Interpretaçao 23
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Unidade II
INTERPRETAO E PRODUO DE TEXTOSDE TEXTOS
Profa. Mrcia Selivon
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Tipo e gnero
Tipos de textos referem-se a aspectos mais geraisGneros textuais referem-se a aspectos mais especficos.Podem ser:Podem ser: Orais ou escritos Formais ou informais
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Diversidade dos gneros textuais
Os gneros surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem nas prticas do dia a dia.
O conjunto dos gneros potencialmente infinito e mutvel, materializado tanto na oralidade quanto na escrita.
Exemplos de gneros textuais: telefonema, carta, romance, bilhete, reportagem, lista de compras, piadas, receita culinria, contos de fadas.
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Gneros textuais e contexto
Gneros so utilizados para situaes e/ou finalidades diversas.
De modo geral, todos os gneros textuais tm em comum, basicamente, trs caractersticas:
a) O assunto: o que pode ser dito atravs daquele gnero;
b) O estilo: as palavras, expresses, frases selecionadas e o modo de organiz-las;
c) O formato: a estrutura em que cadac) O formato: a estrutura em que cada agrupamento textual apresentado.
O termo fala aparece relacionado ao uso individual da lngua.
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Gneros virtuais
Gneros virtuais o nome dado s novas modalidades de gneros textuais surgidas com o advento da Internet, dentro do hipertexto. Eles possibilitam, dentre outras coisas, a comunicao entre duas ou mais pessoas mediadas pelo computador.
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Gneros virtuais (e-mails e chats)
e-mails bilhetes ou cartas virtuais que dependendo do receptor podem ser formais ou informais.
salas de bate-papo ou chats os chats diferem dos e-mails, pois o dilogo simultneo entre duas ou mais pessoas.
Centrado basicamente na escrita, a linguagem nesse meio possui presena de abreviaes, uma escrita fontica, homofonia, taqugrafa e sinais grficos que expressam emoes.
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Gneros virtuais (blog)
weblogs (blogs) Blog um dirio virtual pblico, onde as pessoas escrevem sobre si, expem suas idias, que pode ser atualizado com frequncia.
Pode ser privado ou visitado e postado por amigos ou por qualquer navegador da rede.
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Suporte de um gnero textual
Suporte de um gnero textualcomodefine Marcuschi (2008, 174-175), uma superfcie fsica em formato especfico que suporta, fixa e mostra um texto.
Exemplos: revista, jornal, computador, televiso.
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Interatividade
Os textos sejam orais sejam escritos podem ser aproximados devido ao grau de (in) formalidade. Assinale a alternativa em que haja dois gneros mais prximos.a) Carta comercial (escrita) relato (fala);b) Artigo cientfico (escrita) discusso na
TV (fala);c) Formulrio (escrita) conversa (fala);d) Bula (escrita) conversa (fala);e) MSN (escrita) conversa entre amigos
(fala).
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Coerncia textual
A coerncia de um texto construda pela interao de fatores, entre eles o que est escrito no texto, ou seja, a lngua manifestada e os conhecimentos prvios do leitor.
Um texto pode ser muito bem escrito, com emprego de termos tcnicos, especficos, mas, se o leitor no conhecer o assunto, o texto no far sentido para ele.
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Fator de coerncia: intencionalidade
A intencionalidade um fator externo ao texto e se relaciona ao produtor do texto. O produtor preocupa-se em construir um texto coerente, coeso e capaz de atender aos objetivos do leitor.
A meta do autor pode ser: informar, impressionar, alarmar, convencer, persuadir, defender e ela que orienta a produo do texto.
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Fator de coerncia: aceitabilidade
O leitor aceita o texto, esforando-se para compreend-lo.
Para produzir e interpretar um texto de modo satisfatrio, deve haver, alm do princpio de cooperao entre autor e leitor, a partilha do cdigo lingustico e do conhecimento de mundo.
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Fator de coerncia: situacionalidade
A situacionalidade refere-se ao contexto. Produtor do texto e leitor devem estar
situados em determinado contexto social, em um determinado contexto histrico e em um determinado contexto cultural.
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Fator de coerncia: informatividade
O texto atende expectativa do leitor ou rompe com ela.
Deve-se observar o grau de informatividade do texto, considerando o pblico a quem o texto se dirige.
Quanto mais novidades trouxer ao leitor, mais informativo ser o texto.
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Fator de coerncia: intertextualidade (citao, parfrase, pardia)
A intertextualidade fenmeno que ocorre quando este faz referncia a outro texto. Citao aparece autoridade no
assunto. Parfrase aluso a outro texto paraParfrase aluso a outro texto para
reafirmar a mensagem. Pardia contestao de outro texto,
muitas vezes de forma irnica.
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Fator de coerncia: intertextualidade(epgrafe e traduo)
Epgrafe faz referncia a um outro autor.
Traduo implica intertextualidade na passagem de um cdigo para outro cdigo.
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Coeso textual
A coeso equivale relao entre as palavras, entre as oraes, entre os perodos, enfim, entre as partes que compem um texto.
Essa coeso pode ser estabelecida por meio de mecanismos referenciais e/ou sequenciais, segundo os estudos lingusticos.
Veja-se a proposta didtica dessas classificaes, feita por Plato e Fiorin (1999).
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Coeso referencial: retomada ou antecipao
H classes gramaticais (artigos, pronomes, numerais, advrbios, verbos) que funcionam, no texto, como elementos de retomada (anafricos) ou de antecipao (catafricos) de outros termos enunciados no textotermos enunciados no texto.
Exs: Estamos reunidos para examinar o caso.
Ele deve ser bem analisado. Meu desejo este: viver bem.Meu desejo este: viver bem.
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Coeso referencial: termo retomado relacionado a contexto
O termo substitudo e/ou retomado pode ser inferido pelo contexto.
Exemplo: Estamos aqui para examinar o caso.
A palavra aqui, se no houverA palavra aqui , se no houver referncia anterior explcita, leva inferncia de que se trata do local em que ocorre a situao comunicativa (que no precisa ser um lugar concretamente especificado).
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Interatividade
Assinale a alternativa que no apresente um exemplo de intertextualidade:a) Citao;b) Parfrase ;c) Conjuno;c) Conjuno;d) Pardia;e) Traduo.
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Coeso referencial: artigo definido e artigo indefinido
No uso de artigo, o definido tem a funo de retomar um termo j enunciado, enquanto o indefinido geralmente introduz um termo novo.
Exemplos: a. Encontrei a carta sobre a mesa
(pressupe-se que se trata de uma carta j referida anteriormente).
b. Uma carta foi deixada sobre a mesa(uma introduz o termo carta, ou seja, o( uma introduz o termo carta, ou seja, o termo est sendo apresentado no texto).
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Coeso referencial: ambiguidade
Quando um elemento anafrico refere-se a dois antecedentes distintos, pode provocar ambiguidade. Exemplos:a. Pronome possessivo: Minha amiga discutiu com a irm porMinha amiga discutiu com a irm por
causa de sua resposta (sua = da amiga ou da irm?).
b. Pronome relativo: Ela convidou o irmo do namorado, que
chegou atrasado para a festa (que = ochegou atrasado para a festa (que = o irmo ou o namorado?).
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Coeso referencial: hipnimos e hipernimos
A relao de hipnimo/hipernimo corresponde relao de contm / est contido. O primeiro est contido no segundo e vice-versa. Por exemplo, cachorro hipnimo de mamferos e vice versavice-versa.
Ex: O carro estava perto de casa. O veculo ficou muito tempo estacionado por l.
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Coeso por conexo
estabelecida por conectores (ou operadores discursivos), que fazem a relao entre segmentos do texto.
Esses conectores estabelecem relao lgico-semntica entre as partes do texto (de causa, finalidade, concluso etc.)
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Coeso por conexo (conjuno e disjuno)
Conjuno- os que marcam uma relao de conjuno argumentativa (ligam argumentos em favor de uma concluso.
Ex.: O cliente no recebeu o produto solicitado e ficou insatisfeito com o que recebera.
Disjuno - os que indicam uma relao de disjuno argumentativa (argumentos que levam a concluses opostas.
Ex.: Todos os convocados pelasEx.: Todos os convocados pelas autoridades competentes devem apresentar-se ou sero intimidados a faz-lo.
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Coeso por conexo (concluso e contrajuno)
Concluso - os que marcam uma relao de concluso argumentativa.
Ex.: Ele foi classificado o melhor corredor. Recebera, pois, o maior prmio. Contrajuno - os que marcam umaContrajuno os que marcam uma
relao de oposio argumentativa.Ex.: O governo abriu financiamento de casas classe mdia, porm h uma grande parte da populao sem casa prpria.prpria.
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Coeso por justaposio
1) Os que especificam a ordem dos assuntos no texto.
Ex.: Primeiramente, devo declarar que aceito a proposta.2) Os que introduzem um dado tema ou2) Os que introduzem um dado tema ou
servem para mudar o assunto na conversao.
Ex.: Devemos nos unir para uma deciso acertada. Por falar nisso, estamos todos no mesmo barco.mesmo barco.
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Clareza e conciso
A clareza e a conciso compreendem duas qualidades primordiais de um texto bem elaborado.
A primeira diz respeito organizao coerente das idias, de modo a no deixar dvidas sobre o que foi proposto pelo texto, desde seu incio at sua concluso.
A segunda est associada no-prolixidade do texto, ou seja, uma est ligada outra.
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Organizao dos pargrafos
Primeiramente, ao se elaborar um texto, preciso um planejamento, um roteiro que nortear a organizao dele em pargrafos, de forma que haja um encadeamento lgico-semntico.
Em seguida, deve-se fazer um esboo da estrutura do texto a ser produzido, partindo-se da ideia central, isto , do tema escolhido. A partir dele, podem-se relacionar tpicos que possam ser desenvolvidos em ncleos temticos nodesenvolvidos em ncleos temticos no interior do texto, de modo a se organizarem oraes, perodos e pargrafos.
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Interatividade
Assinale o item em que o pronome relativo que pode causar ambiguidade:a) O homem que cumprimentei o diretor
da universidade.b) O aluno que estuda vence cedo ou tarde.b) O aluno que estuda vence cedo ou tarde.c) A casa em que moro fica prxima ao
centro.d) No conheo o pai do menino que se
acidentou.e) Adriano que comprou a decorao far o
bolo.
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Texto e norma culta
Na escrita, sabemos da necessidade de se respeitar a norma culta, a no ser que o tipo de texto no o exija.
Por exemplo, um texto literrio, no qual se reproduz a fala dos personagens, se estes estiverem no papel de pessoas comuns e o contexto permitir uma fala descontrada, ento a norma padro no precisa ser seguida risca, com a finalidade de imprimir realidade ao texto.
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Dicas de uso da norma culta (pronome relativo)
Informao de carter genrico - a orao iniciada pelo pronome apresenta-se destacada entre vrgulas (ou travesses, ou parnteses).
Informao de carter restritivo - termo a que se refere e, nesse caso, a orao introduzida por ele no fica destacada pela pontuao. Exs:
O homem, que sensato, no comete esse tipo de erro
O homem que sensato no comete esse tipo de erro.
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Dicas de norma culta: o uso do porqu
Pode ser utilizado em uma pergunta indireta (por que motivo) ou em substituio a pelo(a) qual.
No entendo por que voc age assim.(por que motivo)(por que motivo)
A rua por que passei, estava congestionada.
(pela qual) culta;
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Dicas de norma culta: o uso do porqu (continuao)
Quando usado em enunciados afirmativos.
Fiz isso porque queria irrit-lo. Quando usado em final de sentena
interrogativa.interrogativa. Voc fez isso, por qu? Quando um substantivo, sinnimo de
motivo, razo e deve ser acompanhado de artigo.
No entendo o porqu de tanta revolta.(o motivo)
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Dicas de norma culta: alteraes semnticas das frases
Observar as diferenas entre os pares de frases:A. No, espere.
No espere.B. Isso s, ele resolve.B. Isso s, ele resolve.
Isso, s ele resolve.
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Dicas de norma culta: o uso da vrgula
1) No se separa o sujeito do predicado, independente da extenso do sujeito.
a. O pai auxilia o filho em suas dificuldades.
b. O pai dedicado auxilia o filho em suasb. O pai dedicado auxilia o filho em suas dificuldades.
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Dicas de norma culta: o uso da vrgula
2) A informao principal pode ser separada da informao complementar pela vrgula.
Sem notar a minha presena, ela entrou na sala minha procura.
(informao complementar) (informao principal)
A menos que tenha outra sugesto, voc pode seguir esse roteiro.
(informao complementar) (informao complementar) (informao principal)
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Dicas de norma culta: o uso da vrgula
3) Usa-se vrgula para separar oraes reduzidas (ou nas formas nominais: gerndio, particpio ou infinitivo), como nos exemplos:
a. Chegando ao local, avise-me.b. Concluda a tarefa, recebeu os
honorrios.
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Dicas de norma culta: o uso da vrgula
4) A vrgula usada para separar oraes subordinadas adverbiais no incio do perodo.
a. Quando chegou ao prdio, comunicou-me.(Or. Sub. Adv. Temporal)
b. Embora quisesse muito, no foi inaugurao da loja.(Or. Sub. Adv. Concessiva)
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Gneros textuais utilizados no contexto acadmico(resumo e resenha)
Resumo devem ser selecionadas as ideias principais de um texto.
As ideias devem ser organizadas. Modificar as palavras e as frases do
texto original.texto original. Na resenha crtica, alm do resumo,
aparecem opinies do autor da resenha.
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Gneros textuais utilizados no contexto acadmico (artigo cientfico)
Apresentao de um ttulo; Breve resumo do artigo: tema, objetivo,
teoria seguida, corpus, resultado da pesquisa;
Corpo do texto: apresentao da teoria,Corpo do texto: apresentao da teoria, do objeto de pesquisa, da tese defendida e os recursos argumentativos.
Concluso: geralmente o autor apresenta soluo para o problema de pesquisa.
Deve ser emitida opinio sobreDeve ser emitida opinio sobre determinado assunto estudado.
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Interatividade
Assinale a alternativa correta quanto ao uso do porqu:a) Porque voc no veio?b) Voc no veio por qu?c) No vim por que no quisc) No vim por que no quis.d) No sei o porque disso.e) Voc no entregou o trabalho porque?
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AT A PRXIMA!