Instrumentos topograficos
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Instituto De Formação Em Administração De Terras e Cartografia Especialidade: Topografia
David Rodolfo Guilima---------Nº 08---------Turma CM2B Página 0
Índice
Introdução .............................................................................................................................................. 2
Instrumentos Topográficos.............................................................................................................. 3
Instrumentos topográficos simples .......................................................................................... 3
Níveis de bolha de ar .................................................................................................................. 3
Níveis tubulares tóricos ou níveis em toro ....................................................................... 3
Sensibilidade de um nível ........................................................................................................ 4
Níveis reversíveis ou em barrilete ........................................................................................ 4
Níveis esféricos ............................................................................................................................ 4
Calagem dos níveis .............................................................................................................................. 5
Utilização dos níveis ....................................................................................................................... 5
Lunetas ..................................................................................................................................................... 5
Lunetas do teodolito alidade e estações totais ......................................................................... 5
Instrumentos topográficos simples de alguma utilização em topografia ...................... 6
Bússola ............................................................................................................................................ 6
Curvígrafos .................................................................................................................................... 6
Clisímetro ....................................................................................................................................... 6
Heliógrafos e Candeeiros "Petromax" ................................................................................. 7
Teodolito ................................................................................................................................................. 7
Constituição do teodolito ............................................................................................................. 7
Sistema de eixos do teodolito ..................................................................................................... 7
Luneta de visada do teodolito..................................................................................................... 8
Graduação do Limbo do teodolito ............................................................................................. 8
Limbos de leituras electrónicas...................................................................................................... 8
Tipos de codificadores ................................................................................................................... 8
Tipos de limbos electrónicos ...................................................................................................... 9
Os codificadores nas estações totais .................................................................................... 9
Compensação dos erros ..................................................................................................................10
Instrumentos Geodésicos ...............................................................................................................10
Tipos de teodolito ..............................................................................................................................11
Outros instrumentos ................................................................................................................11
Acessórios ....................................................................................................................................11
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Condições a que deve satisfazer um teodolito ...............................................................13
Verticalização do eixo principal ...................................................................................................14
Eliminação do erro de colimação (pontaria) ......................................................................14
Eliminação do erro de inclinação ............................................................................................14
Eliminação do erro de calagem zenital .................................................................................15
Eliminação do erro de excentricidade da alidade .............................................................15
Eliminação do erro de excentricidade da alidade por leituras feitas em dois
pontos diametralmente opostos do limbo ...........................................................................15
Erros devido a má graduação dos limbos, folgas e laqueios de várias peças,
ajustamento de parafusos ..........................................................................................................16
Goniógrafos, Alidade com pranchetas ...................................................................................16
Goniógrafos ......................................................................................................................................16
Colocação em estação ..............................................................................................................17
Reconhecimento topocartográfico .........................................................................................17
Instrumentos utilizados no nivelamento directo ..................................................................18
Níveis de água .................................................................................................................................18
Níveis de luneta ..............................................................................................................................18
Níveis de construção ....................................................................................................................18
Níveis de engenheiro ....................................................................................................................18
Níveis de precisão .........................................................................................................................18
Níveis de traço ou de código .....................................................................................................18
Conclusão ..............................................................................................................................................19
Bibliografia ...........................................................................................................................................20
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Introdução
Com este tema iniciarei o estudo dos instrumentos topográficos, cuja utilidade
desses instrumentos é diversa dependendo da finalidade, pós cada um tem sua
aplicação, isto é, para cada trabalho temos instrumento especifico a usar.
O presente trabalho aborda subtemas relacionados com os tipos de instrumentos
topográficos, mas não no seu todo, isto é, os mais usados nos trabalhos
topográficos e um pouco daqueles pouco usados nesses trabalhos, sem se esquecer
da constituição, dos tipos desses instrumentos, os acessórios que os compõe, o seu
uso ou manejo, a correcção dos erros que alguns instrumentos possuem.
Estes assuntos são apresentados de uma forma mais profunda no manual em que
foram recolhidos nele em relação ao presente trabalho pós o meu objectivo era
tirar o essencial, tendo em conta que tudo é essencial e importante mas retirar o
que me convinha de acordo com os subtemas indicados pelo docente.
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Instrumentos Topográficos
Como se referiu, em topografia apenas se consideram os ângulos medidos
sobre dois planos:
— O horizontal: para operações planimétricas;
— O vertical: para operações altimétricas.
E para medição desses ângulos usam-se os instrumentos topográficos tais como:
Instrumentos topográficos simples
Goniómetro – é todo o instrumento que permite medir ângulos no campo.
Esta definição parece abarcar tudo o que mede ângulos no campo, mas claro que é
insuficiente. Se não veremos:
Os círculos horizontais são, instrumentos que só medem ângulos
horizontais,
Clisímetro ou eclímetros são instrumentos que medem ângulos no
plano vertical.
Instrumentos universais, pelo contrário, medem tanto os ângulos
horizontais como os verticais.
Níveis de bolha de ar
Nível é um instrumento que serve para verificar se um plano está horizontal.
Classificação dos níveis segundo a forma do recipiente que contem o liquido.
Tubulares: tóricos e em barrilete ou reversíveis;
Esféricos
Níveis tubulares tóricos ou níveis em toro
São constituídos por um tubo de vidro recurvado, com a forma dum toro de
revolução. Este é formado por uma superfície gerada por uma circunferência que
se desloca em torno de um ponto, mantendo sempre o seu centro, no mesmo plano
que passa por aquele ponto. O raio médio é variável, indo de 20 a 40 metros nos
instrumentos de topografia, mas para alguns instrumentos de geodesia e de
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astronomia, atingem 300m e mais.
Sensibilidade de um nível
É a variação de inclinação da sua directriz correspondente a um deslocamento da
bolha de uma divisão, matemática temos:
para i em radianos, e para i em
segundos temos
. Da última expressão se pode escrever:
podendo definir assim sensibilidade de um nível como o desvio que a bolha sofre
para determinar variação angular da sua directriz.
Níveis reversíveis ou em barrilete
Estes níveis têm forma duma superfície de revolução como se fosse gerado por um
a co d c cu f ê c a oda do m to o da ua co da EE’. ulta do a m o
ív l m ba l t com dua d ct z D D’ uma m cada fac , t do cada fac a
sua graduação. O nivelamento pode ser feito em qualquer das faces, sendo assim
devem conservar as suas directrizes paralelas ao eixo óptico.
Níveis esféricos
Estes níveis são muito usados nos instrumentos topográficos como nos teodolitos e
também nas miras falantes. São constituídos por um recipiente cilíndrico de vidro,
fechado na parte superior por uma calote esférica e revestido lateralmente e em
baixo por uma armadura metálica. Em conjunto com outros níveis mais precisos,
como os tóricos, permitem rapidamente uma primeira verticalização aproximada
dos eixos dos instrumentos aqui pertencem bem como uma colocação aproximada
do instrumento em estação.
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Calagem dos níveis
Nos tubulares consiste em conseguir que as duas extremidades da bolha ocupem
posições simétricas em relação ao centro da graduação. Nos esféricos consiste
em obrigar o centro da bolha circular a ocupar o centro da circunferência de
referência.
Em qualquer dos casos esta operação, fundamental em qualquer trabalho
topográfico, realiza-se actuando nos parafusos nivelantes, os quais fazem parte do
instrumento que se pretende nivelar.
Utilização dos níveis
Os níveis permitem: horizontalizar eixos, horizontalizar planos, verticalizar eixos e
medir a inclinação duma direcção.
Lunetas
Uma luneta é constituída, essencialmente por duas lentes, nomeadamente:
Objectiva ou sistema objectivo destina-se a dar uma imagem real dos objectos
observados;
Ocular ou sistema ocular - destina-se a aumentar a dimensão do objecto.
A luneta possui ainda um diafragma anular ou um disco, no qual estão gravadas
linhas verticais e horizontais, constituindo o reticulo.
Lunetas do teodolito alidade e estações totais
Eixo óptico da luneta é a linha de cruzamento dos fios do reticulo, com o centro
óptico da objectiva cujo prolongamento determina a linha de visada ou pontaria.
Para se aumentar o poder amplificador duma luneta do tipo Kepler ou astronómica
terá de se aumentar o seu comprimento, dai aparecem as teleobjectivas que pela
combinação de duas lentes podem aumentar a distância focal da objectiva sem
aumentar o comprimento da luneta.
Teleobjectivas – lunetas de focagem interna: o poder amplificador duma luneta
é dado pela seguinte expressão: a f f sendo f a distancia focal da objectiva e f1
a distancia focal da ocular. Da expressão acima podemos concluir que a
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amplificação é tanto maior quanto maior for a distância da objectiva, o que ira
aumentar o comprimento da luneta, ou seja, pode obter-se uma distância focal
grande num espaço pequeno através da combinação das lentes.
Instrumentos topográficos simples de alguma utilização em topografia
Como é sabido os teodolitos, os níveis de luneta e as estações totais são os
instrumentos mais usados em topografia, porem existem os instrumentos mais
simples menos usados que são: bússola, Curvígrafos e Clisímetro.
Bússola - é um instrumento navegacional para se encontrarem direcções. Ela
consiste num ponteiro magnetizado livre para se alinhar de maneira precisa com o
campo magnético da Terra.
Curvígrafos
É um instrumento destinado a verificação do traçado de estradas ou caminhos
após a execução. É composto por dois espelhos, um fixo e outro móvel em torno do
seu eixo.
Clisímetro
É um pequeno instrumento de bolso destinado, sobretudo à determinação de
declives.
Na sua parte superior existem uma ou duas lupas graduadas e fixadas de tal
modo que, quando está em equilíbrio o zero da graduação fica no plano horizontal
que passa pela vista do observador, quando este olha pelas janelas de medição.
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Alguns modelos apresentam contrapesos como: bússolas e placas graduadas que
servem para a verificação de pendentes de muros de suporte.
Heliógrafos e Candeeiros "Petromax"
Embora não possam ser considerados instrumentos topográficos podia ajudar
muito as observações em distâncias consideradas como grandes.
Teodolito
Um teodolito é um instrumento topográfico que permite a medição de ângulos
azimutais ou horizontais e verticais.
Constituição do teodolito
Em termos de pormenores de construção, os teodolitos podem diferir muito entre
si, mas as suas partes essenciais são semelhantes em todos eles são constituídos
essencialmente, por uma base que contém o limbo horizontal (que permite as
leituras angulares) e uma alidade (parte giratória que roda em torno do eixo
principal do aparelho) na qual se encontra a luneta que gira em torno do eixo dos
munhões ou eixo secundário, sendo este por sua vez, suportado por dois
montantes, num dos quais se encontra o limbo vertical.
Sistema de eixos do teodolito:
VV: Eixo vertical, principal ou de rotação do teodolito;
ZZ: Eixo de colimação ou linha de visada;
KK: Eixo secundário ou de rotação da luneta.
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Luneta de visada do teodolito
Dependendo da aplicação do instrumento a capacidade de ampliação pode chegar
a até 80 vezes (teodolito astronómico WILD T4). Em Topografia normalmente
utilizam-se lunetas com poder de ampliação de 30 vezes.
Graduação do Limbo do teodolito
Um teodolito dispõe de dois limbos, um horizontal e o outro vertical. Os dois
limbos, estão graduados com traços finos numa coroa em liga de prata que é presa
num círculo metálico. A divisão do limbo pode ser feita em três sistemas:
Sexagesimal (0º à 360º)
Centesimal (0g à 400g) e
Milesimal 6400.
Limbos de leituras electrónicas
Os sistemas de leitura de ângulos nos teodolitos electrónicos utilizam
codificadores, no fundo subsistemas que detectam com precisão, movimentos de
rotação à volta dos eixos horizontal e vertical.
Tipos de codificadores
Opticos: são discos de vidro graduados, analogos aos limbos dos teodolito opticos,
que rodam em torno do seu eixo do teodolito. A luz que passa por eles ou por eles
reflectida, é emitida por diodos.
A corrente electrica emitida pelo foto-diodo é convertida num sinal digital electrico
para processar antes de ser apresentada. Um teodolito electronico pode ter mais
de um sistema codificador por limbo: diodos emissores e diodos receptores.
- Electrónicos: consistem num disco com código magnético. As cabeças de leitura,
que podem ser semelhantes as usadas nos drives do PCs, são utilizadas para ler o
gravado e assim determinar a sua posição. As medições grosseiras e finais podem
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ser feitas por leituras de diversos rastos concêntricos que tem resoluções de
medição diferentes.
Tipos de limbos electrónicos:
- Absolutos: são os que cada graduação possui um valor angular definido, isto é, a
5ª graduação no sentido horário, desde o zero na maior parte dos teodolito d ’’, é
00 m ou º40’.
- Incremental: é um sistema que só mede relações angulares entre um ponto
arbitrário, que pode ser a posição do limbo no momento em o teodolito é ligado e a
posição para o qual ele foi rodado.
- Quase absoluto: este sistema tem um ou mais pontos com um valor definido;
muitas vezes é o valor zero, mas nos limbos verticais pode não o ser e é mais
comum ser 90º ou 100g.
Os codificadores nas estações totais
Fontes de erros: os teodolitos ópticos os sistemas electrónicos de leituras de
ângulos estão sujeitos a muitas das tradicionais fontes de erros, assim, alguns dos
sistemas são construídos para eliminar esses erros sem esforço adicional do
operador.
Nos ângulos verticais o cod f cado “ t ” co g a cl ação do xo v t cal.
- Precisão: esta é em parte uma função do número de graduações dos limbos.
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Os sistemas de codificação estáticos podem ter 20.000 graduações, embora o
dinâmico só tenha 1024.
O Stator roda sobre o Rotor tendo como pivot o eixo da estação total referente ao
limbo donde se pretende obter o valor do ângulo.
- Limpeza: os limbos quando sujos podem impedir a transmissão ou reflexão da
luz, originando erros nas leituras. Enquanto com os ópticos o operador tem
inconvenientes nas leituras, nos electrónicos pode impedir a operação.
- Excentricidade do limbo: os electrónicos podem ser equipados com
compensadores deste erro.
- Variação da graduação: acontece na produção do limbo principal ou no
processo de produção da fotogravação.
Compensação dos erros:
- Observação em locais diametralmente opostos do limbo: para corrigir a
excentricidade do limo podem se obtidas leituras em locais diametralmente
opostos. Nos ópticos as leituras oposta dão origem a uma média.
-Limbos dinâmicos: a compensação para o avanço do limbo é função do sistema
de leitura e do software utilizado.
Valores gravados em ROM: se o limbo tiver um ponto zero absoluto, as
correcções podem ser aplicadas as leituras detectadas pelos sensores antes de
serem apresentadas.
Instrumentos Geodésicos
Outros instrumentos raramente usados em topografia são: WILD T3 e WILD T4.
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O T3 é um teodolito destinado a medição angular de triangulações de 1ª e 2ª
ordem, à medição de deformações de obras, e dos demais trabalhos geodesicos.
Tipos de teodolito
País Marca
Suíça Leica
Alemanha Zeiss
Japão Pentax, Topcon, Sopkkia, Nikon e Ushikata
Suécia Geodimeter
França Scorpio e FENO
China Yaoping China, SELT e XBOE Russia Ural Optical and Mechanical Plant Holanda Horizon Canada PCI
Outros instrumentos
O DKM 3ª somente é somente utilizado em observações astronómicas.
Acessórios
Um acessório é uma peça que esta junto de outro, sem dela fazer parte integrante e
que serve para a complementar. Em topografia todos os acessórios são
importantes, embora o instrumento possa funcionar sem eles, a sua existência
permite tirar maior rendimento do trabalho no campo.
-Tripés – servem para estacionar o aparelho.
-Placas de centragem – usadas para se estacionar sobre os pilares de observação.
-Mira – é uma régua de madeira ou alumínio graduada em m, dm, cm e mm
utilizada para determinar distâncias verticais e horizontais entre pontos.
Tipos de miras
-Miras mudas –aquelas que não dispoem de qualquer graduaçao
-Miras falantes – ao contrario das miras mudas essas dispoem de uma gradução.
-Miras em alvo – permitem visualizar reflectores a distancias consideraveis
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-Miras traço – apresentam codigos legiveis pelo niveis com que trabalhar.
Bandeirolas – são utilizadas para o alinhamento, na medição entre pontos,
quando há necessidade de executar vários lances com o distanciómetro.
Acessórios de luneta: oculares de cotovelo, prisma ocular e filtro ocular.
Agulhas de rectificação: são peças de aço que permitem accionar os parafusos de
ajustamento e rectificação dos níveis, dos parafusos nivelantes e de outros
existentes no instrumento.
Agulhas magnéticas, bússolas e declinatórias: servem para orientar o
instrumento, que dela disponha, pelo azimute magnético.
Arame e corda: de grande utilidade no campo.
Brochas e cal de caiar: servem dar visibilidade à distancias referencias, como os
vértices geodésicos e outros marcos, que haja necessidade de observar.
Cobertura de plástico: para proteger o instrumento das intempéries.
Chaves: De fendas e de orelhas necessárias para ajustamentos.
Caixas de transporte e de viagem: Em geral os instrumentos actuais são
fornecidos em caixas de plástico dispondo de alojamentos que fixam o
instrumento e seus acessórios sem perigo de pancadas em viagem.
Chapéu-de-Sol: Sempre necessário quando faz sol, chove ou venta.
Estacas de madeira ou marcas pré-fabricadas: são sempre necessárias e são
de fácil construção em qualquer estância de madeiras.
Fitas de medir ou métricas: Segundo as normas DIN, as fitas métricas
podem ter, para serviço topográfico, entre 20 e 50m, sendo o erro
admissível em comprimento na posição horizontal e com a tensão de 5kg
uma temperatura de 20°C, de ± 0,001m por 10m de comprimento.
Fio-de-prumo - Serve para centrar o instrumento no ponto de estação.
Filtros: são utilizados para observar com muita luminosidade ou o Sol.
Martelo e podôa: De uso normal e indispensável.
TH
Fig. 245 — Chapéu-de-5
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Níveis de mira: Destina-se a verticalizar a mira falante.
Sapatas de nivelamento: Para a execução de nivelamentos de precisão.
Estadia de Invar: foi um auxiliar indispensável para a medição distâncias
com rigor.
Condições a que deve satisfazer um teodolito
Para que um ângulo seja medido em boas condições, torna-se necessário:
— Que o eixo principal do instrumento, esteja vertical e que esta linha vertical
passe pelo centro do sinal (estação).
— Que o eixo óptico da luneta esteja perpendicular ao seu eixo de báscula ou que
não exista erro de colimação horizontal;
— Que o eixo de báscula esteja horizontal e, portanto, perpendicular ao eixo
principal, isto é, que não exista erro de inclinação.
Condições de construção, são características instrumentais as quais o operador
de topografia, não deve nem pode modificar. Enumeramos as seguintes:
— O eixo principal deve ser perpendicular ao plano do limbo azimutal;
— O eixo de rotação da alidade deve coincidir com o centro do limbo;
— A luneta deve estar centrada, isto é, a perpendicular baixada do centro óptico da
objectiva sobre o eixo de báscula deve encontrar o eixo principal;
— A graduação do limbo deve ser exacta.
Para medição de ângulos verticais
O teodolito também mede ângulos verticais.
Além das condições já enunciadas, há que acrescentar as seguintes:
— O eixo de rotação da luneta deve ser perpendicular ao plano do limbo vertical e
coincidir com o seu centro;
— A graduação do limbo vertical deve ser exacta;
— Quando o eixo óptico da luneta estiver horizontal e o nível de Calagem vertical,
Fig. 251 — Sapata de nivelamento
Fig. 252 - Estádia de Invar c/tripé
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calado, ou quando o pêndulo estiver em repouso, a leitura no limbo vertical deve
ser ou 00º) ou 90°, conforme o instrumento medir ângulos de inclinação o
zenitais.
Rectificação de um teodolito
Verticalização do eixo principal
O eixo principal do instrumento deve coincidir com o centro do sinal e, sendo
assim, será conveniente proceder previamente o estacionamento, a centralização
do instrumento e o nivelamento ou a calagem do aparelho.
A correcção para eliminar o erro residual proveniente da falta de verticalização é
da pela seguinte expressão matemática: , sendo w a inclinação do
eixo dos munhões e z o ângulo de inclinação.
Eliminação do erro de colimação (pontaria)
Erro de colimação é o ângulo que faz o eixo óptico da luneta a perpendicular
baixada do centro óptico da objectiva sobre o eixo báscula.
Sendo o eixo óptico da luneta definido pela linha que une o centro óptico da objectiva
com o cruzamento dos fios do reticulo, para eliminar o erro de colimação bastara
deslocar o cruzamento dos fios do reticulo o bastante para que o eixo óptico fique
perpendicular ao eixo de báscula. O erro de colimação é dado pela seguinte expressão
matemática: c ⟦ ( 00
)⟧
Eliminação do erro de inclinação
Se existir erro de inclinação, o eixo óptico da luneta ao bascular não descreve um
plano vertical mas sim inclinado. O erro de inclinação é dado pela seguinte
expressão matemática: - ( ). Esta rectificação
deve ser feitas após as duas primeiras. Nas duas últimas, o erro residual é
eliminado efectuando pontarias conjugadas sendo na primeira insignificante no
âmbito da topografia.
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Eliminação do erro de calagem zenital
Para eliminar o erro de calagem zenital, terá que se apontar a mesma referencia
numa das posições da luneta e com o parafuso de calagem zenital, que não altera a
posição da luneta, mas modifica a graduação do limbo, marcar a graduação
correspondente a leitura correcta, na posição directa ou na posição inversa. Em
seguida cala-se o nível do limbo vertical, com o seu parafuso de rectificação e a
ajuda de uma agulha de rectificação, uma vez feita esta operação, a leitura do
limbo, feita na posição directa, dar-nos-á sempre a leitura zenital correcta, desde
que se tenha calado o nível anteriormente. O erro de calagem zenital é dado por:
( )
Eliminação do erro de excentricidade da alidade
Consideremos o limbo horizontal do teodolito
Excentricidade é a distância e = cc’ t o c t o do l mbo o po to o po to c’
em redor do qual gira a alidade.
Para eliminar este tipo de erro, a alidade deve estar centrada com um rigor
superior a excentricidade,
Eliminação do erro de excentricidade da alidade por leituras feitas em dois
pontos diametralmente opostos do limbo
Suponhamos que o limbo possui meios de fazer leituras em dois sítios
diametralmente opostos simultaneamente, e que os motivos de excentricidade
co t ua a ão oda m to o do po to C’
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As leituras feitas no limbo são respectivamente LA1 e LA2 para a referência A e
LB1 e LB1 e LB2 para a referência B, ma como o vé t c c’ do â gulo ão coincide
com o centro c do limbo, as diferenças de leituras LB1 – LA1 e LB2 – LA2 no limbo
obtidas, não correspondem ao ângulo medido , mas sim aos ângulos ao centro.
Contudo as leituras feitas nas duas posições instrumentais não eliminaram o erro
de excentricidade flutuante, que se sobrepõe ao primeiro e que sendo motivado
pela folga do eixo de rotação da alidade é variável e só pode por este motivo, ser
anulado por leituras feitas em duas regiões do limbo ao mesmo tempo.
Erros devido a má graduação dos limbos, folgas e laqueios de várias peças,
ajustamento de parafusos
Se o eixo de um limbo não coincidir com o seu centro e o prato não se mantiver
paralelo ao plano do limbo a gravar, acarreta o aparecimento dum certo número de
erros, nomeadamente: periódicos e acidentais, os primeiros só podem ser
eliminados pela existência dum certo número de pontos de leituras regulamente
dispostos em volta da circunferência dói limbo; e os segundos podem ser
atenuados pela utilização de métodos de observação coerentes com teoria dos
erros.
Goniógrafos, Alidade com pranchetas
Goniógrafos – instrumento destinado a traçar direcções.
Um equipamento completo de um goniógrafos, consta do seguinte:
— Uma alidade de pinuals ou óculo, ou
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— Uma alidade com distanciómetro acoplado;
— Um tripé, em geral mais baixa que os dos teodolitos, para permitir ao operador
de pé, desenhar na prancheta.
— Um joelho que se pode fixar a um tripé, por intermédio de um parafuso de mola.
— Uma prancheta quadrada ou rectangular, com cerca de 50cm de lado, é dobre a
prancheta que se coloca o papel de desenho.
— Um nível tubular destinado a horizontalizar a prancheta.
— Um compasso de espessura com prumo, destinado a fazer o ajustamento dum
ponto da prancheta com seu homologa do terreno.
— Uma declinatória, destinada a marcar no desenho a direcção Norte-Sul
magnético.
— Uma calculadora electrónica, se destinava a calcular as reduções das distâncias
e as correcções de esfericidade e de refracção;
— Uma mira ou um reflector para o distanciómetro.
Colocação em estação
Toda a aparelhagem dum goniógrafo está em geral organizada do seguinte modo: 1
tripé, 1 prancheta e 1 caixa contendo a alidade e os restantes acessórios.
Ao estacionar, começa-se por fixar o joelho ao tripé por intermédio do seu
parafuso com mola, em seguida coloca-se a prancheta sobre o joelho ao se fixa com
os três parafusos apropriados.
Reconhecimento topocartográfico
Actualmente operações dispendiosas e pouco interessantes na óptica dos
operadores de campo. Trata-se de inscrever em fotografias aéreas ou suas
ampliações ou em matrizes restituídas, sem reconhecimento prévio, a verdade-
terreno que os operadores de Fotogrametria não podem ver.
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Instrumentos utilizados no nivelamento directo
Tipos: os instrumentos destinados a execução do nivelamento geométrico são: os
níveis, podendo ser classificados em: níveis de pêndulo, níveis de água e níveis de
luneta.
Níveis de água: os níveis de água foram utilizados durante muitos anos em
trabalhos de terraplanagem e utilizam o princípio de vasos comunicantes.
Níveis de luneta: são instrumentos cujos órgãos essenciais são um nível em toro
ou um pêndulo e uma luneta, são utilizados no nivelamento directo.
Níveis de construção: estes apresentam o nível de bolha de ar ou seu pêndulo,
menos sensível e portanto rigorosa.
Níveis de engenheiro: é um nível de bolha de ar cm pêndulo, permite obter media
precisão nos trabalhos que é utilizado como nas estradas e os trabalhos públicos.
Normalmente, dispõe de pequenos movimentos verticais para facilitar a pontaria e
o nivelamento, garante um desvio de ± 1,0 mm para o percurso de 1Km de
nivelamento contra nivelamento.
Níveis de precisão: estes instrumentos face ao trabalho e a precisao lhe é exigida,
no sitam de uma mira especial e de uso de sapatas de mira de nivelamento.
Níveis de traço ou de código
Recentemente aparecem, provenientes de várias firmas construtoras deste tipo de
níveis os quais em vez de utilizarem a mira falante clássica substituíram por uma
régua também com 2 a 3m de altura
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Conclusão
Terminada a abordagem dos instrumentos topográficos importa realçar aqui que
constatei que:
A topografia é uma área que dispõe muitos dos instrumentos, isto é, qualquer que
seja o trabalho topográfico o operador de topografia ou simplesmente o topógrafo,
usa esses instrumentos como auxilio para realizar os seus trabalhos de campo.
Esses instrumentos são diversos, dos quais podemos nomear alguns deles de
maior uso em trabalhos topográficos: teodolito, nível, entre outros. Esses
instrumentos são específicos para cada tipo de trabalho, pós cada trabalho de
campo tem aplicação de um instrumento diferente, isto é, a escolha do aparelho
depende da precisão do aparelho e do tipo de trabalho a realizar. Constatei
também que o teodolito é um goniógrafo.