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INTERFERÊNCIA DO LUCRO BRUTO IMPLÍCITO NO ESTOQUE SOBRE A CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE CURTO PRAZO DAS EMPRESAS - UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NO SETOR DE BENS INDUSTRIAIS ADAIL MARCOS LIMA DA SILVA (UFCG) [email protected] Ana Karoliny Nascimento Apolinario (UFCG) [email protected] PAULO MAURICIO FONSECA VIEIRA (UFCG) [email protected] A tradicional análise de liquidez avalia a capacidade de pagamento de curto prazo das empresas com base em uma abordagem falimentar ou estática. Uma das explicações à compreensão da perspectiva estática encontra-se na desconsideração do luccro bruto implícito no saldo do estoque como um meio ao encerramento das dívidas circulantes. Todavia, seguindo uma orientação ancorada no conceito de prosperidade, exatamente a perspectiva dinâmica, a interferência do lucro bruto implícito no saldo do estoque, a ser percebida quando do cumprimento das vendas em condições normais, não pode ser descartada da análise da capacidade de pagamento de curto prazo das empresas, sendo esta a hipótese central do modelo de análise de liquidez conhecido como adaptado à lucratividade do estoque. Com base no exposto, este trabalho tem por objetivo geral analisar a interferência do lucro bruto implícito no saldo do estoque sobre a capacidade de pagamento de curto prazo das empresas do setor de Bens Industriais listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O período considerado no desenvolvimento desta pesquisa perfaz o quinquênio iniciado em 2006 e encerrado em 2010. Sobre a metodologia: por optar desenvolver uma pesquisa acerca de um tema pouco abordado na literatura contemporânea, este trabalho pode ser classificado como exploratório, quanto ao objetivo geral; por utilizar dados de livre acesso em sites especializados, a técnica de pesquisa mais apropriada converge à classificação bibliográfica; à obtenção dos resultados foram empregados tópicos relacionados ao conteúdo de estatística. Os resultados mais relevantes apregoam: em 97,20% das observações, o lucro bruto implícito no saldo do estoque contribuiu com o recrudescimento do poder de liquidação das obrigações circulantes; as interferências desfavoráveis oscilaram entre -0,10% e -1,08%, portanto, praticamente imperceptíveis; nos casos atípicos, a intensificação da capacidade de pagamento de curto prazo alcançou XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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INTERFERÊNCIA DO LUCRO BRUTO

IMPLÍCITO NO ESTOQUE SOBRE A

CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE

CURTO PRAZO DAS EMPRESAS - UM

ESTUDO EXPLORATÓRIO NO SETOR

DE BENS INDUSTRIAIS

ADAIL MARCOS LIMA DA SILVA (UFCG)

[email protected]

Ana Karoliny Nascimento Apolinario (UFCG)

[email protected]

PAULO MAURICIO FONSECA VIEIRA (UFCG)

[email protected]

A tradicional análise de liquidez avalia a capacidade de pagamento de

curto prazo das empresas com base em uma abordagem falimentar ou

estática. Uma das explicações à compreensão da perspectiva estática

encontra-se na desconsideração do luccro bruto implícito no saldo do

estoque como um meio ao encerramento das dívidas circulantes.

Todavia, seguindo uma orientação ancorada no conceito de

prosperidade, exatamente a perspectiva dinâmica, a interferência do

lucro bruto implícito no saldo do estoque, a ser percebida quando do

cumprimento das vendas em condições normais, não pode ser

descartada da análise da capacidade de pagamento de curto prazo das

empresas, sendo esta a hipótese central do modelo de análise de

liquidez conhecido como adaptado à lucratividade do estoque. Com

base no exposto, este trabalho tem por objetivo geral analisar a

interferência do lucro bruto implícito no saldo do estoque sobre a

capacidade de pagamento de curto prazo das empresas do setor de

Bens Industriais listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O período

considerado no desenvolvimento desta pesquisa perfaz o quinquênio

iniciado em 2006 e encerrado em 2010. Sobre a metodologia: por

optar desenvolver uma pesquisa acerca de um tema pouco abordado

na literatura contemporânea, este trabalho pode ser classificado como

exploratório, quanto ao objetivo geral; por utilizar dados de livre

acesso em sites especializados, a técnica de pesquisa mais apropriada

converge à classificação bibliográfica; à obtenção dos resultados

foram empregados tópicos relacionados ao conteúdo de estatística. Os

resultados mais relevantes apregoam: em 97,20% das observações, o

lucro bruto implícito no saldo do estoque contribuiu com o

recrudescimento do poder de liquidação das obrigações circulantes; as

interferências desfavoráveis oscilaram entre -0,10% e -1,08%,

portanto, praticamente imperceptíveis; nos casos atípicos, a

intensificação da capacidade de pagamento de curto prazo alcançou

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marcas entre 51,59% e 160,74%; a forte assimetria à direita, 3,19,

confirma a ocorrência de valores significativamente favoráveis às

empresas; apesar das observações altamente favoráveis, o coeficiente

de variação, estimado em 125,88%, indica uma distribuição não

homogêneo à interferência do lucro bruto implícito no saldo do

estoque sobre a capacidade de pagamento de curto prazo. Finalmente,

a desconsideração da margem de lucratividade intrínseca ao saldo do

estoque da análise de liquidez gera prejuízos drásticos aos conceitos

de adimplência das empresas do setor de Bens Industriais listadas na

Bolsa de Valores de São Paulo.

Palavras-chaves: Análise de liquidez, lucro bruto implícito no saldo do

estoque, interferência.

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1. Introdução

A tradicional análise de liquidez tem seu emprego direcionado à equação de questionamentos

atrelados à capacidade de as empresas liquidarem suas dívidas sob a hipótese de manifestação

da falência, ratificando a adoção de uma perspectiva estática no cumprimento do estudo do

perfil de adimplência.

Dentre as possíveis explicações dedicadas à compreensão da perspectiva estática (SILVA;

CAVALCANTI, 2004): o índice de liquidez corrente averigua a capacidade de pagamento das

empresas no curto prazo, comparando ativos e passivos circulantes; ao tratar o saldo contábil

do estoque como um meio de pagamento, justamente em virtude de o referido saldo compor o

ativo circulante, tem-se estabelecida a hipótese de a arrecadação a ser alcançada com as

vendas dá-se com base no valor do custo do produto fabricado, sugerindo a realização das

vendas sem auferir lucro, muito provavelmente em virtude de uma configuração falimentar.

Como o lucro bruto a ser auferido com a venda do estoque contribuirá com o recrudescimento

do saldo das disponibilidades, culminando no aprimoramento da liquidez das empresas, sob

uma perspectiva dinâmica, calcada na ideia de prosperidade, opondo-se de forma abrupta à

hipótese falimentar, a tradicional análise de liquidez pode subestimar a real capacidade de

pagamento de curto prazo das empresas.

Sobre um procedimento contábil capaz de identificar de forma aproximada o valor do lucro

bruto a ser alcançado com a venda do estoque (SILVA; CAVALCANTI, 2004): o saldo do

estoque indica o custo do produto fabricado; quando da venda do estoque, o valor do custo do

produto fabricado passa a ser tratado como custo do produto vendido; a divisão do lucro bruto

pelo custo do produto vendido esclarece a intensidade com a qual o primeiro consegue ser

gerado com as vendas para cada unidade monetária do segundo, sendo tratado por margem de

lucratividade do estoque; o produto entre a margem de lucratividade e o saldo contábil do

estoque consegue identificar o valor aproximado do lucro bruto ainda implícito, a ser

alcançado com o cumprimento das vendas em condições normais.

Com base no exposto, este trabalho tem por objetivo geral analisar a interferência do lucro

bruto implícito no estoque sobre a capacidade de pagamento de curto prazo das empresas do

setor de Bens Industriais listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). O período

considerado no desenvolvimento desta pesquisa perfaz o quinquênio iniciado em 2006 e

encerrado em 2010.

2. Fundamentação teórica

2.1. Análise de liquidez – modelo tradicional

Dentre os indicadores do modelo tradicional de análise de liquidez, o índice de liquidez

corrente (LC), considerado um importante medidor da capacidade de pagamento das

empresas no curto prazo, deriva do quociente entre ativo circulante (AC) e passivo circulante

(PC), fórmula 01, sendo interpretado da seguinte forma: quanto maior o valor apurado, mais

aperfeiçoada a capacidade de uma empresa liquidar suas dívidas circulantes (ASSAF NETO,

2010; GLANTZ, 2007; IUDÍCIBUS, 2009; MATARAZZO, 2010).

PC

ACLC (01)

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O indicador LC é empregado na avaliação do poder de liquidação das dívidas de curto prazo,

considerando uma suposta propensão à falência, pois, além de tratar como conversíveis em

entradas e saídas de caixa todos os integrantes do AC e do PC, respectivamente, despreza a

lucratividade inerente ao estoque como um meio de pagamento (BRASIL; BRASIL, 2005;

FLEURIET; KEHDY; BLANC, 2003; GLANTZ, 2007; SILVA; CAVALCANTI, 2004;

SILVA, 2010).

Sobre a hipótese da desconsideração do lucro bruto implícito no saldo do estoque como um

meio à liquidação das obrigações correntes (SILVA; CAVALCANTI, 2004): dificilmente

uma empresa em processo falimentar conseguirá auferir lucro através da realização de seu

estoque; em falência, a realização dos ativos ocorre em condições anormais; no melhor dos

cenários, a realização do saldo do estoque dar-se-á com base no preço de custo; como o saldo

do estoque pertence ao ativo de curto prazo, sendo alocado segundo o custo do produto

fabricado, o modelo tradicional de análise de liquidez considera a venda do estoque segundo

uma perspectiva estática – ou falimentar.

Apesar de a utilidade gerencial da perspectiva estática intrínseca ao indicador LC ser

questionada na literatura sob uma gama variada de enfoques, a versão tradicional da análise

de liquidez é empregada no desenvolvimento de teses (LYRA, 2008), dissertações e artigos

científicos (BRAGA; NOSSA; MARQUES, 2004; MELLO; AMARAL; MACEDO;

CORRAR, 2010; PIMENTEL; BRAGA; CASA NOVA, 2005; SANTOS; SANTOS, 2008;

TONETTO FILHO; FREGONESI, 2010), sendo, inclusive, abordada em estudos destinados à

investigação da sustentabilidade financeira das empresas (AQUEGAWA; SOUZA, 2010).

2.2. Análise de liquidez – modelo adaptado à lucratividade do estoque

No estudo da solvência por demonstrações contábeis, a análise de liquidez adaptada à

lucratividade do estoque adota um posicionamento dinâmico, fundamentado na venda do

estoque por meio de seu valor de mercado. Portanto, no processamento dos indicadores de

liquidez adaptados, o estoque deve figurar com seu valor devidamente corrigido ao lucro

bruto, a ser auferido com a realização das vendas.

O raciocínio central do modelo adaptado pode ser descrito como segue (SILVA;

CAVALCANTI, 2004):

o saldo contábil do estoque (EST), contido no balanço patrimonial, encontra-se

avaliado com base no custo do produto fabricado;

quando da efetivação das vendas, o valor do EST passa a ser contabilizado como

custo do produto vendido (CPV);

o lucro antes das despesas, dos juros e do imposto de renda (LADJIR) exprime o

resultado bruto, alcançado com a venda do EST;

o LADJIR, mesmo antes de ser conhecido, ou seja, mesmo antes das vendas,

encontra-se atrelado de forma implícita ao saldo EST;

a divisão do LADJIR pelo CPV apregoa um resultado capaz de esclarecer a

magnitude com a qual o resultado bruto, antes implícito no EST, conseguiu reproduzir o

CPV, sugerindo, por analogia, a intensidade com a qual o LADJIR implícito no saldo

atual do EST contribuirá com a geração de caixa nas empresas;

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o quociente entre o LADJIR e o CPV recebe o tratamento de margem de

lucratividade do EST (MLEST) – fórmula 02;

CPV

LADJIRMLEST (02)

por sugerir, com base no valor assumido pelo CPV, a intensidade com a qual o

LADJIR inerente ao saldo atual do EST contribuirá com a geração de caixa nas empresas,

a MLEST pode ser considerada uma variável relevante à análise da capacidade de

pagamento de curto prazo;

o produto entre o saldo atual do EST e a MLEST, fórmula 03, divulga uma

previsão à geração de caixa, a ser alcançada com o LADJIR implícito no saldo atual do

EST (LEST);

MLESTESTLEST (03)

optar por considerar os efeitos da interferência do LEST no estudo do potencial de

liquidação das dívidas circulantes pode ser considerada uma decisão prudente, devido à

contribuição auferida com o mesmo à geração de caixa;

no caso de o LEST assumir valores positivos, quando o LADJIR indicar o alcance

de resultados igualmente positivos, o lucro bruto implícito no EST corrobora com o

recrudescimento do potencial de liquidação das dívidas circulantes;

no caso de o LEST assumir valores negativos, quando o LADJIR indicar o

alcance de resultados igualmente negativos, o lucro bruto implícito no EST corrobora com

o arrefecimento do potencial de liquidação das dívidas circulantes;

assim sendo, o LEST exerce ingerência direta sobre a capacidade de pagamento de

curto prazo das empresas.

A versão adaptada à lucratividade inerente ao EST do tradicional LC, tratado na fórmula 04

como LCA, averigua a capacidade de pagamento de uma empresa no curto prazo, sob a

hipótese de o lucro bruto implícito no EST assumir a condição de variável interferente.

PC

LESTACLCA

(04)

A aplicação da fórmula 05 consegue mensurar, de forma isolada, a interferência do lucro

bruto implícito no EST sobre a capacidade de pagamento no curto prazo das empresas.

PC

LESTLCLCA (05)

Com base em uma perspectiva de causa e efeito, a fórmula 05 pode ser reescrita como sugere

a fórmula 06, onde:

LEST/PC, assume a condição de variável dependente, indicando a interferência do

lucro bruto implícito no EST sobre a capacidade de pagamento de curto prazo;

LADJIR/CPV ou MLEST, primeira variável independente, sugerindo, com base no

CPV, a intensidade de uma potencial geração de caixa, a ser alcançada com o LADJIR

implícito no saldo atual do EST;

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EST/PC, segunda variável independente, esclarecendo a representatividade assumida

pelo saldo do EST em relação ao PC.

PC

EST

CPV

LADJIR

PC

LEST (06)

3. Aspectos metodológicos

Quanto ao objetivo geral, este trabalho pode ser classificado como exploratório:

no contexto das empresas pertencentes ao setor de Bens Industriais, buscou-se

proporcionar uma visão geral sobre o fato de o lucro bruto inerente ao estoque interferir

diretamente no conceito de adimplência das empresas.

Sobre a técnica de pesquisa empregada:

os dados secundários, necessários à execução desta pesquisa, encontram-se livremente

disponibilizados em sites específicos, justificando a utilização da técnica de pesquisa

tratada como bibliográfica.

Dois critérios limitaram a 29 (vinte e nove) o número de empresas (Quadro 1):

saldo do estoque atrelado ao cumprimento das atividades fins;

disponibilidade das demonstrações contábeis consolidadas, para o período

2006/2010 (5 anos), no site www.cvm.gov.br.

As fórmulas 05 e 06 contribuem ao encerramento dos questionamentos a seguir:

como pode ser aferida a interferência do lucro bruto implícito no estoque sobre a

capacidade de pagamento de curto prazo das empresas?

como a margem de lucratividade do estoque (LADJIR/CPV) e a representatividade do

estoque ante o passivo circulante (EST/PC) se relacionam com a interferência do lucro

bruto implícito no estoque sobre o potencial de encerramento das dívidas circulantes

(LEST/PC)?

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Inspirado nas questões mencionadas, o tópico referente à apresentação e análise dos

resultados encontra-se desmembrado em duas partes:

análise da ingerência exercida pelo LEST sobre o potencial de encerramento das

dívidas circulantes – subsidiada a partir da aplicação da fórmula 05 145 vezes (5 valores

para cada uma das 29 empresas);

análise conjunta das relações da variável dependente LEST/PC com as variáveis

independentes LADJIR/CPV e EST/PC.

Sobre sumários estatísticos, Anderson, Sweeney e Williams (2011) esclarecem: “o objetivo

desses métodos é sintetizar os dados, de modo que eles possam ser facilmente entendidos e

interpretados”. Assim sendo, na construção da primeira parte da apresentação e análise dos

resultados foram aplicados sumários estatísticos, todos dedicados à sintetização dos valores

assumidos pelo quociente LES/PC (fórmulas 05 e 06):

escala de Índices-Padrão (formada por decis);

Regra dos 5 Itens e Box Plot;

medidas de posição, dispersão e forma (média, mediana, desvio padrão, coeficiente de

variação, assimetria e curtose).

Segundo Lapponi (2005), a análise de regressão visa formular uma função linear capaz de

“descrever e compreender a relação entre uma variável dependente e uma ou mais variáveis

independentes”. A partir da perspectiva sugerida por Lapponi (2005), a consecução da

segunda parte da apresentação e análise dos resultados teve como meio o emprego de um

modelo específico de regressão linear múltipla. A aplicação da análise de regressão teve como

orientação (ANDERSON; SWEENEY; WILLIAMS, 2011):

desenvolvimento de um modelo adequado à interpretação das relações da variável

dependente LEST/PC com as variáveis independentes MLEST e EST/PC, fórmula 07

(β0, β1 e β2 são os parâmetros do modelo, respectivamente indicando o coeficiente linear e

os coeficientes angulares, e ϵ, o termo de erro, é a referência à variabilidade da LEST/PC

não explicada pela suposta relação linear entre LEST/PC, MLEST e EST/PC);

PC

ESTMLEST

PC

LEST210 (07)

utilização do método dos mínimos quadrados na aferição de estimativas (b0, b1 e b2)

aos parâmetros do modelo;

definição da equação de regressão linear múltipla estimada – fórmula 08;

PC

ESTbMLESTbbprevisto

PC

LEST210 (08)

as análises do teste F e do R2 foram direcionadas à compreensão da intensidade da

relação de causa e efeito sugerida no modelo de regressão;

as análises das estimativas dos parâmetros e do teste t foram dedicadas ao

entendimento dos níveis de sensibilidade esboçados pela LEST/PC em relação aos

comportamentos da MLEST e do EST/PC.

Todos os procedimentos quantitativos foram viabilizados a partir do emprego do conjunto de

funcionalidades básicas e estatísticas do Microsoft Excel.

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4. Apresentação e análise dos resultados

4.1. Interferência do LEST na capacidade de liquidação do PC (LEST/PC)

A Figura 1 apresenta o conjunto dos Índices-Padrão atribuídos ao indicador LEST/PC. De

acordo com os resultados apurados:

os menores níveis observados, limitados ao 1º decil, sob o patamar de 1,87%,

evidenciam 4 situações, aproximadamente 2,8% do conjunto de 145 valores, onde o LEST

gerou potenciais arrefecimentos no poder de liquidação do PC (a Tabela 1 expõe os

protagonizadas pelas empresas Kepler Weber S.A., 1 vez, e West S.A., 3 vezes);

em 97,2% das ocasiões, aproximadamente 141 observações, as empresas pertencentes

ao setor de Bens Industriais conseguiram auferir valores ao LEST propícios à expansão do

LC;

a mediana, destacada no 5º decil, sugere um valor de 12,60%, alcançado pela empresa

Plascar Participações Industriais S.A., no ano de 2007;

como destaques referentes aos decis anteriores à mediana, Tabela 2, figuram Lark

Maqs, Bardella S.A., Marcopolo S.A. e Plascar S.A.;

como destaques referentes aos decis posteriores à mediana, Tabela 2, figuram Randon

S.A., Embraer S.A., Indústrias Romi S.A., Lupatech S.A. e Baumer S.A.;

a interferência do LEST sobre o LC ocorreu de forma heterogênea, pois em 30% das

observações o indicador LEST/PC teve seu valor limitado ao patamar de 7,90% (até o 3°

decil), assim como em igual frequência foram apurados valores superiores à 20,78%

(acima do 7° decil).

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A Figura 2 (Regra 5 Itens e Box Plot) favorece a identificação dos valores atípicos e a análise

das características da distribuição empírica:

segundo o limite superior, indicado no gráfico Box Plot, todos os valores situados

acima de 49,05% devem ser classificados como atípicos;

acima de 49,05%, até o ponto extremo positivo, de 160,74%, constam 12 pontos, ou

seja, os outliers formaram um conjunto equivalente a 8,28% das 145 observações;

a Tabela 3 divulga as empresas responsáveis pelos outliers, portanto, aponta as

situações onde o LEST esboçou capacidade atípica de recrudescer o poder de liquidação

do PC:

a Baumer S.A. figura na distribuição como destaque principal, pois, em quase

todos os anos, é possível perceber uma contribuição acima de 100% do LEST ao

encerramento do PC;

em apenas uma ocasião, a Forjas Taurus S.A. não conseguiu aumentar em pelo

menos 50% sua capacidade de encerrar o PC;

em três oportunidades, a Metisa Metalúrgica Timboense S.A. auferiu

contribuições acima de 50% ao potencial de liquidação do PC;

em apenas um ano, a Lupatech S.A. teve a oportunidade de recrudescer sua

capacidade de pagamento de curto prazo em mais de 60%;

os pontos extremos, 160,74% e -1,08%, divulgam uma amplitude total de 161,82%;

os quartis 3º e 1º, estimados em 23,46% e 6,40%, indicam um desvio interquartílico de

17,06%;

a relação entre a amplitude total e o desvio interquartílico traduz um elevado nível de

dispersão no contexto da distribuição em estudo;

a maior aproximação da mediana em relação ao 1º quartil, bem como a grande

distância entre o 3º quartil e o ponto extremo positivo, ratifica a compreensão de uma

distribuição intensamente assimétrica à direita.

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Tabela 3 – recrudescimento atípico do potencial de liquidação do PC pelo LEST

Contendo as principais medidas de posição, dispersão e forma, a Tabela 4 subsidia a análise

definitiva das principais características inerentes à distribuição dos valores assumidos pelo

indicador LEST/PC:

com base no coeficiente de assimetria, de 3,19, ratifica-se a forte assimetria à direita,

ou seja, no contexto das empresas pertencentes ao setor de Bens Industriais existe uma

forte tendência à ocorrência de valores atípicos positivos;

a medida de dispersão relativa, exatamente o coeficiente de variação, sob o valor

125,88%, fruto do quociente entre o desvio padrão, 25,51%, e a média, 20,26%, confirma a

existência de uma dispersão elevada;

com forte assimetria à direita e intensa dispersão, é possível concluir favoravelmente à

constatação de uma contribuição não homogênea do LEST à liquidação do PC.

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Tabela 4 – sumário de estatística descritiva do indicador LEST/PC

4.2. Relação LEST/PC x MLEST x EST/PC

A fórmula 09 apresenta a equação de regressão estimada à explicação da relação do indicador

LEST/PC, variável dependente, com os indicadores MLEST e EST/PC, variáveis

independentes.

PC

ESTMLESTprevisto

PC

LEST3,073,019,0 (09)

A Tabela 5 expõe os principais medidores estatísticos pertinentes à análise do modelo de

regressão implementado.

Tabela 5 – estatística de regressão (LEST/PC x MLEST x EST/PC)

A fórmula 9 e a Tabela 5 subsidiam o levantamento do conjunto de considerações listadas a

seguir:

de acordo com o valor ajustado do R2, as variáveis independentes MLEST e EST/PC

conseguem explicar 90% da variação apresentada pela variável dependente LEST/PC;

segundo o F observado, a variância explicada do indicador LEST/PC consegue ser

equivalente a 575 vezes o valor da variância não explicada, gerando um Valor-P de

0,0000%, abaixo do nível de significância de 1,00%, e, finalmente, ratificando a elevada

capacidade de a variável dependente ser explicada pelas variáveis independentes;

a multicolinearidade, referente à correlação observada entre MLEST e EST/PC,

estimada em 0,42, valor abaixo de 0,70, sentencia ser viável determinar o efeito distinto

das variáveis MLEST e EST/PC sobre a variável LEST/PC, ou seja, não há margem à

contestação das interpretações derivadas da análise dos resultados da aplicação do teste t

sobre as estimativas lançadas aos parâmetros;

os coeficientes de regressão positivos, 0,73, para MLEST, e 0,30, para EST/PC,

alertam sobre a relação diretamente proporcional entre as variações da LEST/PC e as

variações dos indicadores MLEST e EST/PC, todavia, é preciso salientar a maior

sensibilidade da LEST/PC em relação ao comportamento da MLEST;

os resultados da aplicação do teste t sobre os parâmetros atrelados às variáveis

MLEST e EST/PC, calculados em 23,25 e 10,32, respectivamente, confirmam a maior

significância da interferência da MLEST sobre o comportamento do indicador EST/PC –

com percentuais ao Valor-P estimados em 0,0000%, abaixo do nível de significância de

1,00%, as duas variáveis independentes assumem relações isoladas significativas em

relação à variável dependente.

Os resultados obtidos enfatizam ainda mais a importância de ser considerado o lucro bruto

intrínseco ao saldo do estoque na avaliação do perfil de adimplência das empresas do setor de

Bens Industriais, exatamente porque os coeficientes de regressão sentenciam, para o período

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considerado, a vigência de uma combinação entre giro de estoque elevado, devido à menor

sensibilidade do indicador LEST/PC ante a relação EST/PC, e margem de lucro sobre o

custo do produto vendido mais significante, dada a maior sensibilidade do indicador

LEST/PC ante a variável MLEST.

Portanto, no contexto das empresas do setor de Bens Industriais listadas na BOVESPA, a

interferência do lucro bruto implícito no saldo do estoque no poder de liquidação das dívidas

circulantes não assume uma condição aparente – situação marcada por um giro do estoque

baixo, onde o indicador LEST/PC passa a depender mais da relação EST/PC e menos da

MLEST –, sendo de fundamental importância tornar evidente sua participação no cálculo dos

principais indicadores empregados no estudo da capacidade de pagamento de curto prazo.

5. Considerações finais

Em relação ao quinquênio 2006-2010, o comportamento da interferência do lucro bruto

implícito no saldo do estoque sobre a capacidade de pagamento de curto prazo no contexto do

setor de Bens Industriais, representado nesta pesquisa pelas empresas listadas na BOVESPA,

pode ser resumido como segue:

valores negativos assumidos pela margem de lucratividade do estoque contribuíram

com o arrefecimento do poder de liquidação dos compromissos correntes em 4 ocasiões, ou

2,80% das observações, protagonizadas pelas empresas Kepler Weber S.A. e Wiest S.A.;

portanto, em 97,20% das observações as empresas desfrutaram da oportunidade de

recrudescer o poder de liquidação das dívidas circulantes, a partir do lucro bruto implícito

no saldo do estoque;

o modelo de regressão implementado sustenta uma interferência não aparente do lucro

bruto implícito no saldo do estoque sobre a capacidade de pagamento de curto prazo, pois

esta mostra-se mais sensível à variação da margem de lucratividade do estoque;

ancorado em um coeficiente de variação estimado em 125,88% (desvio padrão,

25,51%, dividido pela média, 20,26%), a influência do lucro bruto implícito no estoque

sobre a capacidade de pagamento de curto prazo assumiu um comportamento não

homogêneo, explicado, devido à maior significância, pela evolução igualmente

heterogênea da margem de lucratividade do estoque;

a desconsideração da margem de lucratividade intrínseca ao saldo do estoque da

análise de liquidez gera prejuízos drásticos aos conceitos de adimplência das empresas

Baumer S.A., Forjas Taurus S.A., Metisa Metalúrgica Timboense S.A. e Lupatech S.A.,

responsáveis por 12 observações atípicas, ou 8,28% das casos, onde o índice de liquidez

corrente passou a contar com reforços oriundos do lucro bruto implícito no estoque

estimados em 51,59% do valor das obrigações circulantes, no mínimo, até o nível máximo

de 160,74%.

Suscintamente, Brasil e Brasil (2005) esclarecem a importância da perspectiva dinâmica aos

fornecedores e às instituições financeiras no estudo da capacidade de pagamento de curto

prazo: “[...] é melhor ter um cliente vivo do que seu espólio, de valor sempre problemático”.

O ponto de vista de Brasil e Brasil (2005) alcança relevância ampliada no âmbito do setor de

Bens Industriais, pois a margem de lucratividade intrínseca ao estoque exerce influência

significativa na capacidade de pagamento de curto prazo das empresas.

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O emprego do modelo de análise de liquidez adaptado à lucratividade do estoque em outros

setores de atividade pode contribuir com a expansão do conhecimento concernente ao

comportamento da influência do lucro bruto implícito no saldo do estoque sobre a capacidade

de pagamento de curto prazo das empresas, representando a principal sugestão deste trabalho

ao desenvolvimento de novas pesquisas.

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