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__________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL JAGUSZESKI, Simone¹ PEDROZO, Salete Aparecida¹* PERIN, Simone¹ RODIGHERO, Patricia¹ TERRA, Rudinei Delanora¹ BOTTON, Marcia Zani² COSTA, Gisele Maria Tonin da² SILVA, Lisiane Borges da² VICENZI, Carla Luisa² RESUMO: O presente artigo visa o desenvolvimento e aprendizagem do brincar, brincadeira e brinquedo na educação infantil, dando ênfase aos assuntos utilizados para desginar o ato do brincar, colocando sua importância e amplitude, na comprensão do universo lúdico, onde as crianças podem ter uma comunição pessoal coletiva e com o mundo. O brincar desenvolve a noção e aceitação social, constituindo conhecimento através da interação, que apenas o brinquedo, com suas dimensões, pode proporcionar. Para desenvolver o trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica, pesquisando em revistas, sites e artigos científicos, bem como pesquisa de grandes autores referente este tema. A prática foi desenvolvida em Escola Municipal com crianças de 4 a 5 anos, utilizando como base para o desenvolvimento das brincadeiras o Conto. A partir do mesmo foram desempenhadas tarefas como quebra-cabeça, trilha, caixa surpresa e ginástica interativa. Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil. Brincar. Aprendizagem. ABSTRACT: The present article aims at the development and learning of play, play and toy in children's education, emphasizing the media for development, placing its importance and amplitude, in the understanding of the play universe, where there can be collective personal communion and with the world. Play develops a notion and social acceptance, constituted by means of interaction, which only the toy, with its dimensions, can offer. For the development of research, consult bibliography search, research in magazines, websites and scientific articles, as well as research of great authors referring to this topic. The practice was developed in Municipal School with children from 4 to 5 years, use as a basis for the development of play or story. From there, they perform tasks such as puzzle, trail, surprise box and interactive gymnastics. Keywords: Child Development, Playing. Learning. 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Brincar é uma importante forma de comunicação, e é por meio deste ato que a criança pode produzir o seu cotidiano, do mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre o brincar e o aprender. É necessário conscientizar os pais e educadores, sobre a ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que a brincadeira faz parte de um ensinamento

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O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

JAGUSZESKI, Simone¹

PEDROZO, Salete Aparecida¹*

PERIN, Simone¹

RODIGHERO, Patricia¹

TERRA, Rudinei Delanora¹

BOTTON, Marcia Zani²

COSTA, Gisele Maria Tonin da²

SILVA, Lisiane Borges da²

VICENZI, Carla Luisa²

RESUMO: O presente artigo visa o desenvolvimento e aprendizagem do brincar, brincadeira e brinquedo na

educação infantil, dando ênfase aos assuntos utilizados para desginar o ato do brincar, colocando sua importância

e amplitude, na comprensão do universo lúdico, onde as crianças podem ter uma comunição pessoal coletiva e

com o mundo. O brincar desenvolve a noção e aceitação social, constituindo conhecimento através da interação,

que apenas o brinquedo, com suas dimensões, pode proporcionar. Para desenvolver o trabalho utilizou-se a

pesquisa bibliográfica, pesquisando em revistas, sites e artigos científicos, bem como pesquisa de grandes

autores referente este tema. A prática foi desenvolvida em Escola Municipal com crianças de 4 a 5 anos,

utilizando como base para o desenvolvimento das brincadeiras o Conto. A partir do mesmo foram

desempenhadas tarefas como quebra-cabeça, trilha, caixa surpresa e ginástica interativa.

Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil. Brincar. Aprendizagem.

ABSTRACT: The present article aims at the development and learning of play, play and toy in children's

education, emphasizing the media for development, placing its importance and amplitude, in the understanding

of the play universe, where there can be collective personal communion and with the world. Play develops a

notion and social acceptance, constituted by means of interaction, which only the toy, with its dimensions, can

offer. For the development of research, consult bibliography search, research in magazines, websites and

scientific articles, as well as research of great authors referring to this topic. The practice was developed in

Municipal School with children from 4 to 5 years, use as a basis for the development of play or story. From

there, they perform tasks such as puzzle, trail, surprise box and interactive gymnastics.

Keywords: Child Development, Playing. Learning.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Brincar é uma importante forma de comunicação, e é por meio deste ato que a criança

pode produzir o seu cotidiano, do mundo de fantasia e imaginação. O ato de brincar

possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da

autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre o brincar e

o aprender.

É necessário conscientizar os pais e educadores, sobre a ludicidade que deve estar

sendo vivenciada na infância, ou seja, de que a brincadeira faz parte de um ensinamento

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prazeroso não sendo somente lazer, e a importância desta nas intervenções e prevenções de

problemas de aprendizagem.

Segundo os autores Piaget (1975) e Vygosky (1998) este é um período fundamental

para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento de forma significativa. Neste

sentido, o objetivo deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil.

2 DESENVOLVIMENTO

Nesta parte do trabalho será detalhado o referencial teórico, a metodologia

empregada e os resultados encontrados. Contém a exposição ordenada e pormenorizada do

assunto tratado em estudo.

2.1 Referencial Teórico

2.1.1 A educação infantil no contexto da educação básica

Como a primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o inicio e o

fundamento do processo educacional. A entrada da creche ou na pré-escola significa a

primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se incorporarem em

uma situação estruturada. As creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os

conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua

comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o seu objetivo de ampliar o

universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e

consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar -

especialmente quando se trata da educação dos bebês e crianças bem pequenas, que envolve

aprendizagens muito próximas aos dois contextos (família e escola), como a autonomia e

comunicação (BASE NACIONAL CURRICULAR, 2016).

Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças,

a prática do diálogo e compartilhamentos de responsabilidades entre a instituição de Educação

Infantil e a família são essenciais (BASE NACIONAL CURRICULAR, 2016).

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução

CNE/CEB n 5/ 2009)29, em seu Artigo 4, definem as crianças como “sujeito histórico e de

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direitos, que interage, brinca, imagina, fantasias, deseja, aprende, observa, experimenta, narra

e questiona constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade produzindo cultura”

(BRASIL,2009). Ainda de acordo com as DCNEI, em seu artigo 9, os eixos estruturais das

práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e as brincadeiras,

experiências por meio das quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos

por meia de suas ações e interações com seus pares e com os adultos o que possibilita a

aprendizagem e desenvolvimento e socialização.

A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo

muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral da criança. Ao observar a

interações entre crianças e delas com os adultos, é possível identificar, por exemplo, a

expressão dos afetos, a mediação das frustrações, a revolução de conflitos e a regulação das

emoções (BRASIL, 2017).

2.1.2 A Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular

A expressão educação “pré-escolar”, utilizada no Brasil até a década de 1980

expressava o entendimento de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, independente e

preparatório para a escolarização, que só teria o seu começo no Ensino Fundamental. Situava-

se, portanto, fora da educação formal (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, 2016).

Com a Constituição Federal de 1988, o atendimento em creche e pré-escola às crianças

de zero a seis anos de idade torna-se a dever do Estado. Posteriormente, com a promulgação

da LDB, em 1996, a Educação Infantil passa a ser parte integrante da Educação Básica,

situando-se no mesmo patamar que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. E a partir de

modificação introduzida na LDB em 2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental

para os 6 anos de idade, a Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos.

Entretanto, embora reconhecida como direito de todas as crianças e dever do Estado, a

Educação Infantil passa a ser obrigatório para crianças de 4 a 5 anos apenas com a Emenda

constituição número 59/2009 que determina a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos

17 anos. Essa extensão da obrigatoriedade foi incluída na LDB em 2013, tornando obrigatório

a matrícula de todas as crianças em instituições de Educação Infantil na idade de 4 e 5 anos

(BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM, 2016).

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Com a inclusão da Educação Infantil na BNCC, mais um importante passo é dado

nesse processo histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica (BRASIL, 2017).

Segundo Daladier (2008), a Legislação Educacional possui duas naturezas: uma

reguladora e uma regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis,

sejam federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da educação

são as fontes primárias da regulação e organização da educação nacional, pois, por elas,

definem-se as competências constitucionais e atribuições administrativas da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abaixo das normas constitucionais, estão as

leis federais, ordinárias ou complementares.

No Brasil vive-se um momento histórico, muito oportuno para uma reflexão e a ação

em relação às políticas públicas voltadas para as crianças. Cada vez mais, a educação e o

cuidado na primeira infância são tratados como assuntos prioritários por parte do governo,

bem como pelas organizações da sociedade civil (DALADIER, 2008).

Segundo Daladier (2008) dispõe-se de uma legislação avançada na área da educação,

introduzida pela Constituição Federal de 1988 o Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA)

lei número 8.069 de 13 de julho de 1990 e a lei e de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB lei número 9.394 de 20 de setembro de 1996).

Com o ECA os municípios passaram a ter responsabilidade pelos direitos da infância e

da adolescência, com isso foi criado o conselho municipal da infância e do adolescente, o

fundo municipal e posteriormente o conselho tutelar, para garantir que esses direitos sejam

respeitados. Em seu artigo número 227, a Constituição Federal consagra uma recomendação

em defesa da criança ao dispor que é dever da família e da sociedade e do Estado assegurar a

criança como prioridade o direito a educação (DALADIER, 2008).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei número 9.394 de 26 de dezembro de

1996, atendendo ao compromisso do legislador constituinte de 1988, refere ao direito do

cidadão a educação. O artigo quarto, incisivo IV assegura a educação escolar pública com

atendimento gratuito em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 6 anos de idade. Nesse

aspecto a LDB merece elogio, ao estender a garantia da gratuidade para as creches e pré-

escolas, pois a constituição no seu artigo 208, inciso IV, prevê apenas atendimentos em

creches e pré-escolas as crianças daquela idade, mas não deixava claro quanto à gratuidade do

ensino.

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2.1.3 História da educação

É fundamental o conhecimento da história da educação, pois relata a fundação de

grupos sociais, experiências históricas e experiências passadas, que tornaram possíveis ao

presente estado da educação (PEREIRA, 2017).

A Legislação Educacional do Brasil enquanto nação independente tem seu início na

Constituição Imperial de 1824 (a qual continha um artigo sobre educação escolar primária

gratuita) e prossegue até a Constituição Federal de 1988, considerando-se aí também as

Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos Municípios e toda a legislação ordinária, com

ênfase especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos diferentes momentos

históricos em que elas ocorrem (DALADIER, 2008).

A educação de antigamente, é uma herança cultural e social que ergueu várias

civilizações ocidentais. As cidades e estados da Grécia antiga- Esparta e Atenas- foram uma

das grandes pioneiras para a formação social e educativa, que serviu para que diversas outras

civilizações se reerguessem. Reconhecidos pelo forte poder militar de força de guerreiros, o

modelo de educação espartano fundou-se pela disciplina rígida no autoritarismo, no ensino de

artes militares, e códigos de conduta, em estímulo da competividade entre alunos e no

decorrer de sua vida social. Atenas tinha como uma das melhores virtudes a educação como

um ideal educativo mais importante. O poder da palavra sempre em aprimoramento, com a

polêmica que eram muito valorizadas na questão da democracia para todos. Os sofistas

surgiram como uma herança para essa educação ateniense, considerados mestres na retórica

de oratória, ensinavam o poder da fala para que seus alunos fossem capazes de se defender

com argumentos bons, no meio político (PEREIRA, 2017).

Segundo Pereira (2017), fruto das mesmas vertentes, porém com ênfase no

pensamento sofista, o filosofo Sócrates se propunha vá não somente como falar e se

comunicar, mas a pensar e através de provocações (perguntas) que fizessem o aluno chegar a

uma lógica e não simplesmente a mera retórica. Apesar de pensamentos forças de

ensinamentos diferentes, os dois pensamentos sofista e socrático são muito importantes para a

educação contemporânea, com a valorização do conhecimento prévio do aluno enquanto

estratégias que se tornaram muito relevantes para o sucesso da aprendizagem do aluno na

contemporaneidade.

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Ainda na educação na Idade Média é possível observar traços da tradição espartana

educacional medieval. A educação foi estabelecida a partir das necessidades daquele tempo,

com um pensamento conservador a educação desenvolvida em rígidos dogmas da igreja

católica. Cabe relatar que até o século XVII a educação e valores morais, os ofícios

responsáveis pela garantia de subsistência eram transmitidos em grande parte dentro dos

próprios círculos familiares, sendo que esses valores e códigos de conduta eram

profundamente influenciados pelos pensamentos religiosos. Em contrapartida com as

mudanças e reformas feitas na religião, o renascimento inicia uma nova etapa para o ocidente

marcada pelos novos pensamentos atenienses em discursos de pensamento para a educação. O

pensamento de educação era como algo sagrado, permanecendo forte e foi um grande

responsável pela concepção do papel da educação desde o final do Antigo Regime até o

começo dos Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser ensinado em escolas, através de

educadores que eram os grandes responsáveis pela ordem da disciplina (PEREIRA, 2017).

A educação moderna foi o modelo de educação focado no professor transmissor de

conhecimento que seguiu até o século XVII e XIX, impulsionado pela Revolução Industrial e

a consequente urbanização e aumento demográfico. Com tudo isso a expansão de regime

democrático passa a ter como meta a expansão do ensino para todos os cidadãos ciente de

direitos e deveres iguais para todos da sociedade (PEREIRA, 2017).

Em meados do século XIX os modelos hierarquizados e autoritários de instituições

escolares passaram então a ser questionado por educadores como Maria Montessori, na

Europa, e John Dewey, nos Estados Unidos. Passaram a questionar o modo de ensino de

conteúdos e grades curriculares e passaram a reivindicar a participação ativa dos alunos na

aprendizagem. Deste modo resgatando costumes atenienses de educação ao valorizar a

experiência anterior do aluno e seus conhecimentos momentâneos de sua aprendizagem

(PEREIRA, 2017).

No decorrer dessa história educacional é importante esclarecer que nem sempre foram

os mesmos tipos de objetivos e tudo isso requer, antes de tudo, um intenso esforço de reflexão

e contextualização. Então com isto pode-se observar os caminhos e noções tomadas para a

educação atual, a partir das práticas passadas, e se de um lado está o papel da escola para a

transmissão do conhecimento de outro é que o conhecimento é algo adquirido e construído.

Consequentemente ninguém ensina nada a ninguém de forma definitiva, então nesse mundo

de diversas mudanças e renovação é importante sempre o acompanhamento e melhoria de

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métodos sempre dando valor ao engajamento dos alunos, como foco para o melhoramento e

encaixe às exigências de um mundo (PEREIRA, 2017).

O conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção que se faça sobre o

futuro; contudo, os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar de maneira

satisfatória o impacto das tecnologias da informação sobre a Educação. Logo, será preciso

trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazendo de tudo para

superar as condições de atraso e, ao mesmo tempo, criando condições para aproveitar as

novas possibilidades que surgem através desses novos espaços de conhecimento (PEREIRA,

2017).

2.1.4 O brincar

O brincar é a atividade fundamental para as crianças, pois é brincando que elas

descobrem como é o mundo, comunicam-se entre elas e vivem no meio de um contexto

social, ou seja, brincar é um direito que a criança tem.

A criança quando brinca cria situações imaginárias, se comportando como se estivesse

agindo no mundo adulto. Desta forma, o brincar é fundamental para compreender o universo

lúdico da criança, ele acontece em determinados momentos em lugares diferentes ela aprende

a brincar de forma afetiva, criando vínculos mais duradouros. Brincar é uma importante forma

de comunicação, e por meio deste ato, a criança pode reproduzir seu cotidiano num mundo de

fantasia e imaginação, possibilitando o processo de aprendizagem e criatividade. O brincar na

educação infantil proporciona a criança estabelecer regras no seu desenvolvimento, pois o

brinquedo promove uma situação entre ação da criança com objeto concreto e suas ações com

significados (FANTACHOLI, 2007).

Kishimoto (2002 p. 21) relata que: “O vocabulário brinquedo não pode ser reduzido na

plularidade de sentidos do jogo, pois conota criança e tem dimensão material, cultural e

técnica”. O objeto brinquedo é um suporte da brincadeira, é ação que a criança desempenha

ao brincar. Assim pode-se concluir que brinquedo e brincadeira estão relacionados

diretamente com a criança/sujeito e não se confundem com o jogo em si.

Vygotsky (1998) acentua o papel o ato de brincar na constituição do pensamento

infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo,

tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de

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eventos, pessoas, coisas e símbolos. Ainda pode-se dizer que o ato de brincar acontece em

determinados momento do cotidiano infantil. Neste contexto, Oliveira (2000), aponta que o

ato de brincar é um processo de humanização, no qual a criança aprende conciliar a

brincadeira de forma afetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, as crianças

desenvolvem suas capacidades de raciocinar de jogar, argumentar, de como chegar a um

consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar inicio a atividade em si.

Carvalho (1992, p. 28) afirma que:

[…] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspeco significativo

e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se

modifica de ato puramente transmissor a ato transformadr em ludicidade, denotando-

se, portanto em jogo (Apud BRINCAR, 2017).

De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes dessa visão, o

brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem

na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou

adultos. Tal concepção se afasta da visão predominante da brincadeira como atividade restrita

à assimilação de códigos e papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o

processo de socialização da criança e a sua integração à sociedade.

Vygotsky (1998) ainda deixa claro que o tema brincar na educação infantil tem sua

origem naquilo que à criança vive no seu dia a dia, nas relações com seus pares e

principalmente, nas relações com adultos. É uma situação imaginária, um faz de conta criada

pela criança, mas que só pode ser criada por ela graças ao material abstraído nas interações.

2.1.5 O brinquedo e a brincadeira

A história do brinquedo é parte da cultura humana, seja retratada numa pintura ou

contada pelas pessoas que faziam seus próprios brinquedos. Benjamin (1994) diz que os

brinquedos de madeira talhados nasceram nas oficinas. Somente no século XIX a produção de

brinquedos passou a ser objeto de uma indústria especifica. Essa indústria do brinquedo

surgiu como indústria especializada nascida na Europa, e presente no mundo inteiro.

No passado as crianças brincavam com brinquedos feitos, muitas vezes por elas

mesmas, ou feitos por artesãs, quando a indústria do brinquedo surgiu, passou a fabricar

brinquedos em série como, por exemplo a boneca Barbie. Inclusive um brinquedo que mostra

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um tipo, um modelo de pessoa. Barbie é magra, alta, bem vestida e parece rica. È o exemplo

do brinquedo que não procura fazer uma construção, explorar a criatividade natural das

crianças, mas sim, impor uma ideia de mundo e de vida. (FANTACHOLI, 2007).

Para Vygostsky et al. (1998), o brinquedo tem relação íntima com o desenvolvimento

de uma criança, especialmente na idade pré- escolar. O brinquedo proporciona maior

desenvolvimento da capacidade cognitiva, por isso, a história do brinquedo no mundo

perpassa pela infância. As crianças brincam com cantigas de roda, carrinhos que constroem

jogos e tudo isso auxilia no desenvolvimento da criatividade, da afetividade e da

aprendizagem.

Como Benjamin (2002, p. 91) explica, “[...] a industrialização avança e quanto mais

ela se expande, os brinquedos tornam-se cada vez mais estranhos não só às crianças, mas

também aos pais”. O autor coloca que a industrialização do brinquedo passou a afastar pais e

filhos, pois antes os pais ajudavam os filhos a construir os brinquedos, o que permitia

interação e maior protagonismo de pais e filhos.

Atualmente é certo que ainda as crianças constroem seus brinquedos, ainda há

brincadeiras de roda e esconde- esconde, mas a indústria do brinquedo vem se atualizando a

cada dia. Hoje o que vemos são os jogos eletrônicos, os quais conquistam novos adeptos,

porém a sociedade, especialmente os educadores não podem perder o foco do brinquedo

compreendido como afetividade e desenvolvimento infantil, como lugar da criatividade e da

inventividade. Os brinquedos são muito importantes tanto para o desenvolvimento cognitivo,

como para uma sociedade mais saudável, com crianças felizes, futuros adultos com potencial

criativo. A história do brinquedo vem mudando conforme o tempo passa e coisas novas

ocorrem na sociedade, porém a construção do brinquedo precisa ser partilhada e a criança

precisa continuar sendo a protagonista do brinquedo e da brincadeira. Não se pode falar no

brinquedo sem falar da brincadeira que dá sentido a um brinquedo. Confecciona-se um jogo,

um brinquedo para brincar. O ato de brincar é muito antigo, brincando a criança se descobre e

aprende. Faz relações consigo e com o mundo ao seu redor (FANTACHOLI, 2007).

Vygotsky (1998) fala sobre o papel do brincar no desenvolvimento do pensamento

infantil. É brincando, jogando que a criança se comunica, desenvolve mostra os aspectos

cognitivos, seu modo de agir em relação às coisas, às pessoas. Nestes momentos a criança cria

vínculos com tudo àquilo que a rodeia. Assim, as crianças aprendem a raciocinar, a produzir

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seus próprios argumentos, a ceder, a partilhar, a perder e ganhar, o que colabora de modo

decisivo no seu desenvolvimento.

Vygostsky (1991, p. 63) descreve uma brincadeira entre irmãs e mostra como o

brinquedo e a brincadeira se realizam na infância:

Somente aquelas ações que se ajustam a essas regras são aceitáveis para a situação

de brinquedo: elas se vestem como, falam como, enfim, encenan tudo aquilo que

enfatiza suas relações como irmãs à vista de adultos e estranhos. A mais velha,

segurando a mais nova pela mão, pode falar, referindo-se a outras pessoas: "Aquilo é

delas, não nosso". Isso significa: "Eu e minha irmã agimos da mesma maneira e

somos tratadas da mesma maneira, mas os outros são tratados de maneira diferente."

Neste exemplo a ênfase está na similitude de tudo aquilo que está ligado ao conceito

que a criança tem de irmã; como resultado do brincar, a criança passa a entender que

as irmãs têm entre elas uma relação diferente daquela que têm com outras pessoas. O

que na vida real passa despercebido pela criança torna-se uma regra de

comportamento no brinquedo.

O brincar na vida da criança é fundamental no seu desenvolvimento, pois as

brincadeiras, os jogos vão surgindo na vida da criança e evoluindo conforme a idade. Através

destas atividades a criança constrói experiências e regras, além de experimentar o lúdico,

afetividade de maneira singular o que se torna muito eficaz para a aprendizagem.

Nos jogos, nas brincadeiras a criança atua de modo que ela cria, inventa e se coloca

além do seu cotidiano, de sua idade – ela pode ser a irmã mais velha, a mãe, a tia. Se para um

bebê o brinquedo é algo motivador, a criança enxerga e quer pegar. Já para a criança em idade

maior o brinquedo e a brincadeira passam a ser uma ideia, ou seja, a folha de uma árvore pode

servir como dinheiro, um palito uma colher, do barro pode-se fazer uma panelinha. Assim a

criança através da brincadeira elabora cada vez mais seu pensamento, constrói suas amizades,

sente a frustração e, num jogo precisa ceder: às vezes ganhar e ás vezes perder. Tudo isso

ajuda na sua formação e na construção de sua aprendizagem em todos os sentidos

(FANTACHOLI, 2007).

Além de tudo isso a brincadeira tem na sua essência a ludicidade, a afetividade como

forma de convívio e de aprendizado. A ludicidade é importante em qualquer fase da vida,

muito mais na infância, pois permite o desenvolvimento das potencialidades da criança, não

apenas para lhe dar prazer e a alegria, mas para ajudar na organização do próprio pensamento.

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2.2 Metodologia

Para o desenvolvimento do artigo, os acadêmicos do curso de Pedagogia foram

divididos em grupos de cinco alunos. Inicialmente realizou-se a pesquisa bibliográfica,

realizada em sites, livros e artigos usados como referências bibliográficas para o

desenvolvimento do conteúdo estudado. Bem como, foram abordados nas disciplinas em sala

de aula no segundo semestre, que enfatiza a necessidade do brinquedo, brincadeira e brincar

na infância, período onde o incentivo proporciona hábitos e formações do caráter do sujeito.

Para a parte prática foram confeccionados brinquedos de sucatas e montado o espaço

para contação de história. A partir do mesmo foi possível observar nas atividades

desempenhadas pelas crianças que os alunos demostram grande interesse pelas tarefas, sendo

a hora do conto, quebra-cabeça, trilha, caixa surpresa e ginástica interativa.

A hora do conto foi a primeira atividade proposta para as crianças. Nessa atividade

foram divididos em dois grupos, de cinco alunos. O primeiro grupo mostrou-se mais

concentrado, com alunos calmos e participativos; o segundo grupo estava mais agitado, mas

foi possível desenvolver a atividade pois mostravam-se muito curiosos para desenvolver as

demais brincadeiras por elas visualizadas.

PLANO DE AULA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

ESCOLA À DESENVOLVER: Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Stanislau

Olejnik

CIDADE: Getúlio Vargas

CURSO: Pedagogia Nível II

ACADÊMICOS: Salete Pedroso, Simone Perin, Simone Jaguszeski, Patricia Rodighero,

Rudinei Delanora Terra.

TURMA: Educação Infantil Pré A

IDADE: 4 à 5 anos

NÚMERO DE ALUNOS:17 Alunos

PROFESSORA REGENTE: Adriana Cazonatto

TURNO: Manhã

TEMA: Quem Procura Acha

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1. CONTEÚDOS

- Leitura e interpretação;

- Cores;

- Percepção de movimentos;

- Espaço e tempo;

- Atenção e observação;

- Trabalhando codificação alfabeto, sequência numérica em especial ao mês de setembro é

cultura gaúcha, cores, texturas, formas.

2. OBJETIVO

Reconhecer a importância da literatura infantil e incentivar a formação do hábito de leitura,

promovendo o desenvolvimento de capacidades emocionais, afetivas, cognitivas e sociais de

cada criança.

3. ESTRATÉGIA

3.1 Com o tema “quem procura acha!”, será dado início com um conto, com o uso de

fantoches e painéis com o título: O menino que viu uma coisa. Objetiva reconhecer a

importância da literatura infantil e incentivar a formação de hábito de leitura na idade em que

todos os hábitos se formam, isto é na infância.

3.2 Caixa surpresa com vários tipos de brinquedos que estejam atribuídos a mensagem

passada pelo conto. Aguça a curiosidade das crianças, e estas ficam bem envolvidas na

atividade.

3.3 Quebra cabeça: com imagem de envolve a ludicidade do conto, bem como a capacidade

de formar a imagem. Estimula a aprendizagem, desenvolve a atenção, o pensamento lógico, a

coordenação motora, a possibilidade de coordenar o corpo, recontar história e desenvolver

habilidades.

3.4 Locomoção usando as dinâmica: O gigante e o Anão para interagir e locomover as

crianças. Passo do gigante, desenvolve a habilidade de locomoção, assumindo uma posição

definida, sendo praticada em círculos, devendo andar com passos grandes e braços erguidos e

estender o corpo de modo à dar a impressão de ser gigante tendo os olhos fixos nas pontas dos

dedos das mãos.

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3.5 Trilha: trabalha atenção psicomotora, criatividade, estimula o comportamento, emoções e

o cognitivo.

4. AVALIAÇÃO

Realizar-se a através da observação e registros com as crianças na prática de brincadeiras

desenvolvidas, bem como da qualidade das interações estabelecidas entre criança e criança e

criança – adulto.

5. REFERÊNCIA

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/tipos-de-avaliacoes-

escolar/16604

http://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-

infantil.htm

2.3 Resultados

As disciplinas cursadas no semestre, Recreação e Lazer, Didática, Psicologia do

Desenvolvimento e da Aprendizagem e o aprofundamento do conteúdo proposto pela História

da Educação, através das leituras sugeridas e do estudo da Legislação referente à educação,

permitiram a realização da aula prática, na Creche Municipal Cônego Stanislau Olejnick. A

introdução da aula prática, no dia 28 de setembro, foi feita com dez alunos e sua aplicação

proporcionou grande conhecimento, com boa receptividade pelas crianças e equipe docente. A

prática desenvolveu-se na turma do pré A com idade de quatro a cinco anos, ressaltando a

necessidade de introdução de brincadeiras e brinquedos de acordo com a fase de cada criança.

As figuras 1, 2, a seguir, demonstram um pouco do trabalho realizado durante a aula.

Os acadêmicos fotografaram alguns momentos, com o consentimento da Escola.

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Figura 1: Quebra-Cabeça

A montagem de quebra-cabeças estimula aprendizagem, pois desenvolve atenção e

trabalha a observação.

Figura 2: Trilha/ Trabalha cores, lúdico e psicomotor.

As crianças se envolveram muito na atividade da trilha, que trabalha as cores, o lúdico

e o desenvolvimento psicomotor.

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Habilidades de locomoção, equilíbrio e concentração foram trabalhadas de forma

lúdica e atrativa.

Nas Figuras 3 e 4, o registro da turma, após a prática.

Figura 3: Pré A e grupo de acadêmicos.

Figura 4: Professora Adriana Cazonatto, Pré A e Grupo de acadêmicos.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O artigo teve como objetivo conciliar a importância no desenvolvimento, cognitivo,

psicomotor e social na infância, aprofundado nas aulas e na pesquisa bibliográfica com a

prática de brincadeiras.

O brincar, o brinquedo e a brincadeira trazem conhecimento, agregam experiência,

aprofundando a importância do brincar na infância, com o desenvolvimento de brincadeiras

direcionadas e livres, a qual a criança usa seu potencial de criatividade e conhecimento. O

interesse da criança pela lucidade mostra que a mesma tem importante papel no

desenvolvimento psicomotor e social.

De acordo com Piaget e Vygostsky, estudiosos na Área da Educação Infantil, o

educador é elemento essencial que, juntamente com a família, influência no processo de

aprendizagem na Infância. E, a aplicação das atividades práticas realizadas no decorrer da

elaboração do presente artigo enfatizaram a necessidade e importância do brincar, do

brinquedo e da brincadeira para todas as fases de desenvolvimento da criança. Sendo assim,

toda a prática realizada proporciona uma reflexão sobre a pesquisa.

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Segunda versão revista. Brasília: MEC, 2016. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 03 de

agosto 2017.

BRINCAR. O Brincar na Educação Infantil: Jogos, Brinquedos e brincadeiras- Um olhar

Psicopedagógico. Revista Científica Aprender. Disponível em:

www.fundaçãoaprender.org.br. Acesso em: 20 de agosto de 2017.

DALADIER, Miguel. 2008. Disponível em:

https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/168958/artigos-educacao-infantil-o-que-diz-a-legislacao.

Acesso em 17de agosto 2017.

FANTACHOLI, Fabiane das Neves. 2007. Disponível em:

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PEREIRA, Lucila Conceição. 2017. Disponível em:

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PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitacao, jogo e sonho, imagem e

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VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora

LTDA, 1991.

VYGOTSKY, L. S; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e

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