IVAS pediatria

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Faringoamigdalite aguda estreptoccica A faringoamigdalite aguda esptreptococica (FAE) e uma inf ecdo aguda da orofaringe, na maioria das vezes, produzida por um estreptococo beta- hemoltico, o Strepto- coccus pyogenes do grupo A. Acomete com maior freqfncia crianas apos os cinco anos de vida, mas pode ocorrer, ndo raramente, em menores de trfs anos. O perodo de incubado e de dois a cinco dias. O meio mais comum de contbgio e pelo contato direto com o doente, por secreqes respiratorias.

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Faringoamigdalite agudaestreptococica

• A faringoamigdalite aguda esptreptococica (FAE) e uma infeccao aguda da orofaringe, na maioriadas vezes, produzida por um estreptococo beta-hemolitico, o Strepto- coccus pyogenes do grupoA.

• Acomete com maior frequencia criancas apos oscinco anos de vida, mas pode ocorrer, nao raramente, em menores de tres anos.

• O periodo de incubacao e de dois a cinco dias. O meio mais comum de contagio e pelo contatodireto com o doente, por secrecoes respiratorias.

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• Além das complicacoes supurativasprovocadas diretamente pela infeccao, elapode desencadear reacoes nao supurativastardias, como febre reumatica (FR) e glomerulonefrite difusa aguda (GNDA), conforme o tipo de cepa.

• A FR pode ser, em larga extensao, evitada com o uso apropriado de antimicrobianos (AM).

• Entretanto, o tratamento antimicrobianoprecoce de FAE parece nao reduzirsignificativamente o risco de desenvolvimentode GNDA.

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Sinais e sintomas

• O inicio e mais ou menos subito, com febre alta, dor de garganta, prostracao, cefaleia, calafrios, vomitos e dorabdominal.

• Na inspecao da orofaringe, ha congestao inten- sa e aumento de amigdalas, com presenca de exsudatopurulento e petequias no palato. Ainda pode estarpresente adenite cervical bilateral.

• A presenca de exantema aspero, macular e puntiforme, com sensacao de “pele de galinha”, flexurasavermelhadas (sinal de Pastia) e palidez perioral (sinalde Filatov) sao caracteristicas da escarlatina.

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• aumento significativo das amigdalas, linfonodomegaliacervical dolorosa, erupcao escarlatini- forme e ausencia de coriza.

• O diagnostico de certeza de FAE e realizado somenteatraves do exame laboratorial de esfregaco da orofaringe. Contudo, face a dificuldade de confirmação laboratorial, e importante que o médico adote uma conduta praticadiante de uma crianca com queixas de febre e dor de garganta.

• Ao encontrar congestao faringea, aumento significativo do volume amigdaliano (com ou sem exsudato), linfonodomegalia cervical dolorosa e ausencia de corizaesta autorizado a realizar o diagnostico presuntivo de FAE e a dar prosseguimento a conduta adequada.

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O diagnóstico diferencial deve ser feito com:

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Complicacoes

• Abscesso de linfonodo cervical: eritema, edema e flutu- acao.

• Sepse: toxemia e choque. • Choque toxico: toxemia, hipotensao, erupcao cutanea

maculopapular. • Otite media aguda. • Artrite reacional (nao supurativa): durante periodo

agu- do da faringite, surge quadro poliarticular que nao preenche os criterios de Jones para FR aguda.

• Febre reumatica.• Glomerulonefrite estreptococica.

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Tratamento geral

• Repouso no periodo febril.

• Estimular ingestao de liquidos nao acidos e nao gaseificados e de alimentos pastosos, de preferencia frios ou gelados.

• Analgesico e antitermico: acetaminofeno ouibuprofeno.

• Irrigacao da faringe com solucao salinaisotonica morna.

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Tratamento especifico

• Antimicrobianos: encurtam a fase aguda e reduzem complicacoes. Os antibioticos de primeira escolha sao a penicilina G ou a amoxicilina.

• Penicilina G benzatina: garante o tratamento emcasos de suspeita de ma adesao ao tratamento.

Doses:

<27kg: 600.000 U, IM, dose unica.

>27kg: 1.200.000 U, IM, dose unica.

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• Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, VO, 8/8 horas ou12/12 horas, por 10 dias.

• Eritromicina estolato (alergicos a penicilina): 20-40mg/kg/dia, em 2-3 tomadas por dia, por 10 dias.

• Cefalexina: dose: 30mg/kg/dia, 8/8h, por 10 dias.

*Observacao: tetraciclinas e sulfonamidas nao devem ser utilizadas no tratamento de FAE.

Drenagem cirurgica ou puncao aspirativa: podemes- tar indicadas nos casos de abscedacao com flutuacao de linfonodo cervical.

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Laringite viral aguda

• Tambem denominada de crupe viral, estalaringite e uma inflamacao da porcaosubglotica da laringe, que ocorre durante umainfeccao por virus respiratorios.

• A congestao e edema dessa regiao acarretamum grau variavel de obstrucao da via aerea.

• Acomete com maior frequencia lactentes e pre-escolares, com um pico de incidencia aosdois anos de idade

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• A evolucao pode ser um pouco lenta, cominicio do quadro com coriza, febricula e tosse

• Em 24-48 horas acentua-se ocomprometimento da regiao infraglotica, comobstrucao de grau leve a grave e proporcionaldificuldade respiratoria.

• A evolucao natural, na maioria dos casos, e apersistencia do quadro obstrutivo da via aereapor 2-3 dias e regressao no final de cinco dias.

• O virus parainfuenza I e II e o virus sincicialrespiratorio sao os agentes causais maiscomuns. Adenovirus, influenza A e B e virus dosarampo tambem podem estar envolvidos.

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Sinais e sintomas

• Prodromos: coriza, obstrucao nasal, tosse seca efebre baixa.

• Evolucao: tosse rouca, disfonia, afonia ou chororouco e estridor inspiratorio. Em casos deobstrucao mais grave, surge estridor maisintenso, tiragem supra-esternal, batimentos deasa do nariz, estridor expiratorio e agitacao. Noscasos extremos, alem de intensa dispneia eagitacao, surgem palidez, cianose, torpor,convulsoes, apneia e morte.

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Diagnostico diferencial

• Laringite espasmodica (estridulosa): bastante comum. Emgeral, nao ha prodromos de infeccao viral, nem febre.Surgimento de dificuldade respiratoria, de inicio mais oumenos subito, ao final da tarde ou a noite e apos deitar.

• Epiglotite aguda: febre alta, dor ou dificuldade paradeglutir ate a propria saliva (sialorreia), ausencia derouquidao, prostracao e toxemia;

• Mal formacao congenita de via aerea: as mais frequentessao laringomalacia, traqueomalacia e estenose subglotica.Episodios recorrentes de laringites, laringite com duracaosuperior a cinco dias no primeiro ano de vida, ou laringiteaguda em lactentes jovens sugerem a presenca associadade malformacoes congenitas da via aerea;

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• Corpo estranho: historia de episodio inicial desufoca- cao, engasgo, crise de tosse ou cianose.Relato frequente de sintomas com inicio subito;

• Laringotraqueite bacteriana: muitas vezessecundaria a IVAS viral. Ha febre alta, toxemia,refratariedade ao tratamento de suporte;

• Laringoedema alergico: historia de uso demedicacao sistemica ou contato com substancias,inclusive inalatorias, resultando em reacaoanafilatica;

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Exames complementares

• Radiografia de regiao cervical: na laringiteviral, a epiglote e normal e ha diminuicao daluz do segmento subglotico (sinal da ponta dolapis). Corpo estranho so e percebido se forradiopaco.

• Broncoscopia flexivel: nao e indicada emcasos de laringite viral. Nos casos comsuspeita de malformacoes congenitas da viaaerea, sua realizacao e mandatoria.

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• Casos leves: tratamento domiciliar ouambulatorial.

• Alimentacao leve, com pequenas porcoes efrequentes.

• Hidratacao.

• Umidificacao do ambiente (vapor d’agua):medida controversa por falta de evidenciascientificas (estudos sem grupo controle edificil metodo de afericao).

• Manter ambiente calmo em casa.

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• Casos moderados a graves (1% a 5% dos casosnecessitam de atendimento de emergencia):encaminhar para unidade de emergencia pediatricahospitalar.

• Sintomas e sinais de gravidade: suspeita de epiglotite,estridor progressivo, estridor importante em repouso,retracoes toracicas, agitacao, febre alta, toxemia,palidez, cianose ou torpor. Estes dois ultimos sao sinaistardios de insuficiencia respiratoria.

• A idade entre 12 a 24 meses de vida esta associada auma maior taxa de casos graves.

• Corticoide inalatorio: budesonida pode ser umaalternativa a dexametasona. Sua indicacao, no inicio doquadro de laringite, para prevencao de formas graves,ainda nao esta definida.