Iso 8859-1''desenvolvimento%20...

download Iso 8859-1''desenvolvimento%20 funcional%2c%20est%e9tico%20e%20morfol%f3gico%20dos%20dentes%20anteriores

If you can't read please download the document

Transcript of Iso 8859-1''desenvolvimento%20...

  • 1. Desenvolvimento Funcional, Esttico e Morfolgico dos Dentes Anteriores. Dario Adolfi* A alta qualidade esttica exigida em todos os setores da sociedade, nopoderia deixar de ser tambm bastante exigida na odontologia estticarestauradora. Atualmente com o desenvolvimento dos materiais restauradoresem termos de propriedades mecnicas e pticas, os mesmos possuemcapacidade de mimetizar e reproduzir de forma natural as estruturas dentais.Entretanto mesmo com toda a evoluo alcanada, este desenvolvimento nobasta para se obter excelncia na finalizao esttica de um caso clnico. Namaioria das vezes as restauraes anteriores so desenvolvidas de formaarbitrria e sem nenhuma referncia, levando criao de restauraes comgrande comprometimento esttico. (Fig.1) O sucesso de uma restaurao unitria ou de uma reabilitao dadentio anterior vai depender do conhecimento da biologia ao redor do denteou do implante, e uma perfeita comunicao entre o protesista, cirurgio e dotcnico dental para uma perfeita integrao funcional, esttico e morfolgicodesses trabalhos. A importncia do conhecimento das variaes morfolgicas bsicas dosdentes anteriores (quadrado, triangular e oval) e suas caractersticasindividuais, como os sulcos de desenvolvimento, altura das cristas, etc.., nosero suficientes se no se seguir um protocolo de ajuste funcional, esttico emorfolgico com base em um checklist esttico1. (Fig.2) Este artigo vai mostrar todas essas etapas, que podem ser executadascomo forma de treinamento contnuo pelos alunos de graduao, clnicos etcnicos dentais, independente do sistema ou material restaurador selecionado.(cermica, resina ou cera) Todas as etapas dos trabalhos so executadasatravs de uma tcnica de reduo e acabamento apropriado para se atingir nos a morfologia natural das restauraes, mas a sua integrao esttica comoum todo.

2. Adolfi - 2009 Fig.1 Restauraes anteriores com alto comprometimento estticoFig.2 Checklist esttico modificado por Adolfi 2 3. Adolfi - 2009Modelo de Treinamento Funcional, Esttico e Morfolgico Um modelo mestre de gesso tipo 4, com troqueis removveis de canino acanino em resina composta para restauraes provisrias, genericamentedenominada Bis-Acryl (Venus-Heraeus-Kulzer), sem nenhum requisitoesttico estabelecido, vai dar toda a oportunidade de se iniciar odesenvolvimento funcional, esttico e morfolgico.(Figs.3 a 5) Os modelosforam montados em um articulador semi-ajustvel, sem os dentes anteriores,pois os mesmos apresentam interferncias oclusais e que devem ser ajustadosposteriormente. (fig.6) Uma coleo de brocas para acabamento de metal (Jota, Ruthi,Switzerland) foram selecionadas exclusivamente para os ajustes da resina bis-acryl, no sendo indicadas para os ajustes das restauraes cermicas.(Fig.7)Os procedimentos de ajustes podem ser divididos em 3 categorias: Funcional,Esttico e Morfolgico.Fig.3 Vista vestibular dos dentes em resina Bis-Acryl com extenso da raizpara o desenvolvimento da morfologia cervical.3 4. Adolfi - 2009Fig.4 Vista palatinaFig.5 Modelo de gesso com os contornos gengivais 4 5. Adolfi - 2009Fig.6 Modelos montados em um articulador semi-ajustvel para futuro ajustefuncional.Fig.7 Brocas utilizadas para os procedimentos do ajustes oclusais. 5 6. Adolfi - 2009Ajustes Funcionais Os ajustes funcionais visam determinar os contatos oclusais, dimensovertical de ocluso, plano e padro oclusal estabelecido pelas coroasprovisrias como as guias caninas, em grupo anterior, grupo parcial ou total. Oprocedimento que fundamenta a reabilitao oral esta fortemente baseado norestabelecimento da dimenso vertical mediante a correta relao maxilo-mandibular iniciando o processo reabilitador pelas guias anteriores.1. Ajuste dos contatos interproximais Um papel de articulao de 8m colocado entre os dentes centrais quevisa checar as interferncias interproximais, devendo ser ajustados quandonecessrio, (broca CX 23F 023, Jota) estabelecendo a correta posio dosdentes no modelo mestre.(Figs.8 e 9) O contato deve ser deixado um poucomais apertado para garantir a sua estabilidade aps as etapas de polimento.Todos os outros dentes devem seguir os mesmos procedimentos de ajuste.(Figs.10 e 11) Nos casos clnicos um modelo de trabalho troquelizado utilizado para esse tipo de ajuste e uma pequena presso no papel dearticulao, no permitindo que o mesmo se rasque, vai garantir uma boaqualidade dos contatos interproximais. A correta localizao dos contatosinterproximais pode ser observada na Fig.29. Neste momento no ser analisada a importncia da posio e aextenso do contato interproximal, onde a sua influncia esttica ser discutidadurante o desenvolvimento esttico e morfolgico. 6 7. Adolfi - 2009Fig.8 Identificando a interferncia do contato interproximal com um papel dearticulao de 8mFig.9 Ajuste da rea marcada entre os dentes, iniciando-se odesenvolvimento do espao interproximal e a rea de transio proximal. 7 8. Adolfi - 2009 10 11 Figs.10 e 11 - Ajuste de todos os contatos interproximais2. Ajuste dos contatos oclusaisO articulador deve ser ajustado atravs do pino incisal, com os dentesanteriores fora do modelo mestre, garantindo assim a correta dimenso verticalde ocluso estabelecida pelos dentes remanescentes posteriores.As interferncias oclusais so detectadas com um papel de articulao de40m (Baush, Koln, Germany), iniciando pelos dentes centrais. (Fig.12) Odesgaste deve acompanhar a morfologia da regio palatina, e executada comuma broca em forma de chama no. CX 77MF 023 (Jota). (Fig.13) Essesdesgastes vo estabilizar a posio do dente e a dimenso vertical de ocluso,que pode ser conferido atravs do pino incisal do articulador, quando o mesmocomea a reter a lamina metlica para teste de ocluso. 8 9. Adolfi - 2009Fig.12 Ajuste oclusal dos dentes centrais utilizando-se um papel dearticulao de 40m Fig. 13 Ajuste dos contatos das cristas marginais palatina com uma brocaem forma de chama.9 10. Adolfi - 20093. Ajuste dos movimentos protrusivos e latero-protrusivos Os articuladores dentais nesta etapa tm um papel fundamental para acriao das caractersticas individuais das pontas incisais e suas guias incisaisindividualizadas, estabelecendo-se as reas de abraso freqentementeencontrados nos dentes caninos naturais. (Figs.14 e 15) 1415Figs.14 e 15 Observar as diferenas entre as pontas incisais dos dentesanteriores, que foram individualizadas pela posio dos dentes antagonistas eos movimentos mandibulares. As diferenas individuais de cada dente vo estabelecer uma harmoniasem simetria, altamente influenciada pela disposio dos dentes antagonistas edos movimentos mandibulares. A no criao dessas caractersticasindividuais, na tentativa de se deixar os dentes simtricos, promoverinterferncias com possvel comprometimento das estruturas do periodonto deproteo e suporte dos dentes ou fraturas do material restaurador. Com o papel de articulao de 40m, so identificadas as interfernciasnos movimentos de protruso e latero-protruso. (Figs.16 e 17) Essasinterferncias devem ser ajustadas cuidadosamente para no se perder amorfologia individualizada dada pelos movimentos mandibulares de protrusoe latero-protruso. (Figs.18 e 19) Utilizar o mesmo instrumento de desgasteda Fig.13 para o ajuste dos movimentos mandibulares, onde o contato cntricodeve ser preservado e remodelando somente a trajetria protrusivainterferente. 10 11. Adolfi - 200916 17Figs.16 e 17 - Interferncias durante os movimentos mandibulares.1819Figs.18 e 19 As pontas incisais so individualizadas pelos movimentosprotrusivo e latero-protrusivo.11 12. Adolfi - 2009Ajustes EstticosUma das maiores preocupaes nas restauraes estticas est namanuteno da arquitetura gengival e a presena da papila interdental parapreencher a rea de contato interproximal dos dentes adjacentes. A harmoniada gengiva e do dente depende de algumas consideraes estticas.(Fig.20) A posio da gengiva marginal livre comparada com o dente adjacente; A espessura do tecido mole ao redor da restaurao; Topografia gengival, que pode ser plana ou escalopada; Textura e a cor do tecido gengival A forma do dente que pode variar entre quadrado, triangular e oval; O nvel da crista ssea com os dentes adjacentes, assim como o seu contorno,que devem suportar o contorno dos tecidos moles e promover o fechamentodo espao interdental; A correta posio tridimensional do implante, que vai contribuir para ocorreto perfil de emergncia e contorno gengival. 1. Inclinao da Linha Mediana e Eixo dos DentesA inclinao da linha mediana deve ser transferida para o modelomestre atravs de uma guia de silicone, tendo como referncia a posio dascoroas provisrias. O eixo vertical da linha mediana mais importante do queo seu deslocamento. As linhas medianas facial e dental coincidem em 70% daspessoas, as linhas mediana dos dentes superior e inferior no coincidem emquase trs quartos da populao2, mas a sua inclinao que vai determinaruma aparncia desagradvel em termos estticos, onde somente um grandedeslocamento que vai contribuir como um fator antiesttico.(Figs.21 e 22)O eixo dos dentes tem diferentes angulaes, os dentes laterais ecaninos tm angulaes cada vez mais acentuadas para distal, isto , umaangulao positiva quando comparado com os dentes centrais. O contrrioocorre com as inclinaes, onde a partir dos incisivos centrais superiores, elasdiminuem em direo aos caninos.3,4(Fig.23)12 13. Adolfi - 2009Fig.20 Consideraes estticas para a harmonia da gengiva e do dente2122Figs. 21 e 22 Aspecto antiesttico devido a um forte deslocamento da linhamediana.Fig.23 A correta inclinao da linha mediana e do eixo dos dentes devemestabelecer o inicio da composio esttica. 13 14. Adolfi - 20092. Espao Interdental O espao interdental preenchido pela papila interdental, prevenindo odepsito de placa bacteriana e protegendo o tecido periodontal das infeces.A papila interdental apresenta uma forma cnica ou piramidal e evita aimpaco de restos de alimento. Uma das principais razes para a ausncia dapapila interdental a perda de suporte periodontal associado a lesespromovidas pela placa bacteriana, assim como a forma alterada da morfologiados dentes e o contorno inadequado das restauraes e procedimentos dehigiene traumticos.5 Os estudos de Tarnow6 sobre a observao da papila interdental mostraque quando a base do contato interdental esta a uma distncia de 5 mm dacrista ssea alveolar, em 98% dos casos tem-se a presena da papilainterdental. Com as distncias de 6 mm e 7 mm, somente 56% e 27% vogarantir a presena da papila interdental respectivamente.(Fig.24) Quando da ausncia da papila interdental, na fase de confeco dasrestauraes provisrias, o clnico deve desenvolver um suporte gengival,atravs de um sobrecontorno dessas coroas e localizando a base do contatointerdental o mais cervical possvel, evitando-se assim o buraco negro.(Figs.25 e 26) O modelo troquelizado incapaz de fornecer uma perfeita orientao aotcnico para a construo do perfil de emergncia, contorno cervical e oposicionamento da base do contato interdental das restauraes definitivas. Omodelo de trabalho com a presena da morfologia gengival vai fornecerinformaes importantes para ajudar a orientar o tcnico no desenvolvimentodesses requisitos. (Figs.27 e 28)7 A avaliao final de todos esses requisitos deve ser feita pelo clnicodurante a fase de prova das restauraes definitivas. Fotografias intra-bucaistambm podem contribuir para uma comunicao, principalmente para acorreta posio da base do contato interdental pelo tcnico, evitando apresena do buraco negro.14 15. Adolfi - 2009Fig.24 Correta localizao da base do contato interdental para se prevenir oburaco negro. 25 26Figs.25 e 26 Situao inicial (esquerda) comparada com as restauraesprovisrias (direita) mostrando o restabelecendo do correto posicionamentodo contato interproximal.2728Figs.27 e 28 Modelo de gesso troquelizado sem nenhuma informao dotecido gengival (esquerda) comparado com o modelo com gengiva (direita)que vai permitir restaurar adequadamente o perfil de emergncia e a posioda base do contato interdental.15 16. Adolfi - 20093. Contato Interproximal O contato interdental uma rea que se estende da ponta incisal at asua posio mais apical nos dentes anteriores.(Fig.29) A posico incisal dos contatos interdentais tem diferentes localizaes eessas posies se localizam cada vez mais para cervical nos laterais e caninos,quando comparado com os dentes centrais. (Figs.30 a 32) O contorno dos dentes deve ser executado sem se desgastar a longa reade contato determinado, assim como o contorno abaixo do mesmo9. Determinado a localizao dos contatos interproximais, uma atenoespecial deve ser dada nas aberturas dos espaos interdentais, onde numa vistaincisal podemos observar que estes se alargam onde A b > cespaos interdentais ponto de contatoFig.33 - Vista incisal dos espaos interdentais; os espaos interdentais sealargam onde AB>C e suas linhasde inspeo com deslocamentos para incisal onde c>b>a (Adaptado deNishimura)1530 31. Adolfi - 20093. Contorno das Cristas Marginais Vestibulares e Superfcies de Transio Proximal A partir do incisivo central, as cristas marginais mesial e distal mudampara baixo e se deslocam cada vez mais em direo s superfcies de contato. A superfcie que vai da crista marginal vestibular at toda extenso docontato interproximal denominada de superfcie de transio proximal, e quepossuem tamanhos variados. A rea compreendida entre as cristas marginaismesial e distal denominada de rea plana. (Fig.59) Todas as superfcies dos dentes devem estar uniformes antes de sedefinir as cristas marginais e que so identificadas atravs das linhas dereflexo. Essas linhas de reflexo ou cristas marginais j existentes soevidenciadas com um lpis de cor vermelho, riscando-se de incisal paracervical e que deve estar posicionado com uma inclinao aproximada de 20graus. Com um lpis de cor azul sero definidas as cristas marginaisadequadas ao caso em questo e com uma broca CX 23F 023 desgastar aslinhas vermelhas, deixando somente as linhas azuis. (Fig.60) Muitas vezesdevemos criar cristas marginais e reas planas diferentes nos denteshomlogos, por uma diferena de largura entre eles, onde atravs de ilusotica pode se disfarar essas diferenas. A partir das cristas marginais osdesgastes devem ser feitos na direo da regio proximal de forma cuidadosa,sem tocar a rea do contato interproximal previamente ajustada, criandoseassim as superfcies de transio proximal. Determinada as cristasmarginais, a unio dos pontos extremos dessas cristas vo gerar pontos dereferncias atravs de uma reta, que so transferidos para os denteshomlogos, ajudando a determinar a localizao das cristas marginais,superfcies de transio e reas planas nesses dentes.(Fig.61) 31 32. Adolfi - 2009 rea planaFig.59 Cristas marginais vestibulares, superfcies de transio e reas planas,responsveis pelo aspecto tridimensional dos dentes naturais.Fig.60 Linhas de referncia para a criao das cristas marginais. 32 33. Adolfi - 2009cristas marginais vestibularespontos de refernciaFig.61 Pontos de referncia para a criao das cristas marginais nos denteshomlogos.33 34. Adolfi - 20094. Linha CervicalA linha cervical a linha que separa a coroa anatmica da raiz, ondenuma vista vestibular ela quase horizontal no incisivo central e gradualmentese curva para baixo no incisivo lateral e canino. (Fig.62)Numa vista proximal, a partir do incisivo central, a linha cervical setorna progressivamente mais horizontal no incisivo lateral e canino, devido proporo da extenso vestbulo-palatino para a extenso mesio-distal(proporo largura- espessura) se tornar larga.As linhas cervicais so delineadas 2 mm abaixo do nvel gengival egentilmente desenvolvidas com a broca no. CX 30 MF 023, Jota, ao redor dodente com diferentes alturas, onde a