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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS SABARÁ MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA 2012

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CAMPUS SABARÁ

MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA

2012

PREAMBULO MANUAL DE ORIENTAÇÕES DE PROJETOS DE PESQUISA

A monografia é a soma das habilidades e conhecimentos adquiridos pelo estudante ao

longo do curso. Cada aluno, de forma articulada, irá apresentar metodologicamente a sua

pesquisa, abordando crítica e reflexão. Neste parâmetro, o manual define o exercício

acadêmico, apresentando os princípios básicos para a redação técnico-científica e as normas

para confecção deste tipo de trabalho. Essa abordagem envolve o comprometimento das

variáveis metodológicas que caracterizam o êxito das investigações científicas.

O trabalho de conclusão de curso do IFMG campus Sabará é uma monografia que

consiste em um desenvolvimento científico necessário como requisito para a integralização do

Curso superior de Tecnologia em Processos Gerenciais. Assim, este manual tem por objetivo

auxiliar os alunos, na realização das suas monografias. O TCC visa propiciar aos alunos a oportunidade de demonstrar o grau de maturidade

acadêmica alcançada em sua formação, a capacidade de aprofundamento temática e a habilidade na

realização de pesquisa especializada. Este é um momento concentrado em que o aluno é solicitado a

demonstrar as habilidades e competências que lhes foram fornecidas ao longo do curso.

O acompanhamento e orientação da confecção do trabalho serão distribuídos,

respeitando as posições do colegiado de professores-orientadores.

Os eixos temáticos serão distribuídos consoantes à disponibilidade e linhas de

conhecimento dos professores do IFMG campus Sabará. Estes eixos serão distribuídos

semestralmente, conforme a disponibilidade dos professores.

Professora Camila Cristina de Paula Pereira

ESCLARECIMENTOS PARA A MONOGRAFIA

Apresentamos aqui, as diretrizes adotadas pelo IFMG campus Sabará, que segue os

parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a finalidade de

padronizar os trabalhos acadêmicos produzidos pelo alunato desta instituição,

proporcionando, assim, o contato direto dos alunos com as principais normas da ABNT e a

uniformização dos trabalhos produzidos.

Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) constituem o produto de pesquisa

desenvolvido pelo aluno e que representa o resultado de um trabalho ou exposição de um

estudo científico recapitulativo, bem delimitado em sua extensão e com o objetivo de reunir e

apresentar informações sobre um determinado tema.

O TCC é uma atividade acadêmica cuja finalidade é complementar o aprendizado do

aluno, levando-o a aplicar na área de sua escolha os conhecimentos adquiridos durante o

curso, e, preparando-o para desenvolver idéias e projetos em sua vida profissional. Este

trabalho será desenvolvido mediante controle, orientação e avaliação do docente.

O aluno interessado em definir uma proposta de TCC deve inicialmente avaliar as

possibilidades, considerando suas aptidões e os seus interesses profissionais (sejam eles

voltados à pesquisa científica ou à aplicação efetiva no mercado profissional), as perspectivas

de mercado e o que mais considerar importante. A partir dessa premissa, fica patente a

necessidade de desenvolvimento do TCC de forma INDIVIDUAL, tendo em vista que cada

aluno tem interesses e capacidades distintos.

Os objetivos do TCC são aplicar os conhecimentos das diversas áreas adquiridos no

decorrer do curso, aprimorar a visão empreendedora do aluno e possibilitar sua atuação na

realidade local e/ou regional.

Considerando o TCC uma etapa indispensável à qualquer trabalho acadêmico-

científico, a sua elaboração explicita um universo epistemológico, preparando o acadêmico a

construção do conhecimento através de uma atividade investigativa, que será executada numa

etapa posterior ao planejamento. A monografia deverá conter: i) introdução; ii) objetivo geral

e específicos; iii) justificativa; iv); referencial teórico com o estado da arte do assunto v)

metodologia para abordagem do problema; vi) analise de dados primários e secundários, vii)

conclusões; viii) referências; ix) apêndices; x) anexos . A figura 1 apresenta a estruturação

deste tipo de projeto.

A monografia como um trabalho sistematizado e dotado de uma correlação de idéias

obedece a uma metodologia. Sua estrutura compreende três elementos: (1) pré-textuais, (2)

textuais e (3) pós-textuais, conforme a ABNT NBR 14724.

Os aspectos introdutórios da monografia compreendem a introdução propriamente

dita, a justificativa, o problema/hipóteses, os objetivos e a metodologia. O desenvolvimento é

estruturado com a fundamentação teórica e os resultados. Posteriormente, a conclusão e os

elementos pós-textuais.

Apêndices e anexos

(opcional)

Referências

(opcional)

Conclusões

(obrigatório) Análise de dados

Metodologia

Referencial teórico

Objetivos

Problema

Justificativa

Tema

Sumário (obrigatório)

Folha de rosto

(obrigatório)

Elementos pós-textuais

Elementos

Elementos pré-textuais

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS

As normas a seguir objetivam uniformizar os trabalhos acadêmico-científicos,

atendendo a ABNT NBR 14724. São elas:

Formato: os trabalhos científicos devem ser apresentados em papel branco, formato

A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados, preferencialmente em fonte Arial ou Times New Roman.

É importante destacar que o projeto gráfico é de responsabilidade do elaborador do

trabalho.

Recomenda-se a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para

citações longas, notas de rodapé, paginação, legenda de ilustrações e das tabelas.

Os títulos das páginas pré-textuais devem ser digitados em fonte 12, negrito,

centralizado e com todas as letras maiúsculas, sem indicativo numérico. Somente os títulos

dos elementos textuais são numerados com algarismos arábicos, fonte 12. Veja as

informações abaixo, seguindo as regras da ABNT NBR 6024:

a) para a sistematização da pesquisa deve-se adotar a numeração progressiva;

b) o ponto, hífen, travessão ou outros símbolos não poderão ser utilizados após o

indicativo de seção1 ou de seu título. O indicativo de todas as seções é alinhado à

esquerda e separado por um espaço;

c) a numeração progressiva não deverá ultrapassar a seção quinária;

d) as alíneas2, exceto a última, finalizam em ponto e vírgula e são ordenadas em

ordem alfabética;

e) a seção primária deve ser elaborada em negrito, letras maiúsculas, fonte 12;

f) a seção secundária deve ser elaborada sem negrito, letras maiúsculas, fonte 12 e as

seções terciárias, quaternárias e quinárias devem ser elaboradas sem negrito, letras

minúsculas (exceto a 1ª), fonte 12. 1 Seção corresponde “parte em que se divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas

afins na exposição ordenada do assunto.” (ABNT NBR 6024, 2003, p. 1). 2 Alínea corresponde “cada uma das subdivisões de um documento, indicada por uma letra minúscula e seguida

de parênteses.” (ABNT NBR 6024, 2003, p. 1).

Margem: as folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; direita e

inferior de 2 cm.

Espacejamento: todo o texto deve ser digitado com 1,5 de entrelinhas. As citações

longas (com mais de três linhas), as notas, as referências, as legendas das ilustrações e tabela e

a natureza do trabalho na folha de rosto devem ser digitadas em espaços simples.

Os títulos das seções (capítulos) devem ser separados do texto que os precede ou que

os sucede por dois espaços 1,5 de entrelinhas.

Paginação: todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas

sequencialmente, porém não numeradas. A numeração é inserida, a partir da primeira folha

textual (portanto a partir da introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da

folha. Recomenda-se que as folhas que contenham títulos de capítulos não sejam numeradas.

As páginas dos anexos e apêndices, também, devem ser numeradas continuamente.

NOÇÕES PRELIMINARES PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA MONOGRAFIA

Tema

Corresponde o assunto que se pretende investigar. Para Marconi e Lakatos (2009, p.

106), o tema “pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua

curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria

teoria.”

É importante que o pesquisador insira como um dos critérios para a escolha do tema a

sua delimitação, incluindo o processo espacial e o aprofundamento. O segredo é observar

aspectos de qualidade como valor científico, bibliografia pertinente e sua delineação nem

ampla demais nem muito restrita.

Justificativa

A justificativa deve ser elaborada pelo autor, mostrando a relevância do tema. Desta

forma “a justificativa consiste na apresentação das razões de ordem teórica e/ou prática que

justificam o trabalho de investigação que será desenvolvido. Devem ser considerados os

objetivos da instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa irão obter” (FRANÇA,

2001, p. 66).

Para Marconi e Lakatos (2009, p. 107) “é o único item do projeto que apresenta

respostas à questão por quê? [...] deve enfatizar [...] a importância do tema do ponto de vista

geral [...] sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema proposto.”

A justificativa deve inserir, ainda, a contribuição da pesquisa no âmbito profissional e

científico. Não poderá conter citações de outros autores.

Problema e Hipóteses

O problema deve estar correlacionado ao tema que se pretende desenvolver, pois

possibilita esclarecer a dificuldade em busca da solução por intermédio da pesquisa.

Na produção textual, devem situar o problema de pesquisa e indicar os pressupostos

necessários à compreensão da questão problema. O aluno criará um questionamento para

definir a abrangência de seu estudo. Ex.: Quais os indicadores de treinamento e

desenvolvimento são importantes para a gestão participativa de uma organização?

É importante apresentar ao leitor os fatores que levaram o pesquisador a identificar

uma problemática e que é possível de se investigar para que ele seja cientificamente válido.

As hipóteses correspondem às respostas provisórias mediante a formulação do

problema. São afirmações apontando solução possível através de testes que indicarão a

corroboração (confirmação) ou refutação (rejeição) de proposições ao final da investigação.

Para Michel (2009, p. 86) é importante administrar o problema através de uma análise

de como resolvê-lo, buscando responder às seguintes perguntas: “o que é o problema? Onde

ele ocorre? Quando ele ocorre? Quanto ele ocorre? Com quem ele ocorre? Por que ele

ocorre?”

Vê-se que o problema deve consistir na apresentação clara e precisa do que se

pretende investigar e sua delimitação voltada aos caminhos disponíveis para o

desenvolvimento da pesquisa.

Objetivos

Indicam-se o que se pretende com o desenvolvimento da pesquisa e quais os

resultados esperados.

Os objetivos devem iniciar com verbos no modo infinitivo, exprimindo ações como:

identificar, discutir, fazer e outros.

Objetivo geral

Define o propósito global da pesquisa. O que você pretende alcançar com a execução

do trabalho. Deve estar em sintonia com a questão problema. Exemplo:

Apresentar subsídios para a uma proposta de gestão participativa na organização X,

com o intuito de apontar instrumentos de treinamento e desenvolvimento aos gestores e

inferência das novas perspectivas do mercado.

Objetivos específicos

Operacionalizam o objetivo geral. Os objetivos devem ser escritos com verbos de ação

(caracterizar, identificar, descrever, diagnosticar, coletar e outros). Exemplo:

a) fazer um levantamento teórico sobre gestão participativa, treinamento,

desenvolvimento, através da pesquisa bibliográfica;

b) caracterizar a organização X mostrando os instrumentos aplicados pelos gestores,

utilizando a pesquisa documental;

c) coletar e analisar a opinião dos funcionários da organização, abordando temáticas

de contribuição a investigação, através da técnica de entrevista.

Dicas: para elaborá-los, identifique quais as etapas que você deverá percorrer para

realizar a pesquisa e alcançar o objetivo geral. Os objetivos precisam ser formulados para

responder a questão: para que será feita esta pesquisa?

Fundamentação teórica

Deve ser elaborada em ordem cronológica, conforme a evolução do assunto. As

citações devem conter embasamento para a pesquisa e as suas elaborações deverão atender

ABNTNBR 10520.

Em termos de teoria de base, “todo projeto de pesquisa deve conter as premissas ou

pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador [...] fundamentará sua investigação”

(MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 114).

Assim, a produção textual deverá apresentar levantamento bibliográfico, com busca de

textos completos de periódicos, monografias, dissertações, teses e outros. É importante

salientar o cruzamento de informações e citações de modo a construir um quadro de autores

sobre o assunto.

Metodologia

Parte do trabalho que deverá evidenciar a investigação da realidade, delineando os

métodos e instrumentos utilizados. Como dica, pergunta-se: como?

Quanto aos métodos de abordagem, destacam-se: indutivo, dedutivo, hipotético-

dedutivo e dialético.

Michel (2009, p. 59) aborda que a indução “generaliza uma conclusão obtida a partir

de um número restrito de caso [...] indica probabilidade.” Já a dedução “particulariza a

conclusão a partir da confirmação geral de todos os casos.”

Marconi e Lakatos (2010, p. 88) relatam que o método hipotético-dedutivo “se inicia

pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses e, pelo

processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela

hipótese.” Já o método dialético “penetra no mundo dos fenômenos através de sua ação

recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza

e na sociedade.”

Os métodos de procedimentos correspondem etapas mais operacionais de

investigação, com explicações mais específicas dos fenômenos e com menor abstração. São

eles: histórico-evolutivo, comparativo, estatístico, funcional, estudo de caso, observacional e

outros.

A pesquisa científica requer um planejamento tendo como ponto inicial uma teoria de

investigação e exige critérios no campo metodológico, incluindo tipos de pesquisa, conforme

o enfoque adotado.

Segundo Lima (2004, p. 37) “as pesquisas de caráter bibliográfico, de campo, de

laboratório e documental correspondem às modalidades mais frequentemente exploradas em

investigações de natureza acadêmica.” São acompanhadas das seguintes técnicas de coleta de

materiais:

a) pesquisa bibliográfica: publicações em livros, enciclopédias, dicionários, artigos em

periódicos, anais, dissertações, teses, resenhas, boletins e outros;

b) pesquisa de campo: observação direta intensiva (entrevistas e observação) e

observação direta extensiva (questionários, formulários, análise de conteúdo, pesquisa de

mercado e outros);

c) pesquisa documental: arquivos públicos, arquivos particulares (filmes, fotos, mapas,

etc), fontes estatísticas (órgãos particulares ou oficiais);

d) pesquisa de laboratório: observação sistematizada

Para definir o universo e as variáveis em estudo é importante destacar a correta

utilização de técnicas de amostragem, observando:

a) amostragem probabilística: “todos os itens do universo têm chance ou probabilidade

de seres escolhidos”. (OLIVEIRA, 2003, p. 85).

b) amostragem não probabilística: “desconhecimento da probabilidade de seleção de

determinado elemento dentro do universo em estudo”. (OLIVEIRA, 2003, p. 88).

Neste âmbito, os instrumentos como tabelas e ilustrações são importantes para a

análise e interpretação de dados.

De forma geral, esta seção é elaborada, especificando a metodologia a ser adotada na

pesquisa. O pesquisador deverá traçar o delineamento do seu estudo, abordando:

a) como a pesquisa será realizada, onde acontecerá e quem irá participar, mostrando o

plano de amostragem (definir tipo, tamanho e formas de composição da amostra).

b) coleta de dados. É aqui que será mostrado como serão coletados os dados e os

instrumentos utilizados. O pesquisador deve ainda abordar como os dados serão organizados e

analisados.

Enfatiza-se que para cada concepção de pesquisa (qualitativa, quantitativa, dialética),

o pesquisador adotará o seu método de investigação com argumentos que atestam o fenômeno

investigado. Os métodos científicos apresentam as suas particularidades na forma como

aborda o objeto de pesquisa, dando significado a lógica do pensamento científico.

Recomenda-se elaborar um organograma, evidenciando as etapas da pesquisa e, em

seguida, as especificações da metodologia empregada.

Opcionalmente, ainda, na metodologia o pesquisador poderá utilizar de citações

bibliográficas, com a finalidade de esclarecimento dos métodos e técnicas de investigação.

A Metodologia de pesquisa é a parte do trabalho que deverá evidenciar a investigação

da realidade, delineando os métodos e instrumentos utilizados. Como dica, pergunta-se:

como?

Os principais tipos de objetivos de pesquisa são: Descritivo, exploratório ou explicativo.

Pesquisa Quanto aos objetivos

Descritiva

“ em geral procura descrever fenômenos ou estabelecer relações entre variáveis. Utiliza técnicas padronizadas de coletas de dados como o questionário e a observação sistemática. A forma mais comum de apresentação é o levantamento, em geral realizado mediante questionário e que oferece uma descrição da situação no momento da pesquisa.”

Exploratória

“procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Caracteriza-se por possuir um planejamento flexível envolvendo em geral levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes e análise de exemplos similares. As formas mais comuns de pesquisas exploratórias são a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso.”

Explicativa “procura identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. [...] As formas mais comuns de apresentação são a pesquisa experimental [...].”

Além dos métodos tradicionais, o método qualitativo e o método quantitativo também

são evidenciados nas investigações científicas. Para Marconi; Lakatos (2004, p. 269) o

método qualitativo “preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos,

descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada

sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc”. Já o método

quantitativo “os pesquisadores valem-se de amostras amplas e de informações numéricas”.

Apesar de classificações diferenciadas, de acordo com Gil apud Dencker (2004, p. 124), as

pesquisas se classificam “quanto ao seu objetivo e quanto aos procedimentos técnicos.” A

Tabela 3 descreve a classificação. TABELA 3 - TIPOS DE PESQUISA

Pesquisa em Fontes de Papel Quanto aos procedimentos técnicos

Bibliográfica

“Desenvolvida a partir de material já elaborado: livros e artigos científicos. Embora existam pesquisas apenas bibliográficas, toda pesquisa requer uma fase preliminar de levantamento e revisão de literatura existente para elaboração conceitual e definição dos marcos teóricos.”

Documental

“Difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu tratamento analítico ou que pode ser reelaborado. As fontes documentais podem ser documentos de primeira mão conservados em arquivos de instituições públicas e privadas [...]. além desses, temos os documentos de segunda mão: relatórios (de pesquisa, de empresas) e dados estatísticos (IBGE).”

Pesquisa de Dados Fornecidos por Pessoas Quanto aos procedimentos técnicos

Experimental

“Consiste em verificar as alterações causadas por uma determinada variável no objeto escolhido para estudo. É mais usada nas ciências físicas, mas também pode ser adaptada ao contexto social, nas seguintes formas: aplicar um estímulo a um de dois grupos homogêneos e verificar as alterações ocorridas[...] Analisar dois grupos antes e depois do estímulo (que é aplicado apenas em um deles), a fim de distinguir as transformações provocadas por influências externas. “As técnicas de amostragem são um dos aspectos metodológicos mais importantes das pesquisas experimentais.”

Levantamento de campo

“Consiste na coleta de dados referentes a uma dada população a partir de uma amostra selecionada dentro de critérios estatísticos. As conclusões obtidas com a amostra são projetadas para o universo. O levantamento usa técnicas estatísticas e análise quantitativa e permite a generalização dos resultados obtidos para o total da população, permitindo o cálculo da margem de erro.”

Estudo de Caso “Permite o conhecimento em profundidade dos processos e relações sociais. [...] O objeto do estudo de caso, por sua vez, pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações ou até mesmo uma situação.”

Pesquisa Ação

“Pesquisa empírica com estreita vinculação com uma ação ou resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Não obedece a um plano rígido de pesquisa ( o plano é redefinido continuamente em função dos resultados e do andamento das pesquisas), utiliza critérios qualitativos, o pesquisador se integra no processo e seu objetivo é agir sobre a realidade imediata.”

Pesquisa Participante “Pesquisa realizada mediante a integração do pesquisador, que assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem obedecer a uma proposta predeterminada de ação. [...] Especialmente indicada para estudos de grupos e comunidades.”

Fonte: Adaptado Gil apud Dencker (2004, p. 124); Lima (2004, p.38); Mattar (2008, p. 171)

Levantamento de dados

As técnicas de levantamento ou coleta de dados é uma forma direta e intensiva de se

obter dados e informações com a realidade ou sistema onde ocorre o fenômeno. Geralmente

em pesquisa social utilizam-se estudos de caso, observações, entrevistas, levantamento de

dados secundários, ou mesmo, o uso de mais de uma destas técnicas que é conhecido como

triangulação.

Análise de dados

Este tópico refere-se à reflexão dos elementos previamente levantados in loco. A

análise de dados pode ser feita por meio da pesquisa qualitativa ou quantitativa.

Além dos métodos tradicionais, o método qualitativo e o método quantitativo também

são evidenciados nas investigações científicas. Para Marconi; Lakatos (2010, p. 269) o

método qualitativo “preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos,

descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada

sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc”. Já o método

quantitativo “os pesquisadores valem-se de amostras amplas e de informações numéricas”.

CONCLUSÕES

Neste tópico o pesquisador tem a oportunidade de expressar suas impressões acerca do

objeto de análise. Demonstra as possibilidades de novas pesquisas, as limitações e as

correlações entre a teoria e a prática e, como o trabalho contribui para o estado da arte da

temática.

Esta parte do trabalho é a parte que o aluno tem a oportunide de se expressar. Sendo,

portanto, uma etapa importante para mostrar a maturidade acadêmica e conceitual do trabalho

e do pesquisador/discente.

REFERÊNCIAS

Relação das fontes utilizadas pelo pesquisador. As referências são alinhadas somente à

margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento. Devem ser

elaboradas, conforme ABNT NBR 6023.

Modelos de algumas referências

Exemplo do uso de citações Autor (es) Não incluído(s) na sentença do texto Incluído(s) na sentença do texto

Um autor (CHIAVENATO, 2001, p. 21) Chiavenato (2001, p. 21) Dois autores (MARION; IUDÍCIBUS, 2000, p. 76) Marion; Iudícibus (2000, p. 76) Três autores (SANTOS NETO; LIMA; CRUZ, 2003, p.

13) Santos Neto; Lima; Cruz (2003, p. 13)

Mais de três autores (WILLIAMS et al., 2001, p. 89) Williams et al. (2001, p. 89)

a) Obras consideradas em partes ou capítulos

SANTOS, F. R. dos. A Colonização da Terra do Tucujús. In:____. História do Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap.3, p. 15-24. b) Obras consideradas em sua totalidade

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

c) Artigos de revistas científicas GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração. Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

d) Artigo e/ou matéria de jornal LEAL, L. N. Fiscalização com autonomia. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 25 abr. 1999. p. 3.

e) Artigos publicados em anais de eventos

BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

f) Trabalho em Congresso (meio eletrônico) SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., Disponível em: http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.html. Acesso em: 21 jan. 1997.