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-&jo.:n_.o III PARA^Terça-feira, 28 de Junho de 1892 .fcr-cxiví. i3© /', Assignatura da Capital Anno 2o$ooo Semestre ioíooo TBLBPHOHB SS-& Numero do dia 100 réis ORGAM DO PARTIDO REPUBLICANO DEMOCRÁTICO Redacção e Officina—Praça Saldanha Marinho n. 25 Assignatura dolntoi.or Anno 248000» Semestre 128000 C_ii__.I2C_i_ik.I_50 CORBBIO 305 Numero atrazado 500 róis DA REDACÇAO-Dr. Ameríeo Santa Rosa ¦«í *mW in.>™*'i» rmtm. ¦>..¦.-_••«* h/-' \-J,' -xa,•¦¦%'..-i,%ra. GERENTE DA EMPREZA—Augusto A. SantaRosa (D Democrata Bbíbm; 28 de junho de 1892. Os amigos do dr. Lauro Sodró fi- zeram-lhe, 110 primeiro anniversario de sua investidura no .cargo de Go- vernador, uraa manifeslaçílo de ca- racter politico, em que a lisouja pôde fartar-se em louvaminhas eutreteci- das com phrases arrébicádas e os exaggeros de convenção. O partido radical tem sido tão pro- digo em manifestações, que se o dr. Lauro Sodré tivesse experiência da vida, dev.eria ter descoberto na ho- menageft^flofr-manifestantes a zum- baian^pwtídarismò envolvida na capa aa'sinceridade patriótica. Esses mesmos que seguiram n'um trem expresso até o Marco da Légua, para thuriferar o Governador, quei- niaram o incenso de sua admiração ante o vulto de seos antecessores, o bacharel Justo Chermont e o capi- tão-tenente Huet de Bacellar. As mesmas palavras bombásticas, os mesmos elogios aos releymtissi- mos serviços desses dois cidadãos, as mesmas homenagens ás suas virtu- des e patriotismo, foram proferidas com as solemnidades com que a ba- julação procura realçar as suas ex- pansões de falso enthusiasmo. . Entretanto ninguém se lembra mais dos dois í>e.ieme?,i7os,senãopara cobril-os de ridículo, ou lhes cuspir injurias como reprobos, que o parti- do se envergonha de terpossuidoem seo seio. Mire-se o sr. Lauro Sodré no es- pelho da lealdade de' seo3 correligio- narios, e diga-nos depois á puridade se valia a pena ter tomado a serio a manifestação, como parece, pronun- ciando um discurso politico, uo qual esquece a sua posição para derramar o fei do seo ódio contra seos adver- sarios ; mente á sua consciência, fi- guraudo uma solidariedade politica que não existe desde o golpe de Es- tado de 3 de Novembro, e abate o seo caracter nas humilhantes refe- rencias ao chefe radical, que o votou a completo esquecimento. Pensa o Governador que o dr. Paes de Carvalho em um tão curto espaço de tempo esqueceo as bru- talidades positivista? dos seos tele- grammas depois de 3 de Novembro de 1891, e a perversidade com que o colloeou n'uma posição ridícula para fazer figura a sua custa f Estas palavras escriptas com o co- ração sangrando de dor e despeito não podem ser apagadas facilmente da memória do offendido, ainda mesmo quando mais tarde o arrependimen- to venha dar em publico satisfação plena, apregoando a benemerencia espesinhada com desabrido máo hu- mor. Recordando o nome do dr. Paes de Carvalho, não podia o Governa- dor passar em silencio o do dr. Justo Chermont, que foi o seo braço direi- FOLHETIM 16 POR FRANÇOIS COPPÉE DA Aeademia Franeeza (Continuação) XI Ha mais de seis mezes que Henrique- ta não viera mais ahi, espera que ninguém a reconheça. - Mas tia Renouf tem bôa memória, e logo que avistou a operaria: —Ahi é mam'zelle Henriqueta pergun- tou-lhe. Como tornou-se rara?... Vem sem duvida saber- como vae o filho de Mada- me BernardI... Ah! não vae bem, o pobre rapaz 1 Decididamente, parece 6 a febre typhQide... En«9, o^e tem?.,, Está tao to nu organisação do partido, do go- verno, o fiel interprete da sua politi- ca de transacções, e o executor rigo- roso de seos planos, se não era ao con- trario, como muitos acreditam, o dr. Paes de Carvalho quem se movia aos acenos du ambição do seo amigo. Tão identificados estiveram nin- bos nn direcção do partido radical que isolal-os para dar excluzivamen- te a um as glorias de exaltação do Estado a gloriosa culminância em {jue encontra-se é faltar a verdade histórica, 011 mentir á consciência, engrandecendo publicamente o que 110 intimo se condemna. A administração do dr. Justo Chermont está tão intimamente li- gada á vida do partido radical, que fora grave injustiça esquecel-a, quan- do se enaltece o grande lino poli- lico e a superioridade dc direcção do dr. Paes de Carvalho. Como se explica, pois o silencio do dr. Lauro Sodré com relação ao primeiro Governador deste Estado ? A inveja, não, fazemos-lbe esta injustiça, não actuou no seu espirito, foram outros motivos de ordem po- litica. Membro do ministério, que assu- miu a responsabilidade do golpe de Estado, o dr. Justo Chermont tor- nou-se incompatível para com aquel- les que combateram a dictadura e concorreram para a sua queda. Pela mesma razão considerou-se incompatibilisado o dr. Paes de Car- valho, e rasgando o seu diploma de senador e abdicando a chefia de seu partido, recolheu-se á vida priva- da. Bem sabe portanto o Governa- dor que entre elle e o antigo che- fe radical ha um vallo profundo que não enche com palavras es- tudadas de um discurso politico. As suas lamentações por não vel-o agora no paiz -para continuar a tarefa do engrandecimenlo do Es- tado, ou são uma oífensa ao caracter desse patriota, que não poderia es- tar ao lado do Yice-Preàidente Fio- riano Peixoto, ou uma mauifesta- ção hypocrita, que não se compade- ce com a dignidade, de que deve es- tar sempre revestida a primeira au- toridade do Estado. Do illustre governador do Estado do Amazonas, recebemos o seguinte acompa- nhaudo a sua Mensagem lida perante o Congresso Amazonense: «Manáos, 2 de Junho de 1892 Illustre cidadão.— Apresento-vos meus respeitos. Communico-vos que a Io de Junho cor- rente tomei posse do cargo de Presidente do Estado do Amazonas, para o qual fui eleito por suffragio directo do Povo em 22 de Abril p. passado. No exercicio do espinhoso cargo que es- pontaneamente me confiou a Sociedade Amazonense me encontrareis sempre prom- pto a cumprir as vossas ordens dentro dos limites da lei e da justiça. Como particular podeis dispor dos meus serviços como for de vossa agrado. Saude e Fraternidade. Agradecemos. Eduardo Ribeiros pallida?... Ahi meu Deusl está encom- modada ? Henriqueta cambaleara, com effeito, fe- rida no coração. A tia Renouf fel-a de- pressa sentar-se na sua cadeira de braços, —onde depois que deixa o seu cordão, a noite, passa pelo somno,—procurou o seu vidro de agua de melisia, nao o encontrou, e começou a perder a cabeça. Mas a cos- tureira que desfalecü deixa então cahir (a sua fronte sobre o hombro da bôa mulher, e, sem forças para conter a sua dôr, excia- ma, desfeita em lagrimas: —-ArmandoI... Meu querido Armando I... Ah I a tia Renouf nao precisa ter mais ampla confidencia. Um momento estupe- facta comprehendeu tudo agora! Porem ella tem bom coração, a velha! Amou sem duvida como qualquer outra, no seu bello tempo. Isto faz-lhe ferver o san- gue ver essa bonita moça soffrer tanto, e emprega todos os meios para dar-lhe um pouco de coragem. —Como, mam'zelle Henriqueta? M Ar- mando é o seu bom amigo ? Eis ahi uma cousa regular! Tenho muito receio, minha pobresinha, que tenhas feito uma grande loucura. Mas nao édisto que se trata... E, primeiramen- te, é preciso nao desesperar. Elle está do- ente, é verdade, mas é moço, tem forças para resistir. Aposto, que se restabelecerá... Vamos! vamos! tranquilMse-se... Siml eu bem sei. Essas dôros, fazem muito mal, quando setem «ra sentimento.,. COraitbc anitiuctiiarui —«MO»--. -Diocurao cio arismloa. Levados pelo sentimento de adoração ao Poder, acharam-se por acaso reunidos era um wagon da listrada de Ferro tle Bragan ça, expressamente destinado ao Marco da Légua, alguns representantes, funecionarius e empregados públicos do Estado. Em outro carro estavam duas bandas de musica marciaes. Era o dia anniversario da eleição do dr. Lauro Sodré para o cargo que oecupa, elevado monte que elle vira em sonhos uma noite do anno de 1SS9 Vindo fatigado e triste de certa casa do Umarisal, onde alta noite e ás oceultas se reuniam uns seis conspiradores, tramando contra as instituições politicas de então, adormecera elle profundamente, e D. Ca- milia, a proprietária da referida casa, qunl deusa do paganismo, apoareoeu-lhe vestiria de branco, tendo na cabeça o barrete phry ¦ gio, e assim falou-lhe: «Illustre discípulo do sábio Benjamin, o infatigavel perseguidor da Ciiiméra. Nao te síflíjas nem desanimes econtinua a servir á causa da Republica com a espada na cinta. Parte para a Côrte, como te ordenam os Destinos. Nao está longe o dia em que ruirá o thro- no do mais sábio e liberal dos monarchas da terra, e o Império de Santa Cruz aerá entregue á sanha dos vencedores, como euorine cadáver atirado ás moscas e aos vermes. Júpiter assim o quer e Marte executará os seus desígnios, indo em pessoa dirigir o levante das tropas descontentes ao mesmo tempo que a Traição, sob as fôrmas rie va lente e fie! guerreiro, iiludindo os ministros do velho Imperador, abrirá as portas do Quartel-General, onde as forças leaes se acharam encurraladas e sem comraandan- tes. A ti está reservada uma grande gloria, além dos despojos e proventos: serás esco- lhido para governar amais rica região d'es- te vasto naiz, onde cresce a syphonia elas- tica, cujo leite é mais 3ucculento e precioso do que o das cabras, vaccas e jumentas dn terra de Iracema. Ahi reinarás, cercado de aduladores e ambiciosos, e, emquanto a Discórdia fòr preparando a tua ruina, irás exercitando cs dotes oratórios nos banquetes politicos e manifestações laudatorias, e, de qunndo em quando, com a penna de aço que forj. >u Vul- cano, ferirás de morte os Jogmas obsoletos das religiões e da politica, que por longos séculos tem feito a felicidade dos mortaes que habitam este planeta.» Assim suecodeu. Os deuses nao mentem, e fora a própria Minerva que lhe falara pela bocea de D. Camilla. Tres annos depois chegava á porta d" chalet, onde reside provisoriamente o illu- tre governador do Estado, um trem expr<s- so, arfando, silvando e fumegando furiosa- mente, e despejava ali os sizudos manifes- tantes em numero de 15, a fóra os pistons, clarinetes e mais figuras das bandas mar- ciaes, inclusive os respeitáveis bombos. Introduzidos na sala das refeições, to- mou a palavra o valente capitão Martins, outr'ora mestre de meninos na formosa ci- dade de Cametá, celebre pelo valor dq que seus filhos deram provas no tempo da Ca- banagem, pela deliciosa geléa de cacau, de que faz grande commercio, e pela belleza trariiccional das caboclas do Curiman. Empunhando fina taça de champagne^ o bravo capitão brindou ao Predestinado, em nome do partido radicai, de que o orador é um dos directores, que entre si disputam a primazia. Respondendo, o dr. Lauro Sodré pro nunciou um discurso politico de largo fole- go, por igual brilhante no fundo e na fór- ma « O orador, observando que vive mais pelo sentimento do çue pelo cérebro, agradeceu aquella homenagem como representante da sinceridade dos seus correligionários, que passei por isso, nao fui sempre uma velha ridícula que cria canários... Como! continua sempre a chorar ? Pois bem, pa- lavra d'honm I deixe correr a agua. Além de tudo, ha isso para consolar, minha pobre filha I E a gorda maman, toda commovida por ver eása rapariga chorar e quasi prestes á fazer outro tanto, attrahio sobre o seu largo peito a bonita cabeça desconsolada e poz-se a acalental-a com meiguice. A tia Renouf é uraa simples porteira, e uma porteira que nao se toleraria em urna casa de respeito. O seu aposento cheirava a cozinha e a cebola e tinha um cheiro activo das gaiolas dos canários Era apenas uma mulher velha muito commum e muito vulgar,_ e o compa^sivo nariz que inclinava para Henriqueta estava todo entambusado de rape. Sede comtudo abençoada, a tia Renouf! porque debaixo da sua camisa de cassa da índia amarella com floresinhas existia al- guma cousa mais rara do que se pensa ge- ralmente, um coração indulgente e bom. E graças á ella, essa filha do povo essa pobre apaixonada, cuja falta era tao per- doavel e a quem a dureza das leis sociao recusava o consolo de beijar o seu amante na hora extrema pôde pelo menos repeu- sar por um instante a sua fronte pezada sobre um seio de mulher, a sentir palpi- tar um pouco d; compaixão materna. Hen^ueta, vinha çntao tqc.as as tardes íormnm ;i agrremiuç.lo politica que fez no Pnrá a Ropublica c tem orornnisiido aqui o inuortanle sorviço da reconstrui çao do Es- tado.:- Por alli foi elle discorrendo c de seus la- bins saiam em borbotões eloqüentes phra- ses como de fonte perennc irrompem crys- tal.mis águas e mais longe, por entre osve- lhos troncos dos acapÍH, dos piquiás, desli- sam mansamente á sombra ila llorésta, ca- vando profundo leito, onde vivem tranquil- los os jandiás e acarás miúdos, Esse trecho Iranscripto por si mostra a importância do discurso, cujo resumo, dado pela /''ovincia, ineiece ser lido, relido eme- ditado porque, diz o mesmo jornal, corres- ponde a uma profissão defe polilica, ao estou- rardo champagne; a quinta ou décima pro- fissão de que o cxcellentissimo tem leito em eguaes circümstanciasí depois de 15 de Novembio de 89. Ah! Seosdi.uses me tivessem consedido o espirito agudo, a profundeza cie vistas de Julio Pires, tu tentaria a necessária e con- digna critica da monumental oração Mas á mira, niisero chtonisla, é dado aprecial-a superficialmente e de passagem, como ás gaivotas e permettido apanhar os peixi- nhos que nadam a superfície dos mares. Na grnnde expansão de sentimentalismo provocada pelo discurso do orador dos ma- mfestarites e pelas melodias dos pifanos mar- ciaes, o dr. Lauro Sodré observou que vive mais pelo sem imento do que pelo cérebro! Singular declaração de um propagandista de principies de uma moral humana, daphi- losophia positivista, e da politica republica- na; extranha confissão feita por um gover- nador de rico Eslado Sempre ouvi dizer que o homem vive pela cabeça e a mulher pelo coração, e assim se desculpam as fraquezas desta e a inllexibi- lidade e arrojo daquelle. Esse conceito eu tinha como verdade pro- funda e inabalável, tradusidã nas obras pro- liigiosas da èstatuariaeda pintura, nos mo- ciumentos da poesia desde os poemas de Homero até aos sonetos de Sérgio Damas- ceno, aiiirmada por todos os sábios a come- çar de Salomão até o philosopho do Dá-fun- do. e consagrada pelas leis e pela jurispru- dencia anliga e moderna, nas taboas Roma- r,a3 c nos escriptas muito conhecidos do ju- risconsulto Bandeira sobre as terras do Ana- btjú, cuja propriedade elle reivindicou por cabeça de sua mulher. Por feliz acaso, abrindo Les Caracteres, de La Briiyéro, leio o seguinte: «A. maior parte das mulheres nao tem princípios: con- dusem-se pelo coração e quanto aos costu- mes dependem dos homens a quem ellas amam..-- Quantos corollarii s nao sc poderia tirar desle conceito, pondo-o em frente da decla- raçio do illustre governador! No homem que vive mais pelo senti- mento do que pelo cérebro suppocm-se as fragiiidades características do outro sexo ; porque, ouse trate da mulher ou do homem, desde queo coração domina e o cérebro obe- dt.ee. pouco valor tem os princípios de que decorrem as regras ria condueta moral e ci- vil.e as setas do Amor, da Amizade, da Gra- tidao, do Despeito e cie tantas outras pai- xõís, atravessarão facilmente a coraça dus virtudes, quisera a tempera que lhe dir a Rasao, hao pode ler o brilho e a irapene- trabilidade da armadura do divino Achilles. A' grandes perigos está exposto o illustre governador e nao sâo menores os que amea- çam o Estado cuja sorteseacha a mercedos seus aíp-ctos! Oh! Deuses immortaes! Nao abandoneis o Predestinado. Dl.MOPHILO. Consta que monsenhor Gotti, novo inter- núncio apostólico, traz da Santa instru- cções para negociar com o governador da Republica a revogação rias restricções que a nos.a legislação estabelece á alienação dos bens das ordens religiosas. O sr. ministro do Interior está tratando ile achar pessoa competente para elaborar um código florestal. E' assim tao dillicil ? saber noticias de Armando no aposento da tia Renouf, depois que terminava o seu trabalho. Porque para os pobres é assim. Ainda que tenham o coração cheio de pezar é necessário trabalhar para ganhar a vida. Pela lama e pelo nevoeiro das noites de inverno, vinha apressada sob as arcadas da rua Rivoli, atravessava a rua do Carronsel, deserta á essa hora, e aquelles que viam por entre a luz baça ria electricidade, pas- sar essa costureira de ligeiro e saia ar- reg içada, podiam pensar, quo corria para uma entrevista agradável. Mas logo que chegava á ponte das Artes, demoruva o passo Distinguir) embaixo,sebre o caes por entre uma janella que bem conhecia, uma luz fraca. Era quo o seu amante lutava corn a merte. E"tío era invadida por uraa súbita falta de coragem, e retar- dava o momniito de entrar no aposento da tia Renouf. As ultimas noticias foram 13o aterrado- ras! «Febre intensa. O doente estava muito agitado». O que iria saber de sinistro e desespe- rador ? E ha dez dias que isto durava, durante os quaes a pobre rapariga vivera como en volvida em uma atmosphera de espanto. Entretanto, uma das costureiras da casa Paméla, que oulrW tivera a febre typhoi- de e a quem Henriqueta interrogara sobre a terrivel moléstia, dissera-lhe que depois O Conde de Leopoldina á nação Nao posso deixar passar em silencio e sem protesto a injustiça d.i governo do sr. Floriano, qualificando.me no decreto que me desterrou, de máu cidadão e inimigD da Republica. O meu proceder, a minha condueta sup- portam qualquer examo de. syndicancia, e desafio a quem quer que seja descobrir acto meu, quer como negociante, quer como in- dustrial, banqueiro ou cidadão, que me des- honre ou que me faça merecer semelhantes epithetos. _ Minha viria e actos sao bastante conhe- cidos. Nascido na Escossia de pae. inglez e mae brazileira, vim aos seis annos de ida- de para o Rio de Janeiro, acne!» fui educa- do. Aos treze annos entrei para a vida^com- mercial no Rio rie Janeiro, e, em 1880, ti- nha então iq annos, segui para o Pará. aon- dc continuei a dedicar-m-.; ao commercio Ahi casei-me com uma senhora brazileira; em 18S5 regressei ao Rio e segui a vida in- dustrial, dedicando-me mais Urde, com a fortuna adquirida na industria, a operaçõs bancarias, conseguindo accumular honesta- mente grande fortuna. Minha vida foi largamente commentada pela imprensa da capital, e quem a ella re- correr nada encontrará dc desairoso á mi- nha individualidade. Tenho consciência d-: ter contribuído na medida das minhas for- ças para o bem do meu paiz, e o bairro de F. Christovam, no Rio de Janeiro, ahi está para o attestar. Nesse bairro construi vas- tas odicinas e fabricas de industrias intei- raraente novas nVste paiz e ediliquei em larg.a escala. Orgulho-me de ter assim con tribuido para a subsistência, por meio de trabalho honesto, a muitos milhares de fa- milias. Máu cidadão n3o é por certo aquelle que emprega 03 seus capitães na pátria que adi;- ptou como sua, como eu o fiz, pois em bens de raiz empreguei no Brazil quantia superior a oito mil contos de réis, confiei ás industrias brazileiras, ainda nascentes, cer- ca de vinte e um mil contos de icis; man- dei construir na Europa paquetes para sul- carem o Oceano, arvorando a bandeira bra- zileira. Protesto, portanto, contra o tratamento dc inimigo da Republica, que me é dado pelo governo, e o repillo com altivez. Compatriotas! Fiz e faço opposição ao actual governo do sr. Floriano Peixoto, nao pelos meios legaes, combatendo franca- mente pela. imprensa, nao aqui corao no estrangeiro, nao me tendo poupado mesmo a quaesquer sacrifícios era favor de jornaes que combatiam o governo, que eu julgo o mais pernicioso e fatal de quantos o Brazil tem tido. E para provar que tenho razão ahi estao patentes os resultados da politica nefasta de semelhante governo: a anarchia lavra em todos cs Estados; o cambio des- ceu á taxa a que nunca chegou, nem no tempo da guerra do Paraguay; a industria que, triumphante, principiava a levantar a cabeça, curva-se arquejante diante da op- posição e vontade que o governo mani- festa; o povo geme debaixo da carestia de tudo quanto llíe é indispensável á vida, o credito do paiz está inteiramente arruinado. Compatriotas! O governo que eu julgo necessário ao meu paiz é outro; um gover- no civil, preUigiado e escoimado da influen- cia militar, composto de cidadãos conheci- dos no velho mundo. assim este paiz se elevará á altura a que tem direito pelas immcnsas riquezas naturaes de que dispõe; os capitães estran- geiros serão attrahidos pela confiança e fo- raentarao o desenvolvimento rias estradas de ferro, das fabricas e da navegação ilu-' vial, melhorando assim as nossas condições financeiras c o bem estar geral pela expio- ração de suas incalculáveis riquezas. Conseguido isso, o Brazil se collocará em condições de facilmente attrahir a imnii- graçáo, e prosperará pela exploração de suas immensas fontes de riqueza e facili- dade de transporte de seus produetos de modo a saldar em pouco tempo a sua di- vida. Tanta confiança tenho no que aflirmo, que, cora quanto considere o paiz agora in- teiramente arruinado pela politica da actual administração, disse ao repórter do New- York llcrald, com quem tive um intendeu' do nono dia, o perigo de morte, se ainda nao estiver decidido, é pelo menos muito menor. E' um preconceito popular, que a esperança de Henriqueta acceitara apaixo- nadamente. Quer crer que a mocidade de Armando sahirá victoriosa da lueta, que se restabe- lecerá, que deve ir a melhor. Esta noite, foi com um passo mais firme, que correu ao cae3 Malaquais, foi quasi cheia de con- fiança que deu a volta na fechadura do aposento da tia Renouf. Deus de misericórdia-! Sobre a n-eza re- donda, ao lado do<s cartões de visitas amon- toados, n3o vio mais a folha de papel, es33 boletim medico, cuja vista a enchia de terror, e sobre a qual entretanto lançava-se com toda a anciídaris! A tia Renouf, com o ar consternado. levantou-3e da sua ve- lha poltrona, abaixou a c. beca, e deixou cnhiros braços... Ah! está tudo acabado! Armando morreu!... Armando morreu! Um dedo invisível o designou estre todos no meio da multidão humana, um hálito mysterioso soprou so- bre elle; e esse espirito luminoso, esse co- ração ardente de amor, esse olhar onde Uuctuava a sombra de tantos bellos e mei- gos sonhos, esse foco de mocidade, essa chamma de esperança, tudo isso extinguiu- se bruscamente, como cahe e extingue-se uma estrella na sombra azul de uma noite dc Setembro! (Continua.) 1:0 porto do Pará, que «aptrar do péssimo eslado financeiro actual da fiação, a rique- za do Brazil era tal, que eu acreditava po.- sivel, desenvolvida a immigraçao nos Esta- dos do Pará e Amazonas, pagar ern pouro tempo a divida nacional, com a renr'a d'esses dous Estados rriteriosamente dir'- gidos por uma bôa politica». Compatriotas! Eu n3o comprehendo a razSo, ou antes nao quero comprehendel-a, mas affinuo-vos que tenho sido atrozmen- te perseguido pelo governo do sr. Floriano Peixoto. Apezar de ser de dominio publico os actos violentos e arbitrários que visavam minha individualidade nao é de mais entre outros salientar: i.° a ruina de uma das mais bsllas jóias do escudo da Republica a «Companhia Geral da Estrada de Feiro do Brazil ;- F.ssa estrada tem tres vezes a extensão kilometrica da estrada rie ferro central. Sobrevindo complicações na ge- rencia financeira d'essa empreza á qual o ineu nome estava ligado como negociador do empréstimo bem iniciado na praça de Lon- tires, o governo pretendeu attingir á minha pessoa esmagando e arruinando essa em- prc:za, e conseguio patentear ao publico a minha nenhuma responsabilidade nos negócios d'essa empreza para o auxilio da qua! aliás concorri com avultadas sommas; 2 " Voltou-se então o governo para o ata- que á minha fortuna particular, á luz ao dia por meios licitos, pois nem mesmo es- peculei arriscando no jogo da bolsa quan- tias superiores aos meus recursos. Esse at- tentado á minha fortuna particular está no dominio publico e devia ter sido liquidado se houvesse justiça e desinteresse as aueto- ridades do paiz no dia em que o juiz «por despacho* levantou o embargo dos meus bens, embargo esse feito pelo banco da R-.- publica em virtude de uraa fiança rie divi- das de terceiros. Assim, porém, não acon- teceu, pois a fallencia foi levada á eííeilo pela juitiça federal contra a vontade dos meus únicos credores com quem eu tinha contas correntes garantidas e nao vencidas: 3.0 Fui destituído do posto de tenente-co- ronel da guarda nacional sob o pretexto de ter perdido os direitos de cidadão brazilei- ro pelo facto de ter acecitado o titulo es» trangeiro, quando c certo que fui agraciado pelo governo Pórtuguez com o titulo de Visconde que uzava com a devida licença do governo provisório antes que a lei actual o prohibisse, e depois d'e.sa prohibição nao acceitei titulo algum, pois o que se deu foi accesso cie hyerarchia de um titulo qne legalmente uzava: .', ° Nâo obstante o pro- cedimento do governo destituindo-me do posto de tenente-coronel, o que implicava o reconhecimento nacionalidade ingleza para mim, fui desterrado para Cucuhy no alto rio Negro, pena que poderia ser applicada a «idadaobrazile-iro, o que bem prova a parcialidade e a paixão com que tem o governo\3rocedido em relação a mi- nha pessoa. Essa pena de desterro fçii applicada com preterição de todas as regras processoaes, pois preso ^«mettido'á bordo d'um navio de guerra, d'áhi fui conduzido para o des- ¦ terro, sem que ao menos o mais ligeiro in- terrogatorio verificasse .^fuinha culpabili- dade. O destino do meu desterro, Cucuhy, na fronteira da Venezuela ?. dois mil e trezen- tos kilometros da fóz do Amazonas, pôde sem grande esforço ser considerado como uma tentativa de assassinato, pois, é sabido e consta até de documentos officiaes que a viagem para Cucuhy é cheia de perigos por causa das innumeras cachoeiras, mais pe- rigosas ag.ra no tempo de enchente, de- mandando no minimo 40 a 50 dias devia- gem por lugares desertos, sem pouso nas margens do rio, obrigado a dormir ao re- lento, exposto ao tempo, aos insectos, aos reptis e ás feras sem que tivesse havido prevenção de espécie alguma da parte do governo Aqui mesmo em Santa Izabel aonde me conservo a espera de ser condu- zido para Cucuhy, apezar de estar ainda li- gado com a capital do Estado por uma li- nha mensal de vapores, sinto os effeitos da desconsideração do governo, pois Santa Izabel é constituído por duas palhoças e um barracão deshabitado com umas vinte almas de população, e essas mesmas em sua quasi tolalídade doentes de impaludis- mo chronico Chegando aqui ficaria com os meus companheiros de desterro ao relento se n3o fosse o barracão vazio em que nos installamos, generosamente cedido por um habitante do lugar. Esse barracão cercado de bambu está á beira do rio situado n'um terreno alagadiço e é coberto de palha ten- do por aoalho o próprio chão e esse mes- mo esburacado e infiltrado pela agua do ^•io e ahi, noa installamos de promiscuída- de com praças de pret que nos acompa- nhao. Por mobilia conseguimos, por em- prestimo, uma pequena e velha mesa e cinco cadeiras em péssimo estado. O lugar é paupérrimo; quasi nada ha que se possa comprar, salvo cachaça e alguns objectos próprios de commercio com os indios, sen- do insufficiente o rancho que nos foi for- necido pelo governo. Esse mesmo barracão que habitávamos teve de ser abandonado pelos desterrados por ter sido invadido pela enchente do rio, estando nós agora ifura sitio no meio da matta virgem á algumas léguas acima de Sauta Izabel, tendo por habitação uma palhoça. Assim mesmo na opinião de pessoas que conhecem Cucuhy, estamos aqui muito melhor do que lá, quan- do podessemos chegar com vida, pois n'esta quadra nem mesmo os que tem os seus interesses arriscam a viagem. Nao tenho que agradecer ao governo o estar ainda aqui porque esforços elle n3o poupou para alugar, comprar ou tomar canoas e arranjar tripolaçao indígena para nos fazer seguir, tendo sido baldados todos esses es- forços. Compatriotas! Este governo que nos des- ' terrou para semelhante lugar pondo en V 4 , X \ * YY-Y''''- iX->V:Z*'X:-*.; j - .--.."v. ¦;. •'¦;.-".-•.•.-':-,¦•-;/,..•. if.'í.:. :>.¦'¦ 'W% * \l MANCHADA

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ORGAM DO PARTIDO REPUBLICANO DEMOCRÁTICORedacção e Officina—Praça Saldanha Marinho n. 25

Assignatura dolntoi.orAnno 248000»Semestre 128000

C_ii__.I2C_i_ik.I_50 CORBBIO 305Numero atrazado 500 róis

DA REDACÇAO-Dr. Ameríeo ií Santa Rosa ¦«í *mW in.>™*'i» rmtm. ¦>..¦.-_••«* h/-' \-J,' -xa,•¦¦%'..-i,%ra. GERENTE DA EMPREZA—Augusto A. SantaRosa(D Democrata

Bbíbm; 28 de junho de 1892.

Os amigos do dr. Lauro Sodró fi-zeram-lhe, 110 primeiro anniversariode sua investidura no .cargo de Go-vernador, uraa manifeslaçílo de ca-racter politico, em que a lisouja pôdefartar-se em louvaminhas eutreteci-das com phrases arrébicádas e osexaggeros de convenção.

O partido radical tem sido tão pro-digo em manifestações, que se o dr.Lauro Sodré tivesse experiência davida, dev.eria ter descoberto na ho-menageft^flofr-manifestantes a zum-baian^pwtídarismò envolvida nacapa aa'sinceridade patriótica.

Esses mesmos que seguiram n'umtrem expresso até o Marco da Légua,para thuriferar o Governador, quei-niaram o incenso de sua admiraçãoante o vulto de seos antecessores, obacharel Justo Chermont e o capi-tão-tenente Huet de Bacellar.

As mesmas palavras bombásticas,os mesmos elogios aos releymtissi-mos serviços desses dois cidadãos, asmesmas homenagens ás suas virtu-des e patriotismo, foram proferidascom as solemnidades com que a ba-julação procura realçar as suas ex-pansões de falso enthusiasmo.

. Entretanto já ninguém se lembramais dos dois í>e.ieme?,i7os,senãoparacobril-os de ridículo, ou lhes cuspirinjurias como reprobos, que o parti-do se envergonha de terpossuidoemseo seio.

Mire-se o sr. Lauro Sodré no es-pelho da lealdade de' seo3 correligio-narios, e diga-nos depois á puridadese valia a pena ter tomado a serio amanifestação, como parece, pronun-ciando um discurso politico, uo qualesquece a sua posição para derramaro fei do seo ódio contra seos adver-sarios ; mente á sua consciência, fi-guraudo uma solidariedade politicaque não existe desde o golpe de Es-tado de 3 de Novembro, e abateo seo caracter nas humilhantes refe-rencias ao chefe radical, que o votoua completo esquecimento.

Pensa o Governador que o dr.Paes de Carvalho em um tão curtoespaço de tempo já esqueceo as bru-talidades positivista? dos seos tele-grammas depois de 3 de Novembrode 1891, e a perversidade com queo colloeou n'uma posição ridículapara fazer figura a sua custa f

Estas palavras escriptas com o co-ração sangrando de dor e despeito nãopodem ser apagadas facilmente damemória do offendido, ainda mesmoquando mais tarde o arrependimen-to venha dar em publico satisfaçãoplena, apregoando a benemerenciaespesinhada com desabrido máo hu-mor.

Recordando o nome do dr. Paesde Carvalho, não podia o Governa-dor passar em silencio o do dr. JustoChermont, que foi o seo braço direi-

FOLHETIM 16

POR

FRANÇOIS COPPÉEDA

Aeademia Franeeza

(Continuação)

XI

Ha mais de seis mezes que Henrique-ta não viera mais ahi, espera que ninguéma reconheça. -

Mas tia Renouf tem bôa memória, elogo que avistou a operaria:

—Ahi é mam'zelle Henriqueta pergun-tou-lhe. Como tornou-se rara?... Vem semduvida saber- como vae o filho de Mada-me BernardI... Ah! não vae bem, o pobrerapaz 1 Decididamente, parece 6 a febretyphQide... En«9, o^e tem?.,, Está tao

to nu organisação do partido, do go-verno, o fiel interprete da sua politi-ca de transacções, e o executor rigo-roso de seos planos, se não era ao con-trario, como muitos acreditam, o dr.Paes de Carvalho quem se movia aosacenos du ambição do seo amigo.

Tão identificados estiveram nin-bos nn direcção do partido radicalque isolal-os para dar excluzivamen-te a um as glorias de exaltação doEstado a gloriosa culminância em{jue encontra-se é faltar a verdadehistórica, 011 mentir á consciência,engrandecendo publicamente o que110 intimo se condemna.

A administração do dr. JustoChermont está tão intimamente li-gada á vida do partido radical, quefora grave injustiça esquecel-a, quan-do se enaltece o grande lino poli-lico e a superioridade dc direcçãodo dr. Paes de Carvalho.

Como se explica, pois o silenciodo dr. Lauro Sodré com relação aoprimeiro Governador deste Estado ?

A inveja, não, fazemos-lbe estainjustiça, não actuou no seu espirito,foram outros motivos de ordem po-litica.

Membro do ministério, que assu-miu a responsabilidade do golpe deEstado, o dr. Justo Chermont tor-nou-se incompatível para com aquel-les que combateram a dictadura econcorreram para a sua queda.

Pela mesma razão considerou-seincompatibilisado o dr. Paes de Car-valho, e rasgando o seu diploma desenador e abdicando a chefia de seupartido, recolheu-se á vida priva-da.

Bem sabe portanto o Governa-dor que entre elle e o antigo che-fe radical ha um vallo profundoque não sé enche com palavras es-tudadas de um discurso politico.

As suas lamentações por não vel-oagora no paiz -para continuar atarefa do engrandecimenlo do Es-tado, ou são uma oífensa ao caracterdesse patriota, que não poderia es-tar ao lado do Yice-Preàidente Fio-riano Peixoto, ou uma mauifesta-ção hypocrita, que não se compade-ce com a dignidade, de que deve es-tar sempre revestida a primeira au-toridade do Estado.

Do illustre governador do Estado doAmazonas, recebemos o seguinte acompa-nhaudo a sua Mensagem lida perante oCongresso Amazonense:

«Manáos, 2 de Junho de 1892Illustre cidadão.— Apresento-vos meus

respeitos.Communico-vos que a Io de Junho cor-

rente tomei posse do cargo de Presidentedo Estado do Amazonas, para o qual fuieleito por suffragio directo do Povo em 22de Abril p. passado.

No exercicio do espinhoso cargo que es-pontaneamente me confiou a SociedadeAmazonense me encontrareis sempre prom-pto a cumprir as vossas ordens dentro doslimites da lei e da justiça.

Como particular podeis dispor dos meusserviços como for de vossa agrado.

Saude e Fraternidade.

Agradecemos.Eduardo Ribeiros

pallida?... Ahi meu Deusl está encom-modada ?

Henriqueta cambaleara, com effeito, fe-rida no coração. A tia Renouf fel-a de-pressa sentar-se na sua cadeira de braços,—onde depois que deixa o seu cordão, anoite, passa pelo somno,—procurou o seuvidro de agua de melisia, nao o encontrou,e começou a perder a cabeça. Mas a cos-tureira que desfalecü deixa então cahir (asua fronte sobre o hombro da bôa mulher,e, sem forças para conter a sua dôr, excia-ma, desfeita em lagrimas:

—-ArmandoI... Meu querido Armando I...Ah I a tia Renouf nao precisa ter mais

ampla confidencia. Um momento estupe-facta comprehendeu tudo agora!

Porem ella tem bom coração, a velha!Amou sem duvida como qualquer outra, noseu bello tempo. Isto faz-lhe ferver o san-gue ver essa bonita moça soffrer tanto, eemprega todos os meios para dar-lhe umpouco de coragem.

—Como, mam'zelle Henriqueta? M Ar-mando é o seu bom amigo ? Eis ahi umacousa regular!

Tenho muito receio, minha pobresinha,que tenhas feito uma grande loucura. Masnao édisto que se trata... E, primeiramen-te, é preciso nao desesperar. Elle está do-ente, é verdade, mas é moço, tem forçaspara resistir. Aposto, que se restabelecerá...Vamos! vamos! tranquilMse-se... Siml eubem sei. Essas dôros, fazem muito mal,quando setem «ra sentimento.,.

COraitbc anitiuctiiarui—«MO»--.

-Diocurao cio arismloa.

Levados pelo sentimento de adoração aoPoder, acharam-se por acaso reunidos eraum wagon da listrada de Ferro tle Bragança, expressamente destinado ao Marco daLégua, alguns representantes, funecionariuse empregados públicos do Estado.

Em outro carro estavam duas bandas demusica marciaes.

Era o dia anniversario da eleição dodr. Lauro Sodré para o cargo que oecupa,elevado monte que elle vira em sonhos umanoite do anno de 1SS9

Vindo fatigado e triste de certa casa doUmarisal, onde alta noite e ás oceultas sereuniam uns seis conspiradores, tramandocontra as instituições politicas de então,adormecera elle profundamente, e D. Ca-milia, a proprietária da referida casa, qunldeusa do paganismo, apoareoeu-lhe vestiriade branco, tendo na cabeça o barrete phry ¦gio, e assim falou-lhe:

«Illustre discípulo do sábio Benjamin, oinfatigavel perseguidor da Ciiiméra.

Nao te síflíjas nem desanimes econtinuaa servir á causa da Republica com a espadana cinta.

Parte para a Côrte, como te ordenam osDestinos.

Nao está longe o dia em que ruirá o thro-no do mais sábio e liberal dos monarchasda terra, e o Império de Santa Cruz aeráentregue á sanha dos vencedores, comoeuorine cadáver atirado ás moscas e aosvermes.

Júpiter assim o quer e Marte executaráos seus desígnios, indo em pessoa dirigir olevante das tropas descontentes ao mesmotempo que a Traição, sob as fôrmas rie valente e fie! guerreiro, iiludindo os ministrosdo velho Imperador, abrirá as portas doQuartel-General, onde as forças leaes seacharam encurraladas e sem comraandan-tes.

A ti está reservada uma grande gloria,além dos despojos e proventos: serás esco-lhido para governar amais rica região d'es-te vasto naiz, onde cresce a syphonia elas-tica, cujo leite é mais 3ucculento e preciosodo que o das cabras, vaccas e jumentas dnterra de Iracema.

Ahi reinarás, cercado de aduladores eambiciosos, e, emquanto a Discórdia fòrpreparando a tua ruina, irás exercitando csdotes oratórios nos banquetes politicos emanifestações laudatorias, e, de qunndo emquando, com a penna de aço que forj. >u Vul-cano, ferirás de morte os Jogmas obsoletosdas religiões e da politica, que por longosséculos tem feito a felicidade dos mortaesque habitam este planeta.»

Assim suecodeu. Os deuses nao mentem,e fora a própria Minerva que lhe falarapela bocea de D. Camilla.

Tres annos depois chegava á porta d"chalet, onde reside provisoriamente o illu-tre governador do Estado, um trem expr<s-so, arfando, silvando e fumegando furiosa-mente, e despejava ali os sizudos manifes-tantes em numero de 15, a fóra os pistons,clarinetes e mais figuras das bandas mar-ciaes, inclusive os respeitáveis bombos.

Introduzidos na sala das refeições, to-mou a palavra o valente capitão Martins,outr'ora mestre de meninos na formosa ci-dade de Cametá, celebre pelo valor dq queseus filhos deram provas no tempo da Ca-banagem, pela deliciosa geléa de cacau, deque faz grande commercio, e pela bellezatrariiccional das caboclas do Curiman.

Empunhando fina taça de champagne^ obravo capitão brindou ao Predestinado, emnome do partido radicai, de que o oradoré um dos directores, que entre si disputama primazia.

Respondendo, o dr. Lauro Sodré pronunciou um discurso politico de largo fole-go, por igual brilhante no fundo e na fór-ma

« O orador, observando que vive mais pelosentimento do çue pelo cérebro, agradeceuaquella homenagem como representante dasinceridade dos seus correligionários, que

Já passei por isso, nao fui sempre umavelha ridícula que cria canários... Como!continua sempre a chorar ? Pois bem, pa-lavra d'honm I deixe correr a agua. Alémde tudo, só ha isso para consolar, minhapobre filha I

E a gorda maman, toda commovida porver eása rapariga chorar e quasi prestes áfazer outro tanto, attrahio sobre o seu largopeito a bonita cabeça desconsolada e poz-sea acalental-a com meiguice.

A tia Renouf é uraa simples porteira, euma porteira que nao se toleraria em urnacasa de respeito. O seu aposento cheiravaa cozinha e a cebola e tinha um cheiroactivo das gaiolas dos canários Era apenasuma mulher velha muito commum e muitovulgar,_ e o compa^sivo nariz que inclinavapara Henriqueta estava todo entambusadode rape.

Sede comtudo abençoada, a tia Renouf!porque debaixo da sua camisa de cassa daíndia amarella com floresinhas existia al-guma cousa mais rara do que se pensa ge-ralmente, um coração indulgente e bom.

E graças á ella, essa filha do povo essapobre apaixonada, cuja falta era tao per-doavel e a quem a dureza das leis sociaorecusava o consolo de beijar o seu amantena hora extrema pôde pelo menos repeu-sar por um instante a sua fronte pezadasobre um seio de mulher, a sentir palpi-tar um pouco d; compaixão materna.

Hen^ueta, vinha çntao tqc.as as tardes

íormnm ;i agrremiuç.lo politica que fez noPnrá a Ropublica c tem orornnisiido aqui oinuortanle sorviço da reconstrui çao do Es-tado.:-

Por alli foi elle discorrendo c de seus la-bins saiam em borbotões eloqüentes phra-ses como de fonte perennc irrompem crys-tal.mis águas e mais longe, por entre osve-lhos troncos dos acapÍH, dos piquiás, desli-sam mansamente á sombra ila llorésta, ca-vando profundo leito, onde vivem tranquil-los os jandiás e acarás miúdos,

Esse trecho Iranscripto só por si mostra aimportância do discurso, cujo resumo, dadopela /''ovincia, ineiece ser lido, relido eme-ditado porque, diz o mesmo jornal, corres-ponde a uma profissão defe polilica, ao estou-rardo champagne; a quinta ou décima pro-fissão de lé que o cxcellentissimo tem leitoem eguaes circümstanciasí depois de 15 deNovembio de 89.

Ah! Seosdi.uses me tivessem consedidoo espirito agudo, a profundeza cie vistas deJulio Pires, tu tentaria a necessária e con-digna critica da monumental oração Mas ámira, niisero chtonisla, só é dado aprecial-asuperficialmente e de passagem, como ásgaivotas só e permettido apanhar os peixi-nhos que nadam a superfície dos mares.

Na grnnde expansão de sentimentalismoprovocada pelo discurso do orador dos ma-mfestarites e pelas melodias dos pifanos mar-ciaes, o dr. Lauro Sodré observou que vivemais pelo sem imento do que pelo cérebro!

Singular declaração de um propagandistade principies de uma moral humana, daphi-losophia positivista, e da politica republica-na; extranha confissão feita por um gover-nador de rico Eslado

Sempre ouvi dizer que o homem vive pelacabeça e a mulher pelo coração, e assim sedesculpam as fraquezas desta e a inllexibi-lidade e arrojo daquelle.

Esse conceito eu tinha como verdade pro-funda e inabalável, tradusidã nas obras pro-liigiosas da èstatuariaeda pintura, nos mo-ciumentos da poesia desde os poemas deHomero até aos sonetos de Sérgio Damas-ceno, aiiirmada por todos os sábios a come-çar de Salomão até o philosopho do Dá-fun-do. e consagrada pelas leis e pela jurispru-dencia anliga e moderna, nas taboas Roma-r,a3 c nos escriptas muito conhecidos do ju-risconsulto Bandeira sobre as terras do Ana-btjú, cuja propriedade elle reivindicou porcabeça de sua mulher.

Por feliz acaso, abrindo Les Caracteres,de La Briiyéro, leio o seguinte: «A. maiorparte das mulheres nao tem princípios: con-dusem-se pelo coração e quanto aos costu-mes dependem dos homens a quem ellasamam..--

Quantos corollarii s nao sc poderia tirardesle conceito, pondo-o em frente da decla-raçio do illustre governador!

No homem que vive mais pelo senti-mento do que pelo cérebro suppocm-se asfragiiidades características do outro sexo ;porque, ouse trate da mulher ou do homem,desde queo coração domina e o cérebro obe-dt.ee. pouco valor tem os princípios de quedecorrem as regras ria condueta moral e ci-vil.e as setas do Amor, da Amizade, da Gra-tidao, do Despeito e cie tantas outras pai-xõís, atravessarão facilmente a coraça dusvirtudes, quisera a tempera que lhe dir aRasao, hao pode ler o brilho e a irapene-trabilidade da armadura do divino Achilles.

A' grandes perigos está exposto o illustregovernador e nao sâo menores os que amea-çam o Estado cuja sorteseacha a mercedosseus aíp-ctos!

Oh! Deuses immortaes!Nao abandoneis o Predestinado.

Dl.MOPHILO.

Consta que monsenhor Gotti, novo inter-núncio apostólico, traz da Santa Sé instru-cções para negociar com o governador daRepublica a revogação rias restricções quea nos.a legislação estabelece á alienaçãodos bens das ordens religiosas.

O sr. ministro do Interior está tratandoile achar pessoa competente para elaborarum código florestal.

E' assim tao dillicil ?

saber noticias de Armando no aposentoda tia Renouf, depois que terminava o seutrabalho.

Porque para os pobres é assim. Aindaque tenham o coração cheio de pezar énecessário trabalhar para ganhar a vida.Pela lama e pelo nevoeiro das noites deinverno, vinha apressada sob as arcadas darua Rivoli, atravessava a rua do Carronsel,deserta á essa hora, e aquelles que viampor entre a luz baça ria electricidade, pas-sar essa costureira de pé ligeiro e saia ar-reg içada, podiam pensar, quo corria parauma entrevista agradável. Mas logo quechegava á ponte das Artes, demoruva opasso Distinguir) lá embaixo,sebre o caespor entre uma janella que bem conhecia,uma luz fraca. Era lá quo o seu amantelutava corn a merte. E"tío era invadidapor uraa súbita falta de coragem, e retar-dava o momniito de entrar no aposentoda tia Renouf.

As ultimas noticias foram 13o aterrado-ras!

«Febre intensa. O doente estava muitoagitado».

O que iria saber de sinistro e desespe-rador ?

E ha dez dias que isto durava, duranteos quaes a pobre rapariga vivera como envolvida em uma atmosphera de espanto.

Entretanto, uma das costureiras da casaPaméla, que oulrW tivera a febre typhoi-de e a quem Henriqueta interrogara sobrea terrivel moléstia, dissera-lhe que depois

O Conde de Leopoldina á naçãoNao posso deixar passar em silencio e

sem protesto a injustiça d.i governo do sr.Floriano, qualificando.me no decreto queme desterrou, de máu cidadão e inimigDda Republica.

O meu proceder, a minha condueta sup-portam qualquer examo de. syndicancia, edesafio a quem quer que seja descobrir actomeu, quer como negociante, quer como in-dustrial, banqueiro ou cidadão, que me des-honre ou que me faça merecer semelhantesepithetos.

_ Minha viria e actos sao bastante conhe-cidos. Nascido na Escossia de pae. ingleze mae brazileira, vim aos seis annos de ida-de para o Rio de Janeiro, acne!» fui educa-do. Aos treze annos entrei para a vida^com-mercial no Rio rie Janeiro, e, em 1880, ti-nha então iq annos, segui para o Pará. aon-dc continuei a dedicar-m-.; ao commercioAhi casei-me com uma senhora brazileira;em 18S5 regressei ao Rio e segui a vida in-dustrial, dedicando-me mais Urde, com afortuna adquirida na industria, a operaçõsbancarias, conseguindo accumular honesta-mente grande fortuna.

Minha vida foi largamente commentadapela imprensa da capital, e quem a ella re-correr nada encontrará dc desairoso á mi-nha individualidade. Tenho consciência d-:ter contribuído na medida das minhas for-ças para o bem do meu paiz, e o bairro deF. Christovam, no Rio de Janeiro, ahi estápara o attestar. Nesse bairro construi vas-tas odicinas e fabricas de industrias intei-raraente novas nVste paiz e ediliquei emlarg.a escala. Orgulho-me de ter assim contribuido para a subsistência, por meio detrabalho honesto, a muitos milhares de fa-milias.

Máu cidadão n3o é por certo aquelle queemprega 03 seus capitães na pátria que adi;-ptou como sua, como eu o fiz, pois só embens de raiz empreguei no Brazil quantiasuperior a oito mil contos de réis, confiei ásindustrias brazileiras, ainda nascentes, cer-ca de vinte e um mil contos de icis; man-dei construir na Europa paquetes para sul-carem o Oceano, arvorando a bandeira bra-zileira.

Protesto, portanto, contra o tratamentodc inimigo da Republica, que me é dadopelo governo, e o repillo com altivez.

Compatriotas! Fiz e faço opposição aoactual governo do sr. Floriano Peixoto, naopelos meios legaes, combatendo franca-mente pela. imprensa, nao só aqui corao noestrangeiro, nao me tendo poupado mesmoa quaesquer sacrifícios era favor de jornaesque combatiam o governo, que eu julgo omais pernicioso e fatal de quantos o Braziltem tido. E para provar que tenho razãoahi estao patentes os resultados da politicanefasta de semelhante governo: a anarchialavra em todos cs Estados; o cambio des-ceu á taxa a que nunca chegou, nem notempo da guerra do Paraguay; a industriaque, triumphante, principiava a levantar acabeça, curva-se arquejante diante da op-posição e má vontade que o governo mani-festa; o povo geme debaixo da carestia detudo quanto llíe é indispensável á vida, ocredito do paiz está inteiramente arruinado.

Compatriotas! O governo que eu julgonecessário ao meu paiz é outro; um gover-no civil, preUigiado e escoimado da influen-cia militar, composto de cidadãos conheci-dos no velho mundo.

Só assim este paiz se elevará á altura aque tem direito pelas immcnsas riquezasnaturaes de que dispõe; os capitães estran-geiros serão attrahidos pela confiança e fo-raentarao o desenvolvimento rias estradasde ferro, das fabricas e da navegação ilu-'vial, melhorando assim as nossas condiçõesfinanceiras c o bem estar geral pela expio-ração de suas incalculáveis riquezas.

Conseguido isso, o Brazil se collocará emcondições de facilmente attrahir a imnii-graçáo, e prosperará pela exploração desuas immensas fontes de riqueza e facili-dade de transporte de seus produetos demodo a saldar em pouco tempo a sua di-vida.

Tanta confiança tenho no que aflirmo,que, cora quanto considere o paiz agora in-teiramente arruinado pela politica da actualadministração, disse ao repórter do New-York llcrald, com quem tive um intendeu'

do nono dia, o perigo de morte, se aindanao estiver decidido, é pelo menos muitomenor. E' um preconceito popular, que aesperança de Henriqueta acceitara apaixo-nadamente.

Quer crer que a mocidade de Armandosahirá victoriosa da lueta, que se restabe-lecerá, que já deve ir a melhor. Esta noite,foi com um passo mais firme, que correuao cae3 Malaquais, foi quasi cheia de con-fiança que deu a volta na fechadura doaposento da tia Renouf.

Deus de misericórdia-! Sobre a n-eza re-donda, ao lado do<s cartões de visitas amon-toados, n3o vio mais a folha de papel, es33boletim medico, cuja vista só a enchia deterror, e sobre a qual entretanto lançava-secom toda a anciídaris! A tia Renouf, como ar consternado. levantou-3e da sua ve-lha poltrona, abaixou a c. beca, e deixoucnhiros braços... Ah! está tudo acabado!Armando morreu!...

Armando morreu! Um dedo invisível odesignou estre todos no meio da multidãohumana, um hálito mysterioso soprou so-bre elle; e esse espirito luminoso, esse co-ração ardente de amor, esse olhar ondeUuctuava a sombra de tantos bellos e mei-gos sonhos, esse foco de mocidade, essachamma de esperança, tudo isso extinguiu-se bruscamente, como cahe e extingue-seuma estrella na sombra azul de uma noitedc Setembro!

(Continua.)

1:0 porto do Pará, que «aptrar do péssimoeslado financeiro actual da fiação, a rique-za do Brazil era tal, que eu acreditava po.-sivel, desenvolvida a immigraçao nos Esta-dos do Pará e Amazonas, pagar ern pourotempo a divida nacional, só com a renr'ad'esses dous Estados rriteriosamente dir'-gidos por uma bôa politica».

Compatriotas! Eu n3o comprehendo arazSo, ou antes nao quero comprehendel-a,mas affinuo-vos que tenho sido atrozmen-te perseguido pelo governo do sr. FlorianoPeixoto.

Apezar de ser de dominio publico osactos violentos e arbitrários que visavamminha individualidade nao é de mais entreoutros salientar: i.° a ruina de uma dasmais bsllas jóias do escudo da Republicaa «Companhia Geral da Estrada de Feirodo Brazil ;- F.ssa estrada tem tres vezes aextensão kilometrica da estrada rie ferrocentral. Sobrevindo complicações na ge-rencia financeira d'essa empreza á qual oineu nome estava ligado como negociador doempréstimo bem iniciado na praça de Lon-tires, o governo pretendeu attingir á minhapessoa esmagando e arruinando essa em-prc:za, e só conseguio patentear ao publicoa minha nenhuma responsabilidade nosnegócios d'essa empreza para o auxilio daqua! aliás concorri com avultadas sommas;2 " Voltou-se então o governo para o ata-que á minha fortuna particular, á luz aodia por meios licitos, pois nem mesmo es-peculei arriscando no jogo da bolsa quan-tias superiores aos meus recursos. Esse at-tentado á minha fortuna particular está nodominio publico e devia ter sido liquidadose houvesse justiça e desinteresse as aueto-ridades do paiz no dia em que o juiz «pordespacho* levantou o embargo dos meusbens, embargo esse feito pelo banco da R-.-publica em virtude de uraa fiança rie divi-das de terceiros. Assim, porém, não acon-teceu, pois a fallencia foi levada á eííeilopela juitiça federal contra a vontade dosmeus únicos credores com quem eu tinhacontas correntes garantidas e nao vencidas:3.0 Fui destituído do posto de tenente-co-ronel da guarda nacional sob o pretexto deter perdido os direitos de cidadão brazilei-ro pelo facto de ter acecitado o titulo es»trangeiro, quando c certo que fui agraciadopelo governo Pórtuguez com o titulo deVisconde que uzava com a devida licençado governo provisório antes que a lei actualo prohibisse, e depois d'e.sa prohibiçãonao acceitei titulo algum, pois o que se deufoi accesso cie hyerarchia de um titulo qnelegalmente uzava: .', ° Nâo obstante o pro-cedimento do governo destituindo-me doposto de tenente-coronel, o que implicavao reconhecimento dí nacionalidade inglezapara mim, fui desterrado para Cucuhy noalto rio Negro, pena que só poderia serapplicada a «idadaobrazile-iro, o que bemprova a parcialidade e a paixão com quetem o governo\3rocedido em relação a mi-nha pessoa.

Essa pena de desterro fçii applicada compreterição de todas as regras processoaes,pois preso ^«mettido'á bordo d'um naviode guerra, d'áhi fui conduzido para o des- ¦terro, sem que ao menos o mais ligeiro in-terrogatorio verificasse .^fuinha culpabili-dade.

O destino do meu desterro, Cucuhy, nafronteira da Venezuela ?. dois mil e trezen-tos kilometros da fóz do Amazonas, pôdesem grande esforço ser considerado comouma tentativa de assassinato, pois, é sabidoe consta até de documentos officiaes que aviagem para Cucuhy é cheia de perigos porcausa das innumeras cachoeiras, mais pe-rigosas ag.ra no tempo de enchente, de-mandando no minimo 40 a 50 dias devia-gem por lugares desertos, sem pouso nasmargens do rio, obrigado a dormir ao re-lento, exposto ao tempo, aos insectos, aosreptis e ás feras sem que tivesse havidoprevenção de espécie alguma da parte dogoverno Aqui mesmo em Santa Izabelaonde me conservo a espera de ser condu-zido para Cucuhy, apezar de estar ainda li-gado com a capital do Estado por uma li-nha mensal de vapores, já sinto os effeitosda desconsideração do governo, pois SantaIzabel é constituído por duas palhoças eum barracão deshabitado com umas vintealmas de população, e essas mesmas emsua quasi tolalídade doentes de impaludis-mo chronico Chegando aqui ficaria com osmeus companheiros de desterro ao relentose n3o fosse o barracão vazio em que nosinstallamos, generosamente cedido por umhabitante do lugar. Esse barracão cercadode bambu está á beira do rio situado n'umterreno alagadiço e é coberto de palha ten-do por aoalho o próprio chão e esse mes-mo esburacado e infiltrado pela agua do

^•io e ahi, noa installamos de promiscuída-de com praças de pret que nos acompa-nhao. Por mobilia conseguimos, por em-prestimo, uma pequena e velha mesa ecinco cadeiras em péssimo estado. O lugaré paupérrimo; quasi nada ha que se possacomprar, salvo cachaça e alguns objectospróprios de commercio com os indios, sen-do insufficiente o rancho que nos foi for-necido pelo governo. Esse mesmo barracãoque habitávamos teve de ser abandonadopelos desterrados por ter sido invadido pelaenchente do rio, estando nós agora ifurasitio no meio da matta virgem á algumasléguas acima de Sauta Izabel, tendo porhabitação uma palhoça. Assim mesmo naopinião de pessoas que conhecem Cucuhy,estamos aqui muito melhor do que lá, quan-do podessemos lá chegar com vida, poisn'esta quadra nem mesmo os que tem láos seus interesses arriscam a viagem. Naotenho que agradecer ao governo o estarainda aqui porque esforços elle n3o poupoupara alugar, comprar ou tomar canoas earranjar tripolaçao indígena para nos fazerseguir, tendo sido baldados todos esses es-forços.

Compatriotas! Este governo que nos des- 'terrou para semelhante lugar pondo en

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O DEMOCRATA 28 de Junho dcl892

g^i m "Kilji JEÜAMTESAppvovudo o nutorismlo tívontlii pela Faiii." [npoctorin Gorai doHygione Publica dos Estados Unidos do Brazil

REMÉDIO JVÍAlo PODEROSO E INFALLIVEL CONTRA AS SEZÕES E FEBRES DE QUALQUER CARACTERCuras extraordinárias succedem-so todos os dias ! Nüo falha uma só voz.

Preparado unicamente na—IFEEÃRMAGIA 3SPA,TEQAIJTBS--Rua da Imperatriz n. 50risco nossas vidas, mandou nos dizer quonos pcrmittia trazei nossa»esposas e filhas II

Compatriotas I Concluindo ontrcgo-meao sagrado tribunal da opinião publica quejulgar/i todos os actos da minha vida, e des-prezando ns calumnias e intrigas que osinimigos tiverem levantado contra mim, mo'ará justiça.

Quanto ao governo do sr. Floriano de-vem estar abertas as câmaras e confiandona justiça e rectidão que sempre lhes temservido de norma, espero pedirem contas eprovas dos seus actos, deante dos quaes nflopodcrA deixar de cabir um governo quetanto tem prejudicado o Brazil.

Santa Izabel, Alto Rio Negro, 2 de Junhode 1892.

Condi; de Leopoldina.

Du li- ju um diante, se o exomplo pe-gar, quem, dcanto de uni' governo, comoo dn sr. Fl niano Peixoto, qmzer, ler ahonra riu ser considerado suspeito, devecomoçar por enriquecer, para evitar o as-sassinato pela fome. lio governo, que as-sim nos trata, manda-nos aconselhar quetrouxéssemos nossas famílias III»

(Do Commercio do Amazonas,)

Os desterradosEM TABATINGA

Temos noticias sobre os desterrados emTabatinga.

ü general José Clarindo de Queiroz,que, ainda enfermo, tornou para o dester-ro alli, a bordo do aviso Tocantins», com-mandado pelo 1o tenente Gama Bentes,sentiu-se muito mal durante a viagem.

Chegou a Tabatinga sem experimentarmelhora alguma.

No percurso de Manaos ao desterro,ter-se-iam aggravado certamente os pade-cimentos do bravo militar, se o comman-dante do aviso, reconhecendo o seu esta-do, nao lhe oílerecesse a câmara que lheó especialmente reservada.

Com razão, o general José Clarindo mos-tra-se muito grato ao tenente Bentes, pe-Ia gentilesa com que tratou-o durante aviagem.

Os demais desterrados em Tabatingaficavam sem novidade.

EM CUCUHY¦»

Chegou a esta capital, a bordo do Ja-vaiy», vindo ante-hontem do Rio Negro,o alteres Rego Barros, commandante dodesUcamento que guarda os presos des-tinados a Cucuhy e que ficaram em San-ta Izabel por falta de meios de transporte

O -Javary» trouxe cartas datadas a 12do corrente.

Uma a'essascartrs,—merecedora deto-da a fé, pois assigna-a um dos presos po-líricos,—da idéa de quanto se procuratornar mais pungente o martyrio porqueestão passando aquelle punhado de im-perterritos patriotas.

O dr. José loaquim Seabra, deputadopela Bahia e lente da faculdade de direi-to do Recife, esteve bastante enfermo, gra-vemente mesmo, de febres palustres, ten-do tido um accesso de 41 gráos com phe-nomenos nervosos.

Nao obstante já haver sarado, não est/i,entretanto, de todo restabelecido, porquan-to resta-lhe um embaraço gástrico, quetem sido difficil de remover, por falta dealimentação adequada, visto como, desdeque o alferes Rego veio pela primeira veza Manaos em data de Io do corrente,—no intuito de conduzir gêneros,—os des-terrados ficaram reduzidos a manter-secom carne sêcca, bacalháo, arroz e bola-cha.

DiiTicilmente encontrava-se para o dr.Seabra, uma ou outra vez, alguns ovos,»por muito favor,—diz a carta,—e pormaior favor ainda uma ou outra gallinha,»alimento que o enfermo nao pode sup-portar.

Continuaremos a transcrever os tópicosmais interessantes:

—c Imagine como se poderia alimentarum doente, habituado ás commodidadesda vida civilisada, que acaba de sofTreruma febre palustre grave, acompanhadade perturbações para o apparelho gastro-intestinal !

Depois, adoeceu também gravemente ogrande tribuno e grande jornalista, o li-bertador dos escravos, José do Patrocínio,que, felizmente, se acha restabelecido áhora em que lhe escrevo.

O alferes Rego Barros.de volta de Ma-náos, nos informou que o governador naoaviou o pedido de gêneros que lhe foientrfiguc para o nosso cons\xmo,poiquc re-cebeti 01 dem do governo geral para suspen-der lodo e qualquer fornecimento, conservan-do-nos assim ti fome !

E' curioso !! 1Atira-nos aqui em Santa Izabel ao tem-

po, porque o rancho de palha em queresidíamos—e que foi inundado—foi ce-dido por um morador, inundado elle, mu-riamo-nos para outro mais adiante, on-da nos achamos, egualmente fedido pe-lo dono, que, para isso, retirou-se; faz-nos guardar por uma força armada em péde guerra; sabe que estamos em um lo-gar completamente baldo de recursos, on-üe nao temos facilidade de communica-çao para Manaos, praça onde n3o temosrelações, tendo sahido ás pressas do Rio,sem ao menos haver tempo de nes pre-venir de dinheiro ou de cartas de credi-to, e manda que nos nao alimentem, de-pois de ter descurado de nos agasalhar.E' o assassinato disfaiçado pela fome, ago-ra que se sente impotente de nos entre-gar á morte nas cachoeiras do Rio Negro.

Falhou, porém, ainda esse golpe, porqueuma lancha trouxe por conta do Condede Leopoldina, que tem correspondentesem Manaos, abundante rancho para nós;de sor^e, que, livres de morrer afogadosnas cachoeiras do Rio Negro, ainda esca-paremos á fome, a que o governo julgouagora condemnar-nos.

Restam ainda as enfermidades, que, mes-mo agora na enchente, já visitaram doisdos nossos e de modo assustador e quena vasante do rio nos faraó por certo maisfr qunntes e mais impertinentes visitas, pon-do ainda em risco as nossas vidas.

Das cachoeiras nos livrou a falta decoiiducçao; da fume, as relações do Con-d-' de Leopoldina; das moléstias.,.a Frc-videncia.*.•!>"' • IM li;|M*<>M*« *• IMUItMtMMUIH litMtt tf

ALGUMAS NOTICIAS

Com ;\ chegada do vapor «Javaryj», entra-do do Rio Negro, podemos colher algumasnoticias dos distinetos exilados para Cucuhye que, a falta de meios de transporte, aindase acham em S. Izabel.

Vamos transmitir aos leitores do -Diário»essas noticias conforme as podemos consc-guir de um distineto e conceituado cavalhei-ro desta cidade e que conversou largamentecom as sympathicas victimas do marechalFloriano Peixoto.

Makéi iial Almeida Barreto

O venerando e honrado militar ficara a ul-tima hora bem enfermo, devido a uma vio-lenta pancada que recebera em uma das per-nas. na oceasiao que descia a ribanceira dorio para dirigir-se á lancha, que aportava elevava soecorros.

O ferimento de que foi victima o bravomarechal elle n'urna queda que deu, ofien-dendo cicatrizes mal feitas que possue o il-lustre deportado, em conseqüência de velhosferimentos recebidos na campanha do Ta-raguay.

Ha soffridobastante as picadas de insec-tos venenozos e, nao obstante a avançadaidade, o velho senador, o legendário solda-do, está de espirito forte e no seu rosto syen-palhico e respeitável a disposição de animoe a valentia se divisam.

Dr, Seabra

Ficou accommettido de febres palustresque por muitos dias se mantiveram n'uma in-tensidadc de 4t gráos !

Está muito pallido e abatido; faltando-lhe nesta emergência a dieta precisa.

JòsÈ do Patrocínio

Accommeltido também pelas febres pa-lustres está, comtudo, apezar dos repetidosaccessos, de espirito forte, vigoroso e senhorde si.

O primoroso jornalista, quando lhe per-mitle o seu estado de saúde, escreve muito.

COROXKL JACQUES OURlQUE

Tem soffrido alguns incommodosriesau-de e, n3o habituado a vida quasi selvagemdaquellas paragens, acha-se um tanto ma-gro, apresentando no physico visível diffe-rença de seu primitivo estado.

Conversa bem e no correr desta nílo d"i-xa transparecer desanimo e mostra-se resignado e disposto a supportar com altivez otermo desse castigo tão immerecido quantoselvagem.

Capitão Miranda de Carvalho

Tem soffrido ligeiras alterações desaude,próprios da grande humidade do teneno emque vivem

Está algum tanto abatido c sensivelmen-te magro.

Na conversação mostrava-se cahco e,como seus illustres companheiros, re.signad. 1e soffredor.

Co.vde de Leotoldina

Soffreu já um accesso das febres daquel-les logares.

Apezar dos incommodos que costumamdeixar os accessos febris está, como de cos-tume, corado e forte.

Nao dá signal de abatimento e, ao con-trario, na conversação é expansivo e alegre

O sr. conde de Leopoldina merece-nos,pela sua alta philantropia, as nossas maisrespeitosas expressões.

Com a enorme cheia que este annn inva-diu os nossos rios, o Rio Negro, conhecidocomo o mais faminto de todos, soffieu com-pleta falta de alimentação.

Sabemos que desde o primeiro ao ultimoponto de escala da linha do Rio Negro anei:essidade chegou a fazer victimas mes-mo!

• Em Barcellos, por exemplo, algumas pes-soas daquella localidade suecumbiram (custactel-o 1) a mingua de recursos.

De todos é sabido que nesta epocha é oRio Regro longo estirao onde campeia mui-ta necessidade, porque a caça e a pesca, deque se soecorrem os moradores, desappare-cem como por encanto.

Os exilados soffriam já e muito todas es-tas circumstancias e teriam, n'um desesperolegitimo da oceasiao, abandonado o inarty-risado exilio, se a bondade, philantropia eabastança do sr conde de Leopoldina naofczcsse ir desta capital, em lam-ha fretada asua custa, o necessário para deflendcl-os daagonia mais cruel que se possa solfrer—afome.

Entretanto, releva dizer aqui, as provi-soes que seguiram a pedido do sr. Conde deLeopoldina nao chegarão para mais de 15dias.

E, quanto a sorte que espera as sympa-thicas victimas da legalidade do sr Florano,ao terminar o rancho de que se sustentamagora, nada diremos, que a governaçao doEstado ha de sentir, com certeza, prazercomas privações que soffrerem os beneme-ritos brazileiros exilados em S Izabel.

capitAo dr. Lavrador

Está snffrendode iheumatismo, aggrava-d.) pela humidade do logar.

Forte, o dr. Lavrador de arma ao h'am-bro e punhal a cint*, vela incessante pelosseu amicosr; companheiros do di-steiro.

E' um bravo, e confiando nos pulsos enas inseparáveis armas não se arrereia da-feras d', quelles *enOa.s.

Os exilados vêem no dr, Lavrador o seu

esfa rçnd > e valinte coiopanholroí pnrquo,em vUrdadi), ú iim homem disposto a todoo gênero de trabalhos e lu'as.

Nn conversaçii 6 fluente, mostrando-sesuperior ás torturas que lhes inlltnge o go-vuno federal.

nu. Campos da Pa/

De espirito sereno, sempre disposto ásfacecias supporta, como riso nus lábios, asduras provanças do rigoroso degredo queexpa rimenta.

Medico,odr, Campos da Paz, exercitasua sciencia aos raros moradores d'aquellasparagens, que o procuram pura alivio doihroniro impaludismo de que soffrem,

Está de bô 1 saii(l>; c para isso uza noexilio das precauções ensinadas pela srien-cia.

E1 um homem forte e apresenta constan-te animação o bom humor.

a casa

E' uma palhoça rle 8 metros maisou me-nus de comprimento, coberta c tapada compalhas de bncabeira, tendo duas portas quedSo ingresso para os dois quartos em queestá dividida.

O solo, terra pura, está tniiitai humido,offerecendo por isso uma incommoda e per-niciosa habitação.

Os prisioneiros estão todos nestes doisquartos, mal agasalhados dormindo uns emredes, outros em ramas de lona

Os exilados, na dura provança em qufse veem. fizeram uma como varanda, ondese reúnem para as conversões e passatem-pos.

Esta varanda só tem coberturaE' nella que as illustres victimas fazem

as suas amargas rt-feiçOesA o sinha é feita por um rreado que na-

rece estar ao serviç. 1 d) Conde de Leopoldina.

Os exilados convencionar m que diária-mente saia dentre elles um que assumi: ocargo de maitre d'itoiel. tendo, como se vê,por principal serviço, dirifrir a confecçãodos variados quitutes de que elles se alimen-tam.

Esse serviço é distribuído com regulari-dade, nao escapando mesmo o velho ma-rechal Al me da Barreto que, com gosto, tro-ca a Rli.rinsa espada pela concha ria sopa

Merece especial menção 1 mobília comqui1 se servem os exilados:

Na varanda de qua- falamos vê n-se ri i>.;"/"a/'.t, d" um a.yst' ma qiia: 1 s rnais afamadosmarcineiros inv j.tri ara.

Sao seis estacas fincadas no s'-lo, guarne-citlàs de ach >s a<e paxiuba amarradas romo cipó ttaiubé- Alem destes dois moveisexistem ainda umas poucas cad.-iras ame-ricanas e duas outras, preguiçosa e de lona,do uso dos iilustres marechal Almeida Bar-reto e rir. Canina s da Paz.

A louça s-' compõe de uns poucos pratosfund s. d« f'ina esmaltado e ouuas tantaschia aras rio 111 smo gênero.

O- t-alhcns. pouc s -3o em verdadec -mo He marfim. - r'o a|ua' julga o nosso aligno inf armaiiii' que essas peças nao pe;ten-caia ao g 'V-rno que os collocou ali.

(D.a Diário de Mandos).

Matto-Grosso0 governo recebeu nm telegramma de

Assumpção annunciaiido-lhe completa pa*cilicaçào de Matto-Grosso.

O coronel Barbosa, chefe das tropas re-belladas communicou ao nosso ministro11'aqucHa capital que o general Ewbanlipodia tomar conta do commando do 6"distriçto militar.

Consta-nos que o governo mandou pro-cessai c responder a conselho de guerratodos os officiaes de mar e terra que en-traram na rebullião.

De Matto-Grosso escreveram á redacçàodo Paiz o seguinte:

• Podemos aflirmar que o 1." tenente daarmada Rodolpho Lopes da Cruz e seuscompanheiros da flotilha de Matto-Grossonunca desconheceram a autoridade do go-verno federal e do minis tro damarinha».

O Bispo do Rio dejaneiro recusou-se *h< nzer a ban leira nacional,allegàndo ca>mocausa rie seu procpdirrapnto ra symbolo po-sitivista—Oídcm e Progicsso.

Naufrágio do monitor "Soliraões"

Realisa-se amanha nos salões da Assem-Idéa Paraense << conceito que essa sociedárale promove em beneficio das famílias dasvictimas do naufrágio do monitor Solimões.

A arxeitação que teva' tao feliz la-mbran-ca está provada pela grande procura debilhetes para o concerto.

Nao é isto, porem, para extranhar, poistem-se visto que a sociedade paraensesabe sempre ser generosa quandovè ne-cessidade dos seus auxílios.

A col mia estrangeira que faz parte danossa sociedade consta-nos tem tomadouma pprte saliente n'e?sa festa de caridade,retribuindo rVéssa maneira o acolhimentoque em geral lhes dispensam os brazileiros.

Mais uma vez uniprimentamos aossociòsda Assembléa pelo acto digno que vSo pra-ticar.

Pedem-nos que participerriòs ao publico,oue as dujs interessantes meninas, VioletaTravassos e Julirta Pmh >, venderão bebi-rias. em um dos saiões semio o produetoapplicado em favor di« hen. fia iados; assimromã; que a Comia nhia Uab-na collocarábonds para todas as linhas, na rua do con-selheiro Joao Alfredo e canto da travessade S. Matheus.

Lê-se na «Republica» do Ceará:«Rio, 21.—A Câmara dos deputados conz

cluio hontem a eleição da meza. no 2.0 me-de sessão sendo toda reeleita Fairam apu-radas 121 sedulas, 76 pove.mistas e 45 daopposiçào.

A commissao de. constituição apresentouparecer sobre o projocto do senado, conce-dendo amnystia aosseriiciososdo dia 10 deAbril. 0 parecer contem era resumo os fa-dos e rirrurnstnncias mencionadas nos do-cumentos fornecidos pelo governo justifi-cando o estado dn sitio decretado naquellaoceasiao e as mp,-tidas de reoressao sob-ie-quentes C nriue 'fTe.rer.endo emenda aoprnjecto, aprovando aquelles artos.

Freitas e Ep;tario apresentar am voto emseparado, s

S 'hemo.s. diz n /ornaido Comméicio, queo governo, por tela grarama de 7 do ca-rren-te. mand 1 que f 'ssi-m remcttidas c( m ur-gpni Cuninanhia americana BinkN rie. trismilhõe de tio'as ri-a Thesouro,de iS; leusn ilhõ- (e 28:11"! milhão de 10S

O Marechal José Simeao de Oliveira eoutios membros da commissao que vai re-picsimtar o Brazil na Exposição do Chi-cago, partiriam do Rio de Janeiro para aEuropa no paquete inglez <Britannia».

BACHAREL PARAENSE

No vapor brazileiro entrado hontem, veioen visita de familia o nosso intelligente co-èstadano dr. Antônio Passos de MirandaFilho, que acaba de receber na faculdadede direito de S. Paulo, o gráo de bacharelem seiencias jurídicas e sociaes.

Ao recém chegado e seu digno pai dr.Antônio Passos de Miranda, apresentamosas nossas saudações.

Selvageria e arbitrariedadeQuinta-feira ultima, ás 11 horas da noite,

o cidadão Leonel Augusto Coelho, cm frenteá casa onde havia um baile, á rua do Roza*rio, ouvia a musica quando um sargento docorpo du infanteria do Estado, em coraple-to estado de embriaguez, dirigiu-lhe provo-cações o descarregou-lhe cacetadas, umadas quaes- feriu-lhe na região temporal.

Em seguida o celebre sargento, prendeua Coelho e tntregou-u a patrulha, mandan-do espaldeiral-o barbaramente.

Vimos Leonel Coelho; tem as costascheias de contusões e signaes de sabre, umferimento na face esquerda e outros em di*versas partes do corpo.

Leonel foi recolhido á cadeia e da par-te policial consta sua prisão—por desor-DKXS !

Além de selvagem e arbitrário tal pro-cedimento é infame.

Pois um sargento da policia, que deviaser o mantenedor da ordem e ter exem-plar comportamento, embriaga-se, promovedesordens na rua, commette um acto arbi-trario e sua victima é presa e dá-se-lhe o ti-tulo de desordeiro ! ?

Nao é a primeira vz our cVestas colum-nas reprovamos o pio • iiiic-iiiu da policia,tao fácil em dar a cidadãos laboriosos, vi-ctimas da ignorância e arbitrariedade dosmantenedores da ordem o titulo de— desor-deiros.

Nao nos cansaremos a pedir providen-cias, porque seria inútil.

O povo que, quando achar muito peza*da a carga arrie-a.

A' policiaPedem-nos que chamemos a attençao da

policia para o indivíduo Manoel Franciscode Carvalho, morador atravessa Souza Fjan*co, entre a rua Joao Balby e travessa do dr.Moraes, que embriaga-se constantemente,perturba a ordem publica e ja por diversasvezes tem armado-se de cacete e revolvereameaçado de matar sua própria mai e irmã.

Entre a rampa da Sacramenta eaCom-panhia do Amazonas lluctuou hontem ás óhoras da manha o cadáver de um homemde caôr parda.

Chamava-se Torquato Ferreira do Ama-ral e era empregado da Empreza Indus-trial do Gram-Pará, segundo deprehende-se da informação do subprefeito de Sant'-Anna, que comparecendo ao lugar syndi-cou do facto e mandou proceder o examecadeverico.

Os médicos da policia deram o diagnos-tico de asphyxia por submersao.

O sr. R nre 1' -1 -. Mui na C marado Dcput. os sjbie as oceurrencias doEstado de Matto-Grosso,

ALEMQUER

D'esta cidade de recebemos o seguinte '¦

5 ILLlt. SR. REDACTOR D'«0 DEMOCRATA».Animado pelo acolhimento que sempre

lêm em seu jornal as reclamações em favordo povo, tomo a liberdade de dirigir-lheesta carta para tratar do que se segue.

Ha quasi dois mezes que esta comarcanao tem collector nem quem o substitua le-galmente.

E' fácil de ver o atropello em que nosíai liamos; tanto o particular como o publicoem geral soffre o prejuízo d'esse estado decousas.

Nao se pajde mais passar uma escriptura,nem fazer um registro de nascimento, nemcuidar do registro das terras que já attingequasi o fim do praso, somente porque naoha uma estampilha nem sello de verba queinstruam esses documentos.

O collector que servia aqui foi demitti-do ou suspenso e ainda nao houve provi-dericias a respeito que resolvam essas dif-li uldades.

Entretanto o povo continua sempre prom-pto para cumprir os preceitos das leis e es-pecialniénte as ordens dos que podem ema mia 111.'

Outro atropello com que ora lutamos é oda epidemia de febres de máo caracter queassola esta infeliz população.

Nao ha talvez em Alemquer uma só ha-bitaçao onde a febre nao tenha se mani-festado.

Muitas vidas já foram roubadas pelacruel enfermidade que continua impiedosano seu caminho devastador.

Agora imagine, sr. redactor, qual a sortede um povo a quem faltam os necessáriosrecursos para enfrentar com o terrível (la-gello: nao temos médicos na terra e algunsremédios que se encontram nas lojas nãoestão, pela carestia, ao alcance de gente emgrande parte pobre. Morreremos sem re-curso, nao ha duvida.

A Intendencia que nos podia valer estáde braços crusados, nao obstante ter con-signado em seu orçamento a verba rie tre-sentos mil réis para remédios aos pobres;ter ella como representante legitimo dopovo, obrigação de poupar-lhe do maiormal, já empregando os próprios recursos,já pedindo providencias ao digno governa-dor do Estado.

Eu como natural d'este logar, apesar deaqui me achar em transito, nao desejo serindifferente a sorte dos meus conterrâneose por isso peço a v. s., sollicite do beneme-rito dr. Sodré, algumas providencias para ocaso que venho de narrar-lhe; ao menostenhamos estampilhas e quando nào ummedico commissionado para esta comarca,uma ambulância com remédios destinadosaos pobre3.

Certo de que este meu pedido, partidode um obscuro filho d'esta terra, mas quea quer bem, nao ficará sem merecer a atten-çao de v s., me confesso bastante grato e

sou seucr" ,'itt° obrg",

Agrimeksor Gassiaxo Secundo.Alemquer, 21 de junho d« 1892. »

No Senado o presidente communicou avis;a diInternuncio Aposr lico e ter no-me.ido uma commissao para retribuir a vi-.sita.

As pilulas anti-febris do dr. SouzaCastro, Barão de Anajás, são efficasescontra sezões e suas conseqüências. Sãoas mais batatas, Deposito a travessa 7 deSetembro n, 20.

O cruzador "Primeiro de Março" irá atéas Guyanas.

O presidente do Estado do Rio de Ja-neiro prendeu no dia 4 do corrente, á suaordem, o capitão do regimento policial OlavoSampaio, por lhe ter faltado, na secretariado governo, com o devido respeito.

O capitão Sampaio foi conduzido para oestado-maior do 1 ° batalhão do regimentopelo capitão Armando de Souza e Silva.

Náufragos do «Solimões»Na praia de Castilhos, Montevidéo, ap-

pareceram até o dia 4, 13 cadáveres dosinfelizes náufragos do a, Solimões ¦-. Entreelles nao ha um só official. Todos per-tenciam á marinhagem e foram piedosa edecentemente sepultados no cemitério dolugar.

Veio de novo á tona dos boatos da im-prensa a por em quanto fantástica barcarussa. Diz-se outra vez que ella existe eque a seu bordo estão pessoas salvas donaufiagio do couraçado.

Poi assignada a mensagem dirigida aoCongresso Nacional pelo sr. Vice presiden-te da Republica e que acompanha o decretoe novo regulamento sobre facturas consula-res.

O Marechal Floriano Peixe to eo Minis-tro da Guerra visitaram no dia 16 do cor-rente o quartel do 50 batalhão de artilharia.

A câmara dos deputados reconheceu porgrande maioria, os tres representantes doEstado de S. Paulo, ultimamente eleitos parapreenchimento das vagas existentes—Srs.Cincinato Braga, Júlio de Mesquita e Ba-zilio dos Santos.

O i.° prefeito mandou engaiolar o JoãoRodrigues da Silva, por promover desor-dens, domingo á noite, á rua dos Martyres.

Foi nomeado supplente do subprefeito deBrazüia Legal o cidadão Manoel Antôniode Faria.

Vor fazerem desordens, diz a parte poli-ciai, foram detidos Manoel Severino Perei-ra, Hilário Pedro Corrêa e José da Rocha,á ordem do subprefeito de Sant'Anna.

Estariam mesmo fazendo desordens ?E' o que nao affirmamos.

A' Câmara dos Deputados foi apresen-tado um prejecto de lei, determinando oscasos que reclamam o emprego da guarda-nacional ou milícia civica da União eaquel-les em que poderá ser ella utilisada e mobi-lisada pelo presidente da Republica; e au-aorisando também a organisação do respe-ctivo serviço, segundo as bases ou prin-cipios estabelecidos no mesma projecto,apresentado pelo sr. Testa e assignado pormuitos outros deputados.

THESOURO DO ESTADOexpediente do dia 25

PetiçõesSerafim dos Anjos Affonso & Filhos o Joíío Arnaldo

de Souza Tavares. Certifique-se,Emygtiio Gonçalves Chaves c Sartunino EuclyHes de

Baríos y Aroucl « Haja vis ft o ar, d-, proa fe idotjfiacil.João Cândido Heiry Torras, S"'jpHcio tspimola &

C, e Josâ Augusto d'Oliveira Pímentel. Informe a Con-tadurla.

Maria do Espirito Santo de Deus Silva e Anna Joa-quina de Deus e Silva. Ao sr. Procurador fiscal paratomar na consideração que merecer.

Antônio da Silva Lima. Diga afinal o sr. Contadorpira ser a presente recurso submettido a decisão daJunta.

Manoel josò Affonso. Pago o respectivo Imposto pro-cesse-se a transferencia requerida

Companhia do Navcgavão a vapor do Maranhão.Pague* se.

Alfredo José do Sou2a Pereira. Volto á Contadoriapira os devidos fins

Joaquim Nogueira Travssos. Será attendido, quantoa baixa da divida pelo imposto sobro o capinzal, depoisque indemnize a f.izend.tjda diiTerença de 48^600, quod-menos p.igou pelo imposto da décima, em que foralançado o prédio do su* (propriedade 11.105. situado arua de S. Vicente, conlorme o parecei do sr. Contador,

Em liberdade foram postos os detidosNonnato, Antônio José da Silva, ManoelJansen de Figueiredo Ijma, Antônio Mari-nho, José Leite Duttra, Antônio Teixeirade Souza e Manoel José da Silva.

0 illustre ministro das relaçõesexterio*res sr. dr. Serzedello Correia, acceitou ohonroso convite que lhe fora dirigido pelacongregação da faculdade livre de direitoda Capital Federal para leccionar a ca*deira de economia politica; e, prestandohomenagem aos princípios democráticos,inaugurou no dia 9 do corrente, ás 3 ho-ras aa tarde, o respectivo curso na escolanormal.

0 sr. marechal Floriano Peixoto assis-tiu ao acto.

E' caso para felicitar a faculdade livrede direito pela acquisição de tao notávelprofessor.

Ha conferência ordinária amanhã no Tti*bunal Superior de Justiça.

ILLUMINAÇÃO PUBLICA

Nas noites de 25 e 26 foram encontra-dos 114 combustores apagados e 211 ditoscom pouca luz.

Foram nomeados para a Corte de Appel-laçao Dr. Antônio Gonçalves de Carvalhoe Dr. Agostinho de Carvalho Dias Lima.

Foram creadas estuções meteorológicase semaphoricos nos Estados da Bahia, Per*na.mbu.co, Pará e Rio Grande do Sul,

INHÜMAÇÕESSepultaram*se:Basilico Mario da Conceição, 7 mezes e

10 dias, filho deTheophilo Mario da Con-ceiçao. paraense, pardo ; imftammação dosintestinos.

—Januário Rodrigues do Nascimento, 6annos, filho de Sancho Rodrigues do Nas-cimento, paraense, pardo ; gastro enteritechronico.

—José Ferreira Mathias Bastos, 52 an-nos, filho de José Ferreira Mathias Bastos,portuguez, branco, casado; aneurisma.

—Manoel dos Santos, 40 dias, filho deRosaria Maria,paraense, pardo; gaBtroen-terite.

—Maria Quiteria da Conceição, 41 an-nos, filiação ignorada, cearense, branco, ca-sado; thisica.

—Manoel Augusto da Cunha, 18 annos,filho de Manoel Paulo da Cunha, portu-guez, branco, solteiro; pmeumonia.

—Maria Theresa dos Santos 14 annos,filha de João Antônio dos Santos, piau-hyense, parda, solteira; anem;a profunda.

—Theotonio Antônio da Costa, 17 me*zes, filho de Agostinho Antônio da Costa,paraense, branco; enterite.

—Leonor de Oliveira Pantoja, 9 dias,filha de Manoel Antônio de Oliveira, pa-raense, branca; tétano dos recem-nasci-dos.

—Anna Pereira Penna Mathosinho, 14dias, filha de José Pereira Penna Mathosi-nho, paraense, branca; tétano dos recém-nascidos.

—Torquato Ferreira de Araujo, 41 an-nos, filho de Joaquim Ferreira de Araujo,cearense, pardo, solteiro; asphyxia porsubmetsao.

—Maria de Nazareth Castro, 48 annos,filha de Theophila Florinda da Conceição,paraense, parda, solteira; cascemonia.

—Maria da Conceição, 24 horas, filhade Maria Joaquina da Conceição, paraense,branca; tétano.

INTERIOROollares

REPRESENTAÇÃO

EXM. SR, DR. GOVERNADOR DO PARA

Os abaixo assignados, apoiados pelo art.72 § 9.0 da Constituição da Republica dosEstados-Unidos do Brazil, estabelecida, de-cretada e promulgada pelo congresso con-stituinte de 24 de fevereiro de 1891, vêmperante v. exc. representar e protestar con-tra o irregular procedimento do presidenteda Intendencia Municipal da villa de Col-lares Joaquim Pedro da Silva, por negar-sea dar registro aos posseiros de terrenos ga-rantidos pela antiga lei n. 601 de 18 de se-tembro de 1850, com grave offensa ao novodecreto 410 de 8 de outubro de 1891 eosarts, 116 e 119 do mesmo decreto, servindode base para tão reprovado procedimento,ódios políticos secundado por presumpçâoque têm o dito intendente de os represen-tantes e bem assim outros habitantes, es-tarem dentro do supposto patrimônio daIntendencia e por isso nío quer registrar,quando é certo que a Intendencia de Col-lares têm patrimônio justificado e limitesdescriminados á vista da extineção da an-tiga villa, em tempos idos, por onde os ha-bitantes reconheça o seu melhor direito,tanto assim que todos os habitantes da ilhade Collares registraram como nacional suasposses na lei n. 601 de 50, a cujo favor soachavam garantidos, e hoje presentementereforçados e mantidos pelo decreto 410 de8 de outubro de 1891.

Entretanto o presidente da Intendenciaa nada quer attender, desrespeitando a leie o principio da autoridade constituída, peloque protestamos contra o dito intendentee o fazemos responsável pelos nossos prejui-zos, e appellamos para a justiça de v. exc,pedindo providencias em modo de serobservada a lei, e garantido çj nossos direi»to» dç prçpiiad^,

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MANCHADA»

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Page 3: -J,' -xa,•¦¦%'..-i,%ra. (D Democrata COraitbc ...memoria.bn.br/pdf/186171/per186171_1892_00139.pdf · Bbíbm; 28 de junho de 1892. Os amigos do dr. Lauro Sodró fi-zeram-lhe,

28 de Junho de 1892 O DEMOCRATA

OCOCO

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P=í

LICOR A ll/i  *zONIA -a¦=¦»-

i&isPi ¦t. J°rrk

d°?r- Man0d de^0raeS Bittencourt' Med!co Pela Faculdadeda Bahia, especialista em febres e moléstias do fígado e do baçoEste merüoamento.-provemento dosuoco de vegetaes da Amazonia,-é infallivel na cura das sezões e qualquer outra moléstia deorigem palustreas========= 2"™ ° duvidar que oompreguo en. conciuroncin con. qunlquor outro destinado no mesmo fim Bem pamswe

%

Em tbmpo.—Esta representação e pro-testo já foi submettida ao vice-governadorcm dias do mez de maio passado e nadado providencias, por isso publicamos paranossa garantia.

Collares, 16 do junho de 1892.Firmo Antônio dk N. Silva.Oj.ymi'10 José do Carmo k Silva,Francisco Josk da Costa Camurim.Vergou no Antônio Maciel.Francisco Nazareth,NicolÂo Josí: PaliiktaAntônio da Costa Filho.Manoel Pedro Alves.Fermianna Maria dk Souza,

ET O

INEDICTORIAES

Fernando e Lido«Sao duas dores unidas,«Sao duas rosas nascidas»«Talvez no mesmo arrebol»

Osanniversariosnatalicios tem.trazido preso o espirito dos nos-pios gentis e adoráveis irmãos.

Hontem era o Fernandinhoque completava os seus vinte e...risonhas primaveras; hoje é o

Lido que entra para a tristonha casa dostrint...

Cada irmã caprichou em mandar umalembrança, e o Salsinho com o peito co-berto de flores, as algibeiras cheias de jóias,e cartões ornamentados, com que tinha si-do presenteado, apresentava-se garboso,mas nada promovia.

Todo orgulhoso, mostrava ao Lido e ex-plicava a origem de cada insignificante; eeste cheio de esperanças appellava parao dia de hoje protestando mostrar qualg sava de mais sympathias e receberiamais presentes.

Peior porem que o Lido ficaria naba-gagem, porque tendo mais idade, o espi-rito mais amadurecido, não faz o mesmoque o Fernando, entoar uma lâa a todaadorável que encontra; dedica-se exclusi-vãmente áquella que com certeza naodeixará de lhe mandar hoje alguns buga-rys; mas ha de ser esta, esta só.

Porisso reservei esta minha saudação,para quando o Salsinho lhe faltar nos seus

legallos o Lido lhe apresentar estas pala-vras, que si bem que dirigidas a ambos,só hoje foram publicadas e suo de ura arai-go que lhes deseja: enzamentos felizes cboas sogras,

Um irmão da ordem.

Club CearenseNo dia 3 do corrente reunir-se-ha esta

sociedade, alim de solemnisar o seu pri-meiro anniversario, e n'esse mesmo dia ele-gera os novos funecionarios que têm deservir durante o anno social de 1802 a1893.

Chamo attcnçao dos srs. sócios para oque preceitúa o art, 29 dos Estatutos. Se-cretario do Club Cearense, 26 de Junhode 1892. O i.° secretario interino—/oa-quim Alves de Oliveira. 27—3

Chocolate Paraense iodadoApprovado pela Inspectoria de Hygiene

e por ella aconselhado as pessoas debilita-das, convalèscentes, ás que sollrem de mo-lestias pulmonares e outras alTecçòes dys-crasicas e dynamicas.

REMÉDIO EPFICAZAttestamos que em nossa clinica temos

obtido bons resultad is do emprego do Cho-colate Paraense Iodado, preparado naChocolateria Paraense, nos casos de tysicapulmonar, chlorose e chloro-anemia, anemiasem geral, rachitismo, escrophulas, alTecçõesdos ossos, debilidade geral e convalescenças.

Recommendamos pois esse excellentepreparado como um reconstituinte poderoso,e que pôde ser usado sem inconveniente porqualquer pessoa.

Pará, 16 de outubro de 1891,Barão de Anajás.Dr. Luis Bahia.Dr. Américo M. Santa Roía.Dr. Silva Rosado.Dr. Pereira de Bairos.Barão da Matta Bacellar.

Deposito central á estrada de S. José, 69.<=*í=«t=5€=»

AgradecimentoAO EX.M. SR DR. CLEMENTE SOARES

Seria faltar ao maior dos deveres, nao sóde urbanidade, senão mesmo ao dos maissagrados, se hoje nao viesse procurar o pré-

lo para fazer echoar os meus cordialisslrnosagradecimentos ao exm, sr. dr. ClementeSoares, que ufanando-so praticamente emrecorrer ao estudo de sua profissão, sem sepoupar, sequer, ás irregularidades atraos-pheriçasem suas visitas, com os requintesmaneiras delicadas, que muito animam aodoente, consegnio arrancar-me á morte pa-ra onde já me julgavam arrojado; e no fimdo meu completo restabelecimento faltavamais ao illustre . cavalheiro resumir-se...Como, e de que que modo poderia fazertao elevado agradecimento ? Confesso, nilosei, nem acho expressões para fazer umagradecimento de tao grande quilate, porisso que, submctto á apreciação do respei-tavel publico a classificação do meu reco-nhecimento, oITerecendo aquelle exm. cida-clao o insignificante prestimo do seu ado-rador e humilde creado obrigado.

Pará, 25 de junho de 1892.A. da Silva Villar. (3

MEMORANDr. Ayros do Souza. —Consultório —

Drogaria dos srs. Simões Marques & C.a,Calçada do Collegio, das 9 ás 11 horas.

Residência—Travessa da Gloria n. 94esquina da estrada de S. Jeronymo.

Dr. Bricio.—Consultório medico das 10ás 11 horas, nos dias uteis, na pharmacia«Minerva», de Costa & .Souza, successoresde Elpidio R. da Cosia &O— Rua 13 deMaio n. 77.

Barão de Anajás.— Especialidade : —Moléstias dos olhos e da urethra.

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Consultas em seu consultório, no pavi-mento do mesmo prédio, das 3 ás 5 horasda tarde.

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Residência Estrada de Nazareth n. 25.—Consultório — Pharmacia Paes canto daTravessa das Mercês, Rua 13 de Maio.

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Dr. II. Mondos.—Medico o operador.Telephone 11, 340.Residência—listrada de Nazareth n. 37.Consultoro—Pliurmacia«Minerva» das8

ás 9 horas da manha.Dr. Ilollnntia Limn Operador -Con-

sultas das 12 horas á 1 da tarde na Phar-macia Central e das 3 ás 4 da tarde na Phar-macia Universal, á rua Conselheiro Joao Al-fredo, n. 16,

Attende a chamados a qualquer hora dodia e da noite em sua residência á estradade S. José, n. 3 Telephone n. 357.

Dr. Luiz Bahia. -Medico e operadorResidência—Travessa deS, Matheus n. 26Consultório — Pharmacia «Minerva» de

Costa & Souza, ma 13 du Maio n. 77; phar-macia «Central», rua 15 Je Novembro n. 24.

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estômago e cura das erysipelas recentes ouantigas.

Dr. Matta Bozondo.—Parteiro.Proprietário do elixir e carminativo pa-raense.Residência—Cruz das Almas ns. 3 e 35.Telephone—397.Deposito do elixir—Rua do conselheiro

Jo3o Alfredo n. ¦>.

Dr. Silva Bosado.—Dá consultas todosos dias uteis na pharmacia «Minerva» das 7ás 8 hora? da manha, ena pharmacia eCher-mont» das 3 ás 4 da tarde.

Nas mesmas pharraacias recebem-se cha-mados, a qualquer hora do dia ou da noite,para lhe serem transraittidos.

Residência—Travessa de S. Matheus n.17*;-

Telephone n. 80.

EDITAESRamal de Salinas

MOVIMENTO DO PORTO

REPARTIÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS

Chefia do 1° districto

Achando-se entregue ao trafego publicoas estações teíegraphicas e sernaphorica deSalinas que tem de annunciar a entrada esahida dos vapores no porto de Belém, faço

scienle aos interessados que, em virtude doart, 3» do § 1" das disposições regularaen-tares desta repartição, sobre tarifas.se faraóassignaturas de cinco mil réis mensaes quedar,1o direito aoassignante receberem seudomicilio, quando este nao distar mais deum kilometro da estação, participação dosnavios entrados c sahidos.

A taxa dos telegrammas semaphoricosserá cobrada a razão de 800 réis conformeo § 6" do art, LXIi do regulamento inter-nacional e qualquer aviso avulso que fôrexigido por particulares pagará igualmentea taxa de 800 réis equivalentes a de um te-legramma semaphonco.

Belém, i7de Junho de 1892.Alexandre Ifaag,

engenheiro-chefe.

Ben/.Loj.-. Cap.*. "Aurora"De ordem do noss.'. muit.\ pod '. e resp.\

mest\, convido a todos os nos/. resp,\irm.'. para a ses.'. de eleição de Gr.\Mest.\ e respectivo adj.\ que terá lugarno dia 30 do corrente á hora e li gat docostume, nas conformidade» do DeC. n.°102 de 7 de Março ultimo e Boletim tam-bem d'esse mez. (E.'. V.'.) Pará, 27 deJunho de 1S92 — Caiamiirú, gr.: n:., se-cretario.

Ben/.Loj.'.Cap.'". RenascençaEsta Sen/ Loj.\ convida para o dia 30

do corrente mez, a todos seus Ooff.\ a com-parecerem a sess •. supp.\ de Elia. exaradano D.écr.v n. 102 de Sap.-. Gr.'. Or.-. do-Estados Unidos do Brazil e estabelecidopelo art \ 50 e seguintes dos RR.-. GG.\ daOrd.•. Maç.\

Pará, 23deJunho de 1802.

Attila, secret.-.

Manoel Pedro & C.a precisam contra-ctar um para a serraria Santo Amaro. (4

AS VERDADEIRASmalas e muletas americanas encon-tram-se na

TORBE DE MALAKOFP—PARÁ— (7

Apólices do Estado doPará

Do 1." de Julho próximo em diante, domeio dia ás 3 horas da tarde, serão pagosno escriptorio de Francisco Gaudencio daCosta á rua 1,5 de Novembro n. 54 os cou-pons de juros do primeiro semestre desteanno, das apólices de um conto de réis des-te Estado, aqui localisadas.

Pará, 15 de Junho de 1892.

Dr. Luciano CastroMEDICO E OPEBADOB

Especialidade—Partos e moléstias de se-nhoras.

Consultório -Rua de S. Antônio, n.° 31,i.° andar, de 2 ás 3 horas.

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MANIFESTO POLÍTICOelo

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Mercado de cambio e borrachaBelém, 27 de junho.

CAMBIO—Fechou mais firme no Rioa 10 1/2 d.

BORRACHA—Alguns compradores of-ferecem 58000, 3S150 por ilhas e outrosmenos 50 réis nos sernambys. ¦

CACAO—Cota-se a 1S070 réis.CASTANHAS.—As que chegaram por

Alcobaça obtiveram 20S150 o hectolitro.

í; Libras 24$000

Bancos, Companhias, Em-prezas e Associações

Banoo do ParáRua Conselheiro foão Alfredo n. 26

Directores de «emana: Josó C. da Cunha Coimbra eBernardo Ferreirajde Oliveira.

Sacca iobre:

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Londrei ,.,. 10 1/1 10 1/4Paris 900 gaoLisboa e Porto 401 407Estados 410Hamburgo I$i50Itália 920New-York 4Í750

London And Brazilian Bank Limited

Rua da Republica, canto da travessa dt S.Matheus

AUTORISADO POR DECRETO DO GOVERNOCapital Ibi. 1.5501000Dito pago Iba. 750:000Fundo da reserva Iba, 500:000

CAIXA FILIALAi operações do banco consistem em descontos, em-

pteatimos sobre fiança Monos, recebimento de dinheiroa prêmio, compra e venda de letra de credito sobre ai

Sraças da Republica e estrangeirai, e outra» quaesquerransaefies bancarias,

Sacca sobra:

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Banoo Commercial do FaráTravessa do Passinho n. 11

Directora» da semana t Antônio Braule Freire da SU-va e Antônio José da Costa e Cunha,

Companhia de Seguros OommeroiaüDiractara» da mui 1 VUeoncJo da S. DÓaiagOl I

f^doFa.T^ad-aHfMi^ ""•

Banoo Emissor do NorteRecebo dinheiro a prêmio por letras A praso fixo ou

em conta corrente com retiradas livres nflo abonandojuros a fornecendo cheques sellados.

Desconta letras e faz cauções sobre titulos devida-mente gajantidos.

Orgauisa emprezas e estabelecimentos industrial.Empresta dinheiro medi anto hypotheca: a Invnurfl «

Industrias, auxiliares e extrativas, ao juro de 6 '/g aoondo e l|2'|, de commissào: sobre prédios urbanospagaveis em prestações, ao juro de 9 "|, ao anno o 1 [,de commissào.

Emitte letras hypothecarias ao juro de 5 [, e 7 '/»aoanno.

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Director de semana : Francisco Leite Chermont.Director gerente: Joaquim da Cunha Freire Sobri-

nho.O presidente Interino; Emílio A. de C. Martins.

Praça do CommercioDirector de mez : Emilio Martins,

Companhia de Seguros ParaenseRua da Republica n. j3

Directores do somana: Fr.ini.isco A Cerqueira Limae Manoel da Silva Cruz Júnior,

Companhia Oonstruotora ParaenseRua 15 de Novembro n. 4;Director de lemana: Anionlo Josó de Lemos.

Companhia de 8eguros Gram-Pará

Rua do Comelheiro João Alfiedo n. 45Directores de o«mana: Domingo» da Morta Marquese Rodrigo A, de Brito Amorim.

Club EuterpeRua /,v de Maio, travessa 7 de Setembro

Directores de me«t—Franclaco Castro Ribeiro e Ma-noel Ribeiro da Cru».

Sooiedade de Credito PopularRua da Industria n. 41Directores de semana: Maurício Grumbacher e Fran-dicoC. Aguiar e Souza.

r-**

MANIFESTOSCarga do vapor inglês .Obidense. entrado de Euro-

pa:Havre.Machado & c, drogas 3 cxs, agoa mineral 1 dt. A.Dumoyer. vinho 3 brs o ao cxs, manteiga I cx. vinagre

I br. Bulhoza Simith & c, manteiga 25 cxs, velas r j tis.M. M. Nogueira & c, manteiga 35 cxs, aguardente rdt. J. R. Gil& c, manteiga 37 cx*, aguardente t d», er-vilhas rocas. J. Coimbra & c, chapéos 1,:«. miudezisr cx. Marcai & c, ve-tarolas r cx. Alfredo B-.rros & c,manteiga 65CXS. Cunhas Piraentel & c, manteiga 30cxs, aguatdonto r dt. Lopes Braga & c. vermouth 20pis. Castro Matta & Irmão, manteiga jorxs. VieiraFiúza Sc c, papel r cx, miudezas 1 dt. À. Lew & cchapéos 1 cx, vinho r br F. R. Carrapatozo. cái-a.los

cx. M. A. V. do Andrade, amostras t cx. M. Sinavbordados 1 cx, rendas r dt, tecidos de linho r dt AlvesDias St c, perfumarias 1 cx. La Rocque & c, camas 2cxs. vidros t dt, José Bernardcs Ferreira & c, papel 2cxs. Tu»ry & Leal, armações para rhapéo< de sói 4 cxs,calçados r cx. Dio«o Manoel de Souza, miudezas r cx.CfsarSantoi Se c, drogas 2 cxs. M. J. Cardo»» St c, tecidos do linho r cx. Deniz Mendes St c, tecidos 2 cxs,calçados r dt. B. A. Antunes & c, p»pel para cigarrosII x, perfumarias r dt. Francisc* A. d« Aguiar & Silva,miudeza» r cx. M. A. Marques St c, calçados 2 cxs. MC. Vasconcelos St c, drogas 2 cxs. J. Araújo St c, teci-dos de linho 1 cx. Azevedo &c, tecidos do «Igodao r cxmiudezas i dt J. Câmara & c, pei fumaria 1 cx. botõesl dt. fita» e calçado» t dt. M J. Amelio, calçado» etecido» de algodlo t ca, cama» t dt. Vellozo Rochak c, drogas 4 cx». Júlio Lambert k c, miudezas e cal-5»4M I c*j Liuj 4« Ataiijo St ç, bittn |o «, p, PruiM

& c, bitter 50 cxs miudczi«3 dt?. vidros 1 dt. charapa-nlle 3 exa, calçados 1 dt. Jeronymo de Araújo íi •; co-roas funerárias 1 cx. A. josó Sanlo & c, piovwlcs Jocxs. M .1. Gonçalves & c. provisOeN 32 cxs. MachadoRccha & c, provisnrs 18 cxs. Souza Irmãos St c, ptov-soes 20 cxs, G. 'e Brito & c. provisões 12 cxs. SantosSobrinho St c, ve as 6 vlms. Carvalhos & c, bordados icx, manteiga io dts. choutiço i dt, papel i dt, algo.líor dt. BlumFrérea& c, pentes cx., olewdt, ..ig"'lào3 dts, ca.-himbos i dt, perfumarias 2 <its, miudezas 2eis, soroulas àr- algodão 1 dt. champanhe 10 cx« I or-reia de Miranda & c, toalhas 1 cx. meias 1 dt, Júlio lias-tes íi c, chocn ate'ras 2cxs. N. V Ile St c.artigosde es-criptorio 1 cx. Francisco» G. da Costa St Filhos .iiogas5 cxs. R. F. Soares & c, miudez s r cx, vinhe de estrn-cto de fígado de bacalMo 2 cxs. A. J. Antunes, plrs-ptiuros 2 cxs. Tavares Cardozo & c, lapos 1 cx, papel 1dt. porcelanas 1 cx, artigos do Japã" 1 bre. R. Cosia &c, produetos pharmaceuticos 5 cxs. Framisco.l.MartinsSt c, miudezas 1 cx. M. S Victorioüi c, tecidos de ai-godão : cx, R. Singlehurst & c paia raios 4 cxs. Ale-xandre Savigard, vinho 2 brs. Pedro de Froüns & c'chapéos : rx, José Antônio de Pinho & e, tecidos 2 cxs.chapéos d.- palha 1 dt. pèrlumarias 1 dt, gravatas 1 dt.Abel Du.iite, livros 1 cx, J A Márvilo k c, calcados 1cx, camas t dt. J. A. FcrHia da Silva & c, perfumaria1 cx, miudezas 2 dts. Abilio & c, tecidos de algqdüo 2cxs. calçados 1 dt. Pedroza Motta & Antoginl cemen-te s brs. H. Nin • & c, papel 2 cxs perfumarias t dt,tinta 1 dt. Samu 1 & c, miudezas 2 cxs, perfum*rias 3dts.

Atthur de Castro & C, > ognac i cx licores i diia,conservas 7 ditas, aguardent 1 1 dita. J. J Kernandef &C, queijos 1 cx. 1. guines 3dts, licores 5 .lis, leito 5 dts,confeito 1 dts, Luiz Augusto Saraiva St C, licores 1 cx,cognac 50 dts. Mattos Cardoso & c, couros i cx, So-lheiro Durães & c, couros 4 cx.Sulger & c, t cidos t cx.Joaquim de Azevedo, sumrao de fruetas 1 cx, Bispo dojfarii, livros o quadros 2 cxs. A. Cárrapatoio, calçados 1cxn. Gomes & Sou/a, cartões 2 cx«, artigos de escripto-rio t dt. Francisco Chermont & c, drogas 27 vlms.Fcrnand Englhard, tecidos 1 cxs, miud»sas 2 dts, barbade balela 1 dt, couros 1 dt, pentes r dt, agulhas 1 dt,amostras t dt, fogos artificiacs t dt, Antônio JoséCarneiro, conservas 2 cxs. brinquedos 1 dt. FehcianoSoares CarrapHtoso, calçados í cx. Abordem, licores tcx, xarquo 2 dts, conservas 3 dts, vinho 5 dts, tecidosdo algodão 5 dts, raiudesas 2 dts, couros 3 dts, artigosdo sapateiro 1 dt, gravat 3 : dt, amostras t dts, crys-taes t dts, bitter 130 dts Transito para Iquitos: mercadorias diversas .136 vlms,

LEILÕES¦san nau «aHoje

De peixeNo traplchedn Companhia Para e Amazona.- o agen-

teOliv-irai venderá cm leilão diversas marcas de peixesuperior por conta o ordem dos srs. Levy Pereira & C.—A'» 8 horas.

Da 1 ten* eno á travossa do S. Matheusproxmoi ao largo do Quartel

Oagonte 1'urtado venderá r bom terreno sito*, tra-vessa de 3. Matheus, perto do largo do Quartel ' ninestivo, o signal, medindo 6 br«ças de fronte com 19 di-tas de fundos mais ou menos —A's 4 horas.

De moveis, mobilias e pianosNa agencia Central á rua t3 de Maio .-anto da tra-

vessa do Pa*sinhò o pr-ppnsto do agente Lopes Pereiravendera o seguinte: camas de ced'o, ditas 'eferro. me-zas para jantar, ditas de cozinha, guarda-roupas guardilouças, bilhf-lrás, estantes para livros, aparadores. gu*.r-da-commida, camas para creinçai, toi' tes com pedra.carteiras para escriptorio, ricas mobílias austiiaca**, po»anos a diversos raov i« que serão vendidos ao correr doma*ello. Venda positiva.— V I hora.

De jóias, oolxas, cortinados, louçase miudezas

Na agencia Central A rua 13 de M-.io canto da tra-vessa do Passinho pelo prcpjsto do agente Lopes Po-reira.—Á1 i hora.

De uma casa ao "Porto do SalO agente Oliveira venderá ao maí r preço uma casa

sita atravessa da Barroca junto ao Foto do Sal onde.tem a padaria do sr. Oiogo José da Silva tendo {ornopróprio,—A'i 4 i|| hora».

De estivasNo armazém dos srs.JoJo Alves de Freitas & o, o

agonio Sarap io venderá em leilão um importantíssimosortímento du estivas nov»s chegadas nos últimos va-pores a-saber íbiscoutos finos, arroz, phosphoros Oj.rufa InÚü condensado» aníjlitsmsso, louça pintada TJ4e i|2 gigos, tigollás, chicaras, prato», oiirinoes, cervejaBork. 3 Camarões, mi Copas, cstopilltas, sardinha,b"-"h;i em burris ecaixas, liorospnc de t, 2, e 5galo s. f ija ' frade amai lio B. manteiga der]J I, 2, 7,o 14 libras, vinho Verde, Collares em 5 o 10, vinho doPorto coroas R, & F. ditos »m barris de to o muitosoutros artigos estarão presente no acto do leilão. Fran-que/a do costume.—A;s 8 horas.

Dq 1 casa n. 66 ii rua do Eiachuollo

O ngento Costa Bcmfica venderá ao maior proçn acasa deporta ejanclla n. 66. árua do Riachucllo enireás ruas da Trindade o a travessa ' de Março com regu-lares commqd s para pequena f >mil>a; no referido pre-dio sd acha estabelecido uma oflicinado tunileiro, Ven-da ao maior preço.—A's 5 horas.

Da Mercearia ValengaO agentn Guimarães competente aucthorisado ven-

d"rã em leilão em um só lole au á retalho com garantiaá chave dá casa .i mercearia Valença sita a rua de S.í\ntonio, sondo arma fto, balcíto uroncilíoi e mercado-rias. Venda positiva aojmalor lance.—A' i hora.

De 3 casas pequenasO agente Oliveira venderá ao maior preço 3 casas de

porta e janella á travessa da Gloria pioximo a de S. Je-ronvmoe junto ao palacete da exm. sra. Viuva Noguez,Á's4 i|2 horas,

De 1 casa

O ngento Lopes Pereira comprjtentcmento autorisa-do venderá a o maior lance i casa de porta c janella árua dos Tamovos n r5, tendo salla, alcova, cozinha e tpequeno qnintal. Venda positiva.—A's 4 horas.

QUIXTA-FEI1M 30De moveis de familia

O agente Oliveira fará leilão á rua do Fspirito Santon. i$j'ini.oa caia do sr. senador Barata, de todos osmoveis pertenrentes a uma família, que se retira pa aEuropa asaber: mo ilha para salla. bom piano d* Pie-let, guarda-roupa, commoda, toiletp.com p^dra, camacom cortinado para casados, espelho grande, guardalouça, meza do jantar, cadeiras, dita» de balanço, reto-fjio er.-nde de parede, bilheira, estanta para livros, 2candieiros do centro, louça fina, vidros, quadros, tape-tes, escarradeiras c miudezas,—A's a horas.

De 1 capinzalO agente Oliveira vendará ao maior preço 1 terreno

com capinzal, sito á rua de S. Pedro fundos do qu rtelmilitar, medindo 15 braças de fronte e 40 ditas de fun-dos,—A's 4 t\t horas.

Dô corretagen de titulosNa praça do C mnrrno o corrector Furtado vende-

r.l rcçflès do Panes do Commercial, Pará. Helem apo-lic^sdo Ksíado doPard. 1'tras hvpotecarias do BancoEmissor, acções da C. de Seguros. soo!cd»de de Cro-dlt" Popular ej-.ckoy . ! b Paraense C. Construtora cCerâmica, aperfeiçoada, Urbana e outros tnu!o3,—A's9 goras,

Importante de 4 propriedades na docaocidental do Roducro ocupados por

ostabeleoimentos Commerciaes

S*»r5o vendidos em leilão pelo agente Costa Bemfica4 iirporiantes propriedades na doca ocidental d"> Re-dueto ocupada por estabelecimentos Commt?rcÍaes asaber: 1 terreno edificadoa doca do Rcdui to n. 2 cantoda rua de Belém com grande frente par» o mar, ondotom estabelecimentos Commerciaes; magnifico local ep^nto de desembarque, seguro emprego de capital o degrande valor para o futuro; i cosas ns. 16 o 28 situadasno mesmo lado e em frente a doca ocupadas por esta-belecimentos Commerdaesj i casans. 105 da numera*çao antiga d morada inteira á rua dos Martyres, proximo ao canto da doca do Reducto ocupada com esta*beleçimi-ntns Commerciaes que So boas rendas ao capitai. O leilão começará pelo terreno edificado r. 2 Ad"ca canto darua-le Belém. Todas «i propriedadesserio vendida» sem reserva de preço» para liquidar,—A'i 4 horas,

SEXTA-FEIRA 1 DE JULHODe um terreno oom 2 frentes, á tra-

vessa de S, Matheus canto da Estradado Almirante Tamandaró

O agente Costa Bcmfica venderá em Icilüo an maiorpreço para liquidar, o .raportant- t rreno com 2 frentessito á travessa de S. Malhei!, canto da estrada do Al-mirantn Tamnndarò medindo 15 braças de frente e 30ditas de fun Io; (terreno com capinsal). Avenda se faráem um só lo e ou A retalho a vontade dos compradores.

Venda ao maior lance,—A s 4 horas.

Do sola o oourinhosNo armazém dos srs. Cerqueira Lima & C. o agen-

te Ribeiro venderá om |leilão sola c courinbos vindosdo Ceará no vapor iRio Formoso,—A's 9 horas.J

SABBADO 2 DE JULHODa casa n. 35 á ostrada de Tíasareth,

próximo ao largo da MemóriaO agente Guedes da Costa venderá em leilão á casa

n. 35 à estrada de Násareth, próximo ao largo daMem-motia -cm 8 oraças do frente e 25 ditas de fundos, ten-do sa lá de jantar. 4 quratos salla, dispensa, banheiro, 1poços d'agua cristalin*. quintal, arvores fruetiferas, etcetc. Venda positiva.—A'3 4 horas.

De uma casaO agente Oliveira vendçtá ao maior preço 1 casa sita

á rua do Dr. Malcher n. 27, com 7 braças de frento 1 *oditas do f-ndos, posição magnífica o quintal grande todoplantado,—A's4 ija horas.

Extraordinário leilão de moveis, lou-ças, cristaes, prata electrioas, etc,

O agente Lamarão authodsado pelo lllm. sr. AntônioRaymundo de O. Gomes cuia fam'lia retira-se paraS. Paulo, venderá em leis na casa sita a travessa deS. Matheus n. ;«im frente A lithogr.phia Wiegnndt,os lêgülntfi moveis e artigos de uso doméstico; cadeirasverdes cn™ frisos dourados, ditas escuras americanas,ditas rustriacns para varando, ditas do balance, poltro-nas, jardineiras de mogno cora pedra, consoles, 2 tam-boretes de madeira om arsento de veludo (obra Suissij2 commodas, toülct- s oom pedra, costureira de mogno,retr etedivan com cobertura de crivo, cabides. lavatoroíde mogno com pedra, guarda-pratos, apparadorcompedra, magnífica mesa elástica do mogno para jantar,cadeiras de vime, filtro, riieu.cfo mogno cora pndra pa-ra dito, bilheiras. mes nhas de cedro, cadeira de mognopara creança, velocípede para dito, galerias douradascun cortinas para jantdln, ditas de mogno com repôs-teiros, lindes quadros pura sala, gabinete e varanda,etageres, figura» d» biscuit, vasos tapetes, bonecas chi-nísas para enfeites do salla, transpareate-s para janella,apparolhos doporoeiana para jantar e chá, copos, cnli-ce, taças para champagne, compoteiras. garrafa paravinho, e frueteiras, tudo de diversas cores, (ultimo gosto)2 vasos e r centro do madeira com vidro de cristal, pa-ra mesa (obra Suissa) um rico apparellio de prata ele-ctiica para chá com 7 peças, rehigius do parede, depo-s:to de bacartjjo prata electrica para g'lo, bibeiots emuitos outros objectos para uso de casa do familia e umgrande :âo de raça. Todos os moveis tem pouco uso.

Vide os avulsos do dia.—A'i hora.

De milhoO agente Furtado venderá em leilão no trapicha Be.

lem o gene. o acima vindo no vapor americano «Vigilan-cia" por tenta dos ar.i. Cerqueira Lima & C—A's 8horas.

De pirarucuN" trapicho da Companhia do Amazonas o agente

Furtado venderá em leilão diversos lotes ile piraru.úvindo no vapor "Mauá" por ronta dos srs. Santos So-brinho íc C. e Monteiro & Lisboa.—A's 8 horas.

'De peixe

O agente Augusto Cunha venderá na agencia porc ^nta de quem pertencer peixe pe superior qualidade.—A's 8 horas.

QUARTA-FEIRA 6Do prédio nobre n. 79 à estrada de Na-

zareth com 1 terreno ao ladoO agente Guedes da Cota venderá o importante

prédio nobre n 79 A 1 strada de Nazareth com t rorrinono lado, pro 1Í0 de frente de aiulejo. corcdoi o 3janellas a frente, sala e gabinete, alcovas co.respon-dentei a sala de jantar, puchada com 6 confortável!quartos, dispensa, cosinha, poço com bomba, granda

quintal arborísado, medindo prédio e terreno ao lado15 metros défrente e tio ditos d*» fundos pouco mais oumenos; também se faz negocio em particular antes dadia do leilão. Venda positiva para liquidar—A**s 4 horas.

De moveisNa agencia festa Bemfica, atravessa do Passinho n,

zo, vender se-,i euarda roupa, guarda-louça, mesa,cama, berço, mesinhas, relógios e outros moveis quoestarão no acto do leilão.—A's 2 horas.

QUINTA-FEIRA 7 DE JULHODe mobilias e moveis de famílias

A' estrada de S. José, canto da rua de S. João, resi-dencia do lllm. sr. Dr. Joaquim Cândido Ferreira Lis-boa, que so retira para Manáos, peto agente CostaBemfica.—A's 2 horas. Vide annuncio por extenso.

SEXTA-FEIRA 8De 1 casa

O agente Lamarão autorisado pelo Conselho admi-nistractivo da Santa Casa de Misericórdia, venderá oprfdion. 26 (numeraçin especial da Santa Casa), sita árua da Trindade onde se acha a typographia do «Corre-io Paraense.»—A's 4 horas.

BREVEMENTEDe bons moveis de familia, caixas, mo-

bilia, etc.Em um dos chalets Almeida, á travessa do Príncipe,

entre o largo da Memória e estrada de S. Braz, peloagente Furtado por autorisação de um destinto cava-lheiro.—A's 2 horas.

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Segue para Chaves e mais portos da escala da linha,em a noite de 28 do corrente ; recebe carga até o dia27; encommendas e passageiros ató ds 3 horas da tardado dia da sahida.

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mento de um vapor—para oqual já ha um terço apala-viífiíos—seguirá, em viagem extraordinária para o rioJuruá, o «Tabatinga» de 5 á 10 de Julho vindouro.

Por isso convida-se os srs. aviadores à mandarem,com a possivel antecedência, seus avisos á esta Compa-nhia para resolver-se definitivamente.

Dinheiro a jurosEmpresta-se á jures rasoaveis sobre hypotheca de

prédios. Tratvse com;o corrector Furtado. Rua 13 deMaio n. 73 telephone 244. (20

O corrector Furtado foi>nece aos srs. p-etenden». s a velnçao de casas e terrenoque {es;i autorisaiío a vender. Escriptorio á rua Zj deMaio n. 7 j. Telepi.ono 344. (10

A Sociedade de CreditoPopular continua a despachar mercadorias n'alfandegapor conta de terceiros.

Aluga-se ou vende-se 1boa rasa no Marco da Legua ¦ om acommodaçdes parantcrccnrlio;; padaria ondo existe um bom forno, ba-nheiro e também para moradia de familia, podendo o>alugado»" ao comprador fazer melhor negocio pofst-vel, cm vista da localidade, e bons commodos. qne tema mesma, tendo alem dito um quintal enorme aondese pode tirar bom resultado pelas boas plantações quet*m; sendo tudo cercado e com entradas não só paraa padaria coma uaja a mercearia. Tiata ¦ te com o agen-teOli»W»t («

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Page 4: -J,' -xa,•¦¦%'..-i,%ra. (D Democrata COraitbc ...memoria.bn.br/pdf/186171/per186171_1892_00139.pdf · Bbíbm; 28 de junho de 1892. Os amigos do dr. Lauro Sodró fi-zeram-lhe,

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—Vondo tres casas em boa localidadena povoaçao do Mosqueiro, as quaes es-tao constantemente oecupadas,

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