Introdução a Olericultura.pdf
-
Upload
nadjama-prado -
Category
Documents
-
view
1.118 -
download
14
Transcript of Introdução a Olericultura.pdf
-
INSTITUTO FORMAO
Cursos Tcnicos Profissionalizantes DISCIPLINA: OLERICULTURA (Horta e Cultivo Protegido)
MINISTRANTE: Msc. Nadjama Prado
INTRODUO
A
OLERICULTURA
Out/2012
-
OLERICULTURA
Olus ou Oleris = Hortalias
colere = cultivar
Termo tcnico-cientfico que refere-se cincia aplicada,
bem como ao estudo da agrotecnologia de produo das
culturas olerceas.
-
ONDE EST INSERIDA A OLERICULTURA NO
CONTEXTO DAS ATIVIDADE AGRCOLAS?
FITOTECNIA
Grandes Culturas
Horticultura
Silvicultura
Forragicultura
Produtor de gros, fibras
estimulantes, etc
Olericultura
Fruticultura
Floricultura
Jardinocultura
Viveiricultura
Cultura de plantas condimentares
Cultura de plantas medicinais
Cultura de cogumelos comestveis
Espcies florestais
Pastagens e forrageiras para corte
-
REFERNCIA DA PALAVRA
HORTALIA
Consistncia tenra, no lenhosa
Ciclo biolgico curto
Tratos culturais intensivos
Cultivo em reas menores
Utilizao na alimentao humana, sem preparo industrial prvio
-
CARACTERSTICAS DA
EXPLORAO DE HORTALIAS Atividade agroeconmica altamente intensiva;
Atividade agrcola desenvolvida nas quatro estaes;
Utilizao de pequenas reas;
Alta produo e renda/rea;
Alta tecnologia e est em constante mudana;
Utilizao intensiva de mo de obra;
Aproveitamento de glebas problemticas;
Maior capacidade tcnico-administrativa;
Maior ocorrncia de problemas fitossanitrios, climticos e
incidncia de anomalias de ordem fisiolgica.
-
TIPOS DE EXPLORAO OLERCOLA
Finalidade
N de espcies exploradas
Local de produo
Agrotecnologia
Depende de:
Explorao diversificada: diversas culturas (espcies) Explorao com finalidade agroindustrial Horta domstica, recreativa ou educativa Viveiricultura (olericultura) Produo de sementes botnicas Produo de estruturas vegetativas Cultivo protegido (plasticultura)
-
IMPORTNCIA DAS
HORATALIAS NA SADE
Comprovado atravs de estudos de nutricionistas e
mdicos, o consumo de frutas e hortalias de extrema
importncia e contribui para a preveno
de doenas:
cncer
cardiovasculares
obesidade
diabete
hipertenso
Alimentao de m qualidade
e estresse da vida moderna.
-
CONSUMO NO BRASIL VS EXTERIOR
Participao das frutas e hortalias frescas no gasto familiar com alimento (IBGE):
renda menor que R$ 400,00/ms consome 27 kg
renda maior que R$ 3.000,00/ms consome 87 kg
Consumo alimentar anual de hortalias per capita:
Brasil: 27,075 Kg (IBGE - Pesquisa de Oramentos
Familiares 2008/2009)
Outros pases: Itlia 157,7 kg; USA 98,5 kg; Israel 73,0 kg.
-
IMPORTNCIA SOCIAL
A ABCSEM estima que o total de cultivo de hortalias reproduzidas por sementes no Brasil, seja da ordem de 700
mil hectares
Os 17 segmentos de hortalias estudados no presente projeto representam cerca de 550 mil hectares de rea
cultivada com hortalias no pas
Estima-se que as hortalias gerem 2,4 milhes de empregos diretos, ou seja 3,5 empregos/ha
-
CLASSIFICAO DAS HORTALIAS
Legumes
Verduras
Temperos
Outras olercolas: batata, batata doce, melancia, melo,
milho verde, milho doce e morango.
Classificao popular (tradicional):
-
- Hortalias fruto - tomate, melancia, feijo vagem, ervilha,
abbora, etc.
- Hortalias herbceas folhas (alface, repolho, taioba); talos e
hastes (aspargo, aipo, funcho); flores ou inflorescncias (couve-
flor, brcolos, alcachofra)
- Hortalias tuberosas
razes (cenoura, beterraba, batata-doce, rabanete e
mandioquinha-salsa); tubrculos (batata, car); rizomas (inhame);
bulbos (alho e cebola).
Trs grupos, segundo suas partes comerciveis e utilizveis na
alimentao.
Classificao tcnica:
-
Famlia: reunio de gneros semelhantes. (Ex.: Solanaceae tomate, batata, pimento, etc.)
Gnero: agrupamento de espcies afins. (Allium cepa, Allium sativum)
Espcie: unidade taxonmica englobando indivduos muito similares (Lycopersicon esculentum)
Variedade botnica: populao com caractersticas peculiares, dentro de certas espcies olerceas.
Brassica oleracea var. acephala = couve
Brassica oleracea var.capitata = repolho
Classificao botnica:
Baseia-se no parentesco botnico, com caractersticas muito
estveis.
-
PRINCIPAIS FAMLIAS
Alliaceae
alho-porr
cebola
cebolinha
alho
-
Apiaceae
cenoura
batata-baroa
aipo
funcho
salsa coentro
-
alface
Asteraceae
almeiro
chicria
-
couve-manteiga, couve-tronchuda, repolho, couve-flor, brcolos,
repolho crespo, agrio, rcula.
Brassicaceae
couve-de-Bruxelas
couve-rbano couve-chinesa
(=falsa acelga)
mostarda rabanete nabo
-
Cucurbitaceae
-
Fabaceae (=Leguminosae)
Soja, alfafa, ervilha, gro-de-bico, feijo, dentre outros
-
Solanaceae
-
OUTRAS FAMLIAS
Chenopodiaceae
Malvaceae
-
VARIEDADE BOTNICA E CULTIVAR Variedade: pl. dentro de uma determinada espcie que apresenta
caractersticas notveis, inclusive de importncia agronmica e
comercial.
Cultivar: pl. obtidas por meio tcnicas de melhoramento gentico.
Clone: pl. geneticamente idnticas e originrias de uma nica
planta-matriz propagada assexuadamente.
Linhagem: pl. de aparncia uniforme, propagadas por
via sexual, cuja as caractersticas so mantidas por seleo.
Hbrido ou cultivar hbrida: pl. provenientes do
cruzamento controlado entre duas linhagens escolhidas,
mantidas por autofecundao induzida.
-
INFLUNCIAS DOS FATORES
CLIMTICOS
AMBIENTE
GENTIPO
FENTIPO
-
INFLUNCIA DA TEMPERATURA
Os fatores climticos influenciam nas caractersticas como:
Durao do ciclo
Precocidade na colheita
Fitossanidade
Produtividade
Qualidade do produto
Preo de mercado
-
ADAPTAO TERMOCLIMTICA
Hortalias de Clima Quente exigente em T elevadas, diurnas e noturnas (primavera-vero). Ex: cucurbitceas,
batata-doce e quiabo
Hortalias de Clima Ameno toleram T mais baixas, prximas e acima de 0C, e podem tolerar geadas leves
(outono). Ex: tomate, batata e alface
Hortalias de Clima Frio toleram T ligeiramente abaixo 0C; suportam geadas mais pesadas (outono-
inverno). Ex: repolho de inverno, alho e alcachofra
-
TERMOPERIODICIDADE ESTACIONAL
Bienais Anuais Perenes
Brssicas alface aspargo
TERMOPERIODICIDADE DIRIA
Algumas espcies de plantas se desenvolvem melhor quando a
temperatura noturna inferior diurna uma diferena de 5 a
10C
Ex: tomate, pimento, beterraba, ervilha e morango
Temperaturas noturnas de 13-18C e as diurnas de 20-25C so
aquelas mais favorveis produo.
Faixas trmicas diurnas de 20-25C e noturnas de 10-16C
batateira
-
INFLUNCIA DA LUZ
FOTOPERODO
Produo de sementes e
frutos
Frutificao Florao
Crescimento vegetativo
Exemplos: alho, cebola, alface, curcubitceas, morango, etc.
-
IMPORTNCIA DA UMIDADE
Na maioria das hortalias mais de 90% do peso da parte
utilizvel gua.
Teor de umidade no solo;
Umidade do ar influencia a transpirao;
gua em excesso;
umidade (inverno) problemas fitossanitrios
-
SOLO, NUTRIO E ADUBAO
O solo pode ser profundamente modificado ou at dispensado, em olericultura.
As culturas necessitam encontrar no solo, sob forma e quantidade adequadas, nada menos que 13 ou mais
nutrientes essenciais.
-
Macronutrientes
N
P
K
Ca
Mg
S
Micronutrientes
B
Zn
Mo
Cu
Mn
Fe
Cl
Nutrientes que no so essenciais a todas as plantas:
sdio (Na), silcio (Si) e cobalto (Co)
-
MACRONUTRIENTES
N (Nitrognio) crescimento da planta
P (Fosfato) florao e frutificao
K (Potssio) crescimento das razes e resistncia doenas
Ca (Clcio) crescimento de razes e fecundao
Mg (Magnsio) composio de clorofila
S (Enxofre) sntese de clorofila e absoro de CO2
-
MICRONUTRIENTES
B (Boro) desenvolvimento de razes, frutos e sementes
Cl (Cloro) quebra da gua
Cu (Cobre) respirao e sntese de clorofila
Co (Cobalto) absoro de nitrognio
Fe (Ferro) respirao, sntese de clorofila, fixao de N
Mn (Mangans) absoro de CO2
Mo (Molibdnio) fixao e nitrognio
Zn (Zinco) formao e maturao da semente
-
ADUBAO
-
MULTIPLICAO E IMPLANTAO
DA CULTURA
Propagao sexuada
Propagao assexuada
-
PROPAGAO POR SEMENTE
Qualidade da semente
Escolha da cultivar
Aquisio das sementes
-
ONDE SEMEAR?
Sementeira
-
Copinhos
-
Bandejas
-
Semeadura direta
Exemplos: curcubitceas, milho, quiabo, feijo-vagem,
cenoura, rabanete, beterraba, dentre outras.
-
IMPLANTAO
CUIDADOS
Substrato
Enchimento e semeadura nas bandejas
Tratos culturais nas bandejas
Arrancamento das mudas p/ transplante
Transplante
-
PROPAGAO VEGETATIVA
Formao de um novo indivduo vegetal, completo e idntico
planta matriz.
Tipos de estruturas utilizadas:
Rebentos
Perfilhos Bulbilhos
Estolhos
Ramas
Tubrculos
-
MICROPROPAGAO
-
ESCOLHA DO LOCAL DE PLANTIO
O local escolhido deve receber a luz direta do sol por no
mnimo 5 horas dirias.
Os canteiros devem ser feitos na direo norte-sul, ou
voltados para o norte para aproveitar melhor o sol.
A face SUL da HORTA deve estar protegida, pois nessa
face os ventos frios prejudicam ou at impedem o
desenvolvimento de hortalias em geral.
-
O local escolhido no pode estar sujeito a encharcamentos
ou alagamentos, nesse caso voc dever elevar os
canteiros.
D preferncia a um local que tenha uma fonte de gua
potvel prxima e aonde possa ser construdo um abrigo
para os equipamentos e materiais.
As dimenses de um canteiro podem variar. A largura deve
possibilitar o trabalho no canteiro de um s lado onde
alcance o brao- at 1 metro a 1,20 metros.
O comprimento no deve ultrapassar os 10m para facilitar a
circulao dentro da horta.
-
CONSTRUINDO A HORTA
http://www.ucs.br/ucs/tplLacos/pesquisa/lacos/modulos/horta.pdf
-
htt
p:/
/ww
w.u
cs.b
r/ucs
/tp
lLac
os/
pes
quis
a/la
cos/
mo
dulo
s/ho
rta.
pdf
-
MANEJO E TRATOS CULTURAIS
Irrigao
Controle de plantas invasoras
Cobertura do solo
Identificao e controle de pragas e doenas
Rotao de culturas (boa sequncia a ser utilizada :
folha, raiz, flor, fruto)
Boa conduo do desenvolvimento das plantas
(tutoramento e amontoa)
-
CONTROLE FITOSSANITRIO
Grupos de pragas que atacam hortalias
Insetos caros Nematides
Controle das pragas
Larvas e Insetos mastigadores inseticidas de ao por
contato e ingesto
Insetos sugadores e caros inseticidas sistmicos e
aficidas
Nematides prticas culturais e nematicidas granulados no
solo
-
DOENAS QUE AFETAM AS HORTALIAS
Fngicas Pode afetar todas as partes das plantas ao longo dos vrios
estdios de desenvolvimento, inclusive, ps-colheita e pr-
plantio.
Disseminao - vento, gua, sementes, mos, ferramentas,
tutores, etc.
Controle Recomenda-se a eliminao dos restos culturais,
rotao de culturas, uso de mudas sadias, cultivares resistentes
ou fungicidas.
-
Bacterioses Pode afetar todas as partes das plantas ao longo dos vrios
estdios de desenvolvimento.
Disseminao - sementes botnicas, partes vegetativas, mos
contaminadas, implementos agrcolas, gua de irrigao,
dentre outros.
Controle evitar leses nas mudas e plantas adultas, controle
de insetos, evitar drenagem deficiente, fornecimento adequada
de boro, rotao de culturas, pulverizar com fungicida cprico.
-
Viroses Pode afetar todas as partes das plantas ao longo dos vrios
estdios de desenvolvimento.
Disseminao - meios de propagao, mos contaminadas, ao
transplantar a muda ou efetuar tratos culturais que ferem a
planta, ferramentas e implementos agrcolas, por contatos entre
partes doentes e sadias, insetos vetores.
Controle somente possvel quando efetuado previamente.
Em casos particulares utilizao de cultivares com elevado
nvel de resistncia.
-
UTILIZAO DE DEFENSIVOS
QUMICOS
Acompanhamento de um assistente tcnico Utilizao de equipamento de proteo individual (EPI) Equipamento, horrio e modo de aplicao Descarte de embalagens Classe toxicolgica dos produtos
Perodo de carncia
-
SISTEMAS DE COMERCIALIZAO
Produtor
varejistas consumidores
atacadista
-
OLERICULTURA E O AGRONEGCIO
A olericultura requer apurada agrotecnologia, que
seria invivel em outros tipos de agronegcio.
Notadamente o agronegcio da olericultura requer
maior capacidade de tcnico-administrativa do empresrio
rural no manejo dos fatores agronmicos, econmicos e
tambm de assistncia tcnica especializada.
O agronegcio da produo de hortalias uma
atividade agrcola de maior risco para o empresrio rural em
relao a outras opes.
-
Por que essa atividade de
maior risco?
Devido a maior incidncia de
problemas fitossanitrios, maior
sensibilidade s condies climticas,
notria ocorrncia de anomalias de
origem fisiolgica nas plantas, entre
outros problemas.
-
PLASTICULTURA X CULTIVO PROTEGIDO
Plasticultura uso do plstico na agricultura.
Cultivo protegido - cultivo de plantas em ambiente onde
possvel controlar um ou mais fatores ambientais,
dependendo do sistema adotado.
-
AGRONEGCIO DO PLSTICO
-
VANTAGENS
Aumento de produtividade;
Melhoria na qualidade de produtos;
Diminuio da sazonalizao da oferta;
Maior competitividade, pois possibilita oferecer produtos de qualidade o ano todo;
Melhor aproveitamento de fatores de produo (adubos, defensivos e e gua);
-
Controle total ou parcial dos fatores climticos;
Fixao do homem ao campo;
Melhoria nas condies do ambiente de trabalho;
Aumento de rentabilidade da empresa agrcola.
-
UTILIZAO
Agrofilme
Cobertura do solo
Telado
Tnel plstico
Casa de vegetao
-
FILGUEIRA, F. A.R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na
produo e comercializao de hortalias. Viosa:UFV, 2000. 402p.
REFERNCIAS