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Inteligência Competitiva x Bibliotecário: as novas demandas nas Unidades de Informação Por: Luciana de Souza Castro Orientador Nelsom de Magalhães Co-Orientador Marcelo Maciel Pereira Rio de Janeiro 2004 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

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Inteligência Competitiva x Bibliotecário: as novas demandas nas Unidades de

Informação

Por: Luciana de Souza Castro

Orientador

Nelsom de Magalhães

Co-Orientador

Marcelo Maciel Pereira

Rio de Janeiro 2004

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Inteligência Competitiva x Bibliotecário:

as novas demandas nas Unidades de Informação

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato

Sensu” em Gestão Estratégica e Qualidade.

Por: Luciana de Souza Castro.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, à Deus pela vida e pelas oportunidades;

A minha família, pelo amor, carinho e certeza em minha vida;

Aos meus professores pela informação, e em especial ao Professor

Marcelo Maciel pelo apoio neste trabalho;

Aos colegas de turma;

Aos meus amigos por estar sempre por perto, e a alguns em especial

pois de alguma forma me apoiaram e me estimularam, com a troca de

idéias e de experiências e talvez sem saber, foram o principal alicerce

para este trabalho:

Emilia Corrêa Valladão Ilva Pereira Lima Backer Ledir Luciana Henley Luiz Coelho Lucimar Gonçalves da Costa Edna Hortência Jane Vitória de Queiroz Guzman Sidnei Carvalho Adriana C. S. Castro

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“A maior exigência para a gestão do século XXI é incrementar a

produtividade do conhecimento e dos trabalhadores do conhecimento”

Peter F. Drucker

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RESUMO

No presente trabalho buscou-se analisar a temática Inteligência Competitiva

(IC) relacionando-a à área da Ciência da Informação/Biblioteconomia e

Documentação, com a intenção de avaliar a atuação do profissional

Bibliotecário nos aspectos relacionados à IC. As mudanças ocorridas no

perfil do profissional para sua atuação no mercado cada vez mais

competitivo, estando contextualizado num ambiente de mudanças

provocadas pelas “Novas Tecnologias da Informação” e o mercado mundial

Globalizado.

Em um primeiro momento foram identificados fatos históricos de mudanças

ocorridas na sociedade, incluindo as novas invenções tecnológicas, a

Internet, o processo de globalização, o mercado competitivo e a demanda

por informação com objetivos estratégicos pelas Organizações.

Em um segundo momento foi abordado o processo de Inteligência

Competitiva, seu conceito e terminologias, suas técnicas e objetivos e o

cenário em que ela se firma como necessária dentro das organizações.

Em um terceiro momento foram analisadas as mudanças no perfil do

Bibliotecário, decorrentes das exigências do novo mercado, transformado

pela utilização de novas tecnologias e o processo de Globalização, os novos

paradigmas e a necessidade de informação para fins competitivos, as novas

competências pessoais e profissionais que foram abordadas pela literatura

da área. Por fim o papel do Bibliotecário no processo de Inteligência

Competitiva.

Palavras-Chave: Inteligência Competitiva - Profissional Bibliotecário, Novas

tecnologias da Informação, Globalização, Perfil Profissional – mudanças.

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METODOLOGIA

A metodologia baseou-se fundamentalmente em levantamento bibliográfico

em bases de dados e Internet, com foco nas publicações da área de

Biblioteconomia e documentação / Ciência da Informação.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

UM BREVE HISTÓRICO DA MUDANÇA 10

CAPÍTULO II

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA 15

CAPÍTULO III

AS NOVAS DEMANDAS DE INFORMAÇÃO DEFININDO UM NOVO PERFIL PROFISSIONAL

25

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

ANEXOS 39

ÍNDICE 51

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INTRODUÇÃO

O trabalho tem como objetivo analisar a atuação do bibliotecário frente às

novas demandas de informação com foco na Inteligência Competitiva, e a

necessidade de um novo perfil profissional que corresponda as exigências

de mercado em transformação.

No primeiro capitulo será feito um breve histórico da mudança,

principalmente na metade do século XX, com o processo de

desenvolvimento de novas tecnologias e a invenção da Internet e, em

conseqüência disso, o processo de globalização. Este processo impôs um

novo rumo econômico e transformou o conhecimento em um bem dentro das

organizações. A informação organizada passou a ser utilizada como

instrumento competitivo, fundamental para atuação e sucesso das

organizações.

A Globalização levou a sociedade para um novo caminho, mais competitivo,

mais veloz, sem limites e sem fronteiras.

Novas áreas surgiram e com elas novas demandas por serviços na área da

informação.

O segundo capítulo abordará a Inteligência competitiva - considerada como

uma das principais respostas a demanda de informação pelas organizações

- suas técnicas e métodos para monitoramento de ambientes, controle da

informação para fins estratégicos e competitivos e para tomada de decisão.

As organizações passaram a utilizar a informação como diferencial

competitivo, que, com a globalização, passou a ser fundamental para

participação no mercado. A adoção de novas ferramentas para na coleta,

análise e disseminação da informação, abriu para o profissional bibliotecário

uma nova opção de atuação no mercado. Muitas dessas ferramentas são

utilizadas pelos Bibliotecários nas Unidades de Informação (Bibliotecas,

Centros de Documentação etc.) logo, como esses profissionais podem

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participar do processo de Inteligência competitiva.

“As bibliotecas e por sua vez os bibliotecários passam por algumas fases em relação ao uso de tecnologia de informações .Tradicionalmente e até à primeira década deste século, uma biblioteca consistia num estoque de documentos, de mecanismos, metodologias e tecnologia para pesquisar recuperar e localizar fisicamente os documentos relevantes que ainda não podiam ser acessados. A partir da segunda metade deste século, começa a surgir o conceito de informação, separada de seu suporte tradicional, dando origem à chamada Ciência da Informação que evolui da documentação tradicional e começava a buscar um corpo teórico que desse conta de explicar o fenômeno informação nos seus aspectos mais amplos.” (Nascimento, [1999], p 1)

No novo cenário se observam modificações no perfil do bibliotecário, o seu

trabalho se vê modificado pelas novas tecnologias e pelas novas técnicas de

gerencia. A necessidade de dominar sistemas de informação o leva a uma

competitividade intensa e a uma atualização constante. (Allendez Sullivan,

2004, p. 91)

O terceiro capítulo aborda o novo perfil do profissional Bibliotecário, suas

competências pessoais e profissionais, e a Inteligência Competitiva como

um novo mercado de trabalho a ser explorado por este profissional.

Mudar o perfil foi fundamental para a adequação do profissional bibliotecário

às novas exigências do mercado, modificado pelas novas tecnologias e pela

globalização.

A tecnologia, o computador, a Internet proporcionaram toda essa mudança,

cabendo ao bibliotecário acompanhar e aceitar essa mudança como

“parceria”. O computador é instrumento fundamental para o

desenvolvimento da biblioteconomia, e a Internet ampliou o atendimento ao

usuário. A utilização da informação como competitividade pelas

organizações, abriu ao bibliotecário mais um espaço no mercado.

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CAPÍTULO I

Um breve histórico da mudança

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A Informação esteve presente em fatos importantes para o crescimento e

desenvolvimento da sociedade como um todo, entre estes fatos podemos

citar: as Grandes Descobertas Marítimas (1400), a invenção da imprensa

(1400), a Revolução Industrial com a Invenção da máquina a vapor (1800),

Primeira e Segunda Guerras Mundiais (a partir daí o desenvolvimento foi

muito rápido, em função do avanço tecnológico), Aplicação do transistor

(1950) e outros não menos importantes. O presente trabalho terá como

referência o séc. XX, com a “Revolução da Tecnologia da Informação” e a

consagração da “Sociedade da Informação”.

Dando um grande salto chegamos na metade do século XX, no Vale do

Silício, décadas de 1940 à de 1960 onde ocorreram os primeiros estágios da

indústria eletrônica, e nos anos 70 o grande progresso tecnológico, podendo

também ser relacionado a cultura da liberdade, inovação industrial e

iniciativa empreendedora oriunda da cultura dos Campi Norte-americanos da

década de 1960. Houve uma explosão de novas tecnologias da informação

que geraram outras novas tecnologias. Em meio a esta revolução

tecnológica com o objetivo de impedir a destruição de seus sistemas de

comunicação pelos soviéticos, em caso de guerra nuclear, origina-se a

Internet por Tecnólogos da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do

Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DARPA),.

“A ARPANET, rede estabelecida pelo DARPA, tornou-se a base de uma rede de comunicação horizontal global composta de milhares de computadores (...) Essa rede foi apropriada por indivíduos e grupos do mundo inteiro e com todos os objetivos, bem diferentes das preocupações de uma extinta Guerra Fria (...) a sociedade pôde entrar num processo acelerado de modernização tecnológica capaz de mudar o destino das economias, do poder militar e do bem-estar social em poucos anos.” (CASTELLS, 2002, p.44)

O processo de desenvolvimento de novas tecnologias é cíclico e está

sempre se renovando e criando outros mais modernos, mais velozes e mais

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potentes para substituir os anteriores ou apenas somar mais uma nova

tecnologia. Para Castells (2003, p.67) “O século XX se caracteriza pela

transformação da cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma

tecnológico que se organiza em torno da Tecnologia da Informação”

CICLO DE NOVAS TECNOLOGIAS:

- Figura 1- Ciclo de novas tecnologias (Sugestão da autora)

Podemos citar como exemplos de novas tecnologias: a microeletrônica,

Computação (software e hardware), Telecomunicações/radiodifusão, Redes.

“O processo atual de transformação tecnológica expande-se exponencialmente em razão de sua capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida. Vivemos em

NOVAS

TECNOLOGIAS

NOVAS FORMAS DE

DISPONIBILIZAR

INFORMAÇÃO

NOVAS

DEMANDAS DE

INFORMAÇÃO

NOVOS SERVIÇOS

INFORMAÇÃO

CONHECIMENTO

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um mundo que segundo Nicholas Negroponte, se tornou digital.” (Castells, 2003,p.68)

As novas tecnologias se tornaram ferramentas fundamentais para o

desenvolvimento do trabalho, dos relacionamentos de negócios ou entre

pessoas, da automação de serviços: em bibliotecas, empresas, instituições,

hospitais, o uso doméstico, em fim todos os processos hoje estão de uma

certa forma utilizando tecnologias diferentes. O mundo está interligado por

redes de computadores e muitas vezes a troca de informação é feita em

tempo real, é a globalização moderna (rápida, dinâmica, virtual, etc.).

“A globalização provém, portanto, de um processo onde a combinação da tecnologia dos satélites, fibras óticas. Microprocessadores e Internet entre outras, ligou o mundo a um sistema unificado de conhecimento. Teoricamente, a junção destes fatores implicaria na redução da precisão da informação e também numa economia realmente globalizada, uma vez que pela primeira vez seria possível compartilhar informações de modo instantâneo em todo o planeta.” (SILVA, 2002,P.23)

A Globalização não será abordada com base em um conceito, pois os

encontrados na literatura pesquisada aparecem com várias definições.

Existem divergências entre os teóricos que discutem os conceitos da

Sociedade da Informação e da globalização. Admite-se facilmente que a

convergência entre a invenção do computador e o desenvolvimento das

telecomunicações foram detonadores de uma reorganização profunda dos

sistemas sociais em virtude da rapidez e do encurtamento das distâncias.

Mas para efeito explicativo citarei a definição dada por Aurélio Buarque de

Holanda (1999, p.991) é “Ato ou efeito de globalizar; Processo típico da

Segunda metade do século XX que conduz a crescente integração das

economias e das sociedades dos vários países esp. no que toca à produção

de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros e à difusão de

informações: as novas tecnologias de comunicação e de processamento de

dados contribuíram enormemente para a globalização”

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A globalização teve um impacto econômico-financeiro, refletindo mudanças

políticas, tecnológicas e culturais. Segundo Silva (2002, p.24) algumas das

conseqüências do efeito da globalização amplamente discutidas na

literatura, assinalam que a reformulação do conceito de trabalho e o

surgimento mesmo dos “profissionais da informação”, a flexibilização da

produção e um novo desenho de organização menos sistemática, estão

calcados sobretudo nas redes e no conceito de polaridade da “aldeia global”.

“A produtividade e a competitividade na produção informacional baseia-se na geração de conhecimentos e no processamento de dados. A geração de conhecimento e a capacidade tecnológica são as ferramentas fundamentais para a concorrência entre empresas, organizações e todos os tipos e, por fim, países.” (Castells, 2003, p. 165)

A utilização do tema Inteligência Competitiva não é um fato novo, foi

amplamente utilizada pelas forças armadas e depois pelo Estado. Surgiu

durante a década de 50 na Europa para auxiliar na reconstrução dos países

europeus, e neste mesmo período passou a ser adotado pelo Japão com os

mesmos objetivos. Sua discussão nos Estados Unidos teve início durante

na década de 80 com o fim da “guerra fria” por agentes da Agencia central

de Inteligência (CIA), que passaram a dar consultoria para as empresas

americanas. No Brasil a discussão teve inicio na década de 90. (Marciel,

2004, p.1)

O uso da informação organizada como instrumento competitivo, destacou a

demanda nas organizações por Inteligência Competitiva e agregou outro

valor à informação armazenada nas Unidades de Informação. Abordaremos

no próximo capítulo em linhas gerais a INTELIGENCIA COMPETITIVA – IC

seus métodos e técnicas.

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CAPÍTULO II

Inteligência Competitiva

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Competitividade, competição, ser competitivo, hipercompetição,

hiperinformação, parecem ser palavras de ordem neste novo ambiente

Globalizado, onde a incerteza é uma constante e para atuar e ter sucesso

as Organizações se reestruturaram e mudaram a forma de tratamento da

informação. Seja ela interna ou externa precisa estar sempre pronta para

ser utilizada. Analisar ambientes faz parte da administração estratégica, e já

está estruturada em algumas empresas, mas disponibilizar informação para

a analise é função do processo de Inteligência Competitiva – IC. Tarapanoff

(2001, p.45) “(...) aborda a IC como uma nova ferramenta para gestar a

informação, uma síntese teórica no tratamento da informação para a tomada

de decisão, uma metodologia que permite o monitoramento informacional da

ambiência e, quando sistematizado e analisado, a tomada de decisão”

Inteligência competitiva – IC, é definida pela Society of Competitive

Intelligence Professionals - SCIP como “um programa sistemático e ético de

coleta, análise e gerenciamento da informação externa que pode afetar os

planos de sua empresa, decisões e operações”. A ABRAIC – Associação

Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva, define a atividade de

Inteligência com o objetivo de manter ou aumentar a competitividade das

organizações, entendendo atividade de Inteligência como uma atividade

especializada permanentemente exercida, com o objetivo de manter ou

aumentar a competitividade das organizações. Produzindo Inteligência, e

Informação para tomada de decisão.

O Cenário atual é de mudanças, transformações, dinamismos e incertezas

crescentes; neste cenário não há espaço para erros. A IC firma-se como

condição cine qua non à sobrevivência da organização como ferramenta

para a gestão da inovação tecnológica e instrumento para tomada de

decisão sendo uma forma de agregar valor à função de informação.

São várias as terminologias utilizadas para identificar a IC, no BRASIL:

Inteligência Competitiva, Inteligência Empresarial, Inteligência de Marketing

e Gestão Estratégica do Conhecimento. Na FRANÇA: Veille Technologique,

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Inetlligence Économique, Intelligence Concurrentille, Information

Économique e nos EUA: Competitive Inteligence, Business Intelligence,

Competitor Intelligence. (Bastos, 2004, p.2)

O processo de IC mostrado na figura 2, consiste na coleta, tratamento,

análise, disseminação e utilização da informação, visando: tomar decisões

adequadas e seguras, prever mudanças estruturais, prevenir surpresas

tecnológicas, melhorar a perspectiva da capacidade da organização e

monitorar ambientes interno e externo. É um processo cíclico e que

necessita de atualização constante.

Figura 2 – Ciclo da Inteligência Competitiva (Pereira, 2003, p.31)

Para análise dos ambientes interno e externo o processo de inteligência

competitiva dispõe de métodos e técnicas específicas para estudar qualquer

coisa que possa tornar a organização mais competitiva e ocupar uma

Planejamento coordenação

Coleta Processamento

Gestão

Análise Disseminação

Utilização

2-.Criando a base conhecimento

1- Identificando fatores críticos de sucesso

5- Avaliando o sistema

3- Transformando a informação em Inteligência

4- Difundindo a informação para decidir e agir

Usuários de IC e tomadores de decisão Outros

usuários

Necessidades

O sistema de IC

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posição melhor no mercado. São elas:

· Forças de Porter

As Cinco Forças de Porter, permitem a percepção de fatores

essenciais para a definição do planejamento estratégico das

empresas, tais como seu contexto de atuação, o processo de

competição, o posicionamento de concorrentes, as estratégicas

setoriais, a movimentação de mercado. Auxiliam na definição de

estratégia da empresa, considerando o ambiente interno e externo.

Seu objetivo principal consiste na manobra estratégica, esclarece

quais as posições a serem tomadas diante das forças que agem

contra os interesses da empresa e quais são as posições que devem

ser reforçadas, pois terão forças aliadas na sua atuação. Tendo como

objetivos específicos: Indicar os fatores críticos para o bom

desempenho da indústria; permitir o monitoramento do mercado,

oferecendo condições para melhorar a rentabilidade da indústria;

Apontar a movimentação estratégica de concorrentes, dando

condições para que a empresa se antecipe ou se prepare para um

reposicionamento; fornecer uma visão clara da estrutura da indústria,

facilitando o acompanhamento dos seus processos, das atividades e

do seu desempenho; Criar condições para que a empresa elabore

uma posição estratégica favorável. (Cornier, 2001, p.169 ). As Cinco

Forças de Porter são:

Þ Poder de negociação dos fornecedores – é a análise do relacionamento entre a empresa e os seus fornecedores. “Auxiliam quando existe a possibilidade de estabelecer parcerias entre fornecedores e empresas, em que os primeiros irão influenciar positivamente alguns processos de suas parcerias, como a rapidez na entrega de produtos e serviços, garantia, assistência pós-venda e qualidade.”. Þ Ameaça de novos entrantes – é o monitoramento da concorrência. “Conhecer quem está fazendo parte do jogo e como vai aplicar as regras em sua equipe é um desafio para quem está no mercado” esses concorrentes podem ser: cautelosos, seletivos, arrojados, imprevisíveis. Þ Poder de negociação dos compradores – “Os

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compradores precisam estar dispostos a pagar um preço por um produto acima do seu custo de produção, ou uma indústria não sobreviverá a longo prazo” (Porter apud Cornier, 2002, p.171). Para assegurar sua posição e criar vantagem competitiva para seus compradores, as empresas tem dois caminhos a seguir: criar diferenciação pelo custo e melhorar o desempenho do comprador. Þ Ameaça de serviços ou produtos substitutos – é a principal variável que define os preços no mercado, no entanto, a qualidade dos produtos determinará a opção final do comprador. Neste caso cabe a empresa ou usuários escolher a opção que se ajuste às suas necessidades. “No âmbito dos serviços, a ameaça de substitutos também está presente. A biblioteca tradicional fornece aos seus usuários serviços de pesquisa em seus acervos. A Internet pode ser considerada o serviço substituto, concorrente daqueles oferecidos pelas bibliotecas” Þ Rivalidade entre empresas existentes – é uma “movimentação dinâmica do mercado que envolve todos os processos estratégicos e alimenta constantemente a criatividade dos empreendedores as quais lançam mão de inúmeras técnicas, ferramentas, instrumentos de gestão para conseguir um lugar de destaque entre a preferência dos clientes desde a reengenharia, ao benchmarking, à inteligência competitiva, ou então, as forças de Porter (...) O diferencial competitivo entre empresas está em saber aproveitar as oportunidades que aparecem com mais rapidez do que a concorrência, ou seja, saber interpretar os sinais do mercado e revertê-los em vantagem competitiva”

(Cornier, 2001, p. 169-173)

· Fatores críticos de sucesso

A sua aplicação permite que as empresas focalizem estrategicamente

suas ações e monitorem, de forma sistemática, as tendências e os sinais

de mudanças do ambiente socioprodutivo em que atuam. Complementa

as atividades de análise competitiva, devendo, portanto, fazer parte da

concepção e da operacionalização de sistemas de Inteligência

Competitiva. ” (Stollenwerk, 2002, p. 189)

O conceito segundo Leidecker & Bruno apud Stollenwerk (2001, p. 191),

os Fatores Críticos de Sucesso “são aquelas características, condições

ou variáveis que, quando devidamente gerenciadas, podem ter um

impacto significativo sobre o sucesso de uma empresa, considerando seu

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ambiente de competição.

O método consiste em entrevistas individuais, análise dos resultados das

entrevistas e na formulação de uma proposta consolidada e por fim o

método prevê uma análise dos fatores pelos executivos para o consenso

e validação final. Para isso o método utiliza técnicas como: Consulta a

especialistas (Indústria/Negócio); análise da concorrência; análise da

empresa líder no segmento industrial; avaliação da empresa; fatores

temporais / intuitivos (específicos da empresa); análise dos dados da

base PIMS (Profit Impact of Market Strategy)

· SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities, Threats:

A técnica SWOT é utilizada para avaliação do posicionamento da

organização e de sua capacidade de competição. Tem como resultado a

identificação de pontos Fortes(Strengths) e Pontos Fracos (Weakness) –

fatores internos e de oportunidades (Opportunities) – Ameaças (Threats)

– fatores externos, ver classificação, conceitos e exemplos de cada ponto

ver (anexo I, tabela 1) . Contribuindo para a formação da estratégia

competitiva da organização.

O objetivo da técnica é identificar pontos fortes e fracos e garantir que as

ameaças sejam eliminadas ou minimizadas , a partir da devida utilização

dos pontos fortes da organização e da correção dos pontos fracos

existentes. A Técnica é aplicada em estágios preliminares do processo

decisório, com a análise de ambiente dentro do planejamento estratégico

da organização. A análise dos fatores externos (oportunidades e

ameaças) contribui para a visão de futuro a ser perseguida. A técnica é

utilizada com base na missão da organização com base na missão da

organização.

O primeiro produto da análise SWOT é uma listagem de pontos fortes,

fracos das oportunidades e das ameaças presentes nos ambientes

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interno e externo. Uma variação da primeira etapa pode ser a aplicação

dos mesmos conceitos, mas no seguinte formato (Anexo I, tabela 2). A

Segunda etapa da análise, consiste na ordenação dos itens apontados

para cada fator analisado (pontos fortes, fracos, oportunidades e

ameaças) do mais importante para o menos importante, levando em

conta os objetivos da organização. O resultado é uma visão dos

principais fatores que impactam a capacidade de ação da organização e

os principais pressões do ambiente externo (Anexo I, tabela 3).

A terceira etapa é constituir e validar uma matriz (Anexo I, tabela 4)

relacionando os diversos fatores levantados para identificação dos

aspectos críticos e de situação que exijam uma atenção especial. Está

matriz será utilizada para a definição da estratégia organizacional.

· BALANCE SCORECARD:

Segundo Miranda (2001, p. 227) Balanced Escorecard, BSC, “é um sistema

de gerenciamento estratégico, complementar ao controle financeiro

tradicional, que monitora as estratégias da organização de longo prazo por

meio de mecanismos de mensuração transformando a visão e a estratégia

em um conjunto de objetivos, agregados em perspectivas, o que permite

visualizar passo a passo a estratégia em andamento”. Estrutura do

Balanced Scorecard ver (anexo II, figura 1).

O BSC tem como objetivo geral: traduzir a missão e a estratégia das

empresas em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que

serve de base para um sistema de medição e de gestão estratégica. Este se

divide em vários objetivos específicos, entre eles podemos citar :

implementar uma estrutura para alinhar e forçar de alto a baixo a

organização na execução de sua estratégia; identificar as principais

mudanças necessárias para realizar a estratégia e mobilizar a organização;

comunicar as estratégias para toda empresa; criar processos de feedback.

A aplicação do BSC tem como finalidade: diminuir o gap entre missão (visão)

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da empresa e o conhecimento por parte dos empregados e integrar as áreas

de planejamento estratégico com as áreas envolvidas. Suas principais

características são: Financeira – busca avaliar os objetivos de longo prazo;

Cliente – visa avaliar a capacidade da organização de dispor de produtos e

serviços de qualidade; processos internos - foca os resultados dos negócios

internos da organização, avaliando-os em função do sucesso financeiro e da

satisfação dos clientes; Aprendizagem e crescimento – avalia as habilidades

e as capacidades dos empregados, a qualidade dos sistemas de informação

e o seu ajustamento aos objetivos da organização.

O processo de implantação do BSC se desenvolve em quatro etapas: !º -

definição da missão e objetivos da organização – consiste da definição do

papel da organização na sociedade, seus objetivos e metas; 2º - medição do

desempenho – é a definição de indicadores (critérios e parâmetros) para

medir o desempenho individual e coletivo quanto ao alcance das metas

traçadas; 3º - consiste no acesso à informação sobre a performance de cada

meta estabelecida; 4º - gerenciamento baseado em desempenho - é a

adoção do gerenciamento da informação e do conhecimento, baseado nos

resultados alcançados em termos de desempenho no alcance das metas

estabelecidas.

· Benchmarking:

Segundo Macedo & Póvoa Filho apud Araújo Jr. (2001, p. 241)

Benchmarking é definido “como processo de comparação sistemática de

produtos e serviços com os oferecidos pela concorrência ou por empresas

consideradas excelentes em algo determinado.” O processo pode ser

aplicado independente do processo de Inteligência Competitiva.

Sua técnica procura adaptar um conceito amplo de excelência em

determinado setor à realidade dos processos de uma empresa, a qual

necessita aprimorar determinada atividade. Tem como objetivo central

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auxiliar as organizações a identificar, comparar, selecionar e, se for ocaso,

incorporar o que os concorrentes praticam de melhor no mercado, sempre

voltado para a busca sistemática da excelência (ver anexo III – Figura 1).

Entre os objetivos específicos podemos citar: preparar a organização para

um desempenho superior; permitir à organização, a partir do uso das

informações, o estabelecimento de vantagem competitiva (conferir atributos

e valores para produtos e serviços ofertados aos clientes) a médio e longo

prazos. Sua finalidade está em identificar e comparar os melhores

desempenhos de outras organizações, a fim de otimizar o sistema de

decisões, métodos e processos para promover vantagem competitiva e

desempenho superior no mercado.

O Processo de Benchmarking é desenvolvido basicamente em três etapas: 1

– conhecer suas operações, avaliar os pontos fracos e fortes, documentar

processos de trabalho e definir medidas de desempenho crítico; 2 –

conhecer líderes da indústria concorrente para avaliação comparativa de

seus pontos fracos e fortes; 3 – adotar e exceder os pontos fortes. Cada

etapa do processo está dividida em: planejamento, análise, integração, ação,

maturidade (anexo III, figura 2). Podendo ser considerado também a partir

de 15 estágios agrupados: planejamento, análise, desenvolvimento, melhoria

e revisão.

O Benchmarking visa dotar as organizações de processos efetivos que

possibilitem a essas ocuparem melhor posição no mercado, esses

processos são: Processo “contínuo e sistemático” de validação de

empresas; processo baseado na “interatividade” envolve o sistema de

comunicações; Processo “investigativo” e por último o Processo “voltado

para a aprendizagem” já que aprende as melhores posturas empresariais.

· Data Mining – Mineração de Dados

Segundo Sulaiman & Souza (2001, p. 265) Data Mining (DM) ou Mineração

de Dados, “ é a tarefa do estabelecimento de novos padrões de

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“conhecimento”, geralmente imprevistos, partindo-se de uma massa de

dados previamente coletada e preparada para este fim.” O objetivo geral

consiste em processar as etapas de preparação de dados contidos no

processo de Knowledge Discovery in Databases (KDD), ou prospecção de

conhecimento em Banco de Dados para auxiliar os especialistas de uma

determinada área a atualizar suas bases de conhecimento na busca de

alguma vantagem competitiva, e tem com objetivo específico o uso de

algoritmos e de estruturas de dados para alcançar ema das seguintes

categorias de solução de problemas: predição, identificação, classificação ou

otimização.

Sua finalidade é a de gerar conhecimento nas seguintes formas: regras

associativas; hierarquias de classificação; padrões seqüenciais; padrões em

séries temporais; categorização e segmentação.

A técnica de mineração de dados deve dar-se sobre uma massa de dados

previamente coletada, que passará por uma breve descrição do processo

que atua sobre esses dados, para obtenção de regras associativas em que

de determine previamente um suporte e a uma confiabilidade mínimos.

O objetivo deste capítulo foi abordar em linhas gerais a inteligência

competitivas e suas técnicas.

O novo perfil do profissional Bibliotecário, as suas competências pessoais e

profissionais e a sua função dentro do processo de Inteligência Competitiva,

será abordado no próximo Capítulo.

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CAPÍTULO III

As Novas demandas de informação definindo um

novo perfil profissional.

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A Sociedade da Informação exige que os Bibliotecários se adaptem, que

tenham novas habilidades, conhecimentos, qualidades, competências; para

que possam adotar as novas ferramentas tecnológicas e a nova realidade

globalizada e virtual em sua prática profissional. Todo o processo de

Globalização provocou mudanças nas características da economia, do

mercado, das comunicações, nas organizações e aumentou a demanda por

novos serviços na área da informação, principalmente a informação com

objetivos estratégicos e competitivos utilizados pelas Organizações em seus

planejamentos. A Globalização também impôs uma série de novas

ferramentas tecnológicas (novas tecnologias), que por sua vez passaram a

ser aliadas do profissional Bibliotecário em suas atividades diárias,

acrescentando agilidade ao acesso, ao processamento técnico

(classificação, catalogação, seleção etc.), recuperação e organização da

informação, fatores importantes para atender às solicitações cada vez

maiores de informação. Essas mudanças exigiram que o Bibliotecário

adota-se com rapidez um novo perfil Profissional, bem mais abrangente que

o adotado anteriormente e fundamental para acompanhar as mudanças na

sociedade. Desse modo a Globalização, abriu novas perspectivas,

oportunidades de trabalho aumentando a competitividade profissional e

adotando novos padrões.

Segundo Ferreira (2003, p. 47) “O papel do profissional da informação, de

acordo com constatações já realizadas, é o de assistir, intermediar e apoiar

outras pessoas na busca de informação por meio da gestão do

conhecimento. A evolução de conceitos, tecnologia, formatos e suportes

amplia, evolui e diversifica a essência desse trabalho, demandando

modificações às exigências de atuação, formação e capacitação desse

profissional.”

O mercado mundial mudou, está Globalizado, e a demanda por novos

serviços na área da informação está cada vez maior, mais exigente, e

inovadora. A informação está em alta, passou a ser uma bem dentro das

Organizações assim como o produto só que agora é ela quem domina o

mercado. Essa demanda fez surgir uma série de novas formas de

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disponibilizar, controlar e organizar a informação, entre elas podemos citar:

Bibliotecas virtuais e digitais; Inteligência Competitiva (IC); Gestão do

Conhecimento; Gestão da informação; Portal Corporativo; Taxonomia;

Prospecção Tecnológica; Segurança de Informações; Websites; Informação

para negocio; Cooperação; Informação organizacional; Rede; Tempo real;

Internet

As novas demandas por informação estão cada vez mais presentes. A cada

momento surge uma novidade tecnológica e uma nova forma de mostrar ou

oferecer um serviço. É um ciclo que deixa ao profissional responsável pela

disponibilização da informação uma única alternativa a de acompanhar o

processo evolutivo e ser seu ator principal.

Com toda essa evolução tecnológica também foi necessário a adoção de

novos paradigmas. Belluzzo (2004, p. 4e5) cita algumas mudanças de

paradigmas, comparando o tradicional com o atual:

TRADICIONAL ATUAL

Analógico Transistores Tratamento de dados Máquinas de calcular Softwares “fechados” Processos isolados Multimídia Informação sem valor agregado Ciclo de produtos estável Trabalho individual e em grupo Custo/Investimentos Mercados baseados na oferta Mercados locais e nacionais Mercados de massa Criação – Produção – Difusão Culturas locais e nacionais Estruturas hierárquicas

Digital ou numérico Microprocessadores Gestão da Informação e do Conhecimento Máquinas de comunicar Softwares “abertos” Processos integrados Convergência de Mídia Informação com valor agregado Evolução rápida de produtos Trabalho em equipe e em rede Valor/Efetividade Mercados baseados na demanda Mercados globais Mercados segmentados Criação – Difusão – Produção Multiculturalidade Estruturas em rede

Neste novo contexto que se apresenta, a informação é vital. A chamada

“Sociedade da Informação” veio apresentando novas formas de competir, de

organizar e de se comunicar. Para atuar nela, as Organizações precisam

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trabalhar o excesso de informação, as novas tecnologias, a constante

captação de informação e a informação gerada pela adoção de processos

de IC. Estes fatores fizeram com que as Organizações criassem ou

reativassem, em seus ambientes, Unidades de Informação - UI (bibliotecas,

centros e sistemas de informação e de documentação). Entende-se UI

como “instituições voltados para a aquisição, processamento,

armazenamento e disseminação de informações” (Tarapanoff, 2000, p. 92

apud IBICT, 1989) para que estas UI não só acompanhem a organização em

seu desenvolvimento econômico, social e tecnológico, mas que,

principalmente, apresentem mecanismos que contribuam para o sucesso da

organização no mercado cada vez mais competitivo.

Qualidade, produtividade, competência e competitividade são os conceitos

sinalizadores dos novos desafios para as Organizações, garantindo o seu

sucesso. O uso das Novas Tecnologias da Informação e sua participação

nos processos de tratamento da informação, são fatores sine qua nom para

participação em um mercado Globalizado. O Gerenciamento adequado da

informação e do conseqüente conhecimento gerado e incorporado pelas

Organizações com esses novos processos, representam um importante

diferencial estratégico. Assim cada vez mais as Organização passam a ter

não apenas especialistas técnicos, mas também especialistas em trabalhar

com informação (Rezende, 2002, p.120). A tendência do mercado mundial

possivelmente será de organizações baseadas em informação e

conhecimento. Logo os Bibliotecários os serão atores essenciais. O que

aumenta a necessidade deste profissional estar em constante atualização.

Segundo Tarapanoff (1997, p.13) em pesquisa realizada no Brasil “É

apontado o fato de ser o bibliotecário, nível de bacharel, a principal

denominação daqueles que trabalham na área de informação no Brasil, com

mais de 80% do quadro nacional”. Também destaca o fato de sua formação

ser um tanto conservadora e que o currículo não atende a este novo perfil

profissional. A área de Biblioteconomia / Ciência da informação, vem

passando por remodelagens em suas técnicas (Catalogação, classificação,

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referência etc...) e no perfil de seus profissionais nestes últimos 20 anos,

mas não pode parar pois a “ Nova Era” exige atualização continua,

principalmente para quem tem como resultado do trabalho a informação,

pois ela não para, e esta cada vez mais rápida e necessária.

Há tempos o Bibliotecário espera a solicitação do cliente, atuando como um

mero intermediário entre acervo e usuário. Entretanto, na “Sociedade da

Informação”, já não cabe mais o profissional passivo, que fica esperando as

mudanças e as demandas por informação, mas sim os que as antecipam. A

exigência por profissionais pró-ativos é uma das novas condições do

mercado Globalizado. Esses Profissionais devem atuar de forma a alinhar

cada vez mais as UI com o ambiente a que pertencem, utilizando para isso

ferramentas e serviços diferenciados tais como: planejamento estratégico,

sistemas de informação, análise de ambiente, valor agregado a informação,

atendimento on line, disseminação seletiva de informação (DSI) e outros. O

objetivo é de estar sempre um pouco à frente das solicitações demandadas

e poder acompanhar o crescimento das organizações.

Agregar valor à informação consiste em “imprimir aos mesmos uma

diferenciação que os torna mais atraentes aos olhos dos consumidores, quer

seja em qualidade, durabilidade, assistência ou preço (...) Podem ser

identificadas seis categorias de atividades de valor agregado: facilidade de

uso, redução da informação desnecessária, qualidade, adaptabilidade

(Refere-se à habilidade de o serviço oferecido ser compatível com as

necessidades do usuário em seu ambiente de trabalho), economia de tempo

e economia de custo” (Tarapanoff, 2000 apud Taylor, 1986).

“Á medida que as organizações estão mudando o foco de suas competências essenciais em resposta a globalização, tem-se evidenciado que os seus profissionais da área de ciência da Informação devam revisar o que fazem de melhor e reafirmar o compromisso com a ampliação de suas competências e o crescimento profissional, a fim de que possam agregar valor aos serviços de informação que são a eles designados e disponíveis a seus usuários.” (Ferreira, 2003, p. 45)

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Não podemos deixar de abordar a “Gestão da Informação”, quando falamos

em um novo perfil para o Bibliotecário, pois este deve ser considerado como

um gestor, sendo preparado para isso desde sua formação. Segundo Choo

apud Tarapanoff (2001, p. 44) “Conceitualmente, a Gestão da Informação é

um conjunto de seis processos distintos, mas inter-relacionados:

identificação de necessidades informacionais; aquisição de informação;

organização e armazenagem da informação; desenvolvimento de produtos

informacionais e serviços; distribuição da informação; e uso da informação.

Este processo é cíclico e deve ser realimentado constatemente.” E

Tarapanoff expõe com principal objetivo “identificar e potencializar os

recursos informacionais de uma organização e sua capacidade de

informação, ensiná-la a aprender e adaptar-se ás mudanças ambientais. A

criação da informação, aquisição, armazenamento, análise e uso provêem a

estrutura para o suporte ao crescimento e ao desenvolvimento de uma

organização inteligente, adaptada às exigências e ás novidades da

ambiência em que se encontra.”

Cornella apud Sullivan (2004, p.32) Considera que esse novo perfil

profissional Bibliotecário deve apresentar três áreas básicas do

conhecimento:

· Administração – que lhe proporcionará conhecimentos em: negócios, estrutura e funcionamento organizacional, e noções de contabilidade, finanças, micro e macro economia, marketing, política empresarial, planejamento estratégico, gestão de projetos, gestão de recursos humanos, etc.

· Tecnologias da Informação: Noções de informática,

telecomunicações, análise de sistemas, gestão de base de dados, automatização, sistemas de apoio para a tomada de decisão e de informação executiva, etc.

· Especialista em informação: Gestão da informação, organização

da informação, estudos de usuários, fontes de informação em bases de dados, inteligência corporativa, investigação e tratamento da informação, avaliação da qualidade da informação, políticas de informação, economia da informação, etc.

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COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS E PESSOAIS DO BIBLIOTECÁRIO:

O Perfil do novo Bibliotecário, sua competência profissional e pessoal vem

sendo amplamente discutido na literatura científica da área de Ciência da

informação e Biblioteconomia. Há três décadas que o fazer bibliotecário

vem passando por mudanças decorrentes das novas tecnologias, por isso a

adaptação profissional é inevitável e necessária para sua atuação dentro do

novo mercado Globalizado e, em função disso, vorazmente competitivo.

Segundo Marshal et al. (2002, p.1/2), “(...) englobam um jogo de habilidades,

atitudes e valores que permitem aos bibliotecários realizar um trabalho

eficaz. Essas competências exigem dos bibliotecários algumas atitudes

como boa comunicação, educação continuada ao longo de suas carreiras

etc. Esses valores somados à natureza das suas contribuições, são a

garantia de sobrevivência dos profissionais da informação em um mundo

novo de trabalho. - As Competências Profissionais estão relacionadas ao

conhecimento do bibliotecário especializado nas áreas de recursos de

informação, acesso à informação, tecnologia, administração e pesquisa, e a

habilidade para o uso destas áreas de conhecimento como base provedora

da biblioteca e dos serviços de informação."

A combinação dessas competências passou a ser fator determinante,

principalmente na atuação dos profissionais que atuam intermediando as

demandas de informação dentro das organizações.

Indicamos abaixo todas as competências pessoais e profissionais que fazem

parte do novo perfil do profissional bibliotecário que apareceram na pesquisa

bibliográfica (anexo IV: exemplos relacionados às competências):

Competências pessoais:

· Visão gerencial; · Capacidade de análise; · Criatividade;

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· Demonstrar comprometimento com atualização continua e planejamento profissional;

· Comprometimento com a excelência e ética profissional; · Aceitar desafios e captar novas oportunidades; · Excelência na comunicação oral e escrita; · Criar ambientes de respeito e confiança; · Criar parcerias e alianças; · Trabalhar em equipe; · Ser flexível e ponderado; · Liderança · Ser Determinado na busca por objetivos; · Planejar e focalizar pontos críticos; · Visão estratégica; · Valorizar parcerias e compartilhamento de informação; · Equilibrar trabalho, família e obrigações comunitárias; · Permanecer flexível e positivo com as constantes mudanças;

Competências do novo profissional:

· Atualização profissional constante; · Capacidade de trabalhar em grupo; · Especializar-se no conhecimento de assuntos relacionados à informação para

negócios da Organização ou do cliente; · Prover instruções por excelência e apoio para biblioteca e serviços de

informação aos usuários; · Avaliar a informação precisa e os desígnios de mercados, com valores

agregados para o serviço de informação e produtos para satisfazer as necessidades identificadas;

· Domínio das tecnologias e metodologias de processamento e recuperação da informação;

· Habilidades na identificação de parceiros; · Habilidades em captar novas oportunidades; · Ter flexibilidade e polivalência. · Capacidade de entender e gerenciar episódios de diferentes naturezas e

aplicações; · Ser multidisciplinar · Desenvolver produtos especializados para uso interno e externo da organização

e usuários individuais; · Desenvolver e administrar serviços; · Promover serviços e produtos aplicando estratégias de marketing; · Utilizar meios e técnicas de gestão para transmitir a direção a importância dos

serviços de informação; · Administrar e desenvolver sistemas e serviços; · Criar e administrar: Arquivos, Centros de Documentação, Bibliotecas físicas e

digitais; · Gestão, análise e criação de sistemas de informação em rede; · Organizar, pesquisar e disseminar a informação registrada em diversos meios; · Criar bases de dados documentais; · Conhecimento de bases de dados...; · Familiaridade na administração de info-business; · Embasamento teórico e prático sobre o funcionamento das organizações

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virtuais da informação; · Domínio da lógica dos sistemas de indexação e webfinders; · Garantir o patrimônio cultural documental; · Mediador entre os processos de busca e utilização da informação e os usuários; · Distinção e localização de informações relevantes e relevância nas

informações; · Utilizar a tecnologia de informação apropriada para adquirir, organizar e

disseminar a informação; · Utilizar negócios apropriados na administração e divulgar a importância de

serviços de informação na administração sênior; · Informar a Organização quanto as ultimas tendências das tecnologias da

Informação; · Contribuir para o desenvolvimento da área de Biblioteconomia e Ciência da

Informação, com a divulgação de novas técnicas.

Segundo Santos (2000, p.8), “(...) é natural que com o advento da era virtual,

digital e a automação de acervos impressos, houvesse certa insegurança

quanto ao futuro do profissional Bibliotecário, pois faltava uma certa visão

futura das aplicações de nossa profissão nesse novo momento que se

enunciava.”. Mas estamos passando e acompanhando todo o processo de

transformação com as devidas adaptações, adotando cada ferramenta,

cada paradigma e respondendo a cada nova demanda. É necessário e

importante discutir o perfil profissional dos Bibliotecários e mostrar com isso

as muitas novas possibilidades de atuação desse profissional.

BIBLIOTECÁRIO X INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

No capítulo II foi feito um breve resumo do processo de IC suas técnicas e

métodos. Podemos agora identificar qual o papel do profissional Bibliotecário

e como ele pode auxiliar o processo de implantação de sistemas de IC .

Tomaremos como base o ciclo de produção da IC (ver figura, p.19):

planejamento, coleta de dados, análise, disseminação e utilização.

Segundo Maciel (2003, p. 2) o “Bibliotecário pode estar contribuindo em pelo

menos duas destas etapas e também no processo de armazenamento, visto

que o dados coletados durante o processo e a Inteligência produzida

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precisam ser armazenadas para que a base de conhecimento gerado não

seja pedida”.

A Primeira contribuição é na coleta de dados. O Bibliotecário é, sem sombra

de dúvidas, indicado, pois é treinado para coletar informações, pesquisar

nas diversas formas de disponibilização da informação ( base de dados,

internet, catálogos e em outras Unidades de Informação( bibliotecas, centros

de informação ou documentação), e através de redes.

A Segunda contribuição é na fase de análise, onde pode aplicar a

bibliometria. Esta técnica consiste na classificação e separação da

informação coletada. É a base do monitoramento tecnológico, pois auxilia

na elaboração de tendências, gráficos, figuras, mapas, ajuda a identificar

redes, entre outras.

Podemos descrever as seguintes funções a serem exercidas por um

Bibliotecário em uma unidade de IC (Maciel, 2004, p. 2):

· Identificar a necessidade de informação; · Definir fontes de dados; · Coletar; · Selecionar /filtrar informação; · Validar; · Armazenar e recuperar; · Adquirir e ou construir fontes de dados/informação; · Definir: o que adquirir, onde e como; · Recuperar e tratar; · Executar tratamento automático da informação; · Administrar o acervo.

“O Bibliotecário tem a Informação como matéria prima da qual deve tirar maior proveito para transformá-la em capital ativo da organização, provendo as necessidades de informação a qual presta serviços”. (Allendez Sullivan, 2004, p.30).

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CONCLUSÃO

Concluiu-se que mesmo com as dificuldades comuns a todo processo de

mudança seja ela branda ou dominante, como foi o caso das ocorridas em

meados do século XX com a invenção das novas tecnologias, a Internet e na

globalização. O profissional Bibliotecário vem se adaptando as novas

exigências do mercado e a medida do possível se especializando em alguns

pontos, para poder atuar nas novas áreas que estão surgindo (ex.:

Inteligência Competitiva), dominando suas especificações e técnicas e com

isso respondendo a demanda por novos serviços de informação.

A utilização da informação organizada como diferencial estratégico pelas

organizações, certamente abrirá novas áreas de atuação profissional para o

Bibliotecário.

As competências pessoais e profissionais, que apareceram na análise da

literatura pesquisada, me pareceu bem completa e se enquadra nas

exigências do novo mercado de trabalho.

Cabe ressaltar que a quantidade de publicações pesquisadas na área de

Biblioteconomia e Documentação e Ciência da Informação, prova que os

seus profissionais estão se empenhando para divulgar e apresentar à Classe

as novas oportunidades decorrente das novas tecnologias e da globalização.

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SILVA,Cícera Henrique da. Services d’information dans le monde globalisé: tendances et strategies. 2002. 200p. Tese (Doutorado em Sciences de l’Information et de la Communication). Université de droit, D’Économie et des Sciences D’Aix-Maeseille III / Faculté des Sciences et Techniques de St. Jérôme. Marseille, 2002. SILVEIRA, H. SWOT. In: TARAPANOFF, Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. Parte II. SOUZA, J. M.; SULAIMAN, A. Data Mining: mineração de dados. In: TARAPANOFF, Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. Parte II. STOLLENWERK, M. F. L. Fatores críticos de sucesso. In: TARAPANOFF, Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. Parte II. TARAPANOFF, Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. TARAPANOFF, Kira, ARAUJO JUNIOR, Rogério Henrique de e CORMIER, Patrícia Marie Jeanne. Sociedade da informação e inteligência em unidades de informação. Ci. Inf. v.29, n.3. p.91-100, set./dez. 2000,. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19652000000300009&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 27 set 2004 TARAPANOFF, Kira, GREGOLIN, José Angelo R. Inteligência organizacional e competitiva. Ci. Inf. v.31, n.3. p.108-109, set./dez 2002. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19652002000300012&lng=pt&nrm=iso > Acesso em: 27 set 2004 TARAPANOFF, Kira. Perfil do profissional da informação no Brasil. Brasília, DF : Instituto Euvaldo Lodi, 1997. 134 p. TARAPANOFF, Kira. Tecnicas para tomada de decisão nos sistemas de informação. Brasilia, DF. : Thesaurus, 1995. 163p. TARGINO. M. G. Quem é o profissional da informação. Transinformação. v.12, n.2 . p. 61-69. Jul./dez. 2000. VALENTIM, M. L. P. Inteligência competitiva em Organizações: dado, informação e conhecimento. Ci. Inf. v. 3, n. 4. Ago 2002.

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ANEXOS

ANEXO I

Tabela 1: Conceitos e exemplos dos fatores de uma análise SWOT.

Tabela 2: Uma variação do formato de aplicação da primeira etapa

Tabela 3: Classificação dos fatores identificados

Tabela 4: Exemplo de Matriz SWOT

ANEXO II

Figura 1 – Estrutura do Balanced Scorecard (Adaptado de Kaplan, 200)

ANEXO III

Figura 1- Objetivos de benchmarking apontados para a excelência

Figura 2 – Fases do processo de benchamrking (fonte: Xerox Corporation,

apud Lobos, 1993)

ANEXO IV

PROFESSIONAL COMPETENCIES - The Special Librarian…

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ANEXO I

(Fonte: Tarapanoff, 2002, Parte II)

Tabela 1: Conceitos e exemplos dos fatores de uma análise SWOT

FATORES PARA ANÁLISE CONCEITO EXEMPOS

Pontos fortes (strengths)

Fatos, recursos, reputação ou outros fatores, identificados com o ambiente interno, que podem significar uma vantagem da organização em relação aos concorrentes e/ou um diferencial no cumprimento de sua missão; recursos ou capacidades que a organização pode usar efetivamente para alcançar seus objetivos; competências distintivas.

Recursos financeiros, liderança aberta a mudanças, clima organizacional, tamanho e lealdade da base de clientes, itens de diferenciação de produtos e serviços, margens de retorno, economia de escala

Pontos fracos (weakness) São deficiências ou limitações que podem restringir o desempenho da organização, identificados com o ambiente interno

Inabilidades técnicas ou gerenciais, inadequado controle de custos, obsolescência de métodos e/ou equipamentos, endividamento incompatível com o fluxo de caixa, alto índice de turnover, falta de efinições estratégicas, vulnerabilidade à competição

Oportunidades (Opportunities)

São fatos ou situações do ambiente externo que a organização pode vir a explorar com sucesso

Novas tecnologias, tendencias de mercado, novos mercados, novos produtos, créditos facilitados, alianças estratégicas, produtos complementares

Ameaças (threats) Antíteses das oportunidades são situações do ambiente externo com potencial de impedir o sucesso da organização

Novas tecnologias, tendencias de mercado, legislação restritiva, novos competidores, taxas de juros, abertura de mercado

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Tabela 2:Uma variação do formato de aplicação da primeira etapa.

FATORES POSITIVOS NEGATIVOS

Internos Pontos fortes Pontos fracos

Externos Oportunidades Ameaças

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Tabela 3: Classificação dos fatores identificados

Fatores para análise Fatores ordenados

Pontos Fortes (strengths) Ponto forte mais importante ... ponto forte menos importante

Pontos Fracos (weakness) Ponto fraco mais importante ... ponto fraco menos importante

Oportunidades (opportunities) oportunidade mais importante ... oportunidade menos importante

Ameaças (threats) ameaça mais importante ... ameaça menos importante

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Tabela 4: Exemplo de Matriz SWOT

OPORTUNIDADES (OPPORTUNITIES) AMEAÇAS (THREATS)

Oportunidade I Oportunidade II Ameaças I Ameaça II

Pontos Fortes

(strengths) A A B B

Pontos Fracos

(weakness) C C D D

FATORES IDENTIFICADORES A - verificação de sua capacidade de sustentação ao longo do período de alcance do planejamento. B - devem contribuir no controle das ameaças, Ter asseguradas e fortalecidas suas condições de operacionalidade. C - podem comprometer o aproveitamento de oportunidades, o que torna necessário definir um plano de correção ou eliminação desses fatores, de acordo com as oportunidades priorizadas pela organização. D - requer estudos específicos para determinar os riscos envolvido de acordo com o grau de vulnerabilidade imposto pelas ameaças.

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ANEXO II:

Figura 1 – Estrutura do Balanced Scorecard (Adaptado de Kaplan, 200)

MISSÃO DA

ORGANIZAÇÃO

Para atingir a nossa visão como deveremos nos apresentar perante

nossos clientes?

Para termos sucesso financeiramente, como devemos ser vistos por nossos acionistas?

Para satisfazer os clientes, os acionistas e a nossa missão, em

quais processos de negócio devemos ser melhores?

Se tivermos sucesso, como iremos nos apresentar aos nossos

acionistas?

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ANEXO III

Figura 1- Objetivos de benchmarking apontados para a excelência

Buscar a excelência

Promover mudanças na organização

Comparar

Avaliar

Identificar Selecionar as melhores

oportunidades Incorporar

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Figura 2 – Fases do processo de benchamrking (fonte: Xerox Corporation,

apud Lobos, 1993)

1. Identificar o que marcar para referência

2 . Identificar empresas comparativas

3 . determinar método de coleta de dados e efetuar a coleta

4 . determinar a “lacuna” corrente de desempenho

5 . Projetar futuros níveis de desempenho

6 . Comunicar descobertas de marcos de referência e obter aceitação

7 . Estabelecer metas funcionais

8 . Desenvolver planos de ação

9 . Implementar ações específicas e monitorar progressos

10 . Recalibrar marcos de referência

Planejamento

Análise

Integração

Ação

- Posição de liderança atingida

- Práticas plenamente integradas aos processos internos da organização

Maturidade

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ANEXO IV

PROFESSIONAL COMPETENCIES - The Special Librarian… MARSHAL, Joanne G; et al. Competencies for special librarians of the 21st century: revised edition, october 2002. Prepared for the SLA Board of Directors by the Special Committee on Competencies for Special Librarians. http://www.sla.org/Documents/boarddocs/A03-18A.htm 1.1 Demonstrates expert knowledge of the content and format of information resources, including the ability to critically evaluate and filter them Practical examples: Evaluates externally produced information resources on the basis of suitability of content to the clients’ needs; appropriateness of format; and the availability of special features that tailor the content and retrieval capabilities to specific needs of the user group. 1. 2 Employs specialized subject knowledge appropriate to the business of the organization or client Practical examples: In addition to a master’s degree in library and information studies, many special librarians have additional subject background or degrees. This enables librarians to select content based of quality and comprehensiveness as well as delivery mechanisms. As the professionals who have the information needs of the entire organization in mind, librarians can make informed and unbiased choices about purchases and make them available in the most cost effective way. 1.3 Builds a changing portfolio of information resources and services based on a deep understanding of the client’s environment, including industry standards and business work processes Practical examples: The uniqueness of a library and information service is grounded in the librarian’s knowledge of clients and their work environment. This insider knowledge allows the librarian to provide information products and services that are highly targeted and effective. Individual user preferences can easily be accommodated and valuable time saved by the librarian who understands the context and background of requesters and their information needs. 1.4 Purchases the best available external information products and services and deploys content throughout the organization in the most cost-effective way Practical examples: Specialized information resources are frequently expensive and sometimes hard to find. The librarian is an expert in finding and comparing the best information resources for the organization at the best prices. Librarians often work together to provide group pricing or other cooperative arrangements both inside and outside the organization that provide the maximum value for the investment made. 1.5 Participates in the building and deployment of internally-produced information products and services Practical examples: The traditional knowledge and skills of librarians in selecting and deploying information content obtained from outside the organization can also be applied to the selection, organization and dissemination of internally-produced documents. Technical reports, standards, best practices guidelines and other internal documents can be selected, preserved and made accessible for ongoing use. Document retention schedules and access procedures can also be developed to meet regulatory requirements. 1.6 Assesses current and emerging information access problems and creates information solutions Practical examples: Today’s information technologies are increasingly complex and the range of options continues to expand. Librarians keep up-to-date with the latest trends in user access, content and technologies and design systems and services that meet the changing needs of the organization. 1.7 Applies expertise in databases, indexing, metadata, and information analysis and synthesis to improve information retrieval and use in the organization Practical examples: Librarians go beyond the scenes to prepare data in ways that assure appropriate retrieval. Professionals add value to documents through cataloging and indexing, vocabulary and taxonomy development, and implementing metadata standards required for electronic access. Librarians also synthesize information content in ways that save the user time and money. 1.8 Assembles the most appropriate suite of information access tools to meet the ongoing information needs of the organization or client Practical examples: Selection and collection development have always been among the key ways in which librarians make information accessible and usable. Too much information is often worse than no information at all. Librarians select the right tools for the right users and make them available in actionable form. 1.9 Tailors externally- and internally-produced information resources and services to better meet the needs of users Practical examples: Off-the-shelf information products and services must often be modified to meet the needs of specific user groups. Librarians are aware of the possible modifications and can select and implement those that are appropriate.

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1.10 Leads in the testing, selection and application of the latest technologies and tools for information delivery. Practical examples: Librarians are technology and content application leaders. They are well positioned to test, select and use new content and software tools as they are developed. Librarians use their network of professional contacts to compare notes and identify best sources and tools as well as best practices. 1.11 Advises the organization on the latest trends in information technology and use Practical examples: No area is changing today as quickly as information technology. The librarian is a person in the organization who is devoted to keeping up with the latest trends and who can advise at all levels of the organization about how these trends will affect the organization and the workforce. 1.12 Promotes the use of appropriate information formats and technologies in the hybrid world of information sources and services Practical examples: Contrary to what may appear in the popular press, everything is not available online. Paper continues to have its place as digital possibilities continue to grow. Librarians are experienced in working in the hybrid world of information sources and services and put together the right mix of formats to meet the needs of information users. 1.13 Provides clients with training and support in the effective use of constantly changing information sources and tools Practical examples: Many of the new tools for information storage and retrieval require training and support. Librarians can provide such training in and organized and compehensive manner to all who need it. 1.14 Manages the full life cycle of externally- and internally-produced information in the organization from creation to long-term preservation, storage or destruction Practical examples: For practical, ethical and legal reasons, information needs to be managed in a responsible and efficient manner. Librarians are expert in developing such systems and can ensure that the organization meets its obligations to keep and make documents available in an appropriate manner. 1.15 Develops and manages convenient, accessible and cost-effective information services that are aligned with the strategic directions of the organization Practical examples: To be effective, information services must be closely tied the ongoing directions of the organization. Librarians can ensure that the content and access methods are clearly linked to these directions and give the organization an advantage in using information strategically. 1.16 Advises clients on the development and implementation of information policies and practices Practical examples: As the world of information becomes more complex, policies and practices must be put in place within the organization to ensure that needed information is available and that documents are stored and available as needed. These requirements may come from internal sources as well as external regulatory bodies. Librarians can advise on these requirements and how to meet them 1.17 Develops and conforms to the highest ethical standards of information creation, preservation and use Practical examples: As an established profession, librarians have a code of ethics related to information and its use. This is another unique feature of the librarian as a member of an organization. 1.18 Consults with senior management on key information issues internal and external to the organization 1.19 Develops and uses appropriate metrics to communicate the value of information services to senior management, key stakeholders and client groups Practical examples: Librarians understand that managers need measures of the quality and quantity of information services in order to be accountable. The profession is on the leading edge of developing methods for measuring intangible products and services such as information and they build evaluation into their work. 1.20 Uses the best available evidence of what works to continually improve information sources and services Practical examples: In many fields, professionals are adopting the idea of evidence-based practice as a way of ensuring that the best and most cost effective course of action is taken. Evidence-based librarianship is a developing trend and provides an opportunity for librarians to implement practices that are based on the best available evidence of what works from the research and best practices literature. 1.21 Contributes to the knowledge base of the profession of library and information science by testing and sharing best practices Practical examples: As professionals with graduate degrees, librarians understand the value of developing and sharing knowledge in their field. Librarians contribute to the knowledge base by conducting and sharing research at conferences, in publications and in collaborative arrangements of all kinds. PERSONAL COMPETENCIES - The Special Librarian… 2.1 Is committed to professional excellence and ethics Practical examples: Seeks out performance feedback and uses it for continuous improvement. Conducts regular user surveys. Asks library users if they found the information to be relevant and of value. Celebrates own success and that of others. Takes pride in a job well done. Shares new knowledge with others at conferences and in the professional literature. Uses the research knowledge base of special librarianship as a resource for improving services. 2.2 Seeks out challenges and capitalizes on new opportunities

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Practical examples: Takes on new roles in the organization that require an information leader. Uses library-based knowledge and skills to solve a variety of information problems in a wide range of settings. Expands the library collection beyond traditional media such as books and journals. Creates the library without walls. 2.3 Sees the big picture Practical examples: Recognizes that information seeking and use is part of the creative process for individuals and for organizations. Sees the library and its information services as part of the bigger process of making informed decisions. Gives the highest priority to urgent demands that are critical to the organization's competitive advantage. Monitors major business trends and world events. Anticipates trends and pro-actively realigns library and information services to take advantage of them. 2.4 Communicates effectively Practical examples: Listens first and coaches staff and others to develop their own solutions. Supports and participates in mentorship programs and succession planning. Runs meetings effectively. Presents ideas clearly and enthusiastically. Writes clear and understandable text. Uses plain language. Requests feedback on communications skills and uses it for self-improvement. 2.5 Reflects confidence in self and others Practical examples: Gives effective and confident business presentation and coaches others to do the same. Believes in his or her ability to provide the best possible information service and relays that message to staff and clients alike. Supports others on the staff and in the organization with information that will help them to feel more confident and capable. 2.6 Creates partnerships and alliances Practical examples: Seeks alliances with management information systems (MIS) professionals to optimize complementary knowledge and skills. Provides leadership on the information management team. Forms partnerships with other libraries or information services inside or outside the organization to optimize resource sharing. Seeks alliances with database vendors and other information providers to improve products and services. Seeks alliances with researchers in faculties of library and information studies to conduct relevant and practical studies. 2.7 Builds an environment of mutual respect and trust Practical examples: Treats others with respect and expects to be treated with respect in return. Knows own strengths and the complementary strengths of others. Delivers on time and on target and expects others to do the same. Creates a problem-solving environment in which everyone's contribution is valued and acknowledged. Helps others to optimize their contribution. 2.8 Employs a team approach Practical examples: Learns about the wisdom of teams and seeks out opportunities for team participation. Takes on responsibility in teams both inside and outside the library. Mentors other team members. Asks for mentoring from others when it is needed. Constantly looks for ways to enhance own performance and that of others through formal and informal learning opportunities. 2.9 Facilitates learning and innovation for self and others Practical examples: Keeps up-to-date through taking a lifelong learning approach. Sees new developments as an exciting challenge. Looks forward to learning new things. Shares this enthusiasm with others. 2.10 Develops and uses leadership skills Practical examples: Keeps abreast of trends in leadership skills and styles. Uses this knowledge to help self and others to develop the most effective and appropriate leadership skills in different contexts. Willing to share leadership when it is appropriate and to work in the best interests of all involved. 2.11 Remains steadfast in pursuit of goals Practical examples: Perseveres in all aspects of information work, regardless of the barriers encountered. Sets appropriate, reasonable and achievable goals and works steadily towards them. Encourages others to do the same. Constantly revaluates the situation and changes and modifies when necessary. 2.12 Plans, prioritizes and focuses on what is critical Practical examples: Recognizes that in order to use resources most effectively, ongoing, careful planning is required. Develops an approach to planning and time management that incorporates a balance of personal and professional goals. Reviews goals on a regular basis, prioritizes them and makes sure that an appropriate proportions of daily activities are related to the most critical personal and professional goals. Mentors others to do the same. 2.13 Demonstrates a commitment to lifelong learning and personal career planning Practical examples: Committed to a career that involves ongoing learning and knowledge development. Takes personal responsibility for long-term career planning and seeks opportunities for learning and enrichment. Advocates for a work environment that encourages and supports ongoing knowledge development and that values the contribution of people. Maintains a strong sense of self-worth based on the achievement of a balanced set of evolving personal and professional goals. 2.14 Thinks outside the box Practical examples: Sees opportunities for improving many aspects of the organization through more effective information provision. These opportunities may relate to the provision of new or different information resources or

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the gathering and organizing of internally produced documents. Takes on leadership opportunities inside and outside the library. Anticipates the future and prepared for new opportunities. 2.15 Recognizes the value of professional networking and solidarity Practical examples: Active in SLA and other professional associations. Uses these opportunities to share knowledge and skills, to bench mark against other information service providers and to form partnerships and alliances. Recognizes the need for a forum where information professionals can communicate with each other and speak with one voice on important information policy issues, such as copyright and the global information infrastructure. 2.16 Balances work, family and community obligations Practical examples: Supports self and others in the continual search for a balanced lifestyle. Ensures that work is done well and optimises opportunities for employees to lead a healthy and satisfying life. 2.17 Remains flexible and positive in a time of continuing change Practical examples: Willing to take on different responsibilities at different points in time and to respond to changing needs. Maintains a positive attitude and helps others to do the same. Never says it cannot be done. Looks for solutions. Helps others to develop their new ideas by providing appropriate information. Always on the lookout for new ideas. Sees and uses technology as an enabler of new information ideas, products and services. 2.18 Celebrates achievements for self and others Practical examples: Nominates employees for awards inside and outside the organization. Creates and environment when achievements, both large and small, are celebrated and rewarded. Knows that “little things count” and encourages mutual support and sharing in the organization.

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ÍNDICE

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

UM BREVE HISTÓRICO DA MUDANÇA

10

CAPÍTULO II

INTELIGENCIA COMPETITIVA

15

CAPÍTULO III - As novas demandas de informação definindo um novo

perfil profissional

25

Competências profissionais e pessoais do Bibliotecário 31

Bibliotecário X Inteligência Competitiva 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

ANEXOS 39

ÍNDICE 51

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Eventos culturais:

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