Jornal A PONTE 2013 n°1

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INFORMATIVO DO IX FESTIVAL DE ARTES DO VALE DO SÃO FRANCISCO etrolina tem Teatro? Sim! A cidade P agora tem um espaço exclusivo para atividades culturais e artísticas: o Teatro Dona Amélia. Depois de dois anos de reforma, o Sesc Petrolina reabre suas portas para receber toda a população neste novo equipamento artístico. Único da cidade, o Teatro traz o que há de mais moderno em sistema de vídeo, iluminação e sonorização, para um público de cerca de 345 pessoas. A acessibilidade e inovação também estão presentes no espaço. Rampas e platafor- ma elevatória efetivam o acesso para pessoas com deficiência e de baixa mobilidade. Dentro do Teatro tem mais novidades: a primeira e última fila foram adaptadas com cadeiras reforçadas e mais amplas para pessoas obesas. O palco ficou mais espaçoso, com 96 m² e nele uma tela (ciclorama) na cor branca foi instalada para exibição de filmes e projeção nos espetáculos. O sistema de iluminação e som agora é totalmente digital. Entre outras mudanças, destaque ainda para o revestimento de madeiras nas paredes, que garantiu melhoria na acústica, o novo carpete do piso, modernização do sistema de incêndio e segurança, entre outros. Segundo o gerente do Sesc Petrolina, Hednilson Bezerra, toda a estrutura se assemelha a de um teatro de primeira linha. “O Teatro é algo que vínhamos almejando há muito tempo. O novo equipamento é um benefício para a classe artística, para os comerciários, e para a cidade”, declarou Bezerra. "O desenvolvimento cultural tem que seguir o crescimento econômico". Apesar do Sesc ter garantido uma grande área cultural, o coordenador de cultura da instituição, em Petrolina, Jailson Lima, destaca que o Teatro Dona Amélia sozinho não vai dar conta da demanda artística da cidade, já que ela cresce gradativamente. “Petrolina se desenvolve de uma forma muito boa. Isso requer outros investimentos. É preciso que haja entendimento do poder público que a cidade necessita de mais um espaço. O desenvolvimento cultural tem que seguir o crescimento econômico. A cidade não para, continua criando, pulsando... logo é imprescindível que se valorize e invista nisso”, disse Lima. Apesar de já está recebendo apresenta- ções, de alguns projetos do Sesc, o Teatro Dona Amélia só deve ser inaugurado oficialmente no mês de Setembro. A Mestra que deu nome a casa Dona Amélia é uma das mais antigas representantes do Samba de Véio da Ilha do Massangano e memória viva da cultural local. Junto com o samba de Véio, Dona Amélia mantém uma ligação direta com a programação cultural do Sesc e por isso a escolha de seu nome para o Teatro, afirma Jailson Lima. “A nossa ideia é referenciar a sambista, que está viva e vai poder participar da homenagem e será reconheci- da em vida, o que é muito significativo. Além disso o Samba de Véio é uma manifestação que vem influenciando os artistas a produzirem documentários, espetáculos, enfim, é uma cultura que está viva”, finalizou o coordenador. Petrolina tem Teatro! Após passar por reforma, o teatro do Sesc reabre com novidades Foto Janko Moura Ano VI Edição nº 01 do IX Aldeia | Petrolina, 02 de agosto de 2013 Foto Chico Egídio por Luciana Passos

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Informativo número 01 do IX Aldeia do Velho Chico – Festival de Artes do Vale do São Francisco.

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Page 1: Jornal A PONTE 2013 n°1

INFORMATIVO DO IX FESTIVAL DE ARTES DO VALE DO SÃO FRANCISCO

etrolina tem Teatro? Sim! A cidade P agora tem um espaço exclusivo para atividades culturais e artísticas: o

Teatro Dona Amélia. Depois de dois anos de reforma, o Sesc Petrolina reabre suas portas para receber toda a população neste novo equipamento artístico. Único da cidade, o Teatro traz o que há de mais moderno em sistema de vídeo, iluminação e sonorização, para um público de cerca de 345 pessoas. A acessibilidade e inovação também estão presentes no espaço. Rampas e platafor-ma elevatória efetivam o acesso para pessoas com deficiência e de baixa mobilidade. Dentro do Teatro tem mais novidades: a primeira e última fila foram adaptadas com cadeiras reforçadas e mais amplas para pessoas obesas. O palco ficou mais espaçoso, com 96 m² e nele uma tela (ciclorama) na cor branca foi instalada para exibição de filmes e projeção nos espetáculos. O sistema de iluminação e som agora é totalmente digital. Entre outras mudanças, destaque ainda para o revestimento de madeiras nas paredes, que garantiu melhoria na acústica, o novo carpete do piso, modernização do sistema de incêndio e segurança, entre outros. Segundo o gerente do Sesc Petrolina, Hednilson Bezerra, toda a estrutura se assemelha a de um teatro de primeira linha. “O Teatro é algo que vínhamos

almejando há muito tempo. O novo equipamento é um benefício para a classe artística, para os comerciários, e para a cidade”, declarou Bezerra.

"O desenvolvimento

cultural tem que seguir o

crescimento econômico".

Apesar do Sesc ter garantido uma grande área cultural, o coordenador de cultura da instituição, em Petrolina, Jailson Lima, destaca que o Teatro Dona Amélia sozinho não vai dar conta da demanda artística da cidade, já que ela cresce gradativamente. “Petrolina se desenvolve de uma forma muito boa. Isso requer outros investimentos. É preciso que haja entendimento do poder público que a cidade necessita de mais um espaço. O desenvolvimento cultural tem que seguir o crescimento econômico. A cidade não para, continua criando, pulsando... logo é imprescindível que se valorize e invista nisso”, disse Lima. Apesar de já está recebendo apresenta-ções, de alguns projetos do Sesc, o Teatro Dona Amélia só deve ser inaugurado oficialmente no mês de Setembro.

A Mestra que deu nome a casa Dona Amélia é uma das mais antigas representantes do Samba de Véio da Ilha do Massangano e memória viva da cultural local. Junto com o samba de Véio, Dona Amélia mantém uma ligação direta com a programação cultural do Sesc e por isso a escolha de seu nome para o Teatro, afirma Jailson Lima. “A nossa ideia é referenciar a sambista, que está viva e vai poder participar da homenagem e será reconheci-da em vida, o que é muito significativo. Além disso o Samba de Véio é uma manifestação que vem influenciando os artistas a produzirem documentários, espetáculos, enfim, é uma cultura que está viva”, finalizou o coordenador.

Petrolina tem Teatro!Após passar por reforma,o teatro do Sesc reabre com novidades

Foto Janko Moura

Ano VI Edição nº 01 do IX Aldeia | Petrolina, 02 de agosto de 2013

Foto Chico Egídio

por Luciana Passos

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Expediente

Informativo número 01 da IX edição do Aldeia do Velho Chico – Festival de Artes do Vale do São Francisco, realizado pelo Sesc Petrolina com apoio do seu Departamento Nacional.

01 de agosto de 2013

Assessoria de ImprensaClas Comunicação & Marketing

Jornalista Responsável Luciana Passos (DRT/BA- 3737)

Reportagem Carlos Laerte (DRT/PE-1781)Luciana Passos

PautasThom Galiano

FotosArquivo Sesc

Projeto GráficoMiro Borges

Coordenação Geral do FestivalJailson LimaGaliana Brasil

Gerente do Sesc PetrolinaHednilson Roberto Bezerra da Silva

Tiragem2.000 exemplares

Ano

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Ediç

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013

m bate-papo informal sobre o pensar e U o fazer artístico vai dar muito o que falar nesta 9ª edição da Aldeia do

Velho Chico. Com o sugestivo e instigante nome, Tecendo Ideias, a proposta promete colocar, frente a frente, criadores, produtores e estudiosos de cultura da nossa região, para uma conversa franca e aberta sobre cinco temas pra lá de interessantes. Pinçados estrategicamente da programa-ção desta edição da Aldeia, os recortes vão provocar a troca de experiências e a discussão sobre o documentário cinematográfico, contos literários, cordel, humor e a arte da nossa ceramista maior, Ana das Carrancas. A cada encontro, o público será convidado a partici-par, alinhavando, dando forma ao pensamento e, sobretudo, tirando dúvidas acerca de questões, a exemplo dos modos de produção, crítica, ética e política cultural. O Tecendo Ideias promete também amarrar soluções e desalinhar pré-conceitos acerca de fenômenos como a inspiração, motivação e provocação. Durante o recorte “A Relação do Cordel com outras linguagens!”, por exemplo, uma mesa redonda com as poetas Mariane Bigio, Susana Moraes e o professor Genivaldo

Nascimento, vai abordar conceitos convergentes e divergentes sobre o diálogo que há entre o cordel e outros discursos, tais como: teatro, música, artes visuais. Uma oportunidade, e tanto, para costurar vivências, sentir texturas e apreciar diferenças neste leque de temas atuais, polêmicos e divertidos.

Tecendo Ideias troca experiênciase discute linguagens artísticas

Tecendo IdeiasSala de Teatro do Sesc Petrolina às 15h

05/08 – O Documentário enquanto gênero cinematográfico com Rodolfo Araújo, Chico Egídio e Afonso Henrique.06/08 - Contos de onde vem para onde vão? com Cátia Cardoso, Clarissa Loureiro e Bruno Liberal.07/08 – A relação do cordel com outras linguagens com Mariane Bigio, Susana Morais e Genivaldo Nascimento.08/08 - Barro e Memória com Elisabet Moreira, Ângela Lima e Janedalva Gondim.09/08 – O cômico em cena com Fernando Lira, Grupo Caravana Tapioca, Antonio Veronaldo.

Dona Selma do Coco 02/08 Sextano Abre Alas pro Velho ChicoPorta do Rio 20h Livre Gratuito

03/08 Sábadono Conversa de ComadreIlha do Massangano / 16h

04/08 Domingono Domingo na IlhaIlha do Massangano 16h Livre Gratuito

por Carlos Laerte

FOTO CHAMADA

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o olhar atento à produção atual do D teatro nos salta a recorrência daquele dito “teatro documental”. Em se

tratando do Palco Giratório, que é nosso território de reconhecimento, vimos a primeira mostra disso no espetáculo Dilacerado, da Cia. carioca Os Desequilibrados, na edição de 2004. A peça que circulou pelo estado pernambucano juntamente com o repertório Combinado, sob a direção de Ivan Sugahara, lançava mão de dramas pessoais do atores para construir a dramaturgia de sua cena. Este ano, na sétima edição do Festival Palco Giratório, em Recife, nos deparamos com uma série de dramas reais a dar o mote ou embalar a trama de espetáculos como O Homem Vermelho, de Marcelo Braga (RJ) , Coração Randevú (RS) . O Filho Eterno, da Cia. atores de Laura (RJ) e o pernambucano Olivier e Lili da Cia. Teatro de Fronteiras. Recentemente, no Festival Internacional de Teatro (FIT) – Rio Preto, pudemos conferir trabalhos calcados em histórias pessoais dos atores, como o Ficção, da Cia. paulista Hiato, que não faz distinção entre fantasia e realidade, confundindo propositalmente o espectador e lhe plantando uma dúvida sobre o quanto de real permeia ou formata o terreno ficcional. Além de nenhuma novidade, esta também não é uma tendência apenas nacional, da profícua produção latino-americana encontramos Galvarino, do grupo chileno Teatro Kimen, com recente passagem pelo Brasil também em São Paulo que radicaliza a proposta, trazendo à cena, inclusive, não atores, para contar o relato de Marisol Ancamil, irmã do mapuche chileno exilado nos anos 70 que dá nome à peça, assassinado na Rússia por um grupo neonazista. A autora do relato (Marisol) é tia da diretora do espetáculo que, com este, encerra a “Trilogia documental” do grupo conformada por ÑiPutremen – Mis Antepassados e Território Descuajado – Testimonio de um País Mestizo.� De fato, existem histórias e histórias e nem todas elas valem um conto, muito menos um espetáculo, e, mais, não basta apenas ter uma boa história, há que se saber contá-la. Como também é pela arte de contar que qualquer tola história pode se tornar incrível, espetacu-lar. Para isso o uso dos artifícios. Para isso não há que ser real para ser crível. Porém, estamos falando de uma tendência, ou antes, uma recorrência de trazer à cena dramas reais, muitas vezes vividos pelos próprios atores, como base para uma dramaturgia contemporâ-nea. É nesse ponto que nos encontramos para, mais uma vez a partir do recorte nacional do

Palco Giratório, partilhar e convocar a assembléia a legitimar esse trabalho que nasce de um drama real: Luiz Antonio – Gabriela, da Cia. Munguzá de teatro (SP), que fará apresentação nesta edição do (festival) Aldeia do Velho Chico. Um pedido de desculpas. Uma declaração de amor. Um acerto de contas. São tantas definições possíveis, plausíveis para tachar esse espetáculo teatral, ao tempo em que se tornam tão menores, superficiais e inexatas confrontadas com a sensação física, emocional que nos solapa ao travarmos contato com a obra que, de fato, qualquer tentativa de tradução torna-se diminuta.

"...dificilmente se

conseguirá, com

tranquilidade, sair do

teatro para comer uma

pizza!"

Ninguém sai incólume desse encontro. Há variações de aceitação, resistência, níveis de percepção do não-dito, das sutilezas - tanto quanto daquilo que nos é cuspido, escancarado sem dó nem piedade- afinal, eles não aliviam, pudera, a que se ser coerente ao tentar contar a história de alguém com cuja existência a vida não aliviou. Há quem julgue, aponte, sentencie. Mas ninguém dirá que pensou nos problemas de casa, no trânsito lá fora, nas contas a pagar... E melhor, dificilmente se conseguirá, com tranquilidade, sair do teatro para comer uma pizza! Tomando de empréstimo a feliz expressão do jornalista Valmir Santos, acerca desse mesmo trabalho, o “talho da arte”, aqui, se faz com maestria. É sem dúvida uma história forte, emocionante, mas, para que se sagre como teatro, o fato de ser real pouco ou nada importa, o que conta, para além do argumento, é a arte de lidar com as formas: A poética, o jogo dos atores, as escolhas estéticas conscientes. Porque boa arte se faz com técnica sim, e também com a carga de entrega dos atores surpreendentemente abertos, disponíveis e entregues à cena, como deve ser. Aproveitando a deixa do documental, gostaria de registrar um testemunho, no campo da recepção. Ficção ou realidade? De um jovem de 17 anos que assistiu ao Luiz Antonio – Gabriela (numa das cinco récitas a que

� Fonte: Programa do Festival FIT- Rio Preto 2013.

Sobre Amor e Paciência ou BASEADO EM FATOS REAIS...

ARTIGO

por Galiana Brasil

testemunhei), no teatro de Santa Isabel, em Recife. Inquieto, vez em quando um riso nervoso, uma expressão incrédula. Fica pro bate-papo após a apresentação. Ouve com atenção a fala do Nelson Baskerville, diretor do espetáculo, o “dono da história”. “É ele o Bolinho? De verdade?” pergunta. “sim, o próprio”, respondo. Dia seguinte, o Gabriel posta em seu perfil de facebook “Amor e Paciência – eis o segredo da felicidade”.

"Tem gente apanhando

simplesmente por querer ser." Porque tudo bem; concordamos que está cada vez mais pesado pra arte a pecha de mudar o mundo ou melhorar a humanidade (o mundo também não alivia. A humanidade muito menos), mas... Quem é mesmo que vai amarrar o sino no rabo do gato? Quem vai tocar nas feridas e tirar a gente do canto, inverter a ordem? Des-obedecer? Tem gente apanhando simplesmente por querer ser. Tem gente apanhando na vida real. Esperamos todas as tribos dessa aldeia para, em tempo real, formar mais uma assembléia em torno dos artistas que trazem até nós, uma história a ser contada. Quanto de amor e paciência doaremos para esse rito é da conta e do extrato pessoal de cada um, intransferível. Quanto de real também não é o mais importante comparado à realidade do encontro presencial, único que cada récita de teatro representa. Isto sim é o real imponderável, tudo o mais é fictício... ou não.

Luis Antônio – GabrielaCia Mungunzá São Paulo/SP 03/08 Sábado | Teatro Sesc Petrolina 20h 16 anos R$10,00/R$5,00

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rinta contos para não morrer. Este é o T primeiro livro de Cátia Cardoso, que há quase 20 anos é professora de Língua

Portuguesa e Artes da Rede Estadual da Bahia e da Rede Municipal de Petrolina. Nascida em Inhuma (PI), esta “menina que achou na rua seu primeiro livro” e hoje ocupa o cargo de supervisora do projeto “As Artes Visuais e a Educação do Campo: diálogos para a constru-ção de uma proposta metodológica” (PIBID-UNIVASF), ainda acha tempo para fazer o que mais gosta nesta vida. Atriz, autora e diretora de teatro, com firme atuação na liderança do Pé Nu Palco Grupo de Teatro, Cátia Cardoso completa seu leque de paixões escrevendo poemas, textos dramáticos e contos. “Trinta contos para não morrer” traz ilustrações do coordenador da Galeria Ana das Carrancas e Atividades de Cinema do Sesc Petrolina, André Vitor Brandão. Nesta entrevista, vamos conferir o pensamento e a palavra desta múltipla artista, que escreve com suavidade e beleza temas cotidianos e universais. Um sopro poético de vendavais e sensações que certamente vai prender o mais exigente leitor até o ponto final.

A Ponte: No mesmo palco compartilham a cena, a atriz, autora, diretora de teatro e a escritora que escreve poemas, textos dramáticos e contos. Qual significado tem a literatura pra você e, em especial, o livro “Trinta contos para não Morrer”?

A literatura é o meu amadurecer. Sou uma pessoa de muita energia, de ações físicas, meus dias são repletos de deslocamentos. A literatura põe meu corpo quieto e abre espaços para as carreiras da mente. O livro que estaremos lançando agora no Aldeia é isso, parei um pouco a vontade de ser bicho solto, desembesta-do e quis ser árvore para alguém curtir a sombra. Uma parceria com André, no seu florescer de desenhista. A.P: Escrever, reescrever, revisar, rasgar e jogar fora. De que forma você lida com a procura da melhor expressão?

Escrevo de supetão, até ficar sem fôlego. Quando pego a ponta de uma história vou seguindo o novelo pela madrugada. Já amanheci muitos dias em frente ao computa-dor, sem perceber que a noite deu um salto. Depois mostro para alguém que amo, fico atenta às observações, dependendo delas, mexo um pouco, ou guardo ou passo a desamar o texto. Escrevo para quem amo. E por sorte amo algumas pessoas que gostam de literatura a

Narrativas curtas, agudas e veementes marcam livro de estreia de Cátia Cardoso

ENTREVISTA

ponto de serem muito sinceras comigo.

A.P: O que mais motiva no momento da escrita, a inspiração ou a provocação?

Inspiração parece adquirir um ar divino, e talvez tenha mesmo esse caráter. Mas é a vida que me provoca, só escrevo a partir de um acontecimento, a ponta do novelo. Preciso ir para rua, amar, dançar ou recordar. Anoto uma palavra, uma frase, e fica lá na caderneta em estado de embrião. Quando quer, vira texto, quando não, permanece lá. Mas já foi vida vivida, antes de ser vida contada. Mesmo que volte com uns adereços, é o que foi, recolorido.

A.P: Elementos como a magia e o feminino, muito presentes na obra da escritora Marina Colasanti, são encontrados fartamente em seus contos. Quais são suas principais referências literárias?

Como a maioria das crianças de meu tempo comecei com os gibis, fui para os romances de banca de jornal, enveredei pela literatura brasileira, li tudo de Jorge Amado, mas “caí das pernas” quando encontrei García Márquez. Aquelas coisas que ele escrevia tão fantásticas, e eu não sabia desse gênero literário, encheram meus olhos de imagens. Passei a achar normal pensar no tempo verbal: e se fosse. Outras paixões são Guimarães Rosa, Fernando Pessoa e Marina Colasanti. Depois fui presenteada com Calvino e Mia Couto. Eis a magia. A presença do feminino é porque sou mulher e admiradora incondicional da figura feminina na família e na sociedade.

A.P: A Marina Colasanti escreveu que o amor é diferente para homens e mulheres. Que diferenças você vê?

Essa é bem difícil. Apesar de ter cinco irmãos homens, sempre convivi mais com mulheres. Não sei bem o que seja o amor para os homens. Aliás, acho que também não sei bem o que seja o amor para as mulheres. Sei que para mim o amor é um mistério, doce, porém sempre mistério.

A.P: Qual a importância das oficinas literárias? É possível ensinar alguém a escrever? Oficinas literárias são muito importantes. Aliás, toda ação educativa é importante, principalmente quando voltada para as artes. Conheci no Sesc de Petrolina duas pessoas incríveis, Marcelino Freire e Jô Bilac. Esse encontro com eles foi fundamental, senão para aprender a escrever, mas para olhar diferente

pra o que escrevo. E, sim, é possível ensinar alguém a escrever, começamos a fazer isso quando lemos para uma criança e continuamos quando aceitamos ler o que alguém nos oferece.

A.P: A palavra perdeu para a imagem, o conceito para a sensação, a inteligência para a diversão. A esse panorama o escritor peruano Mario Vargas Llosa dá o nome de Civilização do Espetáculo – título do seu mais novo livro. Que avaliação você faz da cultura em nosso tempo?

Somos bombardeados por imagens, mas nenhuma é mais complexa que as que criamos em nossas mentes. Há sons e ruídos por toda parte e por isso muitas vezes buscamos refúgio no silêncio. Pode até ser simplória essa forma de pensar, mas acredito que os excessos saturam, por isso muitas vezes desejamos apenas beber água, ler um livro, dar um beijo na boca. É o que penso, no caminho inverso, do mega para o micro (que não é o computador), para encontrar prazer e sentido nessa história de existir.

A.P: Você diz que escrever é desenhar com palavras o encanto. O que se desenha nos seus olhos, quando diariamente atravessa o Rio São Francisco para dar aulas na Ilha do Massangano?

Não sei quanto de espaço temos por aqui, mas vou responder com um texto que escrevi para aquela ilha em 04-06-2012.

Lançamento de livro

Trinta Contos Para Não Morrer Cátia Cardoso e André Vitor Brandão Petrolina/PE 05/08 Segunda | Biblioteca Sesc Petrolina 18h Livre Gratuito. Livro: R$ 25,00.

Ano VI Edição nº 01 | 01 de agosto de 2013

entrevista por Carlos Laerte

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Sobre a IlhaSobre a ilha não sei escreverNada é suficientemente bonitoAs palavras não dizem das rajadas de lua partindo o rio.Ou das cantigas de navalha cortando a noite nas vozes das alimentadeiras.Que cor escreve do marrom arenoso das peles dos meninos, quase peixes de tão aquáticos?Cantigas de bandeiras que visitam casas, colhendo esmolas para Santo Antônio, não cabem em letras.Nem Dona Amélia pode ser descrita, nem filmada ou fotografada. Dona Amélia só pode ser vivida. Sentida no seu lugar de mestra.O barco Estrela, de seu Constantino, não flutua em água de papel, ele vai e vem em minha alma, levando de um estado a outro de ser eu.Sobre o samba, dizer o quê? Samba é para bater pé no chão, pisar as dores. Samba é para bater umbigo e não bater teclado.Sobre a ilha não dá para teorizar Ou filosofar Ou poetar, poetizarSobre a ilha só dá para ir láSentar no banco branco e calarOlhando Juninho correndo sua infância nua e gordinha de pés no chãoE rezar de frente à igrejinha de cenário de filmePara a ilha continuar a ser o lar de tantas coisas sobre as quais não sei escrever.

Cátia Cardoso

Cursos de Artes

Dança de SalãoSEG e QUA – 05/08 a 04/1219 às 20h (Adultos iniciantes)20 às 21h (Adultos avançados)Com/dep R$ 30,00 Usuário R$ 60,00

Dança ContemporâneaSEG e QUA – 05/08 a 04/1219 às 21h (Adulto)Com/dep R$ 22,00 Usuário R$ 44,00

Dança do VentreTER e QUI – 08/08 a 07/1219 às 20h (Adultos iniciantes)Com/dep R$ 30,00 Usuário R$ 60,00

Ballet ClássicoSEG e QUA – 05/08 a 04/1216 às 17h (07 a 09 anos)17 às 18h (acima de 09)Com/dep R$ 30,00 Usuário 60,00

TER e QUI – 06/08 a 05/1209 às 10h (3ª idade)15 às 16h (07 a 09 anos)16 às 17h (04 a 06 anos)18 às 19h (acima de 17 anos)Com/dep R$ 30,00 Usuário 60,00

QUA e SEX 07/08 a 06/1209 às 10h (04 a 06 anos)10 às 11h (07 a 09 anos)Com/dep R$ 30,00 Usuário 60,00

ViolãoSEG e QUA – 05/04 a 04/1219 às 20h30 (Avançados)Com/dep R$ 30,00 Usuário 60,00

TER e QUI – 06/08 a 05/1216 às 17h30 (Iniciante)19 às 20h30 (Avançado)Com/dep R$ 30,00 Usuário 60,00

Iniciação TeatralSÁB e DOM – 24/08 a 20/1215 às 18h (iniciantes)Com/dep R$ 22,00 Usuário 44,00

Pintura para CriançasTER e QUI – 20/08 a 18/1216 às 17h30 (06 a 12 anos)Com/dep R$ 22,00 Usuário 44,00

Inscrição: RG, CPF, comprovante de

residência, 1 foto 3x4, taxa de R$ 6,00.

Informações 3866-7474/3866-7454.

Uma porta para abraçosAbram-me a portaa doce entrada para afagosdeixem que entrem para mimcomo o vento trazendo as folhas na varandaos raios de sol que invadem a janela,a esperança refratada nos vitrais da alma.Corram para mim todos os sedentosque abraços curam muito mais que remédiosou outras drogas quaisquerE tudo isso é muito sérioamar não é brincadeiraé um ministério e dedicação gratuita requer.

Jaquelyne Costa

2013.2Foto Silvia Nonata

Do abraço sem faltaEm memória do amigo Vinícius Tamoio

Terás sempre o meu abraçoUm laço através da eternidadeTe sentindoMesmo que como soproPorque meu coraçãoÉ também detector de brisas.

Jaquelyne Costa

POEMAS PESCADOS

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Ano VI Edição nº 01 | 01 de agosto de 2013

Exposição em homenagem a

Ana das Carrancas abre Festival Aldeia do Velho Chico

uem é esta Ana de pele negra e alma de Qbarro? De onde vem toda essa energia que nos surpreende o olhar diante de

uma carranca de olhos vazados? Ela é “Ana das Carrancas”, “Ana louceira”, “Dama do Barro”, a Ana Leopoldina dos Santos, artesã, sertaneja, a homenageada da exposição “Os Olhos Cegos do Rio”, que abre a IX edição do Festival Aldeia do Velho Chico. Composta por 19 peças tridimensionais a mostra ainda terá quatro fotografias da artista feitas na década de 90 pelo fotógrafo Ivan Cruz (Jacaré). Segundo o coordenador de artes visuais do Sesc Petrolina, André Brandão, as peças em exposição apresentam um recorte do universo criativo da artista que vai além de um circuito mercadológico, está aberto a experimentações e inserções de novos elementos. “A exposição não tem apenas carrancas, mas outras representações que a artista/artesã fazia. A mostra é um convite para olhar a

produção de Dona Ana das Carrancas de outra maneira, propondo novas possibilidades de leitura, percebendo, dessa forma, a força criativa e poética presente em sua obra”, disse o coordenador. Entre as novidades estão os recursos de acessibilidade comunicacional, disponíveis para pessoas com deficiências visuais. A Galeria de Artes Ana das Carrancas também disponibiliza uma plataforma de acessibilidade para aqueles com mobilidade reduzida. De acordo com André toda a equipe está muito contente com a abertura da exposição, que já vinha sendo aguardada desde a inauguração da Galeria de Artes do Sesc, que leva seu nome. “A ideia era que a inauguração da galeria fosse com uma exposição de Dona Ana, mas infelizmente não foi possível, por conta do seu falecimento. Mas agora vamos concretizar o desejo de realizar aqui uma exposição de Ana das Carrancas”.

Universo criativo da artista será apresentado a partir de peças e fotografias

OFICINAS DE CAPACITAÇÃO:

05 a 08/08 – OFICINA DE LITERATURA Da língua ao Eros ou Ouroboros: dos ímpetos humanos com Renata Pimentel (Recife/PE) | Sala de Aula Sesc Petrolina / 10h às 13h

06 a 08/08 – OFICINA DE PALHAÇO com o grupo Caravana Tapioca (Recife/PE) | Sede Cia Biruta Bairro São Gonçalo / 14h às 17h

08/08 – OFICINA DE TEATRO “Compondo a cena” com Agrinez Melo (Recife/PE) e Naná Sodré (Recife/PE) | Sala de Teatro Sesc Petrolina / 10h às 13h

08 a 11/08 – OFICINA DE TEATRO “Jogos para cenas cômicas” com o Grupo Crise Comicidade Riso e Experimentos (Fortaleza/CE) | Sala de Dança / 13h às 18h

09 a 11/08 – OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA com Mariane Bigio (Recife/PE) | Sala de Teatro Sesc Petrolina / 10h às 13h

12 e 13/08 – OFICINA DE ILUMINAÇÃO com Eduardo Albergaria (João Pessoa/PB) | Teatro do Sesc Petrolina / 09h às 13h

14 a 16/08 – OFICINA DE RECEPÇÃO CRÍTICA EM ARTES CÊNICAS com Valmir Santos (São Paulo/SP) | Sala de Teatro do Sesc Petrolina / 10h às 13h

14 a 15/08 – OFICINA DE TEATRO (Palco Giratório) / Trupe de Truões (Uberlândia / MG) | Sala de Dança / 09h às 13h

CONVERSA DE COMADRE:

03/08 – CONVERSA NA TRADIÇÃO com Dona Selma do Coco e Dona Amélia do Samba de Veio | Ilha do Massangano / 16h

PENSAMENTO GIRATÓRIO:

04/08 – NA VIA DO DESVIO, O TRANS: DA VIDA À CENA; DO MASCULINO AO FEMININO com Renata Pimentel, Rossana Ramos e Cia Mungunzá, mediação de Galiana Brasil | Sala de Teatro às 10h

IX FESTIVAL DE ARTES DO VALE DO SÃO FRANCISCO

TECENDO IDEIAS | Sala de Teatro às 15h:

05/08 – O DOCUMENTÁRIO ENQUANTO GÊNERO CINEMATOGRÁFICO com Rodolfo Araújo, Chico Egídio e Afonso Henrique

06/08 – CONTOS DE ONDE VEM PARA ONDE VÃO? com Cátia Cardoso, Clarissa Loureiro e Bruno Liberal

07/08 – A RELAÇÃO DO CORDEL COM OUTRAS LINGUAGENS com Mariane Bigio, Susana Morais e Genivaldo Nascimento

08/08 – BARRO E MEMÓRIA com Elisabet Moreira, Maria da Cruz e Janedalva Gondim

09/08 – O CÔMICO EM CENA com Fernando Lira, Grupo Caravana Tapioca, Antonio Veronaldo

por Luciana Passos

Exposição Os Olhos Cegos do RioAna das Carrancas Petrolina/PE 01/08 a 04/10 das 09 às 20h | Galeria de Artes Ana das Carrancas, Sesc Petrolina , Livre Gratuito. Vernissage dia 01/08, 20h.

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isada fácil e abraços acolhedores. Assim R é a artista Dona Amélia, um dos tesouros da Ilha de Massangano e a

matriarca do Samba de Véio. Filha de uma ilhéu, Dona Helena Celestina, com Seu Manoel de Oliveira, que foi morar na Ilha ainda criança, “Amélia, mulher de verdade”, como diz a canção de Ataulfo Alves e Mário Lago, é herdeira de larga tradição cultural de sua família, repassada entre gerações por mais de 100 anos. Nesta edição da Aldeia do Velho Chico, a tradição continua e ela volta ao Festival, junto com o Samba de Véio, no Cortejo Abre Alas, nas ruas de Petrolina, no palco, na exposição, no teatro, na galeria, no Conversa de Comadre, no Sesc e na Ilha do Massangano, onde estão suas verdadeiras raízes.

A Ponte: Como a senhora se sente ao ver o Samba de Véio ganhando visibilidade e

Dona Améliasendo reconhecido nacionalmente? Fico alegre em ver a alegria das pessoas quando brincam com a gente. Mas também me pergunto: O que é que estes bestas veem neste samba? (risos)

A.P: A senhora ainda vai para o meio da roda dançar, ou agora só é espectadora? Estou ficando com a vista ruim e isto às vezes me entristece me tira o entusiasmo, mas o samba me anima e sempre que posso participo.

A.P: Existe diferença para a senhora entre o samba dançado na Ilha e o que é apresenta-do em palcos, eventos? O samba na Ilha é mais animado. Quem tá lá é pra brincar, entrar na roda quando quer e pode até tirar versos. Na rua é bom também, pois estamos mostrando a nossa cultura aos outros. Também gosto de conhecer outros cantos, então os dois são ótimos.

Mãe D'Água do Velho Chico

Gravura (água-forte e água-tinta) em cobre sobre papel Paraná. 21cm x 15cm. Tiragem 2/5. Juazeiro/BA, 2012.

Foto Lizandra Martins

por Luciana Passos

por Italo Oliveira

VISUALIDADES ALDEIA

TRÊS PERGUNTAS PARA

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Programação Primeira Semana28/07 Domingo

LANÇAMENTO DO DOCUMENTÁRIO OLHAR SURDO | Teatro Sesc Petrolina 19h Livre Gratuito

01/08 Quinta

EXPOSIÇÃO OS OLHOS CEGOS DO RIO / Ana das Carrancas (Petrolina/PE) | Galeria de Artes Ana das Carrancas Sesc Petrolina 20h Livre Gratuito

02/08 Sexta

INTERFERÊNCIA URBANA: DESSA ÁGUA NÃO BEBEREI / Grupo Cópia (Juazeiro/BA) | Praça Dom Malan 15h Livre Gratuito

Abre Alas pro Velho Chico | Sesc Petrolina 16h Livre Gratuito:

EXPOSIÇÃO INSTANTÂNEO

PAINEL VISUALIDADES DO ALDEIA

INTERFERÊNCIA URBANA: TROCO FOTOS POR SORRISOS / Robério Brasileiro (Juazeiro/BA)

DEMONSTRAÇÃO DE OFICINAS

MARACATUJABA (Petrolina/PE)

AFOXÉ FILHOS DE ZAZE (Juazeiro/BA)

BANDA DE PÍFANOS RAÇA NEGRA BOAVISTANA (Santa Maria da Boa Vista/PE)

FREVUCA E ORQUESTRA SANFÔNICA (Petrolina/PE)

ORQUESTRA DE FREVO A REBARBA (Petrolina/PE)

SÃO GONÇALO DO LAMBEDOR (Lagoa Grande/PE) | Porta do Rio 18h Livre Gratuito

SAMBA DE VEIO (Petrolina/PE) | Porta do Rio 19h Livre Gratuito

DONA SELMA DO COCO (Olinda/PE) | Porta do Rio 20h Livre Gratuito

SHOW CAMILA YASMINE (Petrolina/PE) | Porta do Rio 21h Livre Gratuito

03/08 Sábado

MERCADO CULTURAL | Sesc Petrolina 16h Livre Gratuito

CAVACO E SUA PULGA ADESTRADA / Caravana Tapioca (Recife/PE) | Salão do Sesc 16h Livre R$10,00/R$5,00

Palco Giratório: LUIS ANTONIO – GABRIELA / Cia Mungunzá (São Paulo/SP) | Teatro Sesc Petrolina 20h 16 anos R$10,00/R$5,00

04/08 Domingo

Domingo na Ilha | Ilha do Massangano 16h Livre Gratuito:

BAQUE OPARÁ(Petrolina/PE)

O CIRCO DE LAMPEZÃO E MARIA BOTINA / Caravana Tapioca (Recife/PE)

VÍDEO CONVERSA DE COMADRE

DONA SELMA DO COCO (Olinda/PE)

SAMBA DE VÉIO (Petrolina/PE)

MOSTRA NUEVA MIRADA: Cinema para infância e juventude | Teatro Sesc Petrolina 16h Livre Gratuito

MOSTRA DE VÍDEOS DOCUMENTÁRIOS | Teatro Sesc Petrolina 20h 14 anos Gratuito

05/08 Segunda

Circuito nas escolas: SARAPOPÉIA / Trup Errante e Coletivo Passarinho (Petrolina/PE) e EXIBIÇÃO DE VÍDEOS | Escola Municipal São José – Porto da Ilha do Massangano 15h Livre Gratuito

Cena Biruta: O CIRCO DE LAMPEZÃO E MARIA BOTINA / Caravana Tapioca (Recife/PE) | São Gonçalo 18h Livre Gratuito

Lançamento de livro: TRINTA CONTOS PARA NÃO MORRER / Cátia Cardoso (Petrolina/PE) | Biblioteca 18h Livre Gratuito

EXPOSIÇÃO TRINTA CONTOS PARA NÃO MORRER / André Vitor Brandão (Petrolina/PE) | Ala de Exposição 19h Livre Gratuito

RECITAL PARA SE ENCONTRAR / Grupo Pé Nu Palco e Fabiana Santiago (Petrolina/PE) | Teatro Sesc Petrolina 20h Livre R$10,00/R$5,00

06/08 Terça

Circuito nas escolas: SARAPOPÉIA / Trup Errante e Coletivo Passarinho (Petrolina/PE), PINTURA DE MURAL e EXIBIÇÃO DE VÍDEOS | Escola Municipal Luis de Souza – Serrote do Urubu 10h Livre Gratuito

Cena Biruta: HISTÓRIAS DE CASCUDO / Cia Biruta (Petrolina/PE) | São Gonçalo 18h Livre Gratuito

ENSAIO CURRAL GRANDE / Núcleo de Teatro do Sesc (Petrolina/PE) | Escada externa do teatro 18h Livre Gratuito

SACOS VERMELHOS / Coletivo Passarinho (Petrolina/PE) | Teatro Sesc Petrolina 20h 14 anos R$10,00/R$5,00

07/08 Quarta

Circuito nas Escolas: CORDEL ANIMADO / Mariane Bigio e Milla Bigio (Recife/PE), PINTURA DE MURAL e EXIBIÇÃO DE VÍDEOS | Escola Municipal Julia Elisa Coelho – Alto do Cocar 10h Livre Gratuito

Cena Biruta: RAPUNZEL – ANJO DE CANDURA CORAÇÃO DE RAPADURA / Trup Errante (Petrolina/PE) | São Gonçalo 18h Livre Gratuito

UM INIMIGO DO POVO / Grupo de Teatro Cena Aberta / Sesc (Caruaru/PE) | Teatro Sesc Petrolina 20h 14 anos R$10,00/R$5,00

08/08 Quinta

Circuito nas Escolas: SUSANA MORAIS (Recife/PE) e MEU QUERIDO CATAVENTO / Coletivo Trippe (Petrolina/PE) e EXIBIÇÃO DE VÍDEOS | Escola Municipal Anete Rolim – Pedra Linda 10h Livre Gratuito

Histórias EnContadas: CORDEL ANIMADO / Mariane Bigio e Milla Bigio (Recife/PE) | Biblioteca Sesc 10h Livre Gratuito

Histórias EnContadas: SUSANA MORAIS (Recife/PE) | Biblioteca Sesc 14h Livre Gratuito

Cena Biruta: SAÍDA DE PALHAÇO | São Gonçalo 18h Livre Gratuito

CHICO PEDROSA (Olinda/PE) e SUSANA MORAIS (Recife/PE) | Teatro Sesc Petrolina 20h 14 anos R$10,00/R$5,00

09/08 Sexta

Circuito nas Escolas: CHICO PEDROSA (Olinda/PE), PINTURA DE MURAL e EXIBIÇÃO DE VÍDEOS | Escola Estadual N9 10h Livre Gratuito

Histórias EnContadas: SUSANA MORAIS (Recife/PE) | Biblioteca Sesc 10h Livre Gratuito

Histórias EnContadas: CORDEL ANIMADO / Mariane Bigio e Milla Bigio (Recife/PE) | Biblioteca Sesc 14h Livre Gratuito

Interferência Urbana: UM LUGAR AO SOL / Grupo Cópia (Juazeiro/BA) | Praça Dom Malan 15h Livre Gratuito

Lançamento de Livro: JOGOS PARA CENAS CÔMICAS / Fernando Lira (Fortaleza/CE) | Sala de Teatro Sesc 17h Livre Gratuito

CORDEL DO AMOR SEM FIM / O Poste Soluções Luminosas (Recife/PE) | Teatro Sesc Petrolina 20h Livre R$10,00/R$5,00

Cena Bacante: FESTA ALDEIA CANIBAL/ Coletivo Canibal Vegetariano (Juazeiro/BA) | Assoc. de Moradores Areia Branca 23h 16 anos R$10,00/R$5,00

IX FESTIVAL DE ARTES DO VALE DO SÃO FRANCISCO