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suficiência hepática fulmina Dra. Elisa de Carvalho/Chefe da Unidade de Pediattria do Hospital de Base de Brasília www.paulomargotto.com.br 8/4/2008

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Insuficiência hepática fulminante

Dra. Elisa de Carvalho/Chefe da Unidade de Pediattria do Hospital de Base de Brasília

www.paulomargotto.com.br 8/4/2008

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Importância

Alta mortalidade (70%)

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Definição

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Ausência de doença hepática prévia

Encefalopatia (8 semanas)

Definição1970 (Trey & Davidson)

Dano hepatocelular maciço

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Definição

Quadro multissistêmico em que ocorre insuficiência hepática grave, com ou sem encefalopatia, em

associação com necrose hepatocelular em pacientes sem doença hepática crônica reconhecida

previamente.

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Classificação

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Classificação

Hiperaguda

Aguda

Subaguda

IntervaloI-E (dias)

Edema cerebral Prognóstico EtiologiaInsuficiência

hepática

< 7

8-28

>28

+++

++

+

Melhor

Pior

Grave

Vírus

Tóxica

?

O’Grady, 1993 - Londres

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Função hepática: capacidade de síntese

Albumina

Vida média:

21 dias

Fatores de coagulação

Vida média:

Horas

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Classificação

Aguda grave

IH Fulminante

TAP% EH Tempo:S - EHIH

< 50

< 50

ausente

presente Até 15 dias

IH Subfulminate < 50 presente 16 a 90 dias

Bernuau - Paris

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Quais as etiologias da IHF na faixa etária pediátrica?

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Vírus: herpes, echovírus, adenovírus, coxackie, Epstein-Barr, citomegalovírus, vírus da hepatite B.

Doença genético-metabólica: galactosemia, tirosinemia, frutosemia, síndrome de Zellweger, hemocromatose neonatal, deficiência de alfa-1-antitripsina, defeitos na síntese de ácido biliar.

Insuficiência vascular: cardiopatia congênita, asfixia neonatal severa, cirurgia cardíaca, miocardite.

Outras: hepatite neonatal idiopática, linfohistiocitose eritrofagocítica familiar.

Recém-nascido

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Vírus: vírus da hepatites A, B, C, D, E, não-A não-G, Epstein-Barr, citomegalovírus e herpes.

Fármacos e toxinas: valproato, paracetamol, isoniazida, halotano, Amanita phalloides, fósforo.

Doença metabólica: frutosemia.

Insuficiência vascular: cardiopatia congênita, cirurgia cardíaca, miocardite.

Outros: leucemia aguda, síndrome de Reye, sepse.

Lactentes

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Vírus: hepatites A, B, C, D, E, não-A , não-B, não-C, Epstein-Barr, citomegalovírus e herpes.

Fármacos e toxinas: valproato, paracetamol, isoniazida, halotano, Amanita phalloides, fósforo.

Insuficiência vascular: cardiopatia congênita, cirurgia cardíaca, miocardite e síndrome de Budd-Chiari.

Outros: leucemia aguda, Síndrome de Reye, hepatite auto-imune.

Pré-escolar e escolar

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Vírus: hepatites A, B, C, D, E, não-A não-G, Epstein-Barr, citomegalovírus e herpes.

Fármacos e toxinas: valproato, paracetamol, isoniazida, halotano, Amanita phalloides, fósforo.

Doença metabólica: Doença de Wilson e esteatose aguda da gravidez.

Insuficiência vascular: cardiopatia congênita, cirurgia cardíaca, miocardite e síndrome de Budd-Chiari.

Outros: leucemia aguda, síndrome de Reye, hepatite auto-imune.

Adolescentes

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Mais comuns

Hepatite viral (80% dos casos em pediatria)

Intoxicação por paracetamol

Doença hepática genético-metabólica

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Vírus: IHF

VHB: 0,5 a 1,0% dos casos

Brasil: VHB 12,2% dos casos de IHF em crianças Mortalidade: 40% (Moreira-Silva, 1998)

VHA: 0,1 a 0,4% dos casos

Brasil: VHA 73,1% dos casos de IHF em crianças

Mortalidade: 43,3% (Moreira-Silva, 1998)

Hepatite: não-A-G

Principal causa em países desenvolvidos

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Vírus não-hepatotrópicos: IHF

Sistema imunológico

Recém-nascidos

Lactentes

Imunodeprimidos

ImaturoDeprimido

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Hepatite auto-imuneDoença de Wilson

Crianças maiores

GalactosemiaTirosinemiaFrutosemia

Hemocromatose

Crianças menores

IHF: outras causas

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Quadro clínico

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Encefalopatia

Complicações:

Edema cerebralCoagulopatia

Distúrbios metabólicosAlterações renais

Infecção

Quadro clínico

Falência de múltiplos órgãos

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Quadro laboratorial

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Exames diagnósticos: inespecíficos

Hematologia: Hemograma, TP, TTP, fator V ou VII, TS.

Bioquímica: ALT, AST, BTF, PTF, uréia, creatinina, cálcio, fósforo, amônia, lactato, gasometria, glicemia.

Pesquisa de infecção.

Radiologia: Rx de tórax, ecografia de abdome, TC ou RM.

EEG: lentificação do traçado, com posterior aparecimentos de ondas trifásicas.

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Exames diagnósticos: específicos

Sorologias

Cobre, ceruloplasmina

Auto-anticorpos

Níveis de paracetamol

Pesquisa de SRU

Ácidos orgânicos na urina

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Histologia hepática

- Vírus, drogas, insuficiência vascular

- aminotransferases e bilirrubinas

- Doenças metabólicas: galactosemia, tirosinemia e frutosemia

- Drogas

- Níveis menos elevados das aminotransferases e bilirrubinas

Necrose

Esteatose

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Histopatologia hepática

Específicos: Doença de Wilson

Síndrome de Budd-Chiari

Infiltração neoplásica

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Fisiopatologia

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IH: necrose X regeneração hepática

Regeneração hepática

Expressão hepática diminuída do receptor do HGF

sangue periférico:TNF-α

IL-6Óxido nítrico

HGF

sangue periférico:IL-1

TGF-βGABA

Outros inibidores

+ -

-

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Insuficiência hepática

Produtos sintetizados pelo fígado

Produtos metabolizados pelo fígado.

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Insuficiência hepática

Produtos sintetizados pelo fígado

Produtos metabolizados pelo fígado.

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Amônia

Desaminação hepáticados aa

Degradação dauréia por bactérias

do cólon

Síntese da uréia

Síntese da glutamina

Hepatócitos peri-portais:

Amônia uréia urinaSistema: pouca afinidade

alta capacidade

Hepatócitos perivenularesAmônia glutamina Sistema: alta afinidade

baixa capacidade

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Encefalopatia hepática

TOXINAS

SPS

Disfunção hepática

Neurotransmissão

NH3

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Edema cerebral

Volume dos astrócitos

Alterações de regulação do fluxo sangüíneo cerebral

Astrócitos:

Amônia glutamina

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Múltiplos órgãos

Multifatorial

+ NH3

AN N

CE

Comunicação intercelular alterada

Falsos neurotransmissoresEncefalopatia:Processo

multifatorial

Amônia uréia

Amônia glutamina

Uréia amônia

Glutamina amônia

Amônia glutamina

Efeitos em diferentes sistemas

neurotransmissores

Efeito deletério na função cerebral

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Benzodiazepínicos naturaisÁcido gama-aminobutírico (GABA)

GlutaminaÁcidos graxos de cadeia curta

MercaptanosOctopamina

Aminoácidos aromáticos

Encefalopatia hepática

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AstrócitoPTBR

Neuroesteróides

Amônia

BZD endógeno

Neurônio

GABAGABAA receptor

Encefalopatia hepática

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Complicações

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Complicação: hipoglicemia

Importante: pode contribuir para a depressão do SNC

Mecanismos:

Falta de síntese e liberação hepática

Hiperinsulinemia (falta de degradação hepática)

Aumento da utilização da glicose (metabolismo anaeróbico)

Infecção bacteriana associada

Infusão de glicose hipertônica

Monitorização de glicose

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Trombocitopenia

CIVD

Coagulopatia

Síntese dos fatores da coagulação

(I, II, V, VII, IX, X)

Transtorno grave da hemostasia

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Coagulopatia

Um dos fatores prognósticos de maior utilidade

Correção:

Sintomas

Mortalidade:

90%: INR > 4,0

100%: INR > 6,0

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HDA

Protetor gástrico:Ranitidina

Manter pH gástrico: > 5

Evitar

Fator de descompensação

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Agravam a evolução clínica e o prognóstico

Infecções

infecção: bacterianas+++ e fúngicas+

Procedimentos invasivos

Alterações do sistema imunitário

- Disfunção das células de kupffer e leucócitos

- Redução da concentração de complemento

- Translocação bacteriana

Vigilância clínica e laboratorial

Antibióticos de largo espectro

Profilaxia: coma grau III

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Alterações hemodinâmicas, pulmonares e do transporte do O2

da resistência vascular sistêmica

Óxido nítrico

débito cardíaco (circulação hiperdinâmica)

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Alterações hemodinâmicas, pulmonares e do transporte do O2

Extração tissular do O2

Hipóxia tissular

Ácido lático

SARAPneumonia

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Circulação

renal

Vasodilatação

Disfunção renal

Vasoconstrição

NTA

IRA funcional

InfecçãoHipóxiaChoqueDrogas

Prognóstico

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Alterações metabólicas

Hipoglicemia

Hiponatremia

Hipofosfatemia

Hipercalemia

Hipocalcemia

Hipomagnesemia

Fase inicial:

Hiperventilação

Alcalose respiratória

Fase avançada:

Acidose metabólica

Hidroeletrolíticas

Ácido-básicas

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IHF

Complicações:CoagulopatiaDistúrbios metabólicosAlterações renais CardiorespiratóriasImunológicas

Insuficiência hepática

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Tratamento

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TGP (ALT), TGO (AST)

GGT, FA, BTF

PTF, TAP

Critério para internação

Avaliar:Inflamação/necrose

ColestaseFunção

TAP < 50%: considerar internação

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Recuperação da função hepática

ouTx hepático

Encefalopatia hepática: UTI

Ideal: centro de referência para transplante

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Dieta

Restrição protéica

Metabólitos do nitrogênio

Nutrição enteral: 1 gr de proteínas/kg/dia

Aminoácidos de cadeia ramificada

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Lactulose

Lactulose: 1 a 2 ml/kg a cada 4 a 6 horasObjetivo: três a quatro evacuações/dia

Contra-indicado: galactosemia

Excreção fecal de

nitrogênio.

Nitrogênio que atinge o

fluxo sanguíneo

portal.

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Antibiótico: redução da flora intestinal

Metronidazol: 15 a 20 mg/kg/dia (três a quatro doses)

Neomicina: 50 a 100 mg/kg/dia (quatro doses)

BACTÉRIA

Uréia Amônia

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Se necessário (ventilação):

Barbitúricos de ação curta ou opiáceos

Sedação: evitar

Indicada apenas se a agitação estiver comprometendo o resultado do tratamento

Ácido gama-aminobutírico (GABA): neuroinibidor Sensibilidade aos benzodiazepínicos

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Flumazenil:Antagonistas dos receptores dos benzodiazepínicos

Encefalopatia

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Objetivo: PIC < 20mmHg

PPC > 50mmHg

Edema cerebral:tratamento

Infusão hídrica: 75% da manutenção normal

Cabeceira elevada (30˚)PIC > 30mmHg: ventilação mecânica pCO2: 25-30mmHg

Manitol (EV): 0,5 a 1g/kg/dose a cada 2 a 6 horas

Pentobarbital (EV - se necessário): 3 a 5mg/kg/dose

Principal causa de óbito

na IHF

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Tratamento: edema cerebral

Ambiente calmo

Evitar: procedimentos invasivos e dolorosos desnecessários

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Tecido cerebral

(70%)

Sangue (5%)CSF

(25%)

Pressão intracraniana

PIC

Volume cerebral

Evitar manipulação excessiva e flexão do pescoço para não alterar a drenagem venosa cerebral.

Recomendado: ventilação antes de indícios do edema cerebral, pelo risco de aumentar a PIC com a entubação.

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Transplante hepático ortotópico

Sobrevida: 60 a 70%Mortalidade: 70%

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Transplante hepático: dificuldades

Realidade brasileira

Indicação

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Transplante hepático: indicação

Pacientes com possibilidade de recuperação espontânea: tx pode e DEVE ser evitado.

Pacientes com mal prognóstico, em

situação de extrema gravidade, porém

com contra-indicação de tx.: dano cerebral

irreversível ou falência de múltiplos

órgãos.

Pacientes com critérios de mal

prognóstico: sobrevida depende

do Tx.

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Transplante hepático: melhor momento

Coma grau 1

Coma grau 2

Coma grau 4

Coma grau 3

? ?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

?

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Intoxicação por paracetamol (acetaminofen)

1. pH < 7.3 ou

2. Tempo de protrombina > 100 s (6,5 INR) e

Creatinina sérica > 3,4 mg/dl (300mmol/L)

Outras causas (hepatite viral e outra drogas):

1. Tempo de protrombina maior que 100 s (6,5 INR)

2. Ou três dos seguintes dados:

a)Tempo de protrombina > 50 s (TAP<10% - 3,5 INR)

b) Intervalo de tempo (icterícia – HE): > 7 dias

c) Etiologia indeterminada ou tóxica

d) Idade: < 10 anos ou > 40 anos

c) Bilirrubina > 17,6 mg/dl.

Critérios prognósticos: O’Grady (King’s College)

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- Fator V < 20% e idade < 30 anos

- Fator V < 30% e idade > 30 anos

Critérios prognósticos: França

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Outras opções de tratamento

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Outras opções de tratamento

Tx auxiliar: enxerto parcial em posição heterotópica

Fígado bioartificial

Transplante de hepatócitos

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Albumina livre

Toxina ligada à albumina

Sangue DialisadoMembrana

(MARS)

Baixo e médio peso molecular (solúvel em água)

Diálise: MARS

(Mitzner et al, 2000)

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Insuficiência hepática fulminante: tratamento

EspecíficoInespecífico

EtiologiaMedidas de

suporte

Tx hepáticoRecuperação

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IHFDoença de Wilson:

Transplante

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Tóxica: acetaminofen

N-acetilcisteína

70mg/Kg – 4/4 horas

Atualmente: independente da etiologia

Ação favorável sobre a oxigenação tissular

Maior risco:

> 15g, < idade, álcool.

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Hepatite auto-imune

Imunossupressão