Internet em Portugal 2009
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A Internet em Portugal2009
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Análise: OberCom Apoio: SAPO/PT
A Internet em Portugal2009
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Ficha Técnica Título A Internet em Portugal 2009
Coordenação Científica Gustavo Cardoso e Rita Espanha
Investigação Vera Araújo
Questionário
“World Internet Project Portugal 2009” OberCom SAPO
Apoio à Investigação SAPO/PT
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Índice
A Internet em Portugal 2009 Introdução ………………………………………………………………………………………………….…………….. 5 I ‐ Utilizadores de Internet ………………………………………………………………………………………… 8 Adesão à Internet ………..……………………………………………………………………………………….….. 8 Caracterização do Acesso à Internet ………………………………………………………………..………. 14 Internet Móvel ……………………………………………………………………………………………………..…… 19 II – Estratégias de Utilização da Internet …………………………..…..………………………………… 22 Comunicação e Sociabilidade em Rede …………………………………………………………….…….. 23 Procura de Informação ……………………………………………………………………………………………… 27 Entretenimento …………………………………………………..………………………………………….………… 30 Bens e Serviços …………………………………………………………….…………………………………………… 32 Educação …………………………………………………………………………………………………………………… 34 Conteúdos Gerados pelo Utilizador ………….……………………………………………………………… 36 A Internet no Quotidiano …………………………………………………..…………………………………….. 40 III ‐ Impactos Sociais da Internet: a construção de Sociabilidades em Rede …………… 42 IV ‐ Impactos da Internet nos Media Portugueses ……………….………………………………….. 46 Internet e Utilização de Media …………………………………………………………………..……………. 46 Cinema na Era 2.0 …………………………………………..…………………………………….………………….. 48 Televisão na Era 2.0 ………………………………………………………………………………...…….…………. 50 Metodologia ………………………………………………………………………………………………………….…. 53
5
Introdução
A presente publicação, apresentada pelo Obercom em colaboração com o SAPO, baseia‐se
nos dados do inquérito WIP World Internet Project, que conta com edições prévias em 2003 e 20061.
Em 2009 a Internet celebra o seu quadragésimo aniversário e a World Wide Web o seu
vigésimo. Desde a sua criação, a Internet e a Web reinventaram‐se de várias formas e em diversos momentos, permitindo inclusivamente o surgimento de novos padrões e modelos de comunicação. As sociedades são todas caracterizadas por modelos comunicacionais. Se considerarmos os modelos de comunicação que têm vindo a moldar as nossas sociedades, três principais momentos podem ser identificados. Um primeiro modelo, a comunicação interpessoal, consiste numa troca bidireccional entre pessoas de um determinado grupo social. Um segundo modelo, a comunicação de um‐para‐muitos, acontece quando uma única pessoa envia uma mensagem para um grupo limitado de pessoas. Um terceiro modelo, a comunicação de massas, foi tornado possível pela evolução tecnológica e consiste na difusão através de meios electrónicos de uma mensagem, enviada para uma massa de indivíduos anónima, de dimensão desconhecida e geograficamente dispersa.
No entanto, com a emergência da Sociedade em Rede, um novo modelo está a surgir, o da Comunicação em Rede, baseando‐se no argumento que o sistema de media actual parece estar organizado não em torno da ideia de “convergência”, tornada possível pelas tecnologias digitais, mas em torno da articulação em rede dos dispositivos de mediação interpessoais (tais como o telemóvel) e em massa (como por exemplo, a televisão). Mas, também se encontra novidade no facto de, na sociedade em rede, a organização e o desenvolvimento do sistema de media depender, em larga medida, da forma como os utilizadores se apropriam socialmente dos media e não apenas de como os operadores e o Estado organizam a comunicação. Assim, de um mundo de comunicação em massa constituído por organizações de distribuição de conteúdos, estamos a dirigir‐nos para um mundo construído, ainda, por grandes conglomerados de media, mas também pela forma como as pessoas trabalham em rede com diferentes tecnologias mediadas, combinando mecanismos interpessoais de mediação com mecanismos de mediação de massa.
No âmbito deste novo modelo de comunicação a Internet vem assumir um papel primordial, levando à dissolução das nossas concepções tradicionais de espaço e de tempo. É hoje reconhecido o leque de possibilidades que o advento dessa nova tecnologia veio facultar à condição humana e, por conseguinte, a crescente importância que aquela vem assumindo nas nossas vidas. Esse interesse tem motivado e suscitado diferentes estudos e investigações, tanto no universo académico como empresarial. Enquanto tecnologia da informação e tecnologia social, a Internet possibilita o armazenamento e distribuição, a uma escala global, de uma vasta gama de informação e de uma comunicação em rede. É por isso que esta análise se inicia com a afirmação de estarmos perante uma nova tecnologia propiciadora quer de autonomia, quer de controlo.
A Internet é o que fazemos dela e o facto de ela ser usada por portugueses, em Portugal e noutros países, torna a nossa sociedade em rede diferente de outras
1 O projecto WIP foi fundado em 1999 pelo Center for the Digital Future (Annenberg School of Communication, Universidade da California do Sul), e visa avaliar os impactos sociais da utilização da Internet numa perspectiva multinacional, reunindo para tal um conjunto de investigadores com experiência comprovada de instituições e universidades de prestígio (ver “Metodologia”).
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sociedades. A nossa sociedade em rede é aquela que se abre ao vosso escrutínio nas próximas páginas. Gustavo Cardoso
O presente estudo encontra‐se dividido em várias secções, cujos principais resultados de seguida destacamos, encontrando‐se um desenvolvimento dos mesmos no seguimento do relatório. PARTE I – Utilizadores de Internet O número de utilizadores de Internet continua em alta em Portugal, registando‐se aumentos significativos nomeadamente no caso das mulheres e das camadas etárias mais idosas, em relação a 2006. A principal razão apontada para a não utilização da Internet é a falta de interesse (39,9%), verificando‐se assim que a exclusão do mundo online é hoje em dia também uma escolha, e não apenas dependente da falta de recursos ou de literacia digital.
No que diz respeito ao local de acesso, Portugal afirma‐se como uma sociedade em rede de matriz familiar, sendo a casa o meio de eleição por parte dos indivíduos para a utilização da Internet. Em 2009 verifica‐se ainda a consolidação da tendência para a mobilidade: mais de metade (52,7%) dos utilizadores de Internet acede à rede através de dispositivos móveis (computadores portáteis ou telemóvel). PARTE II – Estratégias de utilização da Internet
A principal evolução registada entre os dados obtidos em 2006 e os de 2009 aponta para um aumento da utilização da Internet em todas as suas vertentes e possibilidades de utilização. Os usos relativos a actividades da área da comunicação são os mais frequentes, nomeadamente o correio electrónico e os programas de mensagens instantâneas.
No que respeita às actividades relacionadas com a procura de informação, destaca‐se a supremacia do motor de busca Google, utilizado por 87,4% dos utilizadores de Internet para as suas pesquisas online. De realçar também o aumento da confiança na Internet enquanto fonte em relação aos demais meios, sendo considerada mais importante do que as fontes interpessoais ou a televisão pelos internautas. Verificou‐se também uma relação entre a experiencia de utilização da Internet e a confiança neste suporte: quanto maior o número de anos de uso, maior o grau de confiança nos seus conteúdos.
Em relação à utilização da Internet no âmbito do entretenimento, verifica‐se que metade dos utilizadores de Internet faz download ou ouve música online, assim como 43,5% faz download ou vê vídeos/filmes através da Internet. Por outro lado, 69,6% navega na Internet sem objectivos concretos, ou seja, apenas como forma de lazer e de passar o tempo.
Analisando agora os usos relacionados com bens e serviços, observa‐se que apesar do recurso ao comércio electrónico ser ainda embrionário, a utilização da Internet para procurar informação sobre produtos ou ler críticas e sugestões feitas por outros compradores/clientes é cada vez mais recorrente, permitindo à Internet consolidar a sua posição enquanto plataforma de divulgação para as empresas. Verificou‐se ainda que os serviços de e‐banking e o pagamento de contas online são actividades cada vez mais comuns em Portugal.
Em paralelo com o seu papel de fonte de informação, a Internet tem vindo a ganhar cada vez mais relevo na área da educação, tendo esta área recebido uma atenção especial das políticas públicas nos últimos anos, através de incentivos ao uso de computadores e da Internet nas escolas. Assim, 41,3% dos internautas que são estudantes afirmou utilizar a Internet para procurar informação para a escola/universidade numa base diária.
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Também de destacar, em relação a 2006, a crescente tendência para a criação de conteúdos pelos utilizadores, nomeadamente o upload de fotografias e vídeos, ou a criação de perfis online. Tal indica que, apesar de permanecerem essencialmente consumidores, os internautas portugueses se afirmam cada vez mais também como produtores de conteúdo, sendo essa tendência mais marcada no caso dos internautas do sexo masculino.
Se atentarmos à divisão dos usos da Internet por frequência de utilização, verifica‐se o predomínio das utilizações relacionadas com comunicação no âmbito das rotinas diárias dos indivíduos, destacando‐se a procura da informação e o entretenimento no âmbito das rotinas semanais e mensais. PARTE III – Impactos Sociais da Internet: a construção de sociabilidades em rede
A importância da Internet no âmbito dos processos de mediação social reafirma‐se em 2009 através da popularidade dos sites de redes sociais e dos serviços de mensagens instantâneas, que permitem a consolidação de sociabilidades em rede: mais de um terço (34,9%) dos internautas passa uma hora ou mais por semana a socializar com os seus amigos através de serviços de mensagens instantâneas, e perto de um quarto (23,2%) através das redes sociais.
Por outro lado, verifica‐se que a Internet veio aumentar os contactos sociais dos utilizadores: 58,9% dos internautas considera que o uso da Internet aumentou o seu contacto com os amigos, e 41,3% com a família. Não obstante, o face‐a‐face permanece o meio preferido pelos internautas para os seus contactos sociais. PARTE IV – Impactos da Internet nos Media Portugueses
Considerando os media tradicionais, a televisão continua a ser aquele que mais tempo ocupa aos indivíduos, sendo a exposição intensiva ao pequeno ecrã mais acentuada no caso dos não utilizadores do que no caso dos internautas. Não obstante, verifica‐se que os internautas apresentam uma dieta de media mais variada, sendo a percentagem de não utilizadores de televisão, rádio ou jornais inferior neste grupo, em comparação com o grupo dos não utilizadores de Internet.
Em relação à área do Cinema, cerca de metade (52,7%) dos internautas portugueses afirmou que grande parte dos utilizadores que conhece realiza downloads de filmes, tendo apenas 27,5% respondido que não.
No que respeita o pequeno ecrã, destaca‐se uma maior penetração dos serviços pagos de televisão junto do grupo dos internautas, sugerindo assim uma maior integração no seio da Cultura Digital em geral. Verifica‐se ainda que, no grupo dos inquiridos que realiza downloads ou vê filmes/vídeos através da Internet pelo menos semanalmente, 39,3% afirmou ainda valer muito a pena subscrever um serviço pago de televisão (contra apenas 19,7% no seio da amostra total). Ou seja, o visionamento online e a subscrição tradicional de um pacote pago de TV afirmam‐se mais produtos complementares, do que substitutos, vindo as principais resistências em relação às ofertas pagas de televisão por parte da população que recebe apenas os canais de acesso livre.
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I – Utilizadores de Internet
Adesão à Internet Na última década, a adesão à Internet tem vindo a crescer em todo o mundo de forma exponencial. De facto, as estimativas do CIA World FactBook de 2008 apontam para a existência de mil milhões de utilizadores de Internet no Mundo, o que equivale a uma taxa de penetração global de 15.4%. Por continentes, a Ásia contribui com 37.4% dos internautas (430 milhões de utilizadores), a América representa 29.2% (336 milhões), a Europa 25.2% (290 milhões) e os restantes continentes 8.2%. Utilizadores de Internet em Portugal 2009 (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
Estes valores situam‐se próximos dos apontados pelo INE/UMIC, que em 2008 contabilizava 42% de utilizadores em Portugal. Note‐se que o INE/UMIC afere a percentagem de utilizadores através da proporção de inquiridos que utilizou a Internet nos últimos três meses, enquanto o estudo WIP Portugal se baseia numa auto‐avaliação do indivíduo, ou seja, se este se considera ou não um utilizador actual dessa tecnologia, excluindo quem possa ter usado nos últimos três meses apenas para experimentar, ou quem deixou entretanto de recorrer à Internet. Utilizadores de Internet em Portugal (%) – dados EUROSTAT2
Fonte: EUROSTAT - Survey on ICT Usage in Households and by Individuals 2002 - 2008.
2 Percentagem de inquiridos que utilizaram a Internet nos últimos três meses
utilizadores; 38,9não
utilizadores; 61,1
1926 29 32 36 40
4241
47 51 55 5662 66
0
20
40
60
80
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PT UE15
Também em Portugal, a proporção de utilizadores de Internet tem vindo a crescer, passando de cerca de 29% em 2003 para 35,7% em 2006 e para 38,9% em 2009, de acordo com os dados obtidos no presente estudo, e nas suas edições anteriores.
Em termos Europeus verifica‐se, de acordo com o Eurostat, que Portugal se encontra abaixo da média da UE15, que rondava em 2008 cerca de 66% de utilizadores de Internet. A percentagem de utilizadores registada em Portugal iguala a de Itália (também com 42%), ficando no entanto relativamente abaixo dos níveis registados em Espanha (57%), ou em França (68%).
9
Utilizadores de Internet na EU27 em 2008 (%) – dados EUROSTAT
Fonte: EUROSTAT - Survey on ICT Usage in Households and by Individuals 2002 - 2008.
42
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
RoméniaBulgáriaGréciaChipreItália
PortugalMalta
PolóniaLituania
EslovéniaEspanhaRoméniaHungriaLetóniaIrelandaEstónia
EslováquiaFrançaBelgicaAustria
AlemanhaReino UnidoLuxemburgo
FinlândiaDinamarca
Países BaixosSuécia
De destacar no entanto que, de acordo com os dados do EUROSTAT, cerca de 97% dos estudantes em Portugal utilizam a Internet, valor superior à média da União Europeia, que ronda os 94%. De acordo com o relatório anual da UMIC/INE “A Sociedade da Informação em Portugal 2008”, tal resulta de uma eficaz introdução da Internet nas escolas, depois de Portugal ter sido em 2001 um dos países pioneiros na Europa na ligação de todas as escolas à Internet, assim como no início de 2006 viria a ser pioneiro na ligação de todas as escolas públicas à banda larga.
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Utilizadores de Internet na Europa em 2008 ‐ Estudantes (%) – dados EUROSTAT
Fonte: EUROSTAT - Survey on ICT Usage in Households and by Individuals 2002 - 2008.
Utilizadores de Internet 2009, por género (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
97
0 20 40 60 80 100
RoméniaChipreItália
BulgáriaGráciaIrlandaBélgicaHungriaPolónia
República ChecaEspanhaPortugalEslovénia
DinamarcaFrança
LituaniaLetónia
EslováquiaReino Unido
AustriaAlemanha
EstóniaMalta
Países BaixosSuécia
FinlândiaLuxemburgo
0% 20% 40% 60% 80% 100%
homens
mulheres
40,9
37,1
59,1
62,9
utilizadores não utilizadores
Voltando aos dados do nosso estudo, verifica‐se que os homens apresentam uma maior predisposição para a utilização da Internet, sendo que 40,9% utiliza esta ferramenta, contra apenas 37,1% das mulheres.
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Evolução dos Utilizadores de Internet, por género (%)
Fontes: WIP Portugal 2009, CIES, Inquérito Sociedade em Rede, 2006, CIES, Inquérito Sociedade em Rede, 2003
Em termos etários, a penetração da Internet nas várias categorias etárias tende a diminuir com o aumento da idade, chegando a 90,9% dos jovens com idades entre os 15 e os 18 anos, e apenas a 3,7% dos inquiridos com 65 ou mais anos. Utilizadores de Internet 2009, por categoria etária (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
0
20
40
homens mulheres
34,4
24,0
40,9
30,9
40,937,1
2003 2006 2008
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
15‐18
19‐24
25‐34
35‐44
45‐54
55‐64
65 +
90,9
78,3
59,9
40,7
24,2
18,2
3,7
9,1
21,7
40,1
59,3
75,8
81,8
96,3
utilizadores não utilizadores
Não obstante, a categoria dos homens não registou aumento da percentagem de utilizadores em relação a 2006, enquanto a das mulheres cresceu 6,2 pontos percentuais em relação à edição prévia do presente estudo.
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Evolução dos Utilizadores de Internet, por idade (%)
Fontes: WIP Portugal 2009, CIES, Inquérito Sociedade em Rede, 2006, CIES, Inquérito Sociedade em Rede, 2003
As disparidades em termos regionais permanecem também relevantes: quase metade dos habitantes da Grande Lisboa (48,3%) acede à Internet, contra apenas cerca de um terço dos habitantes do Norte Litoral (33,8%), Interior (32,2%) ou Alentejo (31,4%). Utilizadores de Internet 2009, por região (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
0 20 40 60 80
15‐24
25‐34
35‐44
45‐54
55‐64
65+
59,7
44,8
30,4
15,0
5,4
1,1
76,1
50,6
35,1
22,2
9,8
3
82,6
59,9
40,7
24,2
18,2
3,7
2009 2006 2003
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Grande Lisboa
Algarve
Centro Litoral
Grande Porto
Norte Litoral
Interior
Alentejo
48,3
39,5
37,7
37,6
33,8
32,3
31,4
51,7
60,5
62,3
62,4
66,2
67,7
68,6
utilizadores não utilizadores
Se atentarmos à evolução dos utilizadores de Internet por idade entre 2003 e 2009, verifica‐se que apesar das categorias etárias mais jovens serem as que contam com maior taxa de utilização, o crescimento mais acentuado é verificado nas camadas mais idosas: por exemplo, no período considerado a taxa de utilizadores com idades entre os 45 e os 54 anos cresceu cerca de 60%, e mais do que triplicou no caso das categorias 55‐64 anos e 65 e mais anos.
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Não Utilizadores da Internet – razão principal para não utilizar (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=634 – não utilizadores da Internet)
Não Utilizadores da Internet – razões para não utilizar: não tem PC/ligação à Internet (%)
Fonte: WIP Portugal 2003, 2006 e 2009
Há quantos anos utiliza a Internet? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Falta de interesse/não vê
utilidade; 39,9
Não sabe como
usar/sente‐se
confuso com a
tecnologia; 26,2
Não tem acesso a
um computador ou à Internet; 14,4
Muito caro; 10,6
Não tem tempo; 6,6
Outra; 0,2 ns/nr; 2,2
0,0
10,0
20,0
30,0
não tem PC/ligação à Internet
27,0
19,514,4
2003 2006 2009
1 ano ou menos; 11,9
2/3 anos; 29,0
4/5 anos; 21,0
mais de 5 anos; 29,7
ns/nr; 8,4
Por exemplo, em 2003, 27% dos não utilizadores referiam razões ligadas à falta de equipamentos de acesso, tendo essa percentagem passado para 19,5% em 2006 e 14,4% em 2009.
Os internautas portugueses estão cada vez mais experientes: cerca de 29,7% já utiliza a Internet há mais de cinco anos. Por outro lado, 11,9% recorre a esta tecnologia há um ano ou menos, demonstrando assim que a taxa de penetração da Internet continua com potencial para aumentar. De notar também que dos que utilizam a Internet há 1 ano ou menos, mais de 50% tem entre 25 e 44 anos, o que indica um crescimento da penetração também nas faixas etárias menos jovens.
Em 2009, a principal razão apontada para a não utilização da Internet é a falta de interesse (39,9%), verificando‐se assim que a exclusão do mundo online é hoje em dia também uma escolha, e não apenas dependente da falta de recursos ou de literacia digital.
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Caracterização do Acesso à Internet No que diz respeito ao local de acesso, Portugal afirma‐se como sendo uma sociedade em rede de matriz familiar, sendo a casa o meio de eleição por parte dos indivíduos para a utilização da Internet. De facto, 75,5% utiliza esta ferramenta nesse local, marcando um aumento em relação aos 59,7% de utilizadores domésticos registados em 2006. Não obstante, o local de trabalho surge como o segundo local mais relevante no âmbito da utilização da Internet, com quase 12% dos inquiridos a passar mais de três horas por dia a utilizar este meio no local referido, e um total de 31,7% de utilizadores (contra 25,7% em 2006). Em média, quantas horas/minutos por dia utiliza a Internet a partir de…(%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
casa
trabalho
outros locais (cafés, casa de
amigos, centros
comerciais, na rua…)
12,4
65,8
75,7
9,2
7,7
19,6
8,4
5,2
21,5 12,4
2,5
12,9
11,9
12,1
2,5
5,7
não utiliza/não tem acesso à net neste local 30 min ou menos
entre 30 min e 1h entre 1h e 2h
entre 2h e 3h mais de 3h
ns/nr
15
Em média, quantas horas/minutos por dia utiliza a Internet a partir da escola/universidade? – base = estudantes (%)3
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=80 – estudantes que são utilizadores da Internet)
Caracterização do Acesso à Internet – acesso fixo versus acesso móvel4 (nº de clientes)
Fonte: ANACOM (Informação Estatística do Serviço de Acesso à Internet 2009)
Analisando o caso do serviço fixo de acesso à Internet, verifica‐se uma progressiva migração dos utilizadores para a banda larga, tendo o número de clientes de acesso dial‐up decrescido de forma acentuada, nomeadamente a partir do final de 2004, representando no final de 2008 apenas cerca de 41 mil clientes (contra cerca de 1,6 milhões de utilizadores que já usufruem de banda larga).
3 De forma a contextualizar estes resultados, lembre‐se que o presente estudo incide sobre a população de Portugal Continental com 15 ou mais anos de idade, não abrangendo assim os mais novos – ver nota metodológica. 4 Trata‐se dos clientes dos operadores móveis que podem aceder à Internet em banda larga móvel, e que o fizeram pelo menos uma vez desde o lançamento do serviço.
não usa neste
local; 31,3
meia hora ou menos;
8,8
entre meia e uma
hora; 13,8
entre 1 e 2 horas; 17,5
entre 2 e 3 horas; 2,5
mais de 3 horas; 7,5 ns/nr; 18,8
1.611.695 1.675.363
1.454.574
2.378.800
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
4T07 4T08Total de Clientes ‐ Acesso FixoTotal de Clientes ‐ Acesso Móvel
De acordo com a ANACOM, os acessos móveis à Internet têm vindo a crescer de forma sustentada em Portugal, ultrapassando no final de 2008 os acessos fixos. Note‐se no entanto que dos cerca de 2,4 milhões de utilizadores registados nos acessos móveis no final de 2008, apenas cerca de metade é considerado activo, ou seja, só perto de 1,2 milhões acederam à Internet em banda larga móvel pelo menos uma vez no trimestre em análise.
Se considerarmos apenas o grupo dos estudantes, verifica‐se que 7,5% dos inquiridos utiliza esta ferramenta mais de três horas por dia na escola. Não obstante, 31,3% dos estudantes afirmou não utilizar ou não ter acesso à Internet neste local.
16
Caracterização do Acesso Fixo à Internet – banda larga versus dial‐up (nº de clientes)
Fonte: ANACOM (Informação Estatística do Serviço de Acesso à Internet 2009) Por outro lado, se estudarmos em maior detalhe as características dos acessos de banda larga fixa, é possível destacar um progressivo domínio das tecnologias ADSL, em detrimento do recurso ao modem por cabo. Caracterização do Acesso Fixo de banda larga à Internet – tecnologia de acesso (nº de clientes)
Fonte: ANACOM (Informação Estatística do Serviço de Acesso à Internet 2009) Em termos Europeus, de acordo com o Eurostat, a média da penetração da banda larga ronda os 48%, atingindo em Portugal um valor próximo dos 39%5.
5 Note‐se que os dados do Eurostat se baseiam em inquéritos à população, enquanto os dados da ANACOM têm como base inquéritos realizados aos operadores.
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
4T00 4T01 4T02 4T03 4T04 4T05 4T06 4T07 4T08
Clientes de acesso ADSL Clientes de acesso modem por cabo Outros
0
500.000
1.000.000
1.500.000
4T00 4T01 4T02 4T03 4T04 4T05 4T06 4T07 4T08
Clientes de acesso por banda Larga Clientes de acesso dial‐up
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Agregados domésticos com ligação à Internet de banda larga (%) dados EUROSTAT
Fonte: EUROSTAT - Survey on ICT Usage in Households and by Individuals 2003 - 2008.
Caracterização do Acesso à Internet – velocidade contratada (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=361 – utilizadores da Internet com acesso em casa)
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Países Baixos
Dinamarca
Suécia
Finlândia
Reino Unido
Luxemburgo
França
Alemanha
Malta
Estónia
Áustria
Eslovénia
Espanha
Lituânia
Letónia
Portugal
Polónia
República Checa
Eslováquia
Chipre
Itália
Grécia
Bulgária
Roménia
39
2 Mbps; 9,7
4 Mbps; 15,8
6 Mbps; 8,0
8 Mbps; 15,212 Mbps;
11,118 Mbps; 5,8
24 Mbps; 4,7
Outra; 3,9
Ns/Nr; 25,8
Voltando aos dados do presente estudo, em termos de velocidade contratada, verifica‐se que perto de 60% dos inquiridos usufrui de acessos de 12 Mbps, ou menos. Não obstante, é necessário realçar que cerca de uma quarto dos respondentes não soube identificar a velocidade da sua ligação, optando pela categoria de resposta “não sabe/ não responde”.
18
O gráfico seguinte apresenta o intervalo de ofertas de banda larga fixa disponíveis nos países da EU que pertencem à OCDE, em termos de velocidades de download. Dos países considerados, apenas 4 continuam a oferecer velocidades abaixo dos 512 kbps. Para a maioria dos países, as ofertas de velocidades mais baixas são de, pelo menos, 1 Mbps.
Intervalos de Velocidades de banda larga fixa publicitadas pelos prestadores – 2008 (kbps)
Fonte: ANACOM – OCDE, Communications Outlook 2008 Em termos de banda larga móvel, verifica‐se que para a maioria dos países, as ofertas de velocidades mais baixas são de, pelo menos, 1 Mbps e os limites máximos de 7,2 Mbps. Intervalos de Velocidades de banda larga móvel publicitadas pelos prestadores – 2008 (kbps)
Fonte: ANACOM – OCDE, Communications Outlook 2008
19
O grau de satisfação e relação à velocidade contratada tende a aumentar consoante o aumento da velocidade da ligação: apenas 8,6% dos inquiridos com ligações de 2 Mbps declararam estar totalmente satisfeitos com a velocidade contratada, contra 47,6% dos inquiridos com acessos de 18 Mbps e 41,2% dos respondentes com velocidades contratadas na ordem dos 24 Mbps. Satisfação com a velocidade contratada (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n = utilizadores de cada velocidade, com acesso à Net a partir de casa)
Internet Móvel Utiliza a Internet a partir de dispositivos móveis tais como o telemóvel ou um computador portátil? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2 Mbps
4 Mbps
6 Mbps
8 Mbps
12 Mbps
18 Mbps
24 Mbps
8,6
5,3
17,1
5,3
28,6
19,3
34,5
16,4
17,5
9,5
37,1
52,6
44,8
54,5
60,0
38,1
58,8
8,6
12,3
20,7
23,6
17,5
47,6
41,2
5,3
4,8
totalmente insatisfeito insatisfeito algo satisfeito satisfeito totalmente satisfeito ns/nr
sim; 52,7
não; 47
ns/nr; 0,3 Mais de metade (52,7%) dos utilizadores de
Internet acede à rede através de dispositivos móveis. Essa tendência é particularmente marcada no caso dos homens (56,7% acede via dispositivos móveis, contra 48,8% das mulheres), e no âmbito das categorias etárias mais jovens: 62% dos inquiridos com idades entre os 15 e os 18 anos é utilizador de Internet móvel, contra apenas 14,3% dos inquiridos com 65 ou mais anos.
20
Utilizadores de Internet móvel em cada categoria etária (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores de Internet)
Utiliza a Internet Móvel a partir de… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=213 – indivíduos que utilizam a Internet a partir de dispositivos móveis)
A procura de notícias e informações sobre eventos, assim como a utilização de redes sociais e serviços de Mensagens Instantâneas surgem como as principais actividades levadas a cabo pelo grupo de internautas que acede a partir do telemóvel. Quando navega na Internet a partir do telemóvel, quais as actividades que realiza? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=50 – indivíduos que utilizam a Internet a partir de PDA/telemóvel)
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
15‐18 19‐24 25‐34 35‐44 45‐54 55‐64 65+
62,0 54,2 58,151,9
44,7
28,0
14,3
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
PC portátil PDA/telemóvel
84,0
23,5
0
10
20
30
34 32 30
16 16 14 1410 10
Do total de inquiridos que utiliza a Internet a partir de dispositivos móveis, 84% acede recorrendo a um computador portátil, e 23,5% através de telemóvel ou PDA.
21
Cobertura 3G na UE27 em 2007 (%) – dados IDATE
Fonte: ANACOM – IDATE, Broadband Coverage in Europe
De notar que a banda larga móvel encontra‐se disponível nas zonas onde as redes de 3.ª geração móvel estejam acessíveis. De acordo com a Comissão Europeia, em 2007 a cobertura em Portugal era de 80 por cento da população, acima da média da UE27 (77 por cento).
22
II – Estratégias de Utilização da Internet “Utilizar” a Internet não significa o mesmo para todos os utilizadores. Uns limitam‐se a aceder ao correio electrónico, outros centram as suas actividades online nas necessidades das suas tarefas profissionais, e outros fazem da utilização da Internet um verdadeiro modo de vida, contribuindo inclusivamente para o desenvolvimento de conteúdos e aplicações Web. Assim, perceber quem utiliza a Internet já não é suficiente para dar conta dos impactos sociais desta tecnologia a longo prazo, é também essencial perceber‐se como se usa a Internet. A principal evolução registada entre os dados obtidos em 2006 e os de 2009 aponta para um aumento da utilização da Internet em todas as suas vertentes e possibilidades de utilização. Por exemplo, se considerarmos a décima tarefa mais realizada online em 2006 (procurar informação sobre espectáculos), verifica‐se que esta era levada a cabo por apenas 27,4% dos internautas, enquanto a décima actividade mais realizada em 2009 (jogar jogos) foi levada a cabo por mais de dois quintos (43,8%) dos utilizadores de Internet. Assim como em 2006, em 2009 a aplicação da Internet mais utilizada em Portugal foi o correio electrónico, com 89,4% de utilizadores, contra 70,7% em 2006. Seguiram‐se os serviços de mensagens electrónicas e a procura de notícias (74,5%), navegar pela Internet sem objectivos concretos (69,6%) e verificar factos (68,6%). Top 10 – utilizações da Internet em Portugal em 2006 e 2009
Fonte: CIES, Inquérito Sociedade em Rede, 2006 Fonte: WIP Portugal 2009 (n= 714 – utilizadores da Internet) (n=404 – utilizadores da Internet) (Note‐se que para efeitos de análise foram considerados utilizadores os internautas que recorrem a um dado aplicativo pelo menos mensalmente)
0 20 40 60 80
procurar informação sobre espectáculos
procurar notícias desportivas
contactar com amigos quando se sente em baixo
jogar jogos
combinar encontros com amigos
chats
procurar notícias
enciclopédias online, dicionários, atlas
navegar na Intenet sem objectivos concretos
correio electrónico
27,4
27,6
28,0
28,4
30,5
34,8
35,4
41,2
53,9
70,7
2006
0 20 40 60 80
jogar jogos
download/ouvir música online
redes sociais
procurar definições
procurar informação sobre produtos
verificar factos
navegar na net sem objectivos concretos
procurar notícias
serv mensagens instantâneas
correio electrónico
43,8
49,0
52,0
59,2
67,6
68,6
69,6
74,5
74,5
89,4
2009
23
Comunicação e Sociabilidade em Rede A utilização da Internet como ferramenta de comunicação tem vindo a aumentar em todas as suas vertentes, quer nos estejamos a referir ao envio de emails, como à utilização dos serviços de mensagens instantâneas (IM) ou à utilização de redes sociais.
Utilizações da Internet – Comunicação (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Se em 2003 o envio e recepção de emails eram actividades levadas a cabo por 73,3% dos internautas, em 2009 essa percentagem eleva‐se para 89,4%, permanecendo o correio electrónico como sendo a aplicação mais recorrente da Web
0% 20% 40% 60% 80% 100%
trabalhar no seu próprio blogue
fazer/receber telefonemas
participar em chats
utilizar sites de redes sociais
enviar emails com anexos
utilizar Ims
enviar e receber emails
68,6
64,7
44,1
38,6
18,6
16,4
4,4
9,2
11,9
22,2
7,7
8,4
7,9
5,2
3
4,7
6,7
8,9
10,1
5
5
12,6
10,6
11,9
17,6
23,8
22,3
25
5,2
6,7
12,9
19,3
27,5
37,1
41,1
6,2
10,4
10,1
18,3
nunca menos frequentemente mensalmentesemanalmente diariamente várias vezes ao dians/nr
24
Quais os serviços de Email que costuma utilizar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Utilizadores Gmail e Hotmail, Utilizadores Gmail e Hotmail, Utilizadores Gmail e Hotmail, por anos de uso da Internet (%) por idade (%) por género (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
Além do correio electrónico, novas formas de comunicar online têm‐se vindo a afirmar nos últimos anos, nomeadamente os serviços de mensagens instantâneas, utilizados por 74,5 % dos internautas (sendo que 47,2% dos inquiridos usa tais ferramentas diariamente), e os sites de redes sociais, visitados por 52% dos utilizadores de Internet (25,5% numa base diária).
0,0
50,0
65,8
29,5
13,98,9 4,9 3,0 2,7
5,113,2
40,3
50,4
43,6
30,8
115,6
0
20
40
60
80
100
Gmail Hotmail
ns/nr
mais de 5 anos
2 a 5 anos
1 ano ou menos 15,8 13,4
24,416,8
32,3
30,3
16,5
20,2
6,410,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Hotmail Gmail
65+
55‐64
45‐54
35‐44
25‐34
19‐24
15‐18
51,3 51,1
48,7 48,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Gmail Hotmail
mulher
homem
O serviço de correio electrónico mais popular em Portugal é o Hotmail, utilizado por cerca de dois terços dos internautas (65,8%), seguido pelo Gmail (29,5%). Em termos de perfil de utilizador, verifica‐se que os clientes do Hotmail tendem a ser menos experientes e mais jovens do que os do Gmail. Já em termos de género não são encontradas diferenças significativas entre os perfis de utilizadores destes dois serviços de Email.
25
Quais os serviços de mensagens instantâneas que costuma utilizar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Utilizadores MSN/SAPO Utilizadores MSN/SAPO Utilizadores MSN/SAPO Mess., por anos de uso net (%) Messenger, por idade (%) Messenger, por género (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
Em qual ou quais dos seguintes sites de redes sociais tem um perfil criado? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0,0
50,0
65,6
12,97,4 4,7 2,2
11,7 7,7
50,6 53,8
31,7 28,8
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Windows Live / MSN Messenger
SAPO Messenger
ns/nr
mais de 5 anos
2 a 5 anos
1 ano ou menos
19,2 15,1
23,124,9
40,430,9
11,5
16,2
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
SAPO Messenger
Windows Live / MSN Messenger
65+
55‐64
45‐54
35‐44
25‐34
19‐24
15‐18
55,8 52,5
44,2 47,5
0%
20%
40%
60%
80%
100%
SAPO Messenger
Windows Live / MSN Messenger
mulher
homem
0,0
20,0
40,0
47,8
10,97,4 7,2
2,7
O Msn Messenger recolhe as preferências de 65,6% dos internautas portugueses no que respeita a utilização de serviços de mensagens instantâneas. O Sapo Messenger surge em segundo lugar, com 12,9% de utilizadores. Note‐se que os utilizadores do Sapo Messenger, por ser um serviço ainda pouco generalizado, se destacam pela sua juventude sendo que cerca de 83% tem 34 anos ou menos (contra 71% no caso do Msn Messenger).
Cerca de metade (47,8%) dos utilizadores portugueses de Internet tem um perfil criado no Hi5, tendo também a rede de origem brasileira Orkut uma expressão considerável no país (10,9%). Em termos de género, a rede Orkut apresenta uma sobre‐representação de utilizadores do sexo feminino, em comparação com o Hi5, o Facebook ou o MySpace. Já em termos de idade, o MySpace afirma‐se como a rede social mais jovem, com 31% de utilizadores com 18 anos ou menos.
26
Utilizadores de Redes Sociais, por sexo (%) Utilizadores de Redes Sociais, por idade (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
Similarmente, verifica‐se a utilização do Hi5 se destaca essencialmente junto dos adolescentes e da população em idade universitária, sendo que mais de 49% dos seus utilizadores tem 24 anos ou menos. Já o Facebook é uma rede vocacionada para os adultos e jovens adultos, totalizando 56,7% de utilizadores com idades entre os 19 e os 34 anos. Utilizadores de Redes Sociais, por região (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
De notar também o crescimento da utilização dos serviços de VoIP, que passou de 4,4% em 2003, para 9,8% em 2006 e 23,2% em 2009.
43,2
57 56,7 58,6
56,8
43 43,3 41,4
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Orkut Hi5 FacebookMySpace
mulher
homem
20,7 203125
28,5
16,7
24,140,9
31,6
40
31
18,2
13,510
13,913,65,7
13,3
0
20
40
60
80
100
Orkut Hi5 FacebookMySpace
45 anos ou mais
35‐44 anos
25‐34 anos
19‐24 anos
15‐18 anos
79,5
6,8
32,1
13
56,7
13,3
41,4
17,2
0
20
40
60
80
Grande Lisboa Grande Porto
Orkut Hi5 Facebook MySpace
Sendo um dos motivos mais importantes para a adesão a uma determinada rede social o facto dos amigos off‐line já estarem inscritos nessa rede, torna‐se relevante analisar a distribuição dos utilizadores das redes sociais por região. Neste âmbito, verifica‐se que os membros do Orkut estão na sua maioria (79,5% do total) concentrados na zona de Lisboa, assim como os do Facebook (56,7%). Já os utilizadores do Hi5 têm uma distribuição mais diversificada pelas várias regiões de Portugal, com destaque especial para a região da Grande Lisboa (32,1%) e Norte Litoral (21,8%). O MySpace aparece também como um fenómeno essencialmente característico dos grandes centros urbanos, estando 58,6% dos seus membros localizados na Grande Lisboa e Grande Porto.
27
Quais os serviços de VoIP que costumas utilizar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Procura de Informação Em termos de procura de Informação, a busca de notícias online afirma‐se como a actividade mais difundida no âmbito das práticas de Internet dos portugueses, sendo que quase um terço realiza esta actividade diariamente (31,2%). O recurso à Wikipédia como fonte de informação é também notável: perto de um quarto dos internautas (24,7%) usa esta ferramenta pelo menos uma vez por semana. Note‐se também que 24% procura informação sobre saúde semanalmente ou diariamente. Utilizações da Internet – Informação Diversa (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0,0
5,0
10,0
Skype Sapo Messenger
VoIP Buster
9,9
4,2 3,7
0% 20% 40% 60% 80% 100%
receber feeds RSS
procurar emprego
fazer download de software
usar a Wikipédia
procurar anedotas e outros conteúdos humorísticos
procurar informação sobre viagens
procurar informação sobre saúde
procurar notícias
57,2
53,2
40,6
39,6
36,9
23,8
22
9,9
14,6
23
16,1
18,3
23
36,4
34,2
15,3
9,2
6,7
18,3
14,6
16,6
18,8
19,6
11,9
8,2
7,2
15,1
16,8
16,6
11,9
18,3
31,4
6,7
6,9
6,9
5,4
6,7
5,2
26,2 5
7,9
2
nunca menos frequentemente mensalmentesemanalmente diariamente várias vezes ao dians/nr
Cerca de 10% dos utilizadores de Internet afirmou utilizar o Skype para a realização de chamadas de voz através da Internet. Já 4,2% utiliza o Sapo Messenger.
28
Dos seguintes portais de Internet, quais os que já visitou este ano? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Que parte da informação que se encontra na Internet considera ser de confiança? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Parte da informação que considera ser de confiança, por antiguidade do uso da Internet (% de “quase toda” e “toda”)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Em comparação com os restantes media e fontes de informação, a Internet surge como meio privilegiado para a procura de informação em geral, sendo considerada como “importante” ou “muito importante” por 79,2% dos internautas, seguida pelas fontes interpessoais (76,2%) e pela televisão (75,8%). Em oposição, 24% dos inquiridos considera os blogues pouco ou nada importantes como fontes de informação, assim como 28,7% em relação aos sites do governo.
0,0
50,0
100,0
Google Sapo MSN Yahoo Live
87,4
66,1 64,9
35,924,0
nenhuma; 2,0
apenas uma parte; 44,1
cerca de metade; 29,2
quase toda; 15,8
toda; 2,7ns/nr; 6,2
0,0
20,0
40,0
1 ano ou
menos
2 a 3 anos 4 a 5
anos 6 a 10 anos mais de
10 anos
12,5 14,5 18,8 20,6
50,0
O Google surge como o portal de Internet mais popular, tendo sido visitado por 87,4% dos internautas desde o início do ano, seguido pelo Sapo, que foi visitado por cerca de dois terços (66,1%) dos utilizadores de Internet.
Cerca de 46% dos internautas considera que nenhuma ou apenas uma parte da informação que se encontra na Internet é de confiança, contra perto 48% que considera que cerca de metade, quase toda ou toda é confiável, mostrando assim que a questão da confiança nos conteúdos online permanece um tema que divide as opiniões dos internautas.
Todavia, quanto maior a antiguidade do uso da Internet, maior o grau de confiança dos inquiridos nos seus conteúdos: mais de metade dos internautas que começou a utilizar a Internet há mais de dez anos afirmaram que quase toda, ou mesmo toda a informação disponível é de confiança.
29
Qual a importância que atribui às seguintes fontes quando se quer informar sobre um assunto em geral? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 50% 100%
Blogues
Sites oficiais do governo
Rádio
Jornais
Fontes interpessoais
TV
Motores de busca online
Internet
10,1
15,1
5,2
13,9
13,6
9,9
7,9
5,2
6,4
4,7
30
20,8
27,2
24,5
19,6
16,8
18,8
13,4
26,5
25,7
37,4
35,9
44,8
44,1
33,2
38,1
13,1
18,1
18,8
29
31,4
31,7
35,4
41,1
6,4
6,7
3,7
nada importante pouco importante algo importante importante muito importante ns/nr
30
Entretenimento A emergência da Web 2.0 e a massificação da banda larga vieram potencializar um novo leque de utilizações da Internet, nomeadamente na área do entretenimento. Assim, em 2009 cerca de metade dos utilizadores de Internet faz download ou ouve música online, assim como 43,5% faz download ou vê vídeos/filmes através da Internet. Por outro lado, 69,6% navega na Internet sem objectivos concretos, ou seja, apenas como forma de lazer e de passar o tempo. Utilizações da Internet – Entretenimento (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Sites de Videojogos Quais os sites de videojogos que costumas utilizar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
visitar sites religiosos/espirituais
fazer download de filmes portugueses
fazer download de podcasts
visitar sites com conteúdos para adultos
ouvir rádio online
fazer download ou ver vídeos/filmes online
jogar jogos
fazer download ou ouvir música online
navegar na Internet sem objectivos concretos
74,5
66,3
63,1
55,7
47
39,6
36,1
33,9
18,1
11,4
14,4
11,6
14,9
14,9
16,3
19,3
16,8
11,4
7,9
9,7
11,1
15,8
10,1
11,6
14,9
7,7
8,4
8,4
9,9
15,8
18,6
19,8
23,5
29,5
9,9
7,4
10,4
11,9
21,5
8,2
nunca menos frequentemente mensalmentesemanalmente diariamente várias vezes ao dians/nr
0,0
5,0
10,0
My Games
Miniclip Game Over
Sapo Jogos
10,9
8,27,4
6,7
Cerca de 43,8% dos utilizadores de Internet utiliza esta plataforma para jogar videojogos pelo menos mensalmente, contra 21,2% em 2003 e 28,4% em 2006. O My Games é o site de videojogos mais utilizado, com visitas por parte de cerca de 11% dos utilizadores, seguido do Miniclip (8,2%) e do Game Over (7,4%).
31
Dos seguintes programas P2P, quais os que conhece ou já ouviu falar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
A Internet afirma‐se como uma importante fonte sobre entretenimento, ultrapassando a relevância das fontes interpessoais e dos media tradicionais. Qual a importância que atribui às seguintes fontes quando se quer informar sobre entretenimento? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0,0 10,0 20,0
Kazaa
eDonkey/emule
bittorrent
utorrent
gnutella/limewire
Azureus/ Vuze
Open Nap
Fast Track
Neo Network
Soulseek
Transmission
22,5
18,6
15,1
10,9
10,6
4,2
3,5
3,0
2,7
2,0
1,7
0% 50% 100%
Blogues
Rádio
Jornais
Motores de busca online
TV
Fontes interpessoais
Internet
9,9
6,2
4,7
3,7
3,2
15,8
11,9
9,2
6,4
5,9
1,7
5
25,5
29
36,4
18,3
23,8
19,3
11,6
27,7
32,7
28,2
37,9
37,9
42,1
38,1
14,6
18,6
20,8
28,7
30,2
34,4
40,6
6,5
1,6
5,0
nada importante pouco importante algo importante importante muito importante ns/nr
O Kazaa é o programa de partilha de ficheiros mais famoso, sendo que 22,5% dos internautas está a par da sua existência, seguido do emule (18,6%) e do bittorrent (15,1%).
32
Bens e Serviços Apesar do comércio electrónico permanecer uma área embrionária em Portugal, mais de dois terços dos internautas (67,6%) utiliza a Internet para procurar informações sobre produtos, o que aponta para uma valorização da plataforma online enquanto suporte de divulgação para as empresas. Similarmente, um quarto dos utilizadores (25,9%) afirmou ler críticas a produtos feitas por outros internautas. Por outro lado, a importância da Internet no seio da gestão do orçamento e das finanças pessoais dos indivíduos tem vindo a crescer: 24,3% dos utilizadores afirmou pagar contas online, e cerca de um quinto (20,4%) utiliza os serviços de e‐banking. Utilizações da Internet – Bens e Serviços (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
investir em bolsa/fundos de investimento
recomendar ou fazer forward de anúncios
fazer sugestões online a empresas sobre os seus produtos
adquirir bens ou serviços online
fazer reservas de viagens online
utilizar serviços de e‐banking
ler críticas a produtos feitas por internautas
pagar contas online
procurar informação sobre um produto
79,7
72,8
68,1
66,3
65,3
64,6
58,7
58,2
12,6
8,4
10,6
13,6
14,1
19,6
12,4
14,4
16,1
18,8
5,9
6,7
8,2
10,6
7,2
9,7
12,9
14,4
21,5
5,9
7,4
6,4
4,5
7,7
10,6
7,2
32,2 12,9
nunca menos frequentemente mensalmentesemanalmente diariamente várias vezes ao dians/nr
33
Comércio Electrónico ‐ Em média, quantas vezes adquire produtos e/ou serviços através da Internet? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Comércio Electrónico ‐ Qual o meio de pagamento que prefere para a aquisição de produtos ou serviços através da Internet? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=54 – utilizadores da Internet que efectuam compras online)
nenhuma; 77,7
uma vez; 7,9
duas vezes; 3,5
três ou mais
vezes; 1,9ns/nr; 9,0
Cartão de
crédito; 37,0
Multibanco; 29,6
Contra entrega; 16,7
Telemultibanco; 5,6
Paypal/payshop; 7,4 Outro;
3,7
Cerca de três quartos (77,7%) dos internautas portugueses afirmam não fazer compras online, sendo que apenas 13,3% dos inquiridos declarou utilizar esta plataforma para tais fins.
Dos inquiridos que realizam compras online, dois terços prefere utilizar o cartão de crédito ou o pagamento via multibanco (66,6%), sendo a possibilidade de contra entrega preferida por apenas 16,7% dos inquiridos.
34
Comércio Electrónico – Até que ponto se sente preocupado com a segurança do seu cartão de crédito quando o utiliza para comprar alguma coisa através da Internet? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=54 – utilizadores da Internet que efectuam compras online)
Educação Em paralelo com o seu papel de fonte de informação, a Internet tem vindo a ganhar cada vez mais relevo na área da educação, tendo esta área recebido uma atenção especial das políticas públicas nos últimos anos, através de incentivos ao uso de computadores e da Internet nas escolas. Utilizações da Internet – Educação (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Nada preocupado(a); 24,1
Algo preocupado(a); 27,8
Muito preocupado(a); 18,5
Extremamente
preocupado(a); 11,1
Nunca usei o meu
cartão de crédito para
comprar nada …
Não responde
; 1,9
0% 20% 40% 60% 80% 100%
participar num programa de
formação online
procurar informação para a escola/universid…
procurar a definição de uma
palavra
procurar ou verificar um facto
64,9
43,4
18,7
15,5
15,4
16,1
18,8
14,9
8,4
10,4
16,3
16,8
5,9
11,9
28,7
33,2
11,6
12,9
17,6
3,4
3,4
nunca menos frequentemente mensalmentesemanalmente diariamente várias vezes ao dians/nr
Por outro lado, considerando ainda os inquiridos que realizam compras online, verifica‐se que 24,1% não se sente nada preocupado em relação ao uso do cartão de crédito para comprar produtos ou serviços online, contra 11,1% que afirmou sentir‐se extremamente preocupado.
35
Utilizações da Internet – Procura de Informação para a Escola/Univesidade (% ‐ base=estudantes)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=80 – estudantes que são utilizadores da Internet)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
8,7 17,5 23,8 28,8 12,5
nuncamenos frequentementemensalmentesemanalmentediariamentevárias vezes ao dians/nr
Considerando apenas o grupo dos estudantes, a percentagem de utilizadores diários da Internet com a finalidade de procura de informação para a escola ou universidade sobe para 41,3%, sendo que apenas 6,2% afirmou nunca utilizar a Internet para tais fins.
36
Conteúdos Gerados pelo Utilizador Apesar da maioria dos indivíduos se assumir mais como consumidor do que como produtor de conteúdos, cerca de 45,5% dos internautas já criou um perfil online, 43,1% já fez upload de fotografias e 40,9% já fez upload de vídeos ou música. Utilizações da Internet – Conteúdos Gerados pelo Utilizador (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
criar/actualizar um blogue para outrem
editar definições/conteúdos na Wikipédia
criar conteúdo através de material pré‐existente online
participar em votações online
escrever/acrescentar conteúdos num blogue pessoal
partilhar online conteúdos criados
por si
acrescentar posts em sites diversos
dar pontuação a produtos/serviços/
pessoas
contribuir para um fórum ou discussão
online
criar/actualizar um site pessoal
fazer upload de música
fazer upload de vídeos
fazer upload de fotografias
criar um perfil online
68,3
65,3
64,1
63,9
63,6
63,6
62,4
62,1
61,4
59,2
57,2
56,7
53,7
51,5
9,7
14,4
14,9
11,4
10,1
10,9
11,4
12,9
12,4
13,4
11,4
14,9
14,4
21
10,1
8,7
8,7
11,9
9,2
10,6
11,4
14,1
9,9
11,9
12,4
11,9
12,4
11,9
7,2
6,9
8,2
7,4
11,1
8,7
8,9
7,7
11,4
11,1
13,1
12,4
13,9
9,7
nunca menos frequentementemensalmente semanalmentediariamente/várias vezes ao dia ns/nr
37
A tendência para a produção de conteúdos é nomeadamente marcante no caso dos internautas do sexo masculino. Por exemplo, apenas 50,2% nunca fez upload de fotografias (contra 57,2% das mulheres), 52,2% nunca fez upload de vídeos (em oposição a 61,2% das internautas) e 50,7% nunca realizou um upload de música (contra 63,7% das inquiridas do sexo feminino). Serviços de partilha de fotografias Quais os serviços de partilha de fotografias que costuma usar? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0,0
5,0
Picasa Sapo Fotos
Fotolog Olhares Flickr
6,96,4
5,7
1,5 1,2
O Picasa é o serviço de partilha de fotografias mais divulgado junto dos Internautas portugueses, assim como o Sapo Fotos e o Fotolog.
38
Domínios Internet ‐ Crescimento médio anual, 2000‐2008 (%) – Dados OCDE
Fonte: OCDE, com base em Internet Software Consortium Surveys
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Unites States .usIndia .inChina .cnSpain .es
Belgium .bePoland .plCanada .caSweden .seFrance .fr
Portugal .ptGreece .grFinland .fi
Norway .noAustralia .au
Slovak Republic .skTurkey .tr
Germany .deIreland .ie
Czech Republic .czIceland .is
New Zealand .nzArgentina .ar
Netherlands .nlJapan .jp
Mexico .mxAustria .at
Hungary .huBrazil .br
Denmark .dkSwitzerland .ch
Italy .itUnited Kingdom .uk
Luxembourg .luKorea .kr
Por outro lado, verifica‐se um crescimento sustentado do domínio .pt nos últimos anos. De facto, de acordo com os dados publicados pela OCDE, este domínio terá crescido em média cerca de 36,2% entre 2000 e 2008.
39
A Internet no Quotidiano Se atentarmos agora à divisão dos usos da Internet por frequência de utilização, verifica‐se o predomínio das actividades relacionadas com comunicação no âmbito das rotinas diárias dos indivíduos, nomeadamente: correio electrónico (59,4%), serviços de mensagens instantâneas (47,3%), utilização de redes sociais (25,5%) e utilização de chats/fóruns (15,1%). Já nos usos semanais é de destacar a relevância da procura de informação: verificar factos (33,2%), procurar informação sobre produtos (32,2%), procurar notícias (31,4%) e procurar definições (28,7%); assim como dos usos relacionados com entretenimento: navegar na Internet sem objectivos concretos (29,5%), download/ouvir música (23,5%), jogar jogos online (19,8%) ou fazer download ou ver vídeos (18,6%). No âmbito da análise dos usos mensais, surgem também actividades relacionadas com a procura de conteúdos informativos, mas de carácter mais esporádico (como por exemplo, procurar informação sobre saúde ou viagens), estando também presentes os usos relacionados com o entretenimento tais como procurar conteúdos humorísticos (16,6%) ou fazer download ou ver filmes online (15,8%). Top 10 – utilizações da Internet em Portugal em 2009
Top 10 – usos diários Top 10 – usos semanais Top 10 – usos mensais1
Email 59,4
Verificar um facto 33,2 Procurar info. sobre
produtos 21,5
2 Instant Messaging
47,3 Procurar info. sobre produtos
32,2 Procurar info sobre saúde
19,6
3 Procurar notícias
31,2Procurar notícias
31,4 Procurar info sobre viagens
18,8
4 Usar sites de redes sociais
25,5 Navegar na net sem objectivos concretos
29,5Download software
18,3
5 Navegar na net sem objectivos concretos
25,2 Procurar a definição de uma palavra
28,7Verificar um facto
16,8
6 Verificar um facto
18,6E‐mail
25,0 Procurar conteúdos humorísticos
16,6
7 Chats/fóruns
15,1 Download ouvir música
23,5 Procurar a definição de uma palavra
16,3
8 Procurar informação para a escola/univ.
14,8Instant Messaging
22,3 Download ou ver vídeos
15,8
9 Procurar a definição de uma palavra
14,1Jogar jogos
19,8 Navegar na net sem objectivos concretos
14,9
10 Download ouvir música/ Jogar jogos/ Procurar info. sobre produtos
13,9Download ou ver vídeos
18,6Usar a Wikipedia
14,6
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Os indivíduos do sexo masculino apresentam‐se globalmente mais activos online do que as mulheres, sendo ultrapassados por estas apenas no que diz respeito à procura de informação para a escola/universidade e à utilização da Internet para procurar definições.
40
Utilizações da Internet – principais usos diários, por género (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
De igual modo, também as categorias etárias mais jovens se apresentam globalmente mais activas do que os restantes grupos. Não obstante, consoante os interesses de cada faixa etária, a utilização da Internet poderá ser mais ou menos intensiva de acordo com a finalidade e natureza da tarefa. Por exemplo, se a liderança da categoria 15‐18 anos é evidente nas actividades relacionadas com comunicação e entretenimento (nomeadamente no caso dos sites de redes sociais e jogos online), o grupo dos 35‐44 anos evidencia‐se nas actividades de procura de notícias, assim como na busca de informações sobre produtos e viagens.
0
20
40
60
emailInstant Messaging
redes sociais
chats
navegar pela web sem objectivos concretos
jogos online
rádio online
download SW
download/ver vídeodownload/ouvir music
wikipedia
procurar informação para a escola/univ
procurar notícias
procurar informação sobre produtos
verificar factos
procurar informação sobre viagens
procurar uma definição
homens (n=203) mulheres (n=201) total utilizadores Internet (n=404)
41
Utilizações da Internet – principais usos diários, por categoria etária (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
0
20
40
60
emailInstant Messaging
redes sociais
chats
navegar pela web sem objectivo concreto
jogos online
rádio online
download SW
download/ver vídeodownload/ouvir música
wikipedia
procurar informação para a escola/univ.
procurar notícias
procurar informação sobre produtos
verificar factos
procurar informação sobre viagens
procurar uma definição
15-18 anos (n=50) 35-44 anos (n=77) total utilizadores Internet (n=404)
42
III – Impactos Sociais da Internet: a construção de sociabilidades em rede Contrariamente às visões iniciais sobre os impactos sociais da Internet que se focavam no eventual isolamento social dos indivíduos, verifica‐se que a Internet veio aumentar em alguns casos os contactos sociais, nomeadamente no que diz respeito aos amigos: 58,9% dos internautas considera que o uso da Internet aumentou o seu contacto com esta categoria de indivíduos (em geral, ou seja, on e off‐line). Repare‐se que em 2006 apenas 37,9% dos inquiridos afirmou considerar que a Internet influenciava de forma positiva os contactos com os amigos, podendo a variação entre as duas edições do presente estudo ser explicada se considerarmos a forte expansão do fenómeno das redes sociais entre 2006 e 2009. Até que ponto o uso da Internet influenciou o seu contacto com… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 50% 100%
pessoas com quem partilha hobbies/activi
dades …
pessoas com quem partilha interesses políticos
pessoas da sua religião
amigos
familiares
pessoas da sua profissão
5,4
5,7
6,4
18,3
16,1
4,7
9,2
4,7
51,0
44,3
45,8
33,2
44,6
42,8
25,0
13,4
11,6
34,9
27,2
25,5
14,6
24,0
14,1
15,1
15,3
17,6
4,0
10,9
diminuiu fortemente diminuiu ficou na mesma aumentou aumentou fortemente ns/nr
43
Já os impactos no que diz respeito à vida política são menos claros: por exemplo, se 31,7% dos internautas concorda ou concorda totalmente com a afirmação “por utilizar a Internet a população em geral pode compreender melhor a política”, 31,5% declarou discordar ou discordar totalmente. No entanto, apesar das potencialidades oferecidas pelo ambiente online em termos de autonomia e empowerment dos cidadãos, verifica‐se que 44,1% dos internautas declarou discordar ou discordar totalmente da afirmação “por utilizar a Internet a população em geral pode ter mais poder político”. Acha que por utilizar a Internet… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
O face‐a‐face continua a ser o meio preferido pelos internautas para os seus contactos sociais, quer sejam com a família ou com os amigos. Não obstante, as redes sociais e os serviços de mensagens instantâneas têm‐se vindo a afirmar como plataformas importantes no âmbito das relações de amizade: mais de um terço (34,9%) dos internautas passa uma hora ou mais por semana a socializar com os seus amigos através de serviços de mensagens instantâneas, e perto de um quarto (23,2%) através das redes sociais.
0% 50% 100%
pode ter mais poder político
terá mais a dizer sobre as acções do governo
pode compreender
melhor a política
as entidades oficiais irão estar
mais preocupadas
com a opinião da população
22,3
18,6
13,4
16,1
21,8
20,8
18,1
20,8
22,5
22,8
30,7
24,0
20,5
23,3
21,3
22,0
5,2
7,9
10,4
7,2
7,7
6,7
6,2
9,9
Discordo totalmente discordo concordo em parte concordo concordo totalmente ns/nr
44
Em média, quantas horas por semana passa a socializar com a sua família através de… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Em média, quantas horas por semana passa a socializar com os seus amigos através de… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0% 50% 100%
VoIP
redes sociais
Serv. Mensagens Instantâne…
telemóvel
face a face
11,7
15,6
15,2
18,6
25,5
66,3
39,6
28,0
18,6
20,5
22,8
24,3
10,4
26,2
4,7
8,2
10,4
15,3
5,0
5,0
5,9
5,7
4,0
8,2
9,2
58,4
ns/nr não se aplica 30 min ou menos 30 min a 1h 1h a 2h 2h a 3h mais 3h
0% 50% 100%
VoIP
redes sociais
Serv. Mensagens Instantâne…
telemóvel
face a face
11,1
14,8
15,4
20,3
26,5
66,3
35,6
23,5
18,1
14,9
15,6
26,7
4,0
11,4
10,6
19,1
6,7
10,1
13,1
15,8
5,2
3,2
6,2
7,2
7,7
9,9
15,6
10,4
50,0
ns/nr não se aplica 30 min ou menos 30 min a 1h 1h a 2h 2h a 3h mais 3h
45
Por ter acesso à Internet, o seu desempenho no trabalho… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
melhorou muito; 14,1
melhorou
razoavelmente; 22,0
está na mesma; 35,4
piorou algo; 2,0
piorou muito; 0,2
ns/nr; 26,2
A Internet trouxe algumas melhorias em termos de desempenho no trabalho: 36,1% dos internautas considera que esta tecnologia permitiu melhorar razoavelmente ou muito o seu desempenho.
46
IV – Impactos da Internet nos Media Portugueses
Internet e Utilização de Media Em média, quantas horas por dia dedica a ver/ouvir/ler (off‐line)… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
Em média, quantas horas por dia dedica a ver TV (off‐line)? 2009 (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
0%
50%
100%
jornais rádio TV
42,737,6
15,1
32,8
13,2
14,3
17,0
10,3
4,4
11,1
28,1
5,9
17,2
7,818,8
4,2 7,5 7,6 ns/nr
mais de 3h
entre 2h e 3h
entre 1h e 2h
entre 30 min e 1h
menos de 30 min
não usa
0%
20%
40%
60%
80%
100%
utilizadores de Internet (n=404)
não utilizadores de Internet (n=634)
14,9 15,3
13,1 8,5
32,425,4
16,6
17,7
13,921,9
5,6 8,8
ns/nr
mais de 3h
entre 2h e 3h
entre 1h e 2h
entre 30 min e 1hmenos de 30 minnão usa
Se compararmos as dietas televisivas de utilizadores e não utilizadores de Internet, verifica‐se que a exposição intensiva a este meio tende a ser maior junto dos inquiridos que não utilizam a Internet: 21,9% dos indivíduos deste grupo vê mais de três horas por dia, contra apenas 13,9% no âmbito do grupo dos Internautas.
Considerando os media tradicionais, a TV continua a ser aquele que mais tempo ocupa aos indivíduos: mais de um terço dos portugueses (36%) vê duas ou mais horas de televisão por dia. Não obstante, verifica‐se uma diminuição do tempo de visionamento de televisão, uma vez que em 2006 cerca de 44,5% dos portugueses via diariamente duas horas ou mais de TV. Similarmente, também os jornais registam uma queda em termos de leitores: se em 2006 57,1% dos portugueses afirmaram ler jornais, em 2009 apenas 53,1% referiu realizar tal actividade.
47
Em média, quantas horas por dia dedica a ouvir rádio (off‐line)? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
Em média, quantas horas por dia dedica a ler jornais (off‐line)? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009
0%
20%
40%
60%
80%
100%
utilizadores de Internet (n=404)
não utilizadores de Internet (n=634)
30,042,4
18,39,9
20,3 14,8
13,1 9,8
5,0 6,56,4 8,76,9 7,9
ns/nr
mais de 3h
entre 2h e 3hentre 1h e 2hentre 30 min e 1hmenos de 30 minnão usa
0%
20%
40%
60%
80%
100%
utilizadores de Internet (n=404)
não utilizadores de Internet (n=634)
32,449,2
39,9
28,2
15,113,7
3,7 4,6 ns/nr
mais de 3h
entre 2h e 3h
entre 1h e 2h
entre 30 min e 1h
menos de 30 min
não usa
O caso da rádio apresenta características similares ao da televisão, sendo que 15,2% dos não utilizadores ouve mais de duas horas por dia, contra apenas 11,4% dos Internautas. Em contrapartida, verifica‐se que os utilizadores de Internet são pessoas globalmente mais expostas aos media: apenas 30% não ouve rádio, contra 42,4%, no caso dos não utilizadores.
O mesmo verifica‐se para o sector dos jornais, sendo que apenas 32,4% dos utilizadores de Internet não lê jornais, contra 49,2% dos não utilizadores.
48
Multitasking – Enquanto está online, costuma realizar outras tarefas tais como ouvir música, ver TV ou usar o telemóvel/telefone? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Cinema na Era 2.0 Acha que grande parte dos utilizadores de Internet que conhece fez download de filmes no último mês? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
Se sim, de que tipo de filmes? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=213)
sim, às vezes; 41,3sim, a
maior parte das
vezes; 26,7
não; 30,9
ns/nr; 1,0
sim; 52,7não; 27,5
ns/nr; 19,8
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
filmes recentes
filmes para adulto
filmes de animação
filmes mais
antigos
87,3
18,316,4 14,6
O multitasking, ou realização de várias tarefas de media em simultâneo, é uma prática cada vez mais difundida: 68% dos internautas declarou fazer outras actividades tais como ouvir música, ver TV ou utilizar o telemóvel enquanto está online. Tal tendência parece estar presente nas várias categorias etárias, sendo que 80% dos internautas com idades entre os 15 e os 18 afirmaram realizar outras tarefas enquanto estão online, assim como por exemplo 71% dos utilizadores com 65 anos ou mais.
Cerca de metade (52,7%) dos internautas portugueses afirmou que grande parte dos utilizadores que conhece realiza downloads de filmes, tendo apenas 27,5% respondido que não. Esta tendência é nomeadamente marcada no caso dos internautas do sexo masculino: 58,1% dos homens optou pela resposta “sim”, contra apenas 47,3% das mulheres.
Os filmes recentes seriam, na opinião de 87,3% dos inquiridos, os mais descarregados da Internet, seguidos dos filmes para adultos (18.3%).
49
Quando sabe que estreou um filme novo… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
No último ano, viu algum filme cuja versão original não fosse em inglês? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=878 – indivíduos que costumam ver filmes)
Biblioteca de Media – no seu PC, tem uma biblioteca organizada de… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores da Internet)
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
espera que passe na
TV
tenta fazer download online
tenta encontrar à venda em DVD
tenta ver excertos no You Tube
69,5
16,8 12,4 5,9
0,0 20,0 40,0 60,0
sim, na TV
sim, em DVD
sim, no cinema
sim, em formato digital através da Internet
52,6
8,0
4,3
1,9
0,010,020,030,040,0
40,633,7
26,0
5,2
De notar que cerca 41% dos internautas afirmaram possuir uma biblioteca organizada de música no seu PC, assim como 33,7% de fotografias e 26% de filmes. De igual modo, 5,2% declarou ter uma biblioteca organizada com episódios de séries televisivas.
A televisão afirma‐se como a principal plataforma para a divulgação de filmes em línguas que não o inglês. De facto, mais de metade dos inquiridos que costuma ver filmes afirmou ter visto uma película cuja versão original não fosse em inglês no último ano na televisão. Em contrapartida, apenas 8% dos respondentes desse grupo viram um filme sem ser em inglês em DVD, e 4,3% no cinema.
Quando estreia um filme novo, a grande maioria dos internautas portugueses (69,5%) prefere esperar que a película passe na televisão. Não obstante, 16,8% afirmou tentar fazer download online, subindo essa percentagem para 21,2% se considerarmos apenas o grupo dos utilizadores do sexo masculino, e para 32% se nos reportarmos à categoria etária 15‐18 anos.
50
Televisão na Era 2.0 Dispõe de um serviço pago de televisão? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
Dado o acesso facilitado a conteúdos televisivos online, considera que ainda vale a pena subscrever um serviço pago de televisão? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
não; 58,3sim; 40,1
ns/nr; 1,6
sim, muito; 19,7
sim, mais ou
menos; 27
sim, pouco; 8,4
não; 26,7
ns/nr; 18,2
Cerca de 40% dos inquiridos afirmou dispor de um serviço pago de televisão, subindo essa percentagem para 63,6% se considerarmos apenas o grupo dos internautas.
Do total de inquiridos, 26,7% afirmou que dado o acesso facilitado a conteúdos televisivos online, já não valeria a pena subscrever um serviço pago de televisão, subindo esta percentagem para 34,5% junto dos inquiridos que não dispõem actualmente de um serviço por subscrição. Não obstante, 19,7% considera que ainda vale muito a pena. Verifica‐se ainda que, no seio do grupo dos inquiridos que realiza downloads ou vê filmes/vídeos através da Internet pelo menos semanalmente, 39,3% afirmou ainda valer muito a pena subscrever um serviço pago de televisão. Ou seja, o visionamento online e a subscrição tradicional de um pacote pago de TV afirmam‐se mais produtos complementares, do que substitutos, vindo as principais resistências em relação às ofertas pagas por parte da população que recebe apenas os canais de acesso livre.
51
Qual o seu operador de televisão por assinatura? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=416 – indivíduos com televisão por assinatura)
Vê mais programas ou excertos de programas… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
Costuma ver episódios de séries cuja temporada ainda não tenha estreado nos canais de TV a que tem acesso? (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=1038)
Zon TVCabo; 67,3
PT Meo; 14,9
Cabovisão; 9,4
Clix; 4,6Outros; 2,9
Ns/nr; 1,0
No televisor, através de antena, cabo,
satélite ou IPTV; 90,1
Através de download
de ficheiros
da Internet, que são
visualizados no PC ou no ecrã de TV; 3,3
Outro; 0,4
Não vê televisão;
0,9Ns/Nr; 5,4
sim; 11,8
não; 86,0
ns/nr; 2,1
Dos indivíduos que dispõem de um serviço pago de televisão, 67,3% afirmou ser cliente da ZON TVCabo, tendo a PT Meo recolhido cerca de 15% das respostas. Estes valores são similares aos registados pela ANACOM, que contabiliza as seguintes quotas de mercado para os principais operadores: 70,1% para a ZON/TVCabo, 16,5% para a PT Meo, e cerca de 11,7% para a Cabovisão (ANACOM, Serviço de Televisão por Subscrição ‐ 1º Trimestre 2009).
A principal plataforma para o visionamento de conteúdos televisivos permanece o televisor (através de antena, cabo, satélite ou IPTV), sendo que apenas 3,3% da população prefere ver programas obtidos através de downloads de ficheiros da Internet, que são depois visualizados no PC ou ecrã de televisão.
De notar que cerca de 11,8% dos portugueses afirmou ter o hábito de ver episódios de séries cuja temporada ainda não estreou na televisão, subindo essa percentagem para 17,6% se considerarmos apenas o grupo dos Internautas.
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Quando sabe que estreou um episódio novo de uma determinada série de televisão… (%)
Fonte: WIP Portugal 2009 (n=404 – utilizadores de Internet
0,0
50,0
espera que passe na TV
tenta fazer
download online
tenta encontrar à venda em DVD
tenta ver excertos no You Tube
77,9
12,1 7,9 4,5
Assim como acontece no caso dos filmes, quando estreia um episódio novo de uma determinada série de televisão, a grande maioria dos internautas portugueses (77,9%) prefere esperar que esse episódio passe na televisão. Não obstante, 12,1% afirmou tentar fazer download online do programa.
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Metodologia
UNIVERSO: Constituído por indivíduos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental AMOSTRA: Constituída por 1.038 entrevistas, tendo os respondentes sido seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo, Idade, Instrução, Região e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais, com a seguinte distribuição, proporcional, por região:
RECOLHA DA INFORMAÇÃO: A informação foi recolhida através de entrevista directa e pessoal, em total privacidade, com base em questionário elaborado pelo OBERCOM e pelo SAPO, a partir dos objectivos enumerados. O trabalho de campo decorreu entre os dias 13 e 22 de Março de 2009, e foi realizado por 64 entrevistadores, recrutados e treinados pela GfK Metris, que receberam uma formação adequada às especificidades deste estudo. A recolha incidiu nos dias úteis entre as 18h e as 22h e nos fins‐de‐semana durante todo o dia. CONTROLO DE QUALIDADE: Foi realizado um controlo de qualidade, respeitando‐se as seguintes etapas: 1. Os entrevistadores tiveram formação prévia. A incorporação de novos entrevistadores não superou, em nenhum caso, mais de 25% do total das entrevistas. 2. As entrevistas foram distribuídas por diversos entrevistadores, de forma a evitar que uma % significativa das entrevistas fosse feita somente por um ou dois entrevistadores. 3. Após darem entrada no Departamento de Campo, os questionários foram imediatamente revistos, com o objectivo de detectar eventuais erros de preenchimento ou ausência de informação. Caso a caso, foi feita uma avaliação dos procedimentos a adoptar, que puderam ir de um novo contacto com o inquirido (obtenção da informação em falta) à simples anulação da entrevista (por exemplo se se verificasse uma taxa de não resposta anormal em relação ao total das perguntas). 4. Foi realizada uma supervisão de cerca de 20% do trabalho de cada entrevistador através de um novo contacto directo ou telefónico com o entrevistado. Para esse efeito, utilizou‐se um questionário de supervisão cuja concepção visou verificar se foram respeitadas as indicações apresentadas em relação a: local de entrevista, método de selecção do entrevistado, condições de realização da entrevista, questionário e tempo de duração da entrevista.
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5. Após terem sido revistos e supervisionados, os questionários deram entrada no Departamento de Codificação onde foram codificados, pergunta a pergunta, realizando‐se um primeiro teste em relação à consistência e articulação da informação obtida. No caso das perguntas abertas, foi feita uma transcrição de cerca de 50% das respostas, de forma a fazerem‐se os planos de codificação respectivos (para cada pergunta deste tipo). 6. Depois de codificados, os questionários foram gravados em suporte informático. De seguida, já com base no ficheiro global do estudo, foi feita uma validação do ficheiro informático, testando‐se a consistência dos dados recolhidos a dois níveis: validação dos códigos das respostas, pergunta a pergunta, e uma validação da articulação entre as perguntas (saltos e filtros), respeitando‐se a estrutura do questionário utilizado. Em caso algum foram feitas correcções automáticas da informação. A partir deste momento, o ficheiro informático ficou apto a ser tabulado e tratado com base em software concebido para o efeito. 7. Os questionários, em papel, serão guardados durante um ano.
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