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INSTRUÇÕES DIVINISTAS - 35
DETALHES A MAIS - ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL
Coletânea de textos que abordam particularidades dos planos do Mundo Espiritual sobre
Como se considera a impaciência:
-Por favor, descreva-o e dê seu nome, se possível.
-Tudo a seu tempo, querido. Aprendemos a eliminar a impaciência por aqui, como sendo uma coisa que nos
confunde sem acrescentar ímpeto ao tema em pauta. (A Vida Além do Véu I)
Os pórticos e portões:
Tenho mencionado frequentemente os pórticos, mas observe que não falei de portões. Até aqui ainda não vi
nenhum portão em nenhuma das aberturas que observei por aqui. Você leu no Livro das Revelações (Apocalipse) sobre
a Cidade Sagrada e seus portais, mas pensei nisto porque me lembrei deles por causa destes portais que são,
evidentemente, de cidades similares àquela que São João viu em Forma Presente, e duvido que aquela cidade tenha
portões em seus pórticos. E isto pode ser o que ele queria dizer quando menciona que as portas não serão fechadas
durante o dia e – relembrando que nas cidades que ele conhecera na terra, os portões não se fechavam durante o dia
exceto em tempos de guerra, mas normalmente eram fechados durante a noite – ele acrescenta, a fim de explicar, que
não há noite aqui neste mundo. Estes são apenas pensamentos meus, e podem não estar corretos, mas você pode reler
esta passagem, refrescar a memória e decidir por si mesmo. (A Vida Além do Véu I)
De onde vem a luz das estrelas:
As estrelas, então, emanam sua luz. Mas para que a emanem, primeiramente devem tê-la em si. E como não são
personalidades autoconstituídas, para que isso tenham, a elas deve ser dado. Quem o faz, e como é feito?
Bem, claro, é fácil responder “Deus, pois Ele é a fonte de tudo”. Isto é verdade o suficiente, mas, como sabe, Ele
emprega Seus ministros, e eles são inúmeros, e cada um com sua tarefa determinada.
As estrelas recebem seu poder de transmitir luz pela presença de miríades de seres espirituais sobre elas, todos
ordenados e regulados em suas esferas, e todos trabalhando em conjunção. Estes têm a estrela a seu encargo, e é deles
que a energia procede, a qual permite a estrela desempenhar seu papel determinado.
O que queremos que entenda é que não há coisas como forças inconscientes ou cegas em todo o Reino da Criação
de Deus. Nenhum raio de luz, nenhum impulso de calor, nenhuma onda elétrica procede de seu Sol, ou de outra estrela,
mas são efeitos de uma causa, e é uma causa consciente; é a Vontade de seres conscientes energizando numa direção
certa e positiva. Estes seres são de muitos graus e de muitas espécies. Não são todos da mesma ordem, nem todos da
mesma forma. Mas seu trabalho é controlado pelos que são superiores, e estes são controlados por poderes de um grau
ainda mais elevado e sublimado.
E assim, estas grandiosas bolas de matéria, tanto gasosas, líquidas ou sólidas, tanto estrelas como planetas, são
todas mantidas juntas, e suas forças energizadas e fazendo o efeito, não através da operação de alguma lei mecânica,
mas pela consciência de seres viventes por trás disto, trabalhando através destas leis. Nós usamos a palavra
“conscientes” preferivelmente a “inteligentes”, porque o último termo não descreveria acuradamente todos os ministros
do Criador. Como vocês entendem a palavra, sem dúvida descreveria apenas um número bem limitado. E poderia
surpreendê-lo saber que aqueles a quem vocês aplicariam o termo estão entre os mais elevados e os mais baixos. Pois
enquanto os trabalhadores mais baixos não são realmente seres inteligentes, os mais elevados são mais sublimes do que
o termo implicaria.
Entre os dois, há esferas de seres que poderíamos continuar descrevendo como seres inteligentes. Repare bem que
não estou falando agora nos termos que usamos aqui, e que vocês usarão quando chegarem aqui e estudarem, de alguma
forma, as condições daqui. Estou usando a linguagem da terra, e fazendo empenho para colocar o tema sob o seu ponto
de vista. (A Vida Além do Véu I)
A explicação dada nesta coleção, a Vida Além do Véu, sobre os diversos céus:
Quando dizemos “os poderes que zelam o mundo”, não queríamos, claro, localizar estes poderes em um lado do
planeta, mas implica em um envolvimento total da guarda que os poderes celestiais mantêm sobre esta esfera que é
chamada de Terra. Estes poderes são residentes nas zonas das quais a terra em si é o centro, e elas estão em círculos
concêntricos em torno dela. As zonas inferiores são as próximas da superfície do planeta, e progridem em poder e glória
à medida que a distância aumenta. Mas, o “espaço” deve ter seu significado ampliado quando se aplica a estas esferas,
pois a distância não tem o sentido obstrutivo para nós, como tem para vocês.
Por exemplo, quando estou na Décima destas zonas (que é o começo do quinto céu, da forma que o Pai nos deixou explicado), minha
cognição é limitada, mais ou menos, pela Décima zona, quanto aos seus limites exteriores ou superiores. Posso, às vezes
e com permissão, visitar a Décima Primeira zona, ou mesmo ir mais alto, mas residir naquelas regiões superiores não
me é permitido. Por outro lado, as regiões inferiores à Décima não são impossíveis para mim, já que a zona onde habito,
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sendo uma esfera, inclui dentro dela, mesmo sendo considerada geometricamente, todas as nove esferas inferiores.
Assim, podemos, para ilustrar e entender, colocar desta forma: A Terra é o centro sobre o qual muitas esferas estão, e
está incluída nestas esferas todas. E os residentes da vida terrestre estão potencialmente em contato com todas as
esferas, e realmente estão, na proporção de sua altitude considerada espiritualmente – espiritualmente, porque estas
esferas são espirituais, e não materiais.
Mesmo a esfera material da terra é somente assim fenomenicamente, pois é a manifestação em matéria de todas
estas zonas de poder espiritual que a envolvem, e de outras também, de outro grau que a interpenetram. Deixe isto de
lado, pelo menos por agora, e considere o tema da forma que o descrevemos.
Continuando, a Terra e os demais planetas do Sistema:
Desenhe um diagrama do Sistema Solar, com o Sol no centro, e os planetas aproximadamente em seus respectivos
lugares em torno dele.. Então comece com a Terra e circunde-a com, digamos, uns cem círculos. Faça o mesmo com
Júpiter, Marte, Vênus e os outros, e trato do Sol da mesma forma, e terá uma pálida idéia de nosso trabalho e de seu
interesse empolgante, mas de profundas variações de significado, que incluem em nossos estudos as Esferas de Deus.
Nós ainda nem alcançamos o limite de nosso problema. Porque o que se aplica ao Sistema Solar deve ser aplicado
também a cada estrela e seus planetas. Então, cada sistema, tendo sido considerado em separado, cada um e todos
devem ser estudados em sua correlação com os demais. Pense nisto uns instantes e entenderá, penso eu, que não haverá
falta de uso para as suas energias mentais quando chegar aqui.
Agora, algumas vezes nos perguntam quantas esferas há. Bem, tendo explicado o que acabamos de explicar, não
entenderei se você nos questionar desta forma. Se tivesse feito a pergunta, nós, que somos apenas da Décima destas
esferas, teríamos que responder: Não sabemos, e temos muita dúvida se nossa resposta a você seria diferente se tivesse
feito a mesma pergunta a um milhão de milhões de aeons adiante desta nossa época, e tendo nós progredido todo este
tempo.
E agora, amigo e espírito companheiro, desejaríamos pedir que considere um outro aspecto deste tema. Dissemos
que estas esferas são esferas de poder espiritual. Bem, dois mundos afetam-se entre si através do que seus cientistas
chamam de gravitação. Também, duas esferas de poder espiritual, entrando em contato, não deixam de agir e reagir
umas às outras. Referindo-nos ao seu diagrama mental do Sistema Solar, você verá que a Terra é, necessariamente,
atuada por um enorme número de esferas, e que um grande número delas são do Sol e de outros planetas. (V. A. do Véu I)
A roupagem adequada para as diversas ocasiões:
Eu já lhe contei sobre o Altar e a Sala do Trono atrás dele. Em torno dos lados do Saguão há outras salas como
aquela. Uma é a Sala de Vestir. Agora pode parecer muito semelhante à terra. Mas fá-lo-ei saber que Vestir como aqui
se denomina não é meramente a mudança de um casaco ou capote, mas uma cerimônia muito especial, momentosa.
Deixe-me contar-lhe.
Há ocasiões em que as transações realizadas no Grande Saguão são carregadas do poder elétrico das esferas mais
avançadas. Nestas horas é necessário que os da esfera Onze, ou qualquer esfera inferior àquela de onde vem a
influência, estejam cada um de tal forma condicionado, que a corrente vital recebida sobre seu corpo venha em seu
benefício e não acabe por feri-lo. Portanto a cerimônia de Vestir diligentemente toma lugar na Sala de Vestir, onde
todos são cuidadosamente tratados por aqueles que são especialistas em santidade e poderes; assim, sua vestimenta
muda para o matiz, textura e tipo requisitados. Isto apenas é alcançado pela personalidade daquele que usa. As
qualidades mais íntimas dele são denotadas pelo aspecto de sua roupa. Somente assim alguém pode entrar a salvo
naquele saguão e tomar parte na cerimônia em curso.
Pode ser que esteja acontecendo um evento de um grupo a serviço de outras esferas - uma cerimônia de Despedida.
Nesta hora a congregação combina dar influências misturadas em matéria de força para aqueles que para ali foram
enviados. Isto é, portanto, requerido para que tudo seja feito de forma que a harmonia da combinação seja perfeita. Estes
de grau menor, ou recém-chegados, têm que manter, para este fim, uma sintonia muito cuidadosa na Sala de Vestir, e
então poderão doar uma parte de seu ganho aos missionários.
Ou talvez uma manifestação esteja em curso. Pode ser uma Manifestação de alguma forma da Mente Divina, ou de
alguém muito Elevado, ou do próprio Cristo. Então tal roupagem é cuidadosamente vista: se fere, ou se não é adequada;
então se decide. Mas jamais escutei de terem cometido um erro neste campo. Apesar de que, na teoria, certamente isto é
possível.(Vida Além do Véu IV)
A luz, o ar e o calor num plano mais elevado:
Havia árvores esplêndidas para serem vistas; nenhuma delas era mal formada como estamos acostumados a ver na
terra, mas não havia sinal de uma estrita uniformidade de padrão. Simplesmente, cada árvore estava crescendo sob
condições perfeitas, livre de rajadas de ventos que dobram e torcem os galhos novos, e livre de ser atacada por insetos e
das muitas outras causas de deformidades das árvores da terra. Como as flores, também eram as árvores: Elas vivem
para sempre, incorruptíveis, sempre cobertas com sua manta de folhas de todos os tons de verde, e sempre emanando
vida a todos os que se aproximam delas.
Eu observei que elas não pareciam ter o que normalmente chamaríamos de sombra abaixo delas, tampouco não
tinha um sol escaldante. Parecia que havia uma radiação de luz que penetrava em cada canto, mas mesmo assim não
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havia indício de planura. Meu amigo contou-me que toda luz vinha diretamente do Doador de toda luz, e que esta luz
era divina como Ele, e que banhava e iluminava a totalidade do mundo espiritual onde viviam os que tinham
espiritualmente olhos para ver.
Percebi, também, que um calor confortável invadia cada polegada do espaço, um calor tão constante quanto
perfeitamente sustentado. O ar tinha uma imobilidade, mas havia uma leve brisa perfumada – o mais verdadeiro zéfiro –
que de forma alguma alterava o delicioso bálsamo da temperatura.
E aqui, deixe-me contar aos que não se importam muito com ‘perfumes’ de nenhuma espécie: Não se desapontem
quando lerem estas palavras, e saibam que não seria o céu a vocês, se houvesse alguma coisa que não gostassem.
Esperem, digo eu, até que testemunhem estes fatos, e sei que então terão outra opinião sobre eles.
Tenho mencionado tudo com bastantes detalhes porque estou certo de que há muita gente que quer saber sobre tudo
isto.
Fiquei assombrado pelo fato de não haver nem sinal de muros, sebes ou cercas; na verdade nada, até onde pude
ver, que demarque onde começa ou termina. Disseram-me que tais coisas, como limites, não eram necessárias, porque
cada pessoa sabia instintivamente, sem sombra de dúvida, exatamente onde seu jardim terminava. Não havia, portanto,
nenhuma intrusão nos terrenos de outros, apesar de serem todos abertos a qualquer um que quisesse atravessá-los ou por
ali ficar. Eu era cordialmente bem vindo onde quer que eu fosse, sem medo de estar me intrometendo na privacidade de
outrem. Disseram-me que eu deveria descobrir que essa era a regra por aqui, e que não deveria agir diferentemente a
respeito dos outros que passeassem em meu jardim. Eu descrevi exatamente meus sentimentos daquele instante, pois
desejava, ali e naquela hora, que todos os que quisessem pudessem visitar meu jardim e apreciar suas belezas.
Pessoalmente não tinha conotação de propriedade, apesar de eu saber que era meu, para ser “assumido e cuidado”. E é
precisamente essa a atitude de todos aqui – possuir algo e compartilhar ao mesmo tempo.(A Vida nos Mundos Invisíveis 1)
As frutas:
A fruta era bem fresca ao toque, sendo bastante pesada para seu tamanho. Seu sabor era bem gostoso, a casca era
bem macia, sem que fosse difícil ou desagradável manusear, e uma grande quantidade do suco verteu dela. Meus dois
amigos me observaram cuidadosamente enquanto eu comia as ameixas, demonstrando cada um, em suas faces, uma
expressão antecipada de divertimento. Enquanto o néctar escorria, fiquei preocupado em deixar cair em minhas roupas.
Para meu prazer, apesar de que o suco caía em mim, percebi, depois de examinar bem, que não havia nenhum traço
dele. Meus amigos gargalharam com o meu espanto, e eu comecei a rir com a piada, mas estava confuso. Eles se
apressaram em me explicar que, como eu estava num mundo incorruptível, qualquer coisa ‘indesejável’
imediatamente retorna ao seu próprio elemento. O suco da fruta que eu havia acabado de derramar em mim retornara
à árvore de onde a fruta fora retirada.
Nosso anfitrião informou-me que aquela espécie em particular de ameixa que eu acabara de comer era uma das que
ele sempre recomendava às pessoas que acabavam de chegar ao mundo espiritual. Ajuda a restaurar o espírito,
especialmente se a passagem fora causada por doença. Ele observou, entretanto, que eu não aparentava que tivesse tido
uma longa doença, acrescentando que minha passagem deveria ter sido bem rápida – o que era bem verdade. Eu tinha
passado por uma doença bastante fulminante. As várias frutas que ali cresciam não eram apenas para quem precisava de
tratamento depois de suas doenças físicas, todos gostavam de comê-las pelo seu efeito estimulante. Ele gostaria, se eu
não tivesse minhas próprias árvores frutíferas, e mesmo que as tivesse!, que eu viesse me servir o quanto desejasse. ‘As
frutas estão sempre na época,’ acrescentou, com grande prazer, ‘e você jamais deixará de encontrá-las carregadas.’ Em
resposta ao meu pensamento sobre como elas cresciam, ele disse que, como a tantas outras perguntas neste plano, a
resposta só era possível se vinda dos reinos mais elevados, e mesmo se lhe dessem aquela resposta, há a forte
possibilidade de que não a entenderíamos até que a hora em que nós, por nós mesmos, fôssemos habitar tais
reinos. Ficamos bastante felizes, disse, em ter tantas coisas como elas são, sem perguntar como vieram, e sabemos que
tais coisas nos vêm incessantemente, porque emanam da Fonte Inesgotável. Não há uma necessidade real de pesquisar
tais assuntos, e a maioria de nós fica satisfeita em apreciá-las cordialmente agradecidos.
Quanto ao real abastecimento de frutas, nosso anfitrião nos contou que a única coisa que sabia era que assim que se
colhia uma delas, outra aparecia em seu lugar. Nunca apodreciam, porque eram frutas perfeitas e, como nós mesmos,
imperecíveis. Ele nos convidou para andarmos pelo pomar, onde vi todas as espécies de frutas conhecidas pelo homem,
e muitas outras espécies conhecidas apenas no mundo espiritual. Destas, eu experimentei algumas, mas é impossível
contar o delicioso sabor, porque não há nenhuma fruta terrestre que eu conheça com a qual eu pudesse comparar.
Podemos, sempre, dar uma indicação em comparação com aquilo que já experimentamos. Se não experimentamos algo,
então teremos uma completa e absoluta falta de termos de comparação de qualquer sensação, especialmente no campo
do paladar. (A Vida nos Mundos Invisíveis 1)
As flores e a resposta que dão:
Quando nos apresentaram as flores e árvores e toda a natureza luxuriante do mundo espiritual pela primeira vez,
instantaneamente percebemos algo que a natureza da terra nunca pareceu possuir, que é uma inteligência inerente
em tudo o que cresce. Flores terrestres, mesmo vivas, não fazem contato imediato em resposta a alguém que se
aproxime delas. Mas aqui é completamente diferente. As flores espirituais são imperecíveis, e isto logo sugere mais do
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que uma mera vida dentro delas, e as flores espirituais, assim como outras formas da natureza, são criadas pelo Grande
Pai do Universo através de seus agentes dos reinos do espírito. São parte de uma imensa corrente de vida que flui
diretamente d’Ele, e que flui através de cada espécie da flora. Esta corrente nunca cessa, nunca falha, e é, acima de tudo,
continuamente alimentada pela admiração e o amor que nós, neste reino do espírito, muito gratamente devotamos a
esta dádiva escolhida pelo Pai. Então, é para se maravilhar quando tomamos em nossas mãos o menor botão e sentimos
um influxo de poder magnético, uma força revificante, uma elevação de nosso ser, quando sabemos, na verdade, que
tais forças para nossa evolução vêm vindo diretamente da Fonte de todos os bens. Não, não há outro significado para
nossas flores espirituais que não seja a beleza expressa de nosso Pai do Universo e, claro, isto basta. Ele não colocou
nenhum simbolismo estranho em Sua criação perfeita. Por que deveríamos nós fazê-lo?
A imensa maioria das flores não deve ser colhida. Colhê-las não significa destruí-las – é cortar o que está em
contato direto com o Pai. É possível agrupá-las, claro; nenhuma calamidade desastrosa acontecerá se assim o fizermos.
Mas aquele que o fizer terá remorsos profundos, certamente. Pense em algum artigo pequeno que você tenha, tesouro
acima de todas as suas posses materiais, e depois pense em alguém deliberadamente destruindo-o. Isto causaria em você
uma extrema tristeza, apesar de que a perda possa ser, intrinsecamente, insignificante. Tais seriam os seus sentimentos
se, descuidadamente, colhesse as flores espirituais que não devem ser colhidas.
Mas há os botões, e muitos deles, que ali estão expressamente para serem colhidos, e muitos de nós o fazemos,
levando-as para nossas casas, exatamente como fazíamos na terra, e pela mesma razão.
Estas flores colhidas sobreviverão ao corte por tanto tempo quanto desejarmos retê-las. Quando nosso interesse
nelas começa a esvair, elas rapidamente de desintegram. Não haverá restos feios, porque não pode haver morte no plano
da eterna vida. Simplesmente percebemos que nossas flores se foram, e podemos repô-las, se assim o desejarmos.(A vida
nos Mundos Invisíveis 1)
O revestimento dos caminhos:
Nos lugares onde caminhos menores são desejáveis, e onde a grama pareceria não combinar, temos pavimentações
semelhantes às da terra. Mas são construídas de materiais bem diferentes. O piso tem, na maior parte, a descrição de
uma pedra, mas não tem a usual monotonia chata nas cores. Assemelha-se bastante ao material do alabastro, do qual
tantos prédios são construídos. As cores variam, mas todas são de delicados tons pastel.
Esta pedra, como a grama, é muito agradável para se caminhar, apesar de que, naturalmente, não é tão macia. Mas
há certa qualidade nela, uma certa elasticidade, se é que posso assim nomear, algo como a plasticidade de certa madeira
da terra que é usada para se fazer pisos. É a única maneira que tenho para transmitir a idéia da diferença entre a pedra da
terra e a do mundo espiritual. .(A vida nos Mundos Invisíveis 1)
A recreação:
Muitos de nós encontramos recreação em outra forma de trabalho. No mundo espiritual não temos fadiga, nem de
corpo nem de mente, mas continuar constantemente cumprindo uma determinada ocupação, sem uma mudança
intermitente, logo produziria sentimentos de insatisfação ou desassossego. Nossa capacidade de nos aplicarmos a uma
tarefa determinada é imensa, mas, ao mesmo tempo, atingimos uma linha bem clara de limitação no período de nosso
trabalho a respeito do todo, e não a ultrapassamos. Trocamos nossa tarefa atual por outra forma de trabalho, podemos
parar de trabalhar e gastar nosso tempo descansando em casa, ou em outro lugar; podemos nos ocupar de estudos; ou
nos engajar em recreações que são abundantes nestes reinos.
Quando paramos de trabalhar, ficamos no mesmo caso em que estão os que ainda estão na terra. O que fazem vocês
para se distraírem? Se vocês sentem necessidade de descanso físico, podem voltar-se para uma recreação intelectual. É
precisamente assim conosco, aqui. A recreação intelectual, que pode tomar variadas formas, é amplamente oferecida nas
alas de estudo, já que os estudos podem ser, por si só, uma recreação. (A vida nos Mundos Invisíveis 1)
Os enfeites que se usa:
Muitas pessoas são vistas usando um cinto ou uma faixa em torno da cintura. Algumas vezes são do mesmo
material, outras vezes parecem ser entrelaçados ou tecidos de ouro ou prata. Em todos os casos, são galardões por
serviços prestados. Não há como se conceber o brilho superlativo dos cintos dourados ou prateados que são usados
pelas grandes personalidades dos reinos mais elevados. Usualmente, são adornados com as mais lindas pedras preciosas
dos mais variados formatos, montadas em engastes maravilhosamente trabalhados, de acordo com os ditames que
regulam tais assuntos. Os seres mais evoluídos também serão vistos usando os mais magníficos diademas, tão brilhantes
quanto seus cintos. As mesmas leis se aplicam aqui. Os de grau menor em evolução podem usar, talvez, tais adornos
com os que descrevi, mas de formatos bem diferentes.
Há um enorme conhecimento da espiritualidade por trás de todo esse assunto de adornos espirituais, mas um fato
pode ser completamente colocado: todos estes adornos devem ser conquistados. Os galardões somente são dados por
merecimento. (A vida nos Mundos Invisíveis 1)
Como encontrar alguém ou a solução para os problemas:
Na cidade há um imenso edifício que exerce a função de um escritório de registros e investigações. (Na terra vocês
têm seus múltiplos escritórios de investigações. Por que não teríamos os nossos?) Aqui uma grande hoste de pessoas
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está disponível para responder todos os tipos de perguntas que podem surgir dos recém-chegados e dos que habitam
aqui há mais tempo. Ocorrerão ocasiões em que necessitaremos de uma solução para algum problema que tenha
surgido. Podemos consultar os nossos amigos sobre o assunto, mas descobrimos que eles estão tão desinformados
quanto nós. Podemos, claro, apelar para alguém de um plano mais elevado, e receberemos toda a ajuda que queríamos.
Mas os seres mais elevados têm seus trabalhos a fazer, da mesma forma que temos os nossos, e evitamos interrompê-los
desnecessariamente. Assim, levamos nossos problemas a este grande edifício na cidade. Entre suas várias tarefas
importantes, está a de manter o registro de todos os recém-chegados a este reino em particular. É um serviço útil, e
muita vantagem obtém os muitos espíritos que têm interesse nisto. Mas um serviço ainda mais importante é o de saber
de antemão sobre os que estão quase chegando aqui neste reino. Esta informação é acurada e infalivelmente segura.
É captada através de variados processos de transmissão de pensamento, do qual aquele que perguntou não vê
nada, ou quase nada. Ele é meramente presenteado com a informação requerida. O valor deste serviço pode ser
prontamente imaginado.(...)
Você está ansioso, então, para saber quando seu amigo estará quase chegando ao mundo espiritual para residir;
você quer saber quando sua ‘morte’ vai acontecer. Seu primeiro passo é ir a uma agência de investigação. Lá você será
rapidamente orientado a consultar a pessoa certa para as suas necessidades. Você não será passado de um ‘trabalhador’
a outro, nem será submetido a outras formas de transferências. Tudo o que vai ser requisitado de você é o fornecimento
do nome de seu amigo, e será perguntado o foco de sua atenção sobre ele, a fim de se estabelecer a ligação de
pensamento necessária. Quando tudo estiver cumprido, vão lhe pedir que espere um curto período de tempo – pela
contagem de seu tempo, será de alguns minutos. As forças requeridas são postas em ação com uma rapidez assustadora,
e nos será apresentada a informação da data da chegada de seu amigo.
A data real pode significar muito pouco para alguns de nós, como eu já tentei lhe esclarecer, porque é em torno do
evento que fundimos nossas mentes, e não em torno da hora em que ele está acontecendo. Pelo menos, apesar de nossa
condição de proximidade ao plano terreno, temos que estar seguros de que, quando um evento está próximo, seremos
informados sobre ele sem falhas. No meio tempo, vão nos dar uma idéia da proximidade do evento ou, caso contrário,
que deveremos entender de acordo com a medida de nosso conhecimento da passagem do tempo terrestre.
A organização que existe por trás deste serviço deveria dar-lhe uma idéia do que é vasto todo o departamento de
ajuda e investigação. Há muitos outros. Este mesmo prédio abriga pessoas que podem dar respostas para as inúmeras
questões que vêm das mentes dos daqui, especialmente entre os recém-chegados, e sua extensão cobre toda a gama da
atividade espiritual. Mas o que é mais do nosso atual assunto, este departamento emprega milhares de pessoas, úteis e
felizes. Muitos espíritos pedem para serem colocados neste trabalho, mas é necessário ter algum treinamento primeiro,
por mais satisfatórios que possam ser seus atributos pessoais, pois requer conhecimento absoluto, em qualquer
departamento que desejarmos trabalhar, já que deveremos estar lá para o expresso propósito de prover de informações
os que têm necessidade delas. (A vida nos Mundos Invisíveis 1)
Que importância tem conhecer?
PUREZA E SABEDORIA, eis do que é feita a PERFEIÇÃO! Entretanto, quem poderá vir a ser PURO e SÁBIO,
sem prezar o AMOR e a CIÊNCIA? Quem tiver vontade de ser realmente cristão, que quer dizer adepto ao programa
auto-cristificador, nunca deixe de levar a sério estas palavras: MORAL, AMOR, REVELAÇÃO, CIÊNCIA, PUREZA,
SABEDORIA e PERFEIÇÃO. Porque elas significam LUZ, GLÓRIA e PODER, em virtude de refletirem a UNIÃO
com o PAI DIVINO. (O Mensageiro de Kassapa)
SOBRE OS ANIMAIS Todos os espíritos passam pela fase animal...
Primeiro pertence ao chamado Espírito Bloco, quando é vida e movimento e nada sabe de si, agindo em multidões,
habitando nebulosas e planos fluídicos densos, em mundos embrionários em evolução. É e não sabe o que é, nem sonhar
poderia, porque nenhum recurso íntimo está desperto para lhe assegurar esse direito.
Vem atravessando escalas de que a Ciência humana está longe de conceber, trilhando a estrada evolutiva no seio da
Terra, da Água, das Florestas e do Ar, sempre caminhando para a separação, para a individuação.
Nessa Mesologia é que evolui, forçando sem querer, movida por forças intrínsecas e Inteligências Vigilantes, e, aos
poucos, nos milhões de anos, penetra os primeiros seres filamentosos e as larvas, subindo lentamente nas espécies,
invadindo as famílias de répteis em geral.
Dos anfíbios vem surtindo, lentamente, para habitar corpos rudes, perambulando as matas e os campos, lutando pela
subsistência, pelo sexo e pela cria. E atinge, muito lentamente as espécies superiores do reino animal, marcando, passo a
passo, vinco a vinco, as diferenças no corpo astral, no perispírito.(Bíblia dos espíritas)
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Comparando com o que se conhecia no século XIX
Dissestes que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que
sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu
desenvolvimento?
“Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.”
Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da
criação, não?
“Já não dissemos que todo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade?
Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza
pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o
da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no
período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a
responsabilidade dos seus atos. Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da
madureza. Nessa origem, coisa alguma há de humilhante para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por
terem sido fetos informes nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua
inferioridade perante Deus e sua impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a sabedoria das
leis que regem a harmonia do Universo.
Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar
que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da Sua bondade,
que se estende por sobre todas as suas criaturas.” (obra de A. Kardec)
Mas por imoralidade e desarmonia podemos involuir na forma
Dos fundões de minhas borrascas espirituais, tornando-me quase um monstro em fundo e forma, porque de mal
pensar e sentir me havia restituído a uma forma animal antanho vivida, respondi, com uma voz que devera ser
cavernosa:
(...)— Você foi, em certa época, o seu maior algoz. Pensou tão revoltadamente, e tão continuamente, que volveu,
como espírito, cujo corpo é mais sensível às ordens mentais, a uma forma inferior, dando azo a que seu corpo tenha
sofrido tamanha deformação, na última encarnação. Ainda bem que conservou a forma humana, pois muitos chegam a
nascer com pronunciadas formas animais inferiores, vindo a morrer em seguida ao nascimento ou pouco tempo depois.
A teratologia demonstra, não apenas os efeitos das taras hereditárias, mas também a influência das corrupções e de
formações perispiritais. E se não fosse o controle de irmãos prepostos, zelando o quanto possível pelas reencarnações,
monstruosidades tais teriam acesso ao plano carnal, como ninguém por lá seria capaz de conceber. (Uma visão do Cristo)
Características
Não somos mais aqueles espíritos inferiores que eram conduzidos pelas forças telúricas, ou cedendo aos
automatismos naturais do meio-ambiente. Não mais estamos agindo, também, segundo os imperativos dos instintos
apenas animais. Já somos a herança de um vastíssimo passado, o produto de uma prolongadíssima caminhada evolutiva.
(Bíblia dos espíritas) [Os animais são conduzidos pelas forças telúricas e agem por instinto]
A comunicabilidade dos espíritos é o que há de mais elementar, e, saiba quem quiser, se os animais inferiores
tivessem como provar, eles provariam a vidência dos espíritos similares e outros. (Bíblia dos espíritas)
Que coisas andei a fazer, então, por todo esse tempo, no seio do cardume humano, na Terra como se fora em
qualquer outro mundo da mesma categoria? Vivi e fui, como acontece com todos, preparando meu caráter pessoal.
Porque ser uma individualidade distinta, à parte das demais partes, nada demais é; o principal é a organização do caráter,
a feitura do próprio eu característico. E demorei-me desanimado, porventura? Não, pois milhões de anos temos vivido,
nos planos inferiores, de antes do mineral, nas gamas hierárquicas incontáveis dos reinos anteriores ao reino animal. E
como atravessamos o reino animal? De um salto, talvez? Não, pois na Obra Divina, no Deus Manifesto, não há saltos,
tudo é paulatino, lento, progressivamente lento. (A Caminho do Céu)
(...) de novo meteram-me numa dolorosa encarnação. Depois outra, mais outra, sem a intervenção de minha
vontade, pois os grandes errados são como as almas dos animais e as dos selvagens, que não têm direito de escolha.
b - A zona da crosta, cuja parte mede uma faixa de uns setenta quilômetros, onde há uma promiscuidade tremenda.
Aqui vivem os desencarnados, vivem os encarnados com seus corpos, e também os que vagueiam durante o dormir dos
respectivos corpos. Tudo aquilo que Jesus viveu, sendo anunciado por Gabriel, expelindo maus espíritos, falando com
Moisés e Elias, tendo os anjos ou espíritos subindo e descendo sobre a Sua cabeça, tudo isso é lição para as criaturas
honestas e inteligentes. Porque os setenta quilômetros de faixa que circundam a crosta, vivem um burburinho tremendo,
com encarnados e desencarnados a se misturarem. Espíritos amigos e familiares; espíritos afins em estado de dor e de
tormenta; espíritos pertencentes ao Ministério do Espírito Santo ou Revelador; espíritos que sem querer agem no plano
da Lei e da Justiça, exercendo vinganças; espíritos elementais; espíritos de escala inferior ou animais, que aguardam
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novas matrizes para reencarnar, etc, etc. É necessário orar e vigiar, em pensamentos, sentimentos e atos, porque os
perigos de aproximação não são pequenos!...
Nos baixos planos: Animais e Parasitas
"Eles [os mundos físico e extra físico] são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos,
porquanto um sobre o outro incessantemente reage" (KARDEC, Allan. O livro dos espíritos,).
(...) Provocam asco em qualquer pessoa que com elas se depare. Formou-se, a partir daí, uma espécie de egrégora,
com tais formas firmemente associadas a situações e ideias desagradáveis. Na verdade, tornaram-se símbolos dessas
situações. Por exemplo: a barata causa mal-estar, nojo, repulsa. As aranhas, em especial as maiores, consideradas
perigosas, transmitem uma ideia de repugnância, medo e horror, assim como ocorre com ratos, cobras e escorpiões, cada
um a sua maneira. "Quando a mente em desequilíbrio produz matéria mental tóxica, mórbida e doentia, essa matéria
adquire imediatamente o aspecto já consagrado pelas mentes de milhões de criaturas como algo indesejável.
Verifiquemos, na prática, como tais criações (que são seres vivos, dotados, contudo, de vida artificial) assumem
formas ditadas pelas mentes humanas e passam a agir na aura das pessoas." Assim que pronunciou essas palavras, Pai
João nos chamou a atenção para dois jovens que passavam em frente a uma casa noturna, inebriados com a ideia de
adentrar no ambiente eletrizante. Paramos do lado de fora, observando o trânsito de pessoas, quando o pai-velho apontou
em direção ao solo, próximo aos pés das pessoas, particularmente dos dois jovens. Algo parecido com baratas surgia por
onde pisavam; porém, as formas pareciam ser feitas de plástico. Moviam-se pernas acima, como que absorvendo dos
encarnados alguma espécie de alimento invisível, mas necessário. Novamente foi Pai João quem nos orientou:
— As baratas, meus filhos, são animais de hábitos noturnos. Nesse período é que saem do abrigo para alimentação,
cópula, postura dos ovos, dispersão e voo. Portanto, as formas-pensamento inferiores, quando assumem a aparência de
baratas, são classificadas como parasitas noturnos. Naturalmente, são encontrados onde há maior concentração de
energias mentais desequilibradas e maior número de pessoas reunidas, cujo hálito mental esses parasitas absorvem, a fim
de se manterem vitalizados. "Durante o dia, as baratas que convivem com os humanos esquivam-se da luz e das pessoas;
entretanto, algumas condições especiais contribuem para seu aparecimento diurno, tais como excesso de população, falta
de alimento ou água, ocorrência de coisas estragadas, com odores em geral desagradáveis aos humanos, além de locais
com pouca higiene.
Quando consideramos os parasitas astrais elaborados e mantidos através de formas-pensamento inferiores com
feição de baratas, podemos entender que o fluido mórbido que serviu de matéria-prima para esses insetos também tem
comportamento noturno, tal qual suas duplicatas do mundo visível. São formas parasitárias comumente encontradas em
ambientes fechados e possuem hábitos que contrariam a higiene mental e espiritual. Por analogia, são atraídas para
lugares onde se encontra uma população encarnada que adota hábitos compatíveis com os seus, onde, ainda por cima,
não há muita luz natural. Tais criações não assimilam corretamente as radiações solares, por isso a atração por locais que
funcionam à noite. Como regra, sugam as energias de seus hospedeiros a partir dos membros inferiores, provocando nos
encarnados uma descompensação energética intensa." Convidando-nos a examinar outro local, Pai João nos conduziu a
um ambiente totalmente diferente.
— Aqui, meus filhos, veremos outra aparência de parasitas energéticos, que assumiram a forma de aranhas. São
criações mentais peçonhentas e de maior gravidade para o elemento humano.
Estávamos agora próximos a um hospital, mais precisamente num pronto-socorro municipal, onde várias pessoas
doentes, acidentadas ou sob a ação de tóxicos aguardavam, há algum tempo, o cuidado por parte dos profissionais de
saúde. O local cheirava mal, e a sensação desagradável era aumentada principalmente devido à ação do pensamento das
pessoas ali presentes. Agoniadas, exaltando cada uma delas seu próprio mal-estar, procuravam realçar cada detalhe de
suas dores. Mais uma vez, Pai João nos intimou a vasculhar os detalhes da cena.
Diversos indivíduos que exalavam odores desagradáveis pareciam atrair formas mentais assemelhadas a aranhas,
que andavam sobre seus corpos e, em determinado momento, inseriam pequenos ferrões nos corpos de suas vítimas,
como se injetassem algum veneno nelas. A visão era de causar arrepios em qualquer um que observasse.
— Quando consideramos as aranhas materializadas na Terra — retomou Pai João —, sabemos que são animais
carnívoros que se alimentam principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e
possuem ferrões, utilizados para inoculação de veneno. Em geral, a forma astral mantida pelos parasitas energéticos que
assumem o aspecto aracnídeo ataca o ser humano atraída pelo teor energético de pensamentos desleixados e mórbidos,
emitidos por quem se entrega ao sofrimento e não zela pela educação íntima de suas emoções. São pessoas que trazem a
marca do desespero e têm prazer em ressaltar suas dores, transferindo aos outros a responsabilidade por aquilo que lhes
acontece. Os parasitas energéticos que se alimentam desse tipo de fluido mórbido atacam através da aura da saúde,
injetando o veneno fluídico em sua vítima por via cutânea. Surgem então as inflamações energéticas características, que
acometem a periferia do duplo etérico exatamente nos pontos em que houve picadas. O agravamento desse quadro dá-se
com ulceração e posterior rompimento da estrutura da aura das pessoas. A partir daí, as consequências são mais
drásticas, pois, sem a integridade do duplo, a saúde e o equilíbrio ficam seriamente prejudicados. Notamos, Raul e eu,
que as pessoas sugadas e atacadas pelas formas energéticas de aranhas apresentavam suas auras rompidas, como se
houvesse um rasgo ou uma ruptura no duplo dessas pessoas.
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— Através dessa ruptura energética, os nossos amigos encarnados absorvem mais facilmente as correntes mentais
infelizes de desencarnados e, ao mesmo tempo, perdem energias vitais preciosas. Vejam que a ação dos parasitas
vampiriza os encarnados, baixando-lhes tanto a resistência energética quanto a imunológica.
Um indivíduo destacou-se dos demais, pois um número maior de aranhas — ou de criaturas mentais com tal
aspecto — sugava-lhe mais intensamente. Estava todo coberto desses parasitas, que lhe penetravam pelo nariz, pela
boca, pelos olhos e ouvidos; após exame mais atento, reparamos que a região da genitália também se transformara em
uma abertura no seu campo energético. Esses seres arrojavam- se, por todos os orifícios, para o interior do corpo de seu
hospedeiro. A visão causava repugnância e, ao mesmo tempo, despertava em nós vontade de auxiliar, impedindo que
ocorresse aquele tipo de vampirização energética tão voraz.
— Não adianta, por ora, qualquer recurso magnético, Ângelo — interferiu Pai João. — Poderíamos até liberar a
aura de nossos irmãos desses parasitas ferozes; no entanto, cada um tem de desenvolver suas próprias defesas
psíquicas, através da educação das emoções e dos pensamentos, para que a situação de desequilíbrio não retorne. Nesse
momento, nossa ação seria ineficaz, pois esses companheiros nem sequer acordaram para a realidade espiritual e, por
isso, não estão preparados mental e emocionalmente para uma reprogramação de suas vidas. Somente com essa
reprogramação e as ações dela decorrentes é que poderiam se ver livres definitivamente das criações mentais
peçonhentas.
"Vejam, meus filhos, como o quadro é complexo. Além do ataque através da aura da saúde, que é efetuado pelos
poros da epiderme perispiritual, outras formas parasitárias penetram no interior dos corpos astral e etérico, causando
uma resposta imunológica que evolui para anemia, icterícia cutâneo-mucosa e hemoglobinúria (que é a presença de
sangue na urina); entre outros sintomas, a insuficiência renal aguda é a complicação mais nociva ao corpo físico quando
a pessoa é atacada por esses seres peçonhentos.
"Para agravar ainda mais a contaminação fluídica, na contraparte astral esse tipo de parasita é utilizado por
obsessores com regalo, pois sua manutenção não exige deles nenhuma cota de energia mental. Para sustentar o processo
de ataque energético e envenenamento vital, bastam as emoções transtornadas de seus próprios alvos. Só lhes cabe
canalizar os seres aracnoides para a aura dos encarnados; a partir daí, os próprios homens, com sua invigilância mental,
produzem o fluido mórbido que dá forma e alimenta a existência dos parasitas.
"No campo físico, o tratamento soroterápico é o indicado para deter o processo das inflamações causadas por
animais peçonhentos; na esfera sutil, somente o passe magnético intensivo, acompanhado de um processo de reeducação
mental e de descontaminação energética, poderá liberar o indivíduo das formas monstruosas e de sua ação nefasta sobre
a saúde de meus filhos. Muitos pais-velhos costumam prescrever o uso de ervas cujo teor energético é anti-inflamatório
e anti-infeccioso. Ministradas através de banhos ou beberagens, tais ervas têm seu bioplasma ativado com tamanha
intensidade que suas propriedades energéticas e terapêuticas promovem uma limpeza intensa na estrutura do duplo
etérico. Ultrassensível, o corpo etérico absorve do elemento curativo das plantas as irradiações benéficas e saneadoras e
naturalmente passa a expulsar as comunidades de parasitas mentais que se agregaram em suas linhas de força. O
magnetismo administrado através dos passes é recurso muito útil; todavia, em qualquer caso, há que se proceder a uma
modificação intensa dos hábitos mentais e das emoções do ser, senão outras comunidades parasitárias fatalmente
assumirão o lugar daquelas que foram expurgadas de seus corpos."
— Outra forma energética que é comum observar em processos de contaminação fluídica são as criações mentais
que assumem o aspecto de formigas. Em geral percebidas apenas em sua ação, causam dores aparentes, inexistentes no
corpo físico, mas perfeitamente sentidas por seus hospedeiros. Isso ocorre em virtude de esse tipo de parasita energético
se agregar exclusivamente ao duplo etérico das pessoas. Além das dores, que mudam constantemente de lugar, causam
uma espécie de coceira, que resiste a toda qualidade de medicamento utilizado pela medicina alopática e, às vezes,
também pela homeopática. As formigas do astral agem de tal forma no duplo etérico que promovem a ressonância
vibratória, com efeitos palpáveis no corpo físico, de modo mais e mais ágil, conforme perdure a enfermidade energética.
Com o decorrer do tempo, sua ação nefasta passa a ser sentida quase que imediatamente. Podem, inclusive, provocar
edemas e eritemas no corpo, sem causa aparente ou conhecida e resistentes a tratamentos convencionais. A presença
desses parasitas assemelhados a formigas normalmente provoca nos médiuns clarividentes mais sensíveis, quando a
percebem, transtornos de origem etérica, como calafrios, sudorese e taquicardia.(Legiões)
Sobre a evolução
Desta forma apareceram as diferentes ordens e espécies de vida animal, vegetal e mineral, e também o tipo humano
e o caráter racial. E estando estas coisas iniciadas, novamente a Mente Divina pronunciou sua aprovação geral ou, como
diz a Bíblia, Ele achou estar “muito bom.”*
É por este método que atuamos nas ações dos homens e, no curso da natureza, em todas as suas partes. Há
múltiplas classes e companhias que têm o encargo de variados departamentos de criação - mineral, vegetal, animal,
humano, terrestre, solar, e estelar. Além disto, também, as estrelas estão agrupadas juntas e arranjadas numa
qualificação hierárquica para essa grande tarefa.
É, então, pelo mesmo método de transmutação de energia que sistemas são gradualmente desenvolvidos em
mundos, e estes mundos providos de forma, e então habilitados a produzir vegetação e vida animal. Mas, em sendo
assim, você notará que toda a vida, e toda a evolução, é consequente da operação da energia espiritual, obedecendo
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ditames da vontade de seres espirituais. Uma vez isto controlado, a força cega desaparece e a intenção toma o seu lugar -
intenção da inteligência e do poder espiritual dos trabalhadores de vários graus o(A Vida além do Véu)
Vimos que cada espécie de vida vegetal tem uma análoga no mundo animal. Há uma razão para que seja assim, e
tem a ver com a alma da planta mais que com sua manifestação exterior em córtex, galho e folha. Mas não somente
isso, mas mesmo ali você pode vislumbrar, se examinar mais de perto, a relação entre os dois: o animal e o vegetal.
Temo não estar acompanhando-o, senhor. Poderia ajudar-me mais um pouco?
Vamos retomar daqueles dois reinos, e trabalhar neles; é a melhor maneira. Aqui nos céus, nós temos ordens
diferentes de seres, diferindo em autoridade, diferindo em poder, e em caráter, e também em habilidade para uma
ramificação de trabalho que outra.
Isso também ocorre na terra. Portanto você encontrará isso no reino animal. Os animais têm poderes diferentes, e
alguns têm habilidades em uma direção, alguns em outras. Eles também diferem em caráter. . O cavalo tem mais
aptidão para a amizade que a serpente; o papagaio, mais que o urubu.
Agora, este princípio de analogia, do qual eu havia falado, pode ser visto, apesar de que veladamente para a
maior parte, predominando entre o mundo vegetal e o animal. Nós tomaremos o carvalho para representar o mundo
vegetal, e o pássaro para o animal. O carvalho produz sua semente e deixa-a cair sobre o solo, para que possa ser
recoberta e pelo calor da terra romper sua casca, e sua vida interior romper em direção à manifestação exterior. A
semente e o ovo são idênticos em tudo essencial, tanto quanto à estrutura e também em sua forma de incubar. Essa
movimentação de vida – do mais interno para o mais externo – é uma lei universal, e jamais é derrogada. Ela também
tem sua origem profunda na matéria primordial, de onde o atual universo saiu. Lembre-se de minhas palavras sobre o
átomo etéreo. Pois o movimento inicial do átomo é interior, onde sua velocidade é acelerada, onde acumula seu
momentum. Exteriormente ambos são retardados. (A Vida além do Véu)
Animais trabalhando
Com o ruído que se ouviu lá fora, julgou-se chegado o carro. De fato, Mesquita nos convidara a sair. E o carro era a
tração animal, pois dois lindos cavalos brancos, garbosos, puxavam o mesmo. Subimos, e o homem do carro falou com
os animais. Não tinha chicote. Ouvida a ordem de caminhar, partiram como se estivessem apostando corrida. Sentia-se o
prazer com que faziam a galopada. E lá fomos, estrada afora, até terminar o casario. A lua começou a despontar no
horizonte, o céu bastou-se de luzes piscantes.
— Já se vê a ponte! — anunciou Cristina, com entusiasmo, estirando a mão para uma das bandas.
De fato, ao longe, numa curva imensa, divisava-se uma listra de luzes, havendo por baixo como que um vão escuro.
Era do tamanho de um país inteiro aquela paisagem! E, pelo que se podia com facilidade constatar, pareciam deslizar,
não mais galopar. Era imensamente agradável aquilo tudo! E com pouco mais dávamos entrada na cabeceira da ponte,
onde guardas nos saudaram. Lá mais ao longe, Mesquita falou ao homem condutor do carro. E este se dirigiu aos
animais, que prontamente o atenderam, parando. .(A Caminho do Céu)
Identifiquei a caravana que avançava em nossa direção, sob a claridade branda do céu. De repente, ouvi o ladrar de
cães, a grande distância.
- Que é isso? - interroguei, assombrado.
- Os cães - disse Narcisa - são auxiliares preciosos nas regiões obscuras do Umbral, onde não estacionam somente
os homens desencarnados, mas também verdadeiros monstros, que não cabe agora descrever.
A enfermeira, em voz ativa, chamou os servos distantes, enviando um deles ao interior, transmitindo avisos.
Fixei atentamente o grupo estranho que se aproximava devagarinho.
Seis grandes carros, formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e bulhentos, eram tirados por
animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes
bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares.
Dirigi-me, incontinenti, a Narcisa, perguntando:
- Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?
Dizendo-me que não, indaguei das razões.
Sempre atenciosa, a enfermeira explicou:
- Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo com a água e o ar. O avião que fende a
atmosfera do planeta não pode fazer o mesmo na massa equórea. Poderíamos construir determinadas máquinas como o
submarino; mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos espirituais superiores preferem aplicar
aparelhos de transição. Além disso, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos animais.
- Como assim? - perguntei, surpreso.
- Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça
necessário; e aquelas aves - acrescentou, indicando-as no espaço -, que denominamos íbis viajores, são excelentes
auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas
umbralinas. (Nosso Lar)
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Não podia caber em meu espanto. Embora conhecendo as operações dos Samaritanos em “Nosso Lar”, que
empregavam grandes veículos de tração animal, em trabalhos de salvamento nas regiões inferiores e considerando as
dificuldades de vulto que defrontáramos na caminhada longa, rumo ao Posto de Socorro, não supunha possível
semelhante condução naquele instituto de auxilio. (Nosso Lar)
Na atuação com animais, a ignorância age e marca
Assim acontecendo, o sábio viu ele mesmo a fazer dissecações, torturantes e longas dissecações, observando os
tremores, as repulsões, os desmaios, tudo aquilo que as torturantes dores causavam nos pobres animaizinhos. Havia nele
um bem acentuado gozo por aquilo tudo, chegando a fazer tais experiências, mais por sadismo do que mesmo por gosto
e por finalidade científica.
Ao término, cabisbaixo, murmurou:
— Quanta tortura, meu Deus, causei aos pobrezinhos!...
Solano comandou:
— Repitam o trabalho!
E tudo começou de novo, porém com um acréscimo, que era penetrar mais nos fatos, pois os espíritos eram vistos
sair dos corpos, com a morte, depois dos tremendos sofrimentos. Eram coelhos, lebres, tatus, sapos, répteis, ratos,
jacarezinhos, peixes, aves, etc. Todos tinham algo de essencial, de espiritual, que abandonava os respectivos corpos,
saindo alegremente, correndo, disparando, etc.
O sábio tinha o rosto banhado em lágrimas, quando fomos embora, deixando-o entregue aos pensamentos, com a
certeza de que não mais sofreria ataques de cãibra. E como era de supor, Solano foi-nos dizendo muito em termos
doutrinários, sobre a vida essencial e as realidades de Deus, que não dependem de tecnologias humanas, e da Paz e da
Ventura que viremos a usufruir um dia, quando soubermos colocar o Amor acima de tudo, para jamais causarmos uma
dor, seja em quem for, maior ou menor na escala evolutiva. (A Volta de Jesus)
Para que estavam ali os animais?
São treinados para ajudar a intimidar e guardar os prisioneiros.
Mas o que teriam feito os animais para merecerem tal inferno e para serem postos em tal tarefa como
aquela?
Estes animais nunca estiveram na carne. Aqueles vão para lugares mais brilhantes. Estes são criação dos Poderes do
mal, que são capazes de projetá-los até ali, mas não o fazem para mais adiante, a uma encarnação na terra, portanto
tornam-se animais completos como sempre serão, como querem que sejam, pela complementação da composição de um
corpo com os elementos das regiões trevosas que formam seu ambiente. Este é o porquê de você ter ficado perplexo ao
tê-los colocado na sua ordem. Eles não têm ordem no cômputo terrestre da vida animal, onde somente aqueles grandes
Seres Criadores são capacitados para expressarem suas faculdades na evolução das tribos animais que atingiram os altos
lugares nas esferas mais Brilhantes. (A Vida além do Véu)
Para o futuro, depois do Apocalipse
E o grau de santidade dos sobrantes resultará também em evitar carnivorismos. Porque o teor vibracional das carnes
de animais prejudica profundamente o nível vibracional humano, isto é, depõe contra a sublimação dos tratos
Mediúnicos em geral, principalmente na Vidência, a mais Graciosa delas, a que mais irá vigorar nos futuros ciclos
evolutivos, por infusar os dois planos da vida dos filhos de Deus, ensejando comportamentos irmanistas intensos,
gerando a Divina Civilização, já que, sem DIVINOS COMPORTAMENTOS, NINGUÉM DESABROCHARÁ O
DEUS INTERNO, AS LATENTES VIRTUDES DIVINAS, EM MENOS TEMPO E COM MENOS SOFRIMENTOS,
NA CARNE E FORA DELA.
- Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o
último anel da animalidade na Terra. Aí está o inexorável argumento dos fatos, contra o qual seria inútil protestar.
Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se
o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura.
Poder-se-á dizer que os animais só obram por instinto?
“Ainda aí há um sistema. É verdade que na maioria dos animais domina o instinto. Mas, não vês que muitos obram
denotando acentuada vontade? É que têm inteligência, porém limitada.”
Não se poderia negar que, além de possuírem o instinto, alguns animais praticam atos combinados, que denunciam
vontade de operar em determinado sentido e de acordo com as circunstâncias. Há, pois, neles, uma espécie de
inteligência, mas cujo exercício quase que se circunscreve à utilização dos meios de satisfazerem às suas necessidades
físicas e de proverem à conservação própria. Nada, porém, criam, nem melhora alguma realizam. Qualquer que seja a
arte com que executem seus trabalhos, fazem hoje o que faziam outrora e o fazem, nem melhor, nem pior, segundo
formas e proporções constantes e invariáveis. A cria, separada dos de sua espécie, não deixa por isso de construir o seu
ninho de perfeita conformidade com os seus maiores, sem que tenha recebido nenhum ensino. O desenvolvimento
intelectual de alguns, que se mostram suscetíveis de certa educação, desenvolvimento, aliás, que não pode ultrapassar
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acanhados limites, é devido à ação do homem sobre uma natureza maleável, porquanto não há aí progresso que lhe seja
próprio.
Mesmo o progresso que realizam pela ação do homem é efêmero e puramente individual, visto que, entregue a si
mesmo, não tarda que o animal volte a encerrar-se nos limites que lhe traçou a Natureza. (A. Kardec)
A inteligência é então uma propriedade comum, um ponto de contato entre a alma dos animais e a do homem? “É,
porém os animais só possuem a inteligência da vida material. No homem, a inteligência proporciona a vida moral.”
Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados?
“Do elemento inteligente universal.”
Então, emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais?
“Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal.”
Têm os animais alguma linguagem?
“Se vos referis a uma linguagem formada de sílabas e palavras, não. Meio, porém, de se comunicarem entre si, têm.
Dizem uns aos outros muito mais coisas do que imaginais, mas essa mesma linguagem de que dispõem é restrita às
necessidades, como restritas também são as ideias que podem ter.”
a) - Há, entretanto, animais que carecem de voz. Esses parece que nenhuma linguagem usam, não?
“Compreendem-se por outros meios. Para vos comunicardes reciprocamente, vós outros, homens, só dispondes da
palavra? E os mudos? Facultada lhes sendo a vida de relação, os animais possuem meios de se prevenirem e de
exprimirem as sensações que experimentam. Pensais que os peixes não se entendem entre si? O homem não goza do
privilégio exclusivo da linguagem. Porém, a dos animais é instintiva e circunscrita pelas suas necessidades e idéias, ao
passo que a do homem é perfectível e se presta a todas as concepções da sua inteligência.”
Efetivamente, os peixes que, como as andorinhas, emigram em cardumes, obedientes ao guia que os conduz, devem
ter meios de se advertirem, de se entenderem e combinarem. É possível que disponham de uma vista mais penetrante e
esta lhes permita perceber os sinais que mutuamente façam. Pode ser também que tenham na água um veículo próprio
para a transmissão de certas vibrações. Como quer que seja, o que é incontestável é que lhes não falecem meios de se
entenderem, do mesmo modo que a todos os animais carentes de voz e que, não obstante, trabalham em comum. Diante
disso, que admiração pode causar que os Espíritos entre si se comuniquem sem o auxílio da palavra articulada?
Donde procede a aptidão que certos animais denotam para imitar a linguagem do homem e por que essa aptidão se
revela mais nas aves do que no macaco, por exemplo, cuja conformação apresenta mais analogia com a humana?
“Origina-se de uma particular conformação dos órgãos vocais, reforçada pelo instinto de imitação. O macaco imita os
gestos; algumas aves imitam a voz.” (obra de A. Kardec)
Gozam de livre-arbítrio os animais, para a prática dos seus atos?
“Os animais não são simples máquinas, como supondes. Contudo, a liberdade de ação de que desfrutam é limitada
pelas suas necessidades e não se pode comparar à do homem. Sendo muitíssimo inferiores a este, não têm os mesmos
deveres que ele. A sua liberdade é restrita aos atos da vida material.”
Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum
princípio independente da matéria? “Há e que sobrevive ao corpo.”
Será esse princípio uma alma semelhante à do homem? “É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do
sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância
equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
À alma dos animais é dado escolher a espécie de animal em que encarne? “Não, pois que lhe falta livre-arbítrio.” (obra de A. Kardec)
Uma vez no período da humanidade, conserva o Espírito traços do que era precedentemente, quer dizer: do estado
em que se achava no período a que se poderia chamar ante-humano?
“Conforme a distância que medeie entre os dois períodos e o progresso realizado. Durante algumas gerações, pode
ele conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na Natureza por
brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos. Aqueles
vestígios, porém, se apagam com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Os primeiros progressos só muito lentamente se
efetuam, porque ainda não têm a secundá-los a vontade.
Vão em progressão mais rápida, à medida que o Espírito adquire perfeita consciência de si mesmo.” (Livro dos
espíritos, A. Kardec)
Após o desencarne, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma?
“Conserva sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece em estado
latente.”
Ficam vagando por aí em estado de erraticidade, como a do homem? “Ficam numa espécie de erraticidade, pois que
não mais se acham unidos ao corpo, mas o animal desencarnado não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser
que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o
que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem
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incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.” (obra de A. Kardec)
Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva? (No tempo de Kardec essa pergunta era comum,
já que não conheciam ainda nossa sequência evolutiva). “Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens
são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém,
inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles o homem servidores inteligentes.” Nada há nisso de
extraordinário, tomemos os nossos mais inteligentes animais, o cão, o elefante, o cavalo, e imaginemo-los dotados de
uma conformação apropriada a trabalhos manuais. Que não fariam sob a direção do homem? (obra de A. Kardec)
Os animais progridem, como o homem, por ato da própria vontade, ou pela força das coisas? “Pela força das coisas,
razão por que não estão sujeitos à expiação.”
“Tudo em a Natureza se encadeia por elos que ainda não podeis apreender. Assim, as coisas aparentemente mais
díspares têm pontos de contanto que o homem, no seu estado atual, nunca chegará a compreender. Por um esforço da
inteligência poderá entrevê-los; mas, somente quando essa inteligência estiver no máximo grau de desenvolvimento e
liberta dos preconceitos do orgulho e da ignorância, logrará ver claro na obra de Deus. Até lá, suas muito restritas ideias
lhe farão observar as coisas por um mesquinho e acanhado prisma. Sabei não ser possível que Deus se contradiga e que,
na Natureza, tudo se harmoniza mediante leis gerais, que por nenhum de seus pontos deixam de corresponder à sublime
sabedoria do Criador.” (obra de A. Kardec)
Heranças:
Encarnado no corpo do homem, o Espírito lhe traz o princípio intelectual e moral, que o torna superior aos animais.
As duas naturezas nele existentes dão às suas paixões duas origens diferentes: umas provêm dos instintos da natureza
animal, provindo as outras das impurezas do Espírito, de cuja encarnação é ele a imagem e que mais ou menos simpatiza
com a grosseria dos apetites animais. Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Sob
essa influência, aproxima-se do bruto. Isento dela, eleva-se à sua verdadeira destinação. (obra de A. Kardec)
Além de suas próprias imperfeições de que cumpre ao Espírito despojar-se, tem ainda o homem que lutar contra a
influência da matéria?
“Quanto mais inferior é o Espírito, tanto mais apertados são os laços que o ligam à matéria. Não o vedes? O homem
não tem duas almas; a alma é sempre única em cada ser. São distintas uma da outra a alma do animal e a do homem, a
tal ponto que a de um não pode animar o corpo criado para o outro. Mas, conquanto não tenha alma animal, que, por
suas paixões, o nivele aos animais, o homem tem o corpo que, às vezes, o rebaixa até ao nível deles, por isso que o corpo
é um ser dotado de vitalidade e de instintos, porém ininteligentes estes e restritos ao cuidado que a sua conservação
requer.” (obra de A. Kardec)
O Espírito do homem tem, após a morte, consciência de suas existências ao período de humanidade?
“Não, pois não é desse período que começa a sua vida de Espírito. Difícil é mesmo que se lembre de suas primeiras
existências humanas, como difícil é que o homem se lembre dos primeiros tempos de sua infância e ainda menos do
tempo que passou no seio materno. Essa a razão por que os Espíritos dizem que não sabem como começaram.” (obra de A.
Kardec)
O amor maternal vai até onde?
Por que é que, entre os animais, os pais e os filhos deixam de reconhecer-se, desde que estes não mais precisam de
cuidados?
“Os animais vivem vida material e não vida moral. A ternura da mãe pelos filhos tem por princípio o instinto de
conservação dos seres que ela deu à luz. Logo que esses seres podem cuidar de si mesmos, está ela com a sua tarefa
concluída; nada mais lhe exige a Natureza. Por isso é que os abandona, a fim de se ocupar com os recém-vindos.” (obra de
A. Kardec)
Podem os animais ser médiuns? Uma resposta segundo o conhecimento possível do séc XIX
Muitas vezes tem sido formulada esta pergunta, à qual parece que alguns fatos respondem afirmativamente. O que,
sobretudo, tem autorizado a opinião dos que pensam assim são os notáveis sinais de inteligência de alguns pássaros que,
educados, parecem adivinhar o pensamento e tiram de um maço de cartas as que podem responder com exatidão a uma
pergunta feita. Observamos com especial atenção tais experiências e o que mais admiramos foi a arte que houve de ser
empregada para a instrução dos ditos pássaros.
Incontestavelmente, não se lhes pode recusar uma certa dose de inteligência relativa, mas preciso se torna convir em
que, nesta circunstância, a perspicácia deles ultrapassaria de muito a do homem, pois ninguém há que possa lisonjear-se
de fazer o que eles fazem. Fora mesmo necessário supor-lhes, para algumas experiências, um dom de segunda vista
superior ao dos sonâmbulos mais lúcidos.
(...)"É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que
eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos, mal-intencionados
com relação aos indivíduos presentes, ou com relação aos donos dos animais. Ainda com mais frequência vedes cavalos
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que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo
que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedi-los de
mover-se. Lembrai-vos da mula de Balaão que, vendo um anjo diante de si e temendo-lhe a, espada flamejante, se
obstinava em não dar um passo.
E que, antes de se manifestar visivelmente a Balaão, o anjo quisera tornar-se visível somente para o animal. Mas,
repito, não mediunizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. É-nos sempre necessário o concurso
consciente, ou inconsciente, de um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não
achamos nem nos animais, nem na matéria bruta.
(...) "Isto posto, reconheço perfeitamente que há nos animais aptidões diversas; que certos sentimentos, certas
paixões, idênticas às paixões e aos sentimentos humanos, se desenvolvem neles; que são sensíveis e reconhecidos,
vingativos e odientos, conforme se procede bem ou mal com eles. É que Deus, que nada fez incompleto, deu aos
animais, companheiros ou servidores do homem, qualidades de sociabilidade, que faltam inteiramente aos animais
selvagens, habitantes das solidões. Mas, daí a poderem servir de intermediários para a transmissão do pensamento dos
Espíritos, há um abismo: a diferença das naturezas.
"Sabeis que tomamos ao cérebro do médium os elementos necessários a dar ao nosso pensamento uma forma que
vos seja sensível e apreensível; é com o auxilio dos materiais que possui, que o médium traduz o nosso pensamento em
linguagem vulgar. Ora bem! que elementos encontraríamos no cérebro de um animal? Tem ele ali palavras, números,
letras, sinais quaisquer, semelhantes aos que existem no homem, mesmo o menos inteligente?
Entretanto, direis, os animais compreendem o pensamento do homem, adivinham-no até. Sim, os animais educados
compreendem certos pensamentos, mas já os vistes alguma vez reproduzi-los? Não. Deveis então concluir que os
animais não nos podem servir de intérpretes.
"Resumindo: os fatos mediúnicos não podem dar-se sem o concurso consciente, ou inconsciente, dos médiuns; e
somente entre os encarnados, Espíritos como nós, podemos encontrar os que nos sirvam de médiuns. Quanto a educar
cães, pássaros, ou outros animais, para fazerem tais ou tais exercícios, é trabalho vosso e não nosso. Ass. ERASTO. (obra
de A. Kardec)
Ferramenta de evolução:
É pelo trabalho — prosseguiu o orientador — que nos despojamos, pouco a pouco, de nossas imperfeições. A
Terra, em sua velha expressão física, não é senão energia condensada em época imemorial, agitada e transformada pelo
trabalho incessante, e nós, as criaturas de Deus, nos mais diversos degraus da escada evolutiva, aprimoramos faculdades
e crescemos em conhecimento e sublimação, através do serviço... O verme, arrastando-se, trabalha em benefício, do solo
e de si mesmo; o vegetal, respirando e frutescendo, ajuda a atmosfera e auxilia-se. O animal, em luta perene, é útil à
gleba em que se desenvolve, adquirindo experiências que lhe são valiosas, e nossa alma, em constantes peregrinações,
através de formas variadas, conquista os valores indispensáveis à sublime ascensão... Somos filhos da eternidade, em
movimentação para a glória da verdadeira vida e só pelo trabalho, ajustado à Lei Divina, alcançaremos o real objetivo de
nossa marcha!
Cada espécie de seres, do cristal até o homem, e do homem até o anjo, abrange inumeráveis famílias de criaturas,
operando em determinada freqüência do Universo. E o amor divino alcança-nos a todos, à maneira do Sol que abraça os
sábios e os vermes.
Todavia, quem avança demora-se em ligação com quem se localiza na esfera próxima.
O domínio vegetal vale-se do império mineral para sustentar-se e evoluir. Os animais aproveitam os vegetais na
obra de aprimoramento. Os homens se socorrem de uns e outros para crescerem mentalmente e prosseguir adiante...
Atritam os reinos da vida, conhecidos na Terra, entre si.
Torturam-se e entredevoram-Se, através de rudes experiências, a fim de que os valores espirituais se desenvolvam e
resplandeçam, refletindo a divina luz...
Nesse ponto, o esclarecido Ministro fez longa pausa, fitou-nos, bondoso, e continuou:
— Mas... além do principado humano, para lá das fronteiras sensoriais que guardam ciosamente a alma encarnada,
amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Ai se
agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da
Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apóiam-se na mente encarnada, através de falanges
incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens.
A matéria, congregando milhões de vidas embrionárias, é também a condensação da energia, atendendo aos
imperativos do “eu” que lhe preside à destinação.(Entre a terra e o Céu)
No caminho da evolução
Que empório extravagante era aquele? algum país onde vicejassem tipos sub-humanos? Eu sabia que semelhantes
criaturas não envergavam corpos carnais e que se congregavam num reino purgatorial, em beneficio próprio; entretanto,
vestiam-Se de roupagens de matéria francamente imunda. Lombroso e Freud encontrariam aí extenso material de
observação. Incontáveis tipos que interessariam, de perto, à criminologia e à psicanálise. Vagueavam absortos, sem
rumo. Exemplares inúmeros de pigmeus, cuja natureza em si ainda não posso precisar, passavam por nós, aos magotes.
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Plantas exóticas, desagradáveis ao nosso olhar, ali proliferam, e animais em cópia abundante, embora monstruosos, se
movimentavam a esmo, dando-me a idéia de seres acabrunhados que pesada mão transformara em duendes. Becos e
despenhadeiros escuros se multiplicavam em derredor, acentuando-nos o angustioso assombro.
Após a travessia de vastíssima área, não sopitei as interrogações que me escapavam do cérebro.
O Instrutor, todavia, esclareceu, discreto:
— Guarda as perguntas intempestivas no momento. Estamos numa colônia purgatorial de vasta expressão. Quem
não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerado inteligência sub-humana. Milhares de criaturas,
utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por
ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à
humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a idéia simples do
homem primitivo na floresta.(Entre o Céu e a Terra)
- Porque tamanha sensação de pavor, meu amigo? Saia de si mesmo, quebre a concha da interpretação pessoal e
venha para o campo largo da justificação. Não visitamos, nós ambos, na esfera da Crosta, os açougues mais diversos?
Lembro-me de que em meu antigo lar terrestre havia sempre grande contentamento familiar pela matança dos porcos. A
carcaça de carne e gordura significava abundância da cozinha e conforto do estômago. Com o mesmo direito, acercam-
se os desencarnados, tão inferiores quanto já o fomos, dos animais mortos, cujo sangue fumegante lhes oferece
vigorosos elementos vitais. Sem dúvida, o quadro é lastimável; não nos compete, porém, lavrar as condenações. Cada
coisa, cada ser, cada alma, permanece no processo evolutivo que lhe é próprio. E se já passamos pelas estações
inferiores, compreendendo como é difícil a melhoria no plano de elevação, devemos guardar a disposição legítima de
auxiliar sempre, mobilizando as melhores possibilidades ao nosso alcance, a serviço do próximo. (Missionários da Luz)
— Dentre todos os animais superiores, abaixo do homem, qual é o detentor de mais dilatadas idéias-fragmentos?
— O assunto demanda longo estudo técnico na esfera da evolução, porque há idéias-fragmentos de determinado
sentido mais avançadas em certos animais que em outros. Ainda assim, nomearemos o cão e o macaco, o gato e o
elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental,
como introdução ao pensamento contínuo.(Evolução em 2 mundos)
Um caso
Enquanto eu meditava, preparando-me espiritualmente para realizar uma aula para o grupo de estudos e assistência
espiritual do IPPB, entrou no quarto um cachorro desencarnado, brincando, latindo e batendo o rabo alegremente.
Percebia o animal pelas vias da clarividência, de olhos fechados, diretamente na tela mental frontal interna
(correspondente à área de ação do chacra frontal*).
O cão era um vira-lata normal, adulto, de pelo castanho-claro (mais claro do que castanho), muito alegre e ativo.
Ele olhava para alguém à frente, que eu não via, com o qual ele brincava e corria em torno. Contudo, mesmo sem ver a
entidade extrafísica no ambiente, eu sentia sua presença tranquila e amistosa.
Admirado com a alegria do animal, morto na Terra, mas vivo em espírito cheio de animação, pensei: "Alguém deve
estar chorando a perda desse animal. Do jeitinho alegre que ele é, deve estar fazendo muita falta para os seus donos e
entes-queridos." Então, o espírito em frente se comunicou telepaticamente comigo e me disse o seguinte: "O nome dele é
Terry. E ele está muito bem tratado aqui!"
Nesse instante, o meu chacra frontal pulsou, cheio de luz branquinha fluorescente e eu o vi também: Era um homem
alto, de cabelos pretos muito grandes, à moda indígena da América do Norte. Estava vestido de calça lisa marrom-claro,
com uma camisa esporte, tipo pólo (por dentro da calça). O cinto era preto. Seus olhos eram bem pretos, brilhantes, e a
pele bem moreno-avermelhada. No conjunto, ele mais parecia um mestiço de branco com índio americano, moderno no
jeito, mas com uma certa atmosfera ancestral xamânica.
Ele me olhou e riu e na sequência pegou o cão no colo. O animal se mexia feliz junto dele, tentando lambê-lo todo
tempo. Em torno dele havia uma aura amarelo-suave, que irradiava uma atmosfera de segurança e tranquilidade à
sua volta.
Enquanto acariciava o animal em seu colo, ele me olhou firmemente e com simpatia e me disse: "Já que você fala
das coisas do espírito para os homens encarnados na Terra, então diga-lhes que até mesmo os animais têm assistência
espiritual após o desenlace da matéria. Eles são cuidados e afagados com muito carinho. Há grupos de auxiliares astrais
que cuidam especificamente deles em seus períodos extrafísicos. São espíritos dedicados ao bem-estar desses nossos
irmãos menores na Natureza. E mais: peça aqueles que gostam dos animais, que orem na sintonia desses benfeitores
invisíveis; para que eles se associem sutilmente com eles, em espírito, na mesma bondade e amor por esses serzinhos tão
queridos. *Vida Após a Morte dos Animais*, Wagner Borges –
Diálogo de Osvaldo Polidoro, numa pescaria
Quando há a necessidade de fermentação, Deus produz alguma coisa de vermes, - por exemplo quando morre um
burro e fica toda aquela pasta. Aquilo não é centelha, não... o corpo serve e volta para o chão.
Quando é centelha é aquilo daquele que foi fazer sessões espíritas nos morgues, salas de defuntos de hospitais, para
conversar com espíritos recém-saídos da carne, para saber das condições de cada um, se podia fazer isto ou aquilo. Já que
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disseram para ele que certos animais possuíam centelhas, ele pegou ratos, sapos, animais deste nível, e matou-os na hora.
Os videntes ficavam de costas, de olhos vendados, não viam nada. Era-lhes perguntado o que viam, eles respondiam: -
“Deste bicho que o senhor matou saiu um outro bicho andando... de todos eles.
O Jaime disse-me outro dia durante a pescaria: - “Pai, a cada peixe que o senhor pegava na sua mão eu via o
espiritinho do peixe e o senhor dando uma luz para ele”. Eu sempre disse: - “Estamos tirando a vida de quem nunca nos
fez mal, mas são muitos para comer e a gente pesca”. Mas já que são centelhas, alguma coisa tenho que dar a eles. Isto é
automático, compulsório. Não preciso pensar para fazer isto.
O animal nos altos planos
Resumidamente, tudo se fez mais pleno de amor – não só de beleza, mas de amor também – pois há uma diferença
entre estas duas palavras conforme as uso aqui. Todas as nossas faces tomaram uma expressão e matizes de um amor
maior, e as árvores ficaram com as cores mais profundas, e a atmosfera lentamente ficou como num vapor de
tonalidades, como um arco íris. Mas este vapor nada escondia, em vez disso parecia aproximar tudo. A água refletia as
tonalidades do arco íris, e nossa roupagem também intensificou-se em suas cores. Além disso, os animais e os pássaros
sobre nós correspondiam. Lembro-me especialmente de um pássaro branco. Suas peninhas leitosas ficaram cada vez
mais brilhantes e, quando o vi pela última vez antes que voasse para um cantinho, brilhava como ouro cintilante, como
uma luz transparente, ou fogo. (A Vida além do Véu)
Você está conjeturando a respeito do propósito destes prédios de cristal. Eles estão ali para se estudar o efeito das
cores quando aplicadas aos diferentes departamentos da vida animal, vegetal e mesmo na vida mineral, mas
principalmente as duas primeiras, juntamente com as coberturas. Pois tanto a textura como o matiz de nossas
vestimentas adquirem suas qualidades do estado espiritual e do caráter daquele que a usa. Nosso ambiente é parte de
nós, assim como de vocês, e a luz é um componente, e muito importante, de nosso ambiente. Portanto é muito poderoso
em seu uso, sob certas condições, como vimos nestes painéis. (A Vida além do Véu)
Somente de uma coisa tenho certeza: se as pessoas mantivessem em mente a Unidade de Deus e Seu reino, e o
progresso gradual que, por Sua Inteligência, Ele ordenou que assim fosse para nós, então poderiam entender muito
melhor o que é a morte e o que há além. Seria, posteriormente, absurdo para muitos, se lhes contassem que aqui nós
temos verdadeiras casas sólidas, ruas, montanhas, árvores e animais e pássaros; e que os animais aqui não são apenas
para ornamento, mas também têm sua utilidade; e que os cavalos, bois e outros animais são utilizados. Mas estes gostam
do trabalho de uma forma que ficamos felizes ao observá-los. Observei um cavalo e seu cavaleiro que estavam
caminhando pela rua certa vez, e imaginei qual dos dois estaria gostando mais da cavalgada. Mas temo que muitos não
aceitem isso, então mudarei de tema. (A Vida além do Véu)
Eu agora diria a você alguma coisa do significado intrínseco do que o homem chama de origem das espécies na
vida animal. Mas agora, primeiramente, eu diria que o termo é amplo demais; pois a origem das diferentes criações na
vida animal não é encontrada no reino da matéria, mas tem sua gênesis nestes reinos. Nós aprendemos aqui que, quando
o Universo dos sistemas estava mudando para sua atual forma e constituição, aqueles que tinham o encargo de observar
e trabalhar receberam seus planos dos de mais alto grau, e naqueles planos moldaram sua própria sabedoria. (A V. A.do V.)
Naquele tempo foi visto que nas esferas celestes havia muita diversidade tanto de formas de vida, tanto de
manifestações corporais, como de mentalidades em seu trabalho. E foi resolvido que o universo seria destinado a refletir
as personalidades e tipos daqueles que foram comissionados a cumprirem o encargo de seu desenvolvimento. A esta
conclusão eles foram divinamente guiados, pois quando seus planos estavam completos, foi lhes dado saber por
revelação que a aprovação Divina estava neles de forma geral; mas não era a perfeição absoluta. Contudo, recebeu o
imprimatur do Pai de Tudo, Que lhes outorgou liberdade para executarem Sua vontade de acordo com suas próprias
capacidades e poderes. (A Vida além do Véu)