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DISCIPLINA: CONTABILIDADE INTRODUTORIA PROFESSOR: JORGE M. FELICIANO Parte II

6. OPERAES COM MERCADORIAS E O DREMercadoria representa o objeto comercializado pelas empresas. A natureza comercial de cada empresa deve estar relacionada no estatuto social, respeitando a sua atividade fim. Normalmente estas mercadorias representam o estoque para a revenda. Segundo as normas contbeis existem dois mtodos que podem ser adotados pelas empresas para o registro das operaes envolvendo mercadorias. So os seguintes: Conta Mista: consiste na adoo de uma s conta, que exerce a funo de uma conta patrimonial, por que cada conta registra o valor do estoque inicial e estoque final, figurando no balano patrimonial como as demais contas do ativo. Ao mesmo tempo exerce a funo de resultado, pois nela tambm so registradas as compras, devoluo de compras, vendas, devoluo de vendas, etc. Permitindo assim apurar-se atravs dela o resultado bruto do exerccio. Conta Desdobrada: consiste em desdobrar a conta de mercadoria em tantas contas forem necessrias, para a contabilizao isolada de cada tipo de fato que envolva as operaes com mercadorias. Ex: Estoque de mercadorias, Compras, Vendas, Devolues de compras ou de vendas. RCM - RESULTADO COM MERCADORIAS Resultado Bruto com Mercadorias, ou Resultado com Mercadorias a Diferena entre o total das Receitas obtidas com Vendas e o valor do Custo destas mercadorias que foram vendidas. Nesta apurao no ser considerado as demais Receitas e Despesas da empresas que sero apuradas posteriormente no Resultado Liquido do Exerccio. RCM = Vendas lquidas Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Vendas Lquidas: Venda lquida representa o resultado da vendas menos as dedues sobre as vendas. Entende-se por deduo os impostos incidentes sobre as vendas, as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, as devolues de vendas, calculado pela seguinte equao: VENDA BRUTA (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS (-) DESCONTOS CONCEDIDOS (-) DEVOLUO DE VENDA (-) PIS SOBRE FATURAMENTO (-) COFINS = VENDA LQUIDA Notar que o Resultado Lquido do Exerccio ser apurado posteriormente ao RCM: Resultado Lquido do Exerccio = Resultado com Mercadorias + Outras Receitas Outras Despesas. CMV - CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA:

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Representa quanto custou para a empresa a mercadoria que foi vendida no perodo. Na prtica a empresa analisa quanto tinha de mercadoria no estoque, soma a este saldo a quanto comprou no perodo e retira quanto ainda tem no estoque, o saldo final representa o total do custo de mercadoria vendida. O CMV na apurao do resultado ir diminuir a receita lquida de vendas e calculado pela seguinte frmula: CMV = ESTOQUE INICIAL + COMPRAS LQUIDAS ESTOQUE FINAL Compras lquidas: O valor lquido das compras dever ser calculado a partir das compras brutas adicionando as despesas que geralmente constam da nota fiscal, (frete, seguro e impostos no recuperveis) e diminuindo os impostos recuperveis (ICMS, IPI), os descontos obtidos e as devolues de vendas. A representao grfica da conta compras a seguinte: COMPRA BRUTA + FRETE + SEGURO (-) DESCONTOS OBTIDOS (-) IMPOSTOS RECUPERVEIS (-) DEVOLUES DE COMPRAS = COMPRA LQUIDA FATOS QUE ALTERAM OS VALORES DE COMPRAS E DE VENDAS Devolues e Abatimentos de Vendas (deduz Vendas Brutas) Devolues e Abatimentos de Compras (afeta o CMV) Descontos Comerciais Obtidos (afeta o CMV Descontos Comerciais Concedidos (deduz Vendas Brutas) Gastos com Transporte e Outros em Vendas (incluso no valor das Vendas no deduz) Gastos com Transportes e Outros Compras (afeta o CMV) Descontos Financeiros obtidos e concedidos (considera-se despesa ou receita financeira) Descontos Comerciais Obtidos ou Concedidos So descontos obtidos junto ao fornecedor no ato da negociao da compra, representam uma deduo no valor de mercadorias compradas. No caso de Vendas, o desconto concedido dado no ato da negociao da venda e ir representar uma deduo no valor das vendas brutas. Devolues de Compras ou de Vendas As devolues de mercadorias por motivos especficos como problemas de qualidade, negociao comercial no cumprida, avarias, equvocos na nota fiscal, etc. As mercadorias compradas e devolvidas ao fornecedor reduziro a conta de mercadorias, enquanto que as mercadorias vendidas que forem devolvidas reduziro o valor das Vendas Brutas realizadas. Gastos com Transportes e seguro Representa os fretes, seguros, e outros custos adicionais que so incorporados ao custo das mercadorias adquiridas, no ato das compras, e que so de responsabilidade do comprador.

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Para as vendas, eventuais gastos com transporte e seguro so incorporados as Vendas Brutas e no so deduzidos para a composio das vendas liquidas. Impostos sobre compras Na apurao do valor das compras o empresa deve retirar do seu total os impostos incidentes sobre ela, como o ICMS sobre compras e o IPI (no caso de indstria), que sero recuperados no ato da venda. importante ressaltar que para o clculo do CMV no necessrio saber o preo de venda.

EXERCCIO RESOLVIDO, CONSIDERANDO OPERAES COM MERCADORIAS As operaes de uma determinada empresa no ms de Setembro foram: Dia 05 Compra de Mercadorias a vista, $ 5.000 Dia 10 - Venda de Mercadorias, a prazo, $ 7.500; houve Desconto Comercial na venda em conseqncia da quantidade (o valor normal seria $ 8.000). Dia 11 Devoluo de parte das vendas do dia 10, $ 1.000 Dia 13 Compra de Mercadorias, a prazo $ 7.000 Dia 14 Devoluo de Mercadorias Compradas por $ 700 Dia 14 Abatimento obtido sobre o saldo das mercadorias compradas, em conseqncia de danos na embalagem, $ 800 Dia 20 Venda de Mercadorias a prazo por $ 5000 Dia 21 Pagamento de Frete sobre as compras de 13, $ 400 Dia 26 Pagamento da Compra de 13/10, com desconto de 5% sobre o total, lquido de $ 5.225 Dia 27 Abatimento concedido sobre a Venda de 20/10, $ 500 Dia 30 Recebimento liquido da venda de 20/10, com desconto de 2% sobre o valor inicial $ 4.400 Dia 30 Pagamento das Despesas do ms $ 1000. Pede-se: Sabendo que o Estoque Inicial de Mercadorias era $ 3000, o CMV $ 11.400 e o Estoque Final $ 2.500 a) Fazer o lanamento do livro Razo (Razonete!) das contas bsicas, b) Fazer os lanamentos com ajustes e encerramento; c) Elaborar Demonstrao de Resultado na forma dedutiva Observao: As contas no movimentadas no nos interessam neste momento (saldos das contas Caixa, Clientes, Fornecedores, etc.)

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Caixa (Saldo Inicial) 11 4.400

Mercadorias 5.000 400 5.225 1.000 1 8 9 12 SI 1 4 C 3.000 5.000 7.000 400 11.400 800 700 A B B 2 7

Clientes (Saldo Inicial) 7.500 5.000 1.000 500 4.400 100 3 10 11 11

SF 2.500

Vendas 7.500 E 12.500 5.000 2 7 3

Devoluo de Vendas 1.000 1.000 F 5 6 9

Fornecedores 700 800 5.500 Fretes s/ Compras 6 8 400 Descontos Fin., Concedidos F 11 100 100 H 400 C (saldo inicial) 7.000 4

Devoluo Compras B 700 700 5 B

Abatimento Compras 800 800

Descontos Obtidos I 275 275 9 10

Abatimentos Vendas 500 500

Despesas Diversas 12 1.000 1.000 H A

C.M.V. 11.400 11.400 D D F F

R.C.M. 11.400 1.000 500 12.500 400 E G

Resultado G H 400 1.000 275 I J

Lucros / Prejuzos 1.225

H 100 1.225 CMV = EI + CO - EF 3000 + [12000-(700+800)+400]-2500 11400 J RCM = Vendas Liquidas - CMV [12500-(1000+500)]-11400 -400

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Demonstrao de Resultado Vendas Devolues Abatimentos Vendas Liquidas ( - ) C.M.V. Estoque inicial (+ ) Compras 12.000 ( + ) Fretes 400 ( -) Devolues (700) ( -) Abatimentos (800) Soma ( - ) Estoque Final Prejuzos com mercadorias Descontos Financeiros Obtidos Descontos Financeiros Concedidos Despesas Diversas PREJUIZO DO EXERCICIO 3.000 (1.000) (500) 12.500 (1.500) 11.000

10.900 13.900 (2.500)

= (+) (-) (-)

11.400 (400) 275 (100) (1.000) (1.225)

EXERCCIO PROPOSTO: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Compra de Mercadorias a prazo, $ 10.000 Devoluo de Mercadorias Compradas por $2.000 Venda de Mercadorias a prazo por $ 15.000 Abatimento obtido sobre mercadorias compradas, $ 1.000 Abatimento concedido sobre vendas, $ 2.000 Pagamento de Frete sobre as vendas, $ 1.000 Pagamento das Despesas do ms $ 1000.

Sabendo que o Estoque Inicial de Mercadorias era $ 3000, o CMV $ 8.000 e o Estoque Final $ 2.000 a) Fazer o lanamento dos Razonetes das contas bsicas, b) Fazer os lanamentos com ajustes e encerramento; c) Elaborar Demonstrao de Resultado na forma dedutiva ROTEIRO PARA APURAO DO RESULTADO DO EXERCICIO A apurao do Resultado do Exerccio trata-se do confronto total das Despesas Incorridas com o total das Receitas Realizadas no respectivo exerccio. Para efetuar esta analise necessrio realizar procedimentos, como a apurao de saldos de contas, elaborao de inventrios de bens, conciliao das contas, ajustes de saldos de contas, clculos para a apurao e contabilizao de valores de Impostos e Contribuies, Participaes, Reservas e Dividendos, entre outros. Um roteiro para a apurao do Resultado do Exerccio seria: 1. Elaborao do Balancete de Verificao, antes da apurao do Resultado do Exerccio, com contas e saldos extrados do livro Razo (razontes). 2. Apurao do Resultado Operacional Bruto 3. Apurao do Resultado Operacional

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4. Apurao do Resultado Lquido do Exerccio antes da Proviso para o Imposto de Renda 5. Dedues do Resultado do Exerccio 6. Participaes no Resultado do Exerccio 7. Apurao do Lucro Lquido do Exerccio ou Prejuzo do Exerccio 8. Destinao do Lucro ou Prejuzo Lquido do Exerccio 9. Elaborao do segundo Balancete de Verificao, aps a apurao do Resultado do Exerccio.

7. INVENTARIOS DE MERCADORIASOs valores das compras de mercadorias podem ter variaes em seus preos, o que conseqentemente ir alterar o valor do Custo de Mercadorias Vendidas CMV. Existem, dois sistemas para a avaliao de Inventrios de Mercadorias: Inventario Peridico e Inventario Permanente. Inventario Peridico: Quando as vendas so efetuadas sem controle paralelo do Estoque. Neste caso o levantamento do CMV apurado no final do perodo, atravs do levantamento dos valores das mercadorias (compras) que sobraram em estoque e da aplicao da frmula CMV = EI + C EF. Inventario Permanente: Quando o Estoque de Mercadorias controlado de forma continua, com lanamentos a cada entrada de compra e baixas a cada venda realizada, atribuindo-se o CMV correspondente. Logo, o controle contnuo sobre o Estoque de Mercadorias e do CMV. Fichas de Controle de Estoque: O Inventario Permanente administrado por Fichas de Controle com detalhamento (data, evento, quantidades, valores unitrios, valores totais, e saldos) de todas as entradas e baixas. J o Inventario Peridico somente possvel a identificao do estoque, atravs da averiguao fsica. Para os dois tipos de inventrios poderemos so aplicados a formula do CMV no final do perodo: CMV = EI + C EF Contabilizao do Inventario Permanente No Inventario Permanentes a contabilizao de todos os lanamentos relativos s Mercadorias e as Vendas sero detalhados (contas desdobradas). Compra de Mercadorias: Mercadorias a Fornecedores (ou Caixa) Venda de Mercadorias Clientes (ou Caixa) a Vendas (pelo valor da venda) conta de receita Custo de Mercadorias Vendidas conta de despesas a Mercadorias (pelo custo das mercadorias vendidas)

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8. Critrios de atribuio de Preos ao Inventrio PermanenteComo existem diversas variveis que afetam os preos das mercadorias, dificilmente teremos durante o perodo, compras com o mesmo preo. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias que foram vendidas, precisamos adotar algum critrio. Os critrios mais conhecidos para avaliao de estoque so: Preo Especfico, PEPS, UEPS e Preo Mdio Ponderado. Na avaliao do estoque (quanto a empresa tem financeiramente no estoque), no necessrio levar em considerao o preo de venda, e sim somente quanto que custaram as mercadorias vendidas. a) Preo Especfico Quando possvel fazer a determinao do preo especfico de cada unidade em estoque, pode-se dar baixa em cada venda, por esse valor; com isto, no estoque final, seu valor ser a soma de todos os custos especficos de cada unidade ainda existente. Tal tipo de apropriao de custo, entretanto, somente possvel em alguns casos, onde a quantidade, ou o valor, ou a prpria caracterstica da mercadoria o permite (comrcio de carros usados, imveis). Na maioria das vezes no possvel ou economicamente conveniente a identificao do custo especfico de cada unidade, principalmente no caso onde existe uma movimenta grande no estoque. b) PEPS PRIMEIRO QUE ENTRA PRIMEIRO QUE SAI FIFO FIRST IN FIRST OUT Com base nesse critrio, a empresa baixa do seu estoque custo da mercadoria vendida da seguinte maneira: A primeira mercadoria que entra a primeira que sai. Assim, medida que ocorrerem as vendas, a empresa vai dando baixa no estoque a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocnio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. Em Ingls conhecido com FIFO. c) UEPS ULTIMO QUE ENTRA O PRIMEIRO QUE SAI LIFO LAST IN FIRST OUT A ultima mercadoria a entrar a primeira a sair, este mtodo no aceito pela Receita Federal, pois apresenta um resultado operacional menor, prejudicando a arrecadao, tambm conhecido como LIFO. d) Mdia mvel ou Custo Mdio Chama-se Media Mvel, pois o valor mdio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preo diferente. Assim, ele ser calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. aceito pela Receita federal em casos especficos de fabricao nas indstrias, normalmente para uma linha de produo que no ultrapasse o exerccio social. Ficha de Controle de Estoque O Controle do inventario feito em cada ficha. As empresas devero adotar apenas um dos quatro critrios, porm didaticamente iremos simulara situaes considerando e comparando fichas dos trs critrios.

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Nas fichas de Inventario (PEPS, UEPS, Custo Mdio), as devolues de Compras devero ser lanadas na coluna de Entrada, para a correo do valor da entrada, com o valor negativo (entre parnteses). O mesmo dever ocorrer com a devoluo de vendas, lanando-as na coluna de sada, com o valor tambm negativo entre parnteses. Este critrio dever ainda ser adotado para os Abatimentos e Descontos Comerciais sobre Compras e Gastos com Transportes e Seguros J os Abatimentos e Descontos Comerciais sobre Vendas, incluindo Gastos com Transportes e Seguros no devero ser considerados nas fichas, pois afetam apenas o valor da Venda e nesta Ficha consideramos apenas o Custo da Venda. Exemplo de controle de estoque: Uma empresa apresentou as seguintes movimentaes na conta estoque de mercadoria, em determinado ms: Dia 5: compra de 10 unidades por R$ 25,00 cada; Dia 10: venda de 4 unidades pelo preo de R$ 35,00 cada; Dia 15: venda de mais 5 unidades por R$ 40,00 cada; Dia 20: compra de 5 unidades por R$30,00 cada unidade; Dia 25: venda de 10 unidades por R$ 40,00 cada.

Custo Mdio: Data Transao

Compras Qtd Unit

Total

Vendas Qtd Unit

Total

Saldos Qtd 10

Unit 20,00 22,50 22,50 22,50 24,84 24,85 6

Total 200,00 450 360,00 247,50 397,50 149,10 149,10

Saldo Inicial 5 Compra 10 Venda 15 Venda 20 Compra 25 Venda 15 5 30,00 10 25,00 250,00 150,00 400,00 10 24,84 19 4 22,50 5 22,50

- 20 90,00 16 112,50 11 - 16 248,40 6 450,90

CMV = R$ 450,90 (90,00 + 112,50 + 248,40) Vendas Liquidas = 140+200+400 = R$ 740,00 Utilizando a formula do CVM, seria: RCM = Vendas Liquidas - CMV CMV = EI + CO - EF => 200 + 400 - 149,10 = 450,90 740 - 450,90 = 289,10 EF = R$ 149,10

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PEPS: Data Transao

Compras Qtd Unit

Total

Vendas Qtd Unit

Total

Saldos Qtd 10

Unit 20,00 25,00

Total 200,00 250 450,00

Saldo Inicial 5 Compra 10 25,00 250,00

- 10 20

10 Venda

-

4 20,00

80,00 6 10 16

20,00 25,00

120,00 250 370,00

15 Venda

-

5 20,00

100,00 1 10 11

20,00 25,00

20,00 250 270,00

20 Compra

5

30,00

150,00

- 1 10 5 16

20,00 25,00 30,00

20,00 250,00 150,00 420,00

25 Venda

1 20,00 9 25,00 10

20,00 225,00 1 245,00 5 6

20,00 25,00 30,00

25,00 150,00 175,00

15 400,00 CMV = R$ 425,00 (80+100+245) Utilizando a formula do CVM, seria:

425,00 6 175,00 Vendas Liquidas = 140+200+400 = R$ 740,00 RCM = Vendas Liquidas - CMV 740 - 425 = CMV = EI + CO - EF => 200 + 400 - 175,00 = 425,00 315,00 EF = R$ 175,00

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UEPS: Data Transao

Compras Qtd Unit

Total

Vendas Qtd Unit

Total

Saldos Qtd 10

Unit 20,00 25,00

Total 200,00 250 450,00

Saldo Inicial 5 Compra 10 25,00 250,00

- 10 20

10 Venda

-

4 25,00

100,00 10 6 16

20,00 25,00

200,00 150 350,00

15 Venda

-

5 25,00

125,00 10 1 11

20,00 25,00

200,00 25 225,00

20 Compra

5

30,00

150,00

- 10 1 5 16

20,00 25,00 30,00

200,00 25,00 150,00 375,00

25 Venda

5 30,00 1 25,00 4 20,00 10

150,00 6 25,00 80,00 255,00 6 480 6

20,00 25,00 30,00

120,00 120,00 120,00

15 400,00 CMV = R$ 480,00 (100+125+255) Utilizando a formula do CVM, seria:

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Vendas Liquidas = 140+200+400 = R$ 740,00 RCM = Vendas Liquidas - CMV 740 - 480 = CMV = EI + CO - EF => 200 + 400 - 120,00 = 480,00 260,00 EF = R$ 120,00

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Resumo: Mtodo C.Mdio PEPS UEPS Estoque Inicial 200,00 200,00 200,00 Estoque Compras Final C.M.V. 400,00 400,00 400,00 149,10 175,00 120,00 450,90 425,00 480,00 Vendas 740,00 740,00 740,00 RCM 289,10 315,00 260,00

Observaes: O mtodo aceito pela Receita Federal o PEPS, Quando h Inflao o mtodo de custo mdio, ter um valor intermedirio, Lembrar que quando da apurao CMV o valor real da venda irrelevante, Estes mtodos apresentaro diferena relativa em perodos inflacionrios.

Exerccio Proposto: Uma empresa apresentou as seguintes movimentaes na conta estoque de mercadoria, em determinado ms: Saldo Inicial: 5 unids / Unitrio 8 / Total $ 40 Dia 5: compra de 10 unidades por R$ 10,00 cada; Dia 10: venda de 4 unidades pelo preo de R$ 20,00 cada; Dia 15: venda de mais 6 unidades por R$ 22,00 cada; Dia 20: compra de 10 unidades por R$15,00 cada unidade; Dia 25: venda de 10 unidades por R$ 25,00 cada. Pede-se: Preparar Fichas: Media Ponderada (custo mdio), PEPS e UEPS Avaliar o Resultado com Mercadorias.

9. IMPOSTOS E CONTRIBUIESAlm dos fatos administrativos como frete, seguro etc. que alteram os valores das mercadorias existe ainda os impostos e as contribuies que incidem sobre as mesmas. Os impostos mais comuns so: ICMS, IPI, ISS, PIS sobre faturamento e COFINS. ICMS: Imposto sobre Operaes relativas a Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transportes um imposto de esfera estadual, considerado imposto por dentro, pois seu valor j esta embutido no preo de compra ou venda e um imposto no cumulativo, isto , o imposto incidente de uma operao (Compra) ser compensado do imposto incidente da operao subseqente (venda). Na compra o ICMS representa um direito da empresa (ativo) e na venda uma obrigao (passivo) junto ao governo. Dever ser calculado mensalmente e recolhida a diferena nos primeiros dias do ms

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subseqente, ao final do exerccio social ser contabilizado todos os recolhimentos e fechado saldo da conta. O ICMS calculado mediante a aplicao de um percentual (alquota) sobre o valor da mercadoria ou do servio, podendo variar de acordo com a mercadoria e o Estado. A legislao fiscal determina que o ICMS deva ser contabilizado separadamente do valor da mercadoria, normalmente com as contas: ICMS a recolher, ICMS a recuperar, ICMS sobre vendas e ICMS sobre compras. Sendo o ICMS um Imposto por dentro, seu valor esta incluso no valor da mercadoria. calculado aplicando uma alquota sobre o preo do produto. Por exemplo, determinada mercadoria adquirida por R$ 1.000, com ICMS incidente pela alquota de 18%, o custo da mercadoria corresponde a R$ 820 e o ICMS, a R$ 180. Neste caso, o total da Nota Fiscal ser igual a R$ 1.000. O Saldo da Conta "ICMS a Recuperar", ser lanada no Ativo Circulante. J quando houver saldo a Recuperar, ser no Passivo Circulante. Poder ainda ser lanado em fichas de contas em separado (ICMS a Recuperar e ICMS a Pagar). Exemplo: Dia 05 Compra de Mercadorias, a vista $ 7.000, com ICMS de 18%. Dia 10 - Venda de Mercadorias, a vista, $ 7.500, com ICMS incidente de $1350 (18%).Caixa 7.000 10 7.500 5 5 Mercadorias 5.740 Vendas 7.500 10

ICMS sobre vendas (Resultado) 10 1.350

ICMS a Recuperar (A. Circulante ou P. Circulante) 1.350 5 1.260 10

No Exemplo anterior: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) a ICMS a Pagar (Passivo Circulante) .... $ 90 IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados um imposto de competncia Federal exigido das empresas industriais. O seu valor no est embutido no valor de venda, devendo ser adicionado no valor final da nota fiscal da operao, aumentando o valor a pagar pelo comprador. Assim como o ICMS um imposto no cumulativo, isto , o imposto incidente de uma operao (Compra) ser compensado com o valor do imposto incidente da operao subseqente (venda), SOMENTE para as Indstrias. A alquota do IPI definida de acordo com a Classificao do produto. As sociedades comerciais, normalmente no recuperam o IPI.

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O IPI na compra recupervel, somente no caso de compra de Matria Prima. No caso de compra pra revenda o valor ser incluso no preo de custo de aquisio. O IPI ao contrario do ICMS, considerado Imposto por fora, seu valor calculado aplicando-se uma alquota sobre o preo do produto e depois se somando os dois valores. Por exemplo, determinado produto adquirido por R$ 1.000, com IPI incidente de R$ 100, pagaremos a importncia de R$ 1.100, sendo R$ 1.000 relativo ao custo do produto e R$ 100 pelo IPI. Neste caso o total da Nota Fiscal ser de R$ 1.100. Sendo um imposto por fora, no integra a Receita Bruta de Vendas. No caso de uma compra que haja ICMS e IPI, porm a Venda estiver isenta do IPI, o IPI pela compra integrar o custo da mercadoria. No caso de compras para consumo ou integrao do Ativo Permanente, tanto o ICMS como o IPI no sero recuperveis e integraro o custo de aquisio. O Saldo da Conta "IPI a Recuperar", ser lanada no Ativo Circulante quando houver e o saldo a Recuperar e no Passivo Circulando quando houver saldo a pagar. Poder ainda ser lanado em fichas de contas em separado (IPI a Recuperar e IPI a Pagar). Exemplo: Dia 05 Compra de Matria Prima, a vista $ 7.000, com IPI de $ 700, totalizando $ 7.700. Dia 10 - Venda de Produtos, a vista, $ 7.500, com IPI incidente de $ 750, totalizando $ 8250.Caixa 7.700 10 8.250 5 5 Matria Prima 7.000 Vendas 7.500 10

IPI a Recuperar (Ativo Circulante ou Passivo Circulante) 5 700 750 10

No Exemplo anterior: IPI a Recuperar (Ativo Circulante) a IPI a Pagar (Passivo Circulante) .... $ 50 ISS: Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza um imposto de competncia Municipal, cobrado sobre prestadores de servios, pode ter sua alquota diferenciada de um Municpio para outro. Representa uma deduo do preo total da Receita de Servios Prestados. calculado mensalmente, mediante a aplicao de uma alquota (varivel em cada municpio), sobre o valor dos servios prestados no referido ms. A conta ISS conta de despesa, redutora da Receita Bruta de Vendas e integrante da formula do RCM, juntamente com o ICMS, PIS e COFINS.

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A conta ISS a Recolher pertence ao Passivo Circulante e representa obrigao. Como recolhido no ms seguinte ao da ocorrncia do fato gerador, ms de ocorrncia, a contabilizao se d: ISS a ISS a recolher (% sobre o faturamento do ms)...... R$ PIS: Programa de Integrao Social de competncia Federal e representa parte das vendas brutas que sero destinadas aos programas sociais do governo. O seu valor j est embutido no preo de venda e um imposto cumulativo, isto , o imposto incide sobre as operaes de venda e no poder ser compensado. Ele tem sua alquota fixada pelo governo Federal, deve ser calculado e recolhido mensalmente tomando como base para o recolhimento a receita bruta do ms anterior. calculado sobre a receita bruta (venda de bens e servios) da empresa, deduzindo-se os descontos, abatimentos e cancelamentos. No pode ser excludo da Receita Bruta o ICMS e o ISS. A alquota de 0,65%. A conta PIS sobre o Faturamento conta de despesa, redutora da Receita Bruta de Vendas e integrante da formula do RCM, juntamente com o ICMS, ISS e COFINS. A conta PIS sobre Faturamento pertence ao Passivo Circulante e representa obrigao. Como recolhido ao Governo Federal no ms seguinte ao da ocorrncia do fato gerador, ms de ocorrncia, a contabilizao se d: PIS sobre Faturamento a PIS sobre Faturamento a recolher .............................R$ COFINS - Contribuio para Financiamento da Seguridade Social Assim como o PIS, a COFINS tem o seu valor j embutido no preo de venda e tambm um imposto cumulativo, isto , o imposto incide sobre as operaes de venda e no pode ser compensado, de competncia federal devendo ser recolhido aos cofres pblicos a cada ms, tomando como base o total das vendas brutas no ms anterior. calculado sobre a receita bruta (venda de bens e servios) da empresa, deduzindo-se os descontos incondicionais concedidos e o IPI quando integrar a receita bruta de vendas (empresas industriais). A alquota de 2%. A conta COFINS conta de despesa, redutora da Receita Bruta de Vendas e integrante da formula do RCM, juntamente com o ICMS, PIS e ISS. A conta PIS sobre Faturamento pertence ao Passivo Circulante e representa obrigao. Como recolhido ao Governo Federal no ms seguinte ao da ocorrncia do fato gerador, ms de ocorrncia, a contabilizao se d: COFINS a COFINS a recolher .........................................................R$ CONTRIBUIO SOCIAL Constituda mediante a aplicao de um percentual sobre o Resultado Liquido do Exerccio (Lucro Liquido).

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Importante sempre consultar a legislao tributaria para verificar a base de calculo, alquota e o momento do recolhimento da proviso (mensal ou anual). Exemplo: Constituio: Resultado do Exerccio a Proviso para Contribuio Social (proviso que se constitui, conforme clculos) ........R$ Baixas: A baixa efetuada na data do pagamento (recolhimento da obrigao ao governo federal), debitando-se a conta Proviso para Contribuio Social e creditando a conta Caixa ou Bancos. IMPOSTO DE RENDA Constituda mediante a aplicao de um percentual sobre o Resultado Liquido do Exerccio (Lucro Liquido), ajustado nos termos da legislao tributaria. A base de calculo o Lucro Real: Resultado do Exerccio ajustado pelas adies, excluses ou compensaes, conforme estabelece a legislao tributria. Exemplo: Constituio: Resultado do Exerccio a Proviso para Imposto de Renda (proviso que se constitui, conforme clculos) ....R$ Baixas: A baixa desta proviso tambm efetuada na data do pagamento (recolhimento da obrigao ao governo federal), debitando-se a conta Proviso para Imposto de Renda e creditando a conta Caixa ou Bancos.

10. PROVISES E RESERVASPROVISES Conceito: Provises so valores, normalmente estimados pelo setor de Contabilidade para cobrir provveis perdas ou exigibilidades. Os valores podem ser previamente conhecidos e/ou calculados. As Provises so classificadas no Balano Patrimonial em dois grupos: a) Provises retificadoras do Ativo ou Provises Ativas b) Provises representativas de exigibilidade ou Provises Passivas. Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa ou Proviso para Devedores Duvidosos: Representa uma proviso para cobrir perdas estimadas na cobrana de contas a receber, retificadora da conta clientes / contas a receber / duplicatas a receber, localizada no ativo tem saldo credor. D Despesa com devedores duvidosos (DRE) C Proviso para devedores duvidosos (BP) Proviso para perda do estoque em relao ao valor de Mercado Destina-se, de acordo com o princpio da prudncia, registrar o valor dos itens do estoque que estiverem valorizados com um custo maior ao preo

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de mercado. O custo de compra maior que o de valor de reposio, neste caso quando a empresa for efetuar a venda normalmente ter um prejuzo, pois o preo da mercadoria comprada est menor no mercado. D Despesa com Perda na Avaliao do estoque (DRE) C Proviso para ajuste ao Valor de Mercado (BP) Proviso para Perdas em Estoques Esta conta registra as perdas conhecidas ou previstas no estoque da empresa, normalmente calculada por estimativa, tem saldo credor e facultativa. D Despesa com perda do estoque (DRE) C Proviso para perdas no estoque (BP) Proviso para Perdas em Investimentos Registrar os valores estimados de possveis perdas em investimentos, pode ser em investimentos temporrios ou permanentes, de curto ou longo prazo. D Perdas em investimentos (DRE) C Proviso para perdas em investimentos (BP) Outras provises Toda proviso tem saldo credor e como contrapartida no seu registro uma despesa; existem provises que estaro apresentadas no passivo como, por exemplo: Proviso para imposto de renda; Proviso para Contribuio Social Proviso para adicional natalino; Proviso para frias; Proviso para FGTS; Proviso para contingncias; As provises para possveis perdas so contas redutoras do ativo enquanto que as provises para possveis pagamentos sero contas normais, aumentando o passivo da empresa. RESERVAS Conceito: Reservas so recursos contabilizados em contas do grupo Patrimnio Lquido. Entre outras, tem a finalidade de manter a integridade do Capital Social ou garantir a realizao de investimentos com recursos prprios. So as parcelas do PL que excedem o valor do capital social integralizado, servem para dar proteo e garantia financeira para a empresa. As reservas so classificadas em: Reservas de Lucros: Reserva Legal, Reservas Estatutrias e Reservas Livres, extrada do lucro liquido. Reservas de Capital: contribuies dos proprietrios, scios, acionista ou de terceiros que investem no patrimnio da empresa. No representam receitas ou ganhos e sim origem de capital por isto no devem transitar por contas de resultado.

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Reservas de Reavaliao: so as contrapartidas de valores contbeis atribudos a elementos do ativo permanente como resultado de nova avaliao. Esta avaliao deve ser efetuada por trs peritos e aprovada em assemblia geral. IMPORTANTE NO CONFUNDIR Reservas com Provises. As Reservas so contabilizadas em contas do Patrimnio Lquido, enquanto que as Provises so contabilizadas em contas retificadoras do Ativo e Passivo. As Reservas visam manter a integridade do capital, enquanto que as Provises tem o objetivo de cobrir provveis perdas ou cobrir exigibilidades.

11. OPERAES REDUTORAS DO ATIVODUPLICATAS DESCONTADAS Esta conta apresenta o valor que a empresa descontou de duplicatas a receber junto a um banco, caso o seu cliente falte com o pagamento no banco a responsabilidade da empresa, por isto que a conta duplicata descontada tem uma conotao de ser uma obrigao da empresa. Aparece como retificadora da conta duplicatas a receber, mas no diminui o seu saldo. Pode-se dizer que a contabilizao da conta duplicata descontada tem a mesma natureza de um emprstimo dado por um banco para a empresa, s que neste caso a empresa d como garantia de pagamento uma duplicata em sua posse. A empresa recebe somente o valor lquido, descontando os juros cobrados. D Caixa (BP) D Despesa financeiras (DRE) C Duplicatas Descontadas (BP) Quando o banco informar para a empresa que o cliente quitou a duplicata descontada, esta dever dar baixa no seu Balano Patrimonial da seguinte forma: D Duplicada descontada (BP) C Duplicata a receber (BP) Caso o banco informe que a duplicata descontada no foi paga pelo cliente a empresa tambm dever acertar a sua situao patrimonial (devolver o dinheiro para o banco), efetuando o seguinte registro: D Duplicata descontada (BP) C Banco Conta corrente (BP)

DEPRECIAO, EXAUSTO E DEPLEO. Depreciao representa o desgaste ou a perda de valor contbil de um bem, pode ser por causa de ao da natureza, do uso normal ou pela obsolescncia. O Regulamento do Imposto de Renda contm detalhes dos bens que podem ser depreciados (ver ainda IN 162/98 e IN 130/99 da SRF e art.311 do RIR/99). A depreciao acumulada uma conta retificadora do bem depreciado, sendo que o total depreciado no poder ultrapassar o custo do bem. O lanamento contbil da depreciao do exerccio ser o seguinte: D Despesa com depreciao (DRE) C Depreciao acumulada (BP) Alguns exemplos de vida til:

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CONTAS Computadores e Perifricos Edifcios Mquinas e Equipamentos Instalaes Mveis e Utenslios Veculos

PRAZOS ADMITIDOS 5 anos 25 anos 10 anos 10 anos 10 anos 5 anos 60 meses 300 meses 120 meses 120 meses 120 meses 60 meses

TAXAS 20% a.a. 04% 10% 10% 10% 20% a.a a.a a.a a.a a.a.

Exemplo: Uma empresa comprou uma mquina por 20.000 reais, sabendo que a sua vida til de 5 anos. Calcule a depreciao acumulada ao final do 3 ano. Resoluo: vida til 5 anos (100%); depreciao - 20.000 5 = 4.000 ao ano. DEP. ACUMULADA (DA) 1 4.000 - 4.000 2 4.000 - 8.000 3 4.000 - 12.000 4 4.000 - 16.000 5 4.000 - 20.000 Valor da Mquina... $ 20.000 Depreciao Acumulada... ($ 12.000) Valor contbil... = $ 8.000 Exausto a importncia correspondente diminuio de recursos naturais no renovveis resultantes de sua explorao, devem ser lanadas como custo ou encargo em cada perodo de apurao. A quota anual ser determinada pelo volume de produo em relao com o total a ser explorado, ou em relao ao prazo de concesso de explorao. D Despesa com exausto (DRE) C Exausto acumulada (BP)

AMORTIZAO um processo semelhante depreciao realizado no final de cada perodo, com o fim de considerar como custo, despesa ou encargo do perodo parte do valor gasto com bens, direitos ou despesas que contribuiro para a formao de resultado de mais de um exerccio. Esses gastos so considerados bens imateriais contabilizados em Contas do Ativo Imobilizado. Exemplos de amortizaes: Direitos: patentes de inveno, direitos autorais, direitos contratuais, Para melhor compreenso, podemos dizer que o custo, despesa ou encargo de bens materiais e imateriais do Ativo Permanente, classificado em: Depreciao para bens materiais Exausto para recursos minerais Depleo para recursos florestais (poder ser usado tambm o termo exausto) Amortizao para bens imateriais

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12. PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADECriados pela resoluo CFC n 750 - 29/12/93 (apndice pela resoluo 774 16/12/94, CFC n. 1.282/10 e, alteraes posteriores) Representam a essncia das doutrinas e teorias relativas cincia da contabilidade. Constituem a viga-mestra da cincia social e valem para os patrimnios de todas as entidades. CFC n 1. PRINCPIO DA ENTIDADE o Afirma a autonomia patrimonial da entidade. o O patrimnio de uma sociedade no se confunde com o patrimnio dos seus scios. o Definida a entidade, no se devem misturar os recursos da empresa com os recursos dos scios e vice-versa. 2. PRINCPIO DA CONTINUIDADE Continuidade: algo em andamento As pessoas jurdicas, uma vez constitudas estaro sempre em atividade (em marcha). Clusula do contrato social: a entidade existir por tempo indeterminado. 3. PRINCPIO DA OPORTUNIDADE Refere-se simultaneamente tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes Tempestividade: registro no momento em que ocorreu a operao (de imediato e com a extenso correta). Integridade: registro baseado em documentao fidedigna (ntegra idnea). 4. PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Os componentes patrimoniais sero registrados pelos valores originais das transaes. Os valores devero estar expressos na unidade monetria do pas (Brasil =Real). Os bens quando adquiridos, sero contabilizados pelo custo histrico constante nos documentos de entrada. 5. PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA Foi revogado pela Resoluo CFC 1282/2010. Visava ajustar o valor original numa certa data, traduzindo a variao do poder aquisitivo da moeda ocorrida num determinado perodo. O ajuste era feito mediante aplicao de um determinado indexador (com a variao do ndice geral de preos). 6. PRINCPIO DA COMPETNCIA As receitas e as despesas devem ser registradas dentro do perodo em que tiver ocorrido o fato gerador. Consideram-se realizadas as receitas nas transaes com terceiros, independentemente do recebimento. Consideram-se incorridas as despesas no momento do seu consumo, independentemente do pagamento.

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7. PRINCPIO DA PRUDNCIA Na definio dos valores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau varivel. Ligado ao conservadorismo (antiga conveno): antecipar possveis prejuzos e nunca antecipar provveis lucros. Aplicao: na avaliao de estoque, ser o valor de mercado, se for inferior* ao valor de compra. *conta retificadora: proviso para ajuste a valor de mercado

13. CONVENES:As convenes buscam unificar determinados procedimentos, em caso de no serem estes atendidos pelos PFC. CONSISTNCIA Quando existem diversas alternativas para o registro contbil de um mesmo evento, (todas vlidas dentro dos princpios) deve a empresa adotar a mais consistente. Isso significa que, a alternativa adotada deve ser utilizada sempre, no podendo a entidade mudar o critrio em cada exerccio. Quando houver interesse ou necessidade dessa mudana de procedimento, deve a entidade reportar o fato e o valor da diferena no lucro com relao ao que seria obtido se no houvesse a quebra da consistncia. Isto em notas explicativas. Uma vez escolhido um processo para registros contbeis, no deve ser mudado com freqncia, para que os resultados contbeis no fiquem prejudicados. Porm se houver necessidade de mudana de critrio, deve ser feita a divulgao do seu efeito das demonstraes contbeis. CONSERVADORISMO Quase que uma regra comportamental, apresentada no Princpio da Prudncia, o conservadorismo obriga a adoo de um esprito de precauo por parte do contador. Quando ele tiver dvida sobre tratar de um determinado gasto como ativo ou reduo do patrimnio liquido (bsica e normalmente despesa), deve optar pela forma de maior precauo, ou seja, pela segunda. MATERIALIDADE Doutrina que o Contador deve preocupar-se com o que material, ou seja, analisando-se o custo-benefcio, observando se o procedimento deve ou no ser realizado. Esta conveno contbil de extrema importncia para custos. Ela desobriga de um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetrio pequeno dentro dos gastos totais. OBJETIVIDADE Todos os valores apropriados ao custo da produo devem estar suportados: - por documentos que comprovem a natureza e o valor do registro; - ou por critrios objetivos, principalmente, na determinao dos rateios de custos indiretos; - ou por critrios geralmente aceitos pela classe contbil, como, por exemplo, a adoo da vida mdia estimada para clculo da depreciao.

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14. REGIMES CONTBEISRegime contbil um procedimento ou tcnica adotado para a realizao dos registros dos fatos aplicados cincia contbil, estabelecendo as diretrizes para classificao das variaes ou alteraes patrimoniais. Regime de Caixa: No regime de caixa as receitas e as despesas so imputadas ao exerccio em que os valores tenham sido recebidos ou pagos, no importa o perodo a que correspondam. As empresas tributadas pelo lucro presumido e enquadradas no Simples podero optar pelo regime de caixa (IN104/98 e Res.CGSN 38/08). CGSN = Comit Gestor do Simples Nacional Regime de Competncia Pelo regime de competncia, as receitas e despesas so consideradas como encargos do exerccio em que se formam independentemente do fato de seu pagamento ter ocorrido no mesmo ou em outro exerccio. No regime de competncia, as receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento (art. 9 da Resoluo n 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade - CFC). As empresas tributadas com base no lucro real esto obrigadas a adotar o regime de competncia para fins de apurao dos tributos.

Exemplo: Lanamentos da Cia. Ventriloca, com razonetes. 1) Saldos Iniciais so equivalente a Zero 2) Venda de $ 12.000 a Vista 3) Venda de $ 8.000 a 90 dias 4) pagamento de despesas de vendas a vista por $ 10.000 5) Pagamento de Despesas de Vendas, faturadas a 30 dias. Caixa 2 Clientes 3 0 8000 Ttulos Pagar 0 6000 5 4 5 0 12000 10000 4 Despesas Vendas 10000 6000 Resultado Lucro 4000 2000 Receita Venda 12.000 2 8000 3 DRE Receita (-) Despesas Regime de Competncia 20000 -16000 Regime de Caixa 12000 -10000

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15. PROCESSO CONTABILPROCESSO CONTABIL: DOCUMENTOS E FATOS

LIVRO DIRIO

LIVRO RAZO (razonete)

BALANCETE DE VERIFICAO

APURAO DO RESULTADO DO EXERCICIO

DEMONSTRAES CONTABEIS BALANO PATRIMONIAL e NOTAS EXPLICATIVAS DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCICIO DEMONSTRAO DE LUCROS E PREJUIZOS ACUMULADOS E OUTRAS DEMONSTRAES

IMPORTANTE A partir dos registros contbeis so extrados os "Inventrios Contbeis", os quais tm a finalidade da demonstrao analtica dos componentes patrimoniais: - Duplicatas a Receber - Duplicatas a Pagar - Fornecedores - Conta Corrente - Inventario de Mercadorias (Fichas de Estoque) - Etc. O processo contbil orientado por mtodos, normas, regras, princpios e legislaes: - Mtodo das Partidas Dobradas - Princpios Contbeis e normas - Tcnicas de Conciliao - Principais Grupos de Contas (Plano de Contas) - Lei 6.404/76, Lei 11638/07, Lei 11941/07 - Resolues CFC, - NIC (Norma Internacional de Contabilidade). No objeto de estudo versar - Legislao do Imposto de Renda (RIR-Regulamento do Imposto de Renda) - Outras legislaes correlatas

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COM ESTE MATERIAL, SER QUE VIMOS TUDO SOBRE A CONTABILIDADE?

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ANEXO 1:

PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: Contabilidade Introdutoria EMENTA Conceitos Bsicos de Contabilidade. Mtodos de Registros e Esttica Patrimonial. Noes de Dbito e Credito. Contas e Lanamentos. Origens e Aplicaes de Recursos. Mtodo das Partidas Dobradas. Regimes de Caixa e Regime de Competncia. Operaes com Mercadorias. Conceitos de Balano Patrimonial (BP) e do Demonstrativo do Resultado do Exerccio (DRE). TEMAS DE ESTUDO CONCEITOS BSICOS Finalidades Objetivos Princpios Fundamentais Contas e Lanamentos METODOS DE REGISTROS Noes de Debito e Credito Mtodo das Partidas Dobradas Regime de Caixa e de Competncia OPERAES COM MERCADORIAS Inventrios Peridicos Inventrios Permanentes Apurao de Resultados DEMONSTRAES FINANCEIRAS Balancete de Verificao Balano Patrimonial Demonstrao do Resultado do Exerccio

BIBLIOGRAFIA BSICA

Equipe de Professores da FEA da USP, Contabilidade Introdutria, Editora Atlas IUDICIBUS, Sergio de & MARION, J.C. Manual de Contabilidade para no Contadores, Ed. Atlas. MARION, Jos Carlos. Contabilidade Bsica. So Paulo, Editora Atlas.Ribeiro, Osni Moura, Contabilidade Bsica Fcil Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Ribeiro, Osni Moura, Contabilidade Geral, Editora Saraiva. Marion, Jos Carlos, Contabilidade Empresarial, Editora Atlas.Ribeiro, Osni Moura, Contabilidade de Custos, Editora Saraiva.

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