas.
- Zero Defeito (1960): sistema de gestão da qualidade desenvolvido por
Philip Crosby.
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- Círculos de Controle da Qualidade (1962): reunião de pessoas que
investigam problemas de qualidade, desenvolvido por Kaoru Ishikawa.
- Controle da Qualidade Total (1980): sistema de gestão empresarial
baseado na qualidade, abrangendo toda a organização, desenvolvido por
Juran, Kaoru Ishikawa e F. W. Deming.
- Qualidade Assegurada (1980): consiste em oferecer uma garantia ao
cliente, assegurando que o produto ou serviço oferecido é confiável.
- Sistema ISO 9000 (1987): sistema para a garantia da qualidade de
produtos e serviços.
- Excelência empresarial (1987): sistema de avaliação da empresa,
envolvendo múltiplos aspectos. O Prêmio Nacional da Qualidade Malcolm
Baldridge foi criado naquele ano.
Juran, em 1951, publicou o livro ”Quality Control Handbook”, tornando-se a
obra mais importante para o aperfeiçoamento da qualidade tanto no Japão como nos
Estados Unidos. Para Juran, qualidade é o desempenho do produto que resulta
em satisfação do cliente, livre de deficiências.
Cada etapa do processo afeta a próxima etapa e assim por diante. Quando o
trabalho (produto ou serviço) passa de um empregado para outro, o receptor do
serviço é um cliente neste relacionamento e o processo torna-se um encontro de
necessidades.
Para alcançar resultados satisfatórios, as organizações devem focar três
aspectos:
- Planejamento da qualidade: preparação para encontrar as metas da
qualidade
- Controle da qualidade: encontro das metas da qualidade durante as
operações.
- Melhoria da qualidade: rompimento da situação atual.
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Essas três áreas compõem a Trilogia da Qualidade, mostrada na tabela 1:
TABELA 1- Componentes da Trilogia de Juran (QUALIDADE, 2003)
Juran estabeleceu quatro categorias da definição da qualidade:
- Qualidade do projeto: Pesquisa de mercado, concepção do produto e
especificações do projeto.
- Qualidade da conformidade: Tecnologia, potencial humano e
gerenciamento.
- Disponibilidade: Confiabilidade e manutenibilidade.
- Serviço de campo: Pontualidade, competência e integridade.
Deming foi quem primeiro levou a mensagem da qualidade ao Japão, em
1950, tendo sido o instrumento da transformação da indústria japonesa em uma
nova potência econômica. O seu método é filosoficamente humanístico: ele trata os
trabalhadores como seres humanos, não como engrenagens de máquinas. Para
Deming, a Administração é responsável por 85% dos problemas da organização.
(Fig.4)
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FIGURA 4: Reação em Cadeia de Deming
Deming estabeleceu 14 princípios, que retratam a sua filosofia, baseada na
melhoria de produtos e serviços através da redução das incertezas e variações.
1. Crie a constância de propósitos.
2. Adote uma nova filosofia.
3. Cesse a dependência da inspeção.
4. Não selecione fornecedores com base apenas no preço.
5. Melhore constantemente o sistema de produção e serviço
6. Institua o treinamento no trabalho.
7. Institua a liderança.
8. Elimine o medo.
9. Rompa as barreiras interdepartamentais.
10. Elimine slogans aos empregados.
11. Elimine cotas ou padrões de trabalho.
12. Remova as barreiras ao orgulho da execução
13. Institua um programa de educação e autoaperfeiçoamento
14. Execute as ações para a transformação.
As variações no processo, por sua vez, podem ter origens em diversos momentos,
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conforme ilustra a figura 5:
FIGURA 5: Origens das Variações no Processo de Produção
A figura acima lembra em algo os processos de entrada e saída
básicos de um computador?
Para conduzir e operar com sucesso uma organização é necessário dirigi-la e
controlá-la de maneira transparente e sistemática. O sucesso pode resultar da
implementação e manutenção de um sistema de gestão que é concebido para
melhorar continuamente o desempenho. A norma NBR ISO 9000:2000 identifica oito
princípios de gestão da qualidade:
a) Foco no cliente: Organizações dependem de seus clientes e, portanto, é
recomendável que atendam às necessidades atuais e futuras do cliente, os seus
requisitos e procurem exceder as suas expectativas.
b) Liderança: Líderes estabelecem a unidade de propósito e o rumo da
organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as
pessoas possam ficar totalmente envolvidas no propósito de alcançar os objetivos
da organização.
c) Envolvimento de pessoas: Pessoas de todos os níveis são a essência de
uma organização, e seu total envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam
usadas para o benefício da organização.
d) Abordagem de processo: Um resultado desejado é alcançado mais
eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são gerenciados
como um processo.
e) Abordagem sistêmica para a gestão: Identificar, entender e gerenciar os
processos inter-relacionados, como um sistema contribui para a eficácia e eficiência
da organização no sentido desta atingir os seus objetivos.
f) Melhoria contínua: Convém que Melhoria contínua do desempenho global
da organização deve ser um objetivo permanente.
g) Abordagem factual para tomada de decisão: Decisões eficazes são
baseadas na análise de dados e informações.
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h) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores: Uma
organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de
benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos de agregar valor.
2.4 Satisfações de clientes internos e externos
As organizações devem, para cumprir as exigências do requisito 8.2.1 da
norma NBR ISO 9001:2000, estabelecer métodos para determinação,
monitoramento e feedback da satisfação e insatisfação do cliente em estágios
apropriados da realização do produto/serviço.
Devem ser especificadas a metodologia e forma de medições a serem usadas
para obter o conhecimento do cliente, assim como a frequência das revisões. A
efetividade das medições implementadas deve ser periodicamente reavaliada.
A organização deve analisar os resultados das medições de satisfação de
clientes em uma base contínua, para tomar ações apropriadas. Tendências na
insatisfação e satisfação do cliente devem ser documentadas e comparadas com
dados relevantes de mercado.
A organização deve estabelecer e documentar as metas de satisfação do
cliente para atender às suas expectativas. Uma importante visão funcional da
empresa é de que ela constitui um sistema, em que os processos devem fluir com
eficiência e interação entre os diversos setores.
Definição: Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,
em conjunto, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam
determinada função (OLIVEIRA, 1998, p. 35).
Os componentes dos sistemas organizacionais podem ser descritos como (Fig.6):
a) Objetivos: constituem a razão de existência do sistema, ou seja, a
finalidade para qual o sistema foi criado.
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b) Entradas de insumos: recursos materiais e humanos, tecnologia,
informação, capital. Estes recursos devem ser suficientes para as
necessidades do sistema.
c) Processo de transformação: transformação dos insumos em produtos e
serviços que vão satisfazer as necessidades dos grupos de interesses. O
processamento deve atingir os objetivos definidos (produtividade,
qualidade, lucratividade).
d) Saída de resultados: produtos e serviços resultantes das operações de
transformação. Incluem-se também as sobras e dejetos. As saídas devem
se adequar às necessidades do mercado.
e) Controles e avaliações: verificação da adequação das saídas com os
objetivos estabelecidos. É necessário haver uma medida de desempenho
do sistema, chamada padrão.
f) Retroalimentação, realimentação ou retroação (feedback):
reintrodução de uma saída sob a forma de informação. Instrumento de
controle em que as informações realimentadas são resultados das
divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os
parâmetros previamente estabelecidas.
FONTE: BULCAVOV (1999, p. 23)
FIGURA 6: Padrão de controle do sistema
As empresas são compostas de um conjunto organizado de subsistemas
inter-relacionados e interdependentes, que apresentam as seguintes características:
- conjunto de partes (pessoal, financeiro, operacional, etc.);
- interação e dependência (por meio de um subsistema de comunicação);
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- atividades especializadas (para atingir os objetivos da organização).
Existe uma forte e contínua interação entre a empresa e o ambiente em que
ela opera. As organizações são sistemas sociais abertos, em permanente
intercâmbio com o seu ambiente (fluxos contínuos de entradas e saídas de matéria,
energia e/ou informações) e em equilíbrio dinâmico.
Os processos desenvolvidos internamente devem ser compatíveis com o
ambiente, além de flexíveis e capazes de sofrer ajustes periódicos.
Definição: Ambiente de um sistema é o conjunto de elementos que não pertencem
ao sistema, mas:
- qualquer alteração no sistema pode alterar os elementos; e
- qualquer alteração nos elementos pode mudar ou alterar o sistema (OLIVEIRA,
1998, p. 37).
A segunda situação é mais fácil de ocorrer do que a primeira. O ambiente de um
sistema, representado por uma empresa, pode ser visto na figura 7:
FONTE: OLIVEIRA (1998, p. 37)
FIGURA 7: Ambiente de um sistema empresarial
A primeira prioridade da empresa são os consumidores. Porém, existem
outros tipos de pessoas afetadas pelo seu desempenho, tanto no ambiente interno
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(empregados, proprietários) como externo (governo, fornecedores, etc.). A tabela 2
apresenta uma relação de partes interessadas pela operação da empresa.
TABELA 2- Objetivo das empresas
Objetivo
principal
Partes
interessadas
Meios
Satisfação
das
necessidades
das pessoas
Consumidores Qualidade do produto. Serviço pós-vendas.
Preços adequados. Honestidade e atendimento.
Empregados Compensação justa. Carreira. Segurança. Clima
de trabalho. Crescimento do ser humano
Acionistas Expansão e continuidade. Rentabilidade.
Retorno sobre o investimento
Comunidade Contribuição social. Controle ambiental.
Fornecedores Bilateralidade. Cumprimento de acordos.
Continuidade.
Governo Investimento e crescimento. Fonte de emprego.
Impostos. Legalidade operacional.
FONTE: Adaptado de CAMPOS (1992, p. 13) e BULGACOV (1999, p. 25)
As expectativas e percepções são influenciadas por diversos fatores. Alguns
não podem ser controlados pela empresa, enquanto outros podem ser gerenciados.
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FONTE: SLACK (1999, p. 413)
FIGURA 8: Qualidade percebida
A qualidade pode ser vista como o resultado da comparação das expectativas
do consumidor sobre o produto/serviço com sua percepção de desempenho,
conforme mostrado na figura 8:
A qualidade é considerada alta quando a experiência com o produto/serviço é
melhor que a esperada, sendo baixa quando não atender às expectativas. Se o
produto/serviço corresponder ao desempenho esperado, a qualidade é considerada
aceitável.
A figura 9 mostra as etapas a serem seguidas por uma empresa, após a
Parâmetros
de qualidade
do produto
Parâmetros
de qualidade
do produto
Metas
atingidas ?
Metas
atingidas ?
Pesquisa de
satisfação dos
clientes
Pesquisa de
satisfação dos
clientes
Definir
unidade
piloto
Definir
unidade
piloto
Capacitar equipe
para o projeto
Capacitar equipe
para o projeto
Avaliação da
sistemática atual de
monitoramento do
processo / produto
Avaliação da
sistemática atual de
monitoramento do
processo / produto
Definição de metas
de desempenho
para parâmetros
de Monitoramento
Definição de metas
de desempenho
para parâmetros
de Monitoramento
Definição do
Plano de Ação
para atingir
metas de
desempenho
Definição do
Plano de Ação
para atingir
metas de
desempenho
Redefinição dos
mecanismos
de Monitoramento
Redefinição dos
mecanismos
de Monitoramento
Estudo dos valores
atuais dos parâmetros
de monitoramento
Estudo dos valores
atuais dos parâmetros
de monitoramento
Implementação do
Plano de Ação
Implementação do
Plano de Ação
Avaliação
das metas e
do Plano de
Ação
Avaliação
das metas e
do Plano de
Ação
Verificação da
implementação
Verificação da
implementação
Não
Sim
Avaliação /
desdobramento
do programa
Avaliação /
desdobramento
do programa
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realização de uma pesquisa de satisfação de clientes.
FONTE: Apostila de Treinamento ISO 9001:2000 Interpretação e Implementação -
Bureau Veritas – Rev. 10 – Módulo IV, p. 8
FIGURA 9: Análise da satisfação do cliente como base para a melhoria contínua
3 - FERRAMENTAS PARA MELHORIA DO DESEMPENHO
3.1 Descrição das ferramentas básicas e gerenciais da qualidade
As ferramentas básicas da qualidade são: Fluxograma; Folha de Verificação;
Diagrama de Pareto; Histograma; Diagrama de Causa e Efeito; Diagrama de
Dispersão; Gráfico de Controle.
Existem ainda diversas outras ferramentas relevantes, como o FMEA (Failure
mode effect analysis), Brainstorming e Análise da Satisfação do Cliente.
A tabela 3 mostra os tipos de gráficos e ferramentas analíticas da qualidade
que podem ser empregadas em cada situação, dependendo dos objetivos a serem
apresentados.
TABELA 3 - Objetivos e tipos de gráficos adequados para uso
Objetivo do gráfico Tipo de gráfico adequado
Divisão de um todo por
componentes Setorial, barras
Comparação de itens Setorial, barras, linhas ou curvas
Variação de tempo Barras, sequencial, carta de
controle
Frequência de classes de
variação Histograma, Pareto
Estabelecimento de prioridades Pareto
Correlação entre variáveis Dispersão
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FONTE: TAKASHINA (1996, p. 55)
3.2 Ciclo PDCA
Muito utilizado para manter e melhorar as diretrizes de controle (metas a
serem alcançadas para garantir a satisfação das necessidades das pessoas).
Para a manutenção da qualidade, o ciclo é chamado de PDCA, sendo composto
pelas seguintes ases:
- S (standard): manter a meta-padrão e o procedimento operacional padrão (POP)
- D (do): execução, relacionada ao cumprimento do POP.
- C (Check): verificação, relacionada à confirmação da efetividade do POP
- A (Action): Ação corretiva, que
deve atuar na remoção do
sintoma, com ação na causa/
FIGURA 10: Ciclo PDCA
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3.3 Diagrama de Ishikawa
Os processos são formados por um conjunto de recursos e atividades, que
transformam insumos em produtos. Uma vez que para haver um efeito (produto) são
necessárias causas, podemos entender o processo como um conjunto de causas,
conforme mostra o Diagrama de Ishikawa (figura 11):
FONTE: TAKASHINA (1996, p. 7)
FIGURA 11: Diagrama de Ishikawa aplicado ao processo
DIAGRAMA DE ISHIKAWA, também é conhecido como espinha de peixe: (Fig 11.1)
Figura 11.1: Diagrama de Ishikawa: Razões e Benefícios
Ao se fazer a análise dos dados obtidos, é importante conhecer as possíveis
causas de variação dos processos para que sejam definidas ações efetivas.
Exemplos são mostrados na tabela 4.
Matéria-
primaMáquina Medida
Meio
ambienteMão-de-
obraMétodo
PRODUTO
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Tabela 4- Causas de variação dos processos
Causa de
variação
Exemplos
Máquina Origem no equipamento
- Deficiência na manutenção
- Deterioração por deslizamento
- Deterioração por rotação
Matéria Prima Origem no armazenamento
- Temperatura de armazenamento
- Umidade no armazém
- Prazo de validade vencido
Origem no Transporte
- Carregamento
- Embalagem
Origem no fornecedor
- Controle de qualidade
Medida Origem no instrumento
- Calibração
- Manutenção
Origem no método - Treinamento das pessoas
Origem nas condições locais
Mão de Obra Origem na condição mental
Origem na condição
emocional
Origem na condição física - Doença, desconforto
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Método Origem no procedimento de
operação
- Documento inexistente ou confuso
Origem na especificação ou
desenho
- Desatualizado
Meio
Ambiente
Origem nas condições de
trabalho
- Limpeza, umidade, temperatura,
iluminação
Origem no clima - Chuva, verão , inverno
A figura 12 apresenta os possíveis pontos de medição no processo, relacionados às
categorias de Ishikawa.
SISTEMA DE MEDIÇÃO
A B E F
C D
PRODUTO
INSUMO
SPROCESSO
PESSOAL MEDIDAS AMBIENTE
SISTEMA DE MEDIÇÃO
EQUIPAMENTOSMATERIAIS MÉTODOS
FIGURA 12: Pontos de controle do processo
3.4. Os princípios do Benchmarking
3.4.1 Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que
conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo
por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a
fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de
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comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de
benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark.
Apesar do seu neologismo, "Benchmarketing" é mais do que uma simples
combinação de palavras - exprime uma filosofia. Este processo não se limita na
simples identificação das melhores práticas, mas, principalmente, na sua divulgação
através das diversas técnicas do Marketing. "Benchmarking é simplesmente o
método sistemático de procurar os melhores processos, as idéias
O que é o Benchmarking?
Benchmarking é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos
produtos, serviços e processos de trabalho das organizações que são reconhecidas
como representantes das melhores práticas com a finalidade de comparar
desempenhos e identificar oportunidades de melhoria na organização que está
realizando (ou monitorando) o benchmarking.
3.4.2 Sistemático
O Benchmarking não é um método aleatório de recolher informação, mas
trata-se de um processo sistemático estruturado etapa a etapa, com o objetivo de
avaliar os métodos de trabalho no mercado.
Os outputs deste processo proporcionam às empresas comparar os seus
produtos, serviços e métodos de trabalho com os das organizações representantes
das melhores práticas.
É um processo gerencial permanente, que requer atualização constante da
coleta e análise cuidadosa daquilo que há de melhor externamente em práticas e
desempenho para as funções de tomada de decisões e de comunicações em todos
os níveis da empresa. Um processo que obriga ao teste constante das ações
internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria.
É um processo de descoberta e de uma experiência de aprendizagem. Exige
a identificação das melhores práticas e a projeção do desempenho futuro.
A ideia por trás do benchmarking é de que ninguém é melhor em tudo. Então,
“copiar” modelos de outras empresas significa “economizar” tempo e trabalho.
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Por definição, as “cópias” nunca serão iguais. Haverá sempre ajustes,
adaptação e aprimoramentos, o que garante a “evolução” da ideia original.
3.4.3Tipos de Benchmarking
a) Benchmarking competitivo
Caracteriza-se por ter como alvo específico as práticas dos concorrentes. Na
prática, é o menos usual uma vez que é quase impossível que as empresas se
prestem a facilitar dados que estão ligados diretamente com a sua atividade à
concorrência. Por isso muitas vezes é necessário contratar uma consultora externa
para obter informações sobre o Benchmarking Competitivo.
b) Benchmarking interno
A procura pelas melhores práticas ocorre dentro da própria organização em
unidades diferentes (outros departamentos, sedes, etc.). Tem como vantagens a
facilidade para se obter parcerias, custos mais baixos e a valorização pessoal
interna. A grande desvantagem é que as práticas estarão sempre impregnadas com
os mesmos paradigmas. Este é o tipo mais utilizado.
c) Benchmarking genérico
Ocorre quando o Benchmarking é baseado num processo que atravessa
várias funções da organização e pode ser encontrado na maioria das empresas do
mesmo porte, como por exemplo, o processo desde a entrada de um pedido até a
entrega do produto ao cliente. É neste tipo de Benchmarking que encontramos a
maioria dos exemplos práticos e onde as empresas estão mais dispostas a colaborar
e a ser mais verdadeiras.
d) Benchmarking funcional
Baseado numa função específica, que pode existir ou não na própria
organização e serve para trocarmos informações acerca de uma atividade bem
definida como, por exemplo, a distribuição, o faturamento ou embalagem. Alguns
autores vinculam o conceito de benchmarking funcional ao benchmarking genérico,
pela possibilidade dos mesmos serem utilizados sem se levar em consideração a
concorrência direta da organização que aprende ou patrocina o estudo e a
organização "investigada".
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3.4.4 Conceito
Benchmarking é uma técnica que consiste em acompanhar processos de
organizações concorrentes ou não, que sejam reconhecidas como representantes
das melhores práticas administrativas. É um processo de pesquisa, contínuo e
sistemático, para avaliar produtos, serviços e métodos de trabalho, com o propósito
de melhoramento organizacional, procurando a superioridade competitiva.
Isto é, o benchmarking consiste na procura de melhores práticas de
administração, como forma de ganhar vantagens competitivas. Faz uso de pontos de
referências que funcionam em vez de criar algo novo.
O Benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. O seu
propósito é estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de
desempenho das organizações através de um processo de aprendizagem. Isto é
feito de duas maneiras:
1 – Identificando resultados excelentes, geralmente mensurados através de
métricas ou indicadores. Tais resultados servem de estímulo para os esforços de
melhoria e dão uma garantia que, através de esforços inteligentes, tais resultados
poderão ser igualados.
2 – Identificando as chamadas melhores práticas que, geralmente com
alguma adaptação à cultura e às peculiaridades da organização, podem servir de
referência para uma mudança que leve a melhores resultados.
O objetivo principal de se fazer benchmarking é implementar mudanças que
levem a melhorias significativas nos produtos e processos da organização e,
consequentemente, nos seus resultados. Qualquer organização, pública ou privada,
com ou sem fins lucrativos, de qualquer setor ou porte, pode utilizar o Benchmarking
para entender e melhorar os seus processos [2].
O benchmarking é uma das formas mais eficazes de se estabelecer metas e
tem um efeito motivacional grande junto às equipes.
3.4.5 Processo de Benchmarking
O processo de Benchmarking tem, em geral, 5 fases: planejamento, coleta de
dados, análise, adaptação e implementação. Mas a metodologia mais detalhada,
descrita por CAMP (1998) apresenta as seguintes etapas:
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1. Identificar empresas→ comparativas
2. Definir método e coletar dados
3. Determinar a lacuna de desempenho
4. Projetar níveis de desempenho futuro
5. Comunicar descoberta dos marcos de referência e obter aceitação
6. Estabelecer metas funcionais
7. Desenvolver plano de ação
8. Implementar ações específicas e monitorar progresso
9. Recalibrar marcos de referência
(Segundo a pesquisa Management Tools & Trends 2005, feita pela Bain &
Company, o Benchmarking é a terceira ferramenta de gestão mais usada pelas
empresas).
3.4.6 Histórico
Enquanto o Benchmarking é o processo de identificação de referenciais de
excelência, o Benchmark é o referencial de excelência em si. A origem do termo
Benchmark parece estar nas marcas de referência usadas nas medições
topográficas.
Pode-se dizer que o processo benchmarking foi inserido no ambiente de
negócios pela Xerox, que o definiu como “o processo contínuo para medir os nossos
produtos, serviços e práticas com os mais fortes concorrentes ou com as
companhias reconhecidas como líderes da indústria”.
3.4.7 O que Benchmarking é, e o que ele não é (Características)
O benchmarking é...
- Um processo contínuo
- Uma investigação que fornece informações valiosas
- Um processo de aprendizagem com outros
- Um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina
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- Uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo
O benchmarking não é...
- Um evento isolado
- Uma investigação que fornece respostas simples e “receitas”
- Cópia, imitação
- Rápido e fácil
3.4.8 Metodologia de implementação de um processo de Benchmarking
O processo de implementação está dividido em cinco fases, que por sua vez,
estão subdivididas em atividades e estas em tarefas. As cinco fases deste processo,
são:
Planejamento
Identificação do item
Obtenção do apoio da Direção
Desenvolvimento do sistema de medida
Desenvolvimento do plano de coleta de informação
Revisão dos planos
Caracterização do item
Coleta interna de informação
Coleta e Análise de Informação Publicada Internamente
Seleção de potenciais parceiros internos
Caracterização do item em cada parceiro
Coleta Interna de Dados
Realização de visitas aos parceiros
Coleta externa de informação
Como já foi dito, as atividades constituintes desta fase são uma repetição das
descritas na fase anterior, e estão divididas para efeitos de concepção em duas
grandes atividade:
Coleta de informação publicada externamente
Coleta de dados externos
Melhoria do desempenho do item
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Esta fase não é mais do que decidir quais as melhores práticas a aplicar. Sua
metodologia de implementação é crítica, pois requer análises muito cuidadosas de
grande quantidade de informação recolhida, bem como a interpretação dos
elementos no contexto da organização. Envolve:
Identificação das Ações Corretivas
Desenvolvimento do Plano de Implementação
Obtenção da Aprovação da Solução
Implementação e Verificação da Solução
Melhoria contínua
Nesta altura, após terem sido alcançados os objetivos a que se propusera, a
organização tem duas alternativas: direcionar os esforços para a melhoria de outro
item e nada fazer pelo primeiro ou continuar a trabalhar na melhoria do desempenho
do item. Quando se abandonam os esforços de melhoria contínua, o melhor que
pode acontecer é que o desempenho se mantenha estável. No entanto, as
organizações concorrentes poderão estar a trabalhar em melhoria contínua, o que
vai provocar, num futuro próximo, um novo desvio negativo no desempenho do item.
É claro que é preferível continuar os esforços de melhoria do item, e para tal
deverão ser realizadas duas atividades:
Manutenção da base de dados
Implementação da melhoria contínua do desempenho
3.4.9 Casos de sucesso
“Na Federal Express, o capital intelectual de toda o nosso pessoal é o nosso
recurso mais valioso. Por isso, a aprendizagem rápida é tão importante na
Federal Express e noutras organizações que têm que conseguir mudanças
rápidas. Estudar e aprender com as melhores práticas é de uma importância
crítica, para todos aqueles gestores que desejam levar a sua organização
para o circulo dos vencedores.”
Michael E. Reed Managing Director of Operations Audit and Quality Federal Express
1990 Malcolm Baldrige Nacional Quality Award Winner
“Aprender através do Benchmarking tem sido fenomenal na Ameritech. Os
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gestores compreendem quão insensato pode ser reinventar a roda
permanentemente, quando em vez disso, pode-se aprender com os outros na
criação de ideias inovadoras para o redesenho de processos.”
Orval L. Brown Process Architecture / Benchmarking Manager Ameritech
“O Benchmarking tornou-se uma das principais ferramentas para a gestão
pela qualidade total. Muitas das vezes o processo de Benchmarking permite a
tomada de consciência necessária para levar a cabo as mudanças profundas
e radicais no desempenho das organizações, que normalmente são
desesperadamente ambicionadas."
A. Blanton Gogfrey Chief Executive Officer Juran Institute, Inc.
“Para vencer os desafios do amanhã, a BC Telecom sabe que tem que
competir hoje com os melhores. Os conceitos inovadores do Benchmarking,
em vez das tradicionais soluções, têm sido essenciais para o nosso sucesso”
Brian A. Canfield Chairman and Chief Executive Officer British Columbia
Telecommunications Company
“O benchmarking é uma ferramenta poderosa, pois pode ser aplicada a todas
as funções da nossa organização”
Roland Loesser Chief finacial Officer Sandoz Corporation.
3.5 Brainstorming
Constitui um procedimento que visa estimular a criatividade, separando
a geração de ideias da sua avaliação e organização. A técnica tem como
objetivo produzir uma lista extensa de ideias que possam ajudar no
desenvolvimento do tema, por meio da geração de ideias sem nenhum tipo de
censura ou crítica. O Brainstorming é recomendado para:
- geração de um grande número de ideias;
- exploração de alternativas melhores;
- identificação de oportunidades detectadas por aqueles que estão mais
próximos da atividade.
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As aplicações mais comuns se referem à busca de:
- problemas, por meio da análise de áreas problemáticas;
- fatos que levem à definição de um problema;
- ideias que auxiliem a solução de problemas;
- critérios para avaliação de soluções de problemas;
- aceitação pelo desenvolvimento participativo de um plano de ação e sua
implementação.
Um Brainstorming pode ser constituído das seguintes etapas:
- preparação: consiste na seleção de participantes que possam contribuir
para o tema desenvolvido; circulação do enunciado, da forma mais geral
possível, evitando canalizar as respostas;
- condução da sessão: envolve a apresentação das regras que
conduzirão a reunião; treinamento, por meio de exercícios simples, de
modo a testar a absorção das regras; apresentação do problema, que
deve ficar sempre visível para todos; geração de ideias, segundo uma
sequência ou de forma espontânea; e registro das ideias;
- registro final: análise dos dados quanto à pertinência do tema, eliminado
ideias alheias ao mesmo.
3.6. Diagrama de Pareto
FINALIDADE: Mostrar as contribuições
relativas das falhas que produzem um
problema. Separar as poucas causas
críticas das muitas triviais (tipicamente, 80%
das ocorrências de um problema devem-se
a 20% das causas). Identificar onde os
esforços devem ser priorizados.
PASSOS PARA CONSTRUÇÃO:
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- Determine as possíveis causas de um problema.
- Usando uma Folha de Verificação, determine o número de vezes em que o
problema ocorreu, em dado intervalo de tempo, devido a cada causa.
- Crie o Diagrama de Pareto, desenhando barras verticais cujas alturas reflitam o
número de ocorrências de cada causa. No lado esquerdo ficam as causas com
maior frequência, com barras sucessivamente menores à direita, segundo a
freqüência de ocorrência.
- Desenhe a linha de freqüência acumulada.
FIGURA 13: Diagrama de Pareto
3.7. Histograma
FINALIDADE: Mostrar e entender como um conjunto de dados se distribui. Ilustrar a
variabilidade de um processo.
PASSOS PARA CONSTRUÇÃO:
- Conte a quantidade de valores coletados na distribuição.
- Determine a amplitude da tabulação (Maior valor – Menor valor)
- Determine o número de classes (k): <
50: k = 5 - 7; 50-100: k = 6-10; 100 –
250: k= 7-12; > 250: k= 10-20
- Determine o intervalo de classe (H). H
= R/K (pode ser conveniente
arredondar H).
- Determine os limites de cada classe.
Inicie pela menor medida individual da
tabulação, que pode ser arredondado
para um valor apropriadamente menor.
- Construa uma tabela de frequências,
contendo os campos Classe – Limites de Classe – Freqüência.
FIGURA 14: Histograma
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3.8. Diagramas e fluxogramas de análise de processos
Um processo é uma série de atividades, envolvendo pessoas e outros
recursos, com o objetivo de produzir algo de valor. Sua análise é essencial para
reduzir desperdícios de recursos.
A gestão estratégica dos processos visualiza a empresa como um sistema.
Existem diversas atividades inter-relacionadas, com grandes possibilidades de
melhoria de desempenho nas interfaces entre as áreas.
Definição: Processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas
que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas) (NBR ISO 9000:2000,
3.4.1).
O sistema de produção constitui um macro processo de transformação. As
entradas são os recursos aos quais será agregado valor durante o processo de
transformação. Os principais insumos são:
- recursos materiais: matérias-primas, componentes pré-fabricados, etc;
- recursos humanos: funcionários, serviços de terceiros, etc;
- recursos de capital: máquinas, instalações, etc;
- recursos de informações: bancos de dados, relatórios, etc.
As empresas implementam uma cadeia de processos internos, chamada
cadeia cliente-fornecedor. Os produtos que fluem entre os vários processos podem
ser: matérias-primas, serviços, informações e materiais processados.
Cada processo deve contribuir no alcance dos objetivos da Empresa.
Portanto, cada processo deve ser medido em relação aos seus objetivos, que
refletem a sua contribuição para os objetivos da Empresa.
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Recursos
transformados
Input
Materiais
Informações
Consumidores
Instalações
Pessoal
Recursos de
transformação
Input
INPUT PROCESSO
DE TRANSFORMAÇÃO OUTPU
T
Bens
e
serviços
Os objetivos dos processos tem origem nos objetivos da empresa, requisitos
dos clientes e informações de benchmarking.
A figura 15 mostra os elementos de entrada e saída do processo. A relação entre os
vários processos da empresa é ilustrada na figura 16. A influência do ambiente
externo é mostrada na figura 17.
FONTE: SLACK (1999, p. 32)
FIGURA 15: Sistema de produção
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FIGURA 16: Inter-relacionamento de processos
FIGURA 17: Relação entre o processo e o ambiente empresarial
Eficácia significa realizar as coisas certas, pontualmente e com os requisitos de
qualidade especificados. A eficácia está na saída do processo. A sua medida pode
ser expressa como:
Eficácia = Output obtido / output esperado
Fizemos aquilo que nos propusemos a fazer?
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Definição: Eficácia é a extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e
os resultados planejados, alcançados (NBR ISO 9000:2000, 3.2.14).
Eficiência é medida na entrada do processo. Refere-se a consumo de recursos.
Quantos recursos consumimos, em relação ao que nos propusemos a consumir?
Definição: Eficiência é a relação entre o resultado alcançado e os recursos usados
(NBR ISO 9000:2000, 3.2.15).
Será agora avaliada uma importante ferramenta para a análise e melhoria de
processos.
3.9 O programa 5S’s
O 5S’s é uma filosofia japonesa criada em maio de 1950, pelo Centro de Educação
para a Qualidade, sobre a liderança do Dr. Kaoru Ishikawa. O programa 5S’s
enfatiza a manutenção da ordem do ambiente de trabalho, favorecendo a eficiência,
melhores condições de trabalho e
eliminação de desperdícios,
consequentemente permitindo
maior segurança, qualidade e produtividade.
AUTO-
DISCIPLINA
SENSO DE
UTILIZAÇÃO
SE
NS
O D
E
OR
DE
NA
ÇÃ
OSE
NS
O D
E
SA
ÚD
E
SENSO DE
LIMPEZA
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FIGURA 18: Elementos do Programa 5S
No Japão o 5Ss é uma prática desenvolvida desde a família, onde os pais
ensinam a seus filhos princípios comportamentais que os acompanham até fase
adulta. Após Ter sido ocidentalizado, o 5S’s ficou conhecido como
Housekeeping (Ribeiro, 1994).
Os cinco sensos são derivados da palavra latina SEI que significa em
português senso (Prazeres, 1996). A denominação 5S’s é oriunda das iniciais de
cinco palavras japonesas: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU e SHITSUKE. O
significado destas palavras, bem como o sentido atribuído às mesmas no programa
5S’s são:
O 5S foi formalmente lançado no Brasil em 1991 através da Fundação
Christiano Ottoni. Ele é constituído por cinco palavras japonesas iniciadas por S
utilizadas para criar um local de trabalho adequado ao controle visual e à produção
enxuta.
Tabela 5 – Significado dos termos do Programa 5S
5S Produção Administração
Seiri (seleção,
classificação)
Identificação de
equipamentos, ferramentas
e materiais necessários e
desnecessários nas oficinas
e postos de trabalho.
Identificação de dados e
informações necessários e
desnecessários para as
decisões.
Seiton (ordenação) Determinação de local
específico ou layout para os
equipamentos serem
localizados e utilizados a
qualquer momento.
Determinação de local de
arquivo para pesquisa e
utilização de dados a
qualquer momento.
Seiso (limpeza, zelo) Eliminação de pó, sujeira e Atualização contínua e
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objetos desnecessários,
mantendo a limpeza nos
postos de trabalho.
renovação de dados para
tomar as decisões corretas.
Seiketsu (asseio, higiene) Ações consistentes e
repetitivas, visando
arrumação, ordem e
limpeza, tendo o cuidado
para evitar que os estágios
anteriores não retrocedam.
Estabelecimento,
preparação e
implementação e
informações e dados, de
fácil entendimento, que
serão úteis e práticos para
as decisões.
Shitsuke (autodisciplina) Hábito para cumprimento de
normas e procedimentos
estabelecidos, para
atendimento às
especificações cliente.
Hábito para cumprimento de
normas e procedimentos
determinados pelas
empresas.
Fonte: Adaptado de CAMPOS (1992, p. 174), BULGACOV (1999, p. 115) e
VOCABULÁRIO LEAN
A essência e os objetivos do 5S’s estão, segundo experiências de empresas
japonesas, na “fé”. “Somente quando os empregados se sentirem orgulhosos por
terem construído um local de trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo
continuamente, Ter-se-á compreendido a verdadeira essência do 5S’s” (Silva, 1996,
p.23).
O 5S’s já foi bastante aplicado. O grande problema é que em muitas das
aplicações o foco, foi, basicamente, no chamado “faxinão”. O objetivo maior do
programa não foi atingido, ou seja, pouco se fez para criar um ambiente realmente
voltado à qualidade.
Outro problema é o fato do 5S’s Ter sido concebido, originalmente, para
trabalhar ambientes fabris. Quando se considera a aplicação do 5S’s no setor de
serviços devem ser levadas em conta as características intrínsecas do setor, como
por exemplo, o alto grau de intangibilidade envolvido.
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Estes fatores motivaram o desenvolvimento de um programa de 5S’s com as
características do BESC. O 5S’s-BESC busca resgatar a essência dos programas
tradicionais 5S’s, baseando-se, sobretudo, na sinergia dos resultados advindos da
ação em grupo.
5S-BESC : Ação em um Grupo, Sinergia e Resultados
Embora o 5S’s, na sua concepção original, tenha como objetivo a melhoria do
ambiente do trabalho, nota-se que em muitas aplicações em empresas brasileiras,
existe a preocupação em aplicar os dois primeiros S’s, fato pelo qual criou-se o
paradigma que a ferramenta serve para realizar a faxina na empresa, provocando
uma resistência inicial por parte dos empregados e até mesmo entidade de classe.
Outra característica que fica evidente na literatura, é o fato de que, embora
diversos autores citem a importância do trabalho em grupo para o sucesso do 5S’s,
pouco se discute sobre a forma de como conduzi-lo. A maneira de introduzir o
trabalho em grupo na organização, e o procedimento utilizado para que o mesmo
agregue valor na cadeia do banco, foram ideias centrais utilizadas para o
desenvolvimento do 5S-BESC.
Como já citado, um dos pilares do 5S-BESC é o trabalho em grupo. O
procedimento utilizado para a formação dos grupos ou equipes é:
A alocação das outras pessoas a cada equipe é realizada através da lista de
colaboradores agrupadas por categoria. Por exemplo, todos os chefes, por
ordem alfabética, vão preenchendo as cinco equipes, seguindo a ordem do
5S-BESC;
O número de facilitadores por equipe deve ser determinado em função do
número de pessoas da unidade. Recomenda-se a presença de no mínimo
dois facilitadores por equipe;
O gerente geral deverá ficar na primeira equipe (seleção), de forma a criar um
sentido de “liderança”, ou de acordo com a filosofia da qualidade, mostrar que
a direção da empresa está comprometida com o programa;
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O gerente administrativo deverá ficar na última equipe (sustentação), pois,
dentro da estrutura de uma agência, o gerente administrativo é pessoa que
tem mais condições de dar continuidade ao processo de aplicação, pelo fato
de ser responsável por toda a administração de recursos humanos e
patrimoniais da agência.
O procedimento adotado para a formação das equipes possibilita que as
mesmas possuam características extremamente heterogêneas, ou seja, serem
compostas por pessoas que executam diferentes funções na unidade, por exemplo,
caixas, zeladores, escriturários, guardas, estagiários e contratados. Aqui ocorre uma
importante quebra de paradigma, uma vez que todos na equipe passam a Ter o
mesmo espaço e exercer atividades coordenadas pelo facilitador, que até então não
desenvolvia função de chefia.
Um dos resultados incessantes obtidos através do 5S-BESC foi o aumento da
delegação. A partir do momento em que os administradores das unidades
começaram a sentir maior confiança no grupo, estes passaram a delegar com maior
frequência. Em contrapartida os funcionários cada vez mais se sentiram valorizados,
e, consequentemente mais motivados para a execução das atividades a eles
delegadas.
Outro fato notório foi o surgimento de novos líderes dentro das unidades.
Diversas pessoas que ficavam isoladas em suas atividades, quando tiveram
oportunidades de realizarem novas atividades, mostraram um talento até então
ignorado pela gerência da unidade.
Um dos resultados mais importantes do 5S-BESC foi o fato de que, a partir do
momento que foi atribuído responsabilidade às pessoas (equipe) para condução das
atividades, houve um aumento do comprometimento das mesmas com os resultados
a serem atingidos, justificando um dos objetivos básicos do 5S-BESC, que é a
mudança cultural: indivíduo isolado sem foco em resultados, para a ação em grupo
orientada a resultados.
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Em japonês, chama-se “muda” qualquer atividade que consome recursos, mas
não cria valor.
Segundo Taiichi Ohno, existem sete tipos de desperdícios (muda) encontrados
comumente na produção física. São eles:
excesso de produção antes da demanda;
tempo de espera pela próxima etapa de processamento;
Transporte desnecessário de materiais ( por exemplo, entre as ilhas de processo
ou fábricas);
Excesso de processamento de peças devido ao projeto inadequado de
ferramentas e produtos;
Estoques acima do mínimo absoluto (somente podem-se reduzir os estoques
através da eliminação de suas causas);
Movimentação desnecessário dos funcionários durante o curso do trabalho (em
busca de peças, ferramentas, ajuda etc.);
Produção de peça defeituosas.
4- IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA
QUALIDADE
4.1 A série ISO 9000
As normas da série ISO 9000 foram lançadas pela ISO (International
Organization for Standardization), é uma entidade não governamental criada em
1947, com sede em Genebra - Suíça., órgão internacional de produção de normas
sediado na Suíça, em 1987. Tinham como objetivo orientar as empresas na
implantação de um sistema de qualidade para fornecer produtos de acordo com as
necessidades dos clientes. Essas normas consolidavam a gestão da qualidade, uma
sistemática de caráter preventivo na condução do processo da qualidade, em lugar
do controle da qualidade, que é apenas um processo reativo.
O trabalho técnico da ISO é conduzido por comitês técnicos (TC’s). O estudo
sobre a emissão das normas da série ISO 9000, por exemplo, foi feito pelo TC 176
durante o período 1983-1986. No Brasil, o comitê técnico responsável pelas normas
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da série NBR-ISO 9000 é o CB 25, da Associação Brasileira de Normas técnicas -
ABNT.
A ISO 9000 constitui uma série de padrões internacionais para "Gestão da
Qualidade" e "Garantia da Qualidade". Ela não é destinada a um "produto" nem
para alguma indústria específica. Tem como objetivo orientar a implantação de
sistemas de qualidade nas organizações. As regras e os padrões da Gestão da
Qualidade e Garantia da Qualidade são complementares aos padrões do produto, e
são implantados para melhorar a sua qualidade, com impacto na funcionalidade do
Sistema da Qualidade.
A implantação da norma ISO 9000 em uma empresa tem como produto um
aumento da sua produtividade, decorrente da redução de desperdícios, da
redução de produtos não conformes, da redução de retrabalho na execução das
atividades.
A ISO 9000 não garante que a qualidade do seu produto é melhor que a
do seu concorrente. A ISO 9000 garante apenas que a sua empresa se
compromete a entregar ao cliente exatamente aquilo que prometeu na hora da
venda. A empresa se compromete a resolver qualquer problema decorrente desta
venda. A busca da comparação da qualidade do produto pode ser feita através de
uma técnica de qualidade, que é o benchmarking.
A ISO 9000 não garante a ausência de falhas. O que a ISO 9000 garante é
que todas as falhas definidas são registradas, analisadas para descobrir a causa
básica e corrigidas para evitar a sua repetição. A norma também garante que as
causas potenciais de falhas são estudadas para a implantação das ações
preventivas. Esse é um processo que vai gradativamente introduzir melhorias no
sistema da qualidade. Espera-se que o nível de falhas se reduza no decorrer do
tempo.
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Desde a versão 2000, as empresas precisam implantar uma sistemática para
identificar as necessidades dos clientes, implícitas ou explícitas. Após essa
identificação, os resultados serão traduzidos para os procedimentos internos da
empresa. A norma também exige que a empresa implante uma sistemática de
medição periódica do nível de satisfação dos clientes. Esse item passa a fazer
parte da análise crítica do sistema da qualidade feita pela alta administração.
Medidas devem ser tomadas para sanar os problemas identificados.
As normas ISO não são de caráter imutável. Elas devem ser revistas e
revisadas ao menos uma vez a cada cinco anos. No caso específico das normas da
série 9000, inicialmente publicadas em 1987, ocorreu uma revisão em 1994 e outra
em 2000. Essa família de normas teve origem nas normas britânicas BS 5750.
As normas ISO 9000 podem ser utilizadas por qualquer tipo de empresa,
seja ela grande ou pequena, de caráter industrial, prestadora de serviços ou
entidade governamental.
Entre os benefícios obtidos pelas empresas que se certificam segundo a norma ISO
9001, destacam-se:
- Abertura de novos mercados.
- Maior conformidade e atendimento às exigências dos clientes.
- Menores custos de avaliação e controle.
- Melhor uso de recursos existentes.
- Aumento da lucratividade.
- Maior integração entre os setores da empresa.
- Melhores condições para acompanhar e controlar os processos.
- Diminuição dos custos de retrabalho.
4.2 Interfaces organizacionais
A responsabilidade pela qualidade divide-se por todos os setores que
participam deste processo operacional na empresa. A principal tarefa da gestão da
qualidade é coordenar as atividades de todas estas áreas para que os objetivos
sejam atingidos.
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A função produção é central para a organização porque produz os bens e
serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única nem,
necessariamente, a mais importante. Todas as organizações possuem outras
funções com suas responsabilidades específicas, devendo estar ligadas com a
função produção por objetivos organizacionais comuns.
De todos os aspectos que influenciam a prioridade que uma organização dá a
seus objetivos de desempenho, os mais imediatos são os dos consumidores. A
produção procura satisfazer aos clientes, desenvolvendo seus cinco objetivos de
desempenho.
A figura 19 mostra a relação entre os fatores competitivos, que definem as
exigências dos clientes, e os objetivos de desempenho.
FONTE: SLACK (1999, p. 78)
FIGURA 19: Relação entre fatores competitivos e objetivos de desempenho
A figura 20 apresenta as interfaces existentes entre as diversas áreas da empresa.
Objetivos de desempenho
Então, a operação precisará ser excelente
nestes...
Fatores competitivos
Se os clientes valorizam estes...
Preço baixo
Qualidade alta
Entrega rápida
Entrega confiável
Produtos e serviços inovadores
Ampla gama de produtos e serviços
A habilidade de mudar a quantidade ou prazo de
entrega
Custo
Qualidade
Rapidez
Confiabilidade
Flexibilidade (produto/ serviço)
Flexibilidade (mix ou composto de produtos
Flexibilidade (volume e/ou entrega)
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FONTE: BULGACOV (1999, p. 11FIGURA 20: Áreas da empresa responsabilizadas
pela gestão da qualidade
Uma das exigências da ISO 9000 é que as empresas avaliem os seus
fornecedores e prestadores de serviços. As empresas certificadas pela ISO 9000
passaram a fazer exigências dos seus fornecedores, geralmente empresas de
pequeno e médio porte.
O requisito 7.4 – Aquisição é aplicado a materiais e prestadores de serviços críticos
que afetam diretamente a qualidade do produto ou serviço fornecido ou a
capacidade da empresa de cumprir a legislação.
A solicitação para compra de material crítico é feita através do formulário
específico, anexando a especificação do material. A especificação deve descrever
de forma suficiente o material a ser adquirido. Quando aplicável, a especificação
deve definir critérios de aprovação do material e exigências relativas a implantação
de sistema de qualidade pelo fornecedor.
A área de compras consulta a lista de fornecedores aprovados para
aquele material e providencia cotações, fornecendo cópia da especificação. A
organização deve definir o número mínimo de cotações, em função do tipo de
COMERCIAL
- Definição de requisitos
- Capacidade para atender requisitos
- Assistência Técnica
RECURSOS TÉCNICOS
- Meios e instrumentos de produção e controle
- Identificação dos instrumentos
- Calibração e ajuste
PROJETO, PRODUÇÃO E INSTALAÇÃO
- Métodos de trabalho
- Monitoramento dos trabalhos
- Critérios de avaliação da qualidade dos
produtos
GERENCIAL
- Políticas e objetivos
- Definição da autoridade e responsabilidade
- Implantação do sistema da qualidade
- Avaliação periódica do sistema
- Registros da qualidade
RECURSOS HUMANOS
- Nível de instrução
- Treinamento
- Experiência
SUPRIMENTOS
- Avaliação de fornecedores
- Dados para aquisição
- Verificação dos produtos
NBR ISO 9001
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material a ser adquirido. Será escolhida a cotação que apresente a melhor relação
custo/prazo. Para o fornecedor selecionado é emitida uma Autorização de
Fornecimento ou Ordem de Compra, fazendo referência à especificação do material.
O setor responsável pelo recebimento faz a inspeção do material. No caso
de materiais especiais, será solicitado ao usuário do material para fazer a inspeção.
Caso o material recebido seja rejeitado pelo usuário ou esteja em desacordo com o
pedido, o órgão de inspeção preenche o Relatório de Não Conformidade, diligencia
as providências até a solução definitiva do problema e comunica à área financeira
para sustar o pagamento até que a pendência seja resolvida.
A extensão e o tipo de avaliação que deve ser feita em um fornecedor é uma
decisão da organização compradora. Porém, ela deve ser necessariamente
documentada.
A avaliação dos fornecedores pode levar em consideração o seguinte:
a) Inspeção de recebimento.
É o tipo mais frequente de avaliação. É uma exigência da norma. Se registros
evidenciam que o fornecedor tem fornecido consistentemente produtos dentro das
especificações contratadas e se estes produtos não são críticos para a qualidade do
produto final da sua organização. Então esta evidência pode ser considerada como
uma forma de avaliação de fornecedor.
b) Auditoria
É uma forma de avaliação mais cara. Normalmente só é utilizada para
fornecedores críticos. O comprador faz uma auditoria no sistema da qualidade do
fornecedor.
c) Certificação por 3a parte
Certificação por 3a parte significa que um organismo independente das duas
partes contratantes (cliente e fornecedor ou fornecedor e fornecedor) irá atestar a
capacidade do Sistema da Qualidade em atingir os requisitos da ISO/NBR 9001.
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Esta certificação, quando obtida, é a forma mais adequada de avaliação de
fornecedor.
Como a avaliação de todos os fornecedores é praticamente impraticável, a
recomendação é se concentrar naqueles fornecedores cujos produtos são críticos
para a qualidade dos produtos da organização.
Assim, as avaliações de fornecedores devem atingir aqueles que produzem
matérias-primas, alguns insumos, equipamentos e instrumentos que são realmente
críticos para a qualidade dos produtos. Incluir também a avaliação de prestadores de
serviços críticos, como calibração de instrumentos.
A qualificação técnica do fornecedor pode ser feita levando-se em conta os
seguintes pontos:
- preenchimento de questionário de auto- diagnóstico do sistema da
qualidade;
- atestados de fornecimento de materiais para outras organizações do ramo
- atestado de fornecimento de materiais para empresas certificadas pela
ISO 9000
- certificação de sistema da qualidade pela ISO 9001.
- atestado de cadastramento em organizações do ramo da organização.
- quando já for fornecedor, avaliação dos fornecimentos realizados no último
ano, quando serão avaliados os aspectos: qualidade intrínseca do produto,
prazo de atendimento, fornecimento de certificados, assistência técnica
pós-venda.
É comum na indústria explicar nas especificações de matérias-primas e
insumos, por exemplo, somente requisitos de características de produtos,
negligenciando-se outras informações relevantes como: tipo de embalagem,
condições de fornecimento, informações de manuseio, tempo de meia-vida
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(condições de estocagem), condições de amostragem, rastreabilidade e finalmente,
métodos de análise, controle estatístico de processo, etc.
Envolver os principais fornecedores desde o início do processo de
desenvolvimento requer políticas estáveis de relacionamento de longo prazo, em
que exista confiança e cooperação mútuas. A qualidade assegurada pelo processo
começa nas instalações dos fornecedores.
4.3 Diagnóstico e implementação
As etapas para a implementação de um sistema de gestão da qualidade
envolvem o trabalho de diagnóstico da situação atual, elaboração de procedimentos,
instruções e demais documentos necessários para a operação do sistema,
atividades de monitoramento e medição, análise de resultados e correção dos
desvios encontrados, conforme mostra a figura 21.
Fase I - Planejamento - Apresentação do projeto
- Diagnóstico da empresa
- Formação de pessoal
- Organização das equipes
Fase II - Desenvolvimento - Elaboração do programa
- Elaboração de normas e padrões – manuais
- Treinamentos específicos
- Organização da auditoria interna
Fase III – Pré-auditoria - Realização de pré-auditoria
- Correções e ajustes
Fase IV - Certificação - Contratação de Certificadora
- Auditoria dos manuais
- Auditoria dos processos
- Relatório da auditoria
- Certificação
Fase V- Manutenção - Aperfeiçoamento contínuo
- Auditoria interna
- Auditoria externa
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FONTE: BULGACOV (1999, p. 121)
FIGURA 21: Processo de certificação pela norma NBR ISO 9001:2000
Os passos para implementação do sistema de gestão da qualidade, seguindo
as exigências da norma NBR ISO 9001:2000, estão indicados a seguir:
Implementação do capítulo 4:
- Identificar todos os processos que são necessários para a realização do produto
ou serviço.
- Estes processos devem ser inseridos e identificados dentro do sistema de gestão
da qualidade (formalização).
- Todos os documentos e registros exigidos pela norma devem ser identificados
dentro do sistema de gestão da qualidade.
- É necessário formalizar um manual da qualidade que tenha em seu conteúdo,
como mínimo, os elementos contidos no requisito 4.2.2.
- Um procedimento documentado deve ser implementado para o “controle dos
documentos”.
- Um procedimento documentado deve ser implementado para o “controle dos
registros”.
Implementação do capítulo 5:
- O comprometimento da alta administração para com o sistema de gestão da
qualidade deve ser evidenciado seguindo o requisito 5.1 da norma
- Atividades de “foco no cliente” devem ser implementadas visando a “saúde” e a
razão da existência da empresa.
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- A política da qualidade deve ser estabelecida e implementada pela alta
administração, sendo necessário evidenciar o compromisso com a melhoria
contínua, atendimento aos requisitos e análise crítica da mesma
- Devem existir objetivos mensuráveis para a garantia da qualidade dos processos
identificados no manual da qualidade.
- O planejamento da qualidade deve garantir a integridade do sistema de gestão
da qualidade, mesmo quando este for passível de mudanças.
- A responsabilidade e autoridade, assim como a formalização de um
representante da direção, deve ser identificada em documentações pertinentes.
ex.: organogramas, descrições de cargos, matriz de responsabilidade, etc...
- Deve existir um sistema de comunicação interno eficiente para atender as
necessidades do sistema de gestão da qualidade, não importa qual ele seja.
- A análise crítica do sistema de gestão da qualidade possui requisitos mínimos de
entrada e saída, devendo ser registrada.
Implementação do capítulo 6:
- Os recursos devem ser os necessários e na intensidade que não comprometam
a melhoria contínua e a satisfação dos clientes.
- Os colaboradores devem ser competentes na realização de suas atividades.
- Os treinamentos devem ser avaliados para verificar se os objetivos foram
atingidos.
- A infraestrutura deve ser compatível com a qualidade do produto ou serviço
executado.
- O ambiente de trabalho também deve ser compatível com a qualidade do produto
ou serviço executado.
Implementação do capítulo 7:
- Verificar se todos os requisitos do capítulo são aplicáveis a organização. caso
possam ser excluídos, devem ser justificados no manual da qualidade.
- Verificar a necessidade de procedimentos documentados para a adequada
realização do produto ou serviço.
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- Ressalva apenas para P&D, onde qualquer atividade relacionada como
“tropicalização” será considerada desenvolvimento.
Implementação do capítulo 8:
- É necessária uma metodologia para se conhecer o grau de satisfação dos
clientes.
- Auditoria interna exige procedimento documentado, bem como acompanhamento
das ações decorrentes das mesmas.
- Medição e monitoramento do produto e processo devem ser executados para
garantir que as atividades planejadas estão sendo executadas.
- O controle do produto ou serviço não conforme deve ser estabelecido de acordo
com um procedimento documentado.
- As atividades de medição e monitoramento devem fornecer ao sistema dados
(registros, relatórios, tabelas, etc...) para serem analisados e providenciado
ações.
- As ações de melhoria devem ser oriundas das análises do sistema de gestão da
qualidade e também fazem parte dos dados de saída da análise crítica pela alta
direção.
- Procedimentos documentados para ação corretiva e preventiva devem
sistematizar estas atividades.
5 - ORIENTAÇÃO A RESULTADOS – ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO
5.1 Plano de ação
O plano de ação é de fácil utilização e é uma das mais importantes
ferramentas para planejar as ações que serão executadas. Ele também é chamado
de 5W2H, porque é uma ferramenta de uso mundial e tem as siglas que significam:
What O quê
Who Quem
When Quando
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Where Onde
Why Porquê
How Como
How much Quanto custa
Também é utilizado o chamado plano de ação simplificado, que responde
apenas aos itens o quê, quem e quando.
A figura 22 mostra um Plano de Ação para o seguinte problema: constantes
erros na elaboração do relatório de produção.
Após a busca das causas, que poderá ser através de um brainstorming ou
lista de verificação, chegou-se à conclusão de que a causa fundamental era: falta de
treinamento do auxiliar administrativo.
O quê Quem Quando Onde Porquê Como Status
Dar
treinamento
ao auxiliar
administrativ
o
Setor de
Treinament
o Juliana
Leite
23/12/20
03
Na sala
de
treinamen
to L1
Para que
não haja
erros na
elaboração
do relatório
de produção
Através
de
exercícios
práticos
utilizando
dados
reais do
relatório
Aprovação: Data:
FONTE: VIEIRA FILHO (2003, p. 58) - FIGURA 21: Exemplo de plano de ação
Indicadores são formas de representação quantificáveis das características
de produtos e processos. São utilizados para controlar e melhorar a Qualidade e o
desempenho de produtos e processos.
Os Indicadores da Qualidade estão associados às características da Qualidade do
produto, julgadas pelo cliente:
- Estão mais ligados às saídas do processo
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- Representam a eficácia com que o processo sob estudo atende às
necessidades de seus clientes.
- Indicam se seu processo está fazendo seus produtos/serviços certos.
Fórmula = Quantidade de não atendimentos (problemas, erros, desvios) /
Quantidade Total (quantidade, tempo, $)
Os indicadores de produtividade estão associados às características do produto e
do processo, desdobradas pelo processador a partir das características da
Qualidade:
- Estão mais relacionados aos fatores internos
- Utilizados para medir a utilização de recursos disponíveis ao processo.
- Representa a eficiência dos processos na produção de produtos/serviços
- O melhoramento desse indicador significa otimização de processos e
diminuição de custos.
Fórmula = Total de saídas / Recursos consumidos ( ou disponíveis)
Um sistema de gestão é considerado eficiente quando atinge os resultados
desejados através de uma utilização ótima dos processos e recursos disponíveis.
utilizados Recursos
orçados RecursosEficiência
A produtividade é uma medida de quão bem foram utilizados os recursos
disponíveis para atingir os resultados especificados pelo cliente. Na forma de
indicador:
utilizados Recursos
obtidos ResultadosadeProdutivid
O Indicador de Produtividade deve ser considerado uma medida relativa e,
portanto, deve ser comparado com o indicador do período anterior ou de um período
base. O indicador pode ser calculado para cada um dos recursos ou insumos
utilizados. Como nem todos eles tem o mesmo impacto sobre os resultados, na
prática é conveniente hierarquizá-los e calcular o indicador somente para os poucos
vitais, ignorando os triviais.
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Como exemplos de indicadores de produtividade, podem ser citados:
- tempo de ciclo por unidade
- vendas por empregado
- testes por hora
- relatórios por profissional
- custo por unidade produzida ou vendida
- utilização do equipamento
- transações por hora
- tempo de ciclo por unidade
- tempo de processamento por unidade
- custo por unidade vendida ou produzida
Os indicadores de flexibilidade do processo, ou de adaptabilidade, medem a
capacidade de um produto ou processo se adaptar aos requisitos individuais e
especiais do cliente. São exemplos:
- percentuais de pedidos especiais recebidos
- percentuais de pedidos especiais recusados
- percentuais de pedidos especiais aceitos
- percentuais de pedidos especiais atendidos
A apuração de resultados através dos indicadores permite uma avaliação do
desempenho da organização no período, subsidiando as tomadas de decisão e o
replanejamento. Para isso o acompanhamento do indicador deve demonstrar níveis,
tendências e comparações:
- O nível refere-se ao patamar em que os resultados se situam no período (p. ex.:
custo de refugos e retrabalhos igual a 2% do custo total).
- A tendência refere-se à variação do nível dos resultados em períodos
consecutivos (p. ex.: redução de 10% no custo de refugos e retrabalhos de 1994
para 1995).
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- A comparação pode ser feita em relação a indicadores compatíveis de outros
produtos ou processos da organização, a indicadores de outras unidades de
negócios ou de outras organizações.
O valor pretendido para o indicador de um produto ou processo é chamado de
meta, que deve ser atingida em determinadas condições, estabelecidas no
planejamento. A meta deve ser fixada a partir das necessidades e expectativas
traduzidas do cliente (interno e externo), levando em conta os objetivos e estratégias
da organização e os referenciais externos de comparação.
Todo indicador deve ter um título que permita identificar sua aplicação. A seguir
são apresentados exemplos de títulos, classificados por tipo-chave (adaptado de
TAKASHINA, 1996, pp. 49-52).
I - Satisfação, retenção e insatisfação de clientes
- percentual de clientes satisfeitos com o atendimento;
- razão entre número de queixas e de vendas realizadas;
- taxa de verificação do número de clientes;
- percentual de clientes que retornam;
- percentual de clientes satisfeitos com o atendimento prestado pela concorrência;
II - Participação no mercado e desenvolvimento de novos mercados
- percentual de participação no mercado;
- percentual da participação de novos produtos nas vendas;
- percentual da participação da concorrência no mercado;
III - Desempenho de produtos
- taxa de falhas;
- percentual de entregas no prazo;
- custo unitário do produto;
- taxa de falhas dos produtos da concorrência;
IV - Desempenho operacional e financeiro
(a) processo global, operacional
- proporção de desperdícios;
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- energia gasta por unidade produzida;
- produção média diária;
- tempo médio de produção;
- taxa de utilização da capacidade instalada;
(b) subprocesso, operacional
- percentual de erros na emissão de faturas;
- giro do estoque;
- tempo médio da concepção para o lançamento de novos produtos;
- tempo médio da concepção para o lançamento de novos produtos da
concorrência;
(c) processo global, financeiro
- custo unitário de lucro;
- margem de lucro;
- índice de liquidez;
- taxa de retorno sobre o capital;
(d) subprocesso, financeiro
- percentual de custo da matéria-prima;
- custos decorrentes das reclamações de clientes;
V - Desempenho de fornecedores
- proporção de unidade recebidas com defeitos;
- percentual de produtos recebidos no prazo;
- variação do preço médio;
VI - Desempenho de recursos humanos
- percentual de funcionários envolvidos em projetos de melhoria;
- número médio de sugestões recebidas e implementadas por funcionários;
- taxa de absenteísmo;
- taxa de rotatividade de pessoal;
- taxa de freqüência de acidentes;
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- índice de satisfação dos funcionários;
VII - Desempenho na responsabilidade pública e no espírito comunitário
- índice de satisfação da comunidade com a organização;
- índice de agressão ao meio ambiente;
A definição de um indicador está relacionada ao seu método de cálculo,
geralmente traduzido para uma expressão matemática. A tabela 5 apresenta alguns
exemplos de definições de indicadores, agrupados segundo as formas de
apresentação dos resultados.
TABELA 7- Exemplos de definições de indicadores
Título Definição Forma
Percentual de
pacotes definidos
Margem de lucro
Percentual de
clientes satisfeitos com
o tempo de energia
(número de pacotes danificados / número
total de encomendas despachadas no
período) x 100
(lucro / vendas no período) x 100
(número de entrevistados satisfeitos com
o tempo de entrega da encomenda / número
de entrevistas no período) x 100
Proporção ou
percentual
Entrega média diária
Pacotes danificados
por dia
Consumo de
combustível por
encomenda
número de encomendas entregues /
número de dias do período
número de pacotes danificados / número
de dias do período
combustível gasto / número de
encomendas entregues no período
Relação entre
dois fatores
distintos
Tempo médio de
entrega
número total de dias entre a postagem e
a entrega das encomendas / número de
encomendas entregues no período
Tempo de ciclo
Variação de vendas [(vendas no ano / vendas no ano anterior)
x 100] – 100 Taxa de variação
FONTE: TAKASHINA (1996, p. 55)
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Os indicadores são parâmetros que medem a diferença entre a situação desejada e
a situação atual, com isso indicando a ocorrência de problemas. Eles permitem
quantificar os processos.
Os indicadores devem apresentar as seguintes propriedades:
- Ser representativo;
- Fácil de entender;
- Testado no campo;
- Econômico (não dar trabalho para ser calculado);
- Disponível a tempo (dados atrasados não representam mais a situação atual);
- Compatível (com os métodos de coleta disponíveis).
Os índices representam o padrão de medida ou unidade de medida dos
indicadores, permitindo uniformidade, estabelecimento de metas e
acompanhamento. Sempre que possível, devem ser usados valores relativos
Exemplos:
- Satisfação do cliente Índice: número de devoluções /número de clientes
- Produtividade Índice: toneladas/hora
- Custo Índice: dólar/tonelada
A tabela 8 apresenta exemplos de medição em diferentes áreas.
TABELA 8- Indicadores para as áreas funcionais da empresa
Área Dados Indicadores
Produção Produção mês X = 140.000
Latas de Azeite
Operação da Envasadora:
Teóricas = 168 horas;
Reais = 140 horas
Produção Planificada = 150.000
Latas
Disponibilidade da Envasadora =
140/168 = 0,83 (83%)
Média de produção = 140.000 x 140 =
1000 Latas/hora
Eficácia do desempenho =
140.000/150.000 = 0,93 (93%)
Vendas Vendas mês X = 10.000 Frascos Vendas por Cliente = 10.000/35 = 286
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de Lubricantes
Clientes visitados = 50
Clientes que compraram = 35
Meta do mês = 12.000 frascos
Pedidos urgentes = 7
Pedidos urgentes despachados
= 6
frascos/cliente
Eficácia das vendas = 10.000/12.000 =
0,83 (83%)
Eficácia das visitas = 35/50 = 0,70
(70%)
Adaptabilidade = 6 / 7 = 0,86 (86%)
Administração Faturas emitidas = 850
Faturas cobradas = 750
Eficácia de cobrança = 750/850 =
0,88 (88%)
Manutenção Motores recebidos = 150
Motores reparados = 130
Horas trabalhadas = 168
Horas programadas = 145
Eficácia = 130/150 = 0,87 (87%)
Eficiência = 145/168 = 0,86 (86%)
Capacidade = 130/168 = 0,77 motores
por hora
A melhoria da produtividade é importante para aumentar a competitividade.
Como, basicamente, ela pode ser definida como “tudo o que sai da empresa dividido
pelo que entra”. A empresa deve aumentar o primeiro item, reduzir o segundo, ou
ambos.
FONTE: GUROVITZ (2003, p. 112)
FIGURA 23: A equação da Produtividade
Melhorar a eficiência
do trabalho
Melhorar o uso dos
ativos
Aumentar a quantidade de
produtos
Vender produtos e
serviços novos
Deslocar o portfólio atual
para mercadorias e
serviços de maior valor agregado
Extrair mais valor dos
produtos atuais
Aumentar o valor dos produtos
Substituir o trabalho
por capital
Empregar o trabalho de
modo mais eficiente
Cortar custos do trabalho
Reduzir estoques,
custos fixos, imobiliários,
administrativos, etc.
Cortar custos não-
trabalhistas
Gerar valor (aumentar a saída)
Cortar custos (reduzir a entrada)
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6 - AVALIAÇÃO E RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA DA QUALIDADE
6.1 Auditoria
A auditoria é definida como um “processo sistemático, documentado e
independente, para obter evidências de auditoria e avaliá-la objetivamente com o
objetivo de determinar a extensão na qual os critérios acordados são atendidos”
(NBR ISO 9000:2000)
Os processos e suas interações devem ser auditados de forma a serem
respondidas as seguintes questões:
- Os processos estão identificados e estabelecidos?
- Os processos são eficazes para conseguir os resultados requeridos?
- Os processos estão adequadamente descritos nos procedimentos?
- Estes procedimentos estão implementados e mantidos conforme documentados?
- As interações entre processos estão definidas, controladas e gerenciadas?
Ao se preparar para auditar um processo individual, o auditor deve:
- Identificar o objetivo do processo
- Identificar as entradas do processo
- Identificar as saídas pretendidas
- Estabelecer o fluxo (sequência) de atividades
- Identificar os recursos utilizados
- Identificar que controles existem (procedimentos, instruções, especificações,
etc.)
- Identificar que disposições planejadas de monitoração são requeridas.
Para auditar as interações entre processos, o auditor deve considerar que nem
sempre é possível avaliar se todas as interações entre processos foram definidas e
são adequada e utilmente controladas.
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Uma vez que o plano tenha sido adequadamente estabelecido, o auditor-líder deve
certificar-se que ele seja implementado e as questões relevantes sejam, de fato,
examinadas. Uma abordagem pode ser preparar, enquanto planeja a auditoria, uma
visualização gráfica dos processos interativos.
Existem três diferentes tipos de auditorias:
- Primeira Parte - realizada internamente pela própria organização
- Segunda Parte - realizada por uma organização interessada em outra
organização. Ex.: clientes auditando fornecedores
- Terceira Parte - realizada por um organismo independente com vistas à
certificação.
As auditorias de qualidade podem ser relativas a sistema, processo ou produto:
- Sistema - para avaliar a adequação a requisitos e a conformidade das atividades
de um sistema da qualidade.
- Processo - para verificar se o respectivo procedimento é adequado e está sendo
cumprido, assim como se os operadores são qualificados e certificados para sua
execução (se necessário).
- Produto - Exame completo de uma amostra de produto. Indica a qualidade do
que está indo para o cliente. Útil para verificar o grau de satisfação do usuário
(quando feita junto ao cliente)
7 - PRODUTIVIDADE
A produtividade é tema importante para gerentes e supervisores, em qualquer nível
da organização. Como se referiu antes o aumento da produtividade fornece os
meios para a redução dos preços, aumento dos lucros, segurança do trabalho e
maiores salários.
Na maior parte dos casos o aumento de produtividade requer mudanças na
tecnologia, na qualidade ou na forma de organização do trabalho, ou em todos estes
fatores no seu conjunto. Entre outros podem ser citados alguns fatores que
determinam ou influenciam a produtividade:
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✓ Relação capital-trabalho, ou seja, o nível de investimentos em relação à mão de
obra empregada. A tendência cada vez maior é o de emprego de linhas
automatizadas.
✓ Escassez de alguns recursos, como por exemplo, energia elétrica: ocasiona o
aumento deste custo de produção.
✓ Mudanças na mão de obra, decorrentes de alterações de processos produtivos,
onde é necessário pessoal com maior grau de formação e adaptabilidade.
✓ Inovação e Tecnologia, são os grandes responsáveis pelo aumento da
produtividade.
✓ Restrições Legais, têm imposto limitações a certas empresas, forçando-as a
implantarem equipamentos de proteção ambiental, com impactos na produtividade.
✓ Fatores de Gestão, relacionados com a capacidade dos administradores em se
empenharem em programas de melhoria de produtividade das suas empresas.
O termo produtividade é hoje exaustivamente usado não só nas publicações
especializadas como também no dia-a-dia da empresa. O termo produtividade, foi
utilizado pela primeira vez, num artigo do economista francês Quesnay, em 1766.
Decorrido mais de um século, em 1883, outro economista francês, Littre, usou o
termo com o sentido de “capacidade de produzir”. Entretanto, somente no começo
deste século o termo assumiu o significado da relação entre o produzido (output) e
os recursos empregues para o produzir (input).
Em 1950 a Comunidade Econômica Europeia apresentou uma definição formal de
produtividade como sendo o quociente produzido pela divisão do produzido (output)
por um dos fatores de produção. Dessa forma, pode-se falar da produtividade do
capital, das matérias-primas, da mão de obra etc.
Dependendo de quem defina produtividade ( economista, gerente, político, líder
sindical, engenheiro de produção etc. ) esta pode ter diferentes definições.
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Contudo uma análise cuidadosa leva a duas definições básicas:
Assim, a produtividade da mão-de-obra é uma medida de produtividade parcial. O
mesmo é válido para a produtividade do capital
8 - INOVAÇÃO NA GESTÃO DA PRODUÇÃO
A par da inovação tecnológica, colocaram-se desafios importantes para a
produção, no sentido de dar resposta a um aumento exponencial da capacidade de
produção, o que determinou um tratamento de um numero igualmente exponencial
de problemas novos.
Neste contexto, nos últimos 40 a 50 anos, foram sendo formulados e
implementados métodos de gestão, que permitiram acompanhar a introdução das
novas tecnologias de produção, de ferramentas de controlo e gestão inovadores,
baseados em conceitos inovadores, como:
✓ Produção Ágil
✓ Just in Time
✓ Kaizen
A forma tradicional de aumentar a competitividade das empresas pela simples
redução de custos pode não ser uma estratégia eficaz de empresa. Os clientes
pretendem, para além de um preço competitivo, a elevada qualidade dos produtos.
Satisfação das suas necessidades particulares (individuais), prazos razoáveis.
Esta diversidade de necessidades dos clientes, coloca elevada pressão nas
organizações, tendo motivado diferentes formas de reestruturação nas empresas
industriais.
8.1 Produção Ágil (Agile Manufacturing )
Neste conceito a organização, as pessoas e os fatores tecnológicos são
considerados importantes para gerar os resultados esperados. O conceito de
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produção ágil pretende identificar elementos chave num novo ambiente industrial,
substituindo a tradicional produção em massa.
A Agile Manufacturing pretende combinar as vantagens da produção unitária
com a produção em massa:
Produzindo elevado volume com produtos diversificados.
Recorrendo a automação flexível.
Fomentando trabalho em grupo com operadores/as polivalentes.
Implementando uma cultura de empresa de desenvolvimento contínuo e de elevada
qualidade.
Princípios fundamentais na Agile Manufacturing
Quanto mais complexos os produtos, mais dependentes se encontram da qualidade
nas diversas fases de fabricação, necessitando da dedicação integral dos
empregados a todos os níveis.
Quanto mais sofisticada a tecnologia de fabricação, mais vulnerável e dependente
se encontra da capacidade humana para realizar o seu controlo e a sua
manutenção.
Quanto mais sofisticado for o sistema de produção, mais intervenções humanas
inovadoras são necessárias. Mudança de produtos, preparação dos equipamentos,
adaptações tecnológicas e controlo requerem considerável intervenção humana.
Quanto mais curto o ciclo de vida dos produtos, mais inovação é necessária. As
fases de arranque da produção e lançamento do produto ocorrem mais
frequentemente e, a sua eficácia, depende da experiência e conhecimentos formais
e operacionais do pessoal.
A Produção ágil necessita de uma integração da tecnologia, pessoas e estrutura
organizacional: a tecnologia apropriada deve ser instalada; as pessoas devem ser
selecionadas, treinadas e com autonomia para utilizar a tecnologia no sentido dos
objetivos da empresa; uma estrutura organizacional deve ser instalada para gerir os
recursos e se adaptar rapidamente às alterações no mercado.
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1. Quanto mais complexos os produtos, mais dependentes se encontram da
qualidade nas diversas fases de fabricação, necessitando da dedicação integral dos
empregados a todos os níveis.
2. Quanto mais sofisticada a tecnologia de fabricação, mais vulnerável e dependente
se encontra da capacidade humana para realizar o seu controlo e a sua
manutenção.
3. Quanto mais sofisticado for o sistema de produção, mais intervenções humanas
inovadoras são necessárias. Mudança de produtos, preparação dos equipamentos,
adaptações tecnológicas e controlo requerem considerável intervenção humana.
4. Quanto mais curto o ciclo de vida dos produtos, mais inovação é necessária. As
fases de arranque da produção e lançamento do produto ocorrem mais
frequentemente e, a sua eficácia, depende da experiência e conhecimentos formais
e operacionais do pessoal.
A Agile Manufacturing necessita de uma integração da tecnologia, pessoas e
estrutura organizacional a tecnologia apropriada deve ser instalada, as pessoas
devem ser selecionadas, treinadas e com autonomia para utilizar a tecnologia no
sentido dos objetivos da empresa uma estrutura organizacional deve ser instalada
para gerir os recursos e se adaptar rapidamente às alterações no mercado.
Neste modelo de gestão, alguns temas principais merecem ser destacados, para
demonstrar a mudança de estratégia quanto á forma de gestão dos recursos.
Aspectos humanos:
• A capacidade dos colaboradores é um investimento.
• Selecionar pessoal com aptidão para aprender e se adaptar.
• Selecionar pessoal com capacidade de comunicação.
• Implementar programas de treino a longo prazo.
• Especificar programas de treino de acordo com os objetivos da empresa.
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• Implementar equipas pluridisciplinares transitórias.
• Conceber sistemas integrados de informação.
Aspectos organizacionais:
• A organização deve focar na interação ou congruência dos fatores técnico-sociais.
• Desenvolvidos indicadores de produtividade para os colaboradores administrativos.
• Desenvolver a produtividade em funções de conhecimento, como operadores/as e
engenheiros de CAD-CAM, programadores e controladores de produção.
• A estrutura organizacional deve ser descentralizada, tanto quanto possível.
• Devem ser desenvolvidas estruturas organizacionais para promover mudança e
aprendizagem organizacional.
Aspectos tecnológicos:
• Necessário atender a aspectos ergonômicos particulares, na fabricação avançada.
• As novas tarefas de fabricação são mais cognitivas: o operador/a necessita de
capacidade para tratar processamento da informação.
8.2 Just in time
É um sistema de administração da produção que determina que nada
deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. O termo just
in time é em inglês, e significa na hora certa.
O sistema pode ser aplicado em qualquer organização, e é muito
importante para auxiliar a reduzir estoques e os custos decorrentes do processo.
O just in time é o principal pilar de diversas fábricas, em especial de carros, é o
principal pilar do sistema Toyota de produção.
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Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização
somente no momento exato em que for necessário, ou seja, os produtos somente
são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados, não existe
estoque parado. O próprio conceito do termo é relacionado a produção por
demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria
prima e só depois fabricá-lo ou montá-lo.
Nas fábricas onde está implantado o just in time, o estoque de matérias
primas é mínimo e suficiente para poucas horas de produção, e para que isso
seja possível, os fornecedores devem ser treinados e capacitados para que
possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. A redução do
número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que mais
contribui para alcançar os potenciais benefícios da política just in time.
Neste livro é apresentada uma descrição e análise de três sistemas de
produção e administração mais importantes dos últimos anos: Just in time, MRP II
e OPT. É possível também encontrar as vantagens e limitações de cada um dos
sistemas e possíveis combinações estratégicas entre eles.
8.3 KAIZEN
Introdução
Kaisen é a filosofia japonesa de melhoria contínua: fazer melhorias simples e
pequenas, que não custam muito dinheiro, mas que resultam numa redução de
custos, maior qualidade e produtividade.
Considere-se uma fábrica de electrodomésticos onde os operadores
adicionam partes a uma unidade principal. O processo leva sete segundos, incluindo
cinco segundos para os trabalhadores se voltarem e recolherem as partes de um
contentor que se situa atrás deles. Se puser o contentor à frente dos empregados,
eliminam-se quatro segundos do processo — o que se traduz numa melhoria da
produtividade. É a este processo de melhoria a que se dá o nome kaisen.
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Gemba, em japonês, representa o sítio onde a ação se desenrola. No cenário
dos negócios, gemba significa o local onde os produtos são fabricados, um
laboratório ou uma fábrica, por exemplo. No sector dos serviços, gemba é onde os
clientes se encontram com quem lhes fornece os serviços.
A metodologia Kaizen rege-se por princípios que aplicam o espírito e técnicas do
kaisen no gemba, com o fim de reduzir os custos e melhorar a qualidade e
produtividade na organização.
Atividades da Empresa visa atender seus objetivos de:
- Curto Prazo
- Médio Prazo
- Longo Prazo
Agregar valor ao produto final.
Conjunta de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens
e/ou serviços.
Exigências:
- Padronização dos pontos
- Padronização dos processos de fabricação
- Treinamento e habilitação da mão de obra
- Criação e desenvolvimento dos quadros gerencias e de supervisão
- Desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle da produção e financeiro
- Desenvolvimento de técnicas de vendas
- Linha de montagem
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- Posto de trabalho
- Estoques intermediários
- Arranjo físico
- Produtos em processo
- Motivação
- Controle estatístico da qualidade
- Sindicatos, etc
9 - Sistemas de planejamento
Decisão é uma escolha entre as alternativas existentes através de estimativas dos
pesos destas alternativas. Apoio à decisão significa auxiliar nesta escolha gerando
estas estimativas, a evolução ou comparação e escolha. O termo sistema de apoio à
decisão tem sido utilizado de diferentes formas (após a década de 80) e tem
recebido diferentes definições de acordo com o ponto de vista de cada autor. Finlay
(1994) e outros autores definem o SAD de um modo geral como “um sistema
computacional que auxilia o processo de tomada de decisão”. Turban (1995) define
mais especificamente como “um interativo, flexível e adaptável sistema de
informação, especialmente desenvolvido para apoiar a solução de um problema
gerencial não estruturado para aperfeiçoar a tomada de decisão. Utiliza dados,
provê uma interface amigável e permite ao tomador de decisão ter sua própria
percepção”.
9.1 MRP/ MRPII e ERP
MRP é a sigla de material requirement planning, que pode ser traduzido por
planejamento das necessidades de materiais.
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O MRP usa uma filosofia de planejamento. A ênfase está na elaboração de um
plano de suprimentos de materiais, seja interna ou externamente. O MRP considera
a fábrica de forma estática, praticamente imutável.
Assim, o MRP como hoje o conhecemos só se viabilizou com o advento do
computador. O MRP utiliza softwares cada vez mais sofisticados, alguns deles
chegando a custar mais de um milhão de dólares.
A lista de materiais ou BOM (bill of material), um subproduto do MRP, é um
software que irá processar todos os dados, consolidando os itens comuns a vários
produtos, verificando se há disponibilidade nos estoques e, quando for o caso,
emitindo lista de itens faltantes.
Figura 24 – MRP - MRPII
Os softwares com maiores capacidades de processamento passaram a ser
denominados sistemas de manufacturingresources planning, que pode ser
traduzido por planejamento dos recursos de manufatura.
Como a sigla de manufacturing resources planning (MRP) é a mesma de material
requirement planning (MRP), convencionou-se chamar a primeira de MRP
II. (Fig.24)
Hoje em dia é cada vez maior o número de autores que chamam o MRP II de ERP,
sigla de Enterprise Resource Planning, ou seja, planejamento dos recursos da
empresa.
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Quando se trata de um software baseado em MRP II, é fornecida uma quantidade
bem maior de dados sobre o produto, como preço unitário, fornecedores, processo
de fabricação, equipamentos, roteiros de fabricação e respectivos centros de
custos, mão-de-obra utilizada por categorias profissionais, ferramentas utilizadas e
respectivo consumo, alterações no BOM e datas a partir das quais entrarão em
vigor, etc.
MRPII
MRP: Aumentar muito capacidades ou superestimar Lead Times (gerando
ociosidade e estoques).
lógica estruturada, que prevê uma sequencia hierárquica de cálculos,
verificações e decisões.
Objetivo: Plano de Produção Viável, em termos de disponibilidade de materiais e
de capacidade produtiva
1) Cálculo de Necessidades de Materiais Ordens de Produção
Toma-se um setor produtivo em um período: - Para
cada item a ser produzido:
Para cada ordem de produção (ex: produzir 200 miolos internos):
carga total: calcular usando roteiro de produção do Item + tempos
envolvidos (preparação + tempo de processamento por peça)
Calcula-se a capacidade disponível (deste setor em cada período) - Calcular
usando horas disponíveis para trabalho, afetadas de índices previstos de
aproveitamento.
Prevendo problemas de capacidade: - Não é
necessário manter excesso de capacidade em todos os recursos.
- Resultado: Plano detalhado de materiais e capacidades:
O que e quanto produzir em cada período;
O que e quanto comprar em cada período;
Providências especiais: horas e turnos-extras, contratações,
apressamento de ordens, etc..
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Elementos de um Sistema MRP
Lista de material (BOM): é a parte mais difícil e trabalhosa do projeto. Todos os
produtos da linha de fabricação devem ser "explodidos" em todos os seus
componentes, subcomponentes e peças. Um grande número de empresas, mesmo
já atuando no mercado há anos, não dispõe de relação de materiais. Algumas
outras dispõem de duas, um para o pessoal de custos e outra para a fabricação e
compras. Outra dificuldade é manter atualizada a lista de material, o que
normalmente é uma atribuição da engenharia. As constantes mudanças na
tecnologia e nas exigências do mercado tornam constantes tais alterações. Em
muitos softwares hoje disponíveis no mercado, essas alterações podem ser
facilmente programadas, ficando por conta do software efetuar as alterações nas
datas previstas.
Controle de estoques: a informação sobre os estoques disponíveis são
essenciais para a operação de um sistema MRP. Como o número de empresas
que dispõem de sistemas computadorizados de controle de estoques é maior que
o das que dispõem de um MRP, os softwares mais usuais tratam as duas coisas
como módulos do sistema. Assim, tem-se um módulo de estoques e um outro de
MRP, que podem, evidentemente, ser integrados. Estoques de segurança devem
ser contemplados nos sistemas MRP, a fim de absorver eventuais ocorrências não
previstas, como greves, inundações, etc.
Plano mestre: o plano mestre retrata a demanda a ser atendida, já depurada dos
fatores externos. Isto é, aquilo que deve ser efetivamente produzido. Por se tratar
de uma previsão, contém as incertezas inerentes ao futuro. Isto posto, o sistema
MRP deve contemplar as possibilidades de alteração nas demandas previstas.
Aliás, existem sistemas que trabalham em tempo real, ou seja, em resposta a
qualquer alteração, seja na demanda, seja no nível de estoques, decorrente, por
exemplo, de um recebimento, o sistema atualiza imediatamente todos os dados.
Os mais comuns, entretanto, fazem os cálculos periodicamente, em geral uma vez
por dia.
Compras: um dos produtos do MRP, como já mencionado, é uma relação dos
itens que devem ser comprados. A partir dessa listagem o departamento de
compras pode atuar. Com o advento das parcerias, é grande o número de
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empresas que têm seus sistemas interligados, e os pedidos de reabastecimento
são feitos diretamente pelo computador. Trata-se do EDI (Electronic Data
Interchange) que atualmente está sendo substituido com vantagens pela
Extranet/Internet.
Algumas vantagens de um Sistema MRP
Instrumento de planejamento. Permite o planejamento de compras, como já visto,
de contratações ou demissões de pessoal, necessidades de capital de giro,
necessidades de equipamentos e demais insumos produtivos.
Simulação. Situações de diferentes cenários de demanda podem ser simuladas e
ter seus efeitos analisados. É um excelente instrumento para a tomada de decisões
gerenciais.
Custos. Como o MRP baseia-se na "explosão" dos produtos, levando ao
conhecimento detalhado de todos os seus componentes, e, no caso do MRP II, de
todos os demais insumos necessários à fabricação, fica fácil o cálculo detalhado
voltado justamente para o custeio dos produtos.
Reduz a influência dos sistemas informais. Com a implantação do MRP, deixam
de existir os sistemas informais, muitos usuais nas fábricas ainda hoje. Nesses
sistemas a informação sobre um determinado produto por vezes fica armazenada
"na cabeça de Fulano".
9.2 Tecnologia de produção otimizada - OPT
Inicialmente desenvolvida em 1978, com o nome de Optimized Production
Timetables (Produção otimizada a horários), por um grupo de pesquisadores
israelenses - tendo à frente o Dr. Eliyahu Moshe Goldratt (1947 – 2011) -, passou a
ser denominada Optimized Production Technology em 1982, com o lançamento de
um software para aplicação de seus conceitos em empresas.
O desenvolvimento do software OPT inspirou a criação, pelo Dr. Goldratt, da
Teoria das Restrições, que tem como postulado que todo sistema possui restrições
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que limitam seu negócio. A teoria fornece, então, uma série de ferramentas para
identificá-las e tratá-las.
O sistema de Tecnologia de Produção Otimizada (em inglês, OPT -
Optimized Production Technology), foca em um objetivo comum a todas as
empresas do atual mundo capitalista: fazer dinheiro. Tomando por base este
princípio, os indicadores financeiros passam a ser considerados de grande
importância para a análise do sistema. São eles: Lucro líquido, Retorno sobre
investimento, e Fluxo de caixa.
Anteriormente aos indicadores financeiros, ocorre ainda, uma necessidade de
bom desenvolvimento de outros tres indicadores operacionais que terão influencia
direta nos indicadores financeiros. Os indicadores operacionais são:
Taxa de produção de produtos: O sistema OPT tem com um de seus pilares, a
taxa de produção da empresa, a qual é desnecessária quando não se tem mercado.
Dessa forma, o OPT releva a importância da junção das áreas de Produção,
Marketing e Vendas, para obter o melhor resultado para a empresa, da relação
Produção X Mercado.
Inventário: Para o sistema em questão, o inventário é visto com uma aplicação de
dinheiro em bens, e que mais tarde será revertido em lucro, através de sua venda.
No inventário, custos como Mão de obra, Custos indiretos, e administrativos, não
são inclusos.
Custos Operacionais: Esses custos revelam o quanto foi o gasto no processo de
transformação do inventário, para taxa de produção. Alguns custos inclusos são:
Mão de obra direta e indireta, eletricidade.
Esses indicadores estão diretamente ligados aos indicadores financeiros.
Exemplo: Se uma empresa obtiver aumento da taxa de produção mantendo os
outros custos operacionais constantes, consequentemente, aumentará os 3
indicadores financeiros citados anteriormente.
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Outro problema tratado pelo OPT são os gargalos da produção, que podem
ser máquinas, pessoas, tempo. O OPT busca a melhoria desses gargalos e procura
não despender muito esforço e tempo em locais que não são considerados gargalos
para a produção. O OPT não é uma forma alternativa ao MRP, mas sim, um
complemento, já que são possíveis de utilizarem juntos. A programação do MRP nos
locais considerados não gargalos, pode ser feita de modo mais simples, se utilizado
métodos do OPT.
O OPT pode ser mais bem elaborado e utilizado em linhas de produção muito
complexas e que apresentam grande número de estações de trabalho. Em locais
aonde a fábrica, como um todo, é vista como apenas uma unidade de produção, os
indicadores de desempenho operacional são mais utilizados na gestão da
programação.
9.3 Planejamento e Controle de Produção – PCP
Planejamento e Controle de Produção PCP é o departamento que permite a
continuidade dos processos produtivos na indústria. Controla a atividade de decidir
sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a
execução do que foi previsto no tempo e quantidade certa e com os recursos
corretos. Em resumo, o PCP trata dados de diversas áreas, transforma-os em
informações, suporta à produção para que o produto seja entregue na data e
quantidade solicitada.
Podemos dizer que o PCP estará pronto quando forem respondidas as seguintes
questões:
1° O que produzir?
2° Quanto produzir?
3° Onde produzir?
4° Como produzir?
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5° Quando produzir?
6° Com o que produzir?
7° Com quem produzir?
A partir da configuração do processo de produção, o PCP irá criar uma carta
mapa, documento denominado plano mestre de produção (PMP), que é a diretriz de
produção.
Trata-se do conjunto de atividades da administração da produção relacionadas à
alocação eficaz e eficiente dos recursos de produção da organização (materiais,
máquinas, equipamentos e pessoas) para a produção dos bens e serviços
demandados pelos clientes.
Historicamente, com o desenvolvimento da administração científica, as
funções de planejamento e controle da produção, antes exercidas de forma empírica
pelos supervisores de produção, passaram a ser centralizadas em um departamento
específico da fábrica, usualmente denominado PCP.
Em geral, o departamento de PCP dedica-se as atividades mais operacionais
como a programação da produção, controle de estoques (matérias-primas, em
processo e produtos acabados), emissão e controle de ordens de produção, entre
outras atividades do dia-a-dia da produção.Entretanto, a atividade de planejamento
não se limita ao nível operacional. No nível tática-estratégia, a gerência de produção
toma decisões de médio e longo prazo que incluem decisões sobre a aquisição de
equipamentos e máquinas, contratação de pessoas, administração de materiais e
fornecedores, com base em previsões atualizadas de demanda. Este processo de
decisão, atualmente denominado Planejamento de Operações e Vendas (POV),
envolve, além da Produção, outras áreas da empresa, especialmente as áreas de
Vendas e Financeiro.
Do ponto de vista acadêmico, os conceitos e habilidades necessários para o
exercício das atividades de PCP são abordados em disciplinas também
denominadas Planejamento e Controle da Produção. No currículo de uma disciplina
típica de PCP, destacam-se os seguintes tópicos:
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- Previsão da demanda
- Planejamento da capacidade de produção
- Planejamento agregado da produção
- Programação mestra da produção
- Programação detalhada da produção
- Controle da produção
Previsão da demanda: os métodos estatísticos e subjetivos de previsão de demanda
auxiliam os gerentes de produção no dimensionamento da produção e dos recursos
materiais e humanos necessários. A previsão de demanda assume um papel ainda
mais importante quando a empresa adota uma estratégia de produção para estoque.
Planejamento da capacidade de produção: a partir da previsão de demanda de
médio e longo prazo e da análise da capacidade instalada, determina-se a
necessidade de adequação (aumento ou redução) da capacidade de produção para
melhor atender a demanda no médio e longo prazo.
Planejamento agregado da produção (PAP): visa determinar a estratégia de
produção mais adequada para a empresa. No plano agregado, estão as decisões de
volumes de produção e estoque mensais, contratação (ou demissão) de pessoas,
uso de horas-extras e subcontratação, contratos de fornecimento e serviços
logísticos. Usualmente, o horizonte de planejamento é anual com revisão mensal
dos planos. Neste nível de planejamento, as informações de demanda e
capacidades são agregadas para viabilizar a análise e tomada de decisão.
Programação mestra da produção (PMP): trata-se da operacionalização dos planos
de produção no curto prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os
recursos (máquinas, pessoas, matérias-primas) no tempo certo para produzir a
quantidade necessária para suprir a demanda de determinado período. Nessa etapa,
temos uma definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques,
com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento agregado,
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incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos firmes e ordens
abertas de produção e compras.
Programação detalhada da produção (PDP): é a operacionalização propriamente
dita no “chão da fabrica”. Define como a fábrica irá operar no seu dia a dia. As
atividades que envolvem a programação da produção são: administração de
materiais, sequenciamento das ordens de produção, emissão e liberação de ordens.
- Administração de materiais: planeja e controla os estoques, define o tamanho dos
lotes, a forma de reposição da matéria-prima e os estoques de segurança.
- Sequenciamento: é a determinação da sequência de execução das operações de
produção nas máquinas, visando minimizar atrasos, ociosidades e estoques em
processo.
- Emissão de ordens: implementa o programa de produção emitindo a
documentação necessária para o inicio das operações e liberando-a quando os
recursos estiverem disponíveis.
Em sistemas de produção repetitiva (alto volume, baixa variedade), a
programação detalhada é orientada por regras mais simples e visuais como os
sistemas de produção puxada tipo Kanban. Por outro lado, em empresas de
produção intermitente (baixo volume, alta variedade), a atividade de programação
detalhada torna-se mais complexa, dificultando a sincronização das operações para
redução de custos, atrasos e tempos de fluxo das ordens. Neste ambiente, a
atividade de programação pode ser apoiada em software específico de programação
da produção.
Controle da produção: é a última etapa do PCP e consiste no acompanhamento dos
processos produtivos a fim de verificar o andamento da produção conforme o
planejado, ou seja, verificar se o que foi decidido no plano agregado, programa
mestre e programação detalhada está sendo realizado. A partir do apontamento da
produção (tempos e rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados
dos processos para utilização nas decisões futuras.
Sistemas de apoio.
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Decisão é uma escolha entre as alternativas existentes através de estimativas dos
pesos destas alternativas. Apoio à decisão significa auxiliar nesta escolha gerando
estas estimativas, a evolução ou comparação e escolha. O termo sistema de apoio à
decisão tem sido utilizado de diferentes formas (após a década de 80) e tem
recebido diferentes definições de acordo com o ponto de vista de cada autor. Finlay
(1994) e outros autores definem o SAD de um modo geral como “um sistema
computacional que auxilia o processo de tomada de decisão”. Turban (1995) define
mais especificamente como “um interativo, flexível e adaptável sistema de
informação, especialmente desenvolvido para apoiar a solução de um problema
gerencial não estruturado para aperfeiçoar a tomada de decisão. Utiliza dados,
provê uma interface amigável e permite ao tomador de decisão ter sua própria
percepção”.
“Somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é
um modo de agir, mas um hábito.” Aristóteles
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CRUZ, Tadeu. Sistemas de Informações Gerenciais; Tecnologia da Informação e a
Empresa do Século XXI. 2.ª Edição. São Paulo: Atlas, 2000.
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