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Universidade de Lisboa Faculdade de Farmácia INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS MEDICINAIS Margarida Vieira de Bastos Brito de Sá Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas 2016-2017

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Farmácia

INTERAÇÕES ENTRE AGENTES

ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS MEDICINAIS

Margarida Vieira de Bastos Brito de Sá

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

2016-2017

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Farmácia

INTERAÇÕES ENTRE AGENTES

ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS MEDICINAIS

Margarida Vieira de Bastos Brito de Sá

Monografia de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas apresentada à

Universidade de Lisboa através da Faculdade de Farmácia

Orientadora: Doutora Rita Serrano, Profª Auxiliar

2016-2017

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Resumo

As terapias do cancro têm sido consideradas um dos maiores desafios das Ciências Médicas

modernas. Com o aumento do número dos casos de cancro e das suas diferentes etiologias,

atualmente verifica-se que há uma crescente adesão dos doentes oncológicos a terapias

alternativas ou complementares, nomeadamente, às que recorrem a plantas ditas medicinais.

Ao acreditarem que essas plantas são isentas de nocividade, os doentes procuram uma

alternativa não convencional com o objetivo de minimizar os efeitos indesejados da

quimioterapia, ou mesmo potenciar os tratamentos prescritos.

Considerando a estreita janela terapêutica da maioria dos agentes antineoplásicos, o uso de

plantas com objetivos terapêuticos (fitoterápicos) pode aumentar o risco de interações planta-

fármaco clinicamente relevantes.

A literatura mostra que a maioria dessas interações ocorrem quando os compostos ativos da

planta, inibem ou induzem as enzimas metabolizadoras dos agentes antineoplásicos,

afetando a biodisponibilidade dos medicamentos e causando um aumento ou diminuição do

nível dos fármacos no sangue (e, consequentemente, uma situação de toxicidade ou

ineficácia da terapia oncológica).

Estas interações são frequentemente associadas a alterações na expressão e na

funcionalidade das isoenzimas do citocromo P450. A literatura evidencia ainda que as

proteínas transportadoras dependentes de ATP (ATP binding cassette) e os recetores

nucleares PXR (recetor de pregnano X), CAR (recetor constitutivo de androstano) e VDR

(recetor de ligação à vitamina D), desempenham igualmente um papel importante na indução

de enzimas metabolizadoras e transportadoras de fármacos.

Apesar de já existirem alguns estudos relativos às interações que ocorrem com maior

frequência, muitos autores realçam a necessidade de ampliar a pesquisa neste campo, assim

como, a necessidade de padronizar e regulamentar mais eficientemente os medicamentos à

base de plantas, de modo a garantir a sua segurança e eficácia, quando utilizados

isoladamente ou em combinação com fármacos ditos convencionais.

O trabalho que se apresenta, consiste numa compilação sistemática de informações sobre as

interações frequentes e com maior relevância farmacológica, entre agentes antineoplásicos e

plantas medicinais, havendo referenciação dos diferentes mecanismos responsáveis pelas

alterações na farmacocinética e farmacodinâmica dos diferentes fitoterápicos e/ou

antineoplásicos.

Palavras-chave: plantas medicinais; interação; farmacocinética; antineoplásico; CYP450;

revisão sistemática.

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Abstract

Cancer therapies are considered one of the greatest challenges of modern medical sciences.

With the increase in the number of cancer cases and their different etiologies, there is now an

increasing adherence of cancer patients to alternative or complementary therapies, in

particular those that use medicinal plants. By believing that these plants are free of side effects,

patients seek these unconventional alternatives in order to minimize the unwanted effects of

chemotherapy, or even to potentiate the prescribed treatments.

Considering the narrow therapeutic window of most antineoplastic agents, the simultaneous

use of therapeutic plants (phytotherapy) may increase the risk of clinically relevant plant-drug

interactions.

The literature shows that most of these interactions occur as the plant's active compounds

inhibit or induce the metabolizing enzymes of antineoplastic agents, affecting the bioavailability

of the drugs, causing an increase or decrease in the level of the drugs in the blood (and,

consequently, a situation of toxicity or inefficacy of cancer therapy).

These interactions are often associated with changes in the expression and functionality of

cytochrome P450 isoenzymes, a class of drug metabolizing enzymes. The literature also

shows that ATP-dependent carrier proteins (ATP binding cassette) and nuclear receptors PXR

(pregnane X receptor), CAR (androstane receptor) and VDR (vitamin D receptor) play an

important role in the induction of these metabolizing enzymes and drug carriers.

Although there are already some studies on interactions that occur more frequently, many

authors emphasize the need to expand research in this field, as well as the need to standardize

and regulate herbal medicines more efficiently, in order to ensure their safety and efficacy,

when used alone or in combination with conventional drugs.

The present work consists of a systematic compilation of information about the most frequent

and pharmacologically relevant interactions between antineoplastic agents and medicinal

plants, referring to the different mechanisms responsible for the changes in the

pharmacokinetics and pharmacodynamics of the different herbal and/or antineoplastic drugs.

Keywords: medicinal plants; interaction; pharmacokinetics; antineoplastic; CYP450;

systematic review.

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Dedicatória

Dedico a minha Monografia do Mestrado Integrado em Ciências

Farmacêuticas às minhas duas avós, Fátima e Leonilde.

À minha avó Fátima, farmacêutica que atualmente ainda exerce a sua

atividade profissional, dedico este trabalho, pois foi um elemento chave para

a escolha deste curso e acompanhou-me e apoiou-me, incondicionalmente,

desde o princípio até ao fim.

À minha avó “Nini” como sempre lhe chamei, dedico igualmente este

trabalho, por todo o carinho, apoio, palavras amigas, pela sua casa e comida

divinal nos períodos mais difíceis.

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Agradecimentos

Agradeço aos meus pais, que sempre acreditaram em mim e me

deram a liberdade e a educação necessárias e que definem a pessoa

que sou hoje e que sempre me incentivaram a seguir a minha intuição

e os meus sonhos.

Agradeço, do fundo do coração, todo o incansável apoio da parte do

meu grande amigo Miguel Rodrigues que, apesar da distância que

nos separa fisicamente, 7500km, esteve sempre presente, dia e noite,

para me ajudar e incentivar neste trabalho.

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Índice geral

Pág.

1. Introdução ……………………………………………………………………………

2. Objetivo ………………………………………………………………………………

3. Metodologia ………………………………………………………………………….

4. Enquadramento teórico ……………………………………………………………

4.1) Mecanismos gerais de interação planta-fármaco ………………………...

4.1.1) Interações farmacodinâmicas ……………………………………………...

4.1.2) Interações farmacocinéticas ……………………………………………….

4.1.2.1) Absorção …………………………………………………………………

4.1.2.2) Distribuição ………………………………………………………………

4.1.2.3) Metabolização …………………………………………………………..

4.1.2.4) Eliminação ……………………………………………………………….

4.2) Mecanismos específicos de interação entre agentes antineoplásicos e

plantas medicinais

4.2.1) Interações mediadas por enzimas ………………………………………..

4.2.1.1) Sistema de isoenzimas do citocromo p450 …………………………

4.2.2) Interações mediadas por transportadores ……………………………….

4.2.2.1) Proteínas transportadoras dependentes de ATP (família ABC) …..

4.2.2.2) Interações mediadas por transportadores de soluto (SLC) ……….

4.2.3) Interações “mistas”: mediadas por ação de enzimas e transportadores

4.2.4) A influência dos recetores nucleares……………………………………...

4.2.4.1) O recetor de pregano X (PXR) ………………………………………...

4.2.4.2) Recetor constitutivo do androstano (CAR) …………………………..

4.2.4.3) Recetor de ligação à vitamina D (VDR) ………………………………

5. Resultados ……………………………………………………………………………….

6. Discussão ………………………………………………………………………………..

7. Conclusão ………………………………………………………………………………..

8. Bibliografia ………………………………………………………………………………

9. Anexos

Anexo I – Compilação de imagens: plantas e os seus respetivos compostos

com atividade farmacológica

Anexo II – Tabela-resumo: 24 plantas medicinais e as suas possíveis

interações com agentes antineoplásicos

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Índice de Tabelas

Pág.

Tabela 1 – Relação entre a ocorrência de cada palavra-chave (PC) e os respetivos

artigos

Tabela 2 – Enzimas do CYP450 envolvidas no metabolismo de fármacos

antineoplásicos e suportivos

Tabela 3 – Proteínas transportadoras envolvidas no transporte de fármacos

antineoplásicos

Tabela 4 – Relação entre o número e respetiva percentagem de palavras-chave (e

derivados) e o nº de artigos que as apresentam no seu título

Tabela 5 – Nº de ocorrências de cada PC nos artigos que igualmente continham a

PC-mãe

Tabela 6 – Tabela-resumo: 24 plantas medicinais e as suas possíveis interações com

agentes antineoplásicos (Anexo II)

Tabela 7 – Metabolismo dos canabinoides pelo CYP450 ..............................................

Tabela 8 - Contraindicações e precauções associadas ao abuso de

tetrahidrocannabinol (THC) e canabidiol (CBD)

Tabela 9 – Condições com potencial de resposta à terapia com canabinoides ……….

Tabela 10 – Tumores sensíveis à inibição do seu crescimento induzida por

canabinoides

Tabela 11 - Efeitos biológicos recentemente relatados de Morinda citrifolia ou Neem

Tabela 12 – Percentagem de contribuição de cada PC nos artigos selecionados

(ordem decrescente)

Tabela 13 – Nº total de artigos contendo as palavras-chave e respetiva percentagem

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Índice de Gráficos

Pág.

Gráfico 1 – Relação entre o nº total de PC presentes e o nº do artigo que as apresenta

no seu título

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Índice de Figuras

Pág.

Figura 1 – Isoformas do CYP450 e a sua contribuição no metabolismo enzimático…

Figura 2 – Mecanismo de indução do CYP450 via PXR ………………………………..

Figura 3 – O efeito da hiperforina na terapia antineoplásica com irinotecano ………..

Figura 4 – Mecanismo de indução do CYP2B via CAR …………………………………

12 16 16 17

Índice de Figuras – Anexo I

Pág.

Figura 1 – Camellia sinensis ………………………………………………………………...

Figura 2 – Compostos com atividade farmacológica do Chá Verde (EGCG:

epigalocatequina-3-galato; EC: epicatequina)

Figura 3 – Echinacea purpurea ……………………………………………………………..

Figura 4 – Compostos com atividade farmacológica da Equinácea ……………………..

Figura 5 – Hypericum perfuratum …………………………………………………………..

Figura 6 – Compostos com atividade farmacológica do Hipericão ……………………...

Figura 7 – Zingiber officinale (rizoma) ………………………………………………………

Figura 8 – Compostos com atividade farmacológica do Gengibre ………………………

Figura 9 – Ginkgo biloba ……………………………………………………………………..

Figura 10 – Compostos com atividade farmacológica do Ginkgo ………………………..

Figura 11 – Panax ginseng (raízes) ………………………………………………………...

Figura 12 – Compostos com atividade farmacológica do Ginseng ………………………

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Figura 13 – Allium sativum (bolbo) ………………………………………………………….

Figura 14 - Compostos com atividade farmacológica do Alho …………………………...

Figura 15 – Matricaria recutita ………………………………………………………………

Figura 16 – Matricaria recutita, capítulos …………………………………………………..

Figura 17 – Compostos com atividade farmacológica da Camomila ……………………

Figura 18 – Valeriana officinalis …………………………………………………………….

Figura 19 – Compostos com atividade farmacológica da Valeriana …………………….

Figura 20 – a) Curcuma longa (planta); b) Tubérculo de Curcuma longa; c) Pó de

Curcuma longa

Figura 21 – Compostos com atividade farmacológica do Açafrão (curcumina) ………...

Figura 22 – Silybum marianum ……………………………………………………………...

Figura 23 – Compostos com atividade farmacológica do Cardo Mariano ………………

Figura 24 – Piper methysticum (planta) …………………………………………………….

Figura 25 – Piper methysticum (rizoma) ……………………………………………………

Figura 26 – Compostos com atividade farmacológica do Kava kava ……………………

Figura 27 – Vitis vinifera (folhas e frutos) …………………………………………………..

Figura 28 – Compostos com atividade farmacológica da Videira (Resveratrol) ………..

Figura 29 – Glycyrrhiza glabra (31) …………………………………………………………

Figura 30 – Compostos com atividade farmacológica do Alcaçuz ………………………

Figura 31 – Thymus vulgaris (planta) ……………………………………………………….

Figura 32 – Compostos com atividade farmacológica do Tomilho ………………………

Figura 33 – Cimicifuga racemosa …………………………………………………………..

Figura 34 – Compostos com atividade farmacológica da Erva de São Cristóvão ……...

Figura 35 – Punica granatum ………………………………………………………………..

Figura 36 – Compostos com atividade farmacológica da Punica granatum (a-Ácido

elágico; b-Punicalagina; c-Antocianinas presentes no fruto da romã)

Figura 37 – Linum usitatissimum (flores) …………………………………………………..

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Figura 38 – Compostos com atividade farmacológica da Linhaça. Estruturas de quatro

glicosídeos cianogénicos (monoglicosídeos: linamarina, Lotaustralin; Diglicosídeos:

linustatina e neolinustatina) e SDG (secoisolariciresinol diglicosídeo)

Figura 39 - Foeniculum vulgare ……………………………………………………………..

Figura 40 – Compostos com atividade farmacológica da Erva-Doce (estruturas

moleculares dos compostos maioritários presentes no óleo essencial de Foeniculum

vulgare)

Figura 41 – Compostos com atividade farmacológica da Erva-Doce (estruturas

moleclares de alguns fenóis e glicosídeos fenólicos isolados de Foeniculum vulgare)

Figura 42 – Mentha piperita …………………………………………………………………

Figura 43 – Compostos com atividade farmacológica da Hortelã-pimenta ……………..

Figura 44 – Cannabis sativa …………………………………………………………………

Figura 45 – Principais compostos com atividade farmacológica da Canábis …………..

Figura 46 – Azadirachta indica (fruto) ……………………………………………………..

Figura 47 – Árvore de Neem (Azaridachta indica) ……………………………………….

Figura 48 – Um dos compostos com maior atividade farmacológica de Neem, a

Azadiractina

Figura 49 – Árvore de Noni (Morinda citrifolia) …………………………………………...

Figura 50 – Morinda citrifolia (a-Fruto imaturo; b-Fruto maduro) ……………………….

Figura 51 – Morinda citrifolia (flor) …………………………………………………………

Figura 52 – Compostos com maior atividade farmacológica do Noni (Damnacanthal)

Figura 53 – Viscum album ………………………………………………………………….

Figura 54 – Ramos do Viscum album …………………………………………….............

Figura 55 – Compostos com atividade farmacológica do Azevinho/Visco …………….

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Abreviaturas, siglas e acrónimos

AAS - Ácido Acetilsalicílico

ABC - ATP Binding Cassette

ATP - Adenosina-trifosfato

BCRP - Breast Cancer Resistance Protein

BD - Biodisponibilidade

BSEP - Bile Salt Export Pump

CAR - Constitutive Androstane Receptor

Cplasm - Concentração plasmática

Cintracel - Concentração intracelular

CYP - Enzimas do Citocromo

DOX - Doxorrubicina

EGFR-TK - Epidermal Growth Factor Receptor Tyrosine-Kinase

GST - Glutationa-S-transferase

HCl - Ácido Clorídrico

HVI – Human immunodeficiency virus

hPAR - Human Proteinase-Activated Receptor

HPV18 – Vírus do Papiloma Humano do tipo 18

JB6 – Células da epiderme de ratos

LBD - Ligand Binding Domain

MATE - Multidrug and Toxic Compound Extrusion Transporters

MOLT - Human acute T lymphoblastic leukaemia (linha celular)

MRP - Multidrug-associated Resistance Proteins

mRNA - RNA mensageiro

MT- 4 – Macrófagos (células M-Trópicas) onde o HIV se replica

NR1 - Nuclear Receptors

OAT - Organic Anion Transporters

OATP - Organic Anion Transporting Polypeptides

OATP-B - Organic Anion-Transporting Polypeptide B

OCT - Organic Cation Transporters

OMS - Organização Mundial de Saúde

PC – Palavra-chave

PEPT - Peptide Transporters

P-gp - Permeability Glycoprotein

PSA - Prostate Especific-Antigen

PXR - Pregnane X Receptor

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PXRE - Xenobiotic Response Elements

Ras - Oncogene

RXR - 9-cis Retinoic Acid Receptor

SJW - St. John’s Wort

SLC - Solute Carrier

SN-38G - Metabolito ativo do irinotecano

SRC-1 - Steroid Receptor Co-ativator

SULT - Sulfotransferase

SXR - Steroid and Xenobiotic Receptor

TGI - Trato Gastrointestinal

UDP - Uridine Dinucleotide Phosphate

UGTs - UDP-Glucoronosiltransferases

VDR - Vitamin D-Binding Receptor

5-FU - 5-Fluorouracilo

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1. Introdução

A OMS classifica como “medicamentos à base de plantas” a categoria de medicamentos de

origem vegetal, que incluem na sua constituição: plantas, materiais vegetais, preparações à

base de plantas e produtos acabados à base de plantas, contendo, como substâncias ativas,

partes de plantas ou outros materiais vegetais ou combinações destes materiais entre si.

Atualmente, o recurso a medicamentos à base de plantas, também designados por

fitoterápicos pela OMS, tem por base uma utilização histórica dos mesmos para fins

terapêuticos, desde os tempos mais primordiais. Como tal, nos dias de hoje, a sua prática é

bem estabelecida e amplamente reconhecida como segura e eficaz, podendo ser aceite pelas

autoridades nacionais que regulamentam o mercado de produtos com atividade terapêutica

(1).

A prevalência do uso de medicamentos à base de plantas é elevada e continua a aumentar

(2), em particular, em doentes com cancro, que no mundo ocidental estão a conjugar essas

substâncias com a terapia convencional, para acelerar os processos terapêuticos, ainda que

não seja considerada relevante a comunicação e partilha de tal prática com as comunidades

oncológicas, farmacêuticas, químicas, e botânicas (3).

Como é de conhecimento geral, as plantas representam as maiores fontes de substâncias

ativas que podem ser usadas na terapêutica, devido à grande diversidade estrutural de

metabolitos produzidos sendo, possivelmente, a fonte mais antiga de medicamentos para o

Homem (4).

O principal propósito desta revisão é a ampliação sistemática do conhecimento das interações

entre agentes antineoplásicos e plantas medicinais. Tais interações indesejadas promovem

um risco acrescentado para o doente. Esse risco, estando relacionado com a falta de

conhecimento prévio da verdadeira atividade terapêutica das plantas e das possíveis

interações com fármacos, pode muitas vezes interferir na terapêutica quimioterápica

antineoplásica administrada. Apesar dos avanços tecnológicos e do aumento das

investigações químicas e farmacológicas das plantas ditas medicinais, muitas ainda não têm

os seus compostos ativos elucidados estruturalmente, assim como os seus efeitos

terapêuticos.

Algumas interações planta-fármaco relatadas na literatura encontram-se bem estabelecidas,

com mecanismo elucidado. Outras, apesar da relação causa/efeito ter sido estabelecida, não

foram investigadas sistematicamente visando estabelecer o mecanismo da interação,

restando hipóteses não confirmadas para justificar os resultados clínicos. Paralelamente, a

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falta de padronização dos extratos de plantas utilizados, das doses e dos períodos de

tratamento investigados, nas pesquisas pré-clínicas e clínicas, dificultam a comparação dos

resultados obtidos, bem como a extrapolação dos mesmos para o dia-a-dia e para a prática

terapêutica (5).

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2. Objetivo

Como resultado da falta de estudos, os relatos sobre as interações farmacocinéticas

clinicamente relevantes no uso concomitante de fitoterápicos com quimioterápicos são

relativamente escassos. Assim, pretende-se que esta revisão da literatura compile

informações sobre interações mais frequentes e de maior relevância farmacológica, entre

agentes antineoplásicos e plantas medicinais, de modo a contribuir para o conhecimento

essencial dos profissionais envolvidos nesta prática terapêutica.

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3. Metodologia

Foram realizadas pesquisas bibliográficas eletrónicas de janeiro de 2017 a agosto de 2017,

com o objetivo de identificar Revisões Sistemáticas sobre interações entre plantas medicinais

e fármacos convencionais ou antineoplásicos. Para tal, foram utilizados os seguintes bancos

de dados eletrónicos: MEDLINE®, SciELO e Google Scholar Database.

Os termos de pesquisa foram construídos usando as palavras "medicamentos fitoterápicos",

“plantas medicinais”, “interações", “neoplásicos”, ” neoplasias”, “cancro”, “indução”, “inibição”

“CYP450” e os seus termos derivados. A palavra “Revisão" foi igualmente inserida na matriz

da pesquisa endoçada ao título do artigo.

As pesquisas bibliográficas foram conduzidas com a imposição de restrições em língua

inglesa e portuguesa e o intervalo de publicação foi de [2000 a 2017].

A estratégia de pesquisa seguiu a seguinte linha de ação:

1. Pesquisa bibliográfica nas bases de dados mencionadas, utilizando as “palavras-chave”

anteriormente referidas com base na sua ocorrência no título do artigo;

2. Pesquisa de artigos pelo nome da planta;

3. Eliminação de artigos duplicados;

4. Exclusão daqueles artigos que não mencionavam interações planta-fármacos.

As Revisões Sistemáticas foram definidas como artigos que incluíram uma metodologia

explícita e repetitiva. Assim, os artigos que estabeleciam Revisões Sistemáticas e que foram

incluídos neste trabalho tiveram que se concentrar nas interações entre fármacos e plantas

medicinais, sendo que, no caso de duplicados, se optou pelo trabalho mais recente.

Foram excluídas Revisões e/ou Críticas não sistemáticas relativas à efetividade de produtos

fitoterápicos.

A qualidade metodológica de todas as Revisões Sistemáticas e artigos foi avaliada utilizando

uma tabela onde se registou o número de ocorrências das palavras-chave no título de cada

artigo, sendo que, o artigo que teria maior relevância e contribuição para este estudo deveria

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ser aquele que apresentasse uma maior quantificação de palavras-chave (8

ocorrências). Cada artigo foi identicado pela sua numeração sequencial na bibliografia. A cada

palavra-chave em língua portuguesa correspondeu a mesma palavra-chave em língua

inglesa.

No presente estudo foram selecionados 84 artigos provenientes das bases de dados já

mencionadas, publicados até agosto de 2017, denominados, de seguida, como “Amostra”.

Todos os artigos selecionados, que constituíram a Amostra, estavam relacionados com a

”interação entre plantas medicinais e agentes neoplásicos”, seguindo a linha de “colheita”

equivalente à ocorrência de pelo menos uma das palavras-chave, previamente selecionadas

inscritas no “Titulo” do mesmo.

A tabela 1 apresenta a ocorrência das palavras-chave, ou seus derivados, no título de cada

artigo selecionado.

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Tabela 1 – Relação entre a ocorrência de cada palavra-chave (PC) e os respetivos artigos. A

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tal

44 1 - 1 - - - - 1 3

45 1 1 - - - - - - 2 46 - 1 - 1 - - 1 - 3 47 1 - - - - - - - 1 48 1 - - - - - - - 1 49 1 - - - - - - 1 2 50 1 - - - - - - 1 2 51 1 - - - - - - - 1 52 1 - - - - - - - 1 53 1 - - - - - - 1 2 54 1 - - - - - - 1 2 55 1 - - - 1 - - 1 3 56 1 - - - - - - - 1 57 1 1 - - - - - - 2 58 1 1 - 1 - - - - 3 59 1 - - - - - - 1 2 60 1 - - - 1 - - - 2 61 1 - - 1 1 - - - 3 62 1 - - 1 1 - - - 3 63 1 - - 1 1 - - - 3 64 1 - - 1 - - - - 2 65 1 - - 1 - - - - 2 66 1 - 1 1 - - - - 3 67 1 - - 1 - - - - 2 68 1 - - - 1 - - 1 3 69 1 - - - 1 - - - 2 70 1 1 - - - - - - 2 71 1 - - - 1 - - - 2 72 1 - - - - - - 1 2 73 1 - 1 - - - - - 2 74 1 - - - - - - 1 2 75 1 - - 1 1 - - - 3 76 1 - - - - - - - 1 77 1 - - - - - - - 1 78 1 - - - - - - - 1 79 1 - - - - - - - 1 80 1 - - - - - - - 1 81 1 - - - - - - - 1 82 1 - - - - - - - 1 83 1 - - - - - - - 1 84 1 - - - - - - - 1

Total 70 25 10 16 16 8 8 15 --

Page 21: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

8

4. Enquadramento teórico

4.1) Mecanismos gerais de interação planta-fármaco

4.1.1) Interações farmacodinâmicas

As interações farmacodinâmicas são interações que provocam mudanças nas respostas

farmacológicas, afetando o mecanismo de ação do fármaco e a relação entre a concentração

do medicamento e o seu efeito. Estas interações podem resultar no aumento ou inibição da

atividade farmacológica de um fármaco coadministrado. Como tal, implicam,

consequentemente, alterações nos efeitos farmacológicos do fármaco, através de ações

aditivas, sinérgicas ou antagónicas. Contudo, considera-se que grande parte das interações

planta-fármaco, que resultam em efeitos clínicos graves ou mesmo fatais para o doente,

acontecem devido a interações farmacocinéticas, isto é, devido a alterações na absorção,

distribuição, biotransformação e/ou eliminação de determinado medicamento (6). Assim, um

maior enfoque será dado a esse tipo de interações, ao longo desta revisão.

4.1.2) Interações farmacocinéticas

As interações farmacocinéticas compreendem alterações na forma como os fármacos chegam

ao organismo e podem influenciar a quantidade ou concentração dos mesmos. Se estas

interações levarem ao aumento dos níveis de determinado fármaco, podem levar a efeitos

secundários graves e/ou toxicidade. Contrariamente, se houver diminuição da concentração

de um fármaco, pode ter como consequência uma menor eficácia do medicamento ou

possibilidade de resistência ao mesmo (7). As interações farmacocinéticas são as que

ocorrem com maior frequência, estando relacionadas com os seguintes processos (6):

4.1.2.1) Absorção

É essencialmente ao nível do estômago e intestino que tanto plantas medicinais como

fármacos são absorvidos, quando administrados por via oral (7). Dos efeitos desta

coadministração podem resultar: aumento/diminuição do pH intestinal, aumento do fluxo

sanguíneo entero-hepático e aumento/diminuição do trânsito gastrointestinal. No caso de

haver atraso no esvaziamento gástrico, há um maior tempo de retenção do medicamento em

pH ácido, podendo resultar na sua degradação (6). Em contrapartida, algumas plantas com

propriedades laxantes, podem acelerar o processo digestivo, reduzindo a quantidade de

Page 22: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

9

tempo que um medicamento está presente para ser digerido e posteriormente absorvido.

Alterações fisiológicas geradas pela alimentação acabam por aumentar a absorção e

concentração máxima do medicamento no organismo, podendo resultar numa situação de

toxicidade. Uma forma de contornar esta situação é o alerta, cedido por parte do médico

oncologista, de que os quimioterápicos antineoplásicos poderão ter que ser ingeridos no

intervalo entre as refeições (7).

4.1.2.2) Distribuição

Uma vez na corrente sanguínea, independentemente da via de administração, há ligação do

fármaco às proteínas plasmáticas (como a albumina, glicoproteínas e imunoglobulinas). Se o

fitoterápico possuir princípios ativos com estrutura molecular semelhante à do medicamento,

estes podem competir na ligação às proteínas plasmáticas, podendo ter como consequência

uma maior biodisponibilidade dos medicamentos anticancerígenos (que não se ligam a estas

proteínas) e, com isto, maior possibilidade de interações e reações de toxicidade (6).

4.1.2.3) Metabolização

Após a entrada na corrente sanguínea, muitos fármacos necessitam de ser metabolizados

pelo fígado, havendo ativação farmacológica dos metabolitos ou remoção dos mesmos (7). A

maioria das interações medicamentosas por fitoterápicos ocorre por indução ou inibição de

enzimas de fase I ou fase II.

O metabolismo de fase I, geralmente resulta na introdução de um grupo funcional hidrofílico

em compostos de caráter lipofílico ou no desvelamento de novos grupos funcionais. Nesta

fase podem ocorrer vários tipos de reação, como a oxidação, redução e hidrólise (8). Como

parte integrante desta classe, encontram-se todas as enzimas do complexo do citocromo

P450, assim como as aldeído/álcool–desidrogenases, entre outras (6). As famílias CYP 1, 2

e 3 são as famílias de enzimas mais abundantes e as isoformas CYP1A2, CYP2C e CYP3A4

contribuem para aproximadamente 30% do metabolismo da maioria dos fármacos (9). Devido

à falta de especificidade relativamente ao seu substrato, estas enzimas podem atuar tanto em

substâncias endógenas como exógenas. Apesar de muitos medicamentos anticancerígenos

não necessitarem de ativação metabólica para exercerem a sua ação ao nível das células

neoplásicas, outros são pró-fármacos, necessitando de biotransformação para se tornarem

ativos e terem o efeito farmacológico pretendido. Assim, após a indução destas enzimas, pode

resultar: uma maior ativação dos pró-fármacos e, consequentemente, um aumento na

biodisponibilidade dos metabolitos ativos levando a aumento da toxicidade; uma maior

metabolização dos fármacos favorecendo uma excreção aumentada dos mesmos, resultando

Page 23: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

10

numa diminuição de eficácia. Como tal, a coadministração de fitoterápicos e medicamentos

anticancerígenos deve ser realizada com a noção de que as plantas medicinais podem ser

potentes indutores ou inibidores das enzimas de fase I, associadas ao complexo do citocromo

p450.

As enzimas de fase II têm como principal função a conjugação de xenobióticos ou metabolitos

resultantes da fase I, com substratos endógenos com o objetivo final de desintoxicação (6).

Estes substratos podem ser açúcares ou aminoácidos de modo a aumentar a polaridade do

composto e permitir a sua eliminação (9). As principais famílias de enzimas com atividade

nesta fase são as GSTs, UGTs, sulfotransferases e N-acetiltransferases. A família das GSTs

é encontrada em diferentes tecidos, exercendo um papel central na destoxificação de

xenobióticos, nos humanos. Assim, alterações nos seus níveis de expressão podem alterar a

resposta dos doentes aos quimioterápicos antineoplásicos, sendo que, o aumento da

expressão dessas enzimas de fase II pode resultar em perda de eficácia do agente

antineoplásico. Contrariamente, a supressão destas enzimas pode desencadear uma reação

de toxicidade. Deste modo, deve-se considerar o risco de interação medicamentosa pela

ingestão concomitante de fitoterápicos com quimioterápicos em doentes oncológicos, uma

vez que, estas plantas podem alterar a expressão ou mesmo competir pelas enzimas de fase

II (6).

4.1.2.4) Eliminação

A excreção de xenobióticos do organismo está relacionada com a atividade de três órgãos

principais: os rins, onde ocorre a eliminação dos medicamentos hidrofílicos; o fígado, onde,

após a biotransformação, os metabolitos são eliminados pela bílis; os pulmões, responsáveis

pela excreção de substâncias voláteis. A eliminação celular de xenobióticos requer a ligação

destes a proteínas transportadoras, de modo a que sejam expulsos do meio intracelular para

o meio extracelular. A expressão dos genes destas proteínas é essencial ao nível da terapia

oncológica, pois muitos estão associados à resistência a múltiplos fármacos. A família ABC é

um exemplo de uma família de proteínas transportadoras dependentes de ATP, envolvida

tanto na absorção como na eliminação celular de agentes antineoplásicos. Como tal, estas

proteínas estão localizadas tanto na membrana apical das células epiteliais intestinais, sendo

responsáveis essencialmente pela absorção de substâncias, como na membrana proximal

das células dos túbulos renais, estando associadas à sua eliminação do organismo (6). A

proteína mais envolvida no transporte transmembranar de substâncias é a P-gp, que

desempenha um papel fundamental no efluxo de fármacos e metabolitos, podendo resultar

em interações farmacocinéticas (9). A importância do estudo dos mecanismos associados a

estas proteínas, centra-se no facto de as células neoplásicas poderem tornar-se resistentes

Page 24: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

11

aos quimioterápicos, por aumentarem a expressão destas proteínas, resultando na expulsão

do fármaco antes de este chegar ao seu alvo biológico, (diminuindo, assim, a sua eficácia)

(6).

4.2) Mecanismos específicos de interação entre agentes antineoplásicos e plantas

medicinais

Tal como já foi referido anteriormente, as interações farmacocinéticas são as que ocorrem

com maior frequência, envolvendo alterações na absorção, distribuição, metabolização e

eliminação dos quimioterápicos.

4.2.1) Interações mediadas por enzimas

4.2.1.1) Sistema de isoenzimas do citocromo p450

A maioria das interações farmacocinéticas relacionadas com o metabolismo de fármacos

quimioterápicos envolve, essencialmente, o complexo enzimático do citocromo P450 que se

localiza nas membranas do retículo endoplasmático liso de diferentes tecidos, essencialmente

no fígado. A baixa afinidade destas enzimas permite que sejam capazes de metabolizar um

número quase ilimitado de substratos. Além dos xenobióticos, participam na metabolização

de substratos endógenos como o colesterol, ácidos biliares, hormonas tiroideias e ácidos

gordos (10). O metabolismo de agentes antineoplásicos encontra-se associado

essencialmente às enzimas CYP: 1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, 3A4 e 3A5.

Na figura 1 podem observar-se algumas das isoformas de CYP450 e a sua contribuição na

metabolização enzimática de fármacos. De todas estas famílias de enzimas, a que tem maior

impacto no metabolismo de quimioterápicos antineoplásicos é a CYP3A4, como é possível

observar na tabela 2. No geral, a inibição das enzimas do CYP450 leva a níveis elevados de

fármaco citotóxico, a não ser que este seja um pró-fármaco inativo, tal como acontece com a

ciclofosfamida ou a ifosfamida. Em contrapartida, a indução destas enzimas, terá como

consequência uma falha na eficácia terapêutica, no caso dos fármacos metabolizados já se

encontrarem farmacologicamente ativos (3).

Page 25: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

12

Figura 1 – Isoformas do CYP450 e a sua contribuição no metabolismo enzimático (14).

Tabela 2 – Enzimas do CYP450 envolvidas no metabolismo de fármacos antineoplásicos e

suportivos. Adaptado (36).

Page 26: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

13

4.2.2) Interações mediadas por transportadores

Embora a maioria dos estudos se foquem mais nas interações medicamentosas através da

ação dos citocromos, a influência das proteínas transportadoras na presença de interações

está cada vez mais a ser documentada, pois foi revelado que podem desempenhar um papel

importante na modulação da absorção, distribuição, metabolismo e eliminação do fármaco,

afetando, a farmacocinética (11).

4.2.2.1) Proteínas transportadoras dependentes de ATP (família ABC)

A superfamília de proteínas transportadoras ABC atua de modo a exportar o substrato

correspondente, do interior da célula para o exterior, funcionando como uma bomba de efluxo,

através do consumo de ATP. Deste modo, medeia o transporte de substâncias através de

membranas celulares (10). Estes transportadores afetam significativamente a

farmacocinética, eficácia e toxicidade de xenobióticos (incluindo fitoterápicos) e os fármacos

coadministrados podem inibir ou induzir estes transportadores (11). A tabela 3 resume alguns

dos transportadores ABC envolvidos no transporte de agentes antineoplásicos

quimioterápicos. Dentro desta família, a P-gp é a mais estudada, sendo considerada a

responsável pelo fenómeno de resistência a múltiplos fármacos na terapia antineoplásica.

Para além de associada a células tumorais, esta proteína glicosilada também pode ser

encontrada em tecidos normais de órgãos, nos humanos, tais como: fígado, rins, pâncreas,

trato gastrointestinal e barreira hemato-encefálica (10). Outras subfamílias com relevância

são: proteína de resistência ao cancro da mama (BCRP), bomba de exportação de sal biliar

(BSEP), bem como várias proteínas de resistência associadas a múltiplos fármacos (MRPs)

(11).

Tabela 3 – Proteínas transportadoras envolvidas no transporte de fármacos antineoplásicos.

Adaptado (36).

Page 27: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

14

4.2.2.2) Interações mediadas por transportadores de soluto (SLC)

Esta família engloba os transportadores associados ao processo de absorção de solutos e

inclui: os polipéptidos transportadores de aniões orgânicos (OATPs), transportadores de

catiões orgânicos (OCTs), transportadores de aniões orgânicos (OATs), transportadores de

péptidos (PEPT) e transportadores de extrusão de múltiplos fármacos e compostos tóxicos

(MATE). O complexo de transportadores SLC é conhecido por facilitar a absorção de

fitoterápicos e xenobióticos na circulação sistémica. Como os transportadores são

principalmente expressos nas células epiteliais intestinais e órgãos de eliminação (túbulos

proximais do rim e hepatócitos), podem influenciar significativamente a disponibilidade dos

medicamentos à base de plantas. Atualmente, verifica-se que ainda há poucos estudos sobre

a influência desta família nas interações planta-fármaco, contrariamente ao que acontece com

a família de transportadores ABC, onde o grande foco incide nas interações com a P-gp (11).

4.2.3) Interações “mistas”: mediadas por ação de enzimas e transportadores

Alguns fitoterápicos são conhecidos por influenciar a função enzimática do citocromo e do

transportador. A P-gp e o CYP3A4 constituem uma barreira altamente eficiente para muitos

fármacos oralmente administrados, com uma grande sobreposição ao nível dos seus

substratos. Rhodiola rosea (raiz dourada) é um exemplo de um fitoterápico utilizado no

tratamento da depressão e que demonstrou uma potente inibição tanto da P-gp como do

CYP3A4. Contrariamente, Hypericum perforatum (hipericão), igualmente utilizado devido às

suas propriedades antidepressivas, induz tanto o CYP3A4 como o transportador P-gp (12).

Um estudo recente revelou que a quercetina e a rutina, flavonoides derivados de plantas

medicinais conhecidas, induziram as funções de ambos P-gp e CYP3A4, diminuindo a

biodisponibilidade da ciclosporina coadministrada (13). Estas alterações no efluxo normal da

P-gp e na atividade do CYP450 têm um impacto na farmacocinética associada aos substratos

do CYP3A4 e da P-gp. Assim, quando há interação entre plantas medicinais e

antineoplásicos, surgem alterações, que podem resultar da indução/inibição de ambos os

sistemas referidos (11).

Page 28: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

15

4.2.4) A influência dos recetores nucleares

4.2.4.1) O recetor de pregano X (PXR)

O PXR, também conhecido como recetor de esteroides e xenobióticos (SXR) ou recetor

ativado pela proteinase humana (hPAR), emergiu como um dos principais reguladores do

CYP3A4 e da P-gp (3). Consiste numa proteína nuclear responsável pela regulação da

expressão do mRNA de várias isoformas de CYP450 (como o CYP3A4, 2B6 e 2C9) e o gene

MDR-1. Quando um substrato se liga ao PXR (presente na membrana nuclear), o complexo

PXR-substrato migra para o núcleo e liga-se ao RXR, tornando-se um heterodímero PXR-

RXR (14). O heterodímero irá ativar elementos de resposta aos xenobióticos, PXRE, levando

ao processo de transcrição dos respetivos genes (Fig. 2).

Os ligandos da PXR humana atualmente conhecidos são todos indutores bem estabelecidos

do CYP3A4, tais como os fármacos: rifampicina, dexametasona, clortrimazol e paclitaxel (3).

Moore et al., demonstraram que a capacidade indutiva de SJW também é mediada pelo PXR

(15). Em particular, o composto farmacologicamente ativo do SJW, a hiperforina, tem

capacidade para ativar o PXR, induzindo a expressão do CYP3A4 e CYP2C9. Assim,

verificou-se que doentes oncológicos que usavam SJW em combinação com irinotecano, os

níveis plasmáticos de SN-38, o metabolito ativo do irinotecano, foram 42% menores (Fig. 3)

(16). A hiperforina também demonstrou formar um complexo com o domínio de ligação ao

ligando da PXR humana (3).

Estes recetores nucleares também foram referidos como capazes de induzir a expressão de

enzimas de conjugação de fase II, como UDP-glucuronosil transferase, sulfotransferase e

Glutationa-S-transferase (17).

Assim, como resultado de uma maior indução destes recetores nucleares, há uma expressão

aumentada da P-gp e do CYP3A4 e uma consequente redução da taxa de absorção celular

do fármaco e um aumento da sua taxa de eliminação.

Page 29: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

16

Figura 2 – Mecanismo de indução do CYP450 via PXR. Quando um substrato se liga ao PXR,

este migra para o núcleo e liga-se ao RXR nuclear, formando o heterodímero PXR-RXR. De

seguida, este complexo liga-se ao elemento de resposta PXRE, que atua como um promotor,

resultando na transcrição dos genes envolvidos (14).

Figura 3 – O efeito da hiperforina na terapia antineoplásica com irinotecano. A hiperforina, a

substância ativa de SJW, liga-se ao PXR, de modo a ativá-lo. Após a sua ativação, o PXR

forma um heterodímero com o RXR e este complexo liga-se ao PXRE no gene associado ao

CYP450. A transcrição do gene é aumentada e mais CYP3A4 é formado. Consequentemente,

há um aumento do metabolismo do irinotecano no seu metabolito inativo, o irinotecano

oxidado. A quantidade restante de irinotecano para ser metabolizada em SN-38 (o seu

Page 30: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

17

metabolito ativo) diminui, resultando em menos SN-38 ativo e uma menor eficácia terapêutica

deste agente antineoplásico (3).

4.2.4.2) Recetor constitutivo do androstano (CAR)

Outro recetor nuclear identificado como indutor de enzimas metabolizadoras é o CAR que

consiste num recetor capaz de produzir uma resposta biológica na ausência de um ligando,

apresentando, assim "atividade constitutiva". Esta atividade constitutiva pode ser inibida por

concentrações excessivas dos metabolitos da testosterona, o androstanol e androstenol. O

CAR e PXR são membros da mesma subfamília de recetores nucleares (NR1) e partilham

40% de aminoácidos nos seus domínios de ligação ao ligando (LBD) (19).

Contrariamente ao PXR, o CAR localiza-se no citosol e, após sofrer ativação, sofre uma

translocação para o núcleo onde se liga ao RXR nuclear, formando o heterodímero CAR-RXR.

Assim, este complexo liga-se ao elemento de resposta CAR-RE, que atua como um promotor,

resultando na transcrição dos genes envolvidos (Fig. 4) (18). Os genes-alvo do CAR estão

envolvidos na expressão de enzimas de fase II, tais como: isoformas UGT (UGT1A1, UGT1A6

e UGT1A9), transportadores de efluxo incluindo os OATP’s (OATP1, OATP2 e OATP4),

MRP’s (MRP-2, MRP-3), MDR1, o citocromo p450 (CYP2B6, CYP2C9, CYP3A4) e GST-A1

e -A2 (20). Assim, percebe-se que ao afetar e induzir tantos sistemas de enzimas e

transportadores, o CAR desempenhe um papel fundamental no metabolismo de xenobióticos

e que a sua indução/inibição resulte em interações planta-fármaco.

Figura 4 – Mecanismo de indução do CYP2B via CAR. Quando um substrato se liga ao CAR,

este migra para o núcleo e liga-se ao RXR nuclear, formando o heterodímero CAR-RXR. De

seguida, este complexo liga-se ao elemento de resposta CAR-RE, que atua como um

promotor, resultando na transcrição dos genes envolvidos (14).

Page 31: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

18

4.2.4.3) Recetor de ligação à vitamina D (VDR)

VDR é um recetor que medeia o crescimento celular, a diferenciação e a morte celular, em

resposta à 1,25-di-hidroxi-vitamina D3 (3). Schmiedlin-Ren et al. foram os primeiros a

demonstrar que o VDR também está envolvido na regulação do CYP3A4 (21). Foi também

estabelecida a relação entre o VDR e a indução da expressão do CYP2B6 e CYP2C9 (22).

Os ligandos de VDR são, para além da 1,25-di-hidroxi-vitamina D3, o ácido litocólico (ácido

biliar secundário), indicando um papel importante do VDR na desintoxicação de ácidos biliares

hepatotóxicos (3).

Page 32: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

19

5. Resultados

Análise da representatividade da amostra

A representatividade do total analisado está evidenciada na tabela seguinte, onde são

quantificados os artigos que referem cada palavra-chave, assim como a respetiva

percentagem.

Tabela 4 – Relação entre o número e respetiva percentagem de palavras-chave (e derivados)

e o nº de artigos que as apresentam no seu título.

Pa

lav

ra-c

have

(PC

)

Pla

nta

s m

ed

icin

ais

Inte

raç

ão

Farm

aco

cin

éti

ca

An

tin

eo

plá

sic

o

Ca

nc

ro

Ind

uçã

o

CY

P4

50

Re

vis

ão

Sis

tem

áti

ca

Nº de artigos que referem a

PC 70 25 10 16 16 8 8 15

% de artigos que referem a

PC 83 30 12 19 19 10 10 18

A “análise da competência” dos artigos recolhidos para o estudo - que mede a efetividade da

contribuição das palavras-chave para cada artigo - encontra-se no gráfico de dispersão que

se segue.

Gráfico 1 – Relação entre o nº total de PC presentes e o nº do artigo que as apresenta no

seu título.

0

1

2

3

4

5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

tota

l de P

C p

resente

s e

m c

ada

art

igo

Nº do artigo(pela mesma ordem da Bibliografia)

Page 33: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

20

Após a conclusão da pesquisa, verificou-se que a PC com maior ocorrência no título dos

artigos era a palavra “plantas medicinais”, quer em língua portuguesa como na sua forma

linguística inglesa.

Assumindo este facto, foi ponderado o peso das restantes PC sobre a PC-mãe “plantas

medicinais”, objeto central das amostras, de onde resultou a tabela que se segue.

Tabela 5 – Nº de ocorrências de cada PC nos artigos que igualmente continham a PC-mãe.

Inte

raç

ão

Farm

aco

cin

éti

ca

An

tin

eo

plá

sic

o

Ca

nc

ro

Ind

uçã

o

CY

P4

50

Re

vis

ão

Sis

tem

áti

ca

Plantas medicinais

17 9 15 16 2 4 14

A tabela 6, presente no Anexo II, consiste numa Tabela-resumo que foi elaborada com o

objetivo de reunir informações sobre 24 plantas medicinais e as suas possíveis interações

com agentes antineoplásicos. Esta tabela surge como resultado de um cruzamento de dados

obtidos através de estudos, revisões sistemáticas e literatura diversos.

A tabela 7 resume quais as famílias de enzimas do CYP450 que são induzidas ou inibidas no consumo dos diferentes constituintes isolados da Canábis. Tabela 7 – Metabolismo dos canabinoides pelo CYP450. Adaptado (65).

Enzimas metabolizadoras

Inibidores das enzimas

Indutores das enzimas

Canábis fumada 2C9, 2C19, 3A4 3A4, 2B6, 2C9,

2D6 1A2

Tetrahidrocanabinol (THC)

2C9, 3A4 3A4 --

Canabidiol (CBD) 2C19, 3A4 2B6, 2C9, 2D6,

3A4 --

Nabilona 2C9 -- --

Dronabinol 2C9, 3A4 3A4 --

Na tabela 8 é possível observar as contraindicações e precauções associadas ao abuso de Tetrahidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD), compostos psicoativos encontrados na Canábis.

Page 34: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

21

Tabela 8 - Contraindicações e precauções associadas ao abuso de tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD). Adaptado (65).

Contraindicações Precauções

Idade <25 anos Condução de veículos motorizados

Gravidez ou lactação Uso de equipamento industrial

Esquizofrenia Uso de sedativos e hipnóticos

Psicose derivada de canábis quando utilizado como estupefaciente recreativo

Hipotensão

Função cardíaca comprometida Fumadores intensivos de tabacoa

História de álcool ou abuso de substâncias Uso de fortes inibidores do CYP3A4b

a Risco de artrite induzida por canábis.

b Claritromicina, cetoconazole, indinavir, lopinavir, ritonavir.

Na tabela 9 encontram-se algumas condições com potencial de resposta à terapia com os

canabinoides THC e CBD.

A tabela 10 resume quais são os principais tipos de tumores sensíveis à inibição do seu

crescimento, induzida pelo consumo de Canábis.

Tabela 9 – Condições com potencial de resposta à terapia com canabinoides. Adaptado (65).

Sintoma-alvo Tetrahidrocanabinol (THC) Canabidiol (CBD)

Dor neuropática +++

Induzido por quimioterapia: Neuropatia periférica Náuseas ou vómitos

++

+++

?

Modelos animais pré-clínicos

Náusea antecipatória + Modelos animais pré-clínicos

Estimulação do apetite ++ ?

Espasticidade / Espasmos +++ +

Inflamação + ++

“Ataque” epilético + +++

Ansiedade + ou - Situações simuladas

Depressão + (adjuvante) Modelos animais pré-clínicos

Condições “malignas” Pré-clínicos Clínicos

++ +

++ ?

Page 35: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

22

Tabela 10 – Tumores sensíveis à inibição do seu crescimento induzida por canabinoides.

Adaptado (67).

Tipo de tumor Sistema

experimental Efeito Recetor

Carcinoma pulmonar In vivo (ratinho)

In vitro

↓ Tamanho do tumor;

Inibição do crescimento celular N.D.

Glioma In vivo (ratinho,

ratazana) In vitro

↓ Tamanho do tumor;

Apoptose CB1, CB2

Epitelioma da tiroide In vivo (ratinho)

In vitro

↓ Tamanho do tumor;

Paragem do ciclo celular CB1

Linfoma / leucemia In vivo (ratinho)

In vitro ↓ Tamanho do tumor;

apoptose CB2

Carcinoma da pele In vivo (ratinho)

In vitro

↓ Tamanho do tumor;

apoptose CB1, CB2

Carcinoma do útero In vitro Inibição do crescimento celular N.D.

Carcinoma da mama In vitro Paragem do ciclo celular CB1

Carcinoma da próstata

In vitro Apoptose CB1 ?

Neuroblastoma In vitro Apoptose VR1

N.D. – não determinado

VR1 – Recetor vaniloide do tipo 1

Tabela 11 - Efeitos biológicos recentemente relatados de Morinda citrifolia (Neem). Adaptado (73).

Efeitos biológicos

Bactericida - Promotor de saúde que inibe a atividade de Escherichia coli; adjuvante no tratamento da úlcera gástrica ao inibir a atividade de Helicobacter pylori

Supressão do efeito citopático das células MT-4 infetadas por HIV

Potencial inibidor da atividade da micobactéria causadora de tuberculose (estudos in vitro)

Atividade anticancerígena

Aumento da eficácia terapêutica de fármacos anticancerígenos, como o Taxol

Inibição da atividade do oncogene Ras

Inibição da atividade da tirosina quinase

Inibição da transformação celular nas células JB6 presentes na epiderme do ratinho

Efeito analgésico

Efeito hipotensor

Atividade antioxidante

Efeito antiangiogénico nas veias placentárias humanas

Imunomodelador

Page 36: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

23

6. Discussão

Através da elaboração da tabela 4, foi possível verificar que a maioria dos artigos que

contribuíram para a realização deste estudo (cerca de 70 artigos), nomeadamente, da Tabela-

resumo das 24 plantas (tabela 6), referia a PC “Plantas medicinais”, ou derivados, no seu

título. Assim, este foi o maior universo de análise na amostra, representando 83% do total.

A seguinte tabela resume a percentagem de contribuição de cada PC nos artigos

selecionados, por ordem decrescente, de acordo com os resultados obtidos.

Tabela 12 – Percentagem de contribuição de cada PC nos artigos selecionados (ordem

decrescente).

Ord

em

dec

res

ce

nte

de c

on

trib

uiç

ão

de

cad

a P

C

Pla

nta

s m

ed

icin

ais

Inte

raç

ão

An

tin

eo

plá

sic

o

Ca

nc

ro

Re

vis

ão

sis

tem

áti

ca

Farm

aco

cin

éti

ca

Ind

uçã

o

CY

P4

50

% de

contribuição 83 30 19 18 12 10

Através do gráfico 1, verifica-se que o máximo de PC reunidas no título de um único artigo,

foram 4, no artigo nº 27, que contribuiu fortemente para a execução deste estudo. Contudo, a

qualidade e efetividade da contribuição dos artigos não esteve diretamente relacionada com

o nº de PC presentes no seu título.

A seguinte tabela resume o nº total de artigos que continham uma, duas, três ou quatro PC e

derivados, reunidas num único artigo, sendo que a maioria (42%) continha duas PC.

Tabela 13 – Nº total de artigos contendo as PC e respetiva percentagem.

Nº de PC Total de artigos

que as contêm

% do nº total

de artigos

1 25 30

2 35 42

3 23 27

4 1 1

Page 37: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

24

A tabela 5 foi elaborada com o objetivo de ponderar o peso das restantes PC sobre a PC-mãe

“plantas medicinais”, objeto central das amostras (presente em 83% dos artigos).

Cerca de 17% dos artigos contendo a PC-mãe referiam-se igualmente a interações dessas

plantas medicinais, em situações de “cancro” (16%) e, consequentemente, agentes

“antineoplásicos” (15%).

Cerca de 14% dos artigos selecionados com a PC-mãe eram “revisões sistemáticas” e cerca

de 9% referiam-se a interações “farmacocinéticas”. Do universo de interações

farmacocinéticas, 4% estavam associadas à atividade do CYP450, nomeadamente, a

situações de “indução” (2%).

Tabela-resumo: 24 plantas medicinais e potenciais interações

A elaboração da tabela 6 (Tabela-resumo: 24 plantas e as suas potenciais interações),

presente no Anexo II, foi baseada essencialmente em situações de indução ou inibição das

isoenzimas do CYP450, recetores hormonais e proteínas transportadoras de xenobióticos.

Toda a informação foi resumida e sintetizada após o cruzamento da informação de diferentes

artigos.

Cada planta foi avaliada com base nos mesmos parâmetros: nome científico/comum, família,

parte da planta utilizada, principais compostos ativos, indicações terapêuticas da planta

medicinal, agente antineoplásico quimioterápico com potencial interação, principais tipos de

cancro em que esse antineoplásico é utilizado, sistemas enzimáticos / transportadores /

recetores envolvidos na interação, efeitos clínicos/subclínicos da interação, observações. Só

assim, foi possível uma análise homogénea das 24 plantas.

As plantas escolhidas consistiram naquelas que, para além de serem as que apresentaram

interações mais frequentes na literatura, são atualmente muito utilizadas na

alimentação/fitoterapia na Europa, nomeadamente, em Portugal.

As plantas Canábis, Neem e Noni, não são muito utilizadas em Portugal como fitoterápicos.

Contudo, o conhecimento dos seus mecanismos de interação com antineoplásicos poderá vir

a ser bastante útil para futuras investigações e para os diferentes profissionais interessados

por esta área, daí a sua inclusão nesta tabela.

Page 38: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

25

7. Conclusão

Os produtos brutos e os produtos acabados à base de plantas medicinais são frequentemente

comercializados como “medicamentos” à base de plantas ou suplementos dietéticos mas,

infelizmente, estes produtos não estão livres de risco e as interações com medicamentos

prescritos são uma preocupação crescente e podem ter consequências públicas significativas.

Com o aumento do consumo de plantas medicinais para fins terapêuticos, aumenta

igualmente a probabilidade de ocorrerem interações entre estas e agentes antineoplásicos

quimioterápicos. Contudo, a perceção da interação, por parte do doente ou oncologista, pode

não ser facilmente reconhecida.

Atualmente, os efeitos destas plantas sobre a indução ou inibição de enzimas

metabolizadoras, transportadores ou recetores destes fármacos, ainda não são totalmente

conhecidos e necessitam de mais estudos. Na maioria dos estudos publicados, as plantas

foram utilizadas por um período de tempo relativamente curto. Em situações em que ocorre,

por exemplo, indução de enzimas metabolizadoras, é fundamental que os estudos sejam

feitos a longo prazo, avaliando o efeito do uso crónico destas plantas. Uma das dificuldades

destes estudos consiste na correta extrapolação dos dados obtidos em voluntários saudáveis

que consomem plantas medicinais, para doentes oncológicos submetidos a uma terapia

antineoplásica quimioterápica. No entanto, com base nas informações atualmente disponíveis

são várias as plantas que merecem especial cuidado quando tomadas concomitantemente

com outra medicação, nomeadamente a antineoplásica, tais como a Erva de São João,

Videira, Ginseng, Alho, Equinácea, entre outras, uma vez que estas têm uma forte ação

indutora de enzimas metabolizadoras, o que, por um lado, pode causar diminuição da eficácia

dos anticancerígenos, como uma maior toxicidade no caso de serem pró-fármacos.

A descoberta do papel dos recetores nucleares PXR, CAR, e VDR pode ser uma ajuda no

desenvolvimento de novos métodos para estudar as potenciais interações destas plantas. A

dificuldade reside no facto de que, em geral, as plantas medicinais conterem na sua

composição uma mistura complexa de compostos farmacologicamente ativos, de composição

variável e pouco definida. Outro aspeto relevante reside no facto de ainda existirem poucos

estudos a avaliar qual a dose crítica a partir da qual ocorrem, necessariamente, interações

planta-fármaco.

A avaliação dos dados obtidos com métodos in vitro e in vivo em ensaios clínicos bem

desenhados é, portanto, de extrema importância. Por conseguinte, é necessária uma

investigação mais aprofundada e que deve ser encorajada de modo a elucidar o papel das

plantas medicinais nas interações medicamentosas indesejadas, de modo a evitar um

tratamento insuficiente ou toxicidade indesejada em doentes oncológicos. Do mesmo modo,

devem ser estabelecidas diretrizes para o uso destas plantas.

Page 39: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

26

É fundamental que, nesta fase em que o cancro é apontado como “a doença” do século XXI,

os médicos oncologistas sejam encorajados a discutir o uso das plantas medicinais com os

seus doentes e terem consciência das possíveis interações planta-fármaco. Um dos exemplos

mais citados e conhecidos é o caso da Erva de São João, que muitos doentes utilizam para o

tratamento de depressão ligeira a moderada que, por vezes, surge como consequência de

uma situação de cancro. O seu uso em simultâneo com a terapia antineoplásica pode ser

crucial para a ineficácia do tratamento ou aumento da sua toxicidade.

Até agora, os produtos à base de plantas foram legalmente ignorados ou classificados como

suplementos dietéticos. Isso isenta muitos destes produtos de requisitos de segurança,

eficácia e regulação. Assim, é importante estar ciente de que a maioria das plantas medicinais

está fora do quadro regulatório, havendo poucos estudos ao nível da sua segurança, eficácia

ou padrões de fabrico e controlo.

Considerando o pouco conhecimento que ainda existe ao nível de como se processam as

interações planta-fármaco, a correta comunicação de tais casos, a vigilância cuidadosa, a

avaliação baseada em evidências e as revisões constantemente atualizadas são essenciais

para promover uma melhor compreensão desta área.

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84. Okusada K, Nakamoto K, Nishida M, Fujita-Hamabe W, Kamiya K, Mizushina Y, et al.

The antinociceptive and anti-inflammatory action of the CHCl3-soluble phase and its

main active component, Damnacanthal, isolated from the root of Morinda citrifolia. Biol

Pharm Bull. 2011;34(1):103–7.

Page 46: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

33

9. Anexos

Anexo I – Compilação de imagens: plantas e os seus respetivos compostos

com atividade farmacológica (não foi considerada a diferente ação de cada

molécula associada ao seu isomerismo)

Page 47: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

34

Camellia sinensis - Chá verde

Figura 1 – Camellia sinensis (27).

Figura 2 – Compostos com atividade farmacológica do Chá Verde (EGCG:

epigalocatequina-3-galato; EC: epicatequina) (29).

Page 48: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

35

Echinacea purpurea - Equinácea

Figura 3 – Echinacea purpurea (27).

Figura 4 – Compostos com atividade farmacológica da Equinácea (31).

Page 49: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

36

Hypericum perfuratum – Hipericão (Erva de São João)

Figura 5 – Hypericum perfuratum (31).

Figura 6 – Compostos com atividade farmacológica do Hipericão (31).

Page 50: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

37

Zingiber officinale - Gengibre

Figura 7 – Zingiber officinale (rizoma) (31).

Figura 8 – Compostos com atividade farmacológica do Gengibre (31).

Page 51: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

38

Ginkgo biloba - Ginkgo

Figura 9 – Ginkgo biloba (31).

Figura 10 – Compostos com atividade farmacológica do Ginkgo (31).

Page 52: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

39

Panax ginseng - Ginseng

Figura 11 – Panax ginseng (raízes) (31).

Figura 12 – Compostos com atividade farmacológica do Ginseng (31).

Page 53: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

40

Allium sativum - Alho

Figura 13 – Allium sativum (bolbo) (31).

Figura 14 - Compostos com atividade farmacológica do Alho (31).

Page 54: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

41

Matricaria recutita – Camomila Alemã

Figura 15 – Matricaria recutita (31).

Figura 16 – Matricaria recutita, capítulos (31).

Page 55: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

42

Figura 17 – Compostos com atividade farmacológica da Camomila (31).

Page 56: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

43

Valeriana officinalis - Valeriana

Figura 18 – Valeriana officinalis (31).

Figura 19 – Compostos com atividade farmacológica da Valeriana (31).

Page 57: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

44

Curcuma longa – Açafrão da terra

Figura 20 – a) Curcuma longa (planta); b) Tubérculo de Curcuma longa; c) Pó de Curcuma longa (76).

Figura 21 – Compostos com atividade farmacológica do Açafrão (curcumina) (8).

Page 58: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

45

Silybum marianum – Cardo Mariano

Figura 22 – Silybum marianum (31).

Figura 23 – Compostos com atividade farmacológica do Cardo Mariano (31).

Page 59: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

46

Piper methysticum – Kava kava

Figura 24 – Piper methysticum (planta) (31).

Figura 25 – Piper methysticum (rizoma) (31).

Page 60: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

47

Figura 26 – Compostos com atividade farmacológica do Kava kava (31).

Page 61: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

48

Vitis vinifera - Videira

Figura 27 – Vitis vinifera (folhas e frutos) (77).

Figura 28 – Compostos com atividade farmacológica da Videira (Resveratrol) (77).

Page 62: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

49

Glycyrrhiza glabra – Alcaçuz

Figura 29 – Glycyrrhiza glabra (31).

Page 63: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

50

Figura 30 – Compostos com atividade farmacológica do Alcaçuz (31).

Page 64: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

51

Thymus vulgaris – Tomilho

Figura 31 – Thymus vulgaris (planta) (31).

Figura 32 – Compostos com atividade farmacológica do Tomilho (31).

Page 65: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

52

Cimicifuga racemosa – Erva de São Cristovão (Black Cohosh)

Figura 33 – Cimicifuga racemosa (31).

Page 66: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

53

Figura 34 – Compostos com atividade farmacológica da Erva de São Cristóvão (31).

Page 67: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

54

Punica granatum - Romã

Figura 35 – Punica granatum (14).

a)

b)

Page 68: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

55

c)

Figura 36 – Compostos com atividade farmacológica da Punica granatum (a-Ácido elágico; b-Punicalagina; c-Antocianinas presentes no fruto da romã) (78).

Page 69: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

56

Linum usitatissimum – Linhaça

Figura 37 – Linum usitatissimum (flores) (79).

Figura 38 – Compostos com atividade farmacológica da Linhaça. Estruturas de quatro glicosídeos cianogénicos (monoglicosídeos: linamarina, Lotaustralin; Diglicosídeos:

linustatina e neolinustatina) e SDG (secoisolariciresinol diglicosídeo) (49).

Page 70: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

57

Foeniculum vulgare – Erva-doce ou Funcho

Figura 39 - Foeniculum vulgare (80).

Figura 40 – Compostos com atividade farmacológica da Erva-Doce (estruturas moleculares dos compostos maioritários presentes no óleo essencial de Foeniculum vulgare) (54).

Page 71: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

58

Figura 41 – Compostos com atividade farmacológica da Erva-Doce (estruturas moleclares de alguns fenóis e glicosídeos fenólicos isolados de Foeniculum vulgare).

Page 72: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

59

Mentha piperita - Hortelã-pimenta

Figura 42 – Mentha piperita (53).

Figura 43 – Compostos com atividade farmacológica da Hortelã-pimenta (53).

Page 73: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

60

Cannabis sativa – Canábis

Figura 44 – Cannabis sativa (81).

Figura 45 – Principais compostos com atividade farmacológica da Canábis (81).

Page 74: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

61

Azadirachta indica – Neem ou Nimba

Figura 46 – Azadirachta indica (fruto) (82).

Figura 47 – Árvore de Neem (Azaridachta indica) (82).

Page 75: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

62

Figura 48 – Um dos compostos com maior atividade farmacológica de Neem, a Azadiractina (82)

Page 76: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

63

Morinda citrifolia / Noni

Figura 49 – Árvore de Noni (Morinda citrifolia) (83).

a) b)

Figura 50 – Morinda citrifolia (a-Fruto imaturo; b-Fruto maduro) (83).

Figura 51 – Morinda citrifolia (flor) (72).

Page 77: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

64

Figura 52 – Compostos com maior atividade farmacológica do Noni (Damnacanthal) (84).

Page 78: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

65

Viscum album – Azevinho ou Visco

Figura 53 – Viscum album (31).

Figura 54 – Ramos do Viscum album (31).

Page 79: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

66

Figura 55 – Compostos com atividade farmacológica do Azevinho/Visco (31).

Page 80: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

67

Anexo II – Tabela-resumo: 24 plantas medicinais e as suas possíveis

interações com agentes antineoplásicos

Page 81: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

68

Tabela 6 - 24 plantas medicinais e as suas possíveis interações com agentes antineoplásicos.

Equinacea purpurea e Hypericum perfuratum | Equinácea e Erva de São João

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Page 82: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

69

Camelia sinensis e Zingiber officinale | Chá verde e Gengibre

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Page 83: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

70

Ginkgo biloba e Panax ginseng | Ginkgo e Ginseng

Pan

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ancro

do c

ólo

n

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e

pescoço

(+)

CY

P2

B1 e

B2, C

YP

3A

1 e

A2

, C

YP

3A

4

(-)

CY

P1

A2,

CY

P2C

9, C

YP

2C

19,

CY

P2

E1,

CY

P3A

4,

P-g

p

↑ T

oxic

ida

de d

e c

ert

os a

ge

nte

s

antineo

plá

sic

os c

uja

me

tab

oliz

açã

o é

in

ibid

a

por

esta

inte

ração (

ex.

paclit

axe

l)

(-)

Fato

r de a

tivação p

laqu

etá

rio

(evitar:

aspir

ina

ou v

arf

ari

na)

A e

vitar:

inib

idore

s E

GF

R-T

K,

epip

od

ofilo

toxin

as, ta

xan

os, alc

alo

ides d

a

vin

ca, a

gente

s a

lqu

ilante

s,

antibió

ticos

antitu

mora

is e

an

álo

gos d

e p

latin

a

(8)

(30)

(24)

(26)

(25)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/p

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 84: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

71

Allium sativum e Matricaria recutita | Alho e Camomila-Alemã

Matr

icari

a r

ecutita

/ C

am

om

ila a

lem

ã

Aste

racea

e

Cabeça d

a f

lor

/ C

um

arin

as (

um

be

lifero

na e

helia

rina),

fla

von

oid

es (

ap

igenin

a,

apig

etr

ina,

lute

olin

a, qu

erc

etina,

querc

imeritina

e r

utin

a)

Antiespasm

ód

ico, a

nti-i

nfla

mató

rio t

ópic

o,

dis

túrb

ios d

igestivos e

insó

nia

leve

Daca

rbazin

a –

Sarc

om

a,

linfo

mas

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e p

escoço

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Vin

bla

sti

na

– D

oença

de H

odkin

, pu

lmão,

mela

no

ma,

testículo

s

Vin

cri

sti

na

– L

eucem

ia L

info

cític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

(-)

CY

P1

A2,

CY

P3

A4,

CY

P2D

6, C

YP

2C

9

Paclit

axe

l, e

top

ósid

o, vin

bla

stina

, vin

cristina -

toxic

idade

Tam

oxifeno

- ↓

meta

bo

lito a

tivo,

ativid

ade

antiestr

ogé

nic

a d

a c

am

om

ila a

feta

a s

ua

ativid

ad

e

Efe

ito a

ntiestr

og

énic

o (

especia

l a

tenção n

o

consum

o d

e s

oja

ou T

rifo

lium

pra

tense

)

(26)

(23)

(31)

(25)

Alli

um

sativum

/ A

lho

Lili

ace

ae

Bulb

o /

Alii

na

qu

e é

meta

bo

lizad

a e

m A

licin

a,

que s

ofr

e d

egra

dação e

m c

om

posto

s

org

an

ossulfura

dos (

dia

lil-d

isulfid

o e

dia

lil-s

ulfid

o)

Antioxid

ante

, a

ntibacte

rian

o, he

pato

pro

teto

r,

hip

olip

ide

mia

nte

, antih

ipert

ensor,

an

tia

gre

gante

pla

quetá

rio

, fa

vore

ce c

ircula

ção, a

ntidia

bético

Do

ceta

xel

- M

am

a, pu

lmão

, ovário,

pró

sta

ta,

gástr

ico, cab

eça e

pescoço

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e p

escoço

Vin

bla

sti

na -

Do

ença d

e H

odkin

, pu

lmão,

mela

no

ma,

testículo

s

Vin

cri

sti

na

- L

euce

mia

Lin

focític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Daca

rbazin

a –

Me

lanom

a m

alig

no m

eta

stá

sic

o,

doença

de H

odkin

(+

) C

YP

3A

4, C

YP

1A

2, C

YP

2C

9, G

ST

, U

GT

, P

-

gp

(-)

CY

P2C

9, C

YP

2C

19, C

YP

2E

1, C

YP

3A

(4,5

,7)

A a

licin

a p

od

erá

↑efe

ito

ap

optó

tico d

o D

oce

taxel

o q

ue p

oderá

tra

zer

be

nefí

cio

s s

e tom

ad

os

conju

nta

mente

(sem

pre

co

m o

rienta

çã

o d

e u

m

méd

ico o

ncolo

gis

ta o

u o

utr

o p

rofissio

nal de

saúde)

Adju

vante

em

vários t

ipos d

e c

ancro

(cólo

n,

estô

ma

go,

lari

nge

, m

am

a e

end

om

étr

io)

(9)

(7)

(31)

(8)

(25)

(24)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/p

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 85: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

72

Valeriana officinalis e Curcuma longa | Valeriana e Açafrão da terra

Curc

um

a lon

ga /

Açafr

ão d

a terr

a

Zin

gib

era

ce

ae

Riz

om

a / C

urc

um

ina

Ação a

na

lgésic

a, a

ntibacte

riana,

antioxid

ante

,

antialé

rgic

a,

antiesp

asm

ód

ica, dor

cró

nic

a,

pre

venção e

tra

tam

ento

na d

oença

de

Alz

he

imer

Eto

sid

o -

Ma

ma,

pu

lmã

o, do

ença d

e

Hodgkin

Pacli

taxe

l -

Ma

ma,

pu

lmã

o, cabeça e

pescoço

Vin

bla

sti

na –

Doença

de H

odkin

, pu

lmão,

mela

no

ma,

testículo

s

Vin

cri

sti

na

- L

euce

mia

Lin

focític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Cis

pla

tin

a -

T

estículo

s, ovários, g

arg

an

ta,

bexig

a, esôfa

go

(+)

CY

P1

A2, G

ST

(-)

CY

P3

A4,

P-g

p, U

GT

Eto

pósid

o, p

aclit

axel, v

inbla

stina

, vin

cristina -

toxic

idade;

Anta

gon

ização d

o e

topósid

o,

(pre

venção d

a m

ort

e c

elu

lar)

; ↑ S

ensib

ilização

de c

élu

las c

ancerí

ge

nas p

ulm

onare

s r

esis

ente

s

à c

ispla

tina (

↑eficácia

do tra

tam

ento

)

Com

um

mente

utiliz

ado n

a c

ozin

ha a

siá

tica

(25)

(11)

(9)

(8)

Vale

ria

na o

ffic

ina

lis /

Va

leri

ana

Vale

ria

nacea

e

Riz

om

a / A

lca

loid

es, va

lep

ote

ria

tos, este

roid

es

e ó

leos v

olá

teis

(m

on

ote

rpenos e

sesquiterp

en

os)

Insónia

leve, sed

ativo

e a

nsio

lítico

Ten

ipó

sid

o -

Le

ucem

ia G

ranu

locític

a A

gud

a,

doença

de H

od

gkin

Vim

bla

sti

na

– L

info

ma, ca

ncro

do p

ulm

ão

Cit

ara

bin

a –

Leuce

mia

Mie

locític

a A

gud

a

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

(+)

CY

P2D

6, C

YP

3A

4

(-)

CY

P3

A4,

CY

P2D

6, C

YP

2C

9, C

YP

2C

19,

P-

gp, U

GT

-1A

1, U

GT

-2B

7

Possív

el a

um

ento

da t

oxic

ida

de

de c

ert

os

fárm

acos o

u d

imin

uiç

ão d

a s

ua e

ficácia

tera

utica

A e

vitar:

ta

moxifen

o (

inib

ição d

o C

YP

2C

9),

cic

lofo

sfa

mid

a e

te

nip

ósid

o (

inib

içã

o d

o

CY

P2C

19)

(26)

(32)

(23)

(6)

(33)

(34)

(25)

(24)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 86: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

73

Silybum marianum e Piper methysticum | Cardo Mariano e Kava kava

Pip

er

me

thysticum

/ K

ava k

ava

Pip

era

cea

e

Riz

om

a / K

avala

cto

nas e

kavapiro

nas

Ansie

da

de, se

dação,

perí

odos p

ré-o

pera

tóri

os,

insón

ia,

tensã

o n

erv

osa e

agitaçã

o

Meto

trex

ato

– D

ivers

os (

muito

utiliz

ado n

a

leuce

mia

lin

focític

a a

gu

da)

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Daca

rbazin

a –

Sarc

om

a,

linfo

mas

Do

ceta

xel

– M

am

a,

pulm

ão, cabeça

e p

escoço

Idarr

ub

icin

a –

Le

ucem

ia L

info

cític

a A

gud

a,

Leucem

ia M

ielo

cític

a

Ten

ipó

sid

o –

Leuce

mia

gra

nu

locític

a a

guda,

doença

de H

odkin

Idarr

ub

icin

a –

Le

ucem

ia L

info

cític

a A

gud

a,

Leucem

ia M

ielo

cític

a

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

(-)

CY

P1

A1,

CY

P1

A2,

CY

P1B

1,

CY

P2C

9,

CY

P2C

19, C

YP

2D

6,

CY

P2

E1, C

YP

3A

4

Os s

eus c

onstitu

inte

s p

od

em

ter

efe

itos

anta

gon

ista

s d

a d

opam

ina (

rele

vante

em

pacie

nte

s a

tom

are

m m

ed

icam

ento

s

com

ple

me

nta

res, co

mo p

or

exem

plo

,

antidepre

ssiv

os)

A e

vitar

em

tod

os o

s p

acie

nte

s c

om

doe

nça

hepá

tica p

ré-e

xis

tente

, co

m e

vid

ência

de lesão

hepá

tica e

/ou

em

com

bin

ação c

om

quim

iote

rap

ia h

epato

tóxic

a

(24)

(35)

(23)

(36)

(37)

(2)

(11)

(31)

Sily

bum

mari

an

um

/ C

ard

o M

aria

no

Aste

racea

e

Fru

tos (

extr

ato

seco),

folh

as / S

ilim

ari

na e

sili

bin

a

Dis

túrb

ios h

epáticos e

da v

esíc

ula

bili

ar,

hepa

topro

teto

r, t

rata

mento

na h

epatite

cró

nic

a e

cirro

se

Ifo

sfa

mid

a –

Sarc

om

a,

linfo

mas

Ten

ipó

sid

o -

Le

ucem

ia G

ranu

locític

a A

gud

a,

doença

de H

od

gkin

To

po

tecan

o –

lon, ovári

os, pu

lmã

o

Vim

bla

sti

na

– L

info

ma,

pulm

ão

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Do

xo

rru

bic

ina –

Div

ers

os

Eto

sid

o -

Ma

ma,

pu

lmã

o, do

ença d

e

Hodgkin

Cis

pla

tin

a -

Testículo

s,

ovários, g

arg

an

ta,

bexig

a, esófa

go

(+)

CY

P3

A4, G

ST

(-)

CY

P3

A4,

CY

P2C

9, C

YP

2C

19,

P-g

p

↑ N

íveis

de t

am

oxife

no -

inib

ição d

o

meta

bolis

mo

pré

-sis

tém

ico e

↑ a

bsorç

ão

inte

stina

l

Com

doxorr

ub

icin

a -

↑ a

po

pto

se d

e c

élu

las

cancerí

gen

as m

am

ári

as (

MC

F-7

)

Pote

ncia

çã

o d

a a

ção

da c

ispla

tin

a e

doxorr

ubic

ina

Ação a

ntica

ncerí

ge

na a

o n

ível da

pró

sta

ta

(↓P

SA

) e

do c

arc

ino

ma m

am

ário

.

O C

ard

o M

ari

ano a

ssocia

do à

doxorr

ubic

ina e

ao e

tópósid

o r

evert

e a

resis

tência

ce

lula

r à a

ção

deste

s fárm

acos e

atu

a d

e f

orm

a s

inérg

ica c

om

os m

esm

os.

(26)

(11)

(38)

(39)

(25)

(40)

(31)

(41)

(42)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 87: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

74

Vitis vinifera e Glycyrrhiza glabra | Videira e Alcaçuz

Gly

cyrr

hiz

a g

labra

/ A

lcaçu

z

Legu

min

osae

Raiz

/ C

um

ari

nas, F

lavo

noid

es, T

erp

ern

oid

es

(glic

irrizin

a),

óle

os v

olá

teis

Antiespasm

ód

ico,

exp

eto

rante

, bro

nq

uite, ú

lcera

péptica, a

ntim

alá

rico,

imun

ossupre

ssor,

hepa

topro

teto

r, p

revençã

o d

e a

nem

ias,

anti-

inflam

ató

rio,

laxante

, in

suficiê

ncia

adre

nocort

ical

prim

ári

a

Dau

no

rru

bic

ina

- L

eucem

ia L

info

cít

ica A

gu

da e

Leucem

ia n

ão L

info

cít

ica A

guda

Do

ceta

xel

– M

am

a,

pulm

ão, ovári

o, pró

sta

ta,

gástr

ico, cab

eça e

pescoço

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

(+)

CY

P3

A4, C

YP

1A

2, C

YP

2B

1

(-)

P-g

p, C

YP

3A

4

Inib

e o

efluxo d

e d

aun

orr

ub

icin

a, m

edia

do

por

P-g

p,

em

lula

s K

B-C

2 o

nde h

á

sobre

expre

ssão d

e P

-gp (

poden

do o

rig

inar

citoto

xic

ida

de)

Ação a

ltern

ad

a s

obre

o m

eta

bo

lism

o d

o

estr

ogén

io:

inib

içã

o s

e a

s c

oncentr

açõ

es d

e

estr

ogé

nio

fore

m a

ltas e

po

tencia

çã

o q

uan

do a

s

concentr

ações s

ão b

aix

as;

A e

vitar:

ta

moxifen

o

ou o

utr

os a

gente

s a

ntine

op

lásic

os c

om

sem

elh

ança

estr

utu

ral a

o e

str

adio

l

(8)

(43)

(36)

(37)

(31)

Vitis

vin

ifera

/ V

ideira

Vitaceae

Fru

to, sem

ente

(gra

inha)

/ R

esvera

trol, á

cid

os

fenó

licos,

polif

enó

is e

fla

vo

nóid

es (

flavonas,

flavan

onas,

flavo

is, cate

quin

as e

anto

cia

nin

as)

Anticarc

ino

gén

ico,

antioxid

ante

, anti-

inflam

ató

rio, n

euro

pro

teto

r, c

ard

iopro

teto

r,

pre

venção d

e o

besid

ad

e e

dia

bete

s,

insuficiê

ncia

ven

osa p

erifé

rica, rin

ite

alé

rgic

a

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Pacli

taxe

l -

Ma

ma,

pu

lmã

o, cabeça e

pescoço

Vin

bla

sti

na –

Doença

de H

odkin

, pu

lmão,

mela

no

ma,

testículo

s

Vin

cri

sti

na –

Le

ucem

ia L

info

cític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

(-)

CY

P3

A4

Estu

dos in v

itro

sug

ere

m d

imin

uiç

ão d

a

agre

gação p

laquetá

ria

A e

vitar:

cam

pto

tecin

as, cic

lofo

sfa

mid

a,

inib

idore

s d

e E

GF

R-T

K, ep

ipodo

filo

toxin

as,

taxanos e

alc

alo

ides d

a v

inca (

indução d

e

CY

P3A

4)

e a

gen

tes a

lqu

ilante

s, a

ntibió

ticos

antitu

mora

is e

an

álo

gos d

a p

latin

a

(4)

(44)

(24)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 88: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

75

Thymus vulgaris e Cimicifuga racemosa | Tomilho e Erva de São Cristóvão

Cim

icífug

a r

acem

osa /

Erv

a d

e S

ão C

ristó

o

Ranu

ncula

ce

ae

Raiz

es e

riz

om

as /

Alc

alo

ides, flavo

no

ides,

fenlip

ropan

oid

es, te

rpen

oid

es

Alívio

da s

into

mato

log

ia a

ssocia

da à

meno

pa

usa, d

isfu

nçõ

es n

o p

erí

od

o m

enstr

ua

l,

antitú

ssic

o, sed

ativo

, m

ialg

ia in

terc

osta

l, d

or

ciá

tica,

art

rite

reu

mato

ide

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Receto

res d

e e

str

og

én

io

Ação d

e s

inerg

ism

o q

uan

do c

oad

min

istr

ad

o

com

ta

moxifeno

Possib

ilida

de d

e e

xacerb

ação d

e e

feitos

secundári

os/c

itoto

xic

idade

A u

tiliz

ação d

esta

pla

nta

pa

ra fin

s m

ed

icin

ais

poderá

com

pro

mete

r u

ma b

oa a

bsorç

ão d

e

ferr

o.

Possív

el in

tera

ção c

om

estr

ogén

ios e

contr

acetivos o

rais

, p

ois

os c

om

posto

s a

tivos

desta

pla

nta

ocupa

m o

s r

eceto

res e

str

ogé

nic

os

e, sele

tiva

men

te, su

prim

em

a s

ecre

ção d

e L

H.

(23)

(2)

(45)

(46)

(24)

Thym

us v

ulg

aris /

To

milh

o

Lam

iacea

e

Part

es a

ére

as f

lori

das, fo

lhas / M

onote

rpen

os

(Tim

ol e c

arv

acro

l),

flavo

no

ides (

tim

onin

a,

cirsile

neo

l, e

riod

ictio

l)

Antitú

ssic

o,

expeto

rante

, a

ntiesp

asm

ódic

o,

bacte

ricid

a,

anti-h

elm

íntico,

gastr

ite

cró

nic

a,

asm

a, d

iarr

eia

em

cria

nças, la

ring

ite,

bro

nquite,

entr

e o

utr

os

5 –

Flu

oro

ura

cil

o –

Cancro

do c

ólo

n

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Receto

res d

e e

str

og

én

io

Ação d

e s

inerg

ism

o q

uan

do c

oad

min

istr

ad

o

com

o 5

-flu

oro

ura

cilo

Possui ativid

ade a

o n

íve

l d

os r

eceto

res d

e

estr

ogén

io

Possib

ilida

de d

e e

xacerb

ar

cancro

s s

ensív

eis

a

variações d

e e

str

og

én

io

O tom

ilho p

ode d

imin

uir a

s c

once

ntr

ações d

e

horm

onas tir

oid

eia

s. D

eve s

er

utiliz

ad

o c

om

caute

la e

m d

oente

s q

ue to

mem

med

icação

hepa

totó

xic

a.

(2)

(31)

(25)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 89: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

76

Punica granatum e Linum usitatissimum | Romã e Linhaça

Lin

um

usitatissim

um

/ L

inh

aça

Lin

aceae

Sem

ente

s (

mad

ura

s e

seca

s)

/ Á

cid

o a

lfa

linolé

nic

o, lig

nan

as, fibra

s

↓ C

ole

ste

rol to

tal, ↓

cole

ste

rol LD

L, ↓

trig

licérid

os, an

tica

ncerí

gen

o (

↓ taxa d

e

cre

scim

ento

de c

ancro

da m

am

a e

lon),

antioxid

ante

, an

ti-i

nflam

ató

rio, a

lívio

de

sin

tom

as d

o p

erí

odo p

ré-m

entr

ua

l

Tra

stu

zu

mab

– C

ancro

da m

am

a

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Receto

res d

e e

str

og

én

io

As lig

na

nas lig

am

-se a

os r

eceto

res d

e

estr

ogén

io e

inib

em

o c

rescim

ento

do c

ancro

da

mam

a (

estim

ula

do

por

estr

ogén

ios);

Pote

ncia

os

efe

itos a

ntitu

mora

is d

o tra

stu

zum

ab n

o c

ancro

da m

am

a.

A lin

haça te

m 1

00 v

ezes m

ais

lig

nanas q

ue o

s

melh

ore

s g

rãos in

tegra

is.

(25)

(47)

(48)

(49)

Pun

ica g

ranatu

m /

Rom

ã

Pun

icacea

e

Pericarp

o s

eco, se

mente

s,

sum

o / P

olif

enó

is

(punic

ala

gin

a),

ácid

o e

lágic

o, ga

lota

nin

os,

anto

cia

nin

as e

outr

os fla

vo

noid

es

Acid

ose

, d

isente

ria,

infe

çõe

s m

icro

bia

nas,

dia

rre

ia,

infe

ção p

or

he

lmin

tos, he

morr

ag

ia,

dis

túrb

ios r

espir

ató

rios, cólic

as, cefa

leia

s, co

mo

diu

rético,

men

orr

ag

ia,

acne

, alg

um

as d

oenças

bucais

e d

erm

atite

alé

rgic

a

Daca

rbazin

a –

Sarc

om

as,

linfo

mas

Ifo

sfa

mid

a –

Ma

ma,

end

om

étr

io e

ovário

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

Do

xo

rru

bic

ina -

Div

ers

os

Ten

ipó

sid

o –

Leuce

mia

Gra

nu

locític

a A

gud

a,

doença

de H

od

gkin

Imati

nib

- L

eucem

ia, ca

ncro

de p

ele

e d

o T

GI

Irin

ote

can

o -

Cólo

n,

úte

ro,

gástr

ico,

mam

a,

pele

Do

ceta

xel

- M

am

a, pu

lmão

, ovário,

pró

sta

ta,

gástr

ico, cab

eça e

pescoço

Eto

sid

o -

Ma

ma,

pu

lmã

o, do

ença d

e

Hodgkin

Pacli

taxe

l -

Ma

ma,

pu

lmã

o, cabeça e

pescoço

Vin

bla

sti

na

– D

oença

de H

odkin

, pu

lmão,

mela

no

ma,

testículo

s

Vin

cri

sti

na –

Le

ucem

ia L

info

cític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

(-)

CY

P1

A2,

CY

P2C

9, C

YP

2D

6, C

YP

3A

4,

CY

P3A

5, C

YP

3A

7

Pote

ncia

çã

o d

e e

feitos

secundári

os/c

itoto

xic

idade

med

iad

a p

elo

s

fárm

acos a

cim

a r

efe

ridos

Antioxid

ante

, a

ntica

ncerí

ge

no, a

ntim

uta

nic

o,

hepa

topro

teto

r, p

ossív

el ativid

ad

e e

str

og

én

ica

de c

om

posto

s p

rese

nte

s n

as s

em

ente

s.

(14)

(50)

(11)

(51)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 90: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

77

Foeniculum vulgare e Mentha piperita | Erva-doce e Hortelã-pimenta

Menth

a p

iperita

/ H

ort

elã

-pim

enta

Lam

iacea

e

Folh

as /

Me

nto

l, m

ento

na

, cin

eo

l (e

uca

lipto

l),

limon

eno,

aceta

to d

e m

entil, m

en

tofu

rano,

outr

os m

onote

rpe

nos.

Descongestion

ante

nasa

l, a

ntitú

ssic

o, d

igestivo,

anti-e

itco,

anti-e

spasm

ódic

o,

anesté

sic

o

local, d

isfu

nções b

iliare

s

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, d

oença d

e H

odkin

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e p

escoço

Vin

bla

sti

na

– D

oença

de H

odkin

, pu

lmão,

cabeça e

testículo

s

Vin

cri

sti

na

– L

eucem

ia L

info

cític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

(+)

GS

T

(-)

CY

P1

A2,

CY

P2C

9, C

YP

2C

19,

CY

P2D

6,

CY

P3A

4

Inib

e a

s isoenzim

as d

o c

ito

cro

mo P

450 (

1A

2,

2C

9,

2C

19

e 3

A4),

possiv

elm

ente

au

me

nta

ndo

a toxic

idad

e d

a e

topósid

o,

paclit

axel,

vin

bla

stin

a, vin

cristin

a e

cic

lofo

sfa

mid

a

Pod

e d

imin

uir a

absorç

ão d

e ferr

o

(9)

(25)

(52)

(53)

(2)

(10)

Foenic

ulu

m v

ulg

are

/ E

rva

-Doce o

u F

unch

o

Apia

cea

e

Sem

ente

s s

ecas, ra

ízes / Ó

leo e

ssencia

l

(aneto

l, e

str

ago

l, fe

ncho

na,

pin

eno

, lim

one

no),

com

posto

s f

enó

licos,

flavo

noid

es, cum

arin

as,

estigm

aste

rol, v

itam

ina C

, beta

caro

ten

o, cálc

io,

potá

ssio

, fó

sfo

ro

Laxante

, tr

ata

me

nto

do g

laucom

a,

diu

rético

,

coadju

vante

no t

rata

men

to d

e h

ipert

ensão

,

lacto

gogo

, an

tib

acte

riano,

antifú

ngic

o,

antioxid

ante

, an

ti-i

nflam

ató

rio

, h

epato

pro

teto

r,

antidia

bético.

Eto

sid

o –

Mam

a, p

ulm

ão, do

ença d

e H

odkin

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e p

escoço

Vin

bla

sti

na

– D

oença

de H

odkin

, pu

lmão,

cabeça e

testículo

s

Vin

cri

sti

na

– L

eucem

ia L

info

cític

a,

Leuce

mia

Mie

loid

e A

gud

a, d

oença d

e H

odkin

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

(+)

GS

T

(-)

CY

P3

A4

Pod

e a

um

enta

r a

toxic

idad

e d

o e

topósid

o,

paclit

axel, v

inbla

stin

a e

vin

cristina

Possui ativid

ade e

str

ogén

ica, po

den

do d

imin

uir

a e

ficácia

do t

am

oxifen

o e

m tu

more

s s

ensív

eis

ao e

str

og

én

io

Reduz a

ativid

ade p

laqu

etá

ria p

ossiv

elm

ente

levan

do a

o e

xcesso d

e s

an

gra

me

nto

em

pacie

nte

s c

om

supre

ssão d

a m

edula

óssea

(54)

(25)

(9)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 91: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

78

Canabis sativa e Azadirachta indica | Canábis e Neem

Azadir

achta

ind

ica /

Nee

m o

u N

imb

a

Melia

ce

ae

Raiz

, fo

lhas, flore

s, ó

leo

da

fru

ta e

casca /

Azadir

actin

a, n

imbin

ina, m

arg

osin

a, flavon

oid

es

(rutina e

quert

ecin

a)

Cansaço,

tosse, fe

bre

, p

erd

a d

e a

petite

e

infe

sta

ções p

or

verm

es, a

ntiem

ético

, do

enças

de p

ele

, do

enças g

eng

ivais

, ↓ a

pre

ssão a

rteri

al

ele

va

da, tr

ata

mento

de

art

rite

, m

alá

ria,

dia

bete

s,

doença

he

pática.

Pote

ncia

l anticancerí

geno

(pre

vin

e d

an

os c

ausad

os p

elo

s r

ad

ica

is liv

res

no o

rgan

ism

o,

neutr

aliz

and

o-o

s).

Esperm

icid

a (

sem

ente

s e

folh

as)

Cic

lofo

sfa

mid

a –

Cancro

da m

am

a

Cis

pla

tin

a -

testículo

s, ová

rios, garg

anta

,

bexig

a, esôfa

go

5-F

luo

rou

rac

ilo

– C

ancro

do c

ólo

n

(-)

CY

P1

A1,

CY

P1

A2

↑ A

tivid

ad

e a

ntipro

lifera

tiva d

o e

xtr

ato

eta

lico

de fo

lhas d

e n

ee

m (

EN

LE

) is

ola

da

mente

ou e

m

com

bin

ação

com

cis

pla

tin

a, por

↓ d

a v

iab

ilid

ade

celu

lar

em

célu

las m

am

ária

s h

um

anas (

MC

F-7

)

e c

élu

las c

erv

ica

is (

HeLa)

Pote

ncia

l efe

ito a

ntica

ncerí

geno

nos s

eg

uin

tes

cancro

s: bucal, p

rósta

ta,

mam

a,

gástr

ico e

mela

no

ma B

12.

Os e

xtr

ato

s e

tan

ólic

os d

e A

. in

dic

a p

od

erã

o

causar

mort

e c

elu

lar

no c

ancro

da p

rósta

ta,

ind

uzin

do a

pop

tose p

ela

fra

gm

enta

çã

o d

o D

NA

(↓ v

iabili

dade

celu

lar)

(55)

(56)

(57)

(58)

Cann

abis

sativa /

Can

áb

is

Mora

cea

e

Flo

res e

resin

a d

as e

sp

écie

s fêm

ea

/ C

anab

idio

l

(CB

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tetr

ahid

rocan

abin

ol (T

HC

)

Em

doe

nte

s c

om

cancro

: com

ba

te a

an

ore

xia

,

náuseas e

vóm

itos ind

uzid

os p

or

qu

imio

tera

pia

,

dor,

insôn

ia e

de

pre

ssão.

A c

anna

bis

pode s

er

menos p

ote

nte

qu

e o

utr

os a

ntiem

éticos

dis

po

nív

eis

mas, p

ara

alg

uns d

oe

nte

s, é

o ú

nic

o

agen

te q

ue f

uncio

na

e é

o ú

nic

o a

ntie

mético

que t

am

bém

au

menta

o a

petite

, p

ote

ncia

l com

o

antica

ncerí

ge

no,

pro

pri

eda

des a

nti-i

nflam

ató

rias

e a

ntioxid

an

tes

(Com

ple

menta

r com

tabe

la 9

)

Gem

cit

ab

ina –

Mam

a, ová

rio, p

ulm

ão,

pâncre

as e

vesíc

ula

bili

ar

Tem

ozo

lom

ida

– C

ancro

no c

ére

bro

(g

liom

a)

(+)

CY

P1

A1, C

YP

2B

10,

CY

P1

A1,

P-g

p,

(-)

CY

P3

A4,

CY

P2

B6,

CY

P2C

9, C

YP

2D

6

(Com

ple

menta

r com

tabe

la 7

)

Associa

ção c

om

gem

citab

ina -

cana

bin

óid

es ↓

de form

a m

ais

eficie

nte

a v

iabili

dad

e d

e c

élu

las

cancerí

gen

as n

o p

âncre

as.

CB

D +

TH

C -

aum

enta

/po

tencia

os e

feitos d

a

radio

tera

pia

em

ca

ncro

s c

ere

bra

is, com

o o

s

glio

mas (

com

ple

menta

r co

m tab

ela

8).

Coad

min

istr

ação d

e c

anna

bis

me

dic

ina

l e

m

doen

tes c

om

ca

ncro

tra

tad

os c

om

iri

note

cano

ou d

oceta

xe

l nã

o influe

ncia

sig

nific

ativam

ente

a

farm

acocin

ética d

este

s fárm

acos.

O c

anab

idio

l pod

e influe

ncia

r a a

tivid

ade

da P

-

gp (

↑ r

esis

tência

a m

últip

los m

edic

am

ento

s),

afe

tando

a f

arm

acocin

ética

de a

gen

tes

antineo

plá

sic

os. O

efe

ito p

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oativo d

a c

anáb

is

deve-s

e m

aio

rita

riam

ente

à p

resença d

e T

HC

.

(Com

ple

menta

r com

tabe

la 1

0)

(59)

(60)

(61)

(62)

(63)

(64)

(65)

(66)

(67)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s a

tivo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res

en

vo

lvid

os n

a in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s

Page 92: INTERAÇÕES ENTRE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS E PLANTAS …

79

Morinda citrifolia e Viscum album | Noni e Azevinho/Visco

Vis

cum

alb

um

/ A

zevin

ho o

u V

isco

Lora

nta

ceae

Ram

os / L

ectinas, te

rpen

oid

es, vis

coto

xin

as,

lignan

as, fe

linpro

pano

ides,

polia

lcoóis

,

polis

sacáridos.

Asm

a,

ep

ilepsia

, art

eri

oscle

rose, fe

bre

reum

ática,

hem

orr

agia

s (

na

riz e

pu

lmão),

hip

ert

ensã

o, lo

mb

alg

ia, re

um

atism

o, se

dativo,

antica

ncerí

ge

no (

lectinas e

vis

coto

xin

as),

citostá

tico, in

du

tor

de a

popto

se.

Pacli

taxe

l – M

am

a, p

ulm

ão, cabeça

e

pescoço.

(-)

CY

P3

A4

Reações locais

no loca

l da

inje

ção d

o a

ge

nte

antineo

plá

sic

o;

Pote

ncia

l sin

erg

ism

o d

as

lectinas d

o V

iscum

alb

um

com

paclit

axel.

In v

itro

: vis

coto

xin

as c

om

pote

ncia

l ativid

ade

citotó

xic

a c

ontr

a c

élu

las M

OLT

-4 (

Hu

ma

n

acute

T lym

ph

ob

lastic leukaem

ia),

lula

s d

e

sarc

om

a d

e Y

oshid

a e

lula

s m

ielo

ides

hum

anas K

56

2.

Pote

ncia

l ativid

ad

e a

nti m

eta

stá

tica n

o c

ancro

de p

ulm

ão e

mela

no

ma

B1

6 (

as lectinas

atu

am

direta

men

te e

m c

élu

las d

o m

ela

nom

a

hum

ano, ca

usan

do a

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tose d

ose

-

depe

nde

nte

).

As lectinas d

o V

iscum

alb

um

ag

lutin

am

eritr

ócitos h

um

an

os e

rea

gem

com

Imun

oglo

bulin

as.

Sin

erg

ism

o –

An

tid

iabético

s, anti

hip

ert

ensore

s,

antine

op

lásic

os,

colin

érg

icos,

depre

ssore

s d

o S

NC

, d

iuré

ticos

Inib

ição

– im

unossupre

ssore

s

Adm

inis

trado

atr

avés d

e a

plic

ação

pare

nte

ral.

(25)

(2)

(31)

(68)

(69)

(70)

Morin

da c

itrifo

lia /

Non

i ou

Morin

da

Rubia

ceae

Folh

as,

fruto

, ra

iz / D

am

na

canth

al

(antr

aqu

inona),

ep

iga

locate

quin

a g

ala

to

(EG

CG

), a

lizarin

a, lim

one

no, po

lissacári

dos,

escopole

tina, xero

nin

a, citri

folin

osid

a,

mono

terp

enos, b

eta

-caro

teno, ácid

o u

rsólic

o,

ácid

o g

álic

o.

Ana

lgésic

o, a

nesté

sic

o, an

tidia

tico,

anti-

inflam

ató

rio e

hip

ote

nsora

. (C

om

ple

menta

r com

tabe

la 1

1)

Tam

oxif

en

o –

Cancro

da m

am

a

(-)

UG

T

Hepato

xic

idad

e, h

iperc

alé

mia

qua

nd

o

consum

ido e

m g

rand

e q

ua

ntid

ade

. O

s e

feitos a

ntioxid

ante

s p

odem

inte

rferir

com

as a

ções d

as m

edic

ações

antineo

plá

sic

as e

ra

dio

tera

pia

. E

feito a

ntipro

lifera

tivo

em

célu

las M

CF

-7

(cancro

da m

am

a)

e H

CT

-116 (

carc

ino

ma d

o

cólo

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Nord

am

nacan

tha

l (a

ntr

aqu

inona

extr

aíd

a d

as

raíz

es d

e M

orin

da c

itrifo

lia)

pote

ncia

os e

feitos

citotó

xic

os d

o t

am

oxifen

o e

m c

élu

las d

o

cancro

da m

am

a, e

m h

um

anos.

Estu

dos p

ré-c

lín

icos: E

feito

anticancerí

geno

(anti p

rolif

era

tivo)

no c

ancro

do c

ólo

n,

esófa

go, p

ulm

ão,

ma

ma, cerv

ical.

Pote

ncia

l in

ibid

or

de a

ngio

génese

.

(2)

(71)

(72)

(73)

(74)

(75)

Pla

nta

med

icin

al (N

om

e c

ien

tífi

co

/co

mu

m)

Fam

ília

Part

e d

a p

lan

ta u

tilizad

a/P

rin

cip

ais

co

mp

osto

s

ati

vo

s

Ind

icaçõ

es t

era

pêu

tic

as d

a p

lan

ta m

ed

icin

al

Ag

en

te a

nti

neo

plá

sic

o q

uim

iote

ráp

ico

/

Pri

nc

ipais

tip

os d

e c

an

cro

Sis

tem

as e

nzim

áti

co

s o

u r

eceto

res e

nvo

lvid

os

na in

tera

ção

Efe

ito

s c

lín

ico

s/

Su

bc

lín

ico

s d

a in

tera

ção

Ob

serv

açõ

es

Refe

rên

cia

s