ISSN 2238-0574 revista do PROFESSOR - SAEPI | … DO ESTADO DO PIAUÍ JOSÉ WELLINGTON BARROSO DE...

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PROFESSOR revista do >>> SAEPI 2016 Sistema de Avaliação Educacional do Piauí LÍNGUA PORTUGUESA entrevista A importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem o programa O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí os resultados Os resultados alcançados em 2016 ISSN 2238-0574

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PROFESSORrevista do

>>> SAEPI 2016Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

A importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem

o programa

O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

os resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 2238-0574

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ISSN 2238-0574

PROFESSORrevista do

>>> SAEPI 2016Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

LÍNGUA PORTUGUESA

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FICHA CATALOGRÁFICA

PIAUÍ. Secretaria de Estado da Educação do Piauí.

SAEPI – 2016/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Língua Portuguesa.

ISSN 2238-0574

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍJOSÉ WELLINGTON BARROSO DE ARAÚJO DIAS

SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOREJANE RIBEIRO SOUSA DIAS

SUPERINTENDENTE DE GESTÃOHÉLDER SOUSA JACOBINA

SUPERINTENDENTE DE ENSINOCARLOS ALBERTO PEREIRA DA SILVA

SUPERINTENDENTE INSTITUCIONALJOSÉ BARROS SOBRINHO

SUPERINTENDENTE DE ENSINO SUPERIORELLEN GERA DE BRITO MOURA

DIRETOR DA UNIDADE ADMINISTRATIVARONALD DE MOURA E SILVA

DIRETOR DA UNIDADE FINANCEIRADIVALDO CERQUEIRA LINO

DIRETOR DA UNIDADE DE GESTÃO FÍSICA DA REDEALEX FABIANO ALVES DE FREITAS

DIRETORA DA UNIDADE DE GESTÃO DE PESSOASFRANCISCA DE ALMEIDA MASCARENHAS

DIRETORA DA UNIDADE DE ENSINO E APRENDIZAGEMELLEN GERA DE BRITO MOURA

DIRETORA DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSCONCEIÇÃO DE MARIA ANDRADE SOUSA SILVA

DIRETORA DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO TÉCNICA E PROFISSIONALADRIANA DE MOURA ELIAS SILVA

DIRETORA DA UNIDADE DE GESTÃO E INSPEÇÃOANA REJANE DA COSTA BARROS

DIRETOR DA UNIDADE DE MEDIAÇÃO TECNOLÓGICAELLEN GERA DE BRITO MOURA

DIRETORA DE PLANEJAMENTOSICÍLIA AMAZONAS SOARES BORGES

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados21 Os resultados alcançados em 2016

23 Roteiros de leitura e análise de resultados

padrões e níveis38 Padrões e níveis de desempenho

39 6º Ano do Ensino Fundamental

58 9º Ano do Ensino Fundamental

78 Ensino Médio

sugestões pedagógicas98 Sugestões para a prática pedagógica

7 apresentação

entrevista9 A importância da avaliação para

a melhoria da aprendizagem

o programa13 O Sistema de Avaliação

Educacional do Piauí – SAEPI

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apresentação

P rofessor, esta revista é para você. Pensada e

feita para possibilitar seu uso no cotidiano pe-

dagógico. Nela, você encontra orientações acerca

dos resultados da sua escola no SAEPI 2016. Com

esses resultados, você obtém um diagnóstico do

desempenho de seus estudantes nos testes de

proficiência. A partir disso, potencialidades e fra-

gilidades podem ser identificadas no processo de

ensino-aprendizagem, permitindo uma ampla re-

flexão sobre as práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SAEPI e as infor-

mações que o constituem: os dados fornecidos

pela avaliação, bem como os dados da realidade

escolar, os quais compõem esse grande cenário

que é o Sistema de Avaliação Educacional do Piauí.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano 2011, até

seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apre-

sentamos os dados do programa, dando ênfase

aos ganhos experimentados pela rede de ensino

no que diz respeito aos resultados.

Em seguida, oferecemos a você um roteiro que

pode ajudá-lo a ler e a compreender as informa-

ções produzidas pelo SAEPI, de modo que você

possa utilizá-las para sistematizar estratégias para

a melhora do desempenho dos estudantes. Esse

roteiro propõe algumas atividades, cujo objetivo é

fornecer ferramentas que permitam a interpreta-

ção pedagógica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realiza-

dos pelos estudantes, você tem acesso a algumas

informações sobre o contexto da sua escola, como

o Índice Socioeconômico (ISE), e indicadores de

qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da

Educação do Piauí (Idepi).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em

sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu

intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os

dados da avaliação como parte do projeto político-

pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma

visão geral da avaliação externa e dos resultados

obtidos por sua escola no SAEPI. Esses resultados

devem ser amplamente debatidos, com o envolvi-

mento de toda a comunidade escolar. Esperamos

que este material atinja esse propósito.

Boa leitura!

Revista do Professor - Língua Portuguesa 7

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Bacharela em Administração e em Direito.

Deputada Federal.

Foi Secretária Estadual para Inclusão da Pessoa com Defi ciência

(SEID) e Secretária de Estado da Assistência Social (SASC).

Na SEID implantou a Rede Estadual de Reabilitação, com 37 clí-

nicas especializadas e o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR),

um serviço de referência nacional e modelo para o programa "Viver

sem Limite", do Governo Federal.

Conquistou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, do Minis-

tério do Desenvolvimento Social por suas ações na SASC e na SEID.

Deputada estadual na legislatura 2011 – 2014, com atuação des-

tacada por apresentar mais de 400 requerimentos e 85 projetos,

dos quais 50 foram aprovados.

REJANE RIBEIRO DE SOUSA DIAS

Secretária Estadual da Educação.

entrevista

A Secretária de Estado da Educação do Piauí, Rejane Ribeiro Sousa Dias,

fala sobre a importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem.

A importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem

CAEd – A qualidade da educação

dos anos iniciais do ensino funda-

mental no Piauí vem crescendo sis-

tematicamente, como demonstram

os resultados do Ideb. Desde 2005, o

indicador aparece em uma crescente,

sempre acima da meta para o estado.

Que estratégias contribuem para es-

ses resultados positivos? Como fazer

para que esses resultados sejam atin-

gidos também nos anos fi nais?

Secretária – Formação de profes-

sores; material pedagógico específi co.

Para que esse resultado alcance os anos

fi nais, é preciso investir em formação

continuada de professores dos anos fi -

nais; formação de diretores escolares e

equipe do ensino fundamental da Se-

duc; elaborar material didático especifi -

co; elaborar as diretrizes para essa etapa

e com foco nessa faixa etária; aplicar

uma ferramenta de gestão com foco na

aprendizagem dos alunos.

CAEd – Existem instrumentos, hoje,

que avaliam externamente a educação

em todo o país, como a Prova Brasil.

O SAEPI, por sua vez, é uma ação que

fornece um diagnóstico sobre a quali-

dade da educação no Piauí, com uma

visão direcionada para o estado. Qual

é a importância desse olhar específi co

para a educação piauiense?

Secretária – É importante ter o

diagnóstico específi co do maior nú-

mero de séries possível para saber

como está o nível de aprendizagem

dos alunos e avaliar as nossas ações.

Nesse sentido, o SAEPI tem grande re-

levância, uma vez que avalia não só os

6º e 9º anos do ensino fundamental,

mas também todas as séries do ensino

médio. Dessa forma, permite-se uma

visão particular da educação estadual,

possibilitando a alocação racional dos

investimentos.

8 SAEPI 2016

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Bacharela em Administração e em Direito.

Deputada Federal.

Foi Secretária Estadual para Inclusão da Pessoa com Defi ciência

(SEID) e Secretária de Estado da Assistência Social (SASC).

Na SEID implantou a Rede Estadual de Reabilitação, com 37 clí-

nicas especializadas e o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR),

um serviço de referência nacional e modelo para o programa "Viver

sem Limite", do Governo Federal.

Conquistou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, do Minis-

tério do Desenvolvimento Social por suas ações na SASC e na SEID.

Deputada estadual na legislatura 2011 – 2014, com atuação des-

tacada por apresentar mais de 400 requerimentos e 85 projetos,

dos quais 50 foram aprovados.

REJANE RIBEIRO DE SOUSA DIAS

Secretária Estadual da Educação.

entrevista

A Secretária de Estado da Educação do Piauí, Rejane Ribeiro Sousa Dias,

fala sobre a importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem.

A importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem

CAEd – A qualidade da educação

dos anos iniciais do ensino funda-

mental no Piauí vem crescendo sis-

tematicamente, como demonstram

os resultados do Ideb. Desde 2005, o

indicador aparece em uma crescente,

sempre acima da meta para o estado.

Que estratégias contribuem para es-

ses resultados positivos? Como fazer

para que esses resultados sejam atin-

gidos também nos anos fi nais?

Secretária – Formação de profes-

sores; material pedagógico específi co.

Para que esse resultado alcance os anos

fi nais, é preciso investir em formação

continuada de professores dos anos fi -

nais; formação de diretores escolares e

equipe do ensino fundamental da Se-

duc; elaborar material didático especifi -

co; elaborar as diretrizes para essa etapa

e com foco nessa faixa etária; aplicar

uma ferramenta de gestão com foco na

aprendizagem dos alunos.

CAEd – Existem instrumentos, hoje,

que avaliam externamente a educação

em todo o país, como a Prova Brasil.

O SAEPI, por sua vez, é uma ação que

fornece um diagnóstico sobre a quali-

dade da educação no Piauí, com uma

visão direcionada para o estado. Qual

é a importância desse olhar específi co

para a educação piauiense?

Secretária – É importante ter o

diagnóstico específi co do maior nú-

mero de séries possível para saber

como está o nível de aprendizagem

dos alunos e avaliar as nossas ações.

Nesse sentido, o SAEPI tem grande re-

levância, uma vez que avalia não só os

6º e 9º anos do ensino fundamental,

mas também todas as séries do ensino

médio. Dessa forma, permite-se uma

visão particular da educação estadual,

possibilitando a alocação racional dos

investimentos.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 9

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CAEd – Uma das características mar-

cantes do SAEPI é que ele tem, como

foco, os anos fi nais do ensino fundamen-

tal e o ensino médio. Por que é estra-

tégico avaliar todas as séries do ensino

médio, como o sistema vem fazendo?

Secretária – É importante ter o diag-

nóstico específi co de todas as séries e

não apenas do fi nal da etapa, para pro-

por estratégias de intervenção pedagó-

gicas em cada série, nas disciplinas ava-

liadas, matemática e língua portuguesa,

possibilitando o redirecionamento do

planejamento e de ações mais efi cien-

tes, tendo como foco a aprendizagem

efi ciente dos alunos.

CAEd – Analisando os resultados da

rede, percebe-se que há uma difi culda-

de, especialmente em matemática, de

manter os alunos do ensino médio no

mesmo padrão de desempenho que se

encontravam quando concluíram o en-

sino fundamental. O que pode ser feito

para que os alunos continuem evoluin-

do em sua aprendizagem com o passar

das etapas de escolaridade?

Secretária – Formação continuada,

em serviço, de professores e gestores

escolares; realização de projetos, como

Olimpíadas de Matemática, de Língua

Portuguesa, de Ciências etc., associa-

dos à premiação, despertando o espírito

competitivo voltado para a aprendiza-

gem.

CAEd – Os resultados educacionais

obtidos através das avaliações externas

auxiliam, de alguma forma, o planeja-

mento da gestão da rede?

Secretária – Sim. A rede está buscan-

do realizar planejamento estratégico com

base nos resultados do SAEPI, utilizando

as devolutivas pedagógicas e dialogando

com outras instituições em busca de de-

senhar um novo modelo educacional para

o estado do Piauí.

CAEd – Como a escola deve perce-

ber a avaliação externa e de que forma

as informações por ela produzidas po-

dem ser utilizadas para que sejam al-

cançados melhores resultados?

Secretária – Deve ser percebida

como uma radiografi a do ensino que a

escola oferta. Se a escola utilizar os re-

sultados para planejar as ações de 2017,

terá sucesso. É preciso olhar para os re-

sultados e compreender que eles apon-

tam o caminho para o alcance dos in-

dicadores educacionais. Planos, metas e

estratégias precisam ser defi nidas olhan-

do para o diagnóstico da escola.

CAEd – Que recado a senhora deixa

para os professores e gestores da rede

para o trabalho nesse ano?

Secretária – Que em 2017 a Seduc fará

o possível para apoiar os servidores da edu-

cação no que for possível. Já realizamos a

ofi cina de elaboração de itens e ainda fa-

remos a ofi cina de devolutivas pedagógi-

cas. Em março, continuaremos discutindo

currículo, objetivos, eixos e descritores da

língua portuguesa e matemática. Acredito

que o letramento pleno melhora a vida do

cidadão e do estado. A meta da Seduc é

tornar o Piauí uma referência nacional em

educação pública de qualidade.

Aprender é um direito de todos. A materializa-

ção desse direito é um enorme desafi o para pro-

fessores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado

com objetivos que trabalham os aspectos cogni-

tivos, que são fundamentais e, portanto, devem

ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que

esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar

também com valores que estão relacionados à

formação do ser humano e à construção de uma

sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a

complexidade da ação pedagógica que desafi a o

dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sen-

tido, a defi nição das orientações curriculares, e a

implementação do projeto político-pedagógico no

interior de cada escola são elementos essenciais

para garantir o êxito do processo educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior

de cada escola, em particular, e na rede de ensino,

de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma

ferramenta para que o direito de aprender seja ga-

rantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e

se apropriar dos resultados da avaliação em larga

escala, dando vida e signifi cado pedagógico aos

números, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que es-

tão relacionados com os resultados obtidos pela

escola no processo de avaliação em larga escala.

São um ponto de partida, um convite à análise e ao

planejamento para promover a equidade e melho-

rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações

externas complementam o trabalho diário da esco-

la e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem

sendo estudado pelas avaliações como um fator

que pode interferir nos resultados, é importante

destacar aqueles internos à vida da escola: as ca-

racterísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o

clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que

são importantes para um bom desenvolvimento

das atividades curriculares: convivência, cuidado,

disciplina, interesse e motivação, organização e se-

gurança; uma gestão democrática comprometida

com a qualidade da educação; professores com-

prometidos com o sucesso escolar e com a viabi-

lização do direito dos seus alunos aprenderem etc.

Todos esses aspectos refl etem uma concepção de

escola e de educação, perpassando toda a dinâ-

mica da escola, inclusive na forma como a avalia-

ção é concebida e apropriada pelos agentes que a

constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no

projeto político-pedagógico da escola, a partir de

um marco referencial que trabalha a formação de

valores e, portanto, a importância da educação na

vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPI

2016 devem ser apropriados pela comunidade es-

colar, como um diagnóstico importante para as re-

visões necessárias ao processo pedagógico desen-

volvido. Devem ser analisados em conjunto com

as atividades curriculares e com os processos de

avaliação interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-

nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-

nia e de busca permanente pela equidade, além

de transmitir os conhecimentos historicamente

acumulados.

Aprender - Direito de Todos

10 SAEPI 2016

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CAEd – Uma das características mar-

cantes do SAEPI é que ele tem, como

foco, os anos fi nais do ensino fundamen-

tal e o ensino médio. Por que é estra-

tégico avaliar todas as séries do ensino

médio, como o sistema vem fazendo?

Secretária – É importante ter o diag-

nóstico específi co de todas as séries e

não apenas do fi nal da etapa, para pro-

por estratégias de intervenção pedagó-

gicas em cada série, nas disciplinas ava-

liadas, matemática e língua portuguesa,

possibilitando o redirecionamento do

planejamento e de ações mais efi cien-

tes, tendo como foco a aprendizagem

efi ciente dos alunos.

CAEd – Analisando os resultados da

rede, percebe-se que há uma difi culda-

de, especialmente em matemática, de

manter os alunos do ensino médio no

mesmo padrão de desempenho que se

encontravam quando concluíram o en-

sino fundamental. O que pode ser feito

para que os alunos continuem evoluin-

do em sua aprendizagem com o passar

das etapas de escolaridade?

Secretária – Formação continuada,

em serviço, de professores e gestores

escolares; realização de projetos, como

Olimpíadas de Matemática, de Língua

Portuguesa, de Ciências etc., associa-

dos à premiação, despertando o espírito

competitivo voltado para a aprendiza-

gem.

CAEd – Os resultados educacionais

obtidos através das avaliações externas

auxiliam, de alguma forma, o planeja-

mento da gestão da rede?

Secretária – Sim. A rede está buscan-

do realizar planejamento estratégico com

base nos resultados do SAEPI, utilizando

as devolutivas pedagógicas e dialogando

com outras instituições em busca de de-

senhar um novo modelo educacional para

o estado do Piauí.

CAEd – Como a escola deve perce-

ber a avaliação externa e de que forma

as informações por ela produzidas po-

dem ser utilizadas para que sejam al-

cançados melhores resultados?

Secretária – Deve ser percebida

como uma radiografi a do ensino que a

escola oferta. Se a escola utilizar os re-

sultados para planejar as ações de 2017,

terá sucesso. É preciso olhar para os re-

sultados e compreender que eles apon-

tam o caminho para o alcance dos in-

dicadores educacionais. Planos, metas e

estratégias precisam ser defi nidas olhan-

do para o diagnóstico da escola.

CAEd – Que recado a senhora deixa

para os professores e gestores da rede

para o trabalho nesse ano?

Secretária – Que em 2017 a Seduc fará

o possível para apoiar os servidores da edu-

cação no que for possível. Já realizamos a

ofi cina de elaboração de itens e ainda fa-

remos a ofi cina de devolutivas pedagógi-

cas. Em março, continuaremos discutindo

currículo, objetivos, eixos e descritores da

língua portuguesa e matemática. Acredito

que o letramento pleno melhora a vida do

cidadão e do estado. A meta da Seduc é

tornar o Piauí uma referência nacional em

educação pública de qualidade.

Aprender é um direito de todos. A materializa-

ção desse direito é um enorme desafi o para pro-

fessores, gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado

com objetivos que trabalham os aspectos cogni-

tivos, que são fundamentais e, portanto, devem

ser atingidos. Entretanto, cabe à escola, para que

esse direito seja, de fato, uma realidade, trabalhar

também com valores que estão relacionados à

formação do ser humano e à construção de uma

sociedade justa, democrática e solidária. Essa é a

complexidade da ação pedagógica que desafi a o

dia a dia dos profi ssionais da educação. Nesse sen-

tido, a defi nição das orientações curriculares, e a

implementação do projeto político-pedagógico no

interior de cada escola são elementos essenciais

para garantir o êxito do processo educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior

de cada escola, em particular, e na rede de ensino,

de modo geral, como uma linha auxiliar ou uma

ferramenta para que o direito de aprender seja ga-

rantido a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e

se apropriar dos resultados da avaliação em larga

escala, dando vida e signifi cado pedagógico aos

números, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que es-

tão relacionados com os resultados obtidos pela

escola no processo de avaliação em larga escala.

São um ponto de partida, um convite à análise e ao

planejamento para promover a equidade e melho-

rar a qualidade do ensino ofertado. As avaliações

externas complementam o trabalho diário da esco-

la e suas avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem

sendo estudado pelas avaliações como um fator

que pode interferir nos resultados, é importante

destacar aqueles internos à vida da escola: as ca-

racterísticas da gestão, as práticas pedagógicas, o

clima escolar etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que

são importantes para um bom desenvolvimento

das atividades curriculares: convivência, cuidado,

disciplina, interesse e motivação, organização e se-

gurança; uma gestão democrática comprometida

com a qualidade da educação; professores com-

prometidos com o sucesso escolar e com a viabi-

lização do direito dos seus alunos aprenderem etc.

Todos esses aspectos refl etem uma concepção de

escola e de educação, perpassando toda a dinâ-

mica da escola, inclusive na forma como a avalia-

ção é concebida e apropriada pelos agentes que a

constituem. Logo, tudo isso deve estar contido no

projeto político-pedagógico da escola, a partir de

um marco referencial que trabalha a formação de

valores e, portanto, a importância da educação na

vida dos estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SAEPI

2016 devem ser apropriados pela comunidade es-

colar, como um diagnóstico importante para as re-

visões necessárias ao processo pedagógico desen-

volvido. Devem ser analisados em conjunto com

as atividades curriculares e com os processos de

avaliação interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de co-

nhecimento, de liberdade, de criação, de cidada-

nia e de busca permanente pela equidade, além

de transmitir os conhecimentos historicamente

acumulados.

Aprender - Direito de Todos

Revista do Professor - Língua Portuguesa 11

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O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí - SAEPI

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SAEPI, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela

rede estadual de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história

feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada

pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens piauienses.

.

Em 2013, todo o ensino médio foi avaliado, além do 9º ano do ensino fundamental.2013

Em 2011, o estado do Piauí iniciou o SAEPI, avaliando 37.659 estudantes do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática.

2011

2012 Em 2012, a 1ª série do ensino médio passou a ser avaliada também, totalizando, nesse ano, 46.168 estudantes avaliados.

2014 Em 2014, apenas os estudantes da 3ª série do ensino médio foram avaliados.

2015 Em 2015, todas as etapas do ensino médio voltaram a ser avaliadas, além do 9º ano do ensino fundamental. Nessa edição do SAEPI foram avaliados mais de 90.000 estudantes.

12 SAEPI 2016

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O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí - SAEPI

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SAEPI, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pela

rede estadual de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história

feita não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada

pela vida escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens piauienses.

.

Em 2013, todo o ensino médio foi avaliado, além do 9º ano do ensino fundamental.2013

Em 2011, o estado do Piauí iniciou o SAEPI, avaliando 37.659 estudantes do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática.

2011

2012 Em 2012, a 1ª série do ensino médio passou a ser avaliada também, totalizando, nesse ano, 46.168 estudantes avaliados.

2014 Em 2014, apenas os estudantes da 3ª série do ensino médio foram avaliados.

2015 Em 2015, todas as etapas do ensino médio voltaram a ser avaliadas, além do 9º ano do ensino fundamental. Nessa edição do SAEPI foram avaliados mais de 90.000 estudantes.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 13

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O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí (SAEPI) foi criado em 2011, pela Secretaria

de Estado de Educação do Piauí, para produzir diagnósticos periódicos acerca do ensino,

monitorando a educação pública ofertada e oferecendo subsídios para que políticas públi-

cas educacionais pudessem ser desenhadas e implementadas. Desde 2011, foram mais de

300 mil alunos avaliados na rede estadual de ensino. Desde sua primeira edição, o progra-

ma avalia língua portuguesa (leitura) e matemática. Em 2011, foram avaliados os estudantes

do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. A partir de 2012, foi inseri-

da a 1ª série do ensino médio, e em 2013 a 2ª série dessa mesma etapa. Em 2016, além das

etapas avaliadas até então, foram avaliados também os estudantes do 6º ano do ensino

fundamental. Com essa abrangência, a rede estadual do Piauí amplia as possibilidades de

cobertura no diagnóstico da educação oferecida aos estudantes piauienses.

Com base nessa série histórica, foi possível fazer uma análise de como ela vem se comportando, no

que se refere à aprendizagem e ao desempenho dos estudantes avaliados. Quais seriam as análises dos

dados observados até então?

Iniciemos por língua portuguesa no ensino fundamental.

Gráfi co 1

Profi ciência média em língua portuguesa – 9º ano do ensino fundamental – 2011 a 2015

221,6

228,7231,2

226,5

175,0

195,0

215,0

235,0

255,0

275,0

2011 2012 2013 2015

É possível depreender, das informações dispostas no gráfi co 1, que a profi ciência média dos estudan-

tes do 9º ano do ensino fundamental, ao longo desses cinco anos de avaliação, manteve-se, praticamen-

te, estável, com maior oscilação entre 2011 e 2013, cuja diferença entre essas duas edições foi de dez

pontos. Entretanto, desde a sua primeira edição, o padrão de desempenho dos estudantes piauienses,

nessa etapa de escolaridade, foi o mesmo, de acordo com a profi ciência alcançada: o padrão de desem-

penho básico.

Gráfi co 2

Padrões de desempenho estudantil – língua portuguesa – 9º ano do ensino fundamental

Padrões de Desempenho de Língua Portuguesa

Etapa de Escolaridade Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

9º ano EF até 200 200 a 250 250 a 300 acima de 300

Além da média de profi ciência, é importante observar como os estudantes estão distribuídos pelos pa-

drões de desempenho, uma vez que esses resultados não são homogêneos, apresentando, certamente,

estudantes com perfi s distintos de desempenho.

Gráfi co 3

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho – língua portuguesa – 9º ano

do ensino fundamental

34,0

26,1

24,6

29,9

38,3

42,2

40,9

38,9

23,0

26,5

28,1

24,7

4,7

5,2

6,4

6,4

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2011

2012

2013

2015

Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

14 SAEPI 2016

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É possível depreender, das informações dispostas no gráfi co 1, que a profi ciência média dos estudan-

tes do 9º ano do ensino fundamental, ao longo desses cinco anos de avaliação, manteve-se, praticamen-

te, estável, com maior oscilação entre 2011 e 2013, cuja diferença entre essas duas edições foi de dez

pontos. Entretanto, desde a sua primeira edição, o padrão de desempenho dos estudantes piauienses,

nessa etapa de escolaridade, foi o mesmo, de acordo com a profi ciência alcançada: o padrão de desem-

penho básico.

Gráfi co 2

Padrões de desempenho estudantil – língua portuguesa – 9º ano do ensino fundamental

Padrões de Desempenho de Língua Portuguesa

Etapa de Escolaridade Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

9º ano EF até 200 200 a 250 250 a 300 acima de 300

Além da média de profi ciência, é importante observar como os estudantes estão distribuídos pelos pa-

drões de desempenho, uma vez que esses resultados não são homogêneos, apresentando, certamente,

estudantes com perfi s distintos de desempenho.

Gráfi co 3

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho – língua portuguesa – 9º ano

do ensino fundamental

34,0

26,1

24,6

29,9

38,3

42,2

40,9

38,9

23,0

26,5

28,1

24,7

4,7

5,2

6,4

6,4

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2011

2012

2013

2015

Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

Revista do Professor - Língua Portuguesa 15

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Apesar de a média de profi ciência ter se mantido estável, no padrão de desempenho básico, ao

analisar os percentuais de estudantes pelos padrões de desempenho, notamos que há uma grande con-

centração de estudantes no padrão abaixo do básico, em torno de 30%. Se considerarmos o número de

estudantes avaliados em 2015, por exemplo, nessa etapa de escolaridade – 10.395 estudantes – cons-

tatamos que mais de três mil estudantes concluíram o ensino fundamental sem terem desenvolvido as

habilidades mínimas esperadas para essa etapa de escolaridade. Ou seja, concluíram o ensino funda-

mental com desempenho muito abaixo do esperado e as projeções educacionais futuras fi cam bastante

comprometidas, pois a probabilidade desses estudantes fracassarem no ensino médio ou abandonarem

a escola é grande.

Olhando para os resultados de matemática, novamente observamos um desempenho estável dos

estudantes dessa etapa de escolaridade. Como indicado no gráfi co 4, a profi ciência média, praticamente,

não se alterou ao longo do tempo.

Gráfi co 4

Profi ciência média– matemática – 9º ano do ensino fundamental

232,4 233,3

235,5

230,7

175,0

195,0

215,0

235,0

255,0

275,0

295,0

315,0

2011 2012 2013 2015

Assim como aconteceu em língua portuguesa, os resultados de matemática se mantiveram estáveis

nas diferentes edições do SAEPI, variando de 230,7 (menor profi ciência) a 235,5 (maior profi ciência), o

que não afeta o padrão de desempenho: básico, assim como em língua portuguesa.

Novamente, analisamos os percentuais de estudantes pelos padrões de desempenho a fi m de veri-

fi car o quão equânime tem sido a educação no estado do Piauí. Vale lembrar que o objetivo da escola

deve ser sempre o de garantir que todos os estudantes alcancem o padrão de desempenho adequado

para a sua etapa de escolaridade. Vejamos os resultados do SAEPI nesse aspecto:

Gráfi co 5

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho – matemática – 9º ano do

ensino fundamental

44,0

41,6

42,0

45,8

39,2

44,8

40,1

40,0

14,8

12,3

15,7

12,4

2,0

1,3

2,1

1,8

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2011

2012

2013

2015

Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

O cenário observado para os resultados de matemática evidencia a necessidade de analisar a dis-

tribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho, além da média alcançada pelos estudantes.

Como visto anteriormente, de acordo com a profi ciência média dos estudantes, a escola encontra-se

no padrão de desempenho básico, mas ao olharmos para os percentuais de estudantes nos padrões de

desempenho, observamos que quase 50% encontram-se no padrão abaixo do básico. Os dois padrões

mais baixos, em 2015, englobam mais de 80% dos estudantes. E analisando a evolução dos ciclos de 2011

a 2015, observa-se uma pequena queda nos padrões mais altos.

O ensino médio é avaliado, atualmente, nas suas três etapas. A 3ª série vem sendo avaliada desde a

criação do programa e o que se observa, nessa trajetória do SAEPI, é que em 2013 os estudantes atin-

giram a maior profi ciência em língua portuguesa (242,3). Mas, assim como no ensino fundamental, o

desempenho nessa etapa fi nal da educação básica manteve-se estável ao longo do tempo.

16 SAEPI 2016

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Apesar de a média de profi ciência ter se mantido estável, no padrão de desempenho básico, ao

analisar os percentuais de estudantes pelos padrões de desempenho, notamos que há uma grande con-

centração de estudantes no padrão abaixo do básico, em torno de 30%. Se considerarmos o número de

estudantes avaliados em 2015, por exemplo, nessa etapa de escolaridade – 10.395 estudantes – cons-

tatamos que mais de três mil estudantes concluíram o ensino fundamental sem terem desenvolvido as

habilidades mínimas esperadas para essa etapa de escolaridade. Ou seja, concluíram o ensino funda-

mental com desempenho muito abaixo do esperado e as projeções educacionais futuras fi cam bastante

comprometidas, pois a probabilidade desses estudantes fracassarem no ensino médio ou abandonarem

a escola é grande.

Olhando para os resultados de matemática, novamente observamos um desempenho estável dos

estudantes dessa etapa de escolaridade. Como indicado no gráfi co 4, a profi ciência média, praticamente,

não se alterou ao longo do tempo.

Gráfi co 4

Profi ciência média– matemática – 9º ano do ensino fundamental

232,4 233,3

235,5

230,7

175,0

195,0

215,0

235,0

255,0

275,0

295,0

315,0

2011 2012 2013 2015

Assim como aconteceu em língua portuguesa, os resultados de matemática se mantiveram estáveis

nas diferentes edições do SAEPI, variando de 230,7 (menor profi ciência) a 235,5 (maior profi ciência), o

que não afeta o padrão de desempenho: básico, assim como em língua portuguesa.

Novamente, analisamos os percentuais de estudantes pelos padrões de desempenho a fi m de veri-

fi car o quão equânime tem sido a educação no estado do Piauí. Vale lembrar que o objetivo da escola

deve ser sempre o de garantir que todos os estudantes alcancem o padrão de desempenho adequado

para a sua etapa de escolaridade. Vejamos os resultados do SAEPI nesse aspecto:

Gráfi co 5

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho – matemática – 9º ano do

ensino fundamental

44,0

41,6

42,0

45,8

39,2

44,8

40,1

40,0

14,8

12,3

15,7

12,4

2,0

1,3

2,1

1,8

0% 20% 40% 60% 80% 100%

2011

2012

2013

2015

Abaixo do Básico Básico Adequado Avançado

O cenário observado para os resultados de matemática evidencia a necessidade de analisar a dis-

tribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho, além da média alcançada pelos estudantes.

Como visto anteriormente, de acordo com a profi ciência média dos estudantes, a escola encontra-se

no padrão de desempenho básico, mas ao olharmos para os percentuais de estudantes nos padrões de

desempenho, observamos que quase 50% encontram-se no padrão abaixo do básico. Os dois padrões

mais baixos, em 2015, englobam mais de 80% dos estudantes. E analisando a evolução dos ciclos de 2011

a 2015, observa-se uma pequena queda nos padrões mais altos.

O ensino médio é avaliado, atualmente, nas suas três etapas. A 3ª série vem sendo avaliada desde a

criação do programa e o que se observa, nessa trajetória do SAEPI, é que em 2013 os estudantes atin-

giram a maior profi ciência em língua portuguesa (242,3). Mas, assim como no ensino fundamental, o

desempenho nessa etapa fi nal da educação básica manteve-se estável ao longo do tempo.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 17

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Gráfi co 6

Profi ciência média em língua portuguesa – 3ª série do ensino médio – 2011 a 2015

236,1 235,2

242,3239,0 239,9

175,0

200,0

225,0

250,0

2011 2012 2013 2014 2015

Em matemática, o comportamento dos estudantes nas avaliações foi semelhante, os resultados man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo, variando de 240,3 em 2011 a 245,1 em 2013, como pode ser

observado no gráfi co 7.

Gráfi co 7

Profi ciência média em matemática – 3ª série do ensino médio – 2011 a 2015

240,3 242,6 245,1 242,8 242,6

175,0

200,0

225,0

250,0

275,0

2011 2012 2013 2014 2015

Além dos resultados das avaliações do SAEPI, outros indicadores de qualidade da educação devem ser

conjugados para que a rede tenha um retrato mais robusto sobre as características dos seus estudantes.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e nos permite avaliar o quanto uma rede avançou em relação ao que foi projetado por

esse índice ou o quanto ainda precisa evoluir em termo de rendimento e fl uxo. Como nos mostra o grá-

fi co 8, a rede estadual do Piauí ultrapassou a projeção para o ensino médio entre 2007 e 2013 e cumpriu

a meta de 2015. No entanto, é necessário observar que esses resultados ainda se distanciam da meta

nacional para o ensino médio, que é de 6,0 pontos em 2027.

Gráfi co 8

Ideb – ensino médio – 2007 a 2015

Ideb Observado Metas Projetadas

2007 2009 2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015

2,5 2,7 2,9 3,0 3,2 2,3 2,4 2,6 2,8 3,2

O SAEPI serve justamente a esse propósito: fornecer um diagnóstico da qualidade do ensino das redes

públicas do Piauí, permitindo, dessa forma, acompanhar a garantia do direito de aprender de todo aluno

piauiense. As melhorias observadas podem ser consequências de ações planejadas, abrindo caminho

para que novas mudanças tenham lugar, inclusive em outras etapas de escolaridade. De posse das infor-

mações produzidas através da avaliação em larga escala, uma leitura mais ampla do cenário educacional

torna-se possível, ajudando a identifi car problemas e a buscar soluções para contorná-los.

Esperamos que as informações produzidas e apresentadas nesta revista possam ajudar na análise dos

resultados da rede e na proposição de novas ações para a melhoria sempre constante do desempenho

dos estudantes piauienses.

18 SAEPI 2016

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Gráfi co 6

Profi ciência média em língua portuguesa – 3ª série do ensino médio – 2011 a 2015

236,1 235,2

242,3239,0 239,9

175,0

200,0

225,0

250,0

2011 2012 2013 2014 2015

Em matemática, o comportamento dos estudantes nas avaliações foi semelhante, os resultados man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo, variando de 240,3 em 2011 a 245,1 em 2013, como pode ser

observado no gráfi co 7.

Gráfi co 7

Profi ciência média em matemática – 3ª série do ensino médio – 2011 a 2015

240,3 242,6 245,1 242,8 242,6

175,0

200,0

225,0

250,0

275,0

2011 2012 2013 2014 2015

Além dos resultados das avaliações do SAEPI, outros indicadores de qualidade da educação devem ser

conjugados para que a rede tenha um retrato mais robusto sobre as características dos seus estudantes.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e nos permite avaliar o quanto uma rede avançou em relação ao que foi projetado por

esse índice ou o quanto ainda precisa evoluir em termo de rendimento e fl uxo. Como nos mostra o grá-

fi co 8, a rede estadual do Piauí ultrapassou a projeção para o ensino médio entre 2007 e 2013 e cumpriu

a meta de 2015. No entanto, é necessário observar que esses resultados ainda se distanciam da meta

nacional para o ensino médio, que é de 6,0 pontos em 2027.

Gráfi co 8

Ideb – ensino médio – 2007 a 2015

Ideb Observado Metas Projetadas

2007 2009 2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015

2,5 2,7 2,9 3,0 3,2 2,3 2,4 2,6 2,8 3,2

O SAEPI serve justamente a esse propósito: fornecer um diagnóstico da qualidade do ensino das redes

públicas do Piauí, permitindo, dessa forma, acompanhar a garantia do direito de aprender de todo aluno

piauiense. As melhorias observadas podem ser consequências de ações planejadas, abrindo caminho

para que novas mudanças tenham lugar, inclusive em outras etapas de escolaridade. De posse das infor-

mações produzidas através da avaliação em larga escala, uma leitura mais ampla do cenário educacional

torna-se possível, ajudando a identifi car problemas e a buscar soluções para contorná-los.

Esperamos que as informações produzidas e apresentadas nesta revista possam ajudar na análise dos

resultados da rede e na proposição de novas ações para a melhoria sempre constante do desempenho

dos estudantes piauienses.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 19

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Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que os

expostos neste breve resumo sobre o SAEPI. De todo modo, a partir deles, tendo

em vista as melhorias e difi culdades diagnosticadas, é possível levantar hipóteses

sobre os motivos pelos quais elas foram obtidas. Eles podem ser inúmeros e

oriundos de diferentes fontes.

Esse é um exercício que cabe a todos os profi ssionais envolvidos com a edu-

cação no estado do Piauí. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de par-

tida para uma série de refl exões acerca das políticas públicas educacionais e das

ações, pedagógicas e de gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do

SAEPI são, na verdade, um dos muitos aspectos que envolvem a realidade edu-

cacional da rede estadual de ensino. Debruçar-se sobre eles e analisá-los é uma

ação essencial para que cumpram um importante papel na garantia do direito de

toda criança aprender!

20 SAEPI 2016

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Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, os resultados alcançados pela sua es-

cola na avaliação de língua portuguesa do SAEPI

2016 estão disponíveis em www.saepi.caedufjf.net.

É importante que você leia, analise e compreenda

as informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a escola

capaz de fazer a diferença é, também, aquela que

consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-

dantes, interpretando, analisando e utilizando as

informações da avaliação educacional – externa e

interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-

sultados.

Nesta seção você encontra um roteiro de leitura

e interpretação das informações disponíveis. Nos re-

sultados, são apresentados os dados de proficiência

média, a distribuição dos estudantes pelos padrões

de desempenho e a participação. Em seguida, estão

dispostos os percentuais de acerto em relação às

habilidades avaliadas nos testes. Cada tipo de resul-

tado conta com roteiro específico.

Além disso, são apresentadas informações acer-

ca do contexto de sua escola, como o Índice So-

cioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade, no

caso, o Índice de Desenvolvimento da Educação do

Piauí (Idepi).

O que é o Idepi?

O Índice de Desenvolvimento da Educação do Piauí (Idepi) é

um indicador que reúne dois elementos importantes para a qua-

lidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas ava-

liações em larga escala. O indicador é calculado com base nos

dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos

dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados

do SAEPI. Dessa forma, o Idepi apresenta resultados sintéticos,

permitindo traçar metas de qualidade para os sistemas educa-

cionais, específicos para cada escola.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 21

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O que é o ISE – Índice Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne infor-

mações sobre as condições sociais, culturais e

econômicas dos estudantes e de suas famílias.

Levando em conta uma série de aspectos, como

a escolaridade dos pais e a posse de bens (ma-

teriais e culturais), o ISE é uma importante infor-

mação para a compreensão do desempenho

escolar, tendo em vista que é influenciado por

diversos fatores, entre eles, o contexto social da

escola e as condições econômicas e sociais das

famílias dos alunos.

» Ter de 1 a 20 livros

» Ter um banheiro

» Ter um dicionário

» Ir quase nunca a

show

» Ter mãe com os

anos iniciais do

ensino fundamental

completo

» Ter pai com os

anos iniciais do

ensino fundamental

completo

» Ter uma máquina

de lavar

» Ir quase nunca ao

parque

» Ir quase nunca à

praia

» Ter um micro-ondas

» Ter um automóvel

» Ter coleta de lixo

» Ir quase nunca ao

teatro

» Ir quase nunca ou

nunca ao museu

» Ter um computador

» Passear na cidade

nas férias

» Ter de 21 a 100

livros

» Ter um smartphone

» Ir quase nunca ou

nunca ao cinema

» Ter um ar-

condicionado

» Ter calçamento

» Ter pai com os

anos finais do

ensino fundamental

completo

» Ter mãe com os

anos finais do

ensino fundamental

completo

» Ir quase sempre ao

teatro

» Ter acesso à

internet

» Ir quase sempre ao

parque

» Ir quase sempre à

praia

» Ir quase sempre a

show

» Ter pai com ensino

médio completo

» Ter mãe com ensino

médio completo

» Ter dois ares-

condicionados

» Ir quase sempre ou

sempre ao cinema

» Ter dois

smartphones

» Não ter familiar que

receba bolsa família

» Viajar nas férias

» Ter dois

computadores

» Ir quase sempre ou

sempre ao museu

» Ter dois ou mais

automóveis

» Ter dois ou mais

micro-ondas

» Ir sempre à praia

» Ir sempre ao teatro

» Ir sempre ao parque

» Ter duas ou mais

máquinas de lavar

» Ter pai com ensino

superior completo

» Ir sempre a show

» Ter mãe com ensino

superior completo

» Ter dois ou mais

dicionários

» Ter dois ou mais

banheiros

» Ter mais de 100

livros

Nível

Os níveis de ISE calculados para o SAEPI são:

Nível

Nível 1

+Nível 2

+Nível 3

+Nível 4

+Nível 5

+

Nível Nível Nível Nível1 2 3 4 5 6

22 SAEPI 2016

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Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-

ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros

com orientações, passo a passo, de como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do

SAEPI 2016, em cada etapa de escolaridade ava-

liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades

para cada uma das etapas.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-

tados da avaliação em larga escala, é importante

ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Larga

Escala, disponível em www.saepi.caedufjf.net, bem

como os padrões e níveis de desempenho estu-

dantil, os quais descrevem, pedagogicamente, o

significado das médias alcançadas pelos estudan-

tes da rede estadual do Piauí que participaram do

SAEPI 2016. Essas descrições estão disponíveis na

seção Padrões e níveis de desempenho desta re-

vista e ilustrados com itens representativos de cada

nível.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 23

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Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SAEPI em língua portuguesa.

Esta é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SAEPI, na disciplina língua portuguesa,

em cada etapa avaliada. A observação da média

nos ajuda a verificar a melhoria da qualidade da

educação ofertada, a partir da evolução do desem-

penho da escola ao longo do tempo.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que alunos

demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

24 SAEPI 2016

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Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SAEPI, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SAEPI.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SAEPI.

Depois de observar a proficiência da escola, va-

mos verificar como os estudantes estão distribuí-

dos pelos padrões de desempenho.

De acordo com a proficiência alcançada no

teste, um estudante demonstra determinado perfil

ou padrão de desempenho, ou seja, quanto maior

a proficiência desse estudante, mais elevado é o

seu padrão de desempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual nos padrões

mais elevados, pois almejamos uma educação que

seja de qualidade e para todos. Por isso, essa aná-

lise é tão importante, professor. Ela lhe dará infor-

mações fundamentais para o seu planejamento,

para a construção permanente do projeto políti-

co-pedagógico e para a definição de metas, estra-

tégias e metodologias adequadas às necessidades

dos seus alunos.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 25

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Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de

estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o

número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito à

aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

26 SAEPI 2016

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Dados de participação nas três últimas edições do SAEPI.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SAEPI?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste com a sua frequência às aulas.

2015

2016

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua

escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los pedagogica-

mente.

ATIVIDADE 3

Revista do Professor - Língua Portuguesa 27

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Escala de proficiência de língua portuguesa

* As habilidades relativas a essas competências não são avaliadas nessa etapa de escolaridade.

A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.

Abaixo do Básico

Básico

Adequado

Avançado

COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

6EF 9EF 1, 2 E 3 EM

Identificar letras

* * *

Reconhecer convenções gráficas Manifestar consciência fonológica Ler palavras Localizar informação D1 D1 D1 Identificar tema D6 D6 D6 Realizar inferência D4, D3, D5, D13 e D14

D3, D4, D5, D16, D17,

D18 e D19

D3, D4, D5, D16, D17,

D18 e D19 Identificar gênero, função e destinatário de um texto

D9 D12 D12 Estabelecer relações lógico-discursivas D8, D12 e D2 D2, D9, D11 e D15 D2, D9, D11 e D15 Identificar elementos de um texto narrativo

D7 D10 D10 Estabelecer relações entre textos D15 D20 D20 Distinguir posicionamentos D11 D7, D8, D14 e D21 D7, D8, D14 e D21 Identificar marcas linguísticas D10 D13 D13

PADRÕES DE DESEMPENHO - 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PADRÕES DE DESEMPENHO - ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do Sistema da

Escrita

Estratégias de Leitura

Processamento do Texto

28 SAEPI 2016

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COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

6EF 9EF 1, 2 E 3 EM

Identificar letras

* * *

Reconhecer convenções gráficas Manifestar consciência fonológica Ler palavras Localizar informação D1 D1 D1 Identificar tema D6 D6 D6 Realizar inferência D4, D3, D5, D13 e D14

D3, D4, D5, D16, D17,

D18 e D19

D3, D4, D5, D16, D17,

D18 e D19 Identificar gênero, função e destinatário de um texto

D9 D12 D12 Estabelecer relações lógico-discursivas D8, D12 e D2 D2, D9, D11 e D15 D2, D9, D11 e D15 Identificar elementos de um texto narrativo

D7 D10 D10 Estabelecer relações entre textos D15 D20 D20 Distinguir posicionamentos D11 D7, D8, D14 e D21 D7, D8, D14 e D21 Identificar marcas linguísticas D10 D13 D13

PADRÕES DE DESEMPENHO - 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

PADRÕES DE DESEMPENHO - ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do Sistema da

Escrita

Estratégias de Leitura

Processamento do Texto

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho

– também nos indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

A escala de proficiência é uma espécie de régua na qual os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 29

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Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala no ponto em que

está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo

com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-

cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que

está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-

ticas da escala de proficiência, em destaque.

Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.saepi.caedufjf.net.

Nela, você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de

desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis exemplos de

itens de acordo com cada nível.

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção

Padrões e níveis de desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada

grupo de estudantes.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

30 SAEPI 2016

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ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma

mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Revista do Professor - Língua Portuguesa 31

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

32 SAEPI 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Revista do Professor - Língua Portuguesa 33

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DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

34 SAEPI 2016

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Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso aos resultados de cada turma da escola no endereço eletrônico www.saepi.caedufj.net.

2

Revista do Professor - Língua Portuguesa 35

Para cada turma, são apresentados os percen-

tuais de acerto por habilidade com base na Teoria

Clássica dos Testes (TCT). É importante conhecer

e refletir sobre esses dados.

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SAEPI 2016.

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação

da sua escola é hora de analisar as habilidades avaliadas no SAEPI 2016 e verificar quais apresenta-

ram maiores dificuldades para os alunos de cada turma. Analise o desempenho de cada turma; há

grandes diferenças entre elas?

C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela3 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

3 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE

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36 SAEPI 2016

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Revista do Professor - Língua Portuguesa 37

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Padrões e níveis de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-

des e competências, são definidos padrões de

desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-

sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-

zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-

cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo

com o perfil cognitivo dos estudantes identificado

pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os níveis

de proficiência e as habilidades e competências alo-

cadas em intervalos menores da escala. Um conjun-

to de níveis constitui um padrão de desempenho.

Esses níveis fornecem mais detalhamento sobre

a aprendizagem. Além disso, apresentamos um item

exemplar para cada nível. Esse item corresponde à

avaliação de uma das habilidades compreendidas

nesse intervalo. As descrições das habilidades relati-

vas aos níveis de desempenho de língua portuguesa

estão de acordo com a descrição pedagógica apre-

sentada pelo Inep, nas Devolutivas Pedagógicas da

Prova Brasil, e pelo CAEd, na análise dos resultados

do SAEPI 2016.

/// Abaixo do Básico

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.

/// Básico

Padrão de desempenho considerado básico à etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.

/// Adequado

Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do

conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram

ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que

se encontram.

/// Avançado

Padrão de desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.

Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em

que se encontram.

38 SAEPI 2016

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Abaixo do Básico6º Ano do Ensino Fundamental

ATÉ 150 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 125 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Ler frases.

C Localizar informações em frases, em bilhetes curtos e em um verso.

C Reconhecer gênero e finalidade de receitas.

C Interpretar textos curtos, com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.

C Identificar o personagem principal em contos.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 39

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inter-

pretarem um texto com auxílio de elementos não ver-

bais. Para a realização dessa tarefa, os estudantes tiveram

como suporte um cartum adequado à etapa de escola-

rização.

Levando em consideração as pistas textuais ofereci-

das pela imagem, bem como o conhecimento prévio

dos estudantes, era necessário que chegassem à con-

clusão de que o sentimento expresso pelo homem é de

pesar frente ao tronco da árvore que foi cortada e que,

portanto, está sem vida. Dessa forma, os estudantes que

escolheram a alternativa D como resposta, o gabarito,

perceberam que a expressão facial do personagem é de

tristeza devido à destruição observada.

(P050080H6) Nesse texto, a expressão do homem é deA) curiosidade.B) medo.C) susto.D) tristeza.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http:cantinholiterariososriosdobrasil.wordpress.com/2011/05/25/novo-codigo-florestal-%E2%80%93-charge-de-lila/>. Acesso em: 26 nov. 2014. (P050080H6_SUP)

40 SAEPI 2016

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NÍVEL 2 /// DE 125 A 150 PONTOS

C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tiri-

nhas.

C Identificam expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em

histórias em quadrinhos.

C Reconhecer o gênero receita e a finalidade de textos informativos.

C Identificar o personagem principal em narrativas simples.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-

conhecerem o objetivo comunicativo de um deter-

minado texto. O texto que serve de suporte ao item

tem como objetivo orientar a respeito das regras de

uma brincadeira infantil, no caso, “pular corda”.

Para identificar o gabarito desse item, os estudan-

tes tiveram que reconhecer que trechos, como “uma

das extremidades da corda é presa em um poste”,

“um participante fica na outra ponta, batendo”, “As

crianças que estão pulando seguem comandos”

são explicações sobre as regras de uma brincadeira.

Nesse sentido, a escolha pela alternativa C, o gaba-

rito, indica que os estudantes reconheceram a fina-

lidade do texto.

(P050394BH) Esse texto serve paraA) contar uma história.B) divertir o leitor.C) explicar uma brincadeira.D) vender um produto.

Leia o texto abaixo.

Corda

Dá para pular corda sozinho ou em turma.Na brincadeira coletiva, uma das extremidades da corda é presa em um poste ou em um

portão, enquanto um participante fica na outra ponta, batendo.Mas também é possível que duas crianças, uma em cada extremidade, segurem e batam a

corda para que outras pulem.As crianças que estão pulando seguem comandos (com um pé, com dois pés, passar antes

que a corda toque o chão) ou o que pede a letra de uma música.Os mais habilidosos conseguem pular duas cordas que são batidas quase ao mesmo tempo.

Disponível em: <http://mapadobrincar.folha.com.br/>. Acesso em: 19 jan. 2012. (P050394BH_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 41

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Básico6º Ano do Ensino Fundamental

DE 150 A 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 150 A 175 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos, em receitas e em textos informativos curtos.

C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.

C Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e regulamentos.

C Inferir características de personagem em fábulas.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal e inferir o sentido de expressão em tirinhas.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários.

42 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi-

carem uma informação explícita. Para a realização dessa

tarefa, foi utilizado como suporte um texto informativo

curto, o qual é constituído por uma linguagem simples,

que trata de algumas características dos golfinhos. Foi

solicitado, então, que os estudantes localizassem o meio

pelo qual os golfinhos se comunicam, informação que

está presente ao final do texto. Assim, aqueles que mar-

caram a letra C, o gabarito, demonstraram ter desenvol-

vido a habilidade em questão.

(P050411BH) De acordo com esse texto, os golfinhos se comunicam por meio deA) brincadeiras.B) saltos.C) sons.D) truques.

Leia o texto abaixo.

Golfinhos: cheios de truques

[...] Eles adoram saltar, brincar e parecem estar sempre sorrindo. Por trás dessa simpatia, os golfinhos escondem outras grandes surpresas. Uma das mais legais é o jeito como se comunicam: eles produzem sons parecidos com assobios, que saem pelas cavidades nasais e servem para trocar informações. Irado!

Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/bichos/golfinhos-cheios-truques-645338.shtml>. Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento. (P050411BH_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 43

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NÍVEL 4 /// DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos e reportagens.

C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-

truções de jogo.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.

C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas

e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.

C Reconhecer o gênero fábula.

44 SAEPI 2016

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de

identificar os elementos que compõem uma narrati-

va. Nesse caso, utilizou-se como suporte para a tare-

fa o fragmento de uma fábula infantojuvenil, a partir

da qual é avaliada a identificação do personagem

principal, um elemento narrativo possivelmente fa-

miliar aos estudantes dessa etapa de escolarização.

Após realizar a leitura do texto, os estudantes

deveriam perceber que os fatos narrados giram em

torno da joaninha Filó e das críticas recebidas pelo

modo como ela se produziu para visitar a tia Matil-

de. Nesse sentido, os estudantes que marcaram a al-

ternativa C conseguiram identificar, entre os demais

personagens da fábula, a personagem Filó como a

protagonista da história, satisfazendo, assim, a pro-

posta do item.

(P050117E4) Qual é a personagem principal desse texto?A) A aranha Filomena.B) A borboleta Loreta.C) A joaninha Filó.D) A tia Matilde.

Leia o texto abaixo.

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De bem com a vida

Filó, a joaninha, acordou cedo. – Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia. [...]Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou

os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta. – Que lindo dia! – E pra que esse guarda-chuva preto, Filó? – É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva. De volta à floresta: – Sapatinhos de verniz? Que exagero! – disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta. – É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos. De volta à floresta:– Batom cor-de-rosa? Que esquisito! – disse Téo, o grilo falante.– É mesmo! – disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom. – Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? – disse

a aranha Filomena. – É mesmo! – pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido. Cansada de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo

caminho. O Sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio. Chegando em casa, ligou para tia Matilde. – Titia, vou deixar a visita para outro dia. – O que aconteceu, Filó? – Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta.

Mas no caminho... – Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei

te esperando com um almoço bem gostoso. No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas

pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.

RIBEIRO, Nye. Disponível em: <http://migre.me/9WOSW>. Acesso em: 15 dez. 2011. Fragmento. (P050116E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 45

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Adequado6º Ano do Ensino Fundamental

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.

C Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música.

C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.

C Identificar assuntos comuns a duas reportagens.

C Identificar o efeito de humor em piadas.

C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e poe-

mas.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-

bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão

adverbial em contos.

C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,

fábulas e contos.

C Inferir efeito de humor em tirinhas e em histórias em quadrinhos.

C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos e

em contos.

DE 200 A 250 PONTOS

46 SAEPI 2016

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A habilidade avaliada por esse item diz respeito

ao reconhecimento do efeito de sentido decorren-

te da pontuação e de outras notações. Nesse caso,

utilizou-se como suporte uma fábula, em que usual-

mente são empregados os sinais de exclamação e

interrogação para marcar sentimentos e sensações

nas falas dos personagens.

Para satisfazer à proposta do item, os estudantes

precisariam retomar o trecho da linha dois destaca-

do no comando do item para, então, perceber que

a personagem Filó está tão deslumbrada com o dia

bonito a ponto de resolver visitar sua tia. Essa sensa-

ção de encantamento é reforçada em sua fala por

meio do ponto de exclamação.

Nesse sentido, os estudantes que marcaram a

alternativa B, o gabarito, sugerem ter desenvolvido

a habilidade no tocante ao uso do ponto de excla-

mação.

(P050119E4) No trecho “– Que lindo dia!” (ℓ. 2), o ponto de exclamação foi utilizado para A) destacar o fato de que a joaninha acordou cedo.B) expressar a emoção da joaninha em relação ao dia.C) mostrar a alegria da joaninha em se arrumar.D) ressaltar a felicidade da joaninha ao visitar a tia.

Leia o texto abaixo.

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De bem com a vida

Filó, a joaninha, acordou cedo. – Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia. [...]Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou

os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta. – Que lindo dia! – E pra que esse guarda-chuva preto, Filó? – É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva. De volta à floresta: – Sapatinhos de verniz? Que exagero! – disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta. – É mesmo! – pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos. De volta à floresta:– Batom cor-de-rosa? Que esquisito! – disse Téo, o grilo falante.– É mesmo! – disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom. – Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? – disse

a aranha Filomena. – É mesmo! – pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido. Cansada de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo

caminho. O Sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio. Chegando em casa, ligou para tia Matilde. – Titia, vou deixar a visita para outro dia. – O que aconteceu, Filó? – Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta.

Mas no caminho... – Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei

te esperando com um almoço bem gostoso. No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas

pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.

RIBEIRO, Nye. Disponível em: <http://migre.me/9WOSW>. Acesso em: 15 dez. 2011. Fragmento. (P050116E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 47

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NÍVEL 6 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e informação principal em reportagens e contos.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias.

C Identificar informação explícita em letras de música e contos.

C Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,

contos e reportagens.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.

C Inferir a finalidade de fábulas e de resenhas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.

C Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas.

C Diferenciar opinião de fato em reportagens e em contos.

C Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.

C Inferir sentido de palavra em reportagens.

48 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi-

carem o assunto de um texto. O suporte utilizado para a

tarefa é uma reportagem sobre a floresta fossilizada em

Tocantins.

Nesse texto, o título e o subtítulo são elementos que

auxiliam os estudantes no reconhecimento do assunto,

porém, para a identificação do gabarito, é necessária a

leitura global do texto, principalmente do último parágra-

fo, para que os estudantes possam discernir as demais

informações do assunto principal. Portanto, os estudan-

tes deveriam marcar como gabarito a alternativa C, pois

apresenta a síntese do texto.

(P050138H6) Qual é o assunto desse texto?A) A construção de um novo museu em Tocantins.B) A época em que os continentes estavam unidos.C) A floresta fossilizada em Tocantins.D) A pesquisa de fósseis de dinossauros.

Leia o texto abaixo.

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Floresta de fósseisParque ambiental no Tocantins reúne plantas mais antigas que os dinossauros

Fósseis. Quando falamos deles, logo imaginamos dinossauros e animais que viveram há milhares de anos. Mas, além dos bichos, as plantas também podem virar fósseis! Na verdade, existem florestas inteiras de fósseis e uma delas fica bem aqui no Brasil, na cidade de Filadélfia, no Tocantins. E o melhor: você pode visitá-la!

O Monumento Natural de Árvores Fossilizadas é um parque ambiental que reúne árvores petrificadas de 250 milhões de anos. Lá, o visitante encontra fósseis de troncos e samambaias gigantes que viveram em uma época em que os continentes ainda não tinham se separado e os dinossauros nem sonhavam em existir.

Em breve, o parque vai ganhar um museu contando toda a história das florestas pré-históricas que existiam ali. Enquanto isso, é possível marcar visitas em grupo ligando para lá. O acesso é um pouco complicado, feito de carro pela rodovia TO 222, mas, com certeza, a visita compensa!

Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/floresta-de-fosseis/>. Acesso em: 19 dez. 2014. (P050138H6_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 49

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Avançado6º Ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Identificar opinião em biografias e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.

C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens.

C Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens e relação entre pronomes e seus re-

ferentes em poemas, fábulas e contos.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens

e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e em histórias em quadrinhos.

50 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de estabelecer relações de causa e

consequência em um conto.

O item em questão apresenta como suporte um conto fantásti-

co que narra a vida de um barquinho que se sente enjoado com o

balanço do mar.

A relação causal destacada no comando ocorre de forma implí-

cita no texto, ou seja, sem os marcadores linguísticos, que comu-

mente são utilizados para estabelecer essa relação. Ainda assim, os

estudantes que assinalaram o gabarito, a alternativa D, conseguiram

compreender que a compra de outro barco pelo pescador e a con-

sequente aposentadoria do barquinho configuram o desfecho da

narrativa. Em decorrência disso, o barquinho ficou feliz quando se

aposentou porque ele deixaria de ficar enjoado com o balanço do

mar, já que dali em diante ficaria apenas em terra firme.

(P050356BH) Nesse texto, quando o barco se aposentou, fi cou feliz porqueA) queria tomar sol.B) queria descansar.C) detestava o seu dono.D) passava mal no mar.

Leia o texto abaixo.

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O barquinho enjoado

Era uma vez um barquinho muito, muito infeliz. Vivia embrulhado. Tinha enjoo do balanço do mar. Era só começar a navegar e ele a passar mal, a marear.

Os peixinhos riam dele e, para piorar a situação, fi cavam indo e vindo à sua frente, de pura molecagem, aumentando a afl ição.

– Quem mandou nascer barquinho? – brincava uma gaivota.– Mas eu não nasci assim, sua boboca! Por que não me deixaram ser árvore a vida inteira,

parada num só lugar, sem este vai-e-volta, sem este vem-e-vai? – reclamava o pobrezinho.– Puxa vida... ai, ai, ai!Seu dono, um velho pescador, nem notava o problema do coitado. Todo dia, de manhã

cedo, saía atrás de peixe, sem domingo nem feriado. Não tinha folga o barco enjoado.Mas um belo dia, tudo mudou!Todo contente, o pescador apareceu com um barco bem novinho. Era amarelo e cor de

vinho. E o outro se aposentou. Desde este dia, quanta alegria! Não precisa mais ir para o mar, nem marear. Fica na

areia, tomando sol numa boa, olhando de longe a pescaria. No barco enjoado o velho escreveu “peixe fresco todo dia” para atrair a freguesia.

Esta sim era a vida que ele queria!Disponível em: <http://meucartaopostal.blogspot.com/>. Acesso em: 7 mar. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. (P050355BH_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 51

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NÍVEL 8 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.

C Identificar opinião em poemas, crônicas, em cartas pessoais e notícias.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas repor-

tagens.

C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-

las, contos e crônicas.

C Inferir informação em fábulas, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens

e em letras de música e o significado de palavra em textos didáticos.

C Interpretar efeito de humor em piadas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.

C Identificar marcas da linguagem formal/padrão em reportagens e as marcas linguísticas que caracte-

rizam o público-alvo de um texto de orientação.

C Reconhecer a finalidade de textos didáticos.

52 SAEPI 2016

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Nesse item, é aferida a habilidade de distinguir um fato

de uma opinião relativa ao fato. Essa tarefa requer que os

estudantes percebam nuances de subjetividade do autor

ou marcas opinativas que estejam expressas linguistica-

mente pelo uso de advérbios e adjetivos, destacando o

julgamento acerca de uma situação. Para avaliar essa

habilidade, o suporte apresenta uma notícia que relata

a aventura de um alpinista e de um fotógrafo em uma

cachoeira na Noruega.

Os respondentes deveriam executar a leitura do texto

de maneira atenta, percebendo o caráter expositivo no

geral, porém, ao final, deveriam notar que são apresenta-

das duas falas diretas de um dos aventureiros, nas quais

estão expostas suas percepções a respeito da aventura

vivida. Essa marca opinativa vem expressa na alternativa

D, o gabarito, indicando que aqueles que optaram por

essa alternativa desenvolveram uma habilidade de leitura

bastante sofisticada.

(P050213C2) Nesse texto, qual é o trecho que expressa uma opinião sobre a aventura?A) “Entusiastas dos esportes radicais,...”. B) “... decidiram ir à Noruega...”. C) “... não para ‘vencer’ uma delas.”. D) “‘Mas o esforço valeu a pena’.”.

Leia o texto abaixo.

Alpinista e fotógrafo escalam cachoeira congelada na Noruega

Entusiastas dos esportes radicais, o alpinista Will Gadd e o fotógrafo Christian Pondella já escalaram juntos dezenas de montanhas em todo o mundo.

Em sua viagem de inverno, porém, decidiram ir à Noruega não para “vencer” uma delas. O destino dessa vez era uma cachoeira de 200 metros, [...] que estava congelada por causa das temperaturas que chegavam a – 15 ºC.

“Na bagagem, trouxe imagens impressionantes e experiências incríveis”, disse Pondella. Ele conta que os principais desafios eram manter-se aquecido e carregar o equipamento fotográfico,

composto por câmeras e lentes extras. “Mas o esforço valeu a pena. Me senti no topo do mundo.”.Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/862699-alpinista-e-fotografo-escalam-cachoeira-congelada-na-noruega.shtml>.

Acesso em: 22 mar. 2011. Fragmento. (P050212C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 53

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NÍVEL 9 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Identificar assunto principal e opinião em contos e em cartas de leitor.

C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em reportagens.

C Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícias e elementos da narrativa

em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-

las e reportagens.

C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.

C Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos e em fábulas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas.

54 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer uma

informação comum entre textos de diferentes gêne-

ros. Os textos utilizados como suporte para a elabo-

ração dessa tarefa foram um fragmento de notícia e

um poema, ambos de curta extensão e de vocabulá-

rio simples, os quais apresentam informações acerca

dos elementos que compõem o circo.

Para realizar essa tarefa, foi necessário que os

estudantes observassem o vocabulário do Texto 1,

como as palavras “festa”, “lona”, “picadeiro”, e do Tex-

to 2, como “aplausos” “plateia”, “gargalhadas” e “mu-

lher barbada”, reconhecendo-as como elementos

característicos do circo. Sendo assim, aqueles estu-

dantes que marcaram o gabarito, letra D, desenvol-

veram a habilidade solicitada.

(P050372BH) Qual é a informação comum a esses textos?A) As comemorações do dia do circo.B) As homenagens ao palhaço de circo.C) Os animais dos espetáculos de circo.D) Os elementos típicos do circo.

Leia os textos abaixo.

Texto 1 Texto 2Teatro Municipal tem programação sobre o

Dia do CircoGratuita, comemoração dura o dia todo

e começa em lona montada na frente do Municipal

Senhoras e senhores, respeitável público, hoje é o “Dia do Circo!”. E vai ter festa, vai ter lona, vai ter picadeiro. O endereço [...] é o Teatro Municipal, no centro de São Paulo, que recentemente passou por uma completa reforma e comemorou 100 anos de fundação. “Vamos homenagear os palhaços, que tanta alegria trazem a crianças, jovens e adultos [...]”.

Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,teatro-municipal-tem-programacao-sobre-o-dia-do-circo,teatro-

municipal-tem-programacao-sobre-o-dia-do-circo,853728,0.htm>. Acesso em: 3 abr. 2012. Fragmento.

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Isso sim que é vida boa...

Eu queria ser de circo.Ai, que vida original!Trabalhar todas as noites,Divertindo o pessoal.Os aplausos da plateia,toda aquela vibração,sempre novas gargalhadas,sempre mais animação!

Eu queria ser de circo,conhecer os bastidores,que a plateia nunca vê,ver de perto os domadores,dar comida ao chimpanzé, [...]ver as focas adestradas,ver a jaula do leão,ver a cara do palhaço,sem pintura e fantasia,e ver se a mulher barbadafaz a barba todo dia. [...]

Disponível em: <http://aprenderecia.blogspot.com.br/2010/03/isso-sim-que-e-

vida-boa.html>. Acesso em: 3 abr. 2012. Fragmento.

(P050372BH_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 55

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 325 PONTOS

C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas e resenhas.

C Reconhecer sentido de advérbios em cartas de leitor.

C Reconhecer a informação comum em duas reportagens.

C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.

C Identificar marcas da linguagem informal em trechos de reportagens e de contos.

C Identificar o fato gerador do enredo em contos.

56 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes

reconhecerem as marcas linguísticas que caracteri-

zam a variedade informal da língua. Como suporte

para a tarefa, utilizou-se um conto cuja linguagem é

voltada para o público infantojuvenil.

Desse modo, foi solicitado que os estudantes as-

sociassem a situação comunicativa das conversas

entre amigos às marcas linguísticas informais pre-

sentes no texto. Aqueles que marcaram a alternativa

C conseguiram perceber que os termos “Aí” e “coisa”

são característicos de contextos informais, demons-

trando, dessa forma, ter desenvolvido a habilidade

em questão.

(P050240F5) O trecho desse texto que mostra uma linguagem usada em conversas entre amigos é: A) “Nesta família ninguém queria saber de fazer nada.”. (ℓ. 1-2)B) “Quando eles assistiam à televisão, ninguém se mexia...”. (ℓ. 5)C) “Aí, na época de férias, a coisa piorava.”. (ℓ. 5-6)D) “Eles acharam divertido e riram muito um do outro.”. (ℓ. 12)

Leia o texto abaixo.

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Que preguiçaaaa!

Numa árvore no meio da floresta morava uma família de bichos-preguiças! Nesta família ninguém queria saber de fazer nada. O pai pedia para a mãe buscar um copo de água, daí ela pedia para o filho mais velho, que pedia para o filho do meio, que pedia para o caçula... que nem alcançava o armário dos copos ainda.

Quando eles assistiam à televisão, ninguém se mexia nem para mudar o canal. Aí, na época de férias, a coisa piorava. Era uma moleza tão grande que eles só comiam pizza para viagem.

– Pena que ainda não inventaram o “disk copo de água” – reclamava o papai-preguiça.Daí, certo dia, todos eles estavam com preguiça até de segurar na árvore para ficar de

cabeça para baixo! Então, adivinha o que aconteceu: despencou a família toda no chão... papai, mamãe, irmão por irmão. Tum, tum, tum, tum, tum! Foi caindo um por um.

Até que não foi mal. Eles acharam divertido e riram muito um do outro. Aquilo tinha sido o maior acontecimento das férias!

Para subir de volta para casa, eles tiveram um trabalho danado, mas quando chegaram, sentiam-se muito mais dispostos.

– Legal! Estou novo em folha. – disse o papai.– Nós também! – concordaram os outros.E a família descobriu que um pouco de exercício é um ótimo espantalho para preguiça! Pode

acreditar! Se você estiver com aquela preguicite de férias, tente se mexer um pouquinho...HEINE, Evelyn. Disponível em: <http://www.divertudo.com.br/historia20.htm>. Acesso em: 1 abr. 2014. (P050237F5_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 57

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Abaixo do Básico9º Ano do Ensino Fundamental

ATÉ 200 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 175 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em cartuns e rea-

lizar inferência em textos não verbais.

C Reconhecer a finalidade de receitas.

58 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferi-

rem informações a partir de uma imagem. O texto utiliza-

do como suporte, uma tirinha, aborda um tema bastante

discutido atualmente – a poluição dos rios.

O item requer que os respondentes construam signifi-

cados para um texto de linguagem não verbal, por meio

de pistas oferecidas pela imagem e pelo seu conheci-

mento prévio. Dessa forma, os estudantes que escolhe-

ram a alternativa C como resposta perceberam que esse

texto faz uma crítica à poluição dos rios, que atrapalha a

atividade de pesca.

(P050137H6) Esse texto mostra A) a pesca em áreas proibidas.B) as consequências da falta de chuva.C) o problema da poluição dos rios.D) os hábitos de pescadores profissionais.

Leia o texto abaixo.

SANTOS, Fabiano dos. Disponível em: <https://cantinholiterariososriosdobrasil.files.wordpress.com/2012/06/tirinha-fabiano-dos-santos-06-2012.jpg>. Acesso em: 8 dez. 2014. (P050137H6_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 59

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NÍVEL 2 /// DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos e reportagens.

C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-

truções de jogo.

C Identificar o assunto principal em reportagens, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos.

C Inferir características de personagem e do narrador e a personagem principal em fábulas, elementos

do cenário em fragmentos de romances e o desfecho de uma lenda.

C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas.

C Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação.

C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, em cartas, contos, tirinhas

e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.

60 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi-

carem os elementos que compõem uma narrativa. O su-

porte utilizado para a realização da atividade é uma lenda,

intitulada “A lenda da gralha azul”, que conta a história

do surgimento da floresta de araucária. Nesse contexto,

foi solicitado aos estudantes que atentassem para o final

da história e identificassem o desfecho da lenda. Logo,

aqueles que marcaram a alternativa D, o gabarito, conse-

guiram desenvolver a habilidade requerida, pois identifi-

caram no texto o arremate da história.

(P050226H6) Essa história termina quandoA) a gralha enterra uma parte do pinhão.B) a gralha resolve cuidar da araucária.C) Tupã dá um pinhão para a gralha.D) Tupã pinta as penas da gralha.

Leia o texto abaixo.

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A lenda da gralha azul

Há muito tempo atrás, a gralha azul era apenas uma gralha parda, semelhante às outras de sua espécie.

Um dia, a gralha azul resolveu pedir para Tupã lhe dar uma missão que a faria muito útil e importante. Tupã lhe deu um pinhão, que a gralha pegou com seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais gordinha resolveu guardar para depois, enterrando-a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia esquecido o local onde havia enterrado o restante do pinhão. A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto.

Porém, ela percebeu que havia nascido na área onde havia enterrado a semente uma pequena araucária. Então, toda feliz, a gralha azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias.

Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem à floresta de araucária. Quando Tupã viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e sua dedicação. Assim, a gralha, que era parda, tornou-se azul.

Disponível em: <http://zip.net/bmghi5>. Acesso em: 11 fev. 2015. (P050224H6_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 61

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Básico9º Ano do Ensino Fundamental

DE 200 A 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Localizar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.

C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas, contos e letras

de música.

C Inferir ação de personagem em crônicas e em sinopses.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música e de personagem em tirinhas.

C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e poe-

mas.

C Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e histórias em quadrinhos.

C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,

fábulas e contos.

C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.

C Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias e a semelhança

entre cartas de leitor e cartuns.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-

las, poemas, contos e tirinhas.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre

expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas de leitor.

62 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes

identificarem o assunto de um texto. O suporte utili-

zado para a tarefa é um texto informativo, a partir do

qual são expostas informações sobre o surgimento

da goma de mascar.

O título desse suporte ajuda no reconhecimento

de seu assunto, uma vez que é uma pergunta sobre

o surgimento do chiclete. No entanto, para a iden-

tificação do gabarito é necessária a leitura global do

texto, de modo que as informações pontuais que o

compõem sejam distinguidas do assunto, que, por

sua vez, configura-se como uma informação mais

abrangente. Dessa maneira, ao marcar a alternativa

A, o gabarito, os estudantes demonstraram ter de-

senvolvido a habilidade avaliada.

(P090403C2) O assunto desse texto éA) o surgimento da goma de mascar.B) o comércio do chiclete com sabor.C) a goma vegetal dos povos antigos.D) a descoberta do pesquisador sueco.

Leia o texto abaixo.

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25

Como surgiu o chiclete?

Essa é uma pergunta que ainda alimenta os curiosos de plantão... Se você sair por aí pesquisando sobre o tema, encontrará diferentes versões.

Mas uma coisa é certa: muito antes do chiclete ser inventado, os seres humanos já mascavam gomas vegetais.

O Guia dos Curiosos conta assim esta história: “Em 1993, [...] o pesquisador sueco Bangt Nordqvist publicou um artigo científi co no qual afi rmava que a goma de mascar havia surgido muito antes. Ele encontrou no sul de seu país três pedaços de resina de bétula mascados por dentes humanos perto de ossadas da época da Idade da Pedra. Nordqvist afi rma que o produto contém zilitol, um desinfetante usado para limpeza dentária, que ajudava os homens primitivos a manter a arcada protegida.”

Alguns historiadores dizem que essa foi uma descoberta dos índios da Guatemala, que mascavam uma resina extraída de uma árvore chamada chicle para estimular a produção de saliva durante suas longas caminhadas. Os maias, do sul do México, também conheciam a goma de chicle, que, ao que tudo indica, usavam para refrescar o hálito. A goma era extraída de uma árvore nativa do Yucatan e de outras partes do sul do México e do noroeste da Guatemala, Sapodilla ou Manilkara zapota L. O hábito estava longe de ser uma novidade quando os espanhóis chegaram por lá em 1518.

Mas, seja qual for a versão, o chiclete não era comercializado na forma que vemos hoje. Foi somente no fi nal do século 19 que um fotógrafo americano chamado Thomas Adams, junto com o um general mexicano exilado em Staten Island, Antonio Lopez de Santa Anna, resolveu fazer do chicle uma fonte de lucros. A primeira ideia que os dois tiveram foi usar a resina para misturar à borracha utilizada na fabricação de pneus e assim baratear muito os custos.

Resultado: frustração total. Suas experiências não deram nada certo!Adams então teve a ideia que apresentou o chiclete ao mundo: já que o general

costumava mascar a resina, por que não mascar algo com um sabor diferente? Resolveu então acrescentar o alcaçuz ao produto, produziu uma certa quantidade em formato de bolas, embrulhou-as em papéis coloridos e passou a vendê-las. [...]

Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-chiclete/index.php>. Acesso em: 24 jun. 2011. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. Fragmento. (P090402C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 63

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NÍVEL 4 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.

C Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não

verbais, e texto informativo.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas.

C Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romances, crônicas e em

textos didáticos.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em poe-

mas, charges e fragmentos de romances.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.

C Reconhecer o gênero biografia apresentado em uma comparação de dois textos.

C Reconhecer o gênero artigo.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,

contos e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e fábulas.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.

C Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.

C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.

C Diferenciar opinião de fato em reportagens.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

C Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.

C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem.

64 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes lo-

calizarem uma informação que se encontra na su-

perfície textual. Como suporte foi utilizado o frag-

mento do conto “O segredo do enigma”, de Jeff

Bolton, que discorre sobre o novo mistério que Susy

terá que desvendar em Water Jewel.

Os estudantes deveriam se orientar pela temática

desenvolvida em toda a extensão textual, que apre-

senta o perfil investigativo da personagem, e locali-

zar no início do último parágrafo as características

que tornavam Susy conhecida na cidade de Walter

Jewel: sua capacidade de raciocínio e dedução para

desvendar mistérios.

Assim, aqueles que marcaram a letra A, o gabari-

to, demonstraram ter desenvolvido a habilidade em

questão.

(P090116C2) De acordo com esse texto, Susy era conhecida em Water JewelA) pela capacidade de raciocínio e dedução.B) pela mania de viajar de camboio.C) por carregar uma volumosa mala.D) por costumar reler as cartas.

Leia o texto abaixo.

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O segredo do enigma

Susy Cleveland acabava de chegar a Water Jewel após uma longa viagem de comboio. Desceu na estação, pousou a sua volumosa e pesada mala no chão, e olhou em volta. Não havia ninguém por perto, somente ela. Podia ouvir o vento soprar de mansinho, vindo dos corredores escuros e antigos. Retirou do bolso um bilhete dobrado em quatro, desdobrou-o, e releu a carta que recebera a semana passada:

“Olá Susy. Como estás? A última vez que nos vimos já foi há algum tempo, lembras-te? Ajudaste-me a mim e à vila inteira a resolver o mistério da fonte. Pois bem, tenho outro enigma para ti: o conde Lawrence foi-se embora da vila, por motivo desconhecido, sem avisar, mas deixou uma mensagem em sua casa, na biblioteca, em que fala sobre a ilusão e imaginação. E, mais importante, quem decifrar o enigma encontra um tesouro escondido na vila! Eu sei o que estás a pensar, este sítio tem imensos segredos por desvendar e parece que cada vez existem mais. Contudo, sei que não és capaz de recusar um desafio como este e muito menos controlar a tua curiosidade apurada. És a única que o pode decifrar. Os habitantes de Water Jewel contam contigo!”

Tio Greg.

Susy já era bastante conhecida por aqueles lados pela sua capacidade de raciocínio e dedução. O seu tio admirava-a imenso, tinha orgulho nela, pois não lhe restava mais ninguém, vivia sozinho. Os pais de Susy viajavam permanentemente por causa dos seus empregos, mas nem a própria filha sabia ao certo o que faziam. Greg insistia, de cada vez que a sobrinha o visitava, de gracejar “Lá andam eles a espiar e prender criminosos por esse mundo afora! Onde estão desta vez?” e de seguida dava uma gargalhada. Estava convencido de que eram espiões. Susy adorava-o, e por essa razão prontificou-se logo a partir. Voltou a guardar a carta no bolso e preparava-se para sair da estação, quando de repente sentiu uma tontura e desmaiou. [...]BOLTON, Jeff. Disponível em: <http://aninhacontos.wordpress.com>. Acesso em: 7 jun. 2011. Fragmento. (P090114C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 65

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Adequado9º Ano do Ensino Fundamental

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas e fábulas.

C Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.

C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges, reportagens e abaixo-assinados e o gênero

sinopse.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poe-

mas, fábulas e contos.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em frag-

mentos de romances, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Interpretar sentido de conjunções e de advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais

em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens

e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de ro-

mances.

C Inferir efeito de humor em piadas e moral em fábulas.

C Inferir o efeito de sentido do uso de expressão popular em artigos de opinião.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas.

C Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema.

C Reconhecer o assunto comum entre textos informativos.

DE 250 A 300 PONTOS

66 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes

inferirem o efeito de sentido provocado pela esco-

lha de uma determinada palavra ou expressão, no

caso, uma expressão popular, levando em conta o

contexto apresentado pelo suporte utilizado e a pro-

posta avaliativa trazida pelo comando. Apesar de a

habilidade apresentar maior nível de complexidade e

exigir maior interação entre os estudantes e o texto,

é esperado que, nessa etapa de escolarização, eles

já estejam aptos a executar com eficiência a tarefa

proposta pelo comando.

O texto que dá suporte ao item é um artigo de

opinião que apresenta a visão do professor Pasquale

Cipro Neto sobre o uso de gírias e a interferência

desse uso na linguagem. Nesse caso, a expressão

apresentada no comando foi usada pelo autor para

advertir o leitor sobre a impossibilidade de reduzir o

vocabulário somente ao uso de gírias. Para identifi-

car o gabarito, os estudantes precisariam perceber o

contexto em que a expressão foi utilizada para inter-

pretar e inferir o sentido do trecho “E é aí que mora

o perigo”. Nesse sentido, a escolha pela alternativa B

indica que os estudantes desenvolveram a habilida-

de avaliada.

(P090268C2) Nesse texto, o uso da expressão “E é aí que mora o perigo...” (ℓ. 17) revelaA) aceitação.B) advertência.C) condição.D) indignação.

Leia o texto abaixo.

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Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica, benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”, perguntam os mais preocupados.

Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve ocupar.Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da criatividade

linguística de um povo.Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte

poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico dessa linguagem.

Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não. Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.

Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.

E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.

Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria, bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090264C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 67

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NÍVEL 6 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.

C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.

C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e em

reportagens.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas repor-

tagens.

C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-

las, contos, crônicas, fragmentos de romances, artigos de opinião e reportagens.

C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em

letras de música.

C Inferir informações em fragmentos de romances.

C Interpretar efeito de humor em piadas, contos e em crônicas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor e

ironia em tirinhas, anedotas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.

C Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas, fragmentos de romances e o

sentido de palavra em cartas de leitor.

C Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos.

C Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de

romances.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e

artigos.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.

68 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes distin-

guirem, no texto, um fato de uma opinião. Para a reali-

zação dessa tarefa, foi utilizado como suporte um frag-

mento de uma reportagem, cuja temática diz respeito à

utilização da alga verde na produção de energia elétrica.

Nesse caso, foi solicitado que os respondentes identi-

ficassem o trecho que expressa uma opinião do autor.

Desse modo, aqueles que reconheceram o advérbio e

o adjetivo como marcas de opinião presente no trecho

“Normalmente, elas não são bem-vindas” marcaram a al-

ternativa A como sendo o gabarito e, portanto, demons-

traram ter desenvolvido essa habilidade.

(P090931ES) O trecho desse texto que apresenta uma opinião do autor em relação ao uso das algas éA) “Normalmente, elas não são bem-vindas em casas ou...”. (ℓ. 1)B) “... arquitetos alemães querem aproveitar esse potencial ...”. (ℓ. 4)C) “... uma miniusina elétrica doméstica gerará gás metano...”. (ℓ. 7-8)D) “Portanto, a usina alimentada pelos micro-organismos opera...”. (ℓ. 12)

Leia o texto abaixo.

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O verde que aqueceAlgas deverão colonizar fachadas de edifícios e fornecer energia elétrica

Normalmente, elas não são bem-vindas em casas ou edifícios, porque, onde as algas proliferam, o material de construção sofre danos. No entanto, elas são muito efi cientes para utilizar a luz solar, a umidade e o dióxido de carbono para o seu próprio crescimento.

Agora, arquitetos alemães querem aproveitar esse potencial e empregar algas como fornecedoras de energia em um moderno prédio de apartamentos. [...]

As algas devem formar biomassa em elementos de celuloide transparente na fachada do edifício para posteriormente serem bombeadas por canalizações até o porão. Ali, uma miniusina elétrica doméstica gerará gás metano a partir da matéria aquosa. Esse gás volátil, rico em energia, tem uma qualidade semelhante ao gás natural e pode ser queimado para gerar aquecimento ambiente, bem como energia elétrica. Nesse processo, a queima libera na atmosfera apenas a quantidade de CO2 que as algas usaram anteriormente para o seu crescimento. Portanto, a usina alimentada pelos micro-organismos opera de modo climaticamente neutro. [...]

Geo. n. 21. Escala. p. 18. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. Fragmento. (P090931ES_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 69

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Avançado9º Ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 300 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar a informação principal em reportagens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.

C Identificar assunto principal em notícia e opinião em contos e cartas de leitor.

C Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência, entre pronomes e seus referentes e entre advérbio

de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em texto

expositivo.

C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, padrão) em reportagens e crônicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.

C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.

C Inferir aspecto comum na comparação de cartas de leitor.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não verbal

e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas e fragmentos de romances.

C Inferir informações e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de diminutivo em crônicas.

70 SAEPI 2016

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de os es-

tudantes realizarem operações de retomada pronominal

ou lexical, identificando repetições ou substituições que

contribuem para a continuidade do texto. Nesse caso,

utilizou-se como suporte para a tarefa uma reportagem.

Para desenvolver essa tarefa, os estudantes deveriam

identificar, no terceiro parágrafo, que o referente do ad-

vérbio de lugar “Ali” é o substantivo “porão”, o lugar para

onde as algas são bombeadas por canalização. Nesse

sentido, aqueles que marcaram a alternativa D demons-

traram ser capazes de realizar operações de retomada

lexical.

(P090935ES) No trecho “Ali, uma miniusina elétrica doméstica...” (ℓ. 7-8), o termo destacado refere-se aA) apartamento.B) atmosfera.C) fachada.D) porão.

Leia o texto abaixo.

5

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O verde que aqueceAlgas deverão colonizar fachadas de edifícios e fornecer energia elétrica

Normalmente, elas não são bem-vindas em casas ou edifícios, porque, onde as algas proliferam, o material de construção sofre danos. No entanto, elas são muito efi cientes para utilizar a luz solar, a umidade e o dióxido de carbono para o seu próprio crescimento.

Agora, arquitetos alemães querem aproveitar esse potencial e empregar algas como fornecedoras de energia em um moderno prédio de apartamentos. [...]

As algas devem formar biomassa em elementos de celuloide transparente na fachada do edifício para posteriormente serem bombeadas por canalizações até o porão. Ali, uma miniusina elétrica doméstica gerará gás metano a partir da matéria aquosa. Esse gás volátil, rico em energia, tem uma qualidade semelhante ao gás natural e pode ser queimado para gerar aquecimento ambiente, bem como energia elétrica. Nesse processo, a queima libera na atmosfera apenas a quantidade de CO2 que as algas usaram anteriormente para o seu crescimento. Portanto, a usina alimentada pelos micro-organismos opera de modo climaticamente neutro. [...]

Geo. n. 21. Escala. p. 18. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca. Fragmento. (P090931ES_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 71

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NÍVEL 8 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.

C Identificar argumento em reportagens e crônicas.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de va-

riantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romances.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos e cordéis.

C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos

em poemas e fragmentos de romances.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e crônicas.

C Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas de leitor.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

C Reconhecer a finalidade de textos informativos com linguagem científica.

C Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião.

C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação.

72 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identi-

ficarem as marcas linguísticas que evidenciam o locutor

e o interlocutor de um texto. Para a realização dessa ta-

refa, o suporte apresenta uma notícia do jornal A Gazeta,

cuja temática diz respeito à digitalização de 250 mil livros

realizada por meio de uma parceria entre uma biblioteca

Britânica e o Google.

Nesse item, o comando solicita a identificação do tipo

de linguagem utilizada na notícia apresentada. Para isso,

é necessário que os estudantes façam uma leitura global

do texto para identificarem qual a linguagem predomi-

nante.

Desse modo, os estudantes que marcaram a alterna-

tiva B – o gabarito – satisfizeram a proposta do item, pois

conseguiram diferençar a variedade formal das demais

variedades linguísticas.

(P090597C2) A linguagem usada nesse texto éA) científica.B) formal.C) jurídica.D) literária.

Leia o texto abaixo.

Biblioteca Britânica e o Google vão digitalizar 250 mil livros de acervo

A Biblioteca Britânica e o Google anunciaram nesta semana uma parceria para digitalizar 250 mil livros do acervo da biblioteca. Os artigos que serão digitalizados não possuem restrições relativas a direitos autorais. Os títulos abrangem um total de 40 milhões de páginas datadas de 1700 a 1870. Entre os primeiros itens a serem digitalizados estão panfletos feministas a respeito da rainha Maria Antonieta, de 1791, um documento sobre o primeiro submarino movido por um motor de combustão, de 1858, e um texto que oferece um relato detalhado de um hipopótamo empalhado do príncipe de Orange, de 1775. Uma vez digitalizados, os textos poderão ser consultados na íntegra, baixados e lidos por meio do programa Google Books.

A GAZETA, 22 jun. 2011. (P090597C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 73

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NÍVEL 9 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas e

artigos de opinião.

C Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas da linguagem informal em trechos de

reportagens, contos e crônicas.

C Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas,

crônicas, poemas e reportagens.

C Inferir o sentido de palavra em reportagens.

74 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-

conhecerem relações lógico-discursivas marcadas

por conectivos em orações subordinativas presentes

no texto. Nesse caso, essa relação é marcada pela

conjunção concessiva “apesar de”.

Para esse item, utilizou-se como suporte uma re-

portagem do site “Ciência Hoje” intitulada “O segre-

do do baiacu”, que, mesmo abordando tema cien-

tífico, tem uma linguagem simples e acessível. Os

respondentes precisaram, para a realização dessa ta-

refa, reconhecer a relação semântica entre a conjun-

ção destacada no comando e as orações principal

e subordinada. Dessa forma, os respondentes que

marcaram a alternativa C, o gabarito, conseguiram

identificar a relação semântica de concessão estabe-

lecida pela conjunção em destaque.

(P090398H6) Nesse texto, no trecho “Apesar de famoso, esse não é o único mecanismo de defesa dos baia-cus:...” (ℓ. 14), a expressão em destaque estabelece uma relação deA) causa.B) comparação.C) concessão.D) conformidade.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

O segredo do baiacu

Entre as curiosas criaturas que habitam o fundo do mar, tenho uma curiosidade especial pelo baiacu. Em um minuto, o pequenino peixe está nadando tranquilamente e no outro… Puf! Enche-se de água, assumindo uma forma bem maior e arredondada – o que funciona como uma bela estratégia de proteção, já que dificulta que ele seja comido por predadores. Mas como será que isso acontece?

Para descobrir, os biólogos Renata Mari, do campus do Litoral Paulista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecilia, estudaram duas espécies do peixe em São Vicente, São Paulo: o baiacu-de-espinho e o baiacu-pintado. Eles descreveram o sistema digestório dos animais para entender melhor sua já conhecida relação com o curioso mecanismo de defesa dos bichos.

“Nossas observações mostraram a existência de um tipo de bolsinha na região final do esôfago desses peixes, que pode ser enchida de água quando eles se sentem ameaçados, permitindo que aumentem de tamanho”, explica.

Apesar de famoso, esse não é o único mecanismo de defesa dos baiacus: algumas espécies possuem espinhos e até um veneno bem tóxico. “Geralmente, quanto menor é a espécie, mais veneno o baiacu tem, pois não consegue inflar tanto seu corpo e precisa se defender de outra forma”, conta Renata.

Mesmo sendo venenoso, o baiacu faz parte da alimentação humana e é, inclusive, uma iguaria muito requintada em algumas culturas. Para comê-lo, é preciso limpar muito bem o peixe e retirar todo o veneno. No entanto, Renata explica que, futuramente, pode ser que a substância não seja descartada. “Já existem estudos que avaliam o uso do veneno como analgésico e para controlar dependências químicas”, completa.

Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-segredo-do-baiacu/>. Acesso em: 29 jul. 2014. Fragmento. (P090394H6_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 75

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 375 PONTOS

C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas.

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas e em contos.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas.

C Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses.

C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima em poemas.

76 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferi-

rem o efeito de sentido causado pelo uso da rima como

recurso estilístico em poemas. Para a construção do item,

utilizou-se como suporte um poema de Manuel Bandeira

cujo título é “A Estrela”, que possui uma linguagem sim-

ples e adequada à etapa, porém requer dos estudantes

uma leitura atenta, uma vez que precisam perceber as

semelhanças sonoras que aparecem nos versos selecio-

nados no comando.

Os estudantes que marcaram a alternativa C, o gaba-

rito, conseguiram reconhecer a rima, presente na termi-

nação das palavras “fria” e “vazia”, como recurso estilístico

no poema.

(P070100F5) Nesse texto, os versos “Vi uma estrela tão fria!/ Na minha vida vazia.” (v. 2 e 4) foram construídos comA) comparação entre duas situações.B) ideias com sentidos contrários.C) palavras com sons finais semelhantes.D) palavras que indicam deboche.

Leia o texto abaixo.

5

10

A Estrela

Vi uma estrela tão alta,Vi uma estrela tão fria!Vi uma estrela luzindoNa minha vida vazia. [...]

Era uma estrela sozinhaLuzindo no fim do dia.

Por que da sua distânciaPara a minha companhiaNão baixava aquela estrela?Por que tão alto luzia?

E ouvi-a na sombra fundaResponder que assim faziaPara dar uma esperançaMais triste ao fim do meu dia.

BANDEIRA, Manuel. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/>. Acesso em: 12 mar. 2013. Fragmento. (P070100F5_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 77

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Abaixo do BásicoEnsino Médio

ATÉ 225 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônicas e em fragmentos de

romances.

C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-

truções de jogo.

C Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação.

C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal.

C Reconhecer a finalidade de cartazes.

78 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o objetivo

comunicativo de um cartaz. Nesse caso, o texto que serve de suporte ao

item é um cartaz que trata da doação do leite materno.

Para chegar ao gabarito, os estudantes deveriam perceber as esco-

lhas lexicais, o formato e a disposição gráfica do texto e as informações

apresentadas, para concluir que se trata da divulgação de uma campanha.

Nesse sentido, a escolha pela alternativa E sugere que esses estudantes

procederam corretamente à leitura do texto, identificando a intencionali-

dade comunicativa.

(P120128F5) O objetivo desse texto éA) criticar comportamentos.B) descrever um procedimento. C) expressar uma opinião.D) noticiar acontecimentos. E) promover uma campanha.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=3284>.

Acesso em: 15 out. 2013. (P120125F5_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 79

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NÍVEL 2 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmento de um romance.

C Inferir características de personagem em fábulas e ação de personagem em crônicas.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.

C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música.

C Identificar o assunto principal em reportagens.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre

expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito do uso de notação na fala de personagem em tirinhas.

C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piada e o fato que gera humor em uma história em

quadrinhos.

C Identificar o público-alvo de um cartaz.

80 SAEPI 2016

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Nesse item, para avaliar a habilidade de identificar as marcas lin-

guísticas que evidenciam o interlocutor de um texto, foi utilizado,

como suporte, um cartaz que incentiva a doação de leite materno.

Para a identificação da campanha que o cartaz apresenta, os res-

pondentes deveriam atentar para a imagem e o texto verbal. A partir

dessa articulação, era necessário inferir o público que poderia parti-

cipar dessa doação, que, neste caso, são as mães de bebês. Dessa

forma, os estudantes que marcaram a alternativa E, o gabarito, desen-

volveram a habilidade em questão.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=3284>.

Acesso em: 15 out. 2013. (P120125F5_SUP)

(P120125F5) Esse texto é direcionado A) aos médicos.B) aos pais de família.C) aos profissionais da educação.D) às crianças pequenas.E) às mães que amamentam.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 81

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BásicoEnsino Médio

DE 225 A 275 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Localizar informações explícitas em fragmentos de romances, crônicas e textos didáticos.

C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.

C Identificar elementos da narrativa em histórias em quadrinhos.

C Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em poe-

mas, charges, fragmentos de romances e em anedotas.

C Inferir o sentido de palavra em letras de música e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência em lendas e fábulas.

C Inferir características de personagens em lendas e fábulas e inferir sentimento expresso pelo narrador

em contos.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

C Inferir causa da ação de um personagem em tirinhas.

C Reconhecer o objetivo comunicativo de reportagens.

C Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas e entre textos jornalís-

ticos e charges.

82 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-

conhecerem diferentes formas de tratar um tema na

comparação entre dois textos. Como suporte foram

utilizados uma reportagem e uma charge, que apre-

sentam informações acerca da poluição nas areias

das praias.

Assim, era necessário que os estudantes obser-

vassem, no Texto 1, o título, que apresenta a temá-

tica que será discutida no texto e as informações

apresentadas em toda extensão textual.

Já no Texto 2, era importante que os estudantes

compreendessem a crítica estabelecida, uma vez

que há a imagem de uma onda em forma de areia

mais escura, mostrando a poluição, o que provoca a

reflexão do leitor sobre a importância de não poluir a

praia. A associação entre esses dois textos incide jus-

tamente sobre a alternativa B “a poluição encontrada

nas areias das praias”. Dessa forma, os estudantes

que marcaram o gabarito, provavelmente, desenvol-

veram a habilidade avaliada.

(P100105E4) Qual é a informação comum a esses textos?A) A origem da contaminação das areias da praia.B) A poluição encontrada nas areias das praias.C) A qualidade da água do mar no litoral de São Paulo.D) Os benefícios da prática de esportes aquáticos.E) Os riscos de praticar o surfe em mar agitado.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

Areia é mais suja do que a água no litoral de São Paulo

A qualidade do mar das praias do litoral de São Paulo vem melhorando, aponta estudo da Cetesb (Agência Ambiental do Estado). Mas não adianta fugir da água e ficar na areia para tentar se ver livre de micro-organismos que provocam doenças.

Levantamento realizado no ano passado em oito praias do litoral norte e da Baixada Santista inclui testes também na areia, que foi “reprovada” em todos. [...]

A contaminação da areia tem origem na própria água do mar, nos rios e córregos que desembocam na orla, no lixo e na chuva que lava as ruas e chega às praias.

A Cetesb escolheu para o estudo praias muito frequentadas, como Pitangueiras (Guarujá), muito sujas, como Gonzaguinha (São Vicente), e também mais distantes da cidade e limpas, caso do Sino, em Ilhabela e do Tenório, em Ubatuba.

Embora não exista um padrão máximo de coliformes na areia, em todos os testes a água tinha menores concentrações de microrganismos nocivos.

Segundo Claudia Lamparelli, do setor de águas litorâneas da Cetesb, a areia seca fica mais suja do que a úmida porque, onde o mar avança sobre a praia, existe uma lavagem natural.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/776005-areia-e-mais-suja-do-que-a-agua-no-litoral-de-sao-paulo.shtml>. Acesso em: 26 out. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

Texto 2

Disponível em: <http://enquantoeuisso.blogspot.com.br/2010/07/o-rio-de-janeiro-lindo-praia-suja.html>. Acesso em: 1 ago. 2012.

(P100105E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 83

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NÍVEL 4 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e em reportagens.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas e o narrado em primeira pessoa

em fragmentos de romances.

C Reconhecer a finalidade de abaixo-assinados e verbetes.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em frag-

mentos de romances, contos, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de ro-

mances.

C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.

C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não verbais

em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.

C Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras de

música e crônicas.

C Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas

linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente em

artigos e reportagens.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.

C Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas e em reportagens.

C Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas.

84 SAEPI 2016

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de os

estudantes reconhecerem relações entre partes de um

texto, identificando repetições ou substituições que con-

tribuem para sua continuidade. Nesse caso, utilizou-se

como suporte para a tarefa uma crônica que narra as be-

lezas contempladas pelos olhos de Rubem Alves.

Para identificar o gabarito desse item, os estudantes

deveriam retomar anaforicamente o pronome pessoal

do caso reto de terceira pessoa “ele”, retornando ao tex-

to e localizando, no segundo parágrafo, seu referente,

“olhos”. Nesse sentido, aqueles estudantes que marcaram

a alternativa E demonstraram ter sido capazes de realizar

a operação de retomada pronominal proposta pelo item.

(P120235RJ) No trecho “Para eles o mundo é assombroso.” (ℓ. 9-10), o pronome destacado retomaA) livros infantis.B) ipês-amarelos.C) amores.D) cães.E) olhos.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Os ipês-amarelos

Uma professora me contou esta coisa deliciosa. Um inspetor visitava uma escola. Numa sala ele viu, colados nas paredes, trabalhos dos alunos acerca de alguns dos meus livros infantis. Como que num desafi o, ele perguntou à criançada: “E quem é Rubem Alves?”. Um menininho respondeu: “O Rubem Alves é um homem que gosta de ipês-amarelos...”. A resposta do menininho me deu grande felicidade. Ele sabia das coisas. As pessoas são aquilo que elas amam.

Mas o menininho não sabia que sou um homem de muitos amores... Amo os ipês, mas amo também caminhar sozinho. Muitas pessoas levam seus cães a passear. Eu levo meus olhos a passear. E como eles gostam! Encantam-se com tudo. Para eles o mundo é assombroso. Gosto também de banho de cachoeira (no verão...), da sensação do vento na cara, do barulho das folhas dos eucaliptos, do cheiro das magnólias, de música clássica, de canto gregoriano, do som metálico da viola, de poesia, de olhar as estrelas, de cachorro, das pinturas de Vermeer (o pintor do fi lme “Moça com Brinco de Pérola”), de Monet... [...]

Diz Alberto Caeiro que o mundo é para ser visto, e não para pensarmos nele. Nos poemas bíblicos da criação, está relatado que Deus, ao fi m de cada dia de trabalho, sorria ao contemplar o mundo que estava criando: tudo era muito bonito. Os olhos são a porta pela qual a beleza entra na alma. Meus olhos se espantam com tudo que veem. [...]

Vejo e quero que os outros vejam comigo. Por isso escrevo. Faço fotografi as com palavras.ALVES, Rubem. Disponível em: <http://www.stellabortoni.com.br/index>. Acesso em: 23 maio 2011. Fragmento. (P120234RJ_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 85

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AdequadoEnsino Médio

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Localizar informações explícitas em artigos

de opinião e crônicas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa

em fábulas e contos.

C Identificar a finalidade de relatórios científi-

cos.

C Determinar informação comum entre um ar-

tigo de opinião e uma tirinha.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mes-

mo assunto em reportagens, contos e en-

quetes.

C Reconhecer opiniões divergentes sobre o

mesmo tema em diferentes textos.

C Distinguir o trecho que apresenta opinião do

narrador em crônicas.

C Reconhecer relações de sentido marcadas

por conjunções, a relação de causa e conse-

quência e entre pronomes e seus referentes

em fragmentos de romances, fábulas, crôni-

cas, artigos de opinião, reportagens e entre-

vistas.

C Reconhecer o sentido de expressão e de va-

riantes linguísticas em letras de música, tiri-

nhas, poemas e fragmentos de romances.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos,

letras de música, editoriais, reportagens, crô-

nicas, artigos, em resenhas e em entrevistas.

C Reconhecer o tema de uma crônica e assun-

to em reportagem.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem ver-

bal e não verbal em charges e histórias em

quadrinhos.

C Inferir informações em fragmentos de ro-

mances e ação de personagem em histórias

em quadrinhos e em tirinhas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação e

da polissemia como recurso para estabele-

cer humor ou ironia em tirinhas, anedotas e

contos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido

pelo uso de recursos morfossintáticos em

contos, artigos, crônicas e em romances.

C Inferir informação e o efeito de sentido pro-

duzido por expressão em reportagens e tiri-

nhas.

C Reconhecer variantes linguísticas em artigos.

DE 275 A 325 PONTOS

86 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma informa-

ção que está explícita na superfície textual. Como suporte para a tarefa foi

utilizado um artigo de opinião que discorre sobre o armazenamento das lem-

branças no cérebro a partir de um experimento do americano Gordon Bell,

pesquisador da Microsoft.

Para satisfazer a proposta do item, os respondentes deveriam localizar, no

segundo parágrafo do texto, a comparação que o autor fez entre os neurô-

nios e uma trupe de atores. Os estudantes ainda poderiam se orientar pela

forma como o autor fez tal comparação, colocando a palavra “neurônios”

entre parênteses. Nesse sentido, aqueles que marcaram a alternativa E – o

gabarito – demonstraram ser capazes de localizar informações explícitas em

textos informativos.

(P100039E4) Nesse texto, o autor compara os neurônios aA) um computador. B) um gravador. C) um sistema pessoal. D) uma microcâmera.E) uma trupe de atores.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

Backup de lembranças

O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como fi nalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.

Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores fi car doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.

Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 87

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NÍVEL 6 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar informações explícitas em infográfi-

cos, reportagens, crônicas e artigos.

C Localizar a informação principal em reporta-

gens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notí-

cias, reportagens e resenhas.

C Identificar a finalidade e a informação princi-

pal em notícias.

C Reconhecer características da linguagem

(científica, jornalística etc.) em reportagens, e

marcas da oralidade em entrevistas.

C Reconhecer variantes linguísticas em contos,

notícias, reportagens e crônicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crô-

nicas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em no-

tícias, artigos de opinião e fragmentos de ro-

mances.

C Identificar o argumento em contos.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em

textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notí-

cias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de

palavras, de expressões, de linguagem ver-

bal e não verbal e de pontuação em charges,

tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de ro-

mances e em artigos de opinião.

C Inferir informação, sentido de expressão e o

efeito de sentido decorrente da escolha de

expressão e do uso de recursos morfossintá-

ticos em crônicas.

C Inferir o sentido decorrente do uso de recur-

sos gráficos em poemas.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem ver-

bal e não verbal e o efeito de humor em ti-

rinhas.

C Inferir informação a respeito de personagem

em tirinhas.

C Reconhecer a relação entre os pronomes e

seus referentes em contos.

C Reconhecer elementos da narrativa em con-

tos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido

pelo uso de recursos morfossintáticos e pelo

uso de recurso estilístico da antítese em poe-

mas.

C Reconhecer ideia comum e opiniões diver-

gentes sobre o mesmo tema na comparação

entre diferentes textos.

C Reconhecer ironia e efeito de humor em crô-

nicas e entrevistas.

C Reconhecer a relação de causa e conse-

quência em piadas e fragmentos de roman-

ces.

C Comparar poemas que abordem o mesmo

tema.

C Diferenciar fato de opinião em contos, arti-

gos, reportagens e em crônicas.

C Diferenciar tese de argumentos em artigos,

entrevistas e crônicas e reconhecer um argu-

mento utilizado para defender uma ideia em

entrevista.

88 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de distinguir fato de

uma opinião entre fragmentos de um texto. Para

isso, os estudantes devem ser capazes de identifi-

car marcas de posicionamento, nas quais o locutor

deixa transparecer sua opinião, em contraposição

aos trechos que configuram fatos, os quais não ex-

pressam juízos de valor ou julgamentos. Para avaliar

essa habilidade, o suporte utilizado foi um artigo de

opinião que discorre sobre como escapar do esque-

cimento biológico utilizando novas tecnologias de

comunicação e informação.

Nesse item, o estudante deveria, após realizar

uma leitura global do texto, reconhecer que, além

de descrever o estudo de um pesquisador, o autor

apresenta um ponto de vista acerca do estudo apre-

sentado.

Portanto, os estudantes que demarcaram a alter-

nativa C, o gabarito, demonstraram ter reconhecido,

no trecho “... a cabeça é um dos piores lugares para

se guardar uma memória...”, o traço da subjetividade

expressa por “piores”.

(P100038E4) Nesse texto, sobre o armazenamento da memória, há uma opinião em:A) “... ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida.”. (ℓ. 6)B) “... o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado...”. (ℓ. 8-9)C) “... a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória...”. (ℓ. 13-14)D) “... nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores...”. (ℓ. 15-16)E) “... ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos,...”. (ℓ. 18-19)

Leia o texto abaixo.

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15

20

Backup de lembranças

O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como fi nalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.

Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores fi car doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.

Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 89

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AvançadoEnsino Médio

ACIMA DE 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Localizar informação explícita em resenhas.

C Identificar ideia principal e elementos da nar-

rativa em reportagens e crônicas.

C Identificar a informação principal em repor-

tagens.

C Identificar argumento em reportagens e crô-

nicas e o trecho que comprova a tese defen-

dida em artigos de opinião.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição

de expressões e palavras, do uso de pontua-

ção, de variantes linguísticas e de figuras de

linguagem em poemas, contos, fragmentos

de romances e artigos.

C Reconhecer variantes linguísticas e o efeito

de sentido de recursos gráficos em crônicas,

artigos e letras de música.

C Inferir o efeito do uso das aspas em crônicas.

C Reconhecer a relação de causa e conse-

quência em contos.

C Reconhecer a relação de causa e conse-

quência e relações de sentido marcadas por

conjunções em reportagens, artigos, ensaios,

crônicas, contos, cordéis e em poemas.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas

de leitor que abordam o mesmo tema.

C Reconhecer o tema comum entre textos de

gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente

do uso de figuras de linguagem e de recursos

gráficos em poemas e fragmentos de roman-

ces.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, repor-

tagens e resenhas.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem ver-

bal e não verbal em tirinhas.

C Identificar elementos da narrativa e a relação

entre argumento e ideia central em crônicas.

C Reconhecer o gênero reportagem e a finali-

dade de propagandas e de entrevistas.

C Reconhecer o tema em poemas.

C Inferir o sentido de palavras e expressões em

piadas e letras de música.

C Inferir informação em artigos.

C Inferir o sentido de expressão em fragmentos

de romances.

C Recuperar o referente do pronome demons-

trativo “lá” em reportagens e o trecho reto-

mado por pronome demonstrativo em crô-

nicas.

90 SAEPI 2016

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A habilidade avaliada por esse item diz respeito

ao reconhecimento do efeito de sentido decorren-

te de pontuação e de outras notações. Nesse caso,

utilizou-se como suporte um artigo de opinião, em

que é comum a presença dos sinais de exclamação,

parênteses, assim como de outras notações, para

marcar sentimentos, expressões e opiniões do autor.

Para satisfazer à proposta do item, era preciso

que os estudantes compreendessem o artigo para,

então, perceberem que os parênteses presentes no

trecho marcam um comentário do autor sobre o de-

sempenho da direção do filme, através da presença

do advérbio de intensidade “muito”, colocado entre

parênteses.

Nesse sentido, os estudantes que marcaram a al-

ternativa D, o gabarito, desenvolveram a habilidade

no tocante ao uso dessa pontuação.

(P100126E4) No trecho “... para que não pensemos (muito) nos tropeços narrativos.” (ℓ. 20-21), os parênteses foram utilizados para A) apresentar uma explicação.B) dar uma exemplifi cação.C) indicar uma informação bibliográfi ca. D) marcar um comentário do autor.E) retomar um assunto discutido.

Leia o texto abaixo.

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20

25

MIB³ – Homens de Preto 3

Eis uma aposta arriscada: reconvocar os Homens de Preto, quase uma década depois da decepcionante continuação que afundou a franquia, para, com um dos orçamentos mais inflados da história do cinema [...], recuperar o charme excêntrico e empolgante do original de 97. Passaram-se 15 anos deste, e Will Smith e Tommy Lee Jones retornam como os agentes J e K. Pensando friamente, é um prognóstico desanimador, mas MIB³ – Homens de Preto 3 é um exemplar bem-sucedido da retomada da inventividade e da satisfatória dinâmica dos protagonistas, as qualidades que conquistaram o público (e a mim) muitos anos atrás. [...]

Apesar do longo hiato, a narrativa mantém intactos os melhores elementos do original, como a postura carrancuda de K, insensivelmente divertida no discurso de morte de Zed, e a boa química entre a dupla de agentes. Reproduzindo criativamente um salto no tempo, embora os efeitos especiais deixem a desejar, o filme acerta no casting do interessante Josh Brolin, que reproduz fielmente a entonação da voz texana de Tommy Lee Jones e os maneirismos de sua atuação [...].

No entanto, é impossível ignorar os enormes e grosseiros furos narrativos causados por um roteirista claramente incapaz de lidar com o conceito de viagem no tempo. Sem entregar spoilers, apenas J estar na Agência e se recordar de K revela um paradoxo sem solução, pois este supostamente morreu em 69 e não poderia tê-lo recrutado, e culpar fratura temporal e achocolatado (!) é desculpa de roteirista preguiçoso. [...]

Entretanto, a direção de Barry Sonnenfeld é suficientemente ágil para que não pensemos (muito) nos tropeços narrativos. Dosando o humor, ação e drama adequadamente [...], o cineasta desenvolveu uma aventura descompromissada [...].

Embora improvável que a aposta dos produtores tenha resultados além do morno, Homens de Preto 3 é bom o bastante para “neuralizar” o desastre do último episódio e manter uma lembrança agradável de J, K e esta inusitada agência secreta.

SALLEM, Márcio. Disponível em: <http://www.cinemacomcritica.com.br/2012/05/mib-homens-de-preto-3.html>. Acesso em: 18 out. 2012. Fragmento. (P100120E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 91

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NÍVEL 8 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas e

artigos de opinião.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música.

C Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.

C Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre diferentes textos.

C Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.

C Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.

C Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.

C Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances.

C Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar marca-

da por adjunto adverbial de lugar em resenhas.

C Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas.

C Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas e fragmentos

de romances.

C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.

C Inferir característica do eu lírico em letras de música.

92 SAEPI 2016

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A habilidade avaliada por esse item é a de reco-

nhecer efeitos de humor em um texto verbal. Essa

competência está associada à quebra da expectati-

va criada pelo leitor, a qual se encontra, geralmente,

presente no final do texto.

O suporte utilizado, um conto, narra uma histó-

ria que possui final engraçado. Sua escrita apresenta

uma linguagem simples, o que colabora para a iden-

tificação do humor.

Para chegar ao gabarito, os estudantes deveriam

perceber que a tartaruga menor estava desconfiada

de que suas companheiras não iriam esperá-la para

começarem a comer e, por isso, escondeu-se atrás

de uma árvore para comprovar sua hipótese e não

foi buscar o abridor.

Os estudantes que escolheram a alternativa E

conseguiram inferir que o humor do texto está no

fato de, após tanto tempo, a tartaruga não ter ido

buscar o abridor de latas.

(P100092E4) Um trecho que provoca humor nesse texto é:A) “... chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável...”. (ℓ. 6-7)B) “... elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.”. (ℓ. 8-9)C) “... chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor...”. (ℓ. 9-10)D) “... só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.”. (ℓ. 11-12)E) “... eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fi quei escondida atrás da árvore.”. (ℓ. 20-21)

Leia o texto abaixo.

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O abridor de latas

Vinte e oito anos depois do começo desta história, a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:– Que tal se fi zéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia desta vida?– Formidável – disse a tartaruguinha mais nova 12 anos depois – Vamos fazer um piquenique?Vinte e cinco anos depois, as tartarugas decidiram realizar o piquenique. Quarenta

anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinhas e várias dúzias de refrigerantes, elas partiram. Oitenta anos depois, chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um piquenique. [...]

Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas. Discutiram e, ao fi m de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.

– Está bem – concordou a tartaruguinha três anos depois – mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.

Dois anos depois, as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão, nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.

Passaram-se cinquenta anos e a tartaruguinha não apareceu. [...]– Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente

quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:

– Ah – murmurou ela – eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fi quei escondida atrás da árvore. Agora eu não vou mais buscar o abridor, pronto!

FERNANDES, Millôr. Circo de palavras. In: Para gostar de ler, v. 42. São Paulo: Ática, 2007. Fragmento. (P100090E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 93

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NÍVEL 9 /// DE 375 A 400 PONTOS

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas.

C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crônicas

e artigos de opinião.

C Inferir o assunto tratado em artigos de opinião.

C Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romances.

C identificar ironia e tema em poemas e artigos.

C Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.

C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de

romances.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e fragmentos de romances.

C Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica

caracterizadora de personagem em fragmentos de romances.

C Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas.

C Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.

C Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.

94 SAEPI 2016

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes

identificarem os argumentos que sustentam a tese

de um texto. Nesse caso, foi usado como suporte

um artigo de opinião sobre o filme “MIB³ – Homens

de preto 3”, no qual o autor sustenta a tese de que o

filme foi bem sucedido, apesar de o seu antecessor

não ter apresentado um bom desempenho.

Para isso, era preciso analisar as alternativas apre-

sentadas no item e perceber que a alternativa C, o

gabarito, expressa uma informação que vai ao en-

contro da tese já explicitada no comando do item,

ou seja, o autor usa como argumento o fato de o

filme “MIB³ – Homens de preto 3” manter os elemen-

tos da narrativa que deram certo no longa original.

Esse percurso cognitivo demonstra o desenvolvi-

mento da habilidade avaliada.

(P100120E4) Nesse texto, sobre a tese de que o filme Homens de Preto 3 é bem-sucedido, há um argumento em:A) “... com um dos orçamentos mais inflados da história do cinema...”. (ℓ. 2-3)B) “... Will Smith e Tommy Lee Jones retornam...”. (ℓ. 4)C) “... a narrativa mantém intactos os melhores elementos do original...”. (ℓ. 9)D) “... embora os efeitos especiais deixem a desejar...”. (ℓ. 12)E) “... é impossível ignorar os enormes e grosseiros furos narrativos...”. (ℓ. 15)

Leia o texto abaixo.

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MIB³ – Homens de Preto 3

Eis uma aposta arriscada: reconvocar os Homens de Preto, quase uma década depois da decepcionante continuação que afundou a franquia, para, com um dos orçamentos mais inflados da história do cinema [...], recuperar o charme excêntrico e empolgante do original de 97. Passaram-se 15 anos deste, e Will Smith e Tommy Lee Jones retornam como os agentes J e K. Pensando friamente, é um prognóstico desanimador, mas MIB³ – Homens de Preto 3 é um exemplar bem-sucedido da retomada da inventividade e da satisfatória dinâmica dos protagonistas, as qualidades que conquistaram o público (e a mim) muitos anos atrás. [...]

Apesar do longo hiato, a narrativa mantém intactos os melhores elementos do original, como a postura carrancuda de K, insensivelmente divertida no discurso de morte de Zed, e a boa química entre a dupla de agentes. Reproduzindo criativamente um salto no tempo, embora os efeitos especiais deixem a desejar, o filme acerta no casting do interessante Josh Brolin, que reproduz fielmente a entonação da voz texana de Tommy Lee Jones e os maneirismos de sua atuação [...].

No entanto, é impossível ignorar os enormes e grosseiros furos narrativos causados por um roteirista claramente incapaz de lidar com o conceito de viagem no tempo. Sem entregar spoilers, apenas J estar na Agência e se recordar de K revela um paradoxo sem solução, pois este supostamente morreu em 69 e não poderia tê-lo recrutado, e culpar fratura temporal e achocolatado (!) é desculpa de roteirista preguiçoso. [...]

Entretanto, a direção de Barry Sonnenfeld é suficientemente ágil para que não pensemos (muito) nos tropeços narrativos. Dosando o humor, ação e drama adequadamente [...], o cineasta desenvolveu uma aventura descompromissada [...].

Embora improvável que a aposta dos produtores tenha resultados além do morno, Homens de Preto 3 é bom o bastante para “neuralizar” o desastre do último episódio e manter uma lembrança agradável de J, K e esta inusitada agência secreta.

SALLEM, Márcio. Disponível em: <http://www.cinemacomcritica.com.br/2012/05/mib-homens-de-preto-3.html>. Acesso em: 18 out. 2012. Fragmento. (P100120E4_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 95

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 400 PONTOS

C Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em

artigos e letras de música.

C Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romances.

C Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas.

C Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas.

C Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas.

C Reconhecer a finalidade de cartas de leitor.

C Reconhecer o gênero crônica.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em artigos.

96 SAEPI 2016

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A habilidade avaliada nesse item é inferir o sen-

tido de uma palavra ou expressão. Essa habilidade

está associada aos sentidos que são construídos a

partir do contexto em que os vocábulos estão inseri-

dos, podendo estabelecer plurissignificados.

Para realizar a tarefa, o suporte apresenta uma

crônica que narra a evolução da escrita e da comu-

nicação. Para executar essa atividade, o estudante

deveria proceder à leitura do texto e atentar para

o primeiro parágrafo, em que o narrador atribui ao

computador o status de “sonho de consumo” e, em

seguida, faz uso da gradação para comprovar a im-

possibilidade de comprar a máquina, devido ao seu

alto preço, “custavam as mãos, os olhos e a alma”.

Assim, os estudantes que escolheram a alterna-

tiva A – o gabarito – demonstraram compreender o

sentido da expressão em destaque e, portanto, de-

senvolveram essa habilidade.

(P100316C2) A expressão “... custavam as mãos, os olhos e a alma.” (ℓ. 2-3) tem o sentido de A) alto preço.B) conservadorismo.C) grande importância.D) teimosia.E) temor.

Leia o texto abaixo.

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Incrível, espantoso, magnífi co, assustadorNa verdade, o sonho de consumo de todo escritor [...] em início de carreira era um

computador. Mas na época essas máquinas mágicas custavam as mãos, os olhos e a alma. Sendo assim, a máquina elétrica já signifi ca um grande progresso. Ela, a incrível, espantosa, magnífi ca, assustadora Praxis 20 veio no meu aniversário. Ou no Natal. Não lembro bem. [...]

Antigos hábitos custam a desaparecer. Eu continuava escrevendo nos cadernões e só depois que a versão defi nitiva do texto estava pronta eu a digitava. O computador era apenas para “passar a limpo”. Mas quem diz que existem versões defi nitivas neste mundo? Quem escreve sabe disso. Mesmo depois de publicado um livro, o autor continuará revendo seu texto, cortando aqui, aumentando ali, mudando obsessivamente cada detalhe. Foi assim que os antigos contos datilografados também migraram para o “vasto” disco rígido do LC II. Foi assim que os pobres cadernos foram abandonados e os novos textos começaram a ser escritos diretamente no computador. [...]

Então veio a internet e o hiperespaço. E com eles o e-mail, os sítios de busca e os de relacionamento, as revistas e os jornais e os dicionários e as enciclopédias on-line, as livrarias e os sebos virtuais, os podcasts e os broadcasts, os jogos para infi nitos jogadores. E a vasta e tumultuada rede de blogues. Sim, a incrível, espantosa, magnífi ca, assustadora, blogsfera.

OLIVEIRA, Nelson de. Blablablogue. São Paulo: Terracota, 2009. Fragmento. (P100316C2_SUP)

Revista do Professor - Língua Portuguesa 97

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Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEPI 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

projeto político-pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do projeto político-pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

98 SAEPI 2016

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Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SAEPI 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações

curriculares de seu estado:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho pe-

dagógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes

da avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho

em sala de aula.

Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência

da avaliação

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Advérbios e expressões adverbiais /conec-tores:

M Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

2. Coesão textual: M Analisar recursos de coesão referencial e

lexical na construção de um texto: sinô-nimos, repetições etc.

3. Argumentação: M Reconhecer os conectores que contri-

buem para a construção do texto argu-mentativo.

M Reconhecer estratégias de posiciona-mento do autor de um texto.

. . .

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto.

Identificar a tese de um texto.

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

. . .

Revista do Professor - Língua Portuguesa 99

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Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

4

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-

dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteú-

dos considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de

aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor

desenvolvimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

C Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

PLANO DE CURSO

1º Bimestre:

1. Advérbios e expressões adverbiais /conectores:

• Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

1. Coesão textual

• Analisar recursos de coesão referencial e lexical na construção de um texto: sinônimos, repetições etc.

2º Bimestre:

1. Argumentação

• Reconhecer os conectores que contribuem para a construção do texto argumentativo.

• Reconhecer estratégias de posicionamento do autor de um texto.

• ...

100 SAEPI 2016

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AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO SAEPI 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

por etapa e turma

Língua portuguesa – 9º ano EF Turma A5

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 8,5

• Estudante 2: 6,0

• ...

Relatório geral da turma:

• Os estudantes, em sua maioria, identificam a tese de um texto, mas têm dificuldade em localizar os argumentos que a sustentam.

• ...

Relatório por estudante:

• Estudante 1: dificuldade com argumentação/identificação de retomadas com pronomes oblíquos.

• Estudante 2: ...

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

SAEPI

Revista do Professor - Língua Portuguesa 101

5 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como referência o projeto político-pedagógico!

É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SAEPI. As hipóteses levantadas no diagnóstico poderão ajudá-lo nessa tarefa.

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avaliações internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SAEPI 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da Escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO

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Agora é possível elaborar um planejamento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, observando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estudantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acompanhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É importante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada etapa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um plano de ação de acordo com o desempenho dos estudantes. Para isso, utilize o diagnóstico já realizado por você nas Atividades 1 e 2 dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desempenho em que se encontram, os estudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recuperação, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 103

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Para auxiliar os estudantes a desenvolverem a

primeira habilidade indicada, é preciso reforçar o

trabalho com textos que apresentem elementos

de retomada, como sinônimos, pronomes retos,

oblíquos, demonstrativos etc.

De maneira análoga, é necessário oportuni-

zar aos estudantes a percepção das circunstân-

cias presentes em um texto, como causa, con-

sequência, tempo, lugar, dentre várias, por meio

da compreensão do valor de expressões conjun-

tivas, adverbiais etc.

104 SAEPI 2016

Competência:

C Estabelecer relações lógico-discursivas.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições

que contribuem para a continuidade desse texto.

C Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios etc.

EXEMPLO 1

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

ASSEMBLEIA NA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferra-

mentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.

A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo

aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas

voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a ex-

pulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em

atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros

segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o

martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o ser-

rote tomou a palavra e disse:

“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas quali-

dades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentre-

mo-nos em nossos pontos fortes.”

A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial

para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria

pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa

busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com

sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os

sábios!Fonte: (http://metaforas.com.br/assembleia-na-carpintaria)

Professor, além do trabalho com a leitura e a interpretação desse texto, é importante abordar

elementos pertinentes às relações lógico-discursivas. Sugerimos atividades como as seguintes:

a) Na frase: “O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso,

dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.”, o pronome destacado refere-se a qual

termo?

b) “Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.”

Qual é a circunstância expressa na primeira oração deste período? Como você a percebeu?

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

Leia o texto abaixo.

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Backup de lembranças

O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como fi nalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.

Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores fi car doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.

Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)

(P100040E4) Nesse texto, no trecho “Lá, ele consegue checar instantaneamente...” (ℓ. 9-10), a palavra destacada está no lugar de A) microcâmera.B) gravador. C) computador. D) sistema. E) memória.

106 SAEPI 2016

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Leia o texto abaixo.

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Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica, benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”, perguntam os mais preocupados.

Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve ocupar.Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da criatividade

linguística de um povo.Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte

poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico dessa linguagem.

Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não. Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.

Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.

E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.

Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria, bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090264C2_SUP)

(P090267C2) No trecho “... se você limitar sua linguagem à gíria,...” (ℓ. 17), o termo destacado estabelece relação deA) causa.B) concessão. C) condição.D) consequência.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 107

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Competência:

C Distinguir posicionamentos.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Identificar a tese de um texto.

C Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

EXEMPLO 2

A competência “Distinguir posicionamentos”

é uma das que, de modo geral, alcançam per-

centuais de acerto mais baixos, nos testes das

avaliações em larga escala.

Há atividades bastante produtivas para o de-

senvolvimento das duas habilidades relacionadas

– Identificar a tese de um texto e Estabelecer re-

lação entre a tese e os argumentos que a sus-

tentam –, como a indicada no quadro a seguir.

Cabe destacar a importância de perceber a re-

lação entre as atividades desenvolvidas em sala

de aula, de acordo com o planejamento anual,

e as habilidades verificadas nas avaliações exter-

nas: os itens que se seguem à atividade proposta

ilustram essas habilidades.

108 SAEPI 2016

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

SINAIS DA TERRA

O aquecimento global pode parecer demasiado remoto para nos causar preocupação, ou até

mesmo incerto – talvez apenas uma projeção feita pelas mesmas técnicas computacionais que

muitas vezes não acertam nem a previsão do tempo da semana que vem. Num dia gelado de inver-

no, poderíamos achar que alguns graus a mais na temperatura não seria tão mau assim. E os alertas

sobre as mudanças climáticas súbitas podem parecer uma tática radical dos ambientalistas para nos

obrigar a abandonar nosso carro e o conforto do nosso estilo de vida.

Talvez essas ideias nos consolem. Contudo, a Terra de fato tem notícias perturbadoras para

nos dar. Do Alasca aos picos elevados dos Andes, o mundo está se aquecendo – agora mesmo,

e depressa. Em termos globais, a temperatura subiu 0,6° C no último século, mas os lugares mais

frios e remotos se aqueceram mais. O gelo está derretendo; os rios, secando; e os litorais, sofrendo

erosão, ameaçando a vida de muitas comunidades. A flora e a fauna também estão sob pressão.

Não se trata de projeções, mas de fatos concretos. [...]

Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmos-

fera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que

as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.

[...] Na verdade, o que estamos fazendo é pôr mais cobertores em cima do nosso planeta.

Fonte: (APPENSELLER, Tim. Sinais da Terra. National Geographic Brasil, setembro de 2004.)

Como no Exemplo 1, além da leitura e interpretação desse texto, é possível abordar aspectos

relacionados à competência “Distinguir posicionamentos”:

a) Indique qual é a tese que o autor desse texto defende.

b) Relacione dois argumentos utilizados pelo autor para defender sua opinião.

Revista do Professor - Língua Portuguesa 109

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

Leia os textos abaixo.Testes em animais

Texto 1

“Acho que não tem cabimento [fazer experimentos em animais], não importa o bicho! Isso é um absurdo de qualquer jeito! Um animal também sente. E se fosse com você? Minhas amigas compram vários cosméticos, eu também fi cava louca para comprar quando ia à farmácia, mas agora vou pesquisar e só vou comprar marcas que não fazem experimentos em animais. Temos que lembrar que eles não são animais de pelúcia”.

Amália Garcez

Texto 2

“Eles maltratam muito esses animais. Se pelo menos tomassem mais cuidado, tudo bem, por exemplo: evitar usar agulhas, dar remédios mais fracos etc. Cuidem bem dos bichos, eles sentem dor na minha opinião”.

Ralph AssisDisponível em: <http://migre.me/rOGo2>. Acesso em: 14 mar. 2014. (P090326F5_SUP)

(P090700EX) A ideia defendida nesse texto é queA) a gordura deve ser consumida em medidas recomendadas para trazer benefícios à saúde.B) a gordura do leite integral é bastante reduzida em relação ao desnatado e ao semidesnatado.C) os adolescentes devem consumir leite integral para o bom funcionamento do corpo.D) os órgãos vitais necessitam de leite integral para que possam funcionar adequadamente.

Leia o texto abaixo.

Integral ou desnatado?

A nutricionista Ana Beatriz Barrella [...] explica que a diferença entre leite integral, desnatado e semidesnatado está na redução da gordura. Adolescentes devem optar por integral, já que a gordura é um nutriente fundamental para o bom funcionamento do corpo e, se consumida dentro das quantidades recomendadas, desempenha diversas funções, que vão de dar energia a manter a temperatura corporal constante, além de proteger os órgãos vitais do corpo, entre outros benefícios.

Todateen. jan. 2011. Ano 16. n 182, p. 36. Fragmento. (P090700EX_SUP)

(P090327F5) No Texto 1, qual trecho apresenta um argumento utilizado pela autora para defender sua opinião?A) “Isso é um absurdo de qualquer jeito!”.B) “E se fosse com você?”.C) “... eu também fi cava louca para comprar...”.D) “... mas agora vou pesquisar...”.

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PROFESSORrevista do

>>> SAEPI 2016Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

A importância da avaliação para a melhoria da aprendizagem

o programa

O Sistema de Avaliação Educacional do Piauí

os resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 2238-0574