IWMello

CAMPINAS - SETEMBRO DE 2010 - ANO I - Nº 1

Viver com saúde ebem-estarO Instituto Wilson Mello é um centro muldisciplinar que se dedica ao tratamento, cuidado, prevenção e estudo dos problemas do aparelho locomotor. Página 2

Nova abordagemda fisioterapia

para problemas de coluna

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O que você precisasaber sobre

atividade física e emagrecimento

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Wellness 2 setembro de 2010

Centro de Fitness & Wellness

Oferece um conceito de atividade física voltada para qualidade de vida e promoção de saúde: atividade física com baixissimo índice de lesões musculo-esqueléticas. É um complemento da unidade de fisioterapia avançada e atende ao público em geral.

Clínica de Ortopedia e Traumatologia

É a âncora do negócio como um todo, com uma equipe médica altamente especializada, com reputação de competência reconhecida, 28 mil pacientes cadastrados e projeção regional e nacional.

INSTITUTO WILSON MELLO

Um projeto de atendimento Integral

do Aparelho Locomotor

A prática de todas as atividades ligadas à área de saúde - medicina, fisioterapia e

atividade física - sempre segue um roteiro conhecido: o início da vida profissional com todos os seus desafios, as mudanças de rumo ao longo da vida, como evoluir e quando parar com a atividade profissional.

Para que o profissional possa evoluir é necessário um planejamento das mudanças que serão necessárias ao longo da vida, encontrar as pessoas certas que congreguem os mesmos ideais e objetivos, pessoas motivadas em oferecer “serviços de alta qualidade”, interessadas no crescimento profissional e científico, inseridas na comunidade em que vivem e que entendem que ensinar faz

parte de sua missão.

Esta foi a semente que deu unício à um centro de atividades focadas em saúde e qualidade de vida na área do aparelho locomotor, inicialmente chamado de Centro de Qualidade de Vida, nome depois mudado para Instituto Wilson Mello. Procuramos estabelecer um modelo de negócios para congregar os interesses de todas as áreas de atuação e oferecer oportunidade de crescimento profissional e científico a todos os envolvidos.

No meu caso, os objetivos profissionais são manter uma prática de medicina eficiente e motivadora, compartilhar minha experiência e conhecimento, criar um ambiente estimulante

Centro Avançado de Fisioterapia Esportiva

Atendimentos personalizados e individualizados realizados somente por fisioterapeutas pós-graduados, grande integração com médicos e educadores físicos, formando uma equipe multidisciplinar completa. É a unidade coletora de dados para realização de pesquisas clínicas do núcleo de estudos do Instituto Wilson Mello. Utiliza um conceito de fisioterapia moderna, em estrutura física e equipamentos de alta tecnologia na prevenção, avaliação e reabilitação das lesões do aparelho locomotor.

O Instituto Wilson Mello é um

centro de saúde multidisciplinar

que oferece solução completa

para o aparelho locomotor

envolvendo consulta e

diagnóstico, intervenção,

reabilitação e condicionamento

físico. Instalado em uma área

de 1.200 metros quadrados no Centro

Empresarial Praça Capital, em Campinas,

possui localização privilegiada para

atendimento a clientes da

RMC e congrega profissionais

altamente qualificados e tecnologia de

última geração.

Por Wilson Mello


Núcleo de Estudos

É uma entidade sem fins lucrativos cujos objetivos são estudo, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias em Ortopedia, Traumatologia e Reabilitação do Aparelho Locomotor. Promove e organiza cursos e seminários para educação médica continuada.

para outros profissionais, possibilitando crescimento na carreira de cada um. Seguir o caminho que Deus colocou na minha vida.

Para tornar estas ideias uma realidade, criamos um plano de metas claro e transparente para todo o grupo, plano este que pode e deve ser mudado sempre que necessário, sem perder a visão que deve ser bom para todo o grupo de profissionais.

Localizado no Condomínio Praça Capital, na rodovia D. Pedro, eixo de negócios da Região Metropolitana de Campinas, o Instituto Wilson Mello estabeleceu o conceito dos pilares, com todas as nossas atividades fundamentadas na seguinte divisão: Clínica de Ortopedia e Traumatologia, Centro Avançado de Fisioterapia Esportiva, Centro de Fitness & Welness e Núcleo de Estudos. l

Dr. Wilson Mello Formação: Graduação em Medicina pela Unicamp (1975); Residência em Ortopedia e Traumatologia pelo Centro Médico Campinas (1976-1977); Fellowship em Medicina Esportiva e Cirurgia do Joelho pela Hughston Orthopedic Clinic - EUA (1980-1981).Área de atuação: Cirurgia do joelho.

Email: [email protected]

“O Instituto Wilson Mello dedica-se ao

tratamento, cuidado, prevenção e estudo dos problemas do aparelho

locomotor.”

Wilson Mello

Equipe médica IWmello

Dr. Adriano Marchetto Cirurgia do ombro e cotovelo3ª à tarde e 5ª de manhã

Dr. Alejandro Cassone Tumores ósseos2ª à tarde e 5ª de manhã

Dr. Carlos TucciCirurgia de coluna2ª à tarde e 5ª de manhã

Dra. Cíntia BittarCirurgia do tornozelo e pé3ª e 5ª à tarde

Dr. Fabrício Dias AssisClínica da dor 2ª à tarde e 6ª à tarde

Dr. José Luis ZabeuCorreção de deformidades (congênitas e adquiridas), cirurgias do quadril e joelho, infecção osteoarticular3ª de manhã e 6ª à tarde

Dr. Marcelo CavalheiroArtroscopia e cirurgia do quadril e joelho5ª à tarde

Dr. Mustafa Ahmed Zogbicirurgia do quadril2ª de manhã e 3ª à tarde

Dr. Paulo César PenteadoCirurgia do quadril e joelho 2ª de manhã, 3ª de manhã e tarde, 6ª à tarde

Dr. Samuel RibakCirurgia da mão e microcirurgia 3ª final da manhã

Dr. Wilson MelloCirurgia do joelho2ª e 5ª de manhã, 3ª, 4ª e 6ª à tarde.

Lombalgias e lombociatalgias:

nova abordagem de tratamento fisioterápico

As lombalgias são dores localizadas na região posterior do corpo entre a última

costela e a região glútea. As lombociatalgias são a propagação destes sintomas para um ou ambos os membros inferiores. De acordo com estudos epidemiológicos, entre 70% e 80% da população mundial irá sofrer ao menos um episódio destes sintomas de caráter agudo durante a vida. Geralmente eles desaparecem com repouso, medicações e fisioterapia em quatro semanas. Porém, 15% e 20% destas pessoas terão sintomas persistentes de baixa intensidade, resultando em gastos com remédios, tratamentos, faltas ao trabalho e perda da qualidade de vida ao longo dos anos.

Devido a estes fatores, a

lombalgia crônica é uma patologia considerada questão de saúde pública, assim como as doenças cardiovasculares, diabetes e acidente vascular cerebral. O tratamento da lombalgia crônica é predominantemente conservador e o consenso atual é de um trabalho multidisciplinar, envolvendo médicos de diferentes especialidades, como ortopedistas, neurocirurgiões, reumatologistas e anestesistas, e nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas.

A fisioterapia sempre foi o tratamento clínico de escolha para as lombalgias. No entanto, as técnicas ou abordagem de escolha destes profissionais sofrem grandes variações de acordo com o país ou região do país onde o tratamento é realizado. No Brasil há ainda a


No sistema de Delitto, os pacientes

são incluídos em um dos cinco

grupos de técnicas de tratamento:

manipulação vertebral, extensão,

estabilização vertebral, flexão

e tração

Equipe multidisciplinar contribui para resultados

Além do sistema de classificação de Delitto, a equipe do CEAFE trabalha em parceria com o ortopedista especialista em cirurgia da coluna Dr. Carlos Tucci, com o anestesista especialista em clínica da dor Dr. Fabricio Assis e com nutricionistas, psicólogos e educadores físicos. “Acreditamos no trabalho em equipe e com a troca de informação entre profissionais a eficácia do tratamento aumenta significativamente”, afirma Rodrigo Vasconcelos.

CEAFE utiliza sistema de Delitto

A equipe de fisioterapeutas do CEAFE (Centro Avançado de Fisioterapia Esportiva) do Instituto Wilson Mello utiliza exclusivamente o sistema de classificação de Delitto desde 2002 quando o fisioterapeuta Dr. Rodrigo Vasconcelos recebeu treinamento do método na Universidade de Pittsburgh. Com 8 anos de experiência na metodologia, hoje são dez fisioterapeutas treinados no sistema de classificação e aplicação das técnicas específicas para cada grupo de tratamento.

“Nosso índice de cirurgia para casos de dor

lombar para membros inferiores é zero. No caso das lombociatalgias, cuja causa mais comum é a hérnia de disco, nosso índice de sucesso é próximo de 95% com tratamento clínico; isso se deve à interação interdisciplinar séria focada no resultado, em que cada cliente é avaliado por, pelo menos, dois profissionais de áreas diferentes e tratado de forma sinérgica pelos profissionais envolvidos (ortopedista, médico da dor, fisioterapeuta).”

Dr. Carlos Tucci, ortopedista especialista em coluna

“O sistema de Delitto individualiza

o tratamento independentemente do diagnóstico médico. Ou seja, pacientes com o mesmo diagnóstico médico podem ser classificados em grupos de tratamentos completamente diferentes.”

Dr. Rodrigo Vasconcelos – fisioterapeuta coordenador do CEAFE

“O tratamento das lombalgias pelo

sistema de classificação Delitto associa-se com resultados extremamente positivos, pois permite que o tratamento seja otimizado para cada tipo de paciente.”

Dr. Fabrício Dias Assis, médico especialista em clínica da dor


Medicina Esportiva

A equipe multidisciplinar do Instituto Wilson Mello

tem recebido cada vez mais atletas em busca de tratamento diferenciado. Jogadores de futebol em fase de mudança de clube, equipes de vôlei e de basquete que precisam de

avaliação isocinética antes de iniciar a temporada, atletas de alto rendimento recuperando-se de lesões são alguns exemplos de esportistas que passaram pelo IWMello nos últimos meses. Em junho, a equipe do CEAFE atendeu o time de vôlei masculino Medley-Campinas

para exames isocinéticos. Os jogadores foram avaliados em duas articulações: joelho e ombro. Em julho, foi a vez da equipe de basquete Winner Limeira. Em Campinas, o Instituto Wilson Mello é a única clínica particular que conta com o equipamento para a realização deste exame. l


a um grande predomínio das técnicas de eletroterapia, como TENS, Ultrasom e Ondas Curtas, como técnica principal na abordagem da lombalgia ou a reeducação postural global, técnica de tratamento de origem francesa com mais de 20 anos de atuação do Brasil.

Estes métodos, entretanto, carecem de evidências científicas sólidas quando utilizados nas lombalgias. A fisioterapia evoluiu muito cientificamente nos últimos 40 anos e hoje a tendência é utilizar métodos e técnicas de tratamento baseados

em evidências científicas. Dentro das correntes de tratamento com comprovação científica, surgiu nos Estados Unidos um sistema chamado CPR (clinical predictions rules), traduzido para o português como “regras de previsões clínicas”.

Este sistema foi elaborado por uma equipe de pesquisadores liderada pelo Dr. Antony Dellito, professor da Universidade de Pittsburgh (EUA), e consiste em uma avaliação clínica que determina qual técnica de tratamento fisioterapêutico será eficaz para determinado

tipo de paciente, ou seja, de acordo como o grupo de sinais e sintomas que o paciente demonstrar frente a testes específicos ele será incluído em um dos cinco grupos de técnicas de tratamento: flexão, extensão, manipulação vertebral, estabilização vertebral ou tração. Chamado de sistema de classificação de Delitto, este sistema teve sua primeira publicação científica em 1993 e hoje são mais de 40 publicações comprovando a eficácia do método em revistas internacionais na área de fisioterapia e ortopedia. l

Expediente:Wellness Magazine é uma revista eletrônica do Instituto Wilson Mello.

Jornalista responsável: Ilone Vilas Boas - Mtb 24.216

Diagramação: Javé

Edição: Ponto da Notícia Assessoria de ComunicaçãoE-mail: [email protected]: 19 3258-2742.

Juraci Moreira faz tratamento diário no IWMelloCom o objetivo de disputar as

Olimpíadas de Londres, em 2012, o triatleta Juraci Moreira vem se tratando com a equipe do CEAFE desde o início do ano. Com tendinite crônica no tendão de Aquiles, Juraci teve de interromper as provas para se cuidar. Do contrário, o risco seria de rompimento do tendão e, como consequência, uma cirurgia. A boa notícia é que o tratamento trouxe excelentes resultados e Juraci já voltou às provas do circuito internacional em junho, na Bélgica. Com novas provas programadas, tem sido aplicado no tratamento para continuar evoluindo na recuperação.

“Preciso estar bem para recuperar as posições que perdi no ranking mundial e assim ter chances de me classificar para os Jogos Olímpicos”, afirma, lembrando que já disputou as Olimpíadas de Sidney, Atenas e Pequim. “A estrutura daqui é excelente, a equipe é muito profissional e entende as necessidades do atleta, que são diferentes dos outros pacientes”, ressalta. Para o fisioterapeuta Juliano Xidieh, a grande preocupação era o retorno na Bélgica, mas o atleta se comportou muito bem, quase sem dor, o que mostra a eficiência do tratamento que vem sendo realizado. l


Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos (COORDENADOR DO CEAFE) Formação: Graduação em Fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep (1996); Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Unimep (2000); Titulo de especialista em Acupuntura pelo COFFITO; Fellowship em Fisioterapia Esportiva pela Universidade de Pittsburgh – USA (2002); Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela USP Ribeirão Preto; Pesquisador colaborador do LAPOMH-USP; Membro American College Sports Medicine e Membro International Federation Sports Medicine.Área de Atuação: Fisioterapia e Reabilitação do aparelho locomotor.



Orientações para atividades físicas no inverno

A realização de atividades físicas durante o inverno

exige alguns cuidados para evitar lesões, que são mais freqüentes em dias frios. O educador físico Fábio Miranda, coordenador do centro de Fitness & Wellness do Instituto Wilson Mello, enumera alguns cuidados importantes para que o exercício seja realizado sem nenhum risco:

Emagrecer fazendo exercício: a verdade

sobre o mito

Qual é a atividade ideal para a perda de peso? Quanto tempo devo me exercitar para utilizar uma quantidade significativa

de gordura? É melhor se exercitar por mais tempo com intensidade leve a moderada ou menos tempo em maior intensidade? Estas são questões que insistem em atormentar não só o praticante de atividade física, mas também os profissionais responsáveis pela orientação e planejamento do treino. Para chegarmos a uma resposta satisfatória para essa questão temos que considerar os pontos que originam as principais crendices: 1- Dificuldade no entendimento dos sistemas energéticos do organismo.2 - Interpretação equivocada de alguns resultados de pesquisas científicas.3 - O empirismo predominante na prática da atividade física. Muitos de nós fomos levados a acreditar que o exercício mais eficiente para o emagrecimento é aquele realizado em baixa intensidade, permanecendo dentro de uma faixa de freqüência cardíaca máxima de 60 a 75% por um longo período. Realmente, nesta

situação o principal substrato energético utilizado é a gordura, mas o erro está no fato de o combustível utilizado não ser o fator determinante do processo de emagrecimento. A porcentagem de gordura oxidada é maior em um exercício leve (40% da capacidade aeróbia máxima) em comparação ao uso do mesmo substrato em um exercício de moderato para intenso (70% da capacidade aeróbia máxima). Porém, se avaliarmos em termos de gramas de gordura oxidada por minuto, praticamente não há diferença entre as duas intensidades de exercício (Howley et al., 1997).

Em 1994 Tremblay conduziu uma pesquisa no Canadá que ajudou a acabar com o mito de que exercícios aeróbios de baixa intensidade sejam os mais eficientes para perda de gordura. A amostra era composta por indivíduos destreinados divididos em dois grupos. Um deles se exercitou por 20 semanas, iniciando os treinos a 65% da frequência cardíaca máxima (FCM) e progredindo para 85%, cada treino durava entre 30 a 45 minutos e era realizado de 3 a 4 vezes por semana. O segundo grupo se exercitou por 15 semanas, executando

Por Fábio Miranda

aquecimento e em seguida 10 a 15 tiros de 15 até 30 segundos ou 4 a 5 tiros de 60 até 90 segundos. Os intervalos ocorriam até que a frequência cardíaca chegasse a 120-130 bpm.

De acordo com os resultados, o grupo 1 (menos intenso) gastou mais que o dobro de calorias que o grupo 2 (120,4 MJ em comparação com 57,9MJ), porém os indivíduos do segundo grupo obtiveram uma redução no percentual de gordura bem maior que o primeiro. Segundo Tremblay, “quando calculamos a quantidade de gordura perdida por caloria, o grupo 2 obteve um resultado nove vezes melhor”. A conclusão dos autores: “para um dado nível de dispêndio energético, exercícios vigorosos favorecem balanço calórico e balanço de lipídios negativos em proporções maiores que exercícios de intensidade moderada a média. Além disso as adaptações da musculatura esquelética ocorridas como resposta ao treinamento intervalado intenso parecem favorecer o processo metabólico do lipídios.”

Sabemos que exercícios em intensidades elevadas requerem um preparo prévio, e que não deve ser indicado para iniciantes. Portanto, o individuo que pretende maximizar a perda de gordura através de uma prática física, deverá fazê-lo de uma forma gradual, sendo submetido a um rigoroso processo de avaliação para que sejam identificados e quantificados seus pontos fortes e fracos em termos de capacidades físicas, para então dar início a um programa de treinamento organizado.

“Se o objetivo é perder gordura e o tempo for limitado, as pessoas devem


l As corridas em baixas temperaturas podem predispor o aparecimento de problemas respiratórios, como resfriados e sinusites. Assim, é melhor correr nos horários mais quentes ou em ambientes indoor.

l No final da corrida, deve haver uma desaceleração progressiva até que a frequência cardíaca caia. Após parar, o alongamento é recomendado para soltar a musculatura e evitar a dor.

l Um bom parâmetro para a desaceleração após a corrida é diminuir gradualmente o ritmo até baixar os batimentos a 120 bpm. A partir daí inicia-se o processo de alongamento que deve ter a característica de distensionamento da musculatura exigida durante a corrida, portanto as posturas devem ser sustentadas por 10 a 20 segundos apenas, e não buscar grandes amplitudes, visto que a musculatura encontra-se tensionada, podendo sofrer rupturas se estiradas em excesso.

se exercitar com segurança nas intensidades mais altas possíveis...” esta foi a conclusão de Grediagin et al (1995) quando submeteram dois grupos a diferentes intensidades de exercício (50% e 80% do VO2 máx, respectivamente), sendo que as atividades eram realizadas até que se chegasse ao total de 300 Kcal. Ao final do estudo ambos os grupos perderam a mesma quantidade de gordura, porém o grupo que se exercitou intensamente ganhou mais que o dobro de massa magra em relação ao outro.

Intensidades mais elevadas parecem influir também no aspecto nutricional, conforme verificado em um estudo de Bryner et al (1997), onde os exercícios em freqüências cardíacas mais altas resultaram em maior redução da gordura, assim como diminuição da ingestão de gorduras saturadas e colesterol, o que não aconteceu em freqüências cardíacas baixas.

“Por mais contraditório que pareça, o uso de treinos intensos (que praticamente não usam gorduras) alteram os processos metabólicos de modo a favorecer reações para queima de gordura e inibir seu acúmulo. Isso ocorre porque nosso organismo não responde de forma linear, mas pode por diversas vezes apresentar respostas caóticas a estímulos variados. Daí a necessidade de um treinamento baseado nos príncipios do treinamento físico desportivo e organizado segundo os modelos de periodização do treinamento, para assim conseguirmos diminuir a imprevisibilidade das respostas orgânicas e maximizar o grau de adaptação e controle do plano de treino.” l

l A transição do repouso para o exercício é um processo lento, e em baixas temperaturas os cuidados devem ser redobrados. Se no calor pode-se começar um aquecimento já trotando, durante o frio deve-se começar caminhando e aumentar o ritmo gradativamente.

l O aquecimento é um processo que visa o aumento da temperatura corporal, interna e dos músculos, e é atingido através do aumento da circulação

sanguínea, responsável por levar oxigênio, enzimas e nutrientes à musculatura a ser exercitada.

l Um outro ponto importante é não confundir aquecimento com alongamento. O alongamento aumenta o comprimento da fibra e não gera aquecimento, portanto, ainda mais durante o frio, alongue-se apenas após um prévio aquecimento (elevação da temperatura corporal), para evitar lesões nas fibras musculares.

Prof. Fábio Miranda Formação: Bacharel em Treinamento Desportivo pela Unicamp (1996); Especialista em Treinamento Físico Desportivo pela FMU (1998); Especialista em Periodização do Treinamento Físico Desportivo pelo Instituto de Cultura Física de Budapeste (2000).Área de atuação:Preparação Física Desportiva e Treinamento Personalizado.


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