Introdução a Psico-oncologia
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Unidade1
Curso de Pós‐Graduação
Lato Sensu à Distância
IntroduçãoàPsico‐Oncologia
SumárioIntrodução à Psico‐Oncologia ............................................................. 2
Mas quais as causas do câncer? ...................................................... 3
Histórico da Psico‐oncologia ........................................................... 5
Antecedentes históricos .................................................................. 9
Conceitos de Psico‐Oncologia ........................................................... 13
Mas, afinal, o que é Psico‐oncologia? ........................................... 13
Considerações Gerais ........................................................................ 15
IntroduçãoàPsico‐Oncologia Caro aluno, seja bem‐vindo! Nesta unidade falaremos sobre uma doença que tem atingido muitas pessoas no mundo inteiro: o câncer1 Você sabia que o Câncer é responsável por mais de 12% das mortes em todo mundo? A estimativa de casos em 2002 era de 11 milhões de casos novos e deverá chegar, em 2010 em 15 milhões segundo estimativa da International Union Against Cancer (IUAC). No Brasil, assim como em todo o mundo, a incidência também vem crescendo. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), tendo como base os dados obtidos pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), estimou que em 2006 deveriam aparecer 472.050 novos casos 2de câncer no Brasil. Para conhecer mesmo a realidade do câncer no Brasil, visite o site do InCa: www.inca.gov.br3.
1 Câncer é a denominação utilizada para descrever um grupo de doenças que se caracterizam pela anormalidade das células e sua divisão excessiva. Diz respeito a mais de 100 enfermidades distintas e que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar‐se para outras regiões do corpo. 2 Entre 4.700 a 19.000, em crianças. 3 http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home
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Masquaisascausasdocâncer? As causas, em adultos, são as mais diversas. Na sua maioria, referem‐se à exposição a fatores de risco como tabagismos, estilo de vida, alimentação, ocupação e a agentes carcinógenos específicos. Já no que se refere às crianças, as causas associadas à grande maioria dos tumores infantis ainda são desconhecidas. É interessante saber que a ocorrência das doenças reflete o modo de viver das pessoas, suas condições econômicas, sociais, psicológicas, espirituais e ambientais. Hoje se reconhece que o aparecimento do câncer está diretamente vinculado a uma multiplicidade de causas e que, embora a susceptibilidade genética possa ter papel importante, é a interação entre estes fatores e as condições resultantes do modo de vida e do ambiente que determina o risco de adoecimento por câncer. Desta maneira, não podemos mais entender o tratamento de câncer sem a inserção dos mais diferentes profissionais de saúde. Até mesmo antes do adoecimento, na prevenção, a ação de profissionais de saúde e também educadores com uma formação mais ampla se faz fundamental.
No livro Introdução à Psiconcologia de Maria Margarida de Carvalho, nossa querida Magui, a oncologista Dra. Nise Yamagushi define oncologia como sendo a ciência que estuda o câncer e como ele se forma, instala‐se e progride, bem como as modalidades possíveis de tratamento. O médico que cuida dos aspectos clínicos é chamado oncologista clínico.
Além deste, outros profissionais envolvidos no tratamento são o cirurgião oncológico, o radioterapeuta e o psicólogo, que participam de uma equipe multidisciplinar. Em 14/10/1998, o Diário Oficial da União publica a Portaria no. 3.535, do Ministério da Saúde, que determina a presença obrigatória de psicólogos nos serviços de suporte ao paciente oncológicos como um dos critérios para o cadastramento de centros de atendimento junto ao SUS. Neste momento, a Psico‐oncologia já estava em franco desenvolvimento entre nós. É dessa história que vamos falar um pouco agora. Em 2005, avançando na busca de respostas aos desafios da área oncológica O Ministério da Saúde publicou a portaria n.º 2439 de 19
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de dezembro de 2005, a primeira a instituir uma Política Nacional de Atenção Oncológica: Promoção, Prevenção, Diagnóstico Tratamento Reabilitação e Cuidados Paliativos a ser criada em todas as unidades, respeitadas as competências das três esferas de gestão; e a de n.º 741, de 19 de dezembro de 2005, pela qual a Secretaria de Atenção à Saúde substitui a 3535/98 e estabelece classificação e exigências novas para hospitais que tratam câncer (Centros ou Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia Unacon /Cacon), além de estabelecer parâmetros para o planejamento da Rede de Alta Complexidade em Oncologia e definir processos relacionados à informação em câncer (RHC) e ao acesso a exames de média complexidade.
HistóricodaPsico‐oncologia Embora Hipócrates, considerado o pai da medicina, já falava que corpo e mente faziam parte do indivíduo e que o adoecimento seria em decorrência do desequilíbrio destes com o meio ambiente, a idéia que prevaleceu na Grécia, entre os anos 500 e 300 a. C. foi a de que corpo e mente são entidades
separadas e como tal deveriam ser estudadas. Para a maioria dos filósofos gregos dessa época, a mente não tinha relação com o corpo e, se tinha, era insignificante. O que acontecia com o corpo estava relacionado apenas a processos fisiológicos e a condição emocional da pessoa não influenciava e nem era influenciada pelo adoecimento. Na Idade Média, devido a grande influência da Igreja, as concepções sobre saúde e doença mudaram. A doença passou a ser vista como um castigo divino e como tal passou a ser tratada. Com isso, a Igreja assume o controle da prática médica. E a divisão entre corpo e a mente permanece. No renascimento, sob a influência dos escritos de Descartes, esta dicotomia se acentua, pois este filósofo francês quer estabelecer um método universal, inspirado no rigor matemático. Este método não admite nenhuma coisa como verdadeira se não for reconhecida evidentemente como tal. Propõe dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis. Desta forma, corpo e mente se separam não se encontram uma vez que o homem é um composto de partes separadas. Este pensamento deu origem ao "modelo biomédico" que propõe que as doenças podem ser explicadas por distúrbios em processos fisiológicos, que surgem a partir de desequilíbrios bioquímicos, infecções bacterianas, viróticas ou outras e independem de processos psicológicos e sociais. Neste modelo, a doença é um mal do corpo, independente de processos psicológicos e sociais da mente. Esta concepção começou a ser abalada no final do séc. XIX, início do XX com Freud e os "Estudos sobre a histeria". Ele demonstrou que
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os acontecimentos psíquicos podem ter conseqüências orgânicas. Vários pacientes apresentavam sintomas de doenças físicas sem nenhuma causa orgânica que justificasse tais transtornos. Isso possibilitou novos estudos que buscam estabelecer as inter‐relações entre os aspectos biológicos, psicológico, sociais e espirituais. Outro fator que não pode ser desconsiderado é o perfil do adoecimento. Com a descoberta dos antibióticos, as infecções já não são o grande problema de saúde. Hoje são as doenças crônicas. E, neste tipo de adoecimento, o modelo biomédico não se mostra mais adequado. Muito progresso se fez e se faz no sentido de compreender as causas e estabelecer novas terapêuticas para as doenças crônicas. Porém, só isso não explica porque algumas pessoas reconhecem os sintomas do adoecimento mais depressa que outras, reagem de maneiras diferentes aos tratamentos e nem por que alguns são mais motivados do que outros a buscar diagnósticos precoces. Estes fatores estão bem nitidamente relacionados com a maneira com que cada pessoa se coloca diante do mundo, da vida, ou seja, está claramente relacionado a características psicológicas e sociais da pessoa. Portanto, temos aí as bases do "modelo biopsicossocial" de saúde, que encontra cada vez mais adeptos. Neste modelo, as relações entre a saúde e a doença passam a considerar o ser mais integral. Os trabalhos de Freud também marcaram a entrada da Psicologia na área da Saúde. A partir dele, começa a se reconhecer que para falar sobre saúde precisa‐se considerar as características individuais de cada pessoa, sua história, suas relações tanto pessoais quanto
sociais, seu estilo de vida, sua personalidade, sua vivência espiritual e os seus processos biológicos. Com isso, se desenvolvem três novos campos de atuação e pesquisa: a Medicina Psicossomática4 , a Medicina Comportamental 5e a
4 Medicina Psicossomática: oferece subsídios para se compreender a relação entre os estrados emocionais e o aparecimento de sintomas somáticos e diferentes tipos de doenças físicas. Preocupa‐se com a relação entre fatores sociais e psicológicos, funções biológicas e fisiológicas, assim como com o desenvolvimento de doenças físicas diversas. A Medicina Psicossomática foi oficializada como campo de estudo, pesquisa e atuação em 1939 com a fundação, nos EEUU da American Psychosomathic Medicine Association. Entre seus fundadores estão o psicanalista Franz Alexander e o psiquiatra Flanders Dumbar. Em 1943 foi criada a Sociedade Americana de Medicina Psicossomática. Mesmo que nos anos 60 tenha começado a aceitar novas abordagens, seu referencial continua fortemente psicanalítico. 5 Medicina Comportamental: Os estudos de Pavlov mostrando a possibilidade de utilização de condicionamentos na modificação de determinados comportamentos, e que estas modificações podem ser usadas como forma de tratamento, criaram condições para o surgimento da Medicina e da Psicologia Comportamental. Esta Medicina mostrou‐se bastante efetiva na modificação de comportamentos como comer excessivamente, fumar e na modificação de comportamentos emocionais de medo e ansiedade. Também fortemente influenciada também pela Fisiologia Experimental, que enfatiza os efeitos das emoções sobre o funcionamento do organismo. No final da década de 70 começa ser publicado o Journal of Behavior Medicine, da Sociedade de Medicina Comportamental, cuja finalidade era a integração das pesquisas das Ciências Sociais e Biomédicas e sua aplicação nos tratamentos médicos. Na sua definição, mostra uma importante característica que é o incentivo à interdisciplinaridade. Além disso, enfatiza o estudo e a pesquisa na área da Saúde considerando as diferentes etapas: prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. “ A Medicina Comportamental representa uma área interdisciplinar cujo foco central preocupa‐se com o desenvolvimento e a integração de conhecimento advindo das Ciências Sociais e Biomédicas e de técnicas relevantes à saúde e à doença, bem como à
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Psicologia da Saúde6. Todas três nos interessam, clique nos links para conhecer um pouco de cada uma. No livro da Magui, que já citamos anteriormente, Maria da Glória Gimenez nos ajuda a explicar cada uma, portanto não deixe de consultá‐lo.
Antecedenteshistóricos A oficialização da atuação do psicólogo na saúde foi a consolidação de um movimento que ocorria na prática. As pessoas com adoecimento já estavam recebendo atendimento psicológico tanto em consultórios quanto em hospitais. Os primeiros registros datam de 1902, quando os médicos começaram a se interessar pelos preceitos da Somática.
aplicação deste conhecimento e destas técnicas à prevenção, ao diagnóstico, ao tratamento e à reabilitação”. 6Psicologia da Saúde: surge no final dos anos 70, especificamente dentro da Psicologia. Assim como a Medicina Comportamental, representa uma alternativa à biomedicina e defende o rompimento com o modelo médico tradicional, onde o “paciente” assume uma postura passiva e, sendo assim, não tem papel ativo. Além disso, enfatiza a importância da interdisciplinaridade e chama a atenção para a relação dinâmica entre fatores psicológicos e estados de saúde e doença. A American Psychological Association (APA) criou a divisão de Psicologia da Saúde, em 1978. A definição, segundo seu primeiro presidente é “A psicologia da Saúde agrega o conhecimento educacional, científico e profissional da disciplina Psicologia para utilizá‐lo na promoção e na manutenção da saúde, na prevenção e no tratamento da doença, na identificação da etiologia e no diagnóstico relacionado à saúde, à doença e às disfunções, bem como no aperfeiçoamento do sistema de política da Saúde”. Quatro anos depois, é lançado o Jornal de Psicologia da Saúde como periódico oficial da divisão.
Porém, em relação ao adoecimento por câncer, psiquiatras e psicólogos só começaram a ser solicitados por oncologistas a partir da década de 70. Começou com o objetivo de auxiliar o médico na dificuldade de informação do diagnóstico ao paciente e à família.
Começa a surgir, então, a necessidade de organizar esta área que representa a interface entre a Psicologia e a Oncologia que estivesse coerente com os conceitos de saúde e doença compatíveis ao modelo
biopsicossocial. Juntamente com isso, há o reconhecimento, por parte da comunidade científica que o aparecimento do câncer, suas consequências e também a remissão são permeadas de variáveis que vão além da natureza biomédica. Esta é a área da Psico‐oncologia. Outros fatores que contribuíram para sua consolidação foram os avanços nas áreas médica e farmacológica. O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas começa a possibilitar a cura do câncer. Claro que, no início, eram muito extensas e mutiladoras. Logo em seguida, a radioterapia surge como uma outra modalidade de tratamento. Em 1920, ainda era oferecida como um paliativo depois que intervenções cirúrgicas se mostravam insuficientes para deter a doença.
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A quimioterapia, que surge nos anos 40, aparece como a terceira modalidade de tratamento. A partir daí, houve uma mudança drástica, pois tumores antes considerados incuráveis têm possibilidade de cura. Aumentam o número de sobreviventes e o tempo de sobrevida de pessoas com câncer. Mas a doença ainda é associada á idéia de morte, sofrimento e solidão. Por outro lado, os novos tratamentos se tornam até mais assustadores que o diagnóstico. Por isso, na primeira metade do Séc. XX, oncologistas americanos começam a solicitar auxílio de Unidades de Saúde Mental, primeiramente para orientar as equipes com a informação do diagnóstico para o paciente. Na década de 70, a americana, Jimmie C. Holland ‐ www.ipos‐society.org/about/org/bio‐holland.htm 7 , psiquiatra do Memorial Sloan‐Kettering Cancer Center em Nova York, começa um trabalho pioneiro com a criação de um serviço de atendimento, pesquisa e treinamento para psiquiatras e psicólogos. Nas suas pesquisas, tenta conhecer o mundo interno das pessoas com câncer, suas reações emocionais, seu sofrimento, enfim até trabalhar em cima de técnicas de enfrentamento que possam ajudar no tratamento. Todas estas pesquisas têm como objetivo trabalhar na melhoria da qualidade de vida do paciente oncológico e sua família. A Dra. Holland é a fundadora da International Psycho‐oncology Society IPOS8). Outros pioneiros nos estudos dos aspectos psicológicos envolvidos nos processos de câncer, desde seu aparecimento até sua cura ou não, são Le Shan e Simonton, Simonton e Creighton. Estes pesquisadores estudam as questões de estresse e depressão 7 hhttp://www.ipos‐society.org/about/org/bio‐holland.htm 8 http://www.ipos‐society.org/
levando ao enfraquecimento do sistema imunológico e favorecendo o desenvolvimento de formações tumorais. Ainda existem outros pesquisadores que vêm estudando possíveis efeitos de estados emocionais na modificação hormonal e desta na alteração do sistema imunológico. Antes de serem pesquisadores, Le Shan e Simonton e seus companheiros dedicaram‐se a acompanhar doentes e seus familiares. Estes apoios psicossocial e psicoterápico mostram a possibilidade de auxílio no enfrentamento do câncer, através do casamento de novas atitudes, comportamentos mais saudáveis, modificação de valores com o tratamento médico adequado. Tudo isso tendo por objetivo uma melhor qualidade de vida. É a possibilidade de acionarmos a parte saudável que está dentro de cada um de nós para o auxílio no tratamento da doença. No Brasil, o I Encontro Brasileiro de Psico‐Oncologia ocorreu em 1989 em Curitiba. Nesta época, já havia um número grande de profissionais oferecendo atendimento psicossocial grupal em instituições particulares, governamentais e universitários. Já havia também pesquisadores na área. Vários eventos na área propiciaram o desenvolvimento da especificidade. Os Encontros seguintes foram em Brasília e em São Paulo, denominado I Congresso Brasileiro de Psico‐Oncologia. Em maio de 1994 foi fundada a Sociedade Brasileira de Psico‐Oncologia, SBPO, com o objetivo de congregar profissionais com interesse na área para o estudo, a divulgação e o desenvolvimento da Psico‐Oncologia em todo território nacional. Embora sendo uma área de atuação multiprofissional, entre nós tem sido desenvolvida basicamente por
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psicólogos. Para obter maiores informações consulte o site da SBPO: www.sbpo.org.br 9
ConceitosdePsico‐Oncologia
Mas,afinal,oqueéPsico‐oncologia? Uma das primeiras definições que temos é do Dr. José Shavèlson, médico‐cirurgião e psicanalista argentino que, em 1961 define a Psico‐Oncologia como "ramo da Medicina que se ocupa da assistência ao paciente com câncer, do seu contexto (familiar e social) e dos aspectos médico‐administrativos presentes no contexto desse paciente." O Dr. Ramón Bayés, psicólogo e pesquisador de orientação comportamental afirma que a Psico‐Onco constitui um ramo especializado da Medicina Comportamental. Ele, inclusive, usa a terminologia Psicologia Oncológica. A Dra. Holland a define como uma sub especialidade da Oncologia, que procura estudar as duas dimensões psicológicas presentes no diagnóstico do câncer:
1. O impacto do câncer no funcionamento emocional do paciente, sua família e profissionais de saúde envolvidos em seu tratamento.
9 http://www.sbpo.org.br/
2. O papel das variáveis psicológicas e comportamentais na
incidência e na sobrevivência ao câncer. Nós temos ficado com a definição de Gimenez que tomou por base a análise dos conteúdos dos trabalhos apresentados nos dois primeiros encontros nacionais. Para ela, "a psico‐oncologia representa a interface entre a Psicologia e a Oncologia e utiliza conhecimento educacional, profissional e metodológico proveniente da Psicologia da Saúde" para aplicá‐lo.
1. na assistência ao paciente oncológico, à sua família e aos profissionais de Saúde envolvidos com a prevenção, o tratamento, na reabilitação e a fase terminal da doença.
2. na pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas e sociais relevantes para a compreensão da incidência, da recuperação e do tempo de sobrevida após o diagnóstico de câncer.
3. na organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento integral do paciente (físico e psicológico), enfatizando de modo especial a formação e o aprimoramento do tratamento.
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ConsideraçõesGerais Nessa unidade conhecemos bastante sobre a psico‐oncologia, área que está crescendo cada vez mais. Importante é reconhecer que o desenvolvimento da Psico‐Oncologia está associado ao reconhecimento
1. de que a etiologia e o desenvolvimento do câncer estão associados a fatores psicológicos, comportamentais e sociais.
2. da importância da adesão aos diversos tratamentos pela comunidade da área de Saúde.
3. de que a adesão aos diversos tratamentos oncológicos está associada a fatores de ordem psicossocial, implicando a necessidade de se gerar estratégias que possam assegurar a participação da pessoa com câncer
4. da importância da utilização de outras tecnologias que não só as medicamentosas
5. do fato de os avanços nas áreas médica, farmacológica e tecnológica permitiram o aumento do número de sobreviventes e do tempo de sobrevida após o diagnóstico o que contribui para que os profissionais da área se ocupem mais com a qualidade de vida de seus pacientes, ou seja, o status do paciente de câncer mudou. O diagnóstico não mais representa uma sentença de morte.
Vamos agora iniciar nossos estudos sobre os campos de atuação da psico‐oncologia na unidade seguinte. Acompanhe!